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Mega-Sena, concurso 2.884: resultado


05/07/2025 23:13 - g1.globo.com


Veja os números sorteados: 56 - 05 - 37 - 34 - 52 - 31. O sorteio do concurso 2.884 da Mega-Sena foi realizado na noite deste sábado (5), em São Paulo. O prêmio para os acertadores das seis dezenas é de R$ 7 milhões. Clique aqui para seguir o canal de Loterias do g1 no WhatsApp Veja os números sorteados: 56 - 05 - 37 - 34 - 52 - 31. O próximo sorteio da Mega será na terça-feira (8). Mega-Sena, concurso 2.884. Reprodução/Caixa Entenda como funciona a Mega-Sena e qual a probabilidade de ganhar o prêmio Para apostar na Mega-Sena As apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília), em qualquer lotérica do país ou pela internet, no site da Caixa Econômica Federal – acessível por celular, computador ou outros dispositivos. É necessário fazer um cadastro, ser maior de idade (18 anos ou mais) e preencher o número do cartão de crédito. Probabilidades A probabilidade de vencer em cada concurso varia de acordo com o número de dezenas jogadas e do tipo de aposta realizada. Para a aposta simples, com apenas seis dezenas, que custa R$ 5, a probabilidade de ganhar o prêmio milionário é de 1 em 50.063.860, segundo a Caixa. Já para uma aposta com 15 dezenas (limite máximo), com o preço de R$ 22.522,50, a probabilidade de acertar o prêmio é de 1 em 10.003, ainda segundo a Caixa. Bilhetes da Mega-Sena, em imagem de arquivo Marcelo Brandt/G1



Polícia investiga 29 empresas que receberam PIX milionários na madrugada do ataque hacker que desviou R$ 541 milhões em SP


05/07/2025 12:03 - g1.globo.com


Banco alvo da fraude informou aos investigadores que foram feitas 166 transações bancárias durante o ataque. O dinheiro foi fragmentado depois entre diversas pessoas físicas e jurídicas para dissimular fraude. Ataque hacker: Por R$ 15 mil, homem abriu caminho para desvio de R$ 541 milhões A Polícia Civil de São Paulo investiga ao menos 29 empresas que receberam 166 transações via PIX que desviaram mais de R$ 541 milhões do banco BMP Sociedade de Crédito LTDA, na madrugada do ataque hacker da última segunda-feira (30). Os nomes de cada um dos beneficiários da fraude constam no pedido de investigação feito pelo banco à Polícia, no qual a GloboNews teve acesso. O documento aponta que essas contas que receberam as cifras milionárias que variam de R$ 271 milhões a R$ 200 mil, após a invasão do sistema da empresa terceirizada C&M Software (CMSW). Conforme o g1 publicou, a Divisão de Crimes Cibernéticos da Polícia prendeu um funcionário da C&M que vendeu por R$ 15 mil a senha que deu acesso aos criminosos ao sistema do banco BMP alvo da fraude. João Nazareno Roque, é operador de TI e confessou que repassou para hackers a sua senha a um sistema sigiloso, após ter sido abordado por um representante da gangue na saída de um bar na capital paulista. Funcionário diz que recebeu R$ 15 mil para facilitar ataque a sistema que liga bancos ao PIX Ele foi preso no bairro de City Jaraguá, na Zona Norte de São Paulo. Segundo a polícia, ele ainda não constituiu advogado. Segundo os advogados do banco BMP, as 166 transferências foram efetuadas no intervalo entre 2:03h e 7:04h do dia 30 de junho. Em coletiva de imprensa nesta sexta (5), a cúpula da Polícia Civil informou que, a pedido do banco, conseguiu bloquear ao menos R$ 270 milhões que foram desviados para uma empresa de pagamentos, através de 69 operações pequenas que variaram entre R$ 1 milhão a R$ 10 milhões, durante a madrugada do ataque. Os advogados do banco BMP também informaram à Polícia que, após as primeiras transferências, os valores roubados da instituição foram fragmentados em “inúmeras pessoas físicas e jurídicas configura o delito de lavagem de dinheiro, na modalidade dissimulação”. Os delegados envolvidos na investigação acreditam que o ataque cibernético que afetou pelo menos seis bancos e o prejuízo milionário de R$ 541 milhões pode ser ainda maior, já que a C&M presta serviço a mais de 23 instituições financeiras diferente. "Não podemos afirmar a cifra exata [do prejuízo], mas é um valor muito alto, o maior da história do Brasil", disse o delegado Paulo Barbosa, do DEIC. Em nota, a C&M Software diz que colabora com as investigações e diz que, desde que foi identificado o incidente, adotou "todas as medidas técnicas e legais cabíveis". A empresa diz também que a plataforma continua plenamente operacional e que, em respeito ao trabalho das autoridades, não se pronunciará publicamente enquanto os procedimentos estiverem em andamento. (Leia a íntegra abaixo.) Próximos passos Polícia Civil prende em SP suspeito de ataque hacker ao sistema que liga bancos ao PIX Agora, a polícia, em parceria com a Polícia Federal e o Ministério Público, vai criar uma força-tarefa para identificar quem são os outros envolvidos, além de rastrear e congelar ativos suspeitos. O próximo passo será analisar o conteúdo dos aparelhos de celular e computador apreendidos na casa do funcionário preso. Segundo a investigação, ao que tudo indica, o grupo de hackers é São Paulo, considerando como foi feita a abordagem ao operador de TI. O primeiro contato dos criminosos com ele foi em março na saída de um bar na rua onde ele mora, na capital paulista. Em depoimento à polícia, Roque disse que recebeu R$ 15 mil pela senha através de pagamento feito por um motoboy, em dinheiro vivo. O acusado relatou ainda que só se comunicava com os criminosos por celular e não os conhece pessoalmente. Além disso, contou que trocou de celular a cada 15 dias para não ser rastreado. LEIA MAIS: PERFIL: De eletricista a pivô de um golpe milionário no sistema financeiro: saiba quem é o operador de TI que entregou senha a hackers VÍDEO: veja o momento da prisão de suspeito de vender a senha para ataque hacker a bancos INVESTIGAÇÃO: Hackers que cooptaram desenvolvedor trocavam celular a cada 15 dias ATAQUE AO PIX: operador de TI recebeu R$ 15 mil para entregar senha a hackers, diz polícia; HISTÓRICO: Ataque hacker é um dos mais graves já registrados no Brasil João Nazareno Roque foi preso suspeito de envolvimento no ataque hacker ao sistema que liga bancos ao PIX Reprodução Abaixo, veja o que se sabe e o que ainda falta saber sobre o ataque hacker. O que aconteceu? O que faz a C&M Software? Qual foi o impacto do ataque? O que deve acontecer agora? O que aconteceu? A C&M Software reportou para o Banco Central um ataque às suas infraestruturas digitais. Esse tipo de ataque é conhecido pelo mercado como “cadeia de suprimentos” (“supply chain attack”, em inglês). Nele, invasores acessam sistemas de terceiros usando credenciais (como senhas) privilegiadas para realizar operações financeiras. 🔎 As contas de reservas são contas que os bancos e instituições financeiras mantêm no BC. Essas contas funcionam como uma conta corrente e são utilizadas para processar as movimentações financeiras das instituições. Também podem servir como uma reserva de recursos. Veja mais detalhes sobre o que se sabe da invasão aqui. O que faz a C&M Software? A C&M Software é uma empresa brasileira de tecnologia da informação (TI) voltada para o mercado financeiro. Entre os serviços prestados pela companhia, está o de conectividade com o Banco Central e de integração com o Sistema de Pagamentos Brasileiro (SBP). Na prática, isso significa que a empresa funciona como uma ponte para que instituições financeiras menores possam se conectar aos sistemas do BC e fazer operações — como o PIX, por exemplo. A empresa tem atuação nacional e internacional e foi homologada pelo BC para essa função desde 2001. Atualmente, outras oito empresas também são homologadas no país. Qual foi o impacto do ataque? Apesar de as instituições indicarem que não houve nenhum dano às contas e informações de seus clientes, especialistas alertam para os impactos significativos no próprio sistema financeiro. Ainda não há confirmação oficial sobre os valores envolvidos no ataque, mas fontes da TV Globo estimam que a quantia pode chegar a R$ 800 milhões. O BC ainda não informou o nome de todas as instituições afetadas. Uma das que se sabe é a BMP, empresa que fornece infraestrutura para plataformas bancárias digitais e é cliente da C&M Software. A BMP foi quem divulgou nota sobre o incidente. “O incidente de cibersegurança comprometeu a infraestrutura da C&M e permitiu acesso indevido a contas reserva de seis instituições financeiras, entre elas a BMP”, diz a nota da empresa. O jornal “Valor Econômico” indicou que a Credsystem e o Banco Paulista também estavam entre as instituições afetadas. O que deve acontecer agora? Após o incidente, ainda na quarta-feira, o BC afirmou que determinou o desligamento do acesso das instituições financeiras afetadas às infraestruturas operadas pela C&M Software. Essa suspensão cautelar imposta pelo BC à empresa foi substituída por uma suspensão parcial nesta quinta. Micaella Ribeiro, da IAM Brasil, acredita que o incidente também deverá atrair atenção de reguladores, como o BC e o Conselho Monetário Nacional, que vêm acompanhando o risco sistêmico associado à transformação digital do setor. Entenda como foi o ataque hacker que tirou milhões do sistema financeiro Kayan Albertin/g1 O que diz a C&M Software A C&M Software informa que segue colaborando de forma proativa com as autoridades competentes nas investigações sobre o incidente ocorrido em julho de 2025. Desde o primeiro momento, foram adotadas todas as medidas técnicas e legais cabíveis, mantendo os sistemas da empresa sob rigoroso monitoramento e controle de segurança. A estrutura robusta de proteção da CMSW foi decisiva para identificar a origem do acesso indevido e contribuir com o avanço das apurações em curso. Até o momento, as evidências apontam que o incidente decorreu do uso de técnicas de engenharia social para o compartilhamento indevido de credenciais de acesso, e não de falhas nos sistemas ou na tecnologia da CMSW. Reforçamos que a CMSW não foi a origem do incidente e permanece plenamente operacional, com todos os seus produtos e serviços funcionando normalmente. Em respeito ao trabalho das autoridades e ao sigilo necessário às investigações, a empresa manterá discrição e não se pronunciará publicamente enquanto os procedimentos estiverem em andamento. A CMSW reafirma seu compromisso com a integridade, a transparência e a segurança de todo o ecossistema financeiro do qual faz parte princípios que norteiam sua atuação ética e responsável ao longo de 25 anos de história. O que se sabe sobre ataque hacker contra empresa que interliga bancos ao PIX



Dívida dos EUA preocupa mercados globais após megapacote de Trump; entenda


05/07/2025 07:01 - g1.globo.com


Os juros que o país precisa pagar para obter crédito estão altos, e investidores já questionam a sustentabilidade da dívida americana. Congresso americano aprova projeto orçamentário de Trump Após a aprovação do megaprojeto de lei orçamentária de Donald Trump no Congresso dos Estados Unidos — uma vitória política do presidente republicano —, os mercados globais passam a monitorar as consequências da nova legislação, em meio a uma dívida do país que está em níveis recordes. Os juros que a principal potência econômica mundial precisa pagar para conseguir crédito nos mercados se encontram em níveis altos e os investidores passam a questionar a sustentabilidade da dívida americana. Quem possui a dívida dos EUA? A dívida do país está, atualmente, em mais de US$ 36,2 trilhões (R$ 196 trilhões), o equivalente a 120% do PIB norte-americano, segundo o Tesouro dos EUA. Cerca de US$ 29 trilhões (R$ 157 trilhões) correspondem a títulos da dívida que o governo vende no mercado de obrigações. A maior parte está nos EUA, mas um terço da dívida pública está nas mãos de países estrangeiros, principalmente Japão, Reino Unido e China. Além disso, desde 2020, após uma primeira guerra comercial entre China e EUA, os chineses estão "se desfazendo da dívida americana para adquirir ouro. Eles não vendem os títulos, mas também não os renovam quando chegam ao vencimento", explica Aurélien Buffault, gerente de títulos na Delubac AM. Os US$ 7 trilhões de dólares (R$ 39 trilhões) restantes pertencem a administrações federais dos EUA, como, por exemplo, os fundos destinados à previdência social ou às pensões dos funcionários federais. Por que subiram os juros que os EUA pagam? A dívida dos EUA geralmente é atraente nos mercados financeiros porque garante um retorno estável e seguro sobre o investimento. No entanto, quando a maior economia mundial mostra sinais de fraqueza, os investidores ficam mais relutantes em emprestar dinheiro e exigem taxas de juros mais altas para compensar o risco. No final de maio, o rendimento do título americano com vencimento em 30 anos ultrapassou o limite simbólico de 5%, e agora oscila em torno de 4,80%. "A base desses temores tem origem na chamada 'Grande e Bela lei' impulsionada por Donald Trump e aprovada na última quinta-feira", diz Gregoire Kounowski, conselheiro de investimentos na Norman K. As medidas dessa lei "buscam estender as isenções fiscais determinadas por Trump em seu primeiro mandato", o que poderia "aumentar a dívida americana em entre US$ 3 e US$ 4 trilhões de dólares [R$ 16 e 22 trilhões]", afirma. Quando a agência Moody's rebaixou a nota da dívida dos EUA, em maio, usou como justificativa o aumento do endividamento e seu custo no orçamento federal. "Isso foi um alerta para o mercado e colocou a trajetória da dívida americana no centro das preocupações", afirma Raphaël Thuin, diretor de estratégias de mercados de capitais na Tikehau Capital. A dívida dos EUA e o dólar continuam sendo um porto seguro? Na sua condição de primeira economia mundial, os EUA são considerados um bom pagador. Seu mercado particularmente líquido também significa que os investidores podem comprar e vender os títulos de forma fácil e rápida. Além disso, o resto do mundo costumava estar interessado em emprestar aos EUA para dispor de dólares e um investimento seguro. No entanto, desde que Trump impôs tarifas indiscriminadas no início de abril, os investidores tendem a se desfazer da dívida americana e de seus dólares, habitualmente considerados um valor de refúgio no mesmo nível do ouro. Mas, enquanto o ouro é atualmente negociado em valores recorde, o dólar se desvalorizou mais de 10% no primeiro semestre, sua pior evolução nesse período desde 1973. As incertezas se multiplicam em torno da economia americana, impactada pela política comercial de Trump, tensões geopolíticas no Oriente Médio e a política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central americano). Nesse contexto, "os investidores buscam valores de refúgio de substituição, ou seja, uma moeda e ativos que os protejam quando a volatilidade e a incerteza aumentam", explica Imène Rahmouni-Rousseau, diretora-geral de operações de mercados no Banco Central Europeu (BCE). "E precisamente o euro e os títulos da dívida pública europeus assumiram este papel de escudo protetor", afirma. "Pela primeira vez desde a crise financeira de 2011, os mercados financeiros europeus são considerados bastante atraentes pelos investidores", comemora. Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Jose Luis Magana/AP Photo



‘Mudou a minha vida’: entenda a importância dos programas de diversidade no mercado de trabalho


05/07/2025 07:01 - g1.globo.com


Apesar de grandes empresas estarem reduzindo ou encerrando as ações afirmativas, outras estão indo na contramão e aumentando as oportunidades para mulheres, negros, indígenas, pessoas com deficiência e LGBTQIAPN+. Fim dos programas de diversidade? Como movimento dos EUA pode chegar ao Brasil Como mostrou o g1 nesta sexta-feira (4), uma série de empresas norte-americanas restringiram ou acabaram com os programas de diversidade, equidade e inclusão (DEI) desde a chegada de Donald Trump à Casa Branca. E os efeitos já se mostram no Brasil. Mas algumas empresas vão na contramão da tendência e estão aumentando as oportunidades para mulheres, negros, indígenas, pessoas com deficiência e LGBTQIAPN+. Especialistas ouvidos pelo g1 reforçam que programas de diversidade eficazes não se limitam à contratação, e devem incluir plano de carreira, mentoria, políticas internas e acompanhamento para garantir o crescimento profissional de pessoas que fazem parte dos grupos minoritários. 🤔 Mas por que os programas de diversidade são tão importantes? Ações voltadas à promoção de oportunidades para grupos minoritários desempenham um papel essencial para corrigir desigualdades históricas e promover inclusão social no mercado de trabalho. Programas de diversidade estão acabando? Entenda como o movimento dos EUA pode chegar ao Brasil Segundo Natália Paiva, diretora do Movimento pela Equidade Racial (Mover), a ideia é que as políticas de inclusão não ofereçam apenas oportunidades de emprego, mas também garantam que essas pessoas possam ocupar cargos de liderança e influenciar em decisões importantes. A representatividade é crucial para valorizar e reconhecer esses grupos, trazendo benefícios sociais e financeiros. A inclusão enriquece o ambiente de trabalho, promovendo um senso de pertencimento e autoconfiança entre os funcionários. “Não se trata apenas de justiça social, mas de performance financeira. Empresas diversas atraem mais talentos e têm melhor reputação. O que queremos é acelerar essa agenda de forma consistente e estruturada”, completa a especialista. Neiva Alves, da consultoria Carreira Preta, destaca que, apesar da resistência de algumas corporações – especialmente multinacionais que evitam divulgar vagas afirmativas por pressão das matrizes no exterior – há avanços consistentes. A especialista ressalta que essas ações não são apenas simbólicas: a presença de profissionais negros em cargos de liderança traz representatividade e serve de inspiração para que mais pessoas de grupos minorizados se sintam pertencentes e capazes de alcançar espaços historicamente negados. "Ter pessoas pretas dentro de grandes empresas, de grandes multinacionais, é uma representatividade para o nosso povo preto. É uma representatividade de ter pessoas pretas em locais onde antes não se via. Isso dá um conforto maior”, afirma Neiva Alves. A pesquisadora da Universidade de São Paulo (USP), Juh Círico, destaca que não basta contratar pessoas que fazem parte dos grupos de minorias sociais. É preciso garantir condições para que esses profissionais permaneçam e avancem na hierarquia corporativa. Ao aderirem a esses programas, as empresas ajudam a romper barreiras históricas e promovem a reparação social, permitindo que pessoas negras, indígenas, com deficiência, LGBTQIAPN+, e pessoas 60+ acessem e se sintam pertencentes ao ambiente corporativo. Trabalhadoras destacam a importância dos programas de diversidade para avançar no mercado de trabalho Arquivo Pessoal/Reprodução Redes Sociais 👩🏾‍🎓 Programas de diversidade ‘mudam vidas’ Um exemplo de profissional que chegou a um cargo de liderança graças as ações afirmativas é Bianca Bastos, de 27 anos, que é coordenadora nas áreas de venda e distribuição da Heineken. Formada em psicologia com o Programa Universidade Para Todos (Prouni) e o Fundo de Financiamento ao Estudantil (Fies) do governo federal, por muito tempo Bianca sempre foi a única mulher negra nas áreas de recursos humanos (RH) por onde passou. Isso despertou nela a vontade de construir um time diverso. Durante a trajetória no mercado corporativo, Bianca passou por todas as etapas profissionais: foi jovem aprendiz, estagiária, assistente de recursos humanos, analista júnior, pleno e sênior, até chegar ao cargo de coordenação. Atuando na Heineken há cerca de três anos, a profissional chegou à empresa em 2022 como analista pleno no centro de distribuição de Aracaju, no Sergipe. No ano seguinte, foi promovida para analista sênior e transferida para a fábrica de Alagoinhas, na Bahia. No ano passado, por meio de processos seletivos internos, passou para o cargo de coordenação e mudou-se para São Paulo. “Hoje eu cuido de quase 700 pessoas, de forma direta e indireta, olhando para toda capital paulista e região metropolitana”, explica. Ela lidera uma equipe com diversidade racial e de orientação sexual. “Eu não queria construir um RH homogêneo. Meu sonho sempre foi ter um time diverso, e hoje tenho muito orgulho de dizer que consegui”, explica a profissional. Para Bianca, representatividade importa porque inspira outras mulheres negras a acreditarem que também podem chegar lá. Além disso, ela reconhece que chegar a um cargo de coordenação aos 27 anos só foi possível graças à existência de vagas afirmativas. Bianca Bastos, coordenadora nas áreas de venda e distribuição da Heineken, sobre a importância da representatividade nas empresas. Arte g1 “Eu me vejo nesse lugar de missão, de representatividade para deixar um legado. Então, a tocha, ela não pode ficar na minha mão, ela tem que ser passada. Eu vivo todos os dias para passar essa tocha para outras meninas”, finaliza Bianca. Outro exemplo parecido é Niellen Santos, de 34 anos, que é coordenadora de governança e processos comerciais na Bayer. Formada em administração, ela é ex-participante do programa de trainee para lideranças negras da empresa. Antes de chegar na Bayer, Niellen passou por um período de estagnação na carreira. Isso porque, mesmo sendo qualificada, ela não conseguia crescer profissionalmente. Até que, em 2022, ela se deparou com uma propaganda do programa de trainee para lideranças negras. Niellen conta que o que a motivou a se inscrever no programa foi ver uma mulher negra ilustrando a campanha — e, mais do que isso, saber que se tratava de uma funcionária da empresa. “Fiquei impactada porque não era simplesmente uma artista contratada para ilustrar, era uma pessoa de dentro da companhia”, lembra a profissional. O programa de trainee teve duração de um ano e meio, onde Niellen liderou um projeto estratégico. Essa foi a primeira vez em que ela teve autonomia para idealizar e conduzir um projeto, reportando diretamente a diretores da empresa. Niellen lembra que o programa “foi um divisor de águas na carreira e na vida pessoal”. Hoje, como líder, ela coordena uma equipe formada por pessoas negras, trans e de áreas periféricas — um reflexo do compromisso com a inclusão. “Me brilha o coração ter autonomia para compor um time com histórias que eu posso ajudar a transformar”, diz. Niellen destaca que sonhar e alcançar cargos de liderança é possível, quando existem políticas que rompem o ciclo de exclusão. Para ela, as políticas de inclusão são fundamentais para acelerar mudanças na sociedade e abrir caminhos para profissionais de minorias sociais. Segundo ela, essas iniciativas foram determinantes para sua trajetória, oferecendo oportunidades que antes pareciam inalcançáveis. Ela defende que ações afirmativas são essenciais para corrigir desigualdades históricas e impulsionar o desenvolvimento de talentos. Ela ressalta que diversidade vai além de uma causa social — é também uma estratégia que impulsiona inovação e melhora os resultados das empresas. Niellen Santos, coordenadora de governança e processos comerciais na Bayer, sobre os programas de diversidade. Arte g1 Quem também conquistou um espaço no mercado corporativo com vagas afirmativas foi Maria Carolina Cardoso, de 43 anos, que é formada em Comércio Exterior na Universidade Estadual de Pittsburgh, nos EUA, e em Logística aqui no Brasil na ESAMC. Diferentemente de Bianca e Niellen, Maria não está em um cargo de liderança. Atualmente, ela atua como compradora plena na Prysmian,uma multinacional do setor industrial, sendo responsável pela operação de fretes nacionais e internacionais na América Latina. Apesar da qualificação e experiência no exterior, Maria relata ter enfrentado inseguranças no início, temendo que sua contratação fosse vista apenas como resultado de uma política de cotas. Com o tempo, entendeu que toda a sua competência e trajetória também foram determinantes. “Foi importante o programa, sim, ele me abriu portas. Mas eu também sou capaz”, afirma. A profissional ainda destaca o impacto positivo de ser a única mulher negra retinta em seu departamento e como isso inspira outras profissionais. Maria Carolina ressalta que as iniciativas inclusivas são fundamentais para garantir oportunidades e acelerar mudanças estruturais dentro das empresas. Maria Carolina Cardoso, compradora plena na Prysmian, sobre os programas de diversidade. Arte g1 Já a trajetória Mariana Alves, de 31 anos, é marcada pelo compromisso com a educação e a luta por inclusão. Formada em Ciências Sociais pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU), além de mestrado e doutoranda pela Universidade Estadual Paulista (Unesp) de Marília. A profissional hoje atua como analista de educação do Instituto Sonho Grande. A contratação se deu por meio da Consultoria de Diversidade Étnico-Racial Carreira Preta. “Até então, achava que boas oportunidades estavam muito distantes de mim, apesar da minha formação.” Mariana afirma que ser entrevistada por profissionais sensibilizados com desigualdades estruturais fez toda a diferença. “Ambientes que valorizam a diversidade fortalecem o senso de pertencimento e mostram o poder da representatividade”, afirma. Para a educadora, as políticas de inclusão são fundamentais para criar acesso a oportunidades e corrigir distorções históricas. “Apenas com ações afirmativas as empresas se comprometem com a progressão de carreira de mulheres negras e outros grupos minoritários”. Mariana Alves, analista de educação do Instituto Sonho Grande, sobre os programas de diversidade nas empresas. Arte g1 Mariana também defende a criação de legislações mais rigorosas para garantir a efetiva inclusão, e cobra dos gestores um papel ativo: “Não basta contratar. É preciso acompanhar, acolher e garantir que essas pessoas tenham as mesmas condições de crescimento”, completa a profissional. SAIBA MAIS Por que tantos profissionais preferem se demitir a deixar o home office? Conheça o ‘Chronoworking’, método de trabalho que segue o ritmo biológico



Guardiões de sementes adaptam grãos para enfrentar seca e garantir alimentos no sertão de PE


05/07/2025 06:56 - g1.globo.com


g1 visitou agricultores de Santa Cruz e Ouricuri que conservam sementes conhecidas como crioulas, que mantêm vivas tradições regionais. As sementes do sertão que resistem a secas Já ouviu falar do feijão trivicía, rasga letra ou barrigudo? Ou da fava orelha de vó? A diversidade da alimentação brasileira vai muito além do arroz branco e do feijão carioca e só não se perdeu totalmente graças a um trabalho de décadas de agricultores conhecidos como guardiões de sementes crioulas. A partir da observação e seleção, eles vão adaptando diversos tipos de grãos ao clima de um determinado local. Essas sementes vão sendo guardadas para os próximos plantios e passadas de geração em geração. É um processo que ajuda a garantir comida na mesa em tempos difíceis, como durante longas secas, além de preservar a cultura alimentar de uma região, de uma família ou comunidade. ➡️ Esta reportagem faz parte do terceiro episódio da série "PF: prato do futuro", onde o g1 mostra soluções para desafios da produção de alimentos no Brasil. Em março, o g1 conheceu alguns guardiões de sementes em Pernambuco, como o Chico Peba, agricultor de Santa Cruz que preserva vários tipos de feijões, milhos e outras centenas de grãos nativos da Caatinga ou adaptados ao semiárido. O g1 também visitou um banco coletivo de sementes que pertence à comunidade de Passagem das Pedras, em Ouricuri (PE), e que funciona por meio de um sistema de empréstimos (veja o vídeo completo acima). Por que o Brasil tem fome se é um grande produtor de alimentos? Qual é a diferença entre fome e insegurança alimentar Sementes que resistem ao tempo As sementes crioulas não são, necessariamente, nativas. Elas podem ter vindo de outra região, mas acabaram se tornando variedades tradicionais ou locais por terem sido cultivadas por muito tempo em uma mesma área. ➡️Elas não podem ter nenhum tipo de transgenia, processo que ocorre quando genes de espécies diferentes são cruzados. É o que explica Marilia Lobo Burle, pesquisadora da Embrapa, na unidade de Recursos Genéticos e Biotecnologia. Os agricultores adaptam sementes ao ambiente onde vivem por vários motivos: para obter plantas mais resistentes a extremos climáticos, pragas, ou mais produtivas. No campo, eles vão observando e selecionando as plantas com as características desejadas, de forma intuitiva e guiada por saberes adquiridos com a prática e que são transmitidos entre gerações, diz Burle. "E tem um detalhe: as sementes crioulas são cultivadas sem quase nenhum uso de insumo, de adubação, defensivo. Por quê? Porque elas são cultivadas, geralmente, por agricultores familiares com poucos recursos", diz a pesquisadora. É por isso que as sementes crioulas são estratégicas em um momento de extremos climáticos, diz ela. "Quanto mais sementes nós temos guardadas, melhor para quem vive no semiárido", conta Chico Peba, agricultor de Santa Cruz, no sertão de Pernambuco. "Porque as sementes vindas de outras empresas não são adequadas para o nosso clima. Nós não temos chuva suficiente, todos os anos, no período que elas precisam”, afirma. Chico Peba mostra sementes crioulas, passadas de geração para geração em Pernambuco Gustavo Wanderley/g1 Autonomia alimentar A preservação de sementes crioulas também traz autonomia e menos gastos para o agricultor. Hoje, a maioria dos agricultores planta com sementes compradas de outras empresas. Além disso, há programas governamentais de doação de sementes. Já quem depende do mercado, acaba tendo um custo maior. "O problema é que, hoje, as sementes estão muito caras e já não se encontram muitas variedades", diz Ana Cláudia de Lima Silva, professora de Extensão Rural e Agroecologia na Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE). Sementes crioulas Gustavo Wanderley "O que mais tem no mercado são sementes com alta tecnologia, principalmente transgênicas", acrescenta. Variedades perdidas com o tempo A produção de sementes cada vez mais padronizadas a nível global, com foco em alta produtividade, tem sido responsável pela redução da diversidade de grãos tradicionais. É o que pensa Alcemar Adílio Inhaia, coordenador da BioNatur, uma rede brasileira de produção de sementes agroecológicas, com sede em Candiota (RS). "Antigamente, a gente ia no mercado e conseguia escolher entre vários tipos de milho. Hoje, nós só temos o amarelo. Você não acha um milho roxo, um milho preto, colorido. É muito raro e específico", afirma. Para ele, isso é prejudicial não apenas à diversidade alimentar, mas também à preservação de tradições. "As sementes fazem parte da nossa cultura. Os indígenas, por exemplo, faziam várias bebidas a partir de milho. Os quilombolas faziam vários rituais a partir de algumas espécies tanto de milho, de feijão, de farináceos", comenta. "Também se comia muito o raditi (uma verdura) entre os imigrantes italianos e alemães. Hoje, na feira, você não acha mais", conta Inhaia. Para a pesquisadora da Embrapa, outros motivos explicam a diminuição das variedades de sementes crioulas: as mudanças climáticas, o envelhecimento da população rural, os conflitos de terra e o desmatamento. Brasil é um grande produtor de alimentos, mas convive com a insegurança alimentar Bancos coletivos de sementes A preservação de sementes crioulas também acontece de forma coletiva a partir da formação de bancos comunitários geridos por agricultores familiares. Há experiências bem consolidadas no Brasil, como a do Polo da Borborema, uma rede de sindicatos rurais da Paraíba. "As primeiras experiências de bancos de sementes comunitários aqui na região do Polo da Borborema nasceram em 1970, mas há muitos exemplos Brasil afora, pelo mundo", conta a agricultora Roselita, de Remígio (PB). Os bancos costumam funcionar em um sistema de empréstimos. O g1 conheceu, em março, um exemplo na Associação de Agricultores Passagem das Pedras, em Ouricuri (PE). Lá, o agricultor que pega sementes emprestadas precisa devolver 50% a mais na época da colheita. Ou seja, se ele retirar 1 kg, precisa devolver 1,5 kg. Maria Auxiliadora no coletivo de sementes tradicionais da comunidade de Passagem das Pedras, em Ouricuri (PE) Gustavo Wanderley/g1 "A semente que é devolvida não pode vir com agrotóxico e nem com transgenia", explica a agricultora Maria Auxiliadora. "E o nosso banco não serve só à nossa comunidade. Em 2020, por exemplo, nós tivemos uma seca grande e acabamos fornecendo sementes do nosso banco para comunidades de um município vizinho", conta. Diversidade para enfrentar secas Uma outra característica muito marcante do cultivo de sementes crioulas é a diversidade no plantio. Quando chega a época de chuvas, é comum que os agricultores do semiárido plantem diferentes tipos de um mesmo alimento. Chico Peba, por exemplo, planta, na mesma época, o milho ligeiro e o milho tardio. O primeiro se desenvolve mais rápido, garantindo a colheita caso a chuva venha cedo. Já o segundo, demora mais para crescer, o que dá segurança se a chuva atrasar. A agricultora Roselita, de Remígio (PB), acrescenta que plantar vários tipos de alimentos também é uma estratégia para garantir a alimentação. "Na agricultura familiar camponesa, no mesmo espaço, tem feijão de arranque, feijão carioca, feijão preto, jerimum, batata-doce, fava, milho", exemplifica. "É isso o que dá a soberania, segurança alimentar e nutricional para as famílias. Porque se tiver uma variação de clima, a gente não colhe um alimento, mas colhe outro", conclui. Prato do Futuro: Quintais mudam vidas no sertão Cafezinho em risco: como sombra de árvores pode ser solução para aumento da temperatura Prato do Futuro: pesquisa cria milho mais resistente ao calor PF, prato do futuro: o rastreamento de bois com chip na Amazônia



Shineray Iron 250 ou Royal Enfield Meteor 350: qual é a melhor moto custom de entrada?


05/07/2025 06:00 - g1.globo.com


Comparativo entre duas das motos custom mais acessíveis do Brasil em 2025, com ficha técnica, desempenho, consumo, conforto e preço. Veja quem levou a melhor. Shineray Iron 250 ou Royal Enfield Meteor 350: qual é a melhor moto custom de entrada? Pegar a estrada e aproveitar a paisagem. Deixar a cidade para trás e curtir as belezas da vida. Essa é a proposta das motocicletas custom: proporcionar viagens com conforto e prazer ao pilotar. Motos desse segmento raramente são usadas no dia a dia, por serem grandes e pesadas — ocupam muito espaço e, na maioria das versões de alta cilindrada, não são tão econômicas. Esse argumento é reforçado pelo fato de que a participação de mercado dessas motocicletas ainda é modesta, embora esteja crescendo, conforme o g1 já mostrou na reportagem sobre este novo momento do mercado e a febre das custom. Uma variedade de modelos tem surgido, com motores menores e dimensões mais compactas — e, consequentemente, preços mais acessíveis. A marca chinesa Shineray decidiu apostar nesse segmento e lançou três novas custom no mercado brasileiro: Titanium, Denver e Iron, todas equipadas com motor de 250 cilindradas (cc). Elas têm um alvo bem definido: os modelos de 350 cc da indiana Royal Enfield, líder de mercado no segmento. O g1 preparou um comparativo para quem busca uma motocicleta custom voltada a viagens curtas, mas que ainda ofereça agilidade no uso urbano. Frente a frente estão postas a Shineray Iron 250 e a Royal Enfield Meteor 350. Veja abaixo qual das duas se destaca como a melhor opção de entrada no segmento. LEIA MAIS Febre das custom: entenda como as motos estradeiras cresceram em vendas no país Brasil emplaca 1 milhão de motos no 1º semestre, e CG é a mais vendida; veja a lista Missão impossível? Bajaj Pulsar chega ao Brasil para roubar uma fatia do reino da CG A novidade Shineray Iron 250 encara a Royal Enfield Meteor 350 g1 | Fabio Tito Galerias Relacionadas Indo direto ao ponto, nada melhor do que comparar as especificações técnicas das duas motos. Começando pelo motor, a Shineray tem 100 cilindradas a menos que a Royal, mas entrega 7,6 cavalos a mais de potência. Apesar da potência superior, a Iron exige rotações muito altas para atingir seus 27,6 cv: são necessários 9.000 giros por minuto. Já na Meteor, os 20 cv aparecem a 6.100 rpm. Na prática, isso torna a Iron mais rápida e divertida de pilotar, mas com o inconveniente de exigir que o motor esteja sempre em alta rotação. Além de exigir mais do acelerador — o que pode ser cansativo no trânsito urbano —, o funcionamento em rotações elevadas também aumenta o consumo de combustível. O torque da Iron é 0,4 kgfm menor. Por outro lado, ela conta com uma marcha a mais que a Meteor, totalizando seis velocidades. No entanto, isso não se traduz necessariamente em mais conforto na condução. Para ilustrar, a 120 km/h com a sexta marcha engatada, o motor da Iron opera a 8.000 rpm, o que gera bastante vibração. Isso pode causar fadiga tanto no piloto quanto na garupa após algum tempo de viagem. Em compensação, a Iron é bem mais ágil que a Meteor 350. Suas acelerações, especialmente nas saídas de semáforo, são vigorosas, e é fácil ganhar velocidade. Na estrada, porém, o motor de 250 cilindradas mostra suas limitações. Ainda assim, não é tão justo criticar a moto por isso, já que sua proposta é atender a viagens curtas e ao uso urbano. A Shineray Iron 250 tem dimensões menores que a Royal Enfield Meteor 350 g1 | Fábio Tito A Meteor 350, por sua vez, precisa de uma atualização urgente. O motor de 350 cilindradas nunca foi um destaque em desempenho e, com a chegada de novos modelos menores e mais potentes, o apelo visual retrô pode não ser suficiente para manter sua relevância no mercado. Além do desempenho modesto, a Meteor é pesada para uma moto dessa categoria. Segundo a fabricante, seu peso seco é de 191 kg — ou seja, sem combustível, óleo ou fluido de freio. Com o tanque cheio e todos os fluidos, ela ultrapassa facilmente os 210 kg. A Iron 250, por outro lado, pesa apenas 180 kg já abastecida. No uso diário, esse peso reduzido faz bastante diferença, especialmente na hora de manobrar a moto. Galerias Relacionadas Design A Iron é maior que a Meteor em praticamente todas as dimensões, exceto na altura. E isso é um ponto positivo da moto chinesa: por ser mais baixa, permite que pessoas de menor estatura apoiem os pés no chão com mais segurança. Ambas são bastante largas, mas a Iron tem 7 cm a mais de largura em relação à Meteor. Nos corredores das grandes cidades, essa diferença pesa contra a Shineray, dificultando a passagem entre os carros. Apesar disso, o entre-eixos mais longo da Iron 250 contribui para uma maior estabilidade na condução. A suspensão da Meteor, no entanto, ainda é superior à da Shineray. Com curso mais longo, ela lida melhor com buracos e imperfeições das ruas esburacadas de São Paulo, onde o teste foi realizado. Já a suspensão mais curta da Iron 250 favorece curvas em velocidades mais altas, proporcionando uma pilotagem mais esportiva. Shineray Iron 250 ou Royal Enfield Meteor 350? Veja o comparativo do g1 g1 | Fábio Tito Nas versões testadas pelo g1, a Shineray Iron 250 vinha equipada com faróis, lanternas e setas de LED, enquanto a unidade da Royal Enfield utilizava lâmpadas halógenas. Esse detalhe já evidencia a atualização do projeto da Shineray, alinhado com a tecnologia presente nos modelos mais recentes do mercado. Na Iron 250, a plataforma para apoio dos pés oferece mais conforto e ainda funciona como uma barreira contra a sujeira da rua. A Iron 250, no entanto, comete dois deslizes no design. O primeiro é o posicionamento da chave de ignição. A ideia foi resgatar o estilo das motos custom clássicas, mas colocá-la ao lado do motor é pouco prático. A posição incomum incomoda e passa a sensação de que a chave pode quebrar ou ser facilmente perdida. Apoio de pé da Shineray Iron 250 permite que o calçado fique mais limpo. Já o local de colocar a chave, acima, é pouco usual g1 | Fábio Tito O segundo ponto negativo está na localização do painel de instrumentos. Instalado sobre o tanque, ele fica muito baixo, obrigando o piloto a desviar o olhar da estrada para consultar informações básicas — o que representa um risco considerável de acidente. Fora esses detalhes, a moto da Shineray é uma excelente opção para quem busca rodar com estilo e conforto na cidade. A Iron 250 é mais equilibrada e proporciona uma pilotagem mais prazerosa do que a Royal Enfield Meteor 350. Neste comparativo, veja quem leva vantagem em cada quesito: 🚀 Motor: Shineray Iron 250; 🐎 Potência: Shineray Iron 250; 🏍️ Torque: Shineray Iron 250; ⚙️ Câmbio: Shineray Iron 250; 📐 Dimensões: Shineray Iron 250; ⛽ Tanque: Royal Enfield Meteor 350; 🛑 Freios: Royal Enfield Meteor 350; 💵 Preço: Shineray Iron 250. É preciso abaixar muito a cabeça para olhar o painel e isso faz o piloto correr muitos riscos ao tirar os olhos da estrada g1 | Vinicius Montoia



O que é o Brics e qual a relevância do encontro sediado no Brasil?


05/07/2025 05:00 - g1.globo.com


Cúpula do bloco se reúne no Rio de Janeiro sob o desafio de enfrentar medidas protecionistas das nações desenvolvidas enquanto amplia seus membros e tenta contornar disputas internas. Brics chega a sua 17ª com dilema entre apostar na multipolarização ou ser voz anti-Ocidente Prime Ministers Office/ZUMA Press/picture alliance Os líderes das economias do Brics, que estão entre as que mais crescem no mundo, se reúnem no Rio de Janeiro entre os dias 6 e 7 de julho com o objetivo de fortalecer o bloco diante da política tarifária agressiva do presidente dos EUA, Donald Trump, e de outras medidas protecionistas do Ocidente. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sediará a cúpula do bloco, a primeira desde a criação da categoria de Estados-parceiros do grupo. Entre as lideranças presentes estarão o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, e seu homólogo chinês, Li Qiang. O presidente russo, Vladimir Putin, que tem um mandado de prisão pendente emitido pelo Tribunal Penal Internacional (TPI) por supostos crimes de guerra relacionados à invasão da Ucrânia, não comparecerá. A DW faz um resumo da história do Brics e dos planos do bloco para enfrentar o protecionismo das nações mais desenvolvidas. Como o Brics começou? O economista do Goldman Sachs Jim O'Neill cunhou o termo Bric em 2001 para identificar Brasil, Rússia, Índia e China como economias que cresciam rapidamente e que tinham potencial para se tornar potências econômicas globais até 2050. O termo destacava o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), as grandes populações e a crescente influência global desses países. Apesar das diferenças em ideologias políticas e estruturas sociais, os formuladores de políticas dos quatro países passaram a trabalhar juntos, inicialmente por meio de conversas informais. O bloco acabou se desenvolvendo como um contraponto ao G7, grupo das economias desenvolvidas composto pelos Estados Unidos, Canadá, Reino Unido, França, Alemanha, Itália e Japão. Com a consolidação das negociações, a primeira cúpula dos países foi realizada em Ekaterinburg, na Rússia, em 2009. Um ano depois, a África do Sul foi convidada a juntar-se ao bloco emergente, acrescentando o "S" ao acrônimo Brics. Em reunião preparatória, ministros do Brics criticaram o ressurgimento do protecionismo Tomaz Silva/Agencia Brazil/dpa/picture alliance Desde então, a criação do Brics tem sido descrita como um grande desafio aos sistemas políticos, econômicos e financeiros globais liderados pelos EUA desde a Segunda Guerra Mundial. Os membros originais defendem uma ordem mundial multipolar e uma voz maior para os países em rápido desenvolvimento do Sul Global nos assuntos mundiais. Ao longo do tempo, o bloco criou uma alternativa ao Banco Mundial, que financia projetos de infraestrutura e desenvolvimento, bem como um novo mecanismo para fornecer suporte financeiro durante crises econômicas, rivalizando também com o Fundo Monetário Internacional (FMI). Os formuladores de políticas do Brics agora discutem a possibilidade de lançar uma alternativa ao dólar americano no comércio mundial. A proposta ainda se desenvolve lentamente no bloco, mas irritou Trump, que prometeu sobretaxar os países do grupo em retaliação. Assim como fez no G20, o Brasil tem trazido ao Brics a discussão sobre a taxação dos super-ricos e a crítica ao unilateralismo americano e ao protecionismo comercial. Por outro lado, enfrentam disputas internas sobre seu papel anti-Ocidente. Como o Brics evoluiu até hoje? O bloco tem demonstrado interesse em incorporar outras nações em desenvolvimento, especialmente aquelas que buscam maior alinhamento com economias em rápido crescimento. Hoje o bloco já conta com 10 países. Além dos cinco originais, Egito, Etiópia, Irã, Emirados Árabes Unidos e Indonésia também ingressaram no grupo. A Argentina chegou a ser convidada, mas recusou a adesão. Embora continue sendo um bloco informal, o Centro Brasileiro de Relações Internacionais (Cebri) classificou o Brics como "a primeira associação transregional de Estados não ocidentais", em um relatório preliminar para a cúpula. Apesar de não ter um tratado fundador, estrutura administrativa permanente ou sede formal, o Brics cresceu, no papel, para se tornar uma potência geopolítica e econômica significativa. O bloco representa mais de 40% da população mundial e mais de um terço do crescimento econômico global, com base na paridade do poder de compra, superando o G7. Crescimento econômico dos países do Brics (1990–2024) DW/IMF Os países do Brics também controlam mercados significativos de commodities, incluindo cerca de 40% da produção global de petróleo, graças ao papel de seus novos membros, como Irã e Emirados Árabes Unidos. O bloco controla ainda quase três quartos do estoque global de terras raras, segundo o site do Brics. O bloco ainda avança na pesquisa. De acordo com o Cebri, as nações do Brics registraram entre 2009 e 2023 mais da metade de todos os registros mundiais de patentes. Por meio do seu Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), o Brics aprovou mais de US$ 39 bilhões (R$ 210 bilhões) para 120 projetos de infraestrutura, energia limpa e desenvolvimento sustentável. A presidência do bloco é rotativa e muda cada ano. Os líderes têm pressionado por reformas em instituições globais como o Conselho de Segurança da ONU, FMI e Banco Mundial. O comércio mútuo entre os membros também avança e já ultrapassou US$ 1 trilhão (R$ 5,4 trilhões), informa o site. As trocas comerciais intra-Brics são cada vez mais feitas em moedas locais e sob sistemas de pagamento alternativos ao Society for Worldwide Interbank Financial Telecommunication (SWIFT), apoiado pelo Ocidente. No entanto, os planos para uma moeda Brics enfrentaram obstáculos internos, devido à resistência de alguns membros, especialmente a Índia, preocupada com a dominância econômica da China. Quem mais quer entrar no Brics? O Brics está prestes a crescer exponencialmente, com 44 países tendo formalmente pedido adesão ou tomado medidas para se juntar ao bloco. Em sua última cúpula, em outubro de 2024, o grupo criou a categoria de país parceiro, um prelúdio para a adesão formal. Sob o nome Brics+, ganharam este status Belarus, Bolívia, Cazaquistão, Cuba, Malásia, Nigéria, Tailândia, Uganda e Uzbequistão. Presidência brasileira deve reforçar pedido por reforma em organismos decisórios internacionais Eraldo Peres/AP/picture alliance Outras nações que demonstram interesse em entrar incluem Azerbaijão, Bahrein, Bangladesh, Burkina Faso, Camboja, Chade, Colômbia, República do Congo, Guiné Equatorial, Honduras, Laos, Kuwait, Marrocos, Mianmar, Nicarágua, Paquistão, Senegal, Sudão do Sul, Sri Lanka, Síria e Zimbábue. Já a Arábia Saudita, que tem fortes laços com os Estados Unidos, deveria entrar no Brics no ano passado, mas acabou não tomando uma decisão final. O site do grupo, no entanto, ainda lista o país como membro. O plano da Turquia de entrar foi vetado pela Índia, que rechaça os laços próximos de Ancara com o Paquistão. Já o plano da Venezuela foi vetado pelo Brasil. Quais os próximos passos do Brics? Analistas avaliam que a mudança das relações multipolares diante do protecionismo americano pode dar maior poder ao Brics de desafiar as instituições globais lideradas pelo Ocidente. Por outro lado, as divisões internas e interesses nacionais concorrentes do grupo podem atrapalhar seu progresso. China e Rússia, por exemplo, posicionam o Brics ativamente como um contrapeso à hegemonia ocidental, enquanto Índia e Brasil priorizam a cooperação econômica em detrimento do confronto geopolítico, o que cria tensões dentro do bloco. O ingresso de novos membros também gera atrito. Além da disputa de fronteira já existente entre China e Índia, rivalidades entre Arábia Saudita, se ingressar, e Irã, ou entre Egito e Etiópia pelo rio Nilo, podem dificultar o consenso em questões políticas e diluir a capacidade do bloco de avançar seus interesses. O papel arraigado do dólar no comércio global e as restrições da China ao uso do yuan no comércio internacional podem dificultar a desdolarização, vista por alguns mais como uma tentativa de Pequim e Moscou de contornar sanções ocidentais do que uma estratégia realista para uma nova moeda de reserva. Disputas internas entre países dificultam progresso do grupo China Daily/REUTERS Os EUA e União Europeia impuseram medidas punitivas à Rússia após a invasão da Ucrânia em 2022, e a economia do Irã também é prejudicada por sanções relacionadas ao programa nuclear de Teerã e o conflito com Israel. Outros países apoiam planos para um sistema financeiro alternativo para se protegerem caso enfrentem sanções semelhantes no futuro, dizem analistas. Disparidades econômicas entre os membros representam outro desafio à medida que o bloco cresce. O PIB da China é muito superior ao da África do Sul, por exemplo, ou dos membros mais recentes, como a Etiópia, o que dá poder a Pequim de direcionar as prioridades do bloco. Há também preocupações crescentes sobre como democracias como Índia e Brasil podem se alinhar com autocracias como China, Irã e Rússia. O economista Jim O'Neill, que cunhou o termo Bric, agora considera o grupo um projeto fracassado. Em novembro, escreveu que o Brics "não serve a nenhum propósito real além de gerar gestos simbólicos e retórica grandiosa." Chanceleres do Brics preparam resposta ao tarifaço



Mega-Sena pode pagar R$ 6,5 milhões neste sábado


05/07/2025 03:00 - g1.globo.com


Apostas podem ser feitas até as 19h em lotéricas ou pela internet. Mega-Sena Marcelo Brandt/G1 O concurso 2.884 da Mega-Sena pode pagar um prêmio de R$ 6,5 milhões para os acertadores das seis dezenas. O sorteio ocorre às 20h deste sábado (5), em São Paulo. No concurso da última quinta-feira (3), nenhuma aposta levou o prêmio máximo. A aposta mínima para a Mega-Sena custa R$ 5 e pode ser realizada também pela internet, até as 19h – saiba como fazer a sua aposta online. A partir de 10 de julho, o preço da aposta passa a ser de R$ 6. A Mega-Sena tem três sorteios semanais: às terças, quintas e sábados. Entenda como funciona a Mega-Sena e qual a probabilidade de ganhar o prêmio Para apostar na Mega-Sena As apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília), em qualquer lotérica do país ou pela internet, no site da Caixa Econômica Federal – acessível por celular, computador ou outros dispositivos. É necessário fazer um cadastro, ser maior de idade (18 anos ou mais) e preencher o número do cartão de crédito. Probabilidades A probabilidade de vencer em cada concurso varia de acordo com o número de dezenas jogadas e do tipo de aposta realizada. Para a aposta simples, com apenas seis dezenas, que custa R$ 5, a probabilidade de ganhar o prêmio milionário é de 1 em 50.063.860, segundo a Caixa. Já para uma aposta com 15 dezenas (limite máximo), com o preço de R$ 22.522,50, a probabilidade de acertar o prêmio é de 1 em 10.003, ainda segundo a Caixa.



Ataque ao sistema do PIX: É #FAKE que Banco Central foi hackeado


04/07/2025 22:05 - g1.globo.com


O Banco Central informou que os sistemas administrados pelo BC não foram afetados. Ataque aconteceu em empresa de tecnologia que faz a ponte entre instituições financeiras menores e sistemas do BC para a realização de operações como o PIX. É #FAKE que Banco Central foi hackeado Reprodução Circula nas redes sociais mensagem segundo a qual o Banco Central do Brasil foi hackeado. É #FAKE. g1 O que diz a publicação falsa? O post na rede social X foi publicado em 2 de julho e alcançou mais de 800 mil visualizações em dois dias. A publicação diz: "Como é que é? Então o Banco Central do Brasil foi hackeado em mais de R$ 1 bilhão, os valores estão sendo convertidos para USDT e Bitcoin, e o BC ainda não está usando o super sistema “inhackeável” do TSE e de nossas urnas eletrônicas?" Contexto A fake news circula após a divulgação, pelo BC, de que a C&M Software, uma prestadora de serviços tecnológicos, comunicou ter sido alvo de um ataque hacker. O ataque desviou milhões de reais da empresa, que conecta bancos menores e fintechs aos sistemas PIX, do BC. Fontes estimaram à TV Globo que a quantia desviada pode chegar a R$ 800 milhões. De acordo com a C&M, criminosos usaram credenciais, como senhas, de seus clientes para tentar acessar seus sistemas e serviços de forma fraudulenta. O ataque cibernético afetou pelo menos seis instituições financeiras e causou alvoroço no mercado financeiro. Um homem foi preso pela Polícia Civil de São Paulo, suspeito de participar do ataque hacker. Por que a publicação é falsa? Ao Fato ou Fake, o Banco Central informou que os sistemas administrados pelo Banco Central não foram afetados e que não houve prejuízo financeiro ao BC e a outros órgãos públicos. O BC relatou que o problema se deu na C&M Software, que conecta bancos menores e fintechs aos sistemas PIX. Procurada pelo Fato ou Fake, a empresa informou que: Identificou a origem do acesso indevido e está contribuindo com o avanço das apurações; até o momento, as evidências apontam que o incidente decorreu do uso de técnicas de engenharia social para o compartilhamento indevido de credenciais de acesso (como senhas), e não de falhas nos sistemas ou na tecnologia da empresa. A invasão se deu porque um colaborador compartilhou indevidamente credenciais, induzido por terceiros por meio de técnicas de engenharia social. É possível que outras credenciais tenham sido usadas, de acordo com a C&M Software. A executiva do SafeLabs, startup brasileira fabricante de soluções de cibersegurança, Débora Gallucci, diz que o Banco Central não foi hackeado. "Não é correto afirmar que o Banco Central foi hackeado. O ocorrido se restringiu ao ambiente da instituição participante, onde supostas credenciais e certificados digitais válidos foram comprometidos e utilizados de forma indevida. Isso permitiu que os atacantes realizassem requisições legítimas ao Sistema de Pagamentos Instantâneos (SPI), operado pelo Banco Central, utilizando informações de identidade autênticas e autorizadas." Segundo ela, "do ponto de vista do Banco Central, todas as solicitações de transferência foram recebidas por meio de canais seguros, validadas por certificados e credenciais, estando em conformidade com os protocolos estabelecidos. Portanto, não houve violação da infraestrutura do Banco Central nem comprometimento direto dos sistemas do PIX ou do SPI". Urnas eletrônicas A mensagem que aponta que o Banco Central foi hackeado também insinua que as urnas eletrônicas são sujeitas a ataques cibernéticos. O Fato ou Fake já explicou que as urnas eletrônicas brasileiras não são hackeáveis. Na época, o cientista político e professor da Universidade Federal do ABC (UFABC) Vitor Marchetti apontou que as urnas eletrônicas não são conectadas à internet e o equipamento sequer tem essa possibilidade. As urnas brasileiras não são hackeáveis porque não são conectadas à internet. O Fato ou Fake desmentiu essa fake news em 2022. De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral, o processo eleitoral passa por auditoria e fiscalização antes, durante e depois das eleições. Os sistemas de votação passam por dois testes, de integridade e de autenticidade, para garantir que não há divergência entre votos dados e votos registrados pelas urnas. A especialista em cibersegurança Débora Galluci afirma que o ataque à instituição participante do PIX "não evidencia qualquer falha no sistema eleitoral ou nas urnas eletrônicas, uma vez que tratam-se de sistemas distintos, com processos e funcionalidades diferentes". É #FAKE que Banco Central foi hackeado Reprodução Veja também Conflito Israel x Irã: as imagens que são #FATO e as que são #FAKE Conflito Israel x Irã: as imagens que são #fato e as que são #fake VÍDEOS: Fato ou Fake explica VEJA outras checagens feitas pela equipe do FATO ou FAKE VEJA outras checagens feitas pela equipe do FATO ou FAKE Adicione nosso número de WhatsApp +55 (21) 97305-9827 (após adicionar o número, mande uma saudação para ser inscrito)



Gripe aviária impacta cotações da carne de frango e junho tem maior queda em 18 anos em São Paulo


04/07/2025 21:17 - g1.globo.com


No atacado da Grande SP, em junho, o frango inteiro resfriado teve média de R$ 7,50 o quilo, uma baixa de 13,4% frente à cotação de maio. Desvalorização da carne de frango está relacionada ao aumento do poder de compra da população na primeira quinzena de junho. Reprodução EPTV Os preços médios da carne de frango no atacado da Grande São Paulo registraram a maior queda dos últimos 18 anos em junho de 2025. O principal motivo para o recuo foi o registro de caso inédito de gripe aviária em uma granja comercial do município de Montenegro (RS). A análise é do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) do campus da Universidade de São Paulo (USP), em Piracicaba (SP), divulgado em boletim desta sexta-feira (4). 📈No atacado da Grande SP, em junho, o frango inteiro resfriado teve média de R$ 7,50 o quilo, uma baixa de 13,4% frente à cotação de maio. Mesmo após o Brasil voltar a ser certificado como país livre da gripe aviária em 18 de junho de 2025, após ter cumprido todos os protocolos internacionais, os reajustes nos preços não foram suficientes para refletir melhorias no cenário já no mesmo mês. 📲 Participe do canal do g1 Piracicaba no WhatsApp "Trata-se da variação negativa mais intensa em 18 anos, levando a média mensal ao menor patamar real desde setembro de 2024, com as médias mensais já deflacionadas pelo IPCA de maio de 2025", aponta o Cepea. Nas primeiras semanas de junho, assim com na segunda quinzena de maio, os valores domésticos da carne caíram com força, diante das restrições às exportações da proteína impostas por parceiros comerciais do Brasil. g1 em 1 Minuto: Gripe aviária não é transmitida a quem come carne de frango As perspectivas dos agentes do setor após a reinserção do Brasil como país livre da gripe aviária voltaram a ser positivas. "O cenário gerou otimismo no setor. Desde então, levantamentos do Cepea mostram reações nas cotações da carne em muitas praças", apontou o Cepea. Altas nos preços até abril O cenário nos quatro primeiros meses deste ano. Em abril de 2025, o preço médio do frango vivo chegou a R$ 6,15 o quilo e alcançou o maior cotação já registrada desde 2022, com alta de 11% no mês termos reais, quando os valores são deflacionados pelo Índice Geral de Preços com disponibilidade interna (IGP-DI) de março. Na época, o poder de compra do produtor de frangos caiu diante das altas nas cotações dos principais insumos usamos produção de carne de frango, como o milho e farelo de soja. Ministério da Agricultura declara o país livre da gripe aviária Poder de compra em queda O poder de compra do avicultor paulista vem caindo frente ao farelo de soja nesta parcial de abril, chegando ao menor patamar dos últimos três meses. Em relação ao milho, o desempenho se mostra estável. 🐔Frango: ano de desafios Ainda segundo perspectivas do Cepea, o setor avícola brasileiro deve crescer até 3% em 2025, mas com desafios relacionados à biossegurança animal e a conflitos em importantes países que são destinos da carne nacional. Estudos realizados por pesquisadores do Cepea indicam que a produção de carne de frango deve alcançar 14,2 milhões de toneladas em 2025, aumento de 2,9% frente à do ano anterior. Em relação à demanda, a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) projeta que o consumo per capita de carne some 46,6 kg em 2025, alta de 1,9% sobre o ano anterior. "As perspectivas de crescimento do setor avícola em 2025, contudo, dependem da ausência de casos de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (H5N1 ou IAAP) em granjas comerciais (ou outros tipos de Influenza). Por enquanto, o Brasil tem se beneficiado dessas circunstâncias. Isso porque casos de Influenza em outros países produtores têm deslocado a demanda global ao Brasil, que, ressalta-se, permanece livre dessa doença, de acordo com as diretrizes da Organização Mundial para Saúde Animal", analisa o Cepea. 💰Valores O preço do quilo do frango congelado, negociado no atacado, nas regiões da Grande São Paulo, São José do Rio Preto (SP) e Descalvado (SP), fechou em R$ 8,50 no dia 10 de janeiro, um aumento de 1,55% na comparação com mês anterior. -📝 Veja cotações aqui. LEIA MAIS Preço da carne sobe 20,8% em 2024 e tem maior alta em 5 anos; entenda o que aconteceu Frango em alta, porco e ovos em baixa: entenda cenário de oscilação de preços das proteínas VÍDEOS: tudo sobre Piracicaba e região Veja mais notícias da região no g1 Piracicaba



Economistas divergem de Lula e dizem que austeridade fiscal dá segurança à economia


04/07/2025 20:29 - g1.globo.com


Para especialistas, críticas de Lula à austeridade são vagas e descontextualizadas; economistas afirmam que responsabilidade fiscal garante segurança e previsibilidade à economia. Economistas divergiram nesta sexta-feira (4) da fala do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que afirmou que o “modelo de austeridade não deu certo em nenhum país do mundo”. A declaração foi feita nesta sexta-feira (4), durante evento no Rio de Janeiro, em que Lula também defendeu uma nova política de financiamento sem exigências para concessão de crédito. “Vocês podem e devem mostrar ao mundo que é possível criar um novo modelo de financiamento sem condicionalidades. O modelo da austeridade não deu certo em nenhum país do mundo”, disse Lula na ocasião. Para Robson Gonçalves, economista e professor da Fundação Getulio Vargas (FGV), a fala não se sustenta nem na teoria nem na prática. “Não existe modelo de financiamento sem condicionalidade. Isso equivaleria a um credor emprestar sem nenhum critério, o que é incompatível com qualquer sistema financeiro viável”, afirmou. “Todo agente econômico — pessoa, empresa ou Estado — tem um limite de crédito. E esse limite está atrelado justamente à sua responsabilidade fiscal.” Lula também associou políticas de austeridade ao aumento da desigualdade: “Toda vez que se faz austeridade, o pobre fica mais pobre e o rico mais rico. É isso que nós temos que mudar.” Gonçalves rebate. “Essa afirmação é genérica. Países escandinavos, por exemplo, conseguiram reduzir desigualdades mantendo responsabilidade fiscal rigorosa. Não existe correlação direta entre austeridade e desigualdade social. Há outros fatores em jogo.” Segundo ele, o discurso de Lula “parece remetido à lógica do início do século passado”. “Em 1925, teria sido uma fala progressista. Em 2025, está fora de contexto.” Lula nega 'guerra' entre governo e Congresso: 'Vamos resolver isso na negociação' Austeridade não exclui justiça social Marcus Pestana, diretor-executivo da Instituição Fiscal Independente (IFI), afirmou que conceitos como “austeridade” e “expansionismo” precisam ser compreendidos dentro do contexto histórico de cada país. Ele afirmou que a teoria do economista norte-americano John Maynard Keynes, consagrada na década de 1930, não se aplica à realidade atual. Keynes defendeu os gastos públicos para impulsionar a economia após o período da grande depressão. “Keynes escreveu sobre a necessidade de estímulo em um cenário de depressão em 1929. Mas hoje o Brasil não está em recessão. Temos uma economia razoavelmente aquecida, com emprego em alta. Manter déficits sistemáticos em um cenário assim pode agravar a dívida pública”, disse Pestana. Ele destacou que a missão da IFI é técnica e apartidária: “Nosso papel é oferecer alertas com base em projeções e dados confiáveis. E, hoje, os números mostram que o atual regime fiscal é insustentável no médio prazo.” O Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, participou nesta sexta-feira (4), da Cerimônia de anúncios de investimentos da Petrobras em Refino e Petroquímica no Rio de Janeiro, na Refinaria REDUC Petrobras, em Campos Elíseos, Duque de Caxias, RJ Carlos Elia Junior/Fotoarena/Estadão Contéudo Contexto fiscal preocupa A fala do presidente vem em meio a crescentes preocupações com as contas públicas. Em maio, o governo propôs ao Congresso adiar de 2025 para 2026 a meta de zerar o déficit fiscal. O gesto foi visto como um sinal de frouxidão na condução da política econômica, o que gerou ruídos com o mercado e pressionou o dólar e os juros. Leia também: Lula defende nova política de financiamento e afirma que modelo de austeridade 'não deu certo em nenhum país' 'País vai ter pela primeira vez um presidente eleito 4 vezes', diz Lula sobre reeleição Desde então, declarações de Lula contra o que ele chama de “austeridade” têm sido acompanhadas com atenção por economistas e investidores. “Austeridade não significa cortes insensíveis. Significa ter disciplina, previsibilidade e segurança para o país e para quem investe nele. Sem isso, não há crescimento sustentável”, disse Robson Gonçalves.



Balança comercial tem superávit de US$ 5,9 bilhões em junho, menor saldo para o mês em 6 anos


04/07/2025 18:00 - g1.globo.com

Comércio com os EUA foi marcado por déficit para o Brasil em junho. Exportações brasileiras para os norte-americanos subiram, mas importações cresceram ainda mais. A balança comercial registrou superávit de US$ 5,88 bilhões em maio, informou o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços nesta sexta-feira (4). 🔎O resultado é de superávit quando as exportações superam as importações. Quando acontece o contrário, o resultado é deficitário. Segundo dados oficiais, houve uma queda de 6,9% no saldo positivo na comparação com o mesmo mês de 2024 (+US$ 6,32 bilhões). Esse é o pior resultado para meses de junho desde 2019, quando foi contabilizado um superávit comercial de US$ 4,36 bilhões. 💵De acordo o governo, em junho: As exportações somaram US$ 29,14 bilhões, com alta de 1,4% na média por dia útil; As importações somaram US$ 23,57 bilhões, com alta de 3,8% na média por dia útil. Primeiro semestre Armínio Fraga : economia precisa de providências mais profundas Nos seis primeiros meses do ano, o saldo comercial ficou positivo em US$ 30,09 bilhões, com queda de 27,6% na comparação com o mesmo período do ano passado (US$ 41,55 bilhões). No acumulado deste ano, as exportações somaram US$ 165,83 bilhões (alta de 1% na comparação com o mesmo período do ano passado). Já as importações totalizaram US$ 135,77 bilhões, com aumento de 10% em relação ao mesmo período de 2024. Destaques das exportações em junho Soja: US$ 5,36 bilhões, com queda de 12,5% Óleos brutos de petróleo: US$ 3,55 bilhões, com queda de 2,1% Minério de ferro: US$ 2,31 bilhões, com recuo de 8,6% Açúcares e melaços: US$ 1,44 bilhão, com queda de 6,5% Carne bovina: US$ 1,31 bilhão, com aumento de 52,8% Café não torrado: US$ 934 milhões, com alta de 16,5% Principais compradores em junho China e Macau: US$ 9,94 bilhões, com alta de 2,3% União Europeia: US$ 3,46 bilhões, com recuo de 14% Estados Unidos: US$ 3,36 bilhões, com alta de 2,4% Mercosul: US$ 2,25 bilhões (+52,7%), sendo US$ 1,61 bilhão somente para a Argentina (+70,8%) Associação de Nações do Sudeste Asiático: US$ 1,91 bilhão, com queda de 8%. Tarifaço dos EUA Justiça dos EUA restabelece 'tarifaço' de Donald Trump 🌎O resultado da balança comercial divulgado nesta sexta-feira – referente ao mês de junho – ocorre em meio ao tarifaço imposto pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. No mês passado, o comércio com os Estados Unidos foi marcado por um déficit de US$ 595 milhões, ou seja, o Brasil mais importou do que exportou para a economia norte-americana, neste montante. Em junho, as exportações brasileiras aos EUA somaram US$ 3,36 bilhões, com alta de 2,4%. Já as compras brasileiras de produtos americanos totalizaram US$ 3,95 bilhões em junho, com alta de 18,5%. ▶️Em meados de março, entrou em vigor uma cobrança de tarifas de 25% sobre todas as importações de aço e alumínio nos Estados Unidos, um mês após assinatura de decreto pelo presidente Donald Trump. ▶️E, no início de abril, foram anunciadas tarifas extras a produtos importados de diversos países. ▶️A tarifa para os produtos brasileiros ficou em 10%, a exemplo dos produtos do Reino Unido, e abaixo dos 20% anunciados para a União Europeia e das tarifas impostas para a China, por exemplo. ▶️No caso dos produtos chineses, as taxas impostas pelos Estados Unidos chegaram a 145%, o que causou retaliações de Pequim, que elevou os impostos aos EUA para 125%. Em maio, porém, os países concordaram em reduzir temporariamente as tarifas por 90 dias. ▶️No mês passado, os EUA elevaram as tarifas sobre importações de aço, alumínio e derivados mais ainda, para 50%, conforme decreto assinado pelo presidente Donald Trump. A medida impacta o Brasil.



IOF: decisão de Moraes é 'ótima' e busca mostrar até onde cada Poder pode ir, diz Haddad


04/07/2025 14:45 - g1.globo.com


Ministro do STF suspendeu todos os atos – do governo e do Congresso – que tratam do Imposto sobre Operações Financeiras. E marcou uma conciliação entre Executivo e Legislativo. O ministro da Fazenda Fernando Haddad Mateus Bonomi/AGIF/ Estadão Conteúdo O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta sexta (4) que a decisão do ministro do STF Alexandre de Moraes – que suspende atos do governo e do Congresso acerca do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) e determina uma conciliação entre Executivo e Legislativo – é "ótima" para o país. Entenda como embate sobre IOF chegou ao STF Haddad deu a declaração no Rio de Janeiro após participar de reunião anual do Novo Banco de Desenvolvimento, o chamado banco do Brics. "A decisão do ministro Alexandre busca esse caminho de mostrar até que ponto cada poder pode ir, delimitando constitucionalmente o papel de cada poder. E isso é ótimo para o país", afirmou Haddad. "Essas provocações que estão sendo feitas, as três decisões até aqui tomadas, vão no sentido do fortalecimento dos poderes da República e da delimitação da competência e prerrogativa de cada um. Então, eu não posso ver com maus olhos, eu vejo com bons olhos", prosseguiu. Para Haddad as competências de cada poder "ficarão claras" a partir da audiência de conciliação determinada por Moraes. O ministro reforçou que o decreto do governo tem como foco o combate à sonegação, mas reconheceu que toda medida nesse sentido tem impacto arrecadatório. "Se eu entendesse o decreto do presidente como irregular, eu não teria proposto. O que a Fazenda fez foi inibir a sonegação de impostos", declarou Haddad. Em uma rede social, o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), que está no outro lado dessa disputa, afirmou que a decisão de Moraes está em "sintonia" com o Congresso. E se colocou à disposição para o diálogo, no Supremo Tribunal Federal, em busca do equilíbrio fiscal. Moraes suspende decreto do IOF do governo e ato do Congresso Na decisão desta sexta, Moraes ainda estabeleceu o prazo de 5 dias para que o Executivo e o Legislativo prestem esclarecimentos sobre o que os levou a tomar as decisões: o governo, de aumentar as alíquotas do imposto; e o Congresso, por sua vez, de suspender os efeitos dos decretos presidenciais que previam a elevação do tributo. Entenda a disputa A equipe econômica do governo, liderada pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), anunciou no fim de maio um decreto presidencial que elevou o IOF incidente sobre operações de crédito, principalmente para empresas. 🗓️Mas, na semana passada, o Legislativo aprovou a derrubada de decretos do presidente Lula que aumentavam o imposto. Com a derrubada dos decretos, o Congresso impôs uma perda de arrecadação aos cofres públicos de cerca de R$ 10 bilhões neste ano e de mais de R$ 20 bilhões em 2026, apontam estimativas do Ministério da Fazenda. Considerada necessária pela equipe econômica para equilibrar o orçamento e buscar o atingimento da meta fiscal deste ano, a proposta sofreu com forte resistência do Legislativo por envolver aumento de tributos. E acabou barrada pelo Parlamento. O Planalto, no entanto, entendeu que a decisão é fundamental para o ajuste das contas públicas. Por isso, decidiu recorrer ao Supremo para questionar se a decisão do Legislativo fere a Constituição Federal.



Ataque hacker ao sistema financeiro: BMP perdeu, sozinha, R$ 541 milhões; outras instituições também foram afetadas


04/07/2025 14:25 - g1.globo.com


Ataque hacker à C&M Software envolveu o uso indevido de senhas e credenciais de clientes. Criminosos acessaram contas reservas das instituições financeiras e desviaram recursos. Segundo Polícia Civil de São Paulo, prejuízo total ainda está sendo contabilizado. Polícia Civil prende em SP suspeito envolvido em ataque hacker contra o Banco Central A Polícia Civil de São Paulo informou nesta sexta-feira (4) que a BMP, uma das instituições afetadas pelo ataque hacker ao sistema financeiro, perdeu, sozinha, R$ 541 milhões. A estimativa é de que pelo menos outras cinco instituições também tenham registrado um acesso indevido em suas contas de reserva. Segundo o Departamento Estadual de Investigações Criminais (DEIC) da 2ª Delegacia da Divisão de Crimes Cibernéticos da Polícia Civil de São Paulo, um homem suspeito de facilitar o ataque foi preso nesta sexta-feira (4). ATAQUE HACKER: o que se sabe e o que falta saber sobre o golpe e o suspeito preso 🔎 As contas de reservas são contas que os bancos e instituições financeiras mantêm no Banco Central do Brasil (BC). Essas contas funcionam como uma conta corrente de pessoas físicas e são utilizadas para processar as movimentações financeiras das instituições e garantir liquidez — ou seja, servem como uma reserva de recursos que os bancos são obrigados a manter para garantir que cumpram com suas obrigações. Além disso, as contas também servem para que as instituições possam participar de operações com o próprio BC — como empréstimos de liquidez, aplicações em títulos públicos e depósitos compulsórios (valores obrigatórios mantidos pelos bancos no BC). O BC não divulga oficialmente o valor total movimentado diariamente nas contas de reserva. De acordo com o DEIC, a BMP registrou um boletim de ocorrência na última segunda-feira (30), indicando um esquema de furto por meio de operações fraudulentas via PIX e um prejuízo de aproximadamente R$ 541 milhões. A investigação mostrou, então, que um funcionário da C&M Software — empresa que teria sofrido o ataque hacker que permitiu o acesso às contas reservas das instituições financeiras — teria dado acesso à sua máquina para que os hackers atacassem os sistemas sigilosos da companhia. Segundo representantes do DEIC e da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, o prejuízo total do ataque ainda está sendo contabilizado, conforme os órgãos públicos trabalham para identificar as demais instituições financeiras afetadas. A polícia ainda informou que a investigação continua para identificar e prender os demais criminosos envolvidos no caso. Em nota, a BMP informou apenas que foi informada da prisão preventiva do suspeito e que "acompanha de perto" os avanços das investigações. Em comunicados anteriores, a empresa também já havia reforçado que nenhum de seus clientes foi impactado ou teve seus recursos acessados, indicando que teria recursos suficientes para manter suas operações normalmente. 🔎Esses recursos, chamados pelo mercado de "capital colateral", são uma exigência do BC e servem como garantia para proteger o sistema financeiro e evitar riscos sistêmicos — risco que o problema de um banco se espalhe e afete outras instituições, causando um "efeito dominó". O que é a BMP? A BMP é uma instituição financeira que provém soluções financeiras, bancárias e tecnológicas para outras instituições — ou seja, o banco não tem clientes pessoa física. A companhia trabalha no modelo Banking as a Service (BaaS) — uma relação de parceria entre instituições financeiras e não-financeiras para oferta de produtos e serviços financeiros, segundo o BC — e também atua no mercado de crédito. Na prática, isso significa que além de conceder empréstimos para outras empresas, a BMP também oferece tecnologias para que outras instituições possam oferecer serviços financeiros como contas digitais, transferências, pagamentos, entre outros. O que aconteceu? A C&M Software, uma empresa brasileira de tecnologia da informação voltada para o mercado financeiro, reportou para o Banco Central um ataque às suas infraestruturas digitais. O incidente permitiu o acesso indevido a contas de reserva de pelo menos seis instituições financeiras que estavam conectadas à companhia. Ainda não há confirmação oficial sobre o valor total envolvido no ataque, mas fontes da TV Globo estimam que a quantia pode chegar a R$ 800 milhões. O que deve acontecer a partir de agora? Segundo representantes do DEIC e da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, as investigações sobre o ataque continuam em andamento para identificar e localizar todos os criminosos envolvidos. Além disso, o prejuízo total ainda está sendo contabilizado, conforme as demais instituições financeiras afetadas, que eram clientes da C&M Software, são identificadas. Em nota, a C&M informou que continua a colaborar de "forma proativa" com as autoridades nas investigações sobre o incidente. "Desde o primeiro momento, foram adotadas todas as medidas técnicas e legais cabíveis, mantendo os sistemas da empresa sob rigoroso monitoramento e controle de segurança", afirmou a empresa. "Até o momento, as evidências apontam que o incidente decorreu do uso de técnicas de engenharia social para o compartilhamento indevido de credenciais de acesso, e não de falhas nos sistemas ou na tecnologia da CMSW", completou a companhia, reforçando que sua infraestrutura não foi a origem do incidente e permanece "plenamente operacional". PF investiga ataque hacker a empresa de tecnologia que presta serviço a bancos nacionais Reprodução/TV Globo



Ataque hacker: mais de R$ 500 milhões de banco foram desviados via PIX em menos de 3 horas, segundo a polícia


04/07/2025 14:16 - g1.globo.com


Valor é referente a apenas uma empresa. Estimativa é que outros bancos também foram impactados, no que é considerado pela polícia como o 'maior golpe sofrido pelas instituições financeiras pela internet'. Polícia Civil prende em SP suspeito envolvido em ataque hacker contra o Banco Central Polícia Civil prende em SP suspeito envolvido em ataque hacker contra o Banco Central A Polícia Civil de São Paulo disse nesta quinta-feira (4) que o desvio de mais de R$ 500 milhões em um dos maiores ataques hackers ao sistema financeiro brasileiro ocorreu em menos de três horas. Os valores foram desviados por transferências via PIX no que é considerado pela polícia como o "maior golpe sofrido pelas instituições financeiras pela internet". Esse valor de R$ 541 milhões é referente apenas ao BMP, que é uma da empresas atingidas. A polícia, no entanto, disse que outras instituições também foram vítimas do golpe, mas que ainda não é possível divulgar o valor total do prejuízo. O ataque cibernético que afetou pelo menos seis bancos causou alvoroço no mercado financeiro na quarta-feira (2), quando veio a público. Até o momento, não há notícia de que nenhuma pessoa física tenha tido prejuízo. O homem preso na quarta (3) acusado de participar do golpe é funcionário de uma empresa que interliga o sistema de bancos menores aos sistemas do Banco Central, como o PIX. João Nazareno Roque, é operador de TI na C&M Software (CMSW) e confessou que vendeu para hackers a sua senha a um sistema sigiloso. Ele foi preso no bairro de City Jaraguá, na Zona Norte de São Paulo. Segundo a polícia, ele ainda não constituiu advogado. Oficialmente, apenas a BMP reportou ter sido alvo do ataque hacker. A fraude aconteceu na madrugada do dia 30 de junho. Por volta das 4h, 4h30, a empresa foi alertada e os desvios continuaram até as 7h. Nesse período, os criminosos emitiram uma ordem falsa de PIX se passando pelos bancos atendidos pela C&M e conseguiram fazer uma "sequência em massa de transferências via PIX". Roque disse que só se comunicava com os hackers por mensagem e ligação de WhatsApp, e que, no dia da fraude, ele teve identificou quatro vozes diferentes, que pareciam ser de pessoas jovens. O único contato presencial que ele teve foi com o criminoso que o convidou para o esquema. Tamanho do prejuízo De acordo com a polícia, a C&M presta serviço a mais de 23 instituições financeiras. O delegado Paulo Barbosa disse que existem outros bancos que sofreram prejuízo, mas não podem divulgar quais instituições. "Não podemos afirmar a cifra exata [do prejuízo], mas é um valor muito alto, o maior da história do Brasil", disse. Em nota, a C&M Software diz que colabora com as investigações e diz que, desde que foi identificado o incidente, adotou "todas as medidas técnicas e legais cabíveis". A empresa diz também que a plataforma continua plenamente operacional e que, em respeito ao trabalho das autoridades, não se pronunciará publicamente enquanto os procedimentos estiverem em andamento. (Leia a íntegra abaixo.) Próximos passos Agora, a polícia, em parceria com a Polícia Federal e o Ministério Público, vai criar uma força-tarefa para identificar quem são os outros envolvidos, além de rastrear e congelar ativos suspeitos. O próximo passo será analisar o conteúdo dos aparelhos de celular e computador apreendidos na casa do funcionário preso. Segundo a investigação, ao que tudo indica, o grupo de hackers é São Paulo, considerando como foi feita a abordagem ao operador de TI. O primeiro contato dos criminosos com ele foi em março na saída de um bar na rua onde ele mora, na capital paulista. Em depoimento à polícia, Roque disse que recebeu R$ 15 mil pela senha e para criar um sistema que permitiu o acesso ao sistema pelos hackers. Ele relatou ainda que só se comunicava com os criminosos por celular e não os conhece pessoalmente. Além disso, contou que trocou de celular a cada 15 dias para não ser rastreado. Uma conta com R$ 270 milhões usada receber o dinheiro desviado já foi bloqueada. LEIA MAIS: PERFIL: De eletricista a pivô de um golpe milionário no sistema financeiro: saiba quem é o operador de TI que entregou senha a hackers VÍDEO: veja o momento da prisão de suspeito de vender a senha para ataque hacker a bancos INVESTIGAÇÃO: Hackers que cooptaram desenvolvedor trocavam celular a cada 15 dias ATAQUE AO PIX: operador de TI recebeu R$ 15 mil para entregar senha a hackers, diz polícia; HISTÓRICO: Ataque hacker é um dos mais graves já registrados no Brasil João Nazareno Roque foi preso suspeito de envolvimento no ataque hacker ao sistema que liga bancos ao PIX Reprodução Abaixo, veja o que se sabe e o que ainda falta saber sobre o ataque hacker. O que aconteceu? O que faz a C&M Software? Qual foi o impacto do ataque? O que deve acontecer agora? O que aconteceu? A C&M Software reportou para o Banco Central um ataque às suas infraestruturas digitais. Esse tipo de ataque é conhecido pelo mercado como “cadeia de suprimentos” (“supply chain attack”, em inglês). Nele, invasores acessam sistemas de terceiros usando credenciais (como senhas) privilegiadas para realizar operações financeiras. 🔎 As contas de reservas são contas que os bancos e instituições financeiras mantêm no BC. Essas contas funcionam como uma conta corrente e são utilizadas para processar as movimentações financeiras das instituições. Também podem servir como uma reserva de recursos. Veja mais detalhes sobre o que se sabe da invasão aqui. O que faz a C&M Software? A C&M Software é uma empresa brasileira de tecnologia da informação (TI) voltada para o mercado financeiro. Entre os serviços prestados pela companhia, está o de conectividade com o Banco Central e de integração com o Sistema de Pagamentos Brasileiro (SBP). Na prática, isso significa que a empresa funciona como uma ponte para que instituições financeiras menores possam se conectar aos sistemas do BC e fazer operações — como o PIX, por exemplo. A empresa tem atuação nacional e internacional e foi homologada pelo BC para essa função desde 2001. Atualmente, outras oito empresas também são homologadas no país. Qual foi o impacto do ataque? Apesar de as instituições indicarem que não houve nenhum dano às contas e informações de seus clientes, especialistas alertam para os impactos significativos no próprio sistema financeiro. Ainda não há confirmação oficial sobre os valores envolvidos no ataque, mas fontes da TV Globo estimam que a quantia pode chegar a R$ 800 milhões. O BC ainda não informou o nome de todas as instituições afetadas. Uma das que se sabe é a BMP, empresa que fornece infraestrutura para plataformas bancárias digitais e é cliente da C&M Software. A BMP foi quem divulgou nota sobre o incidente. “O incidente de cibersegurança comprometeu a infraestrutura da C&M e permitiu acesso indevido a contas reserva de seis instituições financeiras, entre elas a BMP”, diz a nota da empresa. O jornal “Valor Econômico” indicou que a Credsystem e o Banco Paulista também estavam entre as instituições afetadas. O que deve acontecer agora? Após o incidente, ainda na quarta-feira, o BC afirmou que determinou o desligamento do acesso das instituições financeiras afetadas às infraestruturas operadas pela C&M Software. Essa suspensão cautelar imposta pelo BC à empresa foi substituída por uma suspensão parcial nesta quinta. Micaella Ribeiro, da IAM Brasil, acredita que o incidente também deverá atrair atenção de reguladores, como o BC e o Conselho Monetário Nacional, que vêm acompanhando o risco sistêmico associado à transformação digital do setor. Entenda como foi o ataque hacker que tirou milhões do sistema financeiro Kayan Albertin/g1 O que diz a C&M Software A C&M Software informa que segue colaborando de forma proativa com as autoridades competentes nas investigações sobre o incidente ocorrido em julho de 2025. Desde o primeiro momento, foram adotadas todas as medidas técnicas e legais cabíveis, mantendo os sistemas da empresa sob rigoroso monitoramento e controle de segurança. A estrutura robusta de proteção da CMSW foi decisiva para identificar a origem do acesso indevido e contribuir com o avanço das apurações em curso. Até o momento, as evidências apontam que o incidente decorreu do uso de técnicas de engenharia social para o compartilhamento indevido de credenciais de acesso, e não de falhas nos sistemas ou na tecnologia da CMSW. Reforçamos que a CMSW não foi a origem do incidente e permanece plenamente operacional, com todos os seus produtos e serviços funcionando normalmente. Em respeito ao trabalho das autoridades e ao sigilo necessário às investigações, a empresa manterá discrição e não se pronunciará publicamente enquanto os procedimentos estiverem em andamento. A CMSW reafirma seu compromisso com a integridade, a transparência e a segurança de todo o ecossistema financeiro do qual faz parte princípios que norteiam sua atuação ética e responsável ao longo de 25 anos de história. O que se sabe sobre ataque hacker contra empresa que interliga bancos ao PIX



Preço da carne bovina deve encarecer em 2026 com menos boi no campo


04/07/2025 14:13 - g1.globo.com


Exportações de frango devem voltar a crescer à medida que os países suspenderem os embargos após gripe aviária, diz Itaú BBA. Veja também as previsões para arroz e café. Preço da carne bovina tende a subir em 2026, devido a uma menor oferta de animais no campo Emerson Vieira/Unplash O preço da carne bovina deve continuar alto para o consumidor em 2025 e subir mais em 2026. Isso porque a quantidade de gado disponível para abate no Brasil tende a diminuir, principalmente no próximo ano. Essa é uma das previsões feitas por analistas da Consultoria Agro do Itaú BBA durante um evento para a imprensa, na última quinta-feira (3). Eles também apontam que o frango deve voltar a bater recordes de exportação, mesmo com bloqueios feitos em virtude do primeiro caso de gripe aviária em granja comercial, em maio. O país se declarou livre da doença quase um mês depois do caso, e os mercados internacionais já começam a retomar as compras. Já o preço do arroz vai continuar caindo. Com estoques elevados no Brasil e produção recorde no mundo, a inflação do alimento diminuiu 12%, em 12 meses até maio, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O café continua caro nos supermercados, mas, no campo, os preços começaram a cair após o início da colheita, em março. Apesar disso, a tendência é de que haja uma demora para essa baixa de preços chegar ao consumidor. Entenda a seguir o que está por trás das variações e como isso afeta o seu bolso. Carne bovina A inflação das carnes, em geral, acumula alta de 23% nos 12 meses encerrados em maio, segundo o IBGE. O contrafilé, por exemplo, ficou 24% mais caro, no mesmo período. "Desde agosto do ano passado, a alta do boi gordo tem sido integralmente repassada para o preço da carne, tanto no mercado interno quanto nas exportações", comentou Cesar de Castro Alves, gerente de Consultoria Agro do Itaú BBA. A princípio, o banco prevê que a produção de carne bovina deve cair 1%, mas isso pode não se concretizar. Isso porque ainda tem muitos animais no campo disponíveis para abate. Além disso, espera-se que, no segundo semestre, haja um aumento de bois confinados, que, posteriormente, serão direcionados para a produção de carne. Já para 2026, a tendência é de redução na oferta de animais, o que vai contribuir para uma alta de preços ao consumidor. Isso também será um reflexo da conjuntura internacional. Nos Estados Unidos, maior produtor mundial de carne bovina, a oferta deve cair 2,3% em 2025 e 4,1% em 2026. “Ou seja, em 2026, quando o Brasil deverá ter oferta de gado para abate ainda menor, os EUA também estarão com disponibilidade bastante restrita, o que reforça a expectativa de preços em elevação”, destaca Alves. Frango Apesar da gripe aviária, as exportações de frango devem continuar crescendo em 2025, segundo Alves. Para ele, isso se deve à rápida resposta do setor para conter a crise e por não ter surgido novos casos da doença no país. Antes de os países compradores aplicarem embargos ao frango brasileiro por causa do foco da doença em Montenegro (RS), as exportações de frango cresceram 5% entre janeiro e maio deste ano, em relação a igual período de 2024. Depois do anúncio do caso e do início dos bloqueios, as vendas caíram 13,4%, em maio, e 21,6% até a terceira semana de junho, sempre na comparação contra o mesmo período do ano passado. "A carne que não foi exportada, obviamente, está pesando aqui dentro. Isso fez os preços caírem [no atacado]", diz Alves. Segundo um levantamento do Itaú BBA, a inflação do frango no atacado caiu 16%, entre o dia 16 de maio e 30 de junho. Mas essa queda deve ser temporária. Isso porque, como não apareceram novos casos da gripe aviária, alguns mercados já estão comprando novamente o frango brasileiro. Arroz Nos 12 meses até maio, o preço do arroz caiu 12% para o consumidor. Para o produtor, a queda foi maior: em junho, a saca de 50 kg ficou 41% mais barata, de acordo com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada da Universidade de São Paulo (Cepea - USP). A principal razão para a desvalorização do cereal é a oferta global recorde, diz a analista do Itaú BBA Marina Maragon. A safra 2025/2026 é estimada em 542 milhões de toneladas, 0,1% a mais do que na anterior. Entre os países produtores, a Índia se destaca, alcançando um novo recorde histórico de produção pelo 10° ano consecutivo. Mas outros países também vão ter boas produções, como EUA, Bangladesh, Burma, Filipinas e membros do Mercosul. Tudo isso deixa o mercado de exportação acirrado para o arroz nacional. No Brasil, a safra 2024/2025 é a maior dos últimos 8 anos, com uma produção estimada em 12,15 milhões de toneladas, um crescimento de 14,9% em relação à safra anterior. Isso acontece, principalmente, pelo aumento da área cultivada e da produtividade. Com esta safra, os estoques estão elevados. Segundo Maragon, apesar de o governo ter falado em um aumento dos estoques públicos para escoar essa produção e melhorar os preços ao arroz, ainda não foram tomadas ações concretas. Por todos esses motivos, os produtores tendem a investir menos na safra 2025/2026. Como milho e soja vêm tomando área de arroz e feijão há 19 anos Café O preço do café vem caindo no campo, mas ainda deve demorar para se refletir na conta do supermercado. A baixa dos preços para o produtor está sendo puxada pela expectativa de aumento da safra do café do tipo robusta. “Além da maior resistência da planta, alguns episódios de chuvas em agosto, no Espírito Santo, aliviaram a condição do solo e possibilitaram um pegamento normal das floradas”, diz Alves. Já a safra de café do tipo arábica deve ser menor, uma vez que a seca no ano passado prejudicou a florada e, consequentemente, o nascimento dos frutos. Apesar disso, a colheita de robusta tende a compensar e, no total, a produção de café do Brasil deve crescer 0,5% nesta safra. Outro fator que tende a sustentar a queda dos preços no campo é que outros grandes produtores de café, como o Vietnã e a Indonésia, também terão aumento de produção. Calor deixa o café 'estressado', pode derrubar a produção brasileira e encarecer a bebida



Como começar o cultivo do coco


04/07/2025 12:53 - g1.globo.com


A Emater de Minas Gerais tem uma cartilha gratuita com dicas sobre o plantio de coqueiros. Como começar o cultivo do coco. Celso Tavares / g1 Quer começar o cultivo de coco? A Emater de Minas Gerais tem uma cartilha gratuita com dicas sobre o plantio de coqueiros. A cartilha traz orientações sobre os tratos culturais em todas as etapas do cultivo, como irrigação, adubação e manejo do solo. Outro destaque do material são as informações sobre as principais pragas e doenças que podem afetar o coqueiro, ajudando o produtor a se preparar para lidar com esses desafios. >>>Acesse aqui<<< Bertalha é uma verdura também chamada de espinafre-indiano



Ataque hacker ao sistema PIX: o que se sabe sobre o golpe histórico e o suspeito preso em SP


04/07/2025 12:13 - g1.globo.com


João Nazareno Roque, detido pela Polícia Civil, é funcionário da C&M Software, que conecta fintechs e bancos menores aos sistemas PIX, do Banco Central, e reportou ataque às suas infraestruturas. Polícia Civil prende em SP suspeito de ataque hacker ao sistema que liga bancos ao PIX A Polícia Civil de São Paulo prendeu, na quinta-feira (3), um homem suspeito de participar do ataque hacker que desviou milhões de reais de uma empresa que conecta bancos menores e fintechs aos sistemas PIX, do Banco Central (BC). João Nazareno Roque é funcionário da empresa de tecnologia C&M Software (CMSW) e deu acesso pela máquina dele ao sistema sigiloso para os hackers que efetuaram o ataque, segundo o Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic). O BC ainda não informou o nome de todas as instituições afetadas. Também não há confirmação oficial sobre os valores envolvidos no ataque, mas fontes da TV Globo estimam que a quantia pode chegar a R$ 800 milhões. De acordo com a C&M, criminosos usaram credenciais, como senhas, de seus clientes para tentar acessar seus sistemas e serviços de forma fraudulenta. O ataque cibernético afetou pelo menos seis instituições financeiras e causou alvoroço no mercado financeiro na última quarta-feira (2). Segundo as empresas envolvidas, no entanto, não houve dano às contas e informações de seus clientes. Em nota, a C&M Software diz que colabora com as investigações e diz que, desde que foi identificado o incidente, adotou "todas as medidas técnicas e legais cabíveis". (Leia a íntegra abaixo.) O que se sabe sobre ataque hacker contra empresa que interliga bancos ao PIX Entenda nesta reportagem o que se sabe e o que ainda falta saber sobre o ataque hacker. O que aconteceu? Quem é o suspeito preso em SP? O que faz a C&M Software? O que ela diz sobre o episódio? Quem foi afetado? Como esse ataque aconteceu? Como os criminosos atuam? Qual foi o impacto do ataque? Esse tipo de ataque é comum no Brasil? O que deve acontecer agora? O que aconteceu? A C&M Software reportou para o Banco Central um ataque às suas infraestruturas digitais. O incidente permitiu o acesso indevido a contas de reserva de pelo menos seis instituições financeiras que estavam conectadas à companhia. 🔎 As contas de reservas são contas que os bancos e instituições financeiras mantêm no BC. Essas contas funcionam como uma conta corrente, e são utilizadas para processar as movimentações financeiras das instituições. Essas contas ainda servem como uma reserva de recursos que os bancos precisam manter no BC para garantir que cumpram com suas obrigações financeiras. Também funcionam para que as empresas possam participar de operações com o próprio BC — como empréstimos de liquidez, aplicações em títulos públicos e depósitos compulsórios (valores obrigatórios mantidos pelos bancos no BC). Ainda não há confirmação oficial sobre os valores envolvidos no ataque, mas fontes da TV Globo estimam que a quantia pode chegar a R$ 800 milhões. Volte ao índice. Quem é o suspeito preso em SP? João Nazareno Roque, de 48 anos, é operador de TI da C&M Software e foi preso nesta quinta no City Jaraguá, na zona norte de São Paulo. O suspeito tem 20 anos de experiência como eletricista predial e residencial, leitura e interpretação de projetos no autoCad, segundo perfil na rede social Linkedin. Ele também atuou durante quatro anos como técnico de instalação de TV a cabo NET. Em seu perfil, diz que tem uma "pequena experiência com tecnologia, relacionada a ligação de câmeras, computadores e distribuição de ramais na suíte de rede". Em depoimento à Polícia Civil, ele disse que vendeu a sua senha a hackers e executou comandos na plataforma da C&M a pedido dos criminosos por R$ 15 mil. João Nazareno Roque, operador de TI da C&M Software que foi detido nesta sexta em SP Reprodução/Polícia Civil Volte ao índice. O que faz a C&M Software? A C&M Software é uma empresa brasileira de tecnologia da informação (TI) voltada para o mercado financeiro. Entre os serviços prestados pela companhia, está o de conectividade com o Banco Central e de integração com o Sistema de Pagamentos Brasileiro (SBP). Na prática, isso significa que a empresa funciona como uma ponte para que instituições financeiras menores possam se conectar aos sistemas do BC e fazer operações — como o PIX, por exemplo. A empresa tem atuação nacional e internacional e foi homologada pelo BC para essa função desde 2001. Atualmente, outras oito empresas também são homologadas no país. Leia a íntegra da nota divulgada pela empresa nesta sexta: A C&M Software informa que segue colaborando de forma proativa com as autoridades competentes nas investigações sobre o incidente ocorrido em julho de 2025. Desde o primeiro momento, foram adotadas todas as medidas técnicas e legais cabíveis, mantendo os sistemas da empresa sob rigoroso monitoramento e controle de segurança. A estrutura robusta de proteção da CMSW foi decisiva para identificar a origem do acesso indevido e contribuir com o avanço das apurações em curso. Até o momento, as evidências apontam que o incidente decorreu do uso de técnicas de engenharia social para o compartilhamento indevido de credenciais de acesso, e não de falhas nos sistemas ou na tecnologia da CMSW. Reforçamos que a CMSW não foi a origem do incidente e permanece plenamente operacional, com todos os seus produtos e serviços funcionando normalmente. Em respeito ao trabalho das autoridades e ao sigilo necessário às investigações, a empresa manterá discrição e não se pronunciará publicamente enquanto os procedimentos estiverem em andamento. A CMSW reafirma seu compromisso com a integridade, a transparência e a segurança de todo o ecossistema financeiro do qual faz parte princípios que norteiam sua atuação ética e responsável ao longo de 25 anos de história. Volte ao índice. Quem foi afetado? O BC ainda não informou o nome de todas as instituições afetadas. Uma das que se sabe é a BMP, empresa que fornece infraestrutura para plataformas bancárias digitais e é cliente da C&M Software. A BMP foi quem divulgou nota sobre o incidente. Os advogados Daniel Bialski e Bruno Borragine, que representam a BMP, elogiam a celeridade da Polícia Civil no caso, em parceria com a Justiça, e afirmaram que a empresa "busca recuperar os valores milionários desviados, bem como identificar e prender toda essa extensa rede da organização criminosa por trás desses crimes”. O jornal “Valor Econômico” indicou que a Credsystem e o Banco Paulista também estavam entre as instituições afetadas. Volte ao índice. Como esse ataque aconteceu? A C&M Software (CMSW) informou que os criminosos usaram credenciais de clientes de forma indevida para acessar seus sistemas e serviços de forma fraudulenta. Com isso, tiveram acesso às contas de reservas das instituições financeiras e, possivelmente, a outras informações. Esse ataque é conhecido pelo mercado como “cadeia de suprimentos” (“supply chain attack”, em inglês). Nele, invasores acessam sistemas de terceiros usando credenciais (como senhas) privilegiadas para realizar operações financeiras. “Os criminosos exploraram a confiança estabelecida entre os bancos e seus prestadores para se infiltrar indiretamente no ecossistema financeiro”, explica Hiago Kin, presidente do Instituto Brasileiro de Resposta a Incidentes Cibernéticos (IBRINC). Segundo Micaella Ribeiro, especialista em identidades e acessos da IAM Brasil, o ataque aconteceu em múltiplas fases. ➡️ FASE 1: Comprometimento do Acesso Segundo Ribeiro, o comprometimento do acesso da CMSW provavelmente aconteceu via engenharia social com funcionários ou suporte técnico, em que foi induzida a instalação de softwares de acesso remoto ou entrega de credenciais. 🔎 Engenharia social é quando criminosos usam influência ou persuasão para manipular as vítimas a revelarem senhas ou instalarem aplicativos maliciosos. ➡️ FASE 2: Persistência e Reconhecimento Interno A especialista explica que os atacantes exploraram o ambiente comprometido, coletando usuários, senhas, estruturas de sistemas e testando acessos com comandos automatizados, mas ainda sem gerar alarmes. ➡️ FASE 3: Exploração de Sistemas de Produção Com os acessos certos, os criminosos teriam obtido a entrada administrativa em sistemas financeiros sensíveis, com destaque para contas de liquidação, contas reservas ou ambientes com permissões de movimentação. ➡️ FASE 4: Execução e Monetização Rápida As transações foram feitas de forma rápida e fora do horário comercial. Além disso, diz a especialista, os valores muito provavelmente foram convertidos em criptoativo (ativos digitais criptografados) e redistribuídos. “Essa movimentação foi feita por múltiplos agentes, indicando um ecossistema criminoso estruturado”, afirma Micaella Ribeiro. Volte ao índice. Como os criminosos atuam? Em vez de atacar diretamente cada instituição financeira, os criminosos concentram esforços em vulnerabilidades ou falhas de segurança na infraestrutura da prestadora de serviços. Também é possível que tenham explorado falhas de segurança já conhecidas, mas ainda não corrigidas (as chamadas “vulnerabilidades não patchadas” ou zero-day), ou até mesmo conseguido acesso por métodos físicos ou por meio da chamada engenharia social, quando alguém é manipulado para entregar informações confidenciais. A obtenção dessas credenciais pode ter ocorrido por meio de “spear-phishing”, um tipo de golpe em que os criminosos enviam e-mails ou mensagens falsas, mas personalizadas, para enganar funcionários da prestadora de serviços, explica Hiago Kin. Volte ao índice. Qual foi o impacto do ataque? Apesar de as instituições indicarem que não houve nenhum dano às contas e informações de seus clientes, especialistas alertam para os impactos significativos no próprio sistema financeiro. Além da perda financeira estimada em R$ 800 milhões, a especialista em identidades Micaella Ribeiro também destaca três tipos de impacto: Reputacional, com a exposição das empresas que utilizam os sistemas da C&M Software (CMSW); Sistêmico, que acendeu um alerta para falhas na gestão de acessos privilegiados e na segurança da cadeia de suprimentos; Operacional, que evidenciou a “necessidade urgente” de revisão dos acessos. Volte ao índice. Esse tipo de ataque é comum no Brasil? Segundo Hiago Kin, esse tipo de crime, em grande escala, costuma ocorrer duas ou três vezes por ano. “Geralmente, os casos são abafados pelas instituições porque elas decidem absorver os prejuízos e deter as informações em investigação”, diz. Segundo ele, desta vez, a repercussão foi maior porque mais de uma instituição foi afetada. “Geralmente essas instituições têm seguros cibernéticos milionários que cobrem isso”, completa. Volte ao índice. O que deve acontecer agora? Após o incidente, ainda na quarta-feira, o BC afirmou que determinou o desligamento do acesso das instituições financeiras afetadas às infraestruturas operadas pela CMSW (C&M Software). Essa suspensão cautelar imposta pelo BC à empresa foi substituída por uma suspensão parcial nesta quinta. “A decisão foi tomada após a empresa adotar medidas para mitigar a possibilidade de ocorrência de novos incidentes”, afirmou o BC. Após a divulgação do ataque, a Polícia Federal abriu um inquérito para apurar o ocorrido. A informação foi confirmada à GloboNews na quarta-feira, pelo diretor-geral da organização, Andrei Rodrigues. Procurada, a PF informou apenas que “não se manifesta sobre investigações em andamento”. A Polícia Civil de São Paulo também iniciou uma investigação por meio da 2ª Delegacia da Divisão de Crimes Cibernéticos, do Departamento Estadual de Investigações Criminais (DEIC). “A investigação está em curso e visa identificar os responsáveis pelo crime, bem como rastrear os valores subtraídos”, informou a Polícia Civil. “Diligências técnicas e operacionais estão em andamento e, devido à complexidade e à natureza do caso, mais detalhes não poderão ser divulgados neste momento. A Polícia Civil de São Paulo reforça seu compromisso com o combate aos crimes cibernéticos e atua para garantir a segurança das operações digitais no estado”. Micaella Ribeiro, da IAM Brasil, acredita que o incidente também deverá atrair atenção de reguladores, como o BC e o Conselho Monetário Nacional, que vêm acompanhando o risco sistêmico associado à transformação digital do setor. Entenda o ataque hacker que afetou instituições financeiras Arte g1 Volte ao índice. LEIA TAMBÉM: 'Já estamos tomando o trabalho da IA', ironiza brasileiro que imita vídeos doidos gerados por inteligência artificial Microsoft diz que criou IA quatro vezes melhor que médicos para descobrir casos complexos China faz primeiro campeonato de futebol de três contra três entre robôs humanoides; veja VÍDEO Conta de luz mais cara em julho Brasileiro imita vídeos gerados por inteligência artificial e viraliza nas redes



Preso por ataque ao sistema financeiro vendeu por R$ 15 mil senha a hackers e trocava de celular a cada 15 dias


04/07/2025 12:12 - g1.globo.com


João Nazareno Roque afirmou que fez contato com quatro pessoas diferentes para executar comandos dentro do sistema de um banco de pagamentos em que prestava serviço, através da empresa C&M. O pagamento foi feito por meio de um motoboy. Polícia Civil prende em SP suspeito de ataque hacker ao sistema que liga bancos ao PIX O operador de TI João Nazareno Roque, preso na quinta-feira (3) suspeito de facilitar um dos maiores ataques hackers ao sistema financeiro brasileiro, disse em depoimento à Polícia Civil que vendeu a sua senha para os hackers por R$ 15 mil e trocava de celular a cada 15 dias para não ser rastreado. Ao ser interrogado pelos investigadores da Delegacia de Crimes Cibernéticos do Deic, Nazareno afirmou que trabalhava na empresa C&M Software havia aproximadamente três anos e que, em março, ao sair de um bar em São Paulo, foi abordado por um homem que já sabia que ele trabalhava numa empresa de sistemas de pagamentos. A C&M é uma empresa que interliga bancos menores aos sistemas do Banco Central, como o PIX. A informação, segundo o acusado, tinha sido vazada por amigos dos hackers, que já tinham informações sobre onde e em que empresa ele prestava serviços, como desenvolvedor back-end júnior. ✅ Clique aqui para se inscrever no canal do g1 SP no WhatsApp Uma semana depois do encontro no bar, o suspeito de aliciar o desenvolvedor fez contato por telefone dizendo que queria conhecer o sistema da empresa C&M, que era terceirizada da empresa BMP Instituição de Pagamento S/A, alvo do ataque, e ofereceu R$ 5 mil pelo acesso. Cerca de 15 dias depois, o mesmo criminoso fez o segundo contato ofereceu outros R$ 10 mil para que Nazareno executasse comandos dentro da plataforma. Esse pagamento foi feito em dinheiro vivo, com cédulas de R$ 100 entregues por um motociclista. À Polícia Civil, Nazareno também contou que os comandos foram executados dentro do sistema no mês de maio. E que, a cada vez, os hackers faziam contato com um número de telefone diferente. Ao todo, o funcionário da C&M disse que falou com quatro hackers diferentes durante o processo de ataque ao sistema do banco BMP. João Nazareno Roque foi preso suspeito de envolvimento no ataque hacker ao sistema que liga bancos ao PIX Reprodução Os advogados Daniel Bialski e Bruno Borragine, que representam a BMP, elogiam a celeridade da Polícia Civil no caso, em parceria com a Justiça, e afirmaram que a empresa "busca recuperar os valores milionários desviados, bem como identificar e prender toda essa extensa rede da organização criminosa por trás desses crimes”. Roque foi preso no bairro de City Jaraguá, na Zona Norte de São Paulo. A reportagem não conseguiu contato com a defesa dele. Em nota, a C&M Software diz que colabora com as investigações e diz que, desde que foi identificado o incidente, adotou "todas as medidas técnicas e legais cabíveis". (Leia a íntegra abaixo.) Preso suspeito de envolvimento em ataque hacker Entenda o ataque hacker que afetou instituições financeiras Arte g1 O que diz a C&M Software A C&M Software informa que segue colaborando de forma proativa com as autoridades competentes nas investigações sobre o incidente ocorrido em julho de 2025. Desde o primeiro momento, foram adotadas todas as medidas técnicas e legais cabíveis, mantendo os sistemas da empresa sob rigoroso monitoramento e controle de segurança. A estrutura robusta de proteção da CMSW foi decisiva para identificar a origem do acesso indevido e contribuir com o avanço das apurações em curso. Até o momento, as evidências apontam que o incidente decorreu do uso de técnicas de engenharia social para o compartilhamento indevido de credenciais de acesso, e não de falhas nos sistemas ou na tecnologia da CMSW. Reforçamos que a CMSW não foi a origem do incidente e permanece plenamente operacional, com todos os seus produtos e serviços funcionando normalmente. Em respeito ao trabalho das autoridades e ao sigilo necessário às investigações, a empresa manterá discrição e não se pronunciará publicamente enquanto os procedimentos estiverem em andamento. A CMSW reafirma seu compromisso com a integridade, a transparência e a segurança de todo o ecossistema financeiro do qual faz parte princípios que norteiam sua atuação ética e responsável ao longo de 25 anos de história. O que se sabe sobre ataque hacker contra empresa que interliga bancos ao PIX



Ibovespa fecha aos 141 mil pontos pela 1ª vez na história; dólar sobe


04/07/2025 12:00 - g1.globo.com


A bolsa avançou 0,24% nesta sexta, aos 141.264 pontos. A moeda americana subiu 0,36%, cotada a R$ 5,4242. Congresso dos EUA aprova 'pacotaço' de Donald Trump O Ibovespa fechou em alta de 0,24% nesta sexta-feira (4), aos 141.264 pontos. Foi a primeira vez na história que índice encerrou acima dos 141 mil pontos. O dólar avançou 0,36%, cotado a R$ 5,4242. A alta do Ibovespa, que hoje atingiu seu segundo recorde seguido, reflete um cenário de maior apetite dos investidores por risco e uma percepção de resiliência da economia dos Estados Unidos, enquanto seguem as discussões comerciais em Washington. Além disso, a melhora das expectativas sobre a atividade econômica da China tem favorecido as ações de empresas exportadoras, impactando o índice, destaca Felipe Paletta, estrategista da EQI Research. Segundo Paletta, a decisão desta sexta-feira sobre o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) também foi absorvida positivamente pelos mercados, já que "alivia um pouco a insegurança de curto prazo" (leia mais abaixo). No acumulado da semana, a bolsa brasileira subiu 3,21%. Já a valorização do dólar nesta sexta ocorreu após a moeda atingir, na véspera, o menor nível em mais de um ano. No acumulado da semana, a desvalorização foi de 1,08% em relação ao real. ▶️ Os investidores avaliam os possíveis efeitos do pacote de cortes de impostos do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. O texto foi aprovado pelo Congresso na véspera, após intensa articulação política, e prevê uma ampla redução de tributos e aumento nos gastos públicos. A estimativa é que o pacote aumente a dívida pública dos EUA em US$ 3,3 trilhões na próxima década, o que agrava a situação fiscal e eleva a desconfiança sobre a economia americana. ▶️ Outro ponto de atenção é o fim do prazo de suspensão do tarifaço. Trump afirmou que Washington começará a enviar cartas aos países especificando tarifas que eles terão de pagar sobre as exportações aos EUA. A possível volta das tarifas preocupa o mercado. A avaliação é que elas podem elevar os preços ao consumidor e os custos de produção, o que tende a aumentar a inflação e forçar o Fed (o banco central dos EUA) a manter os juros altos por mais tempo. Por outro lado, os impactos ainda reduzidos das taxas na economia americana ajudaram a diminuir os receios globais. ▶️ No Brasil, o IOF continua no radar dos investidores. Hoje, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, suspendeu os efeitos de todos os decretos que tratam sobre o tributo, determinando uma audiência de conciliação entre o governo e o Congresso Nacional sobre o tema. Segundo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, a decisão é "ótima" e busca mostrar até onde cada Poder pode ir. (leia mais abaixo) Veja abaixo como esses fatores impactam o mercado. 💲Dólar a Acumulado da semana: -1,08%; Acumulado do mês: -0,17%; Acumulado do ano: -12,23%. 📈Ibovespa Acumulado da semana: -0,58%; Acumulado da semana: +3,21%; Acumulado do mês: +1,73%; Acumulado do ano: +17,44%. O 'grande e belo' pacote orçamentário de Trump Com a aprovação pelo Congresso na quinta-feira (3), o mercado fica de olho nos possíveis impactos do megapacote orçamentário de Trump. O projeto, que agora deverá ser sancionado pelo republicano, reduz impostos, aumenta a verba contra imigrantes e corta programas sociais. Intitulado de One Big Beautiful Bill ("Um grande e belo projeto”, em tradução livre), o texto prevê, entre outros pontos: aumento de recursos destinados ao controle da imigração; ampliação dos gastos com as Forças Armadas; cortes em programas sociais — especialmente na área da saúde; criação de novas isenções fiscais para gorjetas e horas extras; revogação de incentivos à energia limpa implementados pelo democrata Joe Biden. A proposta prorroga os cortes de impostos implementados em 2017, durante o primeiro mandato de Trump. Em contrapartida, reduz os recursos destinados a programas como o Medicaid — que garante acesso à saúde para famílias de baixa renda. Além disso, o projeto pode aumentar significativamente a dívida pública dos EUA. O Escritório de Orçamento do Congresso dos Estados Unidos (CBO, na sigla em inglês) estima que o pacote orçamentário adicionará cerca de US$ 3,3 trilhões (aproximadamente R$ 18 trilhões) à dívida pública do país. A expectativa é que Donald Trump sancione a lei até esta sexta-feira (4), feriado da Independência nos EUA. LEIA MAIS AQUI. Tarifaço: contagem regressiva para o fim da trégua O tarifaço de Trump voltou a ganhar destaque após a estabilização da situação no Oriente Médio. A suspensão de 90 dias das tarifas impostas pelo republicano está prestes a expirar, e o baixo número de acordos firmados até o momento continua gerando preocupação. Trump e o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, afirmaram na última terça-feira que o prazo não será estendido e as tarifas poderão ser restabelecidas após 9 de julho. Já na véspera, Trump afirmou que Washington começará a enviar as cartas para os países parceiros ainda nesta sexta, especificando as taxas que cada nação precisará pagar sobre as exportações feitas aos EUA. O republicano afirmou que as cartas serão enviadas a 10 países de cada vez, estabelecendo taxas tarifárias entre 20% e 30%. "Temos mais de 170 países, e quantos acordos você pode fazer?", disse Trump. "Eles são muito mais complicados". Algumas nações, no entanto, ainda tentam caminhar com as negociações comerciais. Na segunda-feira, o Canadá cancelou o imposto sobre serviços digitais direcionado a empresas de tecnologia dos EUA, poucas horas antes de sua entrada em vigor. A decisão foi interpretada como uma tentativa de destravar as negociações comerciais, que haviam sido interrompidas por Trump. Além disso, a União Europeia busca um alívio imediato nas tarifas comerciais para setores estratégicos do bloco como condição para qualquer acordo com os EUA, segundo diplomatas ouvidos pela Reuters. 🔎 O mercado avalia que o aumento das tarifas sobre importações pode elevar os preços ao consumidor e os custos de produção, pressionando a inflação e reduzindo o consumo. Esse cenário pode levar à desaceleração da economia dos EUA e até a uma recessão global. Diante das preocupações com as contas públicas e pelo tarifaço, a política de juros do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) também fica no radar. Nesta semana, o presidente da instituição, Jerome Powell, voltou a afirmar que a instituição pretende “esperar e obter mais informações” sobre os impactos das tarifas na inflação antes de reduzir as taxas de juros, ignorando mais uma vez as pressões de Trump por cortes imediatos. De olho no IOF As contas públicas também continuam no centro das atenções, com investidores atentos aos desdobramentos do IOF. Nesta sexta-feira (4), o ministro do STF Alexandre de Moraes, suspendeu os efeitos de todos os decretos que tratam sobre o tributo, determinando uma audiência de conciliação entre o governo e o Congresso Nacional sobre o tema. Segundo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, a decisão é "ótima" e busca mostrar até onde cada Poder pode ir. "Essas provocações que estão sendo feitas, as três decisões até aqui tomadas, vão no sentido do fortalecimento dos poderes da República e da delimitação da competência e prerrogativa de cada um. Então, eu não posso ver com maus olhos, eu vejo com bons olhos", afirmou. Na semana passada, o Congresso Nacional derrubou a medida do governo que aumentava o IOF. Segundo a equipe econômica, a revogação do decreto deve resultar em uma perda de arrecadação de R$ 10 bilhões ainda neste ano. Especialistas ouvidos pelo g1 alertam que a medida pode levar o governo a adotar novos bloqueios e contingenciamentos no Orçamento de 2025. ▶️ Na terça-feira, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou novamente que o governo precisa do aumento do IOF para equilibrar as contas em 2026. O ministro também declarou que, para equilibrar as contas públicas, será necessário aprovar a Medida Provisória que aumenta a tributação sobre apostas eletrônicas (bets), criptoativos, fintechs e outros setores, além de cortar aproximadamente R$ 15 bilhões em benefícios fiscais. Nesta quarta, Haddad minimizou a crise do governo com o Congresso e voltou a refutar o termo "traição" na relação do Executivo com o Legislativo, mas afirmou que não foi o governo que deixou a mesa de negociação sobre o IOF. O presidente Lula defendeu nesta quarta a decisão do governo de recorrer no STF contra a derrubada do aumento do IOF pelo Congresso. "Se eu não for à Suprema Corte, eu não governo mais o país. Esse é o problema. Cada macaco no seu galho. Ele legisla, e eu governo", disse o presidente. Na terça-feira (1º), o advogado-geral da União, Jorge Messias, afirmou que o governo federal decidiu levar a questão ao Supremo. Segundo ele, a derrubada do decreto pelo Congresso violou a separação de Poderes. Funcionário de banco em Jacarta, na Indonésia, conta notas de dólar, em 10 de abril de 2025. Tatan Syuflana/ AP *Com informações da agência de notícias Reuters.



Dia do pagamento: 5º dia útil de julho cai em um sábado; veja como ficam os salários


04/07/2025 11:39 - g1.globo.com


O sétimo dia da semana também é considerado dia útil e empresas devem contar com isso quando agendam os pagamentos Quinto dia útil de julho: quando seu salário tem que cair na conta? Em julho, o quinto dia útil cai em um sábado, dia 5. E, por conta disso, os trabalhadores com carteira assinada devem receber os salários referentes ao mês de junho até esta data. Conforme o artigo 459 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), o pagamento deve ser realizado até o quinto dia útil de cada mês. Os dias úteis são contados de segunda-feira a sábado, que também é considerado dia útil. A regra também está prevista na Constituição Federal de 1988 e na Instrução Normativa nº 02/2021 do Ministério do Trabalho e Emprego. Ambas confirmam que o sábado é considerado dia útil, independentemente de ser um dia de trabalho efetivo. Embora o sábado seja considerado dia útil, os bancos operam apenas de segunda a sexta-feira. Então, o correto é que o empregador antecipe o pagamento para o dia anterior, a sexta-feira. A mesma regra se aplica a operações financeiras, como o pagamento de contas e boletos. "A norma obriga que o pagamento seja feito até o 5º dia útil do mês subsequente ao trabalhado. Então, mesmo que a empresa estabeleça que sábado é dia não trabalhado, é importante que ela cumpra a norma. O recomendado é que o pagamento seja feito na sexta-feira", explica a advogada trabalhista Fernanda Garcez. "Em qualquer caso, inclusive quando o pagamento se dá através de depósitos em conta corrente, o dinheiro precisa estar disponível para o trabalhador até o 5º dia útil. Se isto não puder ocorrer por qualquer motivo, deve haver antecipação do pagamento", completa o advogado trabalhista Roberto Fiorencio. Neste mês de julho, os primeiros cinco dias úteis são: Primeiro dia útil: 1 de julho (terça-feira); Segundo dia útil: 2 de julho (quarta-feira); Terceiro dia útil: 3 de julho (quinta-feira); Quarto dia útil: 4 de julho (sexta-feira); Quinto dia útil: 5 de julho (sábado). Saiba quais são os feriados de abril de 2025 13º salário Foto/Reprodução Foto: Marcello Casal Jr. / Agência Brasil



Polícia Civil prende em SP suspeito de ataque hacker ao sistema que liga bancos ao PIX


04/07/2025 10:46 - g1.globo.com


Segundo os investigadores, ele é funcionário de uma empresa que conecta bancos menores aos sistemas PIX do BC e deu aos hackers a senha ao sistema sigiloso. Polícia Civil prende em SP suspeito envolvido em ataque hacker contra o Banco Central Polícia Civil prende em SP suspeito envolvido em ataque hacker contra o Banco Central A Polícia Civil de São Paulo prendeu na quinta-feira (3) o homem suspeito de facilitar um dos maiores ataques hackers ao sistema financeiro brasileiro por meio de empresa que presta serviços a bancos menores e fintechs para realizar operações com o Banco Central, entre elas, o PIX. O ataque cibernético que afetou pelo menos seis bancos causou alvoroço no mercado financeiro na quarta-feira (2). Mais de R$ 500 milhões de um dos banco foram desviados via PIX em apenas duas horas e meia. Segundo o Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), o preso, João Nazareno Roque, é funcionário da empresa de tecnologia C&M Software (CMSW) e deu acesso pela máquina dele ao sistema sigiloso para os hackers que efetuaram o ataque. Aos 48 anos, ele começou como eletricista predial, foi técnico de instalação de TV a cabo e entrou na faculdade de tecnologia aos 42. Ele foi preso no bairro de City Jaraguá, na Zona Norte de São Paulo. Um vídeo mostra o momento da prisão dele. A reportagem não conseguiu contato com a defesa do acusado. Em nota, a C&M Software diz que colabora com as investigações e que, desde que foi identificado o incidente, adotou "todas as medidas técnicas e legais cabíveis". A empresa diz também que a plataforma continua plenamente operacional e que, em respeito ao trabalho das autoridades, não se pronunciará publicamente enquanto os procedimentos estiverem em andamento. (Leia a íntegra abaixo.) LEIA MAIS: PERFIL: De eletricista a pivô de um golpe milionário no sistema financeiro: saiba quem é o operador de TI que entregou senha a hackers VÍDEO: Veja o momento da prisão de suspeito de vender a senha para ataque hacker a bancos INVESTIGAÇÃO: Hackers que cooptaram desenvolvedor trocavam celular a cada 15 dias ATAQUE AO PIX: Operador de TI recebeu R$ 15 mil para entregar senha a hackers, diz polícia; HISTÓRICO: Ataque hacker é um dos mais graves já registrados no Brasil À polícia, Roque disse que vendeu a sua senha por R$ 5 mil a hackers em maio e depois, por mais R$ 10 mil, participou da criação de um sistema para permitir os desvios. Ele relatou ainda que só se comunicava com os criminosos por celular e não os conhece pessoalmente. Além disso, contou que trocou de celular a cada 15 dias para não ser rastreado. Uma conta com R$ 270 milhões usada receber o dinheiro desviado já foi bloqueada. A investigação policial apura o envolvimento de outras pessoas. O caso veio a público quando a BMP, empresa que é cliente da C&M, registrou um boletim de ocorrência relatando que havia sido alvo de desvios milionários, e a C&M que reportou às autoridades um ataque às suas infraestruturas. A BMP perdeu, sozinha, R$ 541 milhões, segundo a polícia. De acordo com a C&M, criminosos usaram credenciais, como senhas, de seus clientes para tentar acessar seus sistemas e serviços de forma fraudulenta. Isso permitiu o acesso indevido a informações e contas de reserva de pelo menos seis instituições financeiras. O BC ainda não informou o nome de todas as instituições afetadas. Também não há confirmação oficial sobre os valores envolvidos no ataque, mas fontes da TV Globo estimam que a quantia pode chegar a R$ 800 milhões. João Nazareno Roque foi preso suspeito de envolvimento no ataque hacker ao sistema que liga bancos ao PIX Reprodução Abaixo, veja o que se sabe e o que ainda falta saber sobre o ataque hacker. O que aconteceu? O que faz a C&M Software? Qual foi o impacto do ataque? O que deve acontecer agora? O que aconteceu? A C&M Software reportou para o Banco Central um ataque às suas infraestruturas digitais. Esse tipo de ataque é conhecido pelo mercado como “cadeia de suprimentos” (“supply chain attack”, em inglês). Nele, invasores acessam sistemas de terceiros usando credenciais (como senhas) privilegiadas para realizar operações financeiras. 🔎 As contas de reservas são contas que os bancos e instituições financeiras mantêm no BC. Essas contas funcionam como uma conta corrente e são utilizadas para processar as movimentações financeiras das instituições. Também podem servir como uma reserva de recursos. Veja mais detalhes sobre o que se sabe da invasão aqui. O que faz a C&M Software? A C&M Software é uma empresa brasileira de tecnologia da informação (TI) voltada para o mercado financeiro. Entre os serviços prestados pela companhia, está o de conectividade com o Banco Central e de integração com o Sistema de Pagamentos Brasileiro (SBP). Na prática, isso significa que a empresa funciona como uma ponte para que instituições financeiras menores possam se conectar aos sistemas do BC e fazer operações — como o PIX, por exemplo. A empresa tem atuação nacional e internacional e foi homologada pelo BC para essa função desde 2001. Atualmente, outras oito empresas também são homologadas no país. Qual foi o impacto do ataque? Apesar de as instituições indicarem que não houve nenhum dano às contas e informações de seus clientes, especialistas alertam para os impactos significativos no próprio sistema financeiro. Ainda não há confirmação oficial sobre os valores envolvidos no ataque, mas fontes da TV Globo estimam que a quantia pode chegar a R$ 800 milhões. O BC ainda não informou o nome de todas as instituições afetadas. Uma das que se sabe é a BMP, empresa que fornece infraestrutura para plataformas bancárias digitais e é cliente da C&M Software. A BMP foi quem divulgou nota sobre o incidente. “O incidente de cibersegurança comprometeu a infraestrutura da C&M e permitiu acesso indevido a contas reserva de seis instituições financeiras, entre elas a BMP”, diz a nota da empresa. O jornal “Valor Econômico” indicou que a Credsystem e o Banco Paulista também estavam entre as instituições afetadas. O que deve acontecer agora? Após o incidente, ainda na quarta-feira, o BC afirmou que determinou o desligamento do acesso das instituições financeiras afetadas às infraestruturas operadas pela C&M Software. Essa suspensão cautelar imposta pelo BC à empresa foi substituída por uma suspensão parcial nesta quinta. Micaella Ribeiro, da IAM Brasil, acredita que o incidente também deverá atrair atenção de reguladores, como o BC e o Conselho Monetário Nacional, que vêm acompanhando o risco sistêmico associado à transformação digital do setor. * Com reportagem de Isabela Bolzani e Darlan Helder, do g1 Entenda como foi o ataque hacker que tirou milhões do sistema financeiro Kayan Albertin/g1 O que diz a C&M Software A C&M Software informa que segue colaborando de forma proativa com as autoridades competentes nas investigações sobre o incidente ocorrido em julho de 2025. Desde o primeiro momento, foram adotadas todas as medidas técnicas e legais cabíveis, mantendo os sistemas da empresa sob rigoroso monitoramento e controle de segurança. A estrutura robusta de proteção da CMSW foi decisiva para identificar a origem do acesso indevido e contribuir com o avanço das apurações em curso. Até o momento, as evidências apontam que o incidente decorreu do uso de técnicas de engenharia social para o compartilhamento indevido de credenciais de acesso, e não de falhas nos sistemas ou na tecnologia da CMSW. Reforçamos que a CMSW não foi a origem do incidente e permanece plenamente operacional, com todos os seus produtos e serviços funcionando normalmente. Em respeito ao trabalho das autoridades e ao sigilo necessário às investigações, a empresa manterá discrição e não se pronunciará publicamente enquanto os procedimentos estiverem em andamento. A CMSW reafirma seu compromisso com a integridade, a transparência e a segurança de todo o ecossistema financeiro do qual faz parte princípios que norteiam sua atuação ética e responsável ao longo de 25 anos de história. O que se sabe sobre ataque hacker contra empresa que interliga bancos ao PIX



Brasil emplaca 1 milhão de motos no 1º semestre, com a Honda CG como mais vendida; veja a lista


04/07/2025 06:00 - g1.globo.com


Segundo a Fenabrave, alta foi de 10% em relação ao ano passado. Venda de motos eletrificadas subiu 52,26% em 2025. 2 pontos positivos e negativos da Honda CG 160 O mercado de motos zero km segue aquecido em 2025. No primeiro semestre, foram 1.029.298 emplacamentos de motocicletas no país, segundo os dados da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave). O crescimento é de 10,33% contra os seis primeiros meses de 2024, que acumulou 932.932 emplacamentos. Em junho, foram 179.358 emplacamentos de motocicletas, 7,24% abaixo do número de maio (193.348 unidades), melhor mês do ano. Contra o mesmo período do ano passado, a alta foi de 8,14%. "Acreditamos que a queda em junho possa estar relacionada a um hiato de importação, pois o segmento vem crescendo gradativamente, diante de uma base baixa", aponta o presidente da Fenabrave, Arcelio Júnior. ⚡ Apesar de um mercado feroz de novas motos a combustão, as vendas de modelos elétricos ganharam certa força neste semestre. A venda destes modelos subiu 52,26% em 2025 quando comparado aos seis primeiros meses de 2024. Foram emplacadas 5.416 unidades eletrificadas, que representam cerca de 0,5% do mercado total, enquanto em 2024 foram 3.550 unidades comercializadas no mesmo período. LEIA MAIS Honda lança sua primeira moto elétrica na China, que pode chegar a 120 km/h Missão impossível? Bajaj Pulsar chega ao Brasil para roubar uma fatia do reino da Honda CG VÍDEO: chinesa Yadea mostra moto que anda sozinha em evento em SP As motos mais vendidas do primeiro semestre de 2025 Veja as 10 motos mais vendidas nos primeiros seis meses de 2025. Honda CG 160: 224.750 unidades; Honda Biz: 131.351 unidades; Honda Pop 110i: 113.863 unidades; Honda NXR 160 Bros: 91.943 unidades; Mottu Sport 110: 43.858 unidades; Honda CB300F: 31.513 unidades; Yamaha YBR 150: 29.663 unidades; Honda PCX 160: 26.405 unidades; Honda XRE300: 21.740 unidades; Yamaha Fazer 250: 20.767 unidades. No acumulado do ano, a Yamaha XTZ Lander 250 deixou de figurar entre as 10 mais vendidas e deu espaço para a Yamaha Fazer 250 (ou FZ25), que segue na 10ª colocação desde maio. "O brasileiro tem apostado em motocicletas como um dos principais meios de mobilidade e veículo de trabalho no país. Com as altas taxas de juros, devemos notar um significativo aumento nas cotas de consórcios de motos", disse Arcelio Júnior. Veja as 10 motos mais vendidas em junho. Honda CG 160: 39.039 unidades; Honda Biz: 23.192 unidades; Honda Pop 110i: 20.109 unidades; Honda NXR 160 Bros: 17.035 unidades; Mottu Sport 110: 9.418 unidades; Yamaha YBR 150: 5.663 unidades; Honda CB300F: 4.674 unidades; Honda PCX 160: 4.075 unidades; Honda XRE300: 4.033 unidades; Yamaha Fazer 250: 3.808 unidades. Veja as 10 marcas mais vendidas em 2024, por fatia de mercado. 2025 promete ter 2 milhões de motos emplacadas De acordo com as projeções da Fenabrave divulgadas no mesmo comunicado, a entidade espera um crescimento de 10% para o segmento de motocicletas em 2025. Segundo os dados, o Brasil vai passar de 1.875.903 unidades vendidas em 2024 para um montante de 2.063.493 no final de 2025. Honda CG Titan 2025 divulgação/Honda



Programas de diversidade estão acabando? Entenda como o movimento dos EUA pode chegar ao Brasil


04/07/2025 05:00 - g1.globo.com


Empresas como Amazon, Google e Meta encerraram os programas para diversidade e inclusão. Especialistas explicam que o movimento já chegou ao país, mas de forma mais discreta. Fim dos programas de diversidade? Como movimento dos EUA pode chegar ao Brasil A chegada de Donald Trump à presidência dos Estados Unidos foi o estopim para que diversas empresas norte-americanas restringissem ou acabassem com seus programas de diversidade, equidade e inclusão (DEI). Na lista estão gigantes como Amazon, Disney, Google, Meta, McDonald's e Microsoft. (veja abaixo o que dizem) Desde que iniciou sua campanha eleitoral, Trump fez ataques aos programas de inclusão. Ao assumir, a situação só piorou. Em janeiro, ele assinou uma ordem executiva que deu fim às agências do governo americano que cuidavam de programas de diversidade e inclusão. Em seguida, Trump instaurou uma censura direcionada aos sites federais, removendo expressões como gay, lésbica, bissexual, LGBTQ, HIV, orientação sexual e transgênero, dos arquivos públicos. Também foi assinado um decreto que estabelece como política oficial o reconhecimento de apenas dois gêneros, o masculino e feminino. Em um balanço das seis primeiras semanas do novo governo, Trump disse, orgulhoso, que "acabamos com a tirania da chamada política de diversidade, equidade e inclusão de todo o governo federal”. Com a adesão de empresas multinacionais, o movimento se espalhou pelas filiais e subsidiárias das empresas, inclusive no Brasil. Segundo especialistas ouvidos pelo g1, a tendência de cancelamentos do programas de diversidade pode se intensificar no Brasil, ainda que de forma mais sutil e silenciosa. Trump determinou o encerramento de programas federais de diversidade e inclusão, considerados "radicais e ineficazes" REUTERS/Kevin Lamarque via BBC 📈 Números já mostram o problema Um relatório da McKinsey, divulgado em novembro de 2023, mostrou que empresas líderes nos EUA alcançaram metade dos cargos executivos ocupados por mulheres e 39% por representantes de grupos étnicos históricamente sub-representados. Apesar do avanço, a média mundial ainda está distante desse cenário: apenas 20% das posições de liderança executiva são ocupadas por mulheres e 16% por pessoas de grupos étnicos minorizados. Nos conselhos de administração, o índice global sobe para 29% de mulheres e 19% para representantes de minorias. Desde 2015, a McKinsey monitora a relação entre diversidade e desempenho financeiro das empresas. O estudo aponta que organizações com maior presença feminina na liderança têm 39% mais chances de superar financeiramente os concorrentes. Em 2015, esse número era de 15% — dado que pode voltar a ser realidade com as mudanças impostas por Trump. No Brasil, um levantamento do Vagas.com revela que as chamadas vagas afirmativas, que reservam postos de trabalhos para minorias, despencaram quase 80% entre junho e dezembro de 2024. Os anúncios feitos por meio da plataforma caíram de 1.798 para 399 vagas no mês. Só entre setembro e outubro de 2024, o recuo foi de 51%, de 1.210 para 587 vagas. O período, inclusive, coincide com o momento em que Trump intensificou a campanha presidencial, temperada com discursos contra as políticas de diversidade. Em janeiro, houve recuperação, para 627 vagas anunciadas, mas ainda em patamar muito mais baixo que os meses de janeiro de 2023 e 2024. (veja diferença no gráfico abaixo) Número de vagas afirmativas anunciadas no Vagas.com entre 2023 e 2025 Arte/g1 O Vagas.com demonstrou preocupação com a diminuição no número de vagas afirmativas nos últimos anos. Segundo Carol Kaphan, porta-voz e responsável pelo marketing da empresa, a tendência é lamentável. “Acreditamos firmemente que programas de Diversidade, Equidade e Inclusão (DEI), além de seu fundamental papel social na construção de uma sociedade mais justa, trazem benefícios concretos para as empresas”, diz a porta-voz. 🤔 A pergunta que fica é: estamos testemunhando o fim dos programas de diversidade? Abaixo, o g1 conversou com especialistas e empresas para responder às seguintes questões: Como iniciaram as políticas de diversidade? Porque os programas de diversidade estão acabando? Quais foram os avanços? As leis brasileiras são suficientes? 👩🏾‍🎓 Como iniciaram as políticas de diversidade? As políticas de diversidade surgiram nos EUA, nos anos 1960. Era a época da luta pelos direitos civis, quando os negros se levantaram contra a política de segregação imposta em alguns estados. As reivindicações eram pelo direito ao trabalho, fim da discriminação e reconhecimento do direito ao voto. A grande vitória do movimento foi a Lei dos Direitos Civis norte-americana (de 1964), que proibiu a discriminação no emprego com base na raça, religião, sexo, cor e origem. A partir de 1963, a Lei da Igualdade Salarial estabeleceu que homens e mulheres deveriam receber o mesmo salário ao exercerem funções iguais. Ali surgiram as políticas de cotas nos EUA, inicialmente voltadas para mulheres e negros. Somente nos anos 1970, a comunidade LGBT+ passou a ser considerada. No Brasil, as primeiras políticas afirmativas surgiram em 1991, quando uma lei determinou que empresas com 100 ou mais funcionários deveriam destinar uma parte das vagas para pessoas com deficiência (PCDs). Em 2001, o programa de cotas da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) foi o primeiro grande modelo a prever vagas reservadas para estudantes negros e oriundos de escolas públicas. Em 2002, a Universidade de Brasília (UNB) se tornou a primeira universidade federal a adotar cotas raciais, abrindo caminho para a legislação nacional. No setor privado, a Petrobras foi pioneira com um programa de aprendizes com cotas raciais em 2006. Porém, somente em 2012, a Lei de Cotas tornou obrigatória a reserva de vagas para estudantes de escolas públicas, com subcotas raciais, em todas as universidades federais do país. Em 2017, com o movimento #MeToo, e, em 2020, durante os protestos “Vidas negras importam” após a morte de George Floyd, as políticas de diversidade e inclusão nas empresas norte-americanas ganharam ainda mais destaque. “Os movimentos sociais passaram a pressionar as grandes empresas a ampliarem as políticas de diversidade, que cederam e passaram a investir e criar departamentos de diversidade nas sedes”, explica Cláudia Nonato, professora e pesquisadora do Centro de Pesquisa em Comunicação e Trabalho da Universidade de São Paulo (USP). A partir daí se espalhou a criação de novos modelos de programas de inclusão no mundo corporativo, que não oferecessem apenas oportunidades de emprego, mas também garanta que essas pessoas possam ocupar cargos de liderança e influenciar em decisões importantes. Segundo Natália Paiva, diretora do Movimento pela Equidade Racial (Mover), as iniciativas são importantes para ampliar a inclusão de grupos historicamente marginalizados, como pessoas negras e periféricas, também para os cargos de influência nas empresas, com mais poder e melhores salários. A importância da diversidade é trabalhar com os diferentes. A sociedade brasileira é muito diversa. Por que o ambiente de trabalho tem que ter aquele perfil de pessoas iguais? ➡️ Por que os programas de diversidade estão acabando? Cláudia Nonato, da USP, afirma que não é incomum que as grandes empresas promovam um alinhamento instantâneo com líderes poderosos. Não custa lembrar que Trump venceu as eleições com ampla margem contra a adversária, Kamala Harris. “As big techs caminham de mãos dadas com o capitalismo e, por isso, o fim dessas políticas começaram pelas empresas de tecnologia. As políticas de diversidade acabam ficando em segundo plano”, afirma Nonato. De acordo com a especialista, a maioria das ações de diversidade foram implementadas dentro das empresas por pressão social. Ainda assim, elas trouxeram mudanças, mas não sem incomodar parte dos líderes que ocupavam altos cargos e acabaram perdendo espaço. "Esses programas estão acabando porque não querem que as minorias decidam. É uma lógica de poder. E já vemos nas big techs, que detém o controle sobre o acesso à inteligência artificial”, completa Cláudia. O g1 questionou as principais companhias que anunciaram mudanças em seus programas de diversidade. Em nota, a Meta (dona do Facebook, Instagram e WhatsApp) disse que não vai se pronunciar. A Disney, Ford e Harley-Davidson não responderam aos pedidos de posicionamento. A Amazon nega redução de esforços e diz estar atualizando as iniciativas, mantendo o compromisso com equipes diversas. O Google afirma que está revisando os programas devido ao cenário jurídico atual nos EUA, com ajustes conforme necessário. A Arcos Dorados, empresa responsável pelo McDonald’s no Brasil, afirma que “está comprometida com a promoção de equipes de trabalho diversas”. Já a Microsoft explicou que o foco da empresa em diversidade e inclusão é “inabalável”. Por fim, a Toyota diz que segue com o objetivo de “criar um ambiente que estimule a inovação e o sucesso, onde todos se sintam respeitados e pertencentes”. 📈 Quais foram os avanços? Segundo Cláudia Nonato, o ganho real da diversidade está no bem-estar dos funcionários e na pluralidade de ideias, ainda que isso não se traduza em lucro imediato. Por isso, a decisão das diretorias deveria ser de longo prazo. Inclusive porque, hoje, a diversidade pode estar presente nos níveis mais baixos da estrutura corporativa, mas costuma desaparecer à medida que se sobe na hierarquia. Uma pesquisa feita pelo Centro de Estudos das Relações de Trabalho e Desigualdades (CEERT), em parceria com a Rede Brasil do Pacto Global da Organização das Nações Unidas, destaca que os cargos de alta liderança, direção e gestão em empresas brasileiras ainda têm baixa representatividade. As mulheres negras ocupam apenas 2,3% das presidências e 10,2% dos cargos na alta liderança, mesmo sendo um dos maiores grupos demográficos do país. Os homens brancos ainda predominam na presidência e conselhos. (veja comparativo abaixo) Os números da pesquisa Perfil Social, Racial e de Gênero das 1.100 Maiores Empresas do Brasil, feita pelo instituto Ethos, destacam que as mulheres negras são maioria entre trainees, mas que desaparecem de conselhos de administração e diretorias executivas. Diversidade em cargos de lideranças (em %) Arte g1 Os dados são um reflexo direto da falta de programas de desenvolvimento e promoção interna voltados a esses grupos. (veja comparativo na tabela abaixo) Na pesquisa, as próprias lideranças reconhecem três fatores principais para essa baixa representatividade: ➡️ Ausência de programas de liderança que impulsionam esses profissionais para cargos mais estratégicos; ➡️ Ausência de políticas, ações afirmativas e práticas de diversidade e inclusão; ➡️ Falta de qualificação profissional para os cargos de liderança (argumento contestado por especialistas). Proporção de gênero e cor ou raça por cargo (em %) Arte g1 Proporção de gênero e cor ou raça por cargo (em %) Arte g1 Proporção de gênero e cor ou raça por cargo (em %) Arte g1 Para Juh Círico, pesquisadora em diversidade, equidade, inclusão e pertencimento da Universidade de São Paulo (USP), esse movimento revela que as políticas dessas empresas não eram comprometidas com a inclusão e permanência de pessoas diversas. “Empresas que compactuam com a agenda anti-DEI estão seguindo suas ideologias e encerrando os programas com a narrativa da necessidade de corte de gastos e redução orçamentária, assumindo os riscos e consequências dessas ações excludentes”, completa Juh Círico. É um movimento que afeta diretamente grupos minorizados, gerando desemprego, perda de oportunidades, resultando no aumento da desigualdade social e maior dificuldade para o acesso e permanência no mercado de trabalho. 🤔 O movimento pode chegar ao Brasil? Ana Bavon, especialista em governança e responsabilidade social no ambiente corporativo, afirma que o fim dos programas de diversidade no Brasil deixou de ser uma previsão, mas sim uma realidade silenciosa. Diferentemente dos EUA, em que os anúncios de encerramento têm sido formais, os programas brasileiros passaram por “reestruturações”, cortes de orçamento e omissão pública. “No Brasil, não estamos vendo demissões em massa, mas um reposicionamento estratégico. Há redução dos programas, muitas vezes sem justificativa pública. É um desmonte silencioso”, afirma. Além da pesquisa do Vagas.com, um levantamento da empresa de recrutamento Catho apontou que 65,7% das empresas brasileiras não possuem programa de diversidade e inclusão, e apenas 17,5% pretendem aumentar o investimento nessa área. Bavon ainda destaca que falta comprometimento da alta liderança, já que CEOs e vice-presidentes evitam associar a própria imagem à pauta de inclusão. Além disso, as empresas se omitem para não comprometer a reputação com promessas que não pretendem cumprir. A quem interessa manter a desigualdade? Obviamente que não são as pessoas pretas, pardas, mulheres, LGBTQIA+ ou pessoas com deficiência, que continuam sendo empurradas para as margens. Claudia Nonato, da USP, ainda destaca o chamado “pacto da branquitude”, um conceito social em que pessoas brancas, mesmo sem intenção, se beneficiam ou mantêm coletivamente postos e caminhos de privilégio. A especialistas exemplifica com o fato de que a maioria dos programas de diversidade foca em vagas de estágio ou trainee, distantes dos cargos de liderança. “Não há soluções prontas nem fórmulas de longo prazo. O racismo no Brasil é estrutural e demanda educação desde a infância. O letramento racial é essencial nas escolas e empresas”, completa a especialista. Um levantamento da Diversitera, consultoria especializada em diversidade, equidade e inclusão, revela um desalinhamento entre o discurso institucional e a estrutura de poder nas empresas. Realizada entre junho de 2022 e março de 2025, a pesquisa analisou mais de 70 empresas de 17 setores da economia. O recorte mostra que a alta liderança segue amplamente homogênea e distante da pluralidade presente nos colaboradores: ♿ Apenas 1,5% dos cargos de diretoria e gerência executiva são ocupados por pessoas com deficiência; 🚺 Mulheres ocupam 35% desses cargos; 👩🏽‍🦱 Pessoas negras representam 9,7% das lideranças de topo. As empresas citadas na pesquisa são clientes da Diversitera — ou seja, companhias que estão interessadas em avaliar e fortalecer suas ações de diversidade. Segundo especialistas, esses dados não são apenas um alerta sobre representatividade, mas um indício de risco estrutural que pode comprometer a própria capacidade das empresas de escutar, inovar e reter talentos. “Sem representatividade nas decisões, não há boa experiência para o colaborador. Lideranças homogêneas ignoram as dores dos grupos minorizados, o que afeta o clima, a saúde mental e a performance do negócio”, afirma Jaime Almeida, diretor de DEI da Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH-SP). Números da Gupy também apontaram que a maioria das vagas afirmativas divulgadas nos últimos 24 meses são focadas em oportunidades para analista, auxiliar e operador. (veja comparativo abaixo) A própria Gupy ressalva que a maioria das vagas publicadas na plataforma são para cargos operacionais e de entrada. Mas, em maio, por exemplo, 2,81% das oportunidades para cargos operacionais tinham recorte afirmativo, contra apenas 1,3% das vagas de liderança, como coordenador, gerente ou supervisor. A empresa notou uma tendência positiva ao longo do último ano: voltando a maio de 2024, apenas 0,45% das vagas destinadas a cargos de liderança eram afirmativas. A Gupy diz que “não houve quedas em comparação com o ano passado em relação às posições” em sua plataforma e observou que “o Brasil está na contramão dessa tendência, e segue promovendo vagas afirmativas”. Vagas afirmativas divulgadas nos últimos 24 meses Gupy/Arte g1 Outro ponto é que mesmo quando há candidatos negros qualificados, empresas optam por outros perfis sem uma explicação razoável. Além disso, algumas multinacionais proíbem a divulgação de vagas afirmativas por imposição das matrizes no exterior. Com isso, muitas pessoas evitam se candidatar a vagas não afirmativas por receio da rejeição — principalmente após passar por outras experiências negativas. É o que explica Neiva Alves, que atua há mais de 15 anos com recrutamento e faz parte da consultoria Carreira Preta. “Já levei candidatos escolhidos, e a empresa já tinha fechado com outro, que era branco. Só fizeram bonito para a área de diversidade, mas o gestor fecha com quem ele quer — uma indicação, quem já trabalhou em grandes empresas, ou tem fácil acesso”, explica Neiva Alves. “Não acho que seja uma barreira às empresas não encontrar profissionais, mas meio que fecham os olhos e deixam quieto. Tem algumas desculpas que você não vê quando se trata de pessoas brancas participando de processos seletivos”, completa a especialista. ⚖️ As leis brasileiras são suficientes? A lei nº 8.213/1991, determina que empresas com 100 ou mais funcionários devem reservar um percentual de vagas para pessoas com deficiência (PCDs). Esse percentual varia de 2% a 5%, conforme o número total de empregados. Essa legislação tem como objetivo promover inclusão e garantir oportunidades no mercado de trabalho para PcD. A lei é obrigatória e o descumprimento pode gerar multas e sanções para a empresa. No serviço público, a lei nº 12.990/2014 determina a reserva de 20% das vagas em concursos públicos para candidatos negros (pretos e pardos). A medida é válida para órgãos da administração pública federal, autarquias, fundações e empresas públicas. Já a lei 12.288/2010, que criou o Estatuto da Igualdade Racial, proíbe a discriminação no mercado de trabalho e prevê sanções para empresas que a praticam. Embora toda forma de discriminação nas relações trabalhistas seja ilegal, empresas com grande disparidade racial entre seus funcionários podem ser investigadas pelo Ministério Público do Trabalho. Porém, para os especialistas ouvidos pelo g1, a legislação ainda não é suficiente. Ana Bavon afirma que a falta de uma fiscalização rigorosa e multas faz com que a legislação não seja cumprida. “Precisa doer no bolso das empresas”, completa. Para Juh Cirico, cumprir com o percentual previsto em lei é o mínimo que as empresas devem fazer. “A verdadeira inclusão vai além do mínimo obrigatório, disponibilizando mais vagas exclusivas para PcDs no mercado e com acessibilidade”, afirma a pesquisadora. SAIBA MAIS Por que tantos profissionais preferem se demitir a deixar o home office? Conheça o ‘Chronoworking’, método de trabalho que segue o ritmo biológico



Minha Casa, Minha Vida também financia imóveis usados; veja regras e se você se enquadra


04/07/2025 05:00 - g1.globo.com


Mudanças recentes, como a redução no valor exigido para entrada, podem manter o mercado de usados aquecido no programa habitacional. Além disso, a criação da faixa 4 promete dar novo fôlego ao setor imobiliário. Cerimônia de entrega de Unidades Habitacionais do Minha Casa, Minha Vida em Fortaleza. Ricardo Stuckert/PR Ao contrário do que muitos imaginam, o programa habitacional Minha Casa, Minha Vida (MCMV), do governo federal, não financia apenas imóveis novos. Desde fevereiro de 2023, é possível utilizar os juros mais atrativos do programa também para adquirir casa ou apartamento usado. O comprador deve atender a determinados critérios para se qualificar ao financiamento. Nesse sentido, uma norma publicada pelo governo em 2024 limitou o acesso de parte da classe média à compra de imóveis usados por meio do programa. Alterações recentes, porém, voltaram a dar certo fôlego ao mercado de usados dentro do MCMV. Em 5 de maio, o governo criou a faixa 4, com possibilidade de compra de usados para famílias com salários até R$ 12 mil. Além disso, facilitou o acesso para a faixa 3 do programa. (entenda abaixo) Para financiar imóveis usados no programa habitacional, a Caixa Econômica Federal — responsável pela operação do MCMV — segue o mesmo modelo de faixas de renda aplicado aos imóveis novos. Há, no entanto, algumas diferenças. Veja quais são as principais normas em vigor: Raio-x do programa Minha Casa, Minha Vida para imóveis usados Arte/g1 Conforme as normas do programa, são consideradas casas ou apartamentos novos aqueles com o documento "habite-se" (expedido pela prefeitura local) de até 180 dias. Após esse prazo, portanto, o imóvel é considerado usado. As exigências para ter acesso ao financiamento de imóveis usados são as mesmas aplicadas aos imóveis novos, segundo a Caixa. Entre os critérios, estão: Não possuir outro imóvel no município onde deseja comprar; Não ter sido beneficiado anteriormente por programas habitacionais; Comprovar renda dentro dos limites estabelecidos; e ter capacidade de pagamento. Taxas mais baixas O MCMV oferece subsídios e juros que variam de 4% a 8,16% ao ano nas três primeiras faixas do programa, a depender da região do país. Em maio deste ano, também foi criada a faixa 4, com juros a 10% para pessoas com salários de até R$ 12 mil. Ao oferecer taxas mais baixas do que as praticadas pelo mercado, o programa habitacional se tornou uma importante alternativa em meio ao encarecimento do crédito, conforme já mostrou o g1. Hoje, o financiamento imobiliário tradicional está em torno de 12%. O custo é puxado pela Selic, a taxa básica de juros do país, atualmente em 14,75% — maior patamar em quase 20 anos — e sem previsão de queda. Usados em alta preocupam setor de construção Dados recentes mostram a importância dos financiamentos do Minha Casa, Minha Vida para o mercado imobiliário. No primeiro trimestre deste ano, por exemplo, praticamente metade dos empreendimentos lançados e de venda de imóveis novos contaram com os incentivos do programa. Como mostrou o g1 nesta quinta-feira (3), essa dependência acendeu um alerta no setor de construção, especialmente diante do aumento nos financiamentos de imóveis usados dentro do MCMV. Dados do Ministério das Cidades compilados por Ana Maria Castelo, coordenadora de Projetos de Construção do FGV Ibre, mostram que, em 2024, houve o maior número de contratos para imóveis usados na história do programa. No ano, foram contratadas um total de 583 mil unidades, sendo 427,9 mil novas e 155,1 mil usadas. Os dados revelam que os imóveis usados chegaram a uma parcela de 27% do total de financiamentos, proporção recorde na modalidade. Contratações no Minha Casa, Minha Vida Arte/g1 Os dados acima, explica a professora, consideram contratos feitos com base em recursos do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) — principal fonte do MCMV. Portanto, compõem o histórico do programa desde 2011, conforme disponibilização de números pelo Ministério das Cidades. "O forte aumento na contratação de usados entre 2023 e 2024 levou a uma pressão pelo setor de construção", diz Ana Maria Castelo, do FGV Ibre. "Com isso, o governo fez alterações olhando, principalmente, para a faixa 3 do programa." Ela se refere à publicação de uma instrução normativa pelo governo federal, em agosto de 2024, com alterações nas condições de financiamento de imóveis usados com recursos do FGTS. O texto estabeleceu uma redução no valor máximo permitido para financiamento de imóveis usados na faixa 3, de R$ 350 mil para os atuais R$ 270 mil. Além disso, exigiu um valor de entrada maior de compradores. Castelo lembra que um dos principais argumentos das construtoras contra os usados é de que imóveis novos impulsionam a atividade econômica e geram empregos, fomentando também o FGTS. A pressão do setor, acrescenta ela, vem justamente em meio ao "cobertor curto" do fundo, cujo recurso é "escasso e disputado". "As mudanças, portanto, foram no sentido de diminuir os valores dos imóveis usados e aumentar o percentual de entrada que a pessoa precisa pagar", diz. Procurada pelo g1, a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) diz que compreende que os usados são uma alternativa válida em locais com carência de oferta de novos empreendimentos ou onde a capacidade instalada da construção civil ainda é limitada. Afirma, no entanto, que a prioridade estrutural do MCMV deve permanecer na produção de moradias novas, responsáveis por "ativar diretamente a cadeia produtiva da construção civil", com mão de obra "essencial para a retroalimentação do FGTS". "Já a aquisição de imóveis usados, embora relevante em determinados nichos, não gera postos de trabalho diretos nem contribui para a sustentabilidade do fundo", argumenta. Mudanças em 2025 Minha Casa, Minha Vida: veja novas regras As restrições de 2024, porém, foram suavizadas neste ano. Apesar de o valor limite para a compra de usados seguir abaixo dos novos — o que, na prática, reduz opções a esse público —, as novas regras diminuíram o valor mínimo necessário para a entrada do imóvel para a faixa 3, que passaram: de 50% para 35% nas regiões Sul e Sudeste; e de 30% para 20% nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Veja exemplos, tomando como base um imóvel de R$ 270 mil (limite para os usados): Regiões Sul e Sudeste: ANTES, era exigida uma entrada de, ao menos, R$ 135 mil (50% do valor do imóvel). AGORA, é exigida uma entrada de, ao menos, R$ 94,5 mil (35% do valor do imóvel). Regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste: ANTES, era exigida uma entrada de, ao menos, R$ 81 mil (30% do valor do imóvel). AGORA, é exigida uma entrada de, ao menos, R$ 54 mil (20% do valor do imóvel). Para o presidente da Associação Brasileira do Mercado Imobiliário (ABMI), Alfredo Freitas, as mudanças vão dar "algum impulso" ao mercado de usados. "Não é uma mudança tão expressiva, mas toda melhoria no mercado de crédito é vista com bons olhos", diz. "É complexo para o comprador equacionar a questão da renda, prestações e valor de entrada a ser pago. (...) De qualquer maneira, já é um sinal de alento." As outras faixas não tiveram alterações. Segundo a Caixa, a principal diferença entre usados e novos está justamente na faixa 3, que tem o valor máximo do imóvel mais baixo. "Para as demais faixas, os critérios de valor de imóvel seguem os mesmos parâmetros, com variações conforme o município. Já os valores de cota de financiamento de imóveis usados variam", informou o banco.



Tarifa social de energia elétrica passa a valer neste sábado: entenda como vai funcionar


04/07/2025 03:00 - g1.globo.com


Além da gratuidade para famílias do CadÚnico e que tenham consumo mensal de até 80 kWh, também há previsão de descontos para outros grupos. Lula assina MP ampliando isenção em contas de luz A nova tarifa social de energia elétrica, que prevê gratuidade para famílias beneficiárias do Cadastro Único (CadÚnico) e que tenham consumo mensal de até 80 kWh, passa a valer neste sábado (5). 🔎A MP foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) em maio. Câmara e Senado terão de aprovar o texto em até 120 dias, a contar da publicação do ato. Caso a MP não seja chancelada, as mudanças perderão a validade. Segundo dados do governo, cerca de 55 milhões de brasileiros serão beneficiados com desconto e 60 milhões com a isenção na conta de luz. Nesta reportagem, você vai saber mais detalhes sobre o que está previsto na MP. Veja algumas perguntas e respostas abaixo: Quem tem direito a tarifa social? Como funciona atualmente? Qual o impacto da medida? Qual a diferença da isenção para o desconto? Abertura do mercado de baixa tensão Propostas para equilibrar o setor Quem tem direito a tarifa social? Famílias do CadÚnico com renda mensal até meio salário mínimo per capita; Pessoas com deficiência ou idosos (65+) no Benefício de Prestação Continuada (BPC) — que também são inscritos no CadÚnico; Famílias indígenas e quilombolas do CadÚnico; Famílias do CadÚnico atendidas em sistemas isolados por módulo de geração offgrid, isto é, módulos particulares, fora da rede elétrica pública. Como funciona atualmente? Atualmente, apenas indígenas e quilombolas têm gratuidade na conta de luz. No caso de famílias de baixa renda que estão no CadÚnico, atualmente, elas têm um desconto que pode chegar a 65% do total da conta de luz. Portanto, com as novas regras, há uma ampliação desses benefícios. Qual o impacto da medida? Estimativas do governo federal apontam que 17 milhões de famílias serão beneficiadas, o que significa, na prática, cerca de 60 milhões de pessoas contempladas. Ainda segundo o Executivo, o custo da isenção da tarifa é de R$ 3,6 bilhões por ano, que será compensado pela abertura de mercado e reequilíbrio do setor (leia mais a seguir) Qual a diferença da isenção para o desconto? Enquanto a isenção integral é a nova tarifa social, que se refere à gratuidade para famílias beneficiárias do Cadastro Único (CadÚnico) e que tenham consumo mensal de até 80 kWh O desconto se refere ao abatimento na Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) — que custeia os subsídios do setor elétrico — no consumo mensal de até 120 kWh para famílias com renda entre meio e um salário mínimo. 💡A CDE representa cerca de 12% da conta de luz. Ou seja, o desconto para as famílias beneficiárias será nessa proporção. Mercado livre de energia, em que o consumidor escolhe o fornecedor para pagar menos na conta de luz, está em expansão no Brasil Reprodução/TV Globo Abertura do mercado de baixa tensão A MP também prevê liberdade de escolha para todos os consumidores de energia elétrica. Atualmente, o chamado “mercado livre” é restrito a grandes consumidores, como indústrias e estabelecimento comerciais de grande porte.   Mas após a entrada em vigor da MP, essa possibilidade será possível a partir do ano que vem: Agosto de 2026: indústria e comércio Dezembro de 2027: demais consumidores Propostas para equilibrar o setor Para equilibrar as contas, o governo prevê adotar uma série de medidas. Veja o que está na previsão do Executivo: inclusão dos consumidores livres na base de adquirentes da produção de energia elétrica das usinas Angra 1 e 2; inclusão dos consumidores livres na base de consumidores que suportam os incentivos à geração distribuída por meio da CDE; alocação mais justa dos encargos da CDE, com rateio proporcional ao consumo, independentemente do nível de tensão; limitar a autoprodução equiparada à demanda mínima de 30.000 kW e à participação mínima exigida do grupo econômico de cada acionista no capital social, direto ou indireto, de, no mínimo, 30% do capital social total; limitar a extensão dos descontos de uso da rede (TUST e TUSD) para o segmento consumo.



Horário, foco em bitcoin, insistência: as pistas que ajudaram a revelar ataque contra empresa que liga bancos ao PIX


04/07/2025 03:00 - g1.globo.com


Não há confirmação oficial sobre os valores roubados no golpe milionário, mas fontes da TV Globo estimam que a quantia pode chegar a R$ 800 milhões. O que se sabe sobre ataque hacker contra empresa que interliga bancos ao PIX Horário, altos valores e insistentes tentativas de compras de bitcoins despertaram a desconfiança de uma startup de criptomoedas na madrugada da última segunda-feira (30). Naquele instante, a decisão foi bloquear novas movimentações das contas envolvidas e acionar instituições financeiras. Dois dias depois, entendeu-se que aquelas operações suspeitas com criptomoedas eram o desfecho de um golpe milionário e histórico contra o mercado financeiro, iniciado com um ataque hacker a uma empresa que liga bancos e fintechs a sistemas de pagamentos. 🔎 O alvo do ataque não foi o Banco Central ou o PIX, em si, mas a C&M Software. Ela é uma das empresas de tecnologia que fazem a "ponte" entre instituições financeiras menores e os sistemas do BC, para a realização de operações como o PIX. A C&M disse que ao menos seis de seus clientes foram afetados; nem todos tiveram os nomes revelados. Também não foi divulgado o montante roubado, mas fontes da TV Globo estimam que a quantia pode chegar a R$ 800 milhões. Nesta sexta-feira (4), um funcionário da C&M foi preso, suspeito de ceder acessos para que os criminosos invadissem o sistema da empresa. Como foi ataque a empresa que liga bancos ao PIX Ataque é um dos mais graves já registrados no Brasil, segundo especialistas Criminosos usaram criptomoeda Segundo especialistas, os criminosos provavelmente tentaram converter ao menos parte do montante roubado em criptomoedas. Isso seria uma tentativa de fazer com que a quantia não pudesse ser devolvida para os bancos. Uma das startups procuradas para compra de criptomoedas seria a SmartPay, de Santa Catarina. A startup começou a suspeitar quando, na madrugada de segunda-feira, uma conta recém-criada movimentou R$ 6 milhões, via PIX, e tentou comprar esse valor em bitcoins. O PIX de R$ 6 milhões que chamou a atenção da SmartPay partiu do sistema da BMP, uma fintech que fornece infraestrutura para plataformas bancárias digitais. Ela é cliente da C&M e e admitiu ter sido uma das prejudicadas no ataque hacker. O valor expressivo fez os alertas automáticos da SmartPay serem acionados e notados por funcionários que monitoram as transações. Eles perceberam que a quantidade de movimentações de novas contas estava bem acima do normal para as madrugadas. "Foi uma somatória da quantidade de novos usuários na plataforma durante aquele horário com os valores que estavam sendo transferidos", relatou ao g1 Rocelo Lopes, CEO da SmartPay. Também houve muitos pedidos de transferência em um intervalo curto, de cerca de duas horas. Como cartéis da América Latina usam criptomoedas para lavar dinheiro do crime Comportamento fora do usual Outro ponto de atenção foi que parte dos pedidos de compra de criptomoeda foi feita em contas de clientes antigos da SmartPay, que já tinham recebido um "sinal amarelo" nos sistemas da startup por comportamentos suspeitos no passado. Além disso, naquele dia, esses clientes estavam comprando bitcoins, apesar de terem o costume de negociar outra criptomoeda, a chamada "tether" ou USDT. 🤔 Tether ou USDT é a terceira criptomoeda mais usada no mundo, segundo a CoinMarketCap, plataforma que monitora esse mercado. A Tether é administrada por uma empresa de mesmo nome, que pode bloquear transações suspeitas, o que não acontece com o bitcoin, por exemplo. Ataque exige melhorias, diz startup Para Rocelo, o ataque deverá forçar o Banco Central a cobrar melhorias por parte de empresas como a C&M Software, enquadrada como um Provedor de Serviços de Tecnologia da Informação (PSTI). Um PSTI ajuda instituições financeiras a se integrarem a sistemas de pagamento, como o PIX. Além da C&M, oito empresas estão homologadas no país para fazerem este papel. Na avaliação do chefe da SmartPay, elas deveriam adotar mais validações contra movimentações atípicas. "O Banco Central se preocupou em falar para o banco bloquear uma transação às 2h da manhã, por exemplo. Mas se esqueceu que, depois do banco, tem todo um sistema de compensação financeira. Limitou o cliente, e não a instituição, aí foi onde deu o problema", afirmou. Polícia Civil prende em SP suspeito de ataque hacker ao sistema que liga bancos ao PIX A C&M disse que os criminosos usaram credenciais de clientes de forma indevida para acessar seus sistemas e serviços de forma fraudulenta. Senhas são um exemplo de credencial. De acordo com a polícia, o funcionário da empresa que foi preso nesta sexta, em São Paulo, afirmou que vendeu por R$ 15 mil sua senha de acesso ao sistema da empresa. Ele contou que, em março deste ano, foi abordado na saída de um bar por um homem que já sabia que ele trabalhava numa companhia de sistemas de pagamentos. Uma semana depois, a pessoa fez um novo contato, por telefone, dizendo que queria conhecer o sistema da C&M, e ofereceu R$ 5 mil pelo acesso. Cerca de 15 dias depois, o mesmo criminoso fez um segundo contato, agora oferecendo outros R$ 10 mil para que o funcionário executasse comandos dentro da plataforma da C&M. Esses comandos foram executados dentro do sistema, no mês de maio. Ao todo, o funcionário da C&M disse que teve contato com quatro hackers diferentes, que sempre utilizavam um novo número de celular. De eletricista a pivô de um golpe milionário: quem é o operador de TI que entregou senha a hackers Depois de o ataque vir a público, na última quarta-feira (2), o BC determinou o desligamento do acesso de instituições financeiras afetadas às infraestruturas da C&M. Na quinta, a medida foi substituída por uma suspensão parcial, permitindo transferências em dias úteis entre 6h30 e 18h30. A Polícia Federal abriu um inquérito para apurar o ocorrido. E a Polícia Civil de São Paulo também iniciou uma investigação, com objetivo de "identificar os responsáveis pelo crime, bem como rastrear os valores subtraídos". Entenda como foi o ataque hacker que tirou milhões do sistema financeiro Kayan Albertin, Dhara Assis e Thalita Santos/g1



Trump diz que está disposto a permitir que trabalhadores imigrantes permaneçam em fazendas nos EUA


04/07/2025 01:26 - g1.globo.com


Medida estaria sujeita a cooperação dos empregadores fazendeiros. Os agricultores dos EUA têm relatado uma baixa nos trabalhadores no campo como resultado das ações da ICE. Batidas contra imigrantes esvaziam fazendas nos EUA, e safra apodrece O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta quinta-feira (3) que está disposto a permitir que trabalhadores imigrantes de fazendas permaneçam no país, caso os fazendeiros para quem trabalham se responsabilizem por eles. O republicano afirmou que está trabalhando com o Departamento de Segurança Interna para ajudar os fazendeiros que dependem de mão de obra imigrante para suas necessidades sazonais. "Se um fazendeiro estiver disposto a se responsabilizar por essas pessoas de alguma forma, temos que dizer que isso é bom, certo?", disse Trump em um evento no Iowa, estado do Centro-Oeste americano onde a agricultura é uma indústria dominante. Ele acrescentou que o governo americano "não quer" executar uma política que "tire todos os trabalhadores das fazendas". ENTENDA: Batidas contra imigrantes esvaziam fazendas nos EUA; colheitas estão apodrecendo Os agricultores dos EUA têm relatado uma baixa nos trabalhadores no campo como resultado das ações do Serviço de Imigração e Alfândega dos Estados Unidos (ICE, na sigla em inglês), realizadas como parte da política migratória do presidente Donald Trump. De acordo com a Reuters, economistas e políticos do país reconhecem que muitos dos trabalhadores agrícolas dos Estados Unidos estão no país ilegalmente. Segundo eles, uma queda brusca nesse número pode causar prejuízos graves à cadeia de abastecimento de alimentos e à economia das regiões agrícolas. Douglas Holtz-Eakin, ex-diretor do Escritório de Orçamento do Congresso e integrante do Partido Republicano, estima que 80% dos trabalhadores do campo nos EUA são estrangeiros, e quase metade está em situação irregular. Segundo ele, a perda dessa mão de obra pode encarecer os alimentos para os consumidores. Lisa Tate, de uma família de fazendeiros no condado de Ventura, afirmou as batidas assustaram os trabalhadores rurais que são, em boa parte, imigrantes que estão ilegalmente nos EUA. Ela foi ouvida pela Reuters. "Nos campos, eu diria que 70% dos trabalhadores foram embora. Se 70% da sua força de trabalho não aparecer, 70% da sua safra não será colhida e pode estragar em um dia." Tate disse que a maioria dos norte-americanos não quer fazer o trabalho de colheita, e acrescenta que os produtores podem ir à falência por falta de mão de obra. "A maioria dos fazendeiros daqui mal está conseguindo sobreviver". Leia também: LGBTs no campo: a luta de uma mulher trans quilombola contra o preconceito 'Não conhecia rúcula, salsa, couve': como a agricultura mudou vidas no Brasil Em outra regiões, fazendeiros disseram à Reuters que as batidas do ICE levaram a maioria dos trabalhadores a parar de comparecer. Isso significa que as plantações não estão sendo colhidas e as frutas e verduras estão apodrecendo na época de pico da colheita, disseram eles. Em outra fazenda, a equipe habitual de 80 pessoas foi reduzida a apenas 17. Presidente dos EUA, Trump, em Iowa REUTERS/Nathan Howard Os prejuízos das chuvas para os produtores do RS Imigrante trabalha em colheita em fazenda em Oxnard, Califórnia REUTERS/Pilar Olivares Imigrante e observador legal estão deitados no chão durante detenção por agentes federais no tribunal de imigração dos EUA em Manhattan, na cidade de Nova York, EUA, em 6 de junho de 2025. Reuters/David 'Dee' Delgado/Foto de arquivo Mais de 150 pessoas são presas na Califórnia em quatro dias de protestos contra prisões de imigrantes



Mega-Sena, concurso 2.883: prêmio acumula e vai a R$ 6,5 milhões


03/07/2025 23:01 - g1.globo.com


Veja os números sorteados: 01 - 40 - 43 - 56 - 57 - 60. Quina teve 27 apostas ganhadoras; cada uma vai levar R$ 57.548,57. G1 | Loterias - Mega-Sena 2883 O sorteio do concurso 2.883 da Mega-Sena foi realizado na noite desta quinta-feira (3), em São Paulo. Nenhuma aposta acertou as seis dezenas, e o prêmio para o próximo sorteio acumulou em R$ 6,5 milhões. Clique aqui para seguir o canal de Loterias do g1 no WhatsApp Veja os números sorteados: 01 - 40 - 43 - 56 - 57 - 60 5 acertos - 27 apostas ganhadoras: R$ 57.548,57 4 acertos - 1.559 apostas ganhadoras: R$ 1.423,81 O próximo sorteio da Mega será no sábado (5). Mega-Sena, concurso 2.883. Reprodução/Caixa Entenda como funciona a Mega-Sena e qual a probabilidade de ganhar o prêmio Para apostar na Mega-Sena As apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília), em qualquer lotérica do país ou pela internet, no site da Caixa Econômica Federal – acessível por celular, computador ou outros dispositivos. É necessário fazer um cadastro, ser maior de idade (18 anos ou mais) e preencher o número do cartão de crédito. Probabilidades A probabilidade de vencer em cada concurso varia de acordo com o número de dezenas jogadas e do tipo de aposta realizada. Para a aposta simples, com apenas seis dezenas, que custa R$ 5, a probabilidade de ganhar o prêmio milionário é de 1 em 50.063.860, segundo a Caixa. Já para uma aposta com 15 dezenas (limite máximo), com o preço de R$ 22.522,50, a probabilidade de acertar o prêmio é de 1 em 10.003, ainda segundo a Caixa. Bilhetes da Mega-Sena, em imagem de arquivo Marcelo Brandt/G1



Aneel defende proposta para restringir subsídios que encarecem a conta de luz; entenda


03/07/2025 20:22 - g1.globo.com

Proposta prevê mecanismos de controle e maior transparência na concessão desses benefícios, que hoje são incorporados às tarifas pagas pela população. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) tem defendido a criação de um Marco de Responsabilidade Tarifária, com o objetivo de limitar o crescimento dos subsídios que impactam diretamente o valor da conta de luz dos consumidores. A proposta prevê mecanismos de controle e maior transparência na concessão desses benefícios, que hoje são incorporados às tarifas pagas pela população. 🔍Subsídios na tarifa de energia elétrica são valores cobrados dos consumidores para financiar benefícios dados a determinados grupos, como produtores de energia renovável, moradores da zona rural, consumidores de baixa renda e indústrias da Amazônia Legal. Esses custos são repassados nas contas de luz de todos os brasileiros por meio de encargos tarifários, como a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE). Na prática, isso significa que parte da conta de luz que os consumidores pagam não se refere apenas ao consumo de energia, mas também ao custeio de políticas públicas do setor. Nos últimos anos, o volume de subsídios tem crescido, o que preocupa especialistas e autoridades por pressionar as tarifas e tornar a energia mais cara para a maioria da população. Conta de luz mais cara em julho O que prevê a proposta? O Marco de Responsabilidade Tarifária tem os seguintes principais pontos: Limites aos subsídios: Estabelece tetos claros para os valores repassados por meio de subsídios, para impedir que eles aumentem de forma descontrolada. Revisões periódicas: Prevê a avaliação constante dos subsídios concedidos, a fim de verificar se ainda são necessários ou se podem ser ajustados. Transparência e controle social: A proposta busca dar mais visibilidade à gestão dos recursos, permitindo o acompanhamento por órgãos reguladores e pela sociedade. Sustentabilidade do setor: Um dos principais objetivos do marco é garantir a viabilidade financeira do setor elétrico sem onerar excessivamente os consumidores. A fala do diretor-geral Nesta quinta-feira (3), durante evento em Lisboa, o diretor-geral da Aneel, Sandoval Feitosa, voltou a defender a proposta. O marco regulatório vem sendo apresentado por ele desde 2024, em meio a uma crescente preocupação com o peso dos subsídios na composição das tarifas. Segundo Feitosa, o projeto busca aprimorar a legislação existente, criando critérios objetivos para a concessão de benefícios e mecanismos de monitoramento contínuo.



'Grande lei' de Trump é aprovada no Congresso: qual o impacto para os EUA?


03/07/2025 20:16 - g1.globo.com


Projeto de gastos e impostos é extenso e afeta desde o Medicaid — programa de saúde para pessoas de baixa renda — e a Previdência Social até subsídios para alimentos e energia limpa. O presidente da Câmara, Mike Johnson, anunciou a aprovação do projeto de Trump Reuters/BBC O "grande e belo" projeto de lei de Donald Trump foi aprovado pelo Congresso americano ao passar pela Câmara dos Representantes por 218 votos a 214 nesta quinta-feira (3). ✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp Apenas dois dos votos contrários foram dados por membros do Partido Republicano, o mesmo de Trump. Eles faziam parte de um grupo de correligionários de Trump que havia prometido fazer frente ao projeto, mas a maioria foi convencida a aderir. Todos os democratas votaram contra. O projeto de lei de gastos e impostos de Trump havia sido aprovado pelo Senado na terça-feira (1º) e já havia passado pela Câmara no final de maio, mas, como foi alterado pelos senadores, teve de voltar à Câmara. Agora, ele será enviado para Trump para sanção, o que ele indicou que fará nesta sexta-feira (4), quando os Estados Unidos comemoram sua Independência. O projeto é extenso e aborda desde o Medicaid, programa de saúde para pessoas de baixa renda, e a Previdência Social até subsídios para alimentos e energia limpa. O Escritório de Orçamento do Congresso (CBO, na sigla em inglês) estima que o projeto de lei pode adicionar US$ 3,3 trilhões aos déficits federais nos próximos dez anos e deixar milhões sem cobertura de saúde. A Casa Branca contesta essa informação. Entre as medidas, estão: Torna permanentes os cortes de impostos do primeiro governo Trump. Em 2017, Trump aprovou uma legislação que reduziu os impostos para empresas e pessoas físicas na maioria das faixas de renda. Essas medidas deveriam expirar em dezembro; Cria novos requisitos de trabalho para quem se inscrever em planos de saúde subsidiados pelo Medicaid e torna os critérios de elegibilidade mais rigorosos. O CBO afirma que essas medidas podem fazer com que quase 12 milhões de americanos fiquem sem assistência de saúde até o final da próxima década; Faz grandes cortes em programas de energia limpa. Empresas de energia eólica e solar terão isenções fiscais gradualmente reduzidas, e serão eliminadas isenções fiscais para painéis solares residenciais; Acaba com impostos sobre gorjetas. Cumprindo uma das principais promessas de campanha de Trump, o projeto permite que os trabalhadores deixem de pagar impostos sobre um determinado valor das gorjetas e horas extras que recebem. Senado aprova projeto fiscal do governo Trump Aprovação 'coroa grande fase' de Trump Com a aprovação deste projeto de lei, Trump demonstra mais uma vez que seu governo está em um ótimo momento, avalia Gary O'Donoghue, correspondente-chefe da BBC News na América do Norte. "A aprovação deste projeto de lei vai muito além da soma de suas partes para Donald Trump", diz O'Donoghue. "Sim, ele consolida alguns de seus principais objetivos em relação aos cortes de impostos e à política de imigração, mas também representa a coroação de seu controle total do Partido Republicano no Congresso e do país." Apesar das objeções de alguns republicanos, Trump os convenceu alguns a irem contra seus princípios de conservadorismo fiscal de longa data e levou outros a colocar sua própria sobrevivência política em risco ao apoiar a medida, pontua O'Donoghue. "Acrescente a isso uma série de outras vitórias nos últimos dias na Otan, no Oriente Médio e na economia, é difícil não reconhecer que o presidente está em uma grande fase."



Câmara dos EUA aprova megapacote de Trump que reduz impostos, aumenta verba contra imigrantes e corta programas sociais


03/07/2025 18:27 - g1.globo.com


Escritório de Orçamento do Congresso dos EUA estima que projeto adicionará cerca de US$ 3,3 trilhões (R$ 18 trilhões) à dívida pública do país até 2034. Agora, lei segue para sanção de Trump. Congresso dos EUA debate 'Grande e Belo Projeto' de Donald Trump AP Photo/Rod Lamkey, Jr. A Câmara dos Representantes dos Estados Unidos aprovou nesta quinta-feira (3) o megapacote tributário e orçamentário proposto pelo governo. Agora, a lei segue para sanção do presidente Donald Trump. O texto prevê reduzir impostos, cortar programas sociais, retirar incentivos à energia limpa e aumentar verba para políticas anti-imigração e gasto militar (entenda o projeto, ponto a ponto). ✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp A medida adiciona US$ 3,3 trilhões (aproximadamente R$ 18 trilhões) à dívida nacional do país até 2034, segundo o Escritório de Orçamento do Congresso dos Estados Unidos (CBO, na sigla em inglês). O déficit atual dos EUA é de US$ 36,2 trilhões (R$ 197,3 trilhões). Especialistas alertam para o aumento da dívida pública e para o risco de desequilíbrio fiscal a médio e longo prazos. Também há críticas a cortes em incentivos à energia limpa e programas sociais, como o Medicaid (saúde para famílias de baixa renda), para compensar a queda na arrecadação. A votação ocorre dois dias após o projeto ser aprovado pelo Senado em votação apertada. Na Câmara, a proposta foi aprovada com o placar de 218 a 214, com dois deputados do partido de Trump votando contra o pacote. 📋Confira alguns pontos do texto chamado "One Big Beautiful Bill" (Um grande e belo projeto): aumento de recursos voltados ao controle da imigração; ampliação dos gastos com Forças Armadas; cortes em programas sociais — em especial, em saúde (Medicaid) e alimentação; criação de novas isenções fiscais para gorjetas e horas extras; a revogação de incentivos à energia limpa promovidos pelo democrata Joe Biden. Houve uma intensa articulação dos republicanos para a aprovação do megapacote. Na quarta-feira, (2) Trump esvaziou sua agenda para receber na Casa Branca deputados mais moderados e tentar convencê-los. Durante a madrugada, o projeto esteve sob ameaça após cinco deputados republicanos indicarem que votariam contra o governo. No entanto, os parlamentares mudaram de opinião após pressão do partido e do próprio presidente. Os líderes republicanos da Câmara buscaram acelerar os procedimentos da sessão para conseguir realizar a votação. O objetivo era cumprir um prazo dado por Trump, que deseja sancionar a lei nesta sexta-feira (4) — quando se comemora o Dia da Independência dos EUA. Como a votação entre os senadores foi acirrada, havia o temor de que o projeto pudesse ser rejeitado pelos deputados diante da articulação de democratas para tentar virar votos de republicanos. A deputada Nancy Pelosi, forte voz no Partido Democrata, liderava as tentativas. Senado aprova projeto fiscal do governo Trump Entenda o projeto, ponto a ponto Críticos da proposta afirmam que as medidas de redução de impostos, nos moldes do projeto, favoreceriam sobretudo os mais ricos. Entre os principais pontos questionados, está a previsão de cortes em programas voltados à saúde, nutrição, educação e energia limpa. No caso do Medicaid e da assistência alimentar a pessoas de baixa renda, estima-se uma redução de cerca de US$ 930 bilhões. 💸 Mudanças nos impostos O projeto prevê redução de impostos de aproximadamente US$ 4 trilhões, enquanto mantém muitos dos cortes aplicados por Trump em 2017. Entre os pontos de redução, estão: alíquotas menores de Imposto de Renda (IR); isenção temporária de impostos sobre gorjetas e horas extras; isenção sobre benefícios da Previdência Social para americanos acima de 65 anos; redução de impostos para empresas, incluindo deduções para pesquisa e investimento. Do lado da arrecadação, o texto propõe: elevar impostos sobre rendimentos de fundos universitários; impedir que imigrantes sem green card recebam créditos para planos de saúde; que o crédito infantil passe a ter regras mais rígidas — o que pode impactar 2 milhões de crianças. 🧑🏽‍⚕️ Cortes na saúde O projeto propõe regras mais rigorosas para o acesso ao Medicaid, programa destinado a pessoas de baixa renda. O objetivo é reduzir os custos da saúde pública. O destaque é a exigência de 80 horas de trabalho por mês para adultos sem filhos e sem deficiência terem direito ao benefício, informou o The New York Times. O projeto também facilita que estados cancelem a cobertura de beneficiários, exigindo mais documentação e eliminando quem não responder, segundo o jornal norte-americano. Além disso, o texto altera regras do Obamacare, lei federal que ampliou o acesso a planos de saúde no país. As mudanças preveem novas exigências aos beneficiários, o que resultaria em uma economia de mais US$ 100 bilhões ao governo. A estimativa é que milhares de pessoas possam perder o seguro. 🔋 Programas de energia limpa O projeto prevê o fim dos principais créditos fiscais da Lei de Redução da Inflação para energia limpa, aprovada durante o governo do democrata Joe Biden, que levaram a US$ 841 bilhões em investimentos nos EUA. Além disso, conforme o texto, o crédito de US$ 7,5 mil para carros elétricos acabaria até o fim de 2025. O jornal The New York Times afirma que, com o projeto, incentivos gerais para fontes como vento, solar, baterias e geotérmica seriam encerrados, com poucas exceções. 🥩 Cortes em programa de alimentação A proposta também modifica o Programa de Assistência Nutricional Suplementar (SNAP), com o objetivo de reduzir custos. O benefício, que atende cerca de 42 milhões de pessoas de baixa renda, passará a ter critérios de acesso mais rígidos. O Escritório de Orçamento do Congresso dos EUA estima que aproximadamente 3 milhões de pessoas perderiam o acesso ao benefício devido às novas exigências. 🪖 Gastos militares e anti-imigração O projeto reserva US$ 150 bilhões para a área de defesa, incluindo investimentos em construção naval e no sistema de defesa espacial “Golden Dome” proposto por Trump, segundo o New York Times. Além disso, propõe investimentos de US$ 175 bilhões na agenda anti-imigração de Trump. Os recursos seriam direcionados ao fortalecimento da fronteira no sul do país, à ampliação de patrulha e à construção de novas instalações. 🎓 Cortes na educação O pacote prevê uma redução de US$ 330 bilhões em empréstimos estudantis ao longo dos próximos 10 anos. Além de cortar programas de pagamento vinculados à renda dos estudantes, o texto também impõe um limite anual aos empréstimos para cursos de pós-graduação. Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em evento na Casa Branca REUTERS/Leah Millis Os impactos do projeto O megapacote visa tornar permanentes os cortes nos impostos sobre a renda individual e heranças, aprovados durante o primeiro mandato de Trump, em 2017. Também incorpora promessas de campanha feitas em 2024, como a isenção de tributos sobre gorjetas, horas extras e juros de determinados financiamentos de veículo, além de uma dedução de US$ 6 mil (R$ 32,7 mil) para idosos que ganham até US$ 75 mil (R$ 408,8 mil) por ano. Segundo a estimativa mais recente do Escritório de Orçamento do Congresso norte-americano (CBO, na sigla em inglês), a lei adicionaria US$ 3,3 trilhões à dívida de US$ 36,2 trilhões (R$ 197,3 trilhões) do país. De acordo com analistas consultados pela Reuters, esse aumento da dívida serviria efetivamente como uma transferência de riqueza dos mais jovens para os mais velhos, uma vez que tende a desacelerar o crescimento econômico, aumentar os custos de empréstimos e eliminar outros gastos do governo nas próximas décadas. Outra projeção do CBO é que o projeto também aumentaria o limite de endividamento dos EUA em US$ 5 trilhões (R$ 27,3 trilhões), adiando a perspectiva de um calote da dívida neste verão — o que afetaria não apenas os mercados financeiros norte-americanos, mas do mundo inteiro.



Por que o ataque hacker a instituições financeiras é um dos mais graves já registrados no Brasil, segundo especialistas


03/07/2025 17:51 - g1.globo.com


Até o momento, não há confirmação oficial sobre os valores envolvidos, mas fontes da TV Globo estimam que a quantia pode chegar a R$ 800 milhões. Polícia Civil prende em SP suspeito de ataque hacker ao sistema que liga bancos ao PIX Especialistas em segurança digital ouvidos pelo g1 consideram o ataque cibernético que atingiu ao menos seis instituições financeiras um dos mais graves já registrados no Brasil. O caso foi confirmado pelo Banco Central na última quarta-feira (2). O que aconteceu? Segundo o BC, a C&M Software — uma empresa de tecnologia que conecta bancos menores e fintechs aos sistemas PIX — reportou um ataque às suas infraestruturas. De acordo com a companhia, criminosos usaram credenciais, como senhas, de seus clientes para tentar acessar sistemas e serviços de forma fraudulenta. Isso permitiu o acesso indevido a informações e contas de reserva das instituições financeiras. Nesta sexta-feira (4), um funcionário da C&M foi preso suspeito de ter cedido suas senhas de acesso ao sistema da empresa para os criminosos. Ele disse que recebeu R$ 15 mil do bando. Horário, foco em bitcoin, insistência: as pistas que ajudaram a revelar o ataque hacker A dimensão do ataque Também não há confirmação oficial sobre os valores envolvidos no ataque, mas fontes da TV Globo estimam que a quantia pode chegar a R$ 800 milhões. A C&M informou que seis instituições foram afetadas, mas nem todas foram nomeadas. A polícia de São Paulo, que apura o ataque, afirmou que a única cliente da C&M que registrou boletim de ocorrência foi a BMP. Ela perdeu, sozinha, R$ 541 milhões. Esse montante foi desviado das contas da BMP via PIX, em menos de 3 horas, na madrugada da última segunda-feira (30). Por volta das 4h, a empresa foi alertada e os desvios continuaram até as 7h. Nesse período, segunda a polícia, os criminosos emitiram uma ordem falsa de PIX se passando pelos bancos atendidos pela C&M e conseguiram fazer uma "sequência em massa de transferências via PIX". A polícia aponta que o valor roubado "é o maior da história do Brasil". "Tudo indica que esse foi o maior ataque do tipo já registrado no Brasil, embora ainda falte a divulgação do valor final", diz Micaella Ribeiro, especialista em identidades e acessos da IAM Brasil. Para Thiago Bordini, gerente de cibersegurança da Logical IT, também entende que as informações apontam que este é o maior ataque do tipo no país, mas ainda faltam informações mais claras por parte das empresas sobre como o incidente ocorreu. "É, de longe, o maior", afirma Hiago Kin, presidente do Instituto Brasileiro de Resposta a Incidentes Cibernéticos (IBRINC). O que se sabe sobre ataque hacker contra empresa que interliga bancos ao PIX Hiago diz que ataques desse tipo acontecem com alguma frequência, mas muitos não chegam ao conhecimento do público (entenda o motivo). Apesar de as instituições indicarem que não houve nenhum dano às contas e às informações de seus clientes, especialistas alertam que o próprio sistema financeiro sofreu impactos significativos. Além do prejuízo estimado em R$ 800 milhões, a especialista em identidades Micaella Ribeiro destaca outros três impactos: Reputacional, com a exposição das empresas que utilizam os sistemas da C&M; Sistêmico, pois acendeu um alerta para falhas na gestão de acessos privilegiados e na segurança da cadeia de suprimentos; Operacional, que evidenciou necessidade urgente de revisão dos acessos. Entenda como foi o ataque hacker que tirou milhões do sistema financeiro Kayan Albertin, Dhara Assis e Thalita Santos/g1 Esse tipo de ataque é comum no Brasil? Segundo Hiago Kin, esse tipo de crime, em grande escala, ocorre duas ou três vezes por ano no Brasil. "Geralmente, os casos são abafados pelas instituições porque elas decidem absorver os prejuízos e deter as informações em investigação", diz. Segundo ele, a repercussão foi maior agora porque mais de uma instituição foi afetada. De acordo com Kin, as instituições normalmente têm seguros cibernéticos milionários que cobrem esse tipo de dano. Micaella Ribeiro acredita que o incidente deve atrair atenção de reguladores, como o BC e o Conselho Monetário Nacional, que vêm acompanhando o risco sistêmico associado à transformação digital do setor. "A principal lição do caso é que o controle de acessos se tornou um dos maiores pontos de força — e também de vulnerabilidade — da segurança financeira", afirma a especialista. "Este tipo de ataque mostra a importância de adotar controles de segurança em profundidade, já que mesmo bancos com políticas rígidas podem ser expostos indiretamente por meio de seus fornecedores", completa Hiago Kin. Banco Central do Brasil (BC). Adriano Machado/ Reuters Brasileiro imita vídeos gerados por inteligência artificial e viraliza nas redes Windows decreta fim da temida 'tela azul'; veja como será nova versão Como criar uma senha forte, difícil de ser violada, e proteger suas contas



Governo pede abertura de investigação sobre preços de combustíveis


03/07/2025 16:39 - g1.globo.com


Para Advocacia-Geral da União, há indícios de que distribuidoras e revendedores não estão repassando redução de preços fixada por refinarias. Pedido foi enviado ao Cade e à PF. A Advocacia-Geral da União (AGU) pediu nesta quinta-feira (3) a abertura de investigação sobre preços nos combustíveis após identificar indícios de que distribuidoras e revendedores não estão repassando ao consumidor as reduções de preços definidas pelas refinarias. Segundo a AGU, a análise de informações da Secretaria Especial de Análise Governamental, da Casa Civil e a Secretaria Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis, do Ministério de Minas e Energia, aponta indícios de "práticas anticoncorrenciais" na formação dos preços da gasolina, de óleo diesel e de GLP ao longo da cadeia de abastecimento de combustíveis, principalmente na distribuição e revenda de combustíveis. O documento elaborado pela AGU a partir das informações prestadas identifica problemas na formação dos preços nos mercados de GLP, diesel e gasolina especialmente na Região Norte, relacionados à Refinaria do Amazonas, de acordo com a AGU. Além disso, a formação de preços nos mercados de distribuição de gás liquefeito de petróleo (GLP) também não estaria adequada. Posto de Fortaleza é autuado pelo Decon por fornecer quantidade de combustível menor que o indicado na bomba. MPCE/ Divulgação "Os elos de distribuição e de revenda de gasolina, óleo diesel e GLP, considerado todo o território nacional, não reajustam seus preços de forma proporcional aos reajustes realizados pelas refinarias, em detrimento dos consumidores", cita a AGU em nota. De acordo com o Ministério de Minas e Energia, "apenas na hipótese em que o reajuste da refinaria representa aumento de preços, os distribuidores e revendedores repassaram integralmente o valor reajustado e, em geral, em uma proporção maior do que o valor reajustado pela refinaria, em detrimento dos consumidores". A AGU destaca que, nos casos em que o reajuste da refinaria representou redução dos preços, os distribuidores e revenderes reduziram seus preços em "valores inferiores à redução praticada pela refinaria, dando aos distribuidores e revendedores uma 'renda adicional, absorvida em suas margens, em prejuízo aos consumidores". O pedido de apuração dos fatos foi encaminhado ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), à Polícia Federal, à Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), do Ministério da Justiça e Segurança Pública, e ainda à Procuradoria Nacional da União de Patrimônio Público e Probidade, unidade da AGU vinculada à Procuradoria-Geral da União (PGU). Postos são multados por cartel de combustíveis no DF e no entorno



Volkswagen T-Cross é o SUV mais vendido do 1º semestre de 2025; veja o ranking


03/07/2025 16:35 - g1.globo.com


Segundo os dados da Fenabrave, foram 44.529 unidades do SUV da Volks comercializadas até junho. Os utilitários são os carros mais vendidos do Brasil desde 2020, com mais da metade dos emplacamentos. Volkswagen T‑Cross Comfortline 2025 divulgação/Volkswagen O Volkswagen T-Cross figura como o SUV zero km mais vendido do Brasil durante o primeiro semestre de 2026, segundo dados da Federação Nacional Distribuição Veículos Automotores (Fenabrave) publicados nesta quinta-feira (3). O utilitário da Volkswagen marcou 44.529 emplacamentos em todo país, durante os seis primeiros meses de 2025. O vice-líder é o Honda, HR-V, acumula 32.002 unidades no período. Veja a lista de SUVs mais vendidos até junho de 2025. Volkswagen T-Cross: 44.529 unidades; Honda HR-V: 32.002 unidades; Hyundai Creta: 31.177 unidades; Toyota Corolla Cross: 30.090 unidades; Jeep Compass: 27.531 unidades; Chevrolet Tracker: 27.238 unidades; Fiat Fastback: 25.160 unidades; Nissan Kicks: 23.191 unidades; Volkswagen Nivus: 22.598 unidades; Jeep Renegade: 20.668 unidades. A partir do ranking acima, além da mudança na segunda posição entre Honda HR-V e Hyundai Creta, há também mudanças de colocação entre o Chevrolet Tracker, que passou de quinto para sexto e deixou o quinto lugar para o Jeep Compass. O Chevrolet Tracker, assim como acontece com o hatch Onix, ganhará uma nova versão reestilizada nas próximas semanas. O modelo camuflado já foi visto circulando pelas cidades brasileiras. O Fiat Fastback também foi outro SUV que conseguiu ultrapassar um de seus rivais, o Kicks, e abocanhou a sétima colocação. Fechando os 10 primeiros colocados está o Jeep Renegade, que caiu uma posição com relação a abril. Mesmo sem 30 dias de vendas, o Volkswagen Tera mostra força ao aparecer na lista dos SUVs mais vendidos, ocupando o 26º lugar do ranking, com 2.750 emplacamentos. Acima de nomes de peso como Ford Territory (29º lugar, com 2.315 unidades) e Honda ZR-V (33º lugar, com 1.230 unidades). Fiat Strada é o veículo mais vendido do Brasil no 1º semestre de 2025; LISTA Volkswagen Tera: veja os 5 pontos positivos e negativos do novo SUV da marca alemã LEIA MAIS Novo Nissan Kicks chega a partir de R$ 164.990, com novo visual e motor turbo; veja o teste Volkswagen Tera recebe cinco estrelas em teste de segurança do Latin NCAP Carro elétrico pode ser carregado no poste? Especialistas alertam para os perigos dessa prática Vendas de junho Em junho, o Volkswagen T-Cross seguiu a tendência registrada nos últimos meses e continua em primeiro lugar como o SUV mais emplacado do país. Destaque para o Volkswagen Tera, que emplacou 2.555 unidades no mês, mais que outros SUVs, como Citroën Basalt (1.565 unidades), Renault Duster (1.426 unidades) e Renault Kardian (1.240 unidades). Veja abaixo a lista de junho. Volkswagen T-Cross: 8.629 unidades; Hyundai Creta: 6.415 unidades; Honda HR-V: 6.179 unidades; Toyota Corolla Cross: 5.335 unidades; Chevrolet Tracker: 4.993 unidades; Fiat Fastback: 4.930 unidades; Volkswagen Nivus: 4.731 unidades; Jeep Compass: 4.546 unidades; Fiat Pulse: 3.823 unidades; Jeep Renegade: 3.411 unidades. Brasil emplaca quase 1,2 milhão de veículos novos Os brasileiros compraram 1.198.805 veículos novos no primeiro semestre de 2025. O número inclui automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus. O g1 contabiliza motos à parte e desconsidera implementos rodoviários. Houve uma ligeira alta de 4,82% em relação ao mesmo período de 2024, quando foram emplacados 1,1 milhão de veículos novos. O número representa um crescimento de 20,09% em relação a 2023, quando foram emplacados 998.270 veículos novos. “Mesmo com taxa alta de juros, os automóveis estão crescendo e isso também afeta, de maneira diferente, todos os setores. O mercado ainda tem demanda, mesmo com alguma pequena desaceleração”, diz Marcelo Ciardi Franciulli, diretor executivo da Fenabrave. Mesmo otimista, o executivo aponta que "os juros em 15% limitam um pouco o apetite de compra e de investimento". Veja abaixo os resultados por segmento. AUTOMÓVEIS 878.604 emplacamentos durante o primeiro semestre de 2025, aumento de 3,52% contra 2024. 159.128 emplacamentos em junho, queda de 5,02% contra maio; Comparado a junho de 2024, houve queda de 2,84% (163.786 unidades) COMERCIAIS LEVES 252.665 emplacamentos durante o primeiro semestre de 2025, aumento de 10,74% contra 2024. 43.036 emplacamentos em junho, queda de 8,08% contra maio; Comparado a junho de 2024, houve alta de 11,32% (38.658 unidades) CAMINHÕES E ÔNIBUS 67.536 emplacamentos durante o primeiro semestre de 2025, aumento de 1,16% contra 2024. 10.733 emplacamentos em junho, queda de 5,03% contra maio; Comparado a junho de 2024, houve queda de 9,14% (11.813 unidades) Juntando automóveis e comerciais leves, os principais segmentos em vendas, a alta foi de 5,05% no primeiro semestre de 2024. Projeções para 2025 A projeção da Fenabrave é de um crescimento menor para 2025, marcado em 5%. Alcançando um total de 2.765.906 veículos vendidos. Automóveis e comerciais leves: alta de 5% (de 2.484.740 para 2.608.977); Caminhões: redução de 7% (de 127.593 para 113.552); Ônibus: alta de 6% (de 27.675 para 29.336). A redução na projeção de crescimento para 2025 está relacionada a preocupações com os cenários internacional e nacional, além da queda nas vendas de caminhões. Franciulli acredita que a economia gerada pelas novas normas de controle de emissões para motores a diesel, com o Euro 6, tem retardado o processo de renovação da frota Segundo a economista Tereza Fernandez, responsável pelas projeções macroeconômicas da Fenabrave, o retorno de Donald Trump à presidência dos Estados Unidos é o principal fator de preocupação. “Até o momento seguem as incertezas de que alíquotas de Donald Trump serão aplicadas efetivamente. Ele já está atrapalhando o mercado internacional e vai provocar uma diminuição no comércio internacional”, disse Fernandez. No cenário nacional, Tereza avalia que a estabilidade nas projeções para 2025 está relacionada ao encarecimento do crédito, resultado da elevação dos juros e dos desequilíbrios nas contas públicas. "A inflação continuará pressionada, mesmo com a desaceleração observada nos últimos dois meses. Os juros estão muito altos — todos que atuam com crédito no setor percebem isso. Mas o grande problema do Brasil é o déficit fiscal", aponta a consultora. No entanto, a Federação voltou a destacar o Marco Legal de Garantias como um instrumento que ajuda a evitar que o crédito seja totalmente comprometido pela elevação dos juros.



Fiat Strada é o veículo novo mais vendido do Brasil no 1º semestre de 2025; veja a lista


03/07/2025 16:15 - g1.globo.com


Segundo dados da Fenabrave, a picape da Fiat emplacou 62.697 mil unidades no primeiro semestre de 2025 e está no primeiro lugar do pódio desde 2021. Fiat Strada divulgação/Fiat A Fiat Strada fechou o primeiro semestre de 2025 como o carro novo mais emplacado do Brasil em 2025, com o Volkswagen Polo logo atrás e reduzindo a distância entre os dois veículos a cada mês. Foram emplacadas 62.697 unidades da picape em todo o país durante os seis primeiros meses do ano. O vice-líder emplacou 57.216 unidades, reduzindo a diferença entre a dupla para 5.481 veículos a mais para a picape. Veja a lista de mais vendidos de 2025 até junho. Fiat Strada: 62.697 unidades; Volkswagen Polo: 57.216 unidades; Volkswagen T-Cross: 44.529 unidades; Fiat Argo: 44.466 unidades; Hyundai HB20: 36.873 unidades; Chevrolet Onix: 34.389 unidades; Fiat Mobi: 33.230 unidades; Honda HR-V: 32.002 unidades; Hyundai Creta: 31.177 unidades; Toyota Corolla Cross: 30.090 unidades. No geral, o Chevrolet Onix perdeu uma posição, caindo da quinta para a sexta colocação. O hatch da GM será atualizado em breve, com versões camufladas do novo veículo já em circulação. Nos SUVs, o Volkswagen Tera ainda não tem número para que apareça no top 10 dos carros mais vendidos do semestre, mas já emplacou 2.750 unidades e isso coloca o novato na 48ª posição dentro da lista dos modelos mais vendidos de 2025. LEIA MAIS Governo eleva imposto de importação para carros elétricos e híbridos CNH Social: veja 10 perguntas e respostas sobre a carteira de motorista gratuita VÍDEO: Novo Fiat Fastback 2026 continua o mesmo — para o bem e para o mal; veja o teste Vendas de junho Em maio, o Volkswagen Polo foi o líder entre os carros mais vendidos. A liderança foi do hatch continua pelo terceiro mês seguido, mas em junho a diferença entre ele e a picape Fiat Strada foi menor. O hatch emplacou 11.492 unidades. A Strada, na cola, conseguiu marcar 11.474 unidades vendidas no mês, diferença de apenas 18 emplacamentos. Veja abaixo a lista de junho. Volkswagen Polo: 11.492 unidades; Fiat Strada: 11.474 unidades; Volkswagen T-Cross: 8.629 unidades; Fiat Argo: 7.235 unidades; Hyundai HB20: 6.917 unidades; Chevrolet Onix: 6.782 unidades; Hyundai Creta: 6.415 unidades; Fiat Mobi: 6.347 unidades; Honda HR-V: 6.179 unidades; Toyota Corolla Cross: 5.335 unidades. Brasil emplaca quase 1,2 milhão de veículos novos Os brasileiros compraram 1.198.805 veículos novos no primeiro semestre de 2025. O número inclui automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus. O g1 contabiliza motos à parte e desconsidera implementos rodoviários. Houve uma ligeira alta de 4,82% em relação ao mesmo período de 2024, quando foram emplacados 1,1 milhão de veículos novos. O número representa um crescimento de 20,09% em relação a 2023, quando foram emplacados 998.270 veículos novos. “Mesmo com taxa alta de juros, os automóveis estão crescendo e isso também afeta, de maneira diferente, todos os setores. O mercado ainda tem demanda, mesmo com alguma pequena desaceleração”, diz Marcelo Ciardi Franciulli, diretor executivo da Fenabrave. Mesmo otimista, o executivo aponta que "os juros em 15% limitam um pouco o apetite de compra e de investimento". Veja abaixo os resultados por segmento. AUTOMÓVEIS 878.604 emplacamentos durante o primeiro semestre de 2025, aumento de 3,52% contra 2024. 159.128 emplacamentos em junho, queda de 5,02% contra maio; Comparado a junho de 2024, houve queda de 2,84% (163.786 unidades) COMERCIAIS LEVES 252.665 emplacamentos durante o primeiro semestre de 2025, aumento de 10,74% contra 2024. 43.036 emplacamentos em junho, queda de 8,08% contra maio; Comparado a junho de 2024, houve alta de 11,32% (38.658 unidades) CAMINHÕES E ÔNIBUS 67.536 emplacamentos durante o primeiro semestre de 2025, aumento de 1,16% contra 2024. 10.733 emplacamentos em junho, queda de 5,03% contra maio; Comparado a junho de 2024, houve queda de 9,14% (11.813 unidades) Juntando automóveis e comerciais leves, os principais segmentos em vendas, a alta foi de 5,05% no primeiro semestre de 2024. Projeções para 2025 A projeção da Fenabrave é de um crescimento menor para 2025, marcado em 5%. Alcançando um total de 2.765.906 veículos vendidos. Automóveis e comerciais leves: alta de 5% (de 2.484.740 para 2.608.977); Caminhões: redução de 7% (de 127.593 para 113.552); Ônibus: alta de 6% (de 27.675 para 29.336). A redução na projeção de crescimento para 2025 está relacionada a preocupações com os cenários internacional e nacional, além da queda nas vendas de caminhões. Franciulli acredita que a economia gerada pelas novas normas de controle de emissões para motores a diesel, com o Euro 6, tem retardado o processo de renovação da frota. Segundo a economista Tereza Fernandez, responsável pelas projeções macroeconômicas da Fenabrave, o retorno de Donald Trump à presidência dos Estados Unidos é o principal fator de preocupação. “Até o momento seguem as incertezas de que alíquotas de Donald Trump serão aplicadas efetivamente. Ele já está atrapalhando o mercado internacional e vai provocar uma diminuição no comércio internacional”, disse Fernandez. No cenário nacional, Tereza avalia que a estabilidade nas projeções para 2025 está relacionada ao encarecimento do crédito, resultado da elevação dos juros e dos desequilíbrios nas contas públicas. "A inflação continuará pressionada, mesmo com a desaceleração observada nos últimos dois meses. Os juros estão muito altos — todos que atuam com crédito no setor percebem isso. Mas o grande problema do Brasil é o déficit fiscal", aponta a consultora. No entanto, a Federação voltou a destacar o Marco Legal de Garantias como um instrumento que ajuda a evitar que o crédito seja totalmente comprometido pela elevação dos juros. Volkswagen Tera: veja os 5 pontos positivos e negativos do novo SUV da marca alemã



Nvidia alcança US$ 3,9 trilhões em valor de mercado e caminha para se tornar empresa mais valiosa na história


03/07/2025 16:04 - g1.globo.com


Empresa atingiu um valor de mercado de US$ 3,92 trilhões nesta quinta-feira. Pessoa passa por painel com logomarca da Nvidia na Computex em Taiwan em junho de 2024 Ann Wang/Reuters A Nvidia atingiu um valor de mercado de US$ 3,92 trilhões (R$ 21,4 trilhões) nesta quinta-feira (3), a caminho de se tornar a empresa mais valiosa da história. O avanço vem em meio ao maior otimismo dos investidores sobre inteligência artificial — o que também tem ajudado a impulsionar os índices de Wall Street a máximas recordes. Durante a manhã, as ações da principal projetista de chips de inteligência artificial de ponta chegaram a subir até 2,4%, para US$ 160,98 (R$ 877,53), dando à empresa uma capitalização de mercado maior do que o valor de fechamento recorde da Apple de US$ 3,915 trilhões em 26 de dezembro de 2024. Os mais novos chips da Nvidia obtiveram ganhos no treinamento dos maiores modelos de inteligência artificial, alimentando a demanda por produtos da empresa de Santa Clara, Califórnia. Com o avanço da empresa, o fundador e presidente da Nvidia, Jensen Huang, voltou à lista das 10 pessoas mais ricas do mundo, segundo a revista Forbes. Nesta quinta-feira, sua fortuna estava estimada em mais de US$ 138 bilhões (R$ 752,3 bilhões). A Microsoft é atualmente a segunda empresa mais valiosa de Wall Street, com uma capitalização de mercado de US$ 3,7 trilhões (R$ 20,2 trilhões), já que suas ações subiram 1,7%, para US$ 499,56 (R$ 2.723,20). A Apple subiu 0,8%, o que lhe deu um valor de mercado de US$ 3,19 trilhões (R$ 17,4 trilhões), em terceiro lugar. Uma corrida entre Microsoft, Amazon.com, Meta Platforms, Alphabet e Tesla para construir centros de dados de IA e dominar a tecnologia emergente alimentou uma demanda insaciável pelos processadores de ponta da Nvidia. "Quando a primeira empresa ultrapassou um trilhão de dólares, foi incrível. E agora estamos falando de quatro trilhões, o que é simplesmente incrível. Isso nos diz que há uma grande corrida com os gastos em IA e que todos estão correndo atrás disso no momento", disse Joe Saluzzi, cogerente de negociação da Themis Trading, à Reuters. O valor de mercado das ações da Nvidia, cuja tecnologia principal foi desenvolvida para alimentar videogames, aumentou quase oito vezes nos últimos quatro anos, passando de US$ 500 bilhões (R$ 2,7 trilhões) em 2021 para quase US$ 4 trilhões (R$ 21,8 trilhões) atualmente. A Nvidia agora vale mais do que o valor combinado dos mercados de ações canadense e mexicano, de acordo com dados da LSEG. A empresa de tecnologia também ultrapassa o valor total de todas as empresas de capital aberto do Reino Unido. A Nvidia foi recentemente negociada a cerca de 32 vezes o lucro esperado pelos analistas para os próximos 12 meses, abaixo de sua média de cerca de 41 vezes nos últimos cinco anos, de acordo com dados da LSEG. O lavador de pratos que criou a Nvidia, a empresa mais valiosa do mundo O que a Nvidia faz? A Nvidia fabrica chips usados para treinar modelos de inteligência artificial, como o do ChatGPT, que exigem muita capacidade computacional. Entre os clientes da empresa, estão praticamente todas as gigantes da tecnologia, como Microsoft, Google, Amazon, Meta e Spotify. Antes de dominar os chips de inteligência artificial, a empresa era completamente dedicada às placas de vídeo, que servem para melhorar a qualidade dos gráficos em jogos e vídeos. Foi nesse segmento, originalmente, que ela ganhou prestígio mundial. O diferencial da Nvidia no mercado é que a empresa trabalha e domina a produção de um tipo de processador chamado GPU (Graphics Processing Unit, ou Unidade de Processamento Gráfico), que é o processador mais utilizado para o treinamento de inteligência artificial. O boom da IA generativa iniciado com o lançamento do ChatGPT, por sua vez, impulsionou empresas a desenvolverem suas próprias inteligências artificiais, o que resultou no crescimento acelerado da Nvidia. Lucro bilionário A Nvidia registrou um lucro líquido de US$ 18,8 bilhões (R$ 107 bilhões) no primeiro trimestre de seu exercício fiscal, uma alta de 26% na comparação anual, informou a empresa na última semana. O lucro por ação ajustado foi de US$ 0,96 (R$ 5,5), acima dos US$ 0,89 previstos pelo consenso da FactSet, empresa americana de dados financeiros. A Nvidia também apresentou receita de US$ 44,1 bilhões (R$ 251 bilhões) no trimestre encerrado em abril, um aumento de 69% em um ano. Já a receita de centros de dados, principal atividade da companhia, ficou levemente abaixo das projeções dos analistas. Os resultados vieram apesar do impacto das restrições americanas – posteriormente suspensas pelo governo de Donald Trump – à exportação de chips para a China. A medida causou à Nvidia um encargo excepcional de US$ 4,5 bilhões (R$ 26 bilhões), abaixo dos US$ 5,5 bilhões esperados. A empresa também superou as expectativas para vendas em seu primeiro trimestre fiscal. Por outro lado, projetou receita inferior ao esperado para o segundo trimestre, ao prever um impacto de US$ 8 bilhões nas vendas devido às restrições dos EUA sobre exportações de chips para a China. * Com informações da agência de notícias Reuters.



Ataque hacker ao sistema financeiro: o que se sabe sobre o golpe e quais os próximos passos


03/07/2025 16:00 - g1.globo.com


BC ainda não informou o nome das instituições afetadas. Não há confirmação oficial sobre os valores envolvidos, mas fontes da TV Globo estimam que a quantia pode chegar a R$ 800 milhões. O que se sabe sobre ataque hacker contra empresa que interliga bancos ao PIX Um ataque cibernético que afetou pelo menos seis instituições financeiras causou alvoroço no mercado financeiro na última quarta-feira (2). Segundo o Banco Central do Brasil (BC), a C&M Software (CMSW) — uma empresa de tecnologia que conecta bancos menores aos sistemas PIX do BC — reportou um ataque às suas infraestruturas. Ataque hacker é um dos mais graves já registrados no Brasil De acordo com a companhia, criminosos usaram credenciais, como senhas, de seus clientes para tentar acessar seus sistemas e serviços de forma fraudulenta. Isso permitiu o acesso indevido a informações e contas de reserva de pelo menos seis instituições financeiras. O BC ainda não informou o nome de todas as instituições afetadas. Também não há confirmação oficial sobre os valores envolvidos no ataque, mas fontes da TV Globo estimam que a quantia pode chegar a R$ 800 milhões. Entenda nesta reportagem o que se sabe e o que ainda falta saber sobre o ataque hacker. O que faz a C&M Software? O que aconteceu? Quem foi afetado? Como esse ataque aconteceu? Como os criminosos atuam? Qual foi o impacto do ataque? Esse tipo de ataque é comum no Brasil? O que deve acontecer agora? O que faz a C&M Software? A C&M Software é uma empresa brasileira de tecnologia da informação (TI) voltada para o mercado financeiro. Entre os serviços prestados pela companhia, está o de conectividade com o Banco Central e de integração com o Sistema de Pagamentos Brasileiro (SBP). Na prática, isso significa que a empresa funciona como uma ponte para que instituições financeiras menores possam se conectar aos sistemas do BC e fazer operações — como o PIX, por exemplo. A empresa tem atuação nacional e internacional e foi homologada pelo BC para essa função desde 2001. Atualmente, outras oito empresas também são homologadas no país. Volte ao índice. O que aconteceu? A C&M Software reportou para o Banco Central um ataque às suas infraestruturas digitais. O incidente permitiu o acesso indevido a contas de reserva de pelo menos seis instituições financeiras que estavam conectadas à companhia. 🔎 As contas de reservas são contas que os bancos e instituições financeiras mantêm no BC. Essas contas funcionam como uma conta corrente, e são utilizadas para processar as movimentações financeiras das instituições. Essas contas ainda servem como uma reserva de recursos que os bancos precisam manter no BC para garantir que cumpram com suas obrigações financeiras. Também funcionam para que as empresas possam participar de operações com o próprio BC — como empréstimos de liquidez, aplicações em títulos públicos e depósitos compulsórios (valores obrigatórios mantidos pelos bancos no BC). Ainda não há confirmação oficial sobre os valores envolvidos no ataque, mas fontes da TV Globo estimam que a quantia pode chegar a R$ 800 milhões. Volte ao índice. Quem foi afetado? O BC ainda não informou o nome de todas as instituições afetadas. Uma das que se sabe é a BMP, empresa que fornece infraestrutura para plataformas bancárias digitais e é cliente da C&M Software. A BMP foi quem divulgou nota sobre o incidente. “O incidente de cibersegurança comprometeu a infraestrutura da C&M e permitiu acesso indevido a contas reserva de seis instituições financeiras, entre elas a BMP”, diz a nota da empresa. O jornal “Valor Econômico” indicou que a Credsystem e o Banco Paulista também estavam entre as instituições afetadas. Volte ao índice. Como esse ataque aconteceu? A C&M Software (CMSW) informou que os criminosos usaram credenciais de clientes de forma indevida para acessar seus sistemas e serviços de forma fraudulenta. Com isso, tiveram acesso às contas de reservas das instituições financeiras e, possivelmente, a outras informações. Esse ataque é conhecido pelo mercado como “cadeia de suprimentos” (“supply chain attack”, em inglês). Nele, invasores acessam sistemas de terceiros usando credenciais (como senhas) privilegiadas para realizar operações financeiras. “Os criminosos exploraram a confiança estabelecida entre os bancos e seus prestadores para se infiltrar indiretamente no ecossistema financeiro”, explica Hiago Kin, presidente do Instituto Brasileiro de Resposta a Incidentes Cibernéticos (IBRINC). Segundo Micaella Ribeiro, especialista em identidades e acessos da IAM Brasil, o ataque aconteceu em múltiplas fases. ➡️ FASE 1: Comprometimento do Acesso Segundo Ribeiro, o comprometimento do acesso da CMSW provavelmente aconteceu via engenharia social com funcionários ou suporte técnico, em que foi induzida a instalação de softwares de acesso remoto ou entrega de credenciais. 🔎 Engenharia social é quando criminosos usam influência ou persuasão para manipular as vítimas a revelarem senhas ou instalarem aplicativos maliciosos. ➡️ FASE 2: Persistência e Reconhecimento Interno A especialista explica que os atacantes exploraram o ambiente comprometido, coletando usuários, senhas, estruturas de sistemas e testando acessos com comandos automatizados, mas ainda sem gerar alarmes. ➡️ FASE 3: Exploração de Sistemas de Produção Com os acessos certos, os criminosos teriam obtido a entrada administrativa em sistemas financeiros sensíveis, com destaque para contas de liquidação, contas reservas ou ambientes com permissões de movimentação. ➡️ FASE 4: Execução e Monetização Rápida As transações foram feitas de forma rápida e fora do horário comercial. Além disso, diz a especialista, os valores muito provavelmente foram convertidos em criptoativo (ativos digitais criptografados) e redistribuídos. “Essa movimentação foi feita por múltiplos agentes, indicando um ecossistema criminoso estruturado”, afirma Micaella Ribeiro. Volte ao índice. Como os criminosos atuam? Banco Central do Brasil (BC). Adriano Machado/ Reuters Em vez de atacar diretamente cada instituição financeira, os criminosos concentram esforços em vulnerabilidades ou falhas de segurança na infraestrutura da prestadora de serviços. Também é possível que tenham explorado falhas de segurança já conhecidas, mas ainda não corrigidas (as chamadas “vulnerabilidades não patchadas” ou zero-day), ou até mesmo conseguido acesso por métodos físicos ou por meio da chamada engenharia social, quando alguém é manipulado para entregar informações confidenciais. A obtenção dessas credenciais pode ter ocorrido por meio de “spear-phishing”, um tipo de golpe em que os criminosos enviam e-mails ou mensagens falsas, mas personalizadas, para enganar funcionários da prestadora de serviços, explica Hiago Kin. Volte ao índice. Qual foi o impacto do ataque? Apesar de as instituições indicarem que não houve nenhum dano às contas e informações de seus clientes, especialistas alertam para os impactos significativos no próprio sistema financeiro. Além da perda financeira estimada em R$ 800 milhões, a especialista em identidades Micaella Ribeiro também destaca três tipos de impacto: Reputacional, com a exposição das empresas que utilizam os sistemas da C&M Software (CMSW); Sistêmico, que acendeu um alerta para falhas na gestão de acessos privilegiados e na segurança da cadeia de suprimentos; Operacional, que evidenciou a “necessidade urgente” de revisão dos acessos. Volte ao índice. Esse tipo de ataque é comum no Brasil? Segundo Hiago Kin, esse tipo de crime, em grande escala, costuma ocorrer duas ou três vezes por ano. “Geralmente, os casos são abafados pelas instituições porque elas decidem absorver os prejuízos e deter as informações em investigação”, diz. Segundo ele, desta vez, a repercussão foi maior porque mais de uma instituição foi afetada. “Geralmente essas instituições têm seguros cibernéticos milionários que cobrem isso”, completa. Volte ao índice. O que deve acontecer agora? Após o incidente, ainda na quarta-feira, o BC afirmou que determinou o desligamento do acesso das instituições financeiras afetadas às infraestruturas operadas pela CMSW (C&M Software). Essa suspensão cautelar imposta pelo BC à empresa foi substituída por uma suspensão parcial nesta quinta-feira (3). “A decisão foi tomada após a empresa adotar medidas para mitigar a possibilidade de ocorrência de novos incidentes”, afirmou o BC. Após a divulgação do ataque, a Polícia Federal abriu um inquérito para apurar o ocorrido. A informação foi confirmada à GloboNews na quarta-feira, pelo diretor-geral da organização, Andrei Rodrigues. Procurada, a PF informou apenas que “não se manifesta sobre investigações em andamento”. A Polícia Civil de São Paulo também iniciou uma investigação por meio da 2ª Delegacia da Divisão de Crimes Cibernéticos, do Departamento Estadual de Investigações Criminais (DEIC). “A investigação está em curso e visa identificar os responsáveis pelo crime, bem como rastrear os valores subtraídos”, informou a Polícia Civil. “Diligências técnicas e operacionais estão em andamento e, devido à complexidade e à natureza do caso, mais detalhes não poderão ser divulgados neste momento. A Polícia Civil de São Paulo reforça seu compromisso com o combate aos crimes cibernéticos e atua para garantir a segurança das operações digitais no estado”. Micaella Ribeiro, da IAM Brasil, acredita que o incidente também deverá atrair atenção de reguladores, como o BC e o Conselho Monetário Nacional, que vêm acompanhando o risco sistêmico associado à transformação digital do setor. Entenda o ataque hacker que afetou instituições financeiras Arte g1 Volte ao índice. LEIA TAMBÉM: 'Já estamos tomando o trabalho da IA', ironiza brasileiro que imita vídeos doidos gerados por inteligência artificial Microsoft diz que criou IA quatro vezes melhor que médicos para descobrir casos complexos China faz primeiro campeonato de futebol de três contra três entre robôs humanoides; veja VÍDEO Conta de luz mais cara em julho Brasileiro imita vídeos gerados por inteligência artificial e viraliza nas redes



Lula e Milei participam da Cúpula do Mercosul em Buenos Aires


03/07/2025 14:52 - g1.globo.com

Ao final do encontro, Lula recebe de Milei o comando do bloco. Prioridade do Brasil será assinar acordo comercial com a União Europeia. Lula e Milei participam da Cúpula do Mercosul em Buenos Aires Ao final do encontro, Lula recebe de Milei o comando do bloco. Prioridade do Brasil será assinar acordo comercial com a União Europeia. A Cúpula do Mercosul acontece nesta quinta-feira (3) em Buenos Aires e marca a transição da presidência rotativa do bloco.. A Argentina entrega o comando ao Brasil. No formato do grupo, cada país lidera o Mercosul por seis meses.. Ontem, o governo brasileiro anunciou um acordo entre o Mercosul e os países europeus Islândia, Liechtenstein, Noruega e Suíça (que não integram a União Europeia).. Lula deve se encontrar com a ex-presidente da Argentina Cristina Kirchner, que cumpre prisão domiciliar após condenação por corrupção.. Não há previsão de encontro entre o presidente brasileiro e Javier Milei, atual presidente da Argentina.



Brasil emplaca quase 1,2 milhão de veículos novos no 1º semestre de 2025


03/07/2025 14:09 - g1.globo.com


Vendas de zero km tiveram alta de 4,8% no período. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (3) pela Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave). Carros no pátio da montadora em São José dos Campos, no interior de São Paulo Paulo Whitaker/Reuters Os brasileiros compraram 1.198.805 veículos novos no primeiro semestre de 2025. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (3) pela Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave). O número inclui automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus. O g1 contabiliza motos à parte e desconsidera implementos rodoviários. Houve uma ligeira alta de 4,82% em relação ao mesmo período de 2024, quando foram emplacados 1,1 milhão de veículos novos. O número representa um crescimento de 20,09% em relação a 2023, quando foram emplacados 998.270 veículos novos. “Mesmo com taxa alta de juros, os automóveis estão crescendo e isso também afeta, de maneira diferente, todos os setores. O mercado ainda tem demanda, mesmo com alguma pequena desaceleração”, diz Marcelo Ciardi Franciulli, diretor executivo da Fenabrave. Mesmo otimista, o executivo aponta que "os juros em 15% limitam um pouco o apetite de compra e de investimento". Veja abaixo os resultados por segmento. AUTOMÓVEIS 878.604 emplacamentos durante o primeiro semestre de 2025, aumento de 3,52% contra 2024. 159.128 emplacamentos em junho, queda de 5,02% contra maio; Comparado a junho de 2024, houve queda de 2,84% (163.786 unidades) COMERCIAIS LEVES 252.665 emplacamentos durante o primeiro semestre de 2025, aumento de 10,74% contra 2024. 43.036 emplacamentos em junho, queda de 8,08% contra maio; Comparado a junho de 2024, houve alta de 11,32% (38.658 unidades) CAMINHÕES E ÔNIBUS 67.536 emplacamentos durante o primeiro semestre de 2025, aumento de 1,16% contra 2024. 10.733 emplacamentos em junho, queda de 5,03% contra maio; Comparado a junho de 2024, houve queda de 9,14% (11.813 unidades) Juntando automóveis e comerciais leves, os principais segmentos em vendas, a alta foi de 5,05% no primeiro semestre de 2024. LEIA MAIS Fiat Strada é o veículo mais vendido do Brasil no 1º semestre; lista Volkswagen T-Cross é o SUV mais vendido de 2025; veja o ranking Projeções para 2025 A projeção da Fenabrave é de um crescimento menor para 2025, marcado em 5%. Alcançando um total de 2.765.906 veículos vendidos. Automóveis e comerciais leves: alta de 5% (de 2.484.740 para 2.608.977); Caminhões: redução de 7% (de 127.593 para 113.552); Ônibus: alta de 6% (de 27.675 para 29.336). A redução na projeção de crescimento para 2025 está relacionada a preocupações com os cenários internacional e nacional, além da queda nas vendas de caminhões. Franciulli acredita que a economia gerada pelas novas normas de controle de emissões para motores a diesel, com o Euro 6, tem retardado o processo de renovação da frota. Segundo a economista Tereza Fernandez, responsável pelas projeções macroeconômicas da Fenabrave, o retorno de Donald Trump à presidência dos Estados Unidos é o principal fator de preocupação. “Até o momento seguem as incertezas de que alíquotas de Donald Trump serão aplicadas efetivamente. Ele já está atrapalhando o mercado internacional e vai provocar uma diminuição no comércio internacional”, disse Fernandez. No cenário nacional, Tereza avalia que a estabilidade nas projeções para 2025 está relacionada ao encarecimento do crédito, resultado da elevação dos juros e dos desequilíbrios nas contas públicas. "A inflação continuará pressionada, mesmo com a desaceleração observada nos últimos dois meses. Os juros estão muito altos — todos que atuam com crédito no setor percebem isso. Mas o grande problema do Brasil é o déficit fiscal", aponta a consultora. No entanto, a Federação voltou a destacar o Marco Legal de Garantias como um instrumento que ajuda a evitar que o crédito seja totalmente comprometido pela elevação dos juros. Novo Nissan Kicks: saiba o que há de bom e ruim no lançamento



Americanos se preparam para cortes de programas sociais sob Trump: 'Nossa comida não dura um mês'


03/07/2025 13:41 - g1.globo.com


Cerca de 42 milhões de americanos contam com programa de subsídios do governo federal para comprar alimentos - uma das iniciativas que podem ser afetadas caso megapacote de redução de impostos, apelidado de "one big beautiful bill", passe no Congresso. Beneficiários do SNAP acompanham de perto a votação do pacote de corte de impostos no Congresso BBC Elizabeth Butler vai de um supermercado a outro na sua cidade natal de Martinsburg, no Estado americano da Virgínia Ocidental, à procura do melhor preço de cada item da sua lista de compras. Butler faz parte dos 42 milhões de norte-americanos que pagam pelos produtos com subsídios federais para a compra de alimentos. Mas o dinheiro não cobre todos os mantimentos necessários para manter sua família de três pessoas. "Nossa comida não chega a durar um mês", ela conta. Mas mesmo esse recurso pode acabar em breve. O Programa Suplementar de Assistência à Nutrição (SNAP, na sigla em inglês), no qual Butler está inscrita, é um dos programas sociais que entraram na mira do megapacote de corte de impostos do governo do presidente Donald Trump, apelidada de "big, beautiful bill" (grande e belo projeto de lei, em tradução literal). O texto prevê critérios de acesso mais rígidos ao programa, mudança que excluiria três milhões de seus atuais beneficiários, segundo estimativa do Escritório de Orçamento do Congresso dos EUA. O Senado votou e aprovou sua versão do projeto de lei nesta terça-feira (1/7). Ele retornou à Câmara e, caso passe na Casa, será encaminhada para sanção presidencial. Trump vem pressionando o Legislativo para que aprove o pacote até sexta-feira – 4 de julho, o dia da independência americana. LEIA TAMBÉM: Senado dos EUA aprova projeto de Trump que reduz impostos, aumenta verba contra imigrantes e corta programas sociais Corte de impostos, verba menor para saúde e gasto maior contra imigrante: o que está no novo pacote de Trump aprovado no Senado A política por trás dos cortes no SNAP Similar ao Bolsa Família oferecido no Brasil, o SNAP é um programa de subsídios que provê recursos às pessoas de baixa renda, incluindo americanos idosos, famílias com filhos e pessoas com deficiência, para compra de mantimentos todos os meses. A Virgínia Ocidental é um dos Estados americanos com maior índice de pobreza do país – e 16% da sua população depende do benefício do governo federal. O Estado é um fiel reduto republicano, que votou massivamente em Trump nas eleições de novembro passado. O então candidato prometeu reduzir o custo de vida para os cidadãos americanos, incluindo o preço dos mantimentos. "Quando eu vencer, começarei imediatamente a baixar os preços, a partir do primeiro dia", declarou Trump em entrevista coletiva em agosto de 2024, rodeado de embalagens de alimentos, leite, carnes e ovos. Durante a campanha eleitoral do ano passado, Trump prometeu baixar preços de alimentos se fosse novamente eleito Getty Images via BBC Meses depois da promessa, os preços de mantimentos comuns, como suco de laranja, ovos e bacon, estão mais altos do que na mesma época do ano passado. Este fato não passou despercebido por Elizabeth Butler. "O presidente ainda não alterou os preços dos alimentos, e ele prometeu às pessoas que faria isso", relembra ela. Trump defende que o corte de gastos previsto no projeto de lei de mil páginas ajudará a reduzir os preços dos alimentos, mas não explica sobre como isso funcionaria. "O corte dará a todos muito mais comida, pois os preços irão despencar, os mantimentos irão cair", afirmou o presidente, questionado especificamente sobre os cortes ao programa SNAP. "O Projeto de Lei único, grande e belo, em última análise, irá fortalecer o SNAP com medidas de compartilhamento de custos e exigências de trabalho baseadas no bom senso", declarou uma autoridade da Casa Branca à BBC. Os republicanos se dividem há muito tempo sobre como financiar programas sociais como o SNAP e o Medicaid, voltado para saúde. Muitos acham que o governo deve priorizar o equilíbrio do orçamento, enquanto outros – especialmente os de regiões mais pobres – apoiam programas que ajudem diretamente seus eleitores. Da forma em que foi redigido o projeto de lei, os senadores republicanos propõem cortes de US$ 211 bilhões (cerca de R$ 1,15 trilhão) em Estados que são parcialmente responsáveis por compor a diferença. Teoricamente, a aprovação do projeto de lei deveria ser politicamente fácil, já que os republicanos controlam as duas câmaras do Congresso e a Casa Branca. Mas, como o projeto inclui cortes em programas como o SNAP e o Medicaid, que são populares junto aos americanos comuns, vender o texto para todas as facções do Partido Republicano não tem sido tarefa simples. 'Se não tomarmos cuidado, as pessoas vão sair prejudicadas' Surgiram nas últimas semanas relatos de frustração e dissidência sobre os possíveis cortes ao Medicaid e ao SNAP. Eles demonstram a luta interna que ocorre dentro do partido. O senador Jim Justice, da Virgínia Ocidental, declarou em junho ao site Político ter alertado colegas republicanos que o corte do SNAP poderá custar ao partido sua maioria no Congresso, quando os eleitores voltarem às urnas em 2026. "Se não tomarmos cuidado, as pessoas serão prejudicadas, as pessoas ficarão irritadas", segundo Justice. "Será a principal manchete dos noticiários noturnos em toda parte. E poderemos muito bem acordar com uma situação neste país em que a maioria rapidamente se torna minoria." Uma pesquisa recente da agência de notícias Associated Press e do Centro NORC de Pesquisas sobre Assuntos Públicos concluiu que 45% dos americanos acreditam que programas de assistência alimentar como o SNAP recebem pouco financiamento e apenas 30% acham que os níveis de financiamento são adequados. Cerca de 25% dos participantes responderam que, para eles, os programas recebem dinheiro demais. Não é a primeira vez que o Partido Republicano debate cortes do SNAP, segundo a professora Tracy Roof, da Universidade de Richmond, nos Estados Unidos. Ela está escrevendo um livro sobre a história política do programa. No governo Joe Biden (2021-2025), o Congresso americano permitiu o encerramento dos benefícios que haviam sido ampliados durante a pandemia de covid-19, mesmo com os alertas de republicanos e democratas de que a medida poderia levar cidadãos americanos a passar fome. "Um ponto sobre [o SNAP] é o seu apoio bipartidário, mais do que qualquer outro programa de combate à pobreza", destacou Roof à BBC. Mas, desta vez, tudo parece diferente, segundo ela. O senador Jim Justice, do Estado americano da Virgínia Ocidental, alertou seus colegas republicanos que os cortes ao programa SNAP podem custar a maioria do seu partido no Congresso Getty Images via BBC "Uma questão que meio que diferencia este período das tentativas anteriores de cortar programas de assistência social é a disposição dos congressistas republicanos de votar em coisas que aparentemente preocupam muitos deles longe das câmeras", segundo ela. "Antes, sempre havia republicanos moderados nas duas Casas, particularmente no Senado, que promoviam concessões." Roof atribui a submissão atual a dois motivos: medo de ficar contra Trump e falta de preocupação com a reação do público aos legisladores, que podem ser facilmente reeleitos às suas cadeiras no Congresso. A BBC questionou o deputado Riley Moore, representante de Martinsburg, na Virgínia Ocidental, sobre os impactos dos cortes sobre os seus eleitores, mas não houve resposta até a publicação desta reportagem. Moore votou a favor do projeto inicial da Câmara dos Representantes, que incluía os cortes do programa SNAP. O senador Josh Hawley, do Estado do Missouri, foi um dos mais vigorosos críticos dos cortes. Mas, desde então, ele suavizou sua posição. Hawley declarou ao portal jornalístico NOTUS que "sempre apoiou" a maior parte dos cortes do Medicaid e que "aceitaria" a maior parte do projeto de lei. 'A única coisa que mantém vivos a mim e à minha família' Jordan é pai de dois filhos e sobrevive há três anos graças aos benefícios do programa SNAP. Ele pediu à reportagem que seu sobrenome não fosse divulgado. Ele e a esposa recebem mensalmente cerca de US$ 700 (cerca de R$ 3,8 mil) para alimentar sua família de quatro pessoas. Mas, ainda assim, enfrentam dificuldades. O jovem de 26 anos de idade afirma que sua esposa tem lutado para conseguir trabalho e cuidar dos dois filhos ao mesmo tempo. Por isso, se as mudanças do SNAP atingirem sua família, ele conta que está pronto para entrar em ação e conseguir um segundo emprego. Jordan é beneficiário do programa de apoio alimentar americano SNAP BBC "Vou certamente fazer tudo o que puder para alimentar minha família", afirma ele. Jordan e outros cidadãos da Virgínia Ocidental estão acompanhando qual será o desfecho do projeto de lei no Congresso. Cameron Whetzel tem 25 anos. Ele cresceu em uma família que dependia do SNAP. Mas, quando ele e sua esposa tentaram entrar no programa, ele foi informado que, por ganhar US$ 15 (R$ 81,50) por hora, ele estaria acima do limite para receber o benefício. "Não importa o fato de que preciso dobrar meu salário para conseguir comprar mantimentos", afirma Whetzel. "Não compramos ovos há quatro meses, simplesmente porque eles estão caros demais." Ele diz que está frustrado porque as autoridades em Washington não compreendem os impactos dos cortes que estão apoiando no Congresso. "Fazer um corte federal que recai sobre um Estado que já está em dificuldades parece meio que chutar um cavalo que está caído", explica Whetzel. "Quer você acredite em um governo pequeno ou grande, o governo precisa cuidar das pessoas, de alguma forma." Com colaboração de Meiying Wu e Bernd Debusmann Jr. Câmara dos EUA vota resolução para encaminhar 'pacotaço' de Donald Trump Entenda as críticas ao 'pacotaço' fiscal de Donald Trump



Energia cara ajuda a explicar inflação acima da meta nos últimos 25 anos, diz associação


03/07/2025 13:16 - g1.globo.com


Estudo feito a pedido da Abrace Energia foi divulgado nesta quinta. Segundo o levantamento, custo da energia elétrica explica até 90% do aumento de preços de produtos essenciais. O custo da energia elétrica explica até 90% do aumento de preços em produtos essenciais e pressionou a inflação de forma estrutural nos últimos 25 anos. Isso é o que diz um estudo divulgado nesta quinta-feira (3) pela Ex Ante Consultoria Econômica, a pedido da Abrace Energia. 🥖Segundo o estudo, o pão francês, por exemplo, subiu 509% de 2000 a 2024 — sendo 85% do aumento explicado pela energia. 🥛🧀O mesmo ocorre com o leite longa vida (86%) e o queijo (92%). Entre os materiais de construção, o cimento teve 218% de alta ligada diretamente ao custo energético. Estudo divulgado pela Abrace Energia mostra o impacto do aumento da energia elétrica nos preços de produtos e serviços Reprodução 🔌Segundo o presidente da Abrace Energia, Paulo Pedrosa, a "pressão silenciosa da energia nos preços tem sido um dos principais obstáculos à estabilidade econômica do país". Entre 2000 e 2024, enquanto o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acumulado foi de 326%, o custo unitário da energia elétrica cresceu 1.299% e o do gás natural 2.251% — ou seja, quase quatro e cerca de sete vezes mais que a inflação oficial respectivamente, diz o estudo. O estudo destaca que, ao se elevar a tarifa de energia elétrica cobrada das empresas, o reflexo recai diretamente nos custos de produção da indústria, do comércio e dos serviços. "O repasse dessa elevação de custos para os preços acaba onerando as despesas das famílias. O carro, a casa, o sabão e a carne mais caros provocam a redução do consumo e a perda de bem-estar", afirma o documento da Abrace. "O mesmo ocorre com os aumentos do gás natural que são repassados aos preços das mercadorias", complementa o estudo. Entre 2000 e 2024, os preços industriais cresceram em média 8,4% ao ano ante uma inflação de 6,2% ano. O encarecimento dos bens industriais produzidos no país se deve ao aumento dos custos unitários com energia elétrica e gás natural, observa a pesquisa. Julho terá bandeira tarifária vermelha nas contas de energia no país Ainda de acordo com o estudo, além da pressão direta sobre os custos de produção dos bens intensivos em energia, o aumento de energia utilizada na produção também afeta o custo de produção das empresas de maneira indireta. 💸Isso aumenta os preços dos insumos empregados nos processos produtivos. "Isso ocorre porque as empresas também empregam energia de forma direta e indireta, criando reações em cadeia dos choques dos custos com energia. Por exemplo, o aumento de tarifa da energia elétrica eleva a conta de luz de uma cervejaria ao mesmo tempo em que encarece o preço das embalagens utilizados na fabricação", afirma o levantamento da entidade. MP do setor elétrico Para Abrace, a medida provisória do setor elétrico tem pontos positivos, provoca discussões importantes que o setor precisa enfrentar, como a melhora na gestão de contratos do mercado livre. Mas, por outro lado, acende um alerta para o repasse que os custos da isenção ou desconto na energia elétrica para as pessoas de baixa renda pode acarretar para a indústria. "O estudo mostra que, apesar de parecer justo e tentador diminuir a conta ou zerar a conta do consumidor pobre deslocando o custo para a indústria, isso não resolve o problema porque a conta de luz vai cair, mas o preço do pão vai subir", diz Paulo Pedrosa. "Então você vai tirar com uma mão e tirar com a outra, não vai funcionar e tem um efeito na inflação, no emprego, que é ruim. Não é um contra o outro, mas para ser bom para o país tem que ser bom para os dois", acrescenta o presidente da Abrace. Em sua avaliação, o mais correto seria que os custos da isenção da conta de energia elétrica para os mais pobres fosse tratado via orçamento da União ou imposto, como PIS e Cofins que, neste caso, seria possível compensar. Segundo ele, quando os custos da Conta do Desenvolvimento Enérgico vão diretamente para a indústria, não é possível compensar e, por consequência, os custos voltam para os consumidores.



Ibovespa bate 140 mil pontos e renova recorde; dólar tem menor valor em mais de 1 ano


03/07/2025 12:00 - g1.globo.com


A bolsa avançou 1,35% nesta quinta-feira, aos 140.928 pontos. A moeda americana recuou 0,29%, cotada a R$ 5,4049. EUA: Senado vota proposta de orçamento do governo Trump O Ibovespa avançou 1,35% nesta quinta-feira (3) e encerrou o dia aos 140.928 pontos, atingindo um novo recorde. Até então, o maior nível havia sido registrado em 20 de maio, quando bateu 140.110 pontos. O resultado foi impulsionado pela alta das ações dos bancos e pela maior disposição dos investidores para correr riscos. O índice brasileiro acompanhou as bolsas americanas, que também renovaram as máximas após dados indicarem um mercado de trabalho ainda aquecido nos EUA. O Ibovespa passou a maior parte da sessão desta quinta acima dos 141 mil pontos — marca inédita. Na reta final do pregão, porém, perdeu fôlego. O dólar apresentou volatilidade ao longo do dia, mas fechou em queda de 0,29%, cotado a R$ 5,4049 — menor nível desde 11 junho de 2024 (R$ 5,3605). O fluxo de investimentos na bolsa e em títulos brasileiros beneficiou o real em relação à moeda norte-americana. ▶️ O mercado está de olho nos possíveis efeitos do megapacote de cortes de impostos do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. O texto, aprovado hoje pelo Congresso após intensa articulação política, prevê uma ampla redução de tributos e aumento nos gastos públicos. A estimativa é que o pacote aumente a dívida pública dos EUA em US$ 3,3 trilhões na próxima década, o que agrava a situação fiscal e eleva a desconfiança sobre a economia americana. ▶️ Outro ponto de atenção é o fim do prazo de suspensão do tarifaço. Os EUA tentam negociar com parceiros comerciais, mas só três acordos foram fechados até agora — o mais recente, com o Vietnã, foi anunciado na quarta-feira. A possível volta das tarifas preocupa o mercado. A avaliação é que elas podem elevar os preços ao consumidor e os custos de produção, o que tende a aumentar a inflação e forçar o Fed (o banco central dos EUA) a manter os juros altos por mais tempo. ▶️ Em meio às preocupações com a inflação e os juros norte-americanos, investidores avaliam novos dados da economia americana. O destaque é o payroll, relatório sobre o mercado de trabalho dos EUA que funciona como um termômetro da atividade econômica. (saiba mais abaixo) ▶️ No Brasil, segue em destaque a derrubada do projeto que previa aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). O presidente Lula defendeu a judicialização da medida e negou atrito com o Congresso. (leia mais abaixo) A equipe econômica ainda insiste na necessidade da taxação ao IOF para fechar as contas de 2025. Como mostrou o g1, a queda na arrecadação e a resistência do Congresso podem levar a novos cortes no Orçamento. Veja abaixo como esses fatores impactam o mercado. 💲Dólar a Acumulado da semana: -1,43%; Acumulado do mês: -0,53%; Acumulado do ano: -12,54%. 📈Ibovespa Acumulado da semana: -0,58%; Acumulado da semana: +2,97%; Acumulado do mês: +1,49%; Acumulado do ano: +17,16%. O 'grande e belo' pacote orçamentário de Trump Com a aprovação pelo Congresso na tarde desta quinta-feira, o mercado passa a analisar os possíveis impactos do megapacote orçamentário de Trump. O projeto, que agora deverá ser sancionado pelo republicano, reduz impostos, aumenta a verba contra imigrantes e corta programas sociais. Intitulado de One Big Beautiful Bill ("Um grande e belo projeto”, em tradução livre), o texto prevê, entre outros pontos: aumento de recursos destinados ao controle da imigração; ampliação dos gastos com as Forças Armadas; cortes em programas sociais — especialmente na área da saúde; criação de novas isenções fiscais para gorjetas e horas extras; revogação de incentivos à energia limpa implementados pelo democrata Joe Biden. A proposta prorroga os cortes de impostos implementados em 2017, durante o primeiro mandato de Trump. Em contrapartida, reduz os recursos destinados a programas como o Medicaid — que garante acesso à saúde para famílias de baixa renda. Além disso, o projeto pode aumentar significativamente a dívida pública dos EUA. O Escritório de Orçamento do Congresso dos Estados Unidos (CBO, na sigla em inglês) estima que o pacote orçamentário adicionará cerca de US$ 3,3 trilhões (aproximadamente R$ 18 trilhões) à dívida pública do país. A expectativa é que Donald Trump sancione a lei até esta sexta-feira (4), feriado da Independência nos EUA. LEIA MAIS AQUI. Tarifaço: contagem regressiva para o fim da trégua O tarifaço de Trump voltou a ganhar destaque após a estabilização da situação no Oriente Médio. A suspensão de 90 dias das tarifas impostas pelo republicano está prestes a expirar, e o baixo número de acordos firmados até o momento continua gerando preocupação. Trump e o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, afirmaram na última terça-feira que o prazo não será estendido e as tarifas poderão ser restabelecidas após 9 de julho. Na segunda-feira, o Canadá cancelou o imposto sobre serviços digitais direcionado a empresas de tecnologia dos EUA, poucas horas antes de sua entrada em vigor. A decisão foi interpretada como uma tentativa de destravar as negociações comerciais, que haviam sido interrompidas por Trump. Além disso, a União Europeia busca um alívio imediato nas tarifas comerciais para setores estratégicos do bloco como condição para qualquer acordo com os EUA, segundo diplomatas ouvidos pela Reuters. 🔎 O mercado avalia que o aumento das tarifas sobre importações pode elevar os preços ao consumidor e os custos de produção, pressionando a inflação e reduzindo o consumo. Esse cenário pode levar à desaceleração da economia dos EUA e até a uma recessão global. Diante das preocupações com as contas públicas e pelo tarifaço, a política de juros do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) também fica no radar. Nesta semana, o presidente da instituição, Jerome Powell, voltou a afirmar que a instituição pretende “esperar e obter mais informações” sobre os impactos das tarifas na inflação antes de reduzir as taxas de juros, ignorando mais uma vez as pressões de Trump por cortes imediatos. Dados da economia americana Diante das preocupações com a inflação e as taxas de juros nos EUA, os investidores permaneceram atentos aos novos dados da economia americana. Nesta quinta-feira (3), o Departamento do Trabalho dos EUA informou que a taxa de desemprego caiu inesperadamente em junho, para 4,1%, indicando que o mercado de trabalho segue estável. A economia dos EUA gerou 147 mil empregos fora do setor agrícola em junho, após a criação de 144 mil vagas em maio, número revisado para cima. O resultado de junho superou com folga a estimativa mediana dos economistas consultados pela Reuters, que previam a geração de 110 mil postos. Apesar de o resultado ter superado as expectativas, o ritmo de crescimento do emprego está diminuindo, principalmente por causa da redução nas contratações. As demissões permanecem em níveis baixos, pois os empregadores têm mantido seus funcionários diante das dificuldades para contratar mão de obra durante e após a pandemia da Covid-19. Diversos indicadores, como o número de solicitações de auxílio-desemprego, indicam uma certa fadiga no mercado de trabalho, depois de um desempenho robusto que ajudou a evitar a recessão, especialmente enquanto o Fed endureceu a política monetária para conter a alta da inflação. A maioria dos economistas prevê que a taxa de desemprego suba até o segundo semestre deste ano, o que pode levar o Fed a reiniciar o afrouxamento da política monetária em setembro. De acordo com o Departamento de Comércio dos EUA, o déficit comercial do país cresceu 18,7% em maio, atingindo US$ 71,5 bilhões. O aumento refletiu a queda nas exportações, mas especialistas afirmam que o baixo volume das importações indica que o comércio pode impulsionar a recuperação econômica no segundo trimestre. Entre os setores econômicos, o de serviços nos EUA voltou a crescer em junho, impulsionado pela recuperação dos pedidos. As encomendas à indústria americana também aumentaram, principalmente devido à forte demanda por aeronaves. De olho no IOF As contas públicas também continuam no centro das atenções nesta quinta-feira, conforme investidores seguem atentos aos desdobramentos da derrubada do IOF pelo Congresso Nacional, na semana passada. Segundo a equipe econômica, a revogação do decreto do IOF deve resultar em uma perda de arrecadação de R$ 10 bilhões ainda neste ano. Especialistas ouvidos pelo g1 alertam que a medida pode levar o governo a adotar novos bloqueios e contingenciamentos no Orçamento de 2025. ▶️ Na terça-feira, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou novamente que o governo precisa do aumento do IOF para equilibrar as contas em 2026. O ministro também declarou que, para equilibrar as contas públicas, será necessário aprovar a Medida Provisória que aumenta a tributação sobre apostas eletrônicas (bets), criptoativos, fintechs e outros setores, além de cortar aproximadamente R$ 15 bilhões em benefícios fiscais. Nesta quarta, Haddad minimizou a crise do governo com o Congresso e voltou a refutar o termo "traição" na relação do Executivo com o Legislativo, mas afirmou que não foi o governo que deixou a mesa de negociação sobre o IOF. O presidente Lula defendeu nesta quarta a decisão do governo de recorrer no STF contra a derrubada do aumento do IOF pelo Congresso. "Se eu não for à Suprema Corte, eu não governo mais o país. Esse é o problema. Cada macaco no seu galho. Ele legisla, e eu governo", disse o presidente. Na terça-feira (1º), o advogado-geral da União, Jorge Messias, afirmou que o governo federal decidiu levar a questão ao Supremo. Segundo ele, a derrubada do decreto pelo Congresso violou a separação de Poderes. Dólar Freepik *Com informações da agência de notícias Reuters.



Exame Nacional da Magistratura: publicado edital de prova obrigatória para quem quer ser juiz


03/07/2025 11:47 - g1.globo.com


Candidatos terão que passar no ENAM antes de disputarem concursos para cargos de juiz na Justiça Federal, Estadual, Trabalhista e Militar. Inscritos para o Exame Nacional da Magistratura (ENAM) se encaminham para local de prova, no DF TV Globo/Reprodução Foi publicado nesta quinta-feira (3) o edital do Exame Nacional da Magistratura (ENAM) – prova que os candidatos precisam ser aprovados antes de prestarem concursos para cargos de juiz no país. Neste ano, o exame será realizado no dia 26 de outubro em todas as capitais brasileiras. As inscrições começam na próxima qquinta-feira (10), às 16h, e vão até 14 de agosto, pelo site. ➡️VEJA O EDITAL COMPLETO 📆 ACESSE O CRONOGRAMA COMPLETO ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 Concursos no WhatsApp O valor da taxa é de R$ 120, mas candidatos com renda igual ou inferior ao limite de isenção do imposto de renda, inscritos no CadÚnico ou doadores de medula óssea podem pedir a isenção do pagamento. A prova terá 80 questões sobre direito constitucional, direito administrativo, noções gerais do direito e formação humanística, direitos humanos, direito processual civil, direito civil, direito empresarial e direito penal. O edital foi regulamentado e organizado pela Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados (Enfam). A banca responsável é a Fundação Getúlio Vargas (FGV). A aprovação no exame é obrigatória para todos que pretendem concorrer a concursos para magistratura promovidos por tribunais regionais federais, tribunais do trabalho, tribunais militares e tribunais dos estados, bem como o do Distrito Federal e dos Territórios. A medida foi aprovada em novembro de 2023, pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ). A intenção é uniformizar o nível de conhecimento dos juízes, sem retirar a competência dos tribunais de realizarem seus próprios concursos, segundo o ministro Luís Roberto Barroso, presidente do CNJ. Atualmente, a Constituição estabelece que a carreira no Poder Judiciário começa no cargo de juiz substituto, na primeira instância da Justiça. O cargo é preenchido por concurso público de provas e títulos, com a participação da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) em todas as fases. Para concorrer, o candidato deve ser bacharel em direito com, no mínimo, três anos de atividade jurídica. Agora, também terá que ter sido aprovado no exame nacional. A prova será realizada pelo menos uma vez por ano, de forma simultânea. 'Acho que nós vamos conseguir selecionar uma quantidade relevante de pessoas muito qualificadas para se tornarem juízes', diz Barroso Como vai funcionar Para ser aprovado no ENAM, o candidato terá que acertar 56 questões da prova, ou 70%. No caso de pessoas autodeclaradas negras ou indígenas, são necessários ao menos 50% de acertos (40 questões). São requisitos para participar: ter nacionalidade brasileira (nata ou naturalizada), ou naturalidade portuguesa amparada pelo Decreto n. 70.391/1972; ter concluído o curso de graduação em Direito, em instituição pública ou particular reconhecida pelo Ministério da Educação (MEC), até o início das inscrições; estar quite com o serviço militar, no caso de pessoa do sexo masculino; estar quite com as obrigações eleitorais. A prova terá duração de cinco horas, das 13h às 18h no horário de Brasília (DF). O gabarito oficial preliminar será divulgado dois dias depois no site do exame. Haverá a possibilidade de interpor recursos contra o gabarito e a aplicação da prova. O resultado definitivo deve ser publicado no dia 23 de dezembro e o certificado de habilitação poderá ser emitido a partir de 29 de dezembro. O prazo de validade do certificado é de dois anos, prorrogável uma única vez, por igual período, contado da data da emissão. 📆 Confira o cronograma oficial Inscrições e envio de documentação: 10/07 a 14/08 Solicitação de isenção da taxa: 10/07 a 24/07 Pagamento da taxa de inscrição: até 15/08/2025 Aplicação da prova: 26/10 Gabarito preliminar: 28/10 Recursos contra gabarito e aplicação da prova: 29 e 30/10 Resultado definitivo da prova objetiva: 19/12 Homologação do resultado final: 23/12 Certificação de habilitação pela ENFAM: a partir de 29/12 CNU 2025 abre inscrições para 3 mil vagas e salários iniciais de até R$ 16 mil; veja como participar Veja como estudar legislação para concurso: Como estudar legislação para concurso?



BC autoriza C&M Software a restabelecer operações do PIX após ataque hacker


03/07/2025 10:58 - g1.globo.com


Empresa foi alvo de um ataque hacker que afetou pelo menos seis instituições financeiras que estavam conectadas aos seus sistemas. Ainda não há confirmação oficial sobre os valores envolvidos no ataque, mas fontes da TV Globo estimam que a quantia pode chegar a R$ 800 milhões. PF investiga ataque hacker contra empresa que liga bancos pequenos com o sistema do pix do Banco Central Os serviços da C&M Software foram restabelecidos nesta quinta-feira (3), após autorização do Banco Central do Brasil (BC), informou a empresa. Os serviços da companhia haviam sido suspensos pelo BC após um ataque hacker afetar suas infraestruturas e prejudicar pelo menos seis instituições financeiras. A C&M é uma empresa de tecnologia que conecta instituições financeiras aos sistemas do BC. "A CMSW informa que, após atuação conjunta com o Banco Central do Brasil, obteve autorização para restabelecer as operações do PIX, sob regime de produção controlada", informou o diretor da companhia, Kamal Zogheib, em nota oficial. Em nota, o BC afirmou que a suspensão cautelar da C&M foi substituída por uma suspensão parcial — o que significa que as operações da companhia ainda são controladas. "A decisão foi tomada após a empresa adotar medidas para mitigar a possibilidade de ocorrência de novos incidentes", disse a instituição. Veja a nota do BC na íntegra ao final da reportagem. O ataque às infraestruturas da companhia foram confirmados pelo BC na última quarta-feira (2). Segundo informado pela empresa, criminosos fizeram uso indevido de credenciais de seus clientes para tentar acessar seus sistemas e serviços de forma fraudulenta. Uma das empresas afetadas, a BMP, que fornece infraestrutura para plataformas bancárias digitais, informou que o incidente permitiu o acesso indevido a contas de reserva de pelo menos seis instituições financeiras. O BC ainda não informou o nome das instituições afetadas. Também não há confirmação oficial sobre os valores envolvidos no ataque, mas fontes da TV Globo estimam que a quantia pode chegar a R$ 800 milhões. 🔎 As contas de reserva são mantidas diretamente no BC e utilizadas exclusivamente para liquidação interbancária — processo pelo qual instituições financeiras realizam transferências de recursos entre si. "Todas as medidas previstas em nossos protocolos de segurança foram imediatamente adotadas, incluindo o reforço de controles internos, auditorias independentes e comunicação direta com os clientes afetados", afirmou Zogheib, da C&M, em nota. "A CMSW segue colaborando ativamente com o Banco Central e com a Polícia Civil de São Paulo, e continuará respeitando o sigilo das investigações em curso", completou. A Polícia Federal (PF) informou que deve abrir um inquérito para investigar o incidente. Segundo a BMP, o ataque não teve relação com as contas de clientes finais nem com os saldos mantidos dentro da instituição. Banco Central do Brasil (BC) Marcello Casal/Agência Brasil Veja as notas na íntegra Banco Central do Brasil (BC) A suspensão cautelar da C&M foi substituída por uma suspensão parcial. A decisão foi tomada após a empresa adotar medidas para mitigar a possibilidade de ocorrência de novos incidentes. As operações da C&M poderão ser restabelecidas em dias úteis, das 6h30 às 18h30, desde que haja anuência expressa da instituição participante do Pix e o robustecimento do monitoramento de fraudes e limites transacionais CMSW (C&M Software) Serviços da CMSW são restabelecidos com autorização do Banco Central. A CMSW informa que, após atuação conjunta com o Banco Central do Brasil, obteve autorização para restabelecer as operações do Pix, sob regime de produção controlada. A empresa foi vítima de uma ação criminosa, que envolveu o uso indevido de credenciais de clientes em tentativas de acesso fraudulento. Todas as medidas previstas em nossos protocolos de segurança foram imediatamente adotadas, incluindo o reforço de controles internos, auditorias independentes e comunicação direta com os clientes afetados. A CMSW segue colaborando ativamente com o Banco Central e com a Polícia Civil de São Paulo, e continuará respeitando o sigilo das investigações em curso. Atenciosamente, Kamal Zogheib Diretor Comercial da CMSW



BYD oferece mais de 500 vagas de emprego em nova fábrica na Bahia


03/07/2025 09:08 - g1.globo.com


Interessados devem procurar o SineBahia para participar de seleção. Oportunidades estão divididas em 25 especialidades. BYD oferece mais de 500 vagas de emprego para nova fábrica Divulgação A montadora de carros chinesa BYD está com 508 vagas de emprego na nova fábrica da empresa, localizada na cidade de Camaçari, na Região Metropolitana de Salvador (RMS). A informação foi divulgada durante a cerimônia de inauguração da unidade, que é a primeira do Brasil em produção de carros elétricos e híbridos, na terça-feira (1º). A partir desta quinta (2), interessados devem se candidatar às oportunidades no SineBahia, órgão estadual de intermediação para o trabalho. O atendimento é gratuito. As vagas estão divididas em 25 especialidades, como operador de produção (100 vagas), operador logístico (50), soldador (50) e operador de empilhadeira. Atendimento no SineBahia: Não é preciso agendar. As senhas são distribuídas conforme disponibilidade e por ordem de chegada. É necessário levar carteira de trabalho física ou digital, RG, CPF, comprovante de residência, escolaridade e de vacinação contra Covid-19, além dos documentos específicos exigidos para cada vaga. BYD oferece mais de 500 vagas de emprego em nova fábrica na Bahia Augusto Vasconcelos, titular da Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre), responsável pelo SineBahia, afirmou que a expectativa é de gerar ainda mais empregos, com o pleno funcionamento da instalação. “Quando todas as fases estiverem concluídas, teremos a maior fábrica de carros elétricos da América, impulsionando o desenvolvimento econômico e tecnológico do nosso estado, gerando cerca de 20 mil postos de trabalho, diretos e indiretos”, declarou. 📲 Clique aqui e siga o perfil do g1 Bahia no Instagram Segundo a Setre, além de promover a intermediação da mão de obra, a pasta desenvolveu um programa de qualificação profissional e formação técnica voltado especialmente à indústria automobilística. O objetivo foi preparar profissionais para a chegada da BYD e garantir que as vagas sejam preenchidas por baianos e baianas. LEIA MAIS: CCR Metrô abre vagas para aprendiz administrativo e técnico de manutenção em rede aérea e sinalização em Salvador Rede de supermercados anuncia 800 vagas de emprego em Salvador; veja como se candidatar Prefeitura de cidade no interior da BA oferece 250 vagas para cursos técnicos; saiba onde se inscrever Primeiros carros da BYD montados em Camaçari são apresentados Veja mais notícias do g1 Bahia. Assista aos vídeos do g1 e TV Bahia 💻



Minha Casa, Minha Vida: compra de usados dispara e preocupa setor de construção; entenda


03/07/2025 07:01 - g1.globo.com


Em 2024, programa habitacional atingiu maior número de contratos para imóveis usados na história. Embora modalidade amplie opções a compradores, construtoras defendem que regras priorizem projetos novos — para manter o setor aquecido. Minha Casa, Minha Vida: compra de imóveis usados dispara e acende alerta O programa habitacional Minha Casa, Minha Vida (MCMV) se tornou o principal motor do mercado imobiliário brasileiro e o grande responsável por impulsionar projetos de moradia no setor de construção civil. Números recentes escancaram a importância dos financiamentos pelo MCMV para a atividade. No primeiro trimestre deste ano, praticamente metade dos empreendimentos lançados e de venda de imóveis novos contaram com os incentivos do programa. Essa dependência, no entanto, acende um alerta no setor de construção civil — especialmente diante do aumento nos financiamentos de imóveis usados dentro do MCMV. Em geral, construtoras defendem regras que priorizem os novos, com o intuito de aquecer o setor. (entenda abaixo) Dados do Ministério das Cidades compilados por Ana Maria Castelo, coordenadora de Projetos de Construção do FGV Ibre, mostram que o ano de 2024 teve o maior número de contratos para imóveis usados na história do programa. No ano, foram contratadas um total de 583 mil unidades, sendo 427,9 mil novas e 155,1 mil usadas. Os dados revelam que esses imóveis chegaram a uma parcela de 27% do total de financiamentos — também uma proporção recorde na modalidade. Contratações no Minha Casa, Minha Vida Arte/g1 Formalmente, é possível utilizar os juros mais atrativos do Minha Casa, Minha Vida para adquirir casa ou apartamento usado desde fevereiro de 2023. Os dados acima consideram contratos feitos com base em recursos do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) — principal fonte do MCMV. Portanto, compõem o histórico do programa desde 2011, conforme disponibilização de números pelo Ministério das Cidades. "O forte aumento na contratação de usados entre 2023 e 2024 levou a uma pressão pelo setor de construção", diz Ana Maria Castelo, do FGV Ibre. "Com isso, o governo fez alterações olhando, principalmente, para a faixa 3 do programa." Ela se refere à publicação de uma instrução normativa pelo governo federal, em agosto de 2024, com alterações nas condições de financiamento de imóveis usados com recursos do FGTS. O texto estabeleceu uma redução no valor máximo permitido para financiamento de imóveis usados na faixa 3, de R$ 350 mil para os atuais R$ 270 mil. Além disso, exigiu um valor de entrada maior de compradores. (leia mais abaixo) Ana Maria lembra que um dos principais argumentos das construtoras contra os usados é de que imóveis novos impulsionam a atividade econômica e geram empregos, fomentando também o FGTS. A pressão do setor, acrescenta ela, vem justamente em meio ao "cobertor curto" do fundo, cujo recurso é "escasso e disputado". As mudanças, portanto, foram no sentido de diminuir os valores dos imóveis usados e aumentar o percentual de entrada que a pessoa precisa pagar", diz. Procurada pelo g1, a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) diz que compreende que os usados são uma alternativa válida em locais com carência de oferta de novos empreendimentos ou onde a capacidade instalada da construção civil ainda é limitada. Afirma, no entanto, que a prioridade estrutural do MCMV deve permanecer na produção de moradias novas, responsáveis por "ativar diretamente a cadeia produtiva da construção civil", com mão de obra "essencial para a retroalimentação do FGTS". "Já a aquisição de imóveis usados, embora relevante em determinados nichos, não gera postos de trabalho diretos, nem contribui para a sustentabilidade do fundo", argumenta. Unidades habitacionais do Residencial Parque da Lagoa, do Minha Casa, Minha Vida, em Maceió (AL). Ricardo Stuckert/PR Veja as regras em vigor O comprador deve atender a determinados critérios para se qualificar ao financiamento. Nesse sentido, uma norma publicada pelo governo em 2024 limitou o acesso de parte da classe média à compra de imóveis usados por meio do programa. Alterações recentes, porém, voltaram a dar certo fôlego ao mercado de usados dentro do MCMV. Em 5 de maio, o governo criou a faixa 4, com possibilidade de compra de usados para famílias com salários até R$ 12 mil. Além disso, facilitou o acesso para a faixa 3 do programa. (entenda abaixo) Para financiar imóveis usados no programa habitacional, a Caixa Econômica Federal — responsável pela operação do MCMV — segue o mesmo modelo de faixas de renda aplicado aos imóveis novos. Há, no entanto, algumas diferenças. Veja quais são as principais normas em vigor: Raio-x do programa Minha Casa, Minha Vida para imóveis usados Arte/g1 Conforme as normas do programa, são consideradas casas ou apartamentos novos aqueles com o documento "habite-se" (expedido pela prefeitura local) de até 180 dias. Após esse prazo, portanto, o imóvel é considerado usado. As exigências para ter acesso ao financiamento de imóveis usados são as mesmas aplicadas aos imóveis novos, segundo a Caixa. Entre os critérios, estão: Não possuir outro imóvel no município onde deseja comprar; Não ter sido beneficiado anteriormente por programas habitacionais; Comprovar renda dentro dos limites estabelecidos; e ter capacidade de pagamento. Taxas mais baixas O MCMV oferece subsídios e juros que variam de 4% a 8,16% ao ano nas três primeiras faixas do programa, a depender da região do país. Em maio deste ano, também foi criada a faixa 4, com juros a 10% para pessoas com salários de até R$ 12 mil. Ao oferecer taxas mais baixas do que as praticadas pelo mercado, o programa habitacional se tornou uma importante alternativa em meio ao encarecimento do crédito, conforme já mostrou o g1. Hoje, o financiamento imobiliário tradicional está em torno de 12%. O custo é puxado pela Selic, a taxa básica de juros do país, atualmente em 15% ao ano — maior patamar em 20 anos — e sem previsão de queda. Mudanças em 2025 As restrições de 2024, porém, foram suavizadas neste ano. Apesar de o valor limite para a compra de usados seguir abaixo dos novos — o que, na prática, reduz opções a esse público —, as novas regras diminuíram o valor mínimo necessário para a entrada do imóvel para a faixa 3, que passaram: de 50% para 35% nas regiões Sul e Sudeste; e de 30% para 20% nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Veja exemplos, tomando como base um imóvel de R$ 270 mil (limite para os usados): Regiões Sul e Sudeste: ANTES, era exigida uma entrada de, ao menos, R$ 135 mil (50% do valor do imóvel). AGORA, é exigida uma entrada de, ao menos, R$ 94,5 mil (35% do valor do imóvel). Regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste: ANTES, era exigida uma entrada de, ao menos, R$ 81 mil (30% do valor do imóvel). AGORA, é exigida uma entrada de, ao menos, R$ 54 mil (20% do valor do imóvel). Para o presidente da Associação Brasileira do Mercado Imobiliário (ABMI), Alfredo Freitas, as mudanças vão dar "algum impulso" ao mercado de usados. "Não é uma mudança tão expressiva, mas toda melhoria no mercado de crédito é vista com bons olhos", diz. "É complexo para o comprador equacionar a questão da renda, prestações e valor de entrada a ser pago. (...) De qualquer maneira, já é um sinal de alento." As outras faixas não tiveram alterações. Segundo a Caixa, a principal diferença entre usados e novos está justamente na faixa 3, que tem o valor máximo do imóvel mais baixo. "Para as demais faixas, os critérios de valor de imóvel seguem os mesmos parâmetros, com variações conforme o município. Já os valores de cota de financiamento de imóveis usados variam", informou o banco. Otimismo do setor De maneira geral, o mercado recebeu com ânimo as novidades no programa. A CBIC disse estar otimista de que o setor imobiliário irá se manter em um "patamar elevado ao longo de 2025, especialmente com a consolidação da faixa 4" do programa. O ânimo vem mesmo diante da retração de 5,5% na oferta geral de imóveis no primeiro trimestre deste ano em comparação com os três últimos meses de 2024. Segundo a CBIC, o dado reflete uma combinação entre aumento nas vendas e redução no ritmo de lançamentos fora do MCMV. “Mesmo assim, o setor opera com estoque equilibrado, suficiente para atender à demanda pelos próximos oito meses, caso não haja novos lançamentos”, diz o vice-presidente de Indústria Imobiliária da CBIC e presidente da Comissão de Indústria Imobiliária da entidade, Ely Wertheim. Alfredo Freitas, da ABMI, reconhece que as restrições para a faixa 3 no ano passado dificultaram o acesso a usados por uma parcela da classe média da população. Ele reforça, por outro lado, que o mercado está "muito otimista" com as novas mudanças no programa, especialmente com a criação da faixa 4, para famílias com renda de até R$ 12 mil. "Os juros a 10% para imóveis de até R$ 500 mil criaram boas perspectivas para o mercado, que está vendo a medida como muito importante", diz, ao reforçar que as taxas praticadas pelo mercado já chegam a superar os 12%. "O efeito multiplicador que representa a ingestão de recursos na economia também deve gerar mais atratividade para os imóveis usados", conclui.



Acordo entre Mercosul e EFTA amplia exportações agrícolas e pode baratear medicamentos importados, diz governo


03/07/2025 07:00 - g1.globo.com


Governo brasileiro estima aumento de US$ 7,2 bilhões de trocas internacionais do Brasil amparadas por acordos comerciais.EFTA é formada por Suíça, Noruega, Islândia e Liechtenstein Cúpula do Mercosul tem primeira viagem de Lula a Buenos Aires após posse de Milei O acordo de livre comércio firmado entre o Mercosul e a Associação Europeia de Livre Comércio (EFTA) deve impulsionar as exportações brasileiras, especialmente de commodities agrícolas, e reduzir o custo de produtos importados como medicamentos. A previsão é de que as trocas internacionais do Brasil — amparadas por acordos comerciais — cresçam 10%, com impacto estimado de US$ 7,2 bilhões em relação ao total de trocas atuais. A conclusão definitiva das negociações sobre o tratado ocorreu nesta terça-feira (2), em meio à celebração dos três anos da implementação do 5G no Brasil. O acordo, porém, ainda não está em vigor. A expectativa é que ele seja formalmente assinado ainda neste ano, após após a conclusão da revisão legal e, em seguida, aprovações internas. No caso do Brasil, precisa passar pelo Congresso. 🌍O Mercosul reúne Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai — a Bolívia está na fase final do processo de adesão. 🌍Já a EFTA é formada por Suíça, Noruega, Islândia e Liechtenstein – países que não fazem parte da União Europeia (UE). 🔎Vale lembrar que há outro tratado em negociação, desta vez com a UE. Este, que promete criar a maior zona de livre comércio do mundo, ainda precisa passar pelo processo de ratificação para passar a valer (relembre mais abaixo). Mercosul e EFTA anunciam acordo de livre comércio Países estratégicos Embora os países da EFTA não estejam entre os principais parceiros comerciais do Brasil, o acordo é considerado relevante por incluir nações com peso específico em áreas estratégicas. 💊A Suíça, por exemplo, é grande fornecedora de medicamentos. Entre janeiro e maio de 2025, o Brasil importou US$ 354 milhões em remédios e produtos farmacêuticos do país europeu — o equivalente a 43% do total importado em 2024 (US$ 817 milhões), segundo o Ministério do Desenvolvimento. A Noruega, por sua vez, é um dos principais doadores internacionais do Fundo Amazônia. Lula fala sobre expectativa para acordo comercial entre Mercosul e União Europeia Produtos agropecuários brasileiros ganham acesso preferencial O tratado garante acesso preferencial dos países do Mercosul aos mercados da EFTA para produtos como: carnes bovina, suína e de frango milho farelo de soja melaço de cana mel arroz café torrado frutas (banana, melão, uva) sucos (laranja e maçã) fumo não manufaturado álcool etílico As regras estabelecem cotas específicas e reconhecimento prévio do sistema de inspeção sanitária do Brasil, o que deve agilizar a liberação de produtos nos países europeus. Remédios podem ficar mais baratos para brasileiros O acordo prevê que o Brasil elimine tarifas de importação para 97% dos produtos da EFTA. Outros 1,2% terão redução gradual em até 15 anos. Em contrapartida, os países europeus vão zerar 100% das tarifas para produtos industriais e pesqueiros. Especialistas apontam que medicamentos podem ficar mais acessíveis ao consumidor brasileiro, já que os países do EFTA são produtores desse tipo de item. "A possibilidade é significativa, especialmente considerando o peso dos remédios no orçamento das famílias e os aumentos recentes", afirma Carolina Silva Pedrosa, professora de Relações Internacionais da Unifesp. O governo brasileiro ressalta que manteve a autonomia para formular políticas públicas de saúde — e que o SUS, por exemplo, não será obrigado a abrir espaço à concorrência internacional. Remédios gripe e resfriado, dor e febreara Reprodução EPTV Acordo com União Europeia está travado O acordo entre Mercosul e EFTA soma-se a outras negociações comerciais em curso. Há dois tratados já firmados, mas ainda não plenamente implementados: com a União Europeia e com Singapura. No caso da União Europeia, o tratado foi fechado em dezembro de 2024, mas ainda não foi assinado por todos os países europeus. A França tem resistido à aprovação, em defesa de seus produtores rurais. Em junho, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu pessoalmente ao presidente Emmanuel Macron que a França apoie o acordo. O impasse continua. Já o acordo com Singapura foi assinado em novembro de 2023. Ele abre espaço para mais investimentos, especialmente em infraestrutura e saneamento — setores em que o país asiático já atua no Brasil por meio de fundos soberanos. Comércio exterior brasileiro pode ter superávit recorde Segundo a secretária-adjunta de Comércio Exterior, Daniela Matos, a expectativa é que o novo acordo com a EFTA amplie em até 2,5 vezes o acesso das exportações brasileiras no mundo. Hoje, US$ 73,1 bilhões das exportações brasileiras para o mundo estão cobertas por acordos de livre comércio (acesso preferencial). Com os três acordos, esse número passaria para US$ 184,5 bilhões.



Galinhas podem ficar viciadas em beber ovo; entenda a causa e como tratar


03/07/2025 06:00 - g1.globo.com


Após iniciar o consumo de clara e gema, a ave precisa ser separada do galinheiro, pois as outras podem imitá-la. Entenda porque a galinha come o próprio ovo Você já viu uma galinha quebrar a casca do ovo para beber a clara e a gema? Isso pode acontecer, principalmente, quando a ave está estressada. "Ela acaba ficando viciada, descobre as maravilhas desse ovo e consome cada vez mais. Isso se torna um comportamento indesejável muito frequente", diz o zootecnista da Universidade Estadual Paulista (Unesp) Marcone Ítalo. Quando a casca está fina, a ave tende a bicar o ovo, descobrindo a clara e a gema. Depois que uma galinha inicia o consumo, as outras tendem a imitá-la. A capacidade delas aprenderem se chama "facilitação social". Por isso, assim que a ave começa a beber os ovos, ela precisa ser separada das demais. Galinha bebe ovo Reprodução / Globo Rural Para evitar que a galinha fique estressada e continue com o consumo, o produtor deve: fornecer uma dieta balanceada que dê conta da formação do ovo como um todo, ou seja, clara, gema e casca; manter um ambiente confortável, com temperatura de cerca de 21°C e 60% de umidade; manter cerca de 5 a 6 galinhas por metro quadrado; fazer o enriquecimento do ambiente, para distrair a ave; aumentar a coleta de ovos para 3 a 4 vezes por dia, para ela não ter chances de bicar os ovos. Leia também: Descubra o que é o fio branco no ovo cru; spoiler: não é um cordão umbilical Pode lavar o ovo? Frango tem hormônio? Faça o teste e descubra mitos e verdades sobre os alimentos Veja também: Cozinhar ovo com vinagre ajuda a descascar? g1 testou



Mega-Sena pode pagar R$ 3,5 milhões nesta quinta-feira


03/07/2025 03:00 - g1.globo.com


Apostas podem ser feitas até as 19h em lotéricas ou pela internet. Mega-Sena Marcelo Brandt/G1 O concurso 2.883 da Mega-Sena pode pagar um prêmio de R$ 3,5 milhões para os acertadores das seis dezenas. O sorteio ocorre às 20h desta quinta-feira (3), em São Paulo. No concurso da última terça (1º), uma aposta de Goiânia (GO) levou sozinha o prêmio de R$ 50,7 milhões. A aposta mínima para a Mega-Sena custa R$ 5 e pode ser realizada também pela internet, até as 19h – saiba como fazer a sua aposta online. A Mega-Sena tem três sorteios semanais: às terças, quintas e sábados. Entenda como funciona a Mega-Sena e qual a probabilidade de ganhar o prêmio Para apostar na Mega-Sena As apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília), em qualquer lotérica do país ou pela internet, no site da Caixa Econômica Federal – acessível por celular, computador ou outros dispositivos. É necessário fazer um cadastro, ser maior de idade (18 anos ou mais) e preencher o número do cartão de crédito. Probabilidades A probabilidade de vencer em cada concurso varia de acordo com o número de dezenas jogadas e do tipo de aposta realizada. Para a aposta simples, com apenas seis dezenas, que custa R$ 5, a probabilidade de ganhar o prêmio milionário é de 1 em 50.063.860, segundo a Caixa. Já para uma aposta com 15 dezenas (limite máximo), com o preço de R$ 22.522,50, a probabilidade de acertar o prêmio é de 1 em 10.003, ainda segundo a Caixa.



CNU 2025: quais os requisitos e as funções dos 3 cargos com maior salário do concurso


03/07/2025 03:00 - g1.globo.com


Processo seletivo oferece 3.652 vagas em órgãos federais, mas apenas 60 têm salários acima de R$ 16 mil. Algumas posições exigem formação específica, enquanto outras aceitam qualquer tipo de graduação. CNU 2025 tem edital publicado: veja datas, vagas e como se inscrever As inscrições para a segunda edição do Concurso Nacional Unificado (CNU) já estão abertas com milhares de oportunidades em órgãos federais. Entre os cargos mais cobiçados estão aqueles com os maiores salários da seleção, cuja remuneração inicial é de R$ 16.413,35 💸. Essas vagas, no entanto, são as mais raras da seleção: são apenas 60 oportunidades entre o total de 3.652, distribuídas em 36 órgãos públicos. (confira o cronograma abaixo) ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 Concursos no WhatsApp Os cargos com essa remuneração são: Especialista em regulação da atividade cinematográfica e audiovisual, Especialista em geologia e geofísica do petróleo e gás natural, e Especialista em regulação de petróleo e derivados, álcool combustível e gás natural. Todas as funções exigem nível superior, mas algumas têm requisitos específicos de formação, conforme o bloco temático ao qual pertencem. ➡️ Na tabela abaixo, confira um resumo com as principais informações dessas vagas. Em seguida, veja os detalhes sobre as atribuições de cada cargo. Resumo das características dos cargos com maior salário do CNU 2025 Especialista em Geologia e Geofísica do Petróleo e Gás Natural O cargo de especialista em Geologia e Geofísica é oferecido pela Agência Nacional do Petróleo (ANP) e tem como foco a atuação técnica na análise de formações geológicas relacionadas à produção de petróleo e gás. O profissional aprovado será responsável por: Estudar e analisar o solo e o subsolo para encontrar petróleo e gás, acompanhando as perfurações e avaliando os impactos ambientais. Criar regras, fiscalizar empresas que exploram petróleo e gás, e orientar quem atua no mercado para garantir que tudo seja feito dentro da lei. Organizar equipes e planejar ações para ajudar a ANP a garantir que a exploração seja segura, eficiente e sustentável. Além das atividades principais, o profissional também atua na gestão de informações sigilosas do mercado de petróleo e gás, participa da elaboração e avaliação de projetos relacionados à regulação do setor, e executa outras tarefas compatíveis com sua formação para apoiar as competências da ANP. 📍 Os aprovados atuarão na sede da ANP, no Rio de Janeiro (RJ), com carga horária de 40 horas semanais. 🎓 Para concorrer, é necessário ter diploma de nível superior geologia, engenharia geológica, geofísica ou áreas afins, com curso reconhecido pelo Ministério da Educação (MEC). Especialista em Regulação de Petróleo e Derivados, Álcool Combustível e Gás Natural Também ofertado pela ANP, esse cargo faz o acompanhamento da cadeia produtiva de combustíveis no Brasil. O especialista em regulação atua: Na análise técnica dos processos de produção; No transporte e comercialização de petróleo, etanol, biodiesel e gás natural; e Na formulação de normas e fiscalização do cumprimento da legislação por parte das empresas do setor. Os profissionais aprovados serão responsáveis por conduzir estudos regulatórios, acompanhar indicadores de mercado e propor ações que garantam o abastecimento nacional, a qualidade dos combustíveis e a segurança energética do país. Esse cargo exige habilidades analíticas e domínio técnico para interagir com concessionárias, distribuidoras, refinarias e outras entidades do setor energético. 📍 A lotação também será na sede da ANP, no Rio de Janeiro (RJ), com jornada de 40 horas semanais. 🎓 O candidato deve ter curso superior completo, sendo aceitas formações como engenharia, administração, economia, direito e outras áreas correlatas, conforme critérios do edital. Especialista em Regulação da Atividade Cinematográfica e Audiovisual Na Ancine, o cargo de especialista em regulação da atividade cinematográfica e audiovisual é voltado à formulação, análise e execução de políticas públicas para o setor cultural. Esse profissional atua: No fomento à produção nacional de conteúdos audiovisuais; Na fiscalização de aplicação de recursos públicos em projetos culturais; No acompanhamento de projetos financiados por leis de incentivo; Na análise técnica de editais de financiamento; No monitoramento de indicadores do mercado audiovisual; e Na regulação de serviços de exibição, distribuição e produção de conteúdo no Brasil. 📍Os aprovados serão lotados na sede da Ancine, no Rio de Janeiro (RJ), e também terão carga horária de 40 horas semanais. 🎓 Para concorrer à vaga, é preciso ter nível superior completo em qualquer área de formação reconhecida pelo MEC, desde que o candidato atenda aos demais requisitos técnicos do cargo. 2ª edição do CNU A seleção deste ano oferece 3.652 vagas para cargos de níveis médio, técnico e superior. Os salários iniciais variam de R$ 4 mil a R$ 16,4 mil. As inscrições seguem até 20 de julho, exclusivamente pelo site da Fundação Getulio Vargas (FGV), banca responsável pela organização do concurso. (confira o cronograma abaixo) 🔍 Diferentemente da edição anterior, que contou com oito editais, um para cada bloco temático, o processo seletivo será regido por um único edital. O documento traz informações detalhadas sobre as vagas, salários, conteúdo programático das provas, critérios de classificação e composição das notas finais. Os cargos estão distribuídos em nove blocos temáticos, que agrupam as vagas por áreas de atuação semelhantes. ⚠️ O CNU permite que o candidato faça uma única inscrição, escolhendo os blocos e cargos de sua preferência. A disputa pelas vagas ocorre dentro do bloco temático selecionado. Nesta edição, o governo anunciou medidas para ampliar a diversidade entre os aprovados. Com isso, para os cargos com número de vagas inferior ao mínimo necessário para aplicação das cotas, o MGI realizou um sorteio para definir a reserva proporcional. Outra novidade é a política de equidade de gênero: caso menos de 50% das pessoas classificadas para a segunda fase sejam mulheres, o percentual será ajustado para garantir paridade. A regra, portanto, não assegura uma reserva de vagas para mulheres no resultado final do concurso. A taxa de inscrição é de R$ 70, com possibilidade de isenção para inscritos no CadÚnico, doadores de medula óssea reconhecidos pelo Ministério da Saúde, bolsistas do Programa Universidade para Todos (Prouni) e financiados pelo Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). 📌 Para facilitar a busca pela vaga ideal, o g1 preparou uma tabela com buscador, onde é possível conferir o número de vagas por órgão e quanto os candidatos aprovados vão ganhar ao assumirem os cargos em 2026. 📆 Confira o cronograma oficial Inscrições: de 2 a 20/7/2025 (com pagamento até 21/7) Solicitação de isenção da taxa de inscrição: de 2 a 8/7/2025 Prova objetiva: 5/10/2025, das 13h às 18h Convocação para prova discursiva: 12/11/2025 Convocação para confirmação de cotas e PcD: 12/11/2025 Envio de títulos: de 13 a 19/11/2025 Prova discursiva (para habilitados na 1ª fase): 7/12/2025 Procedimentos de confirmação de cotas: de 8 a 17/12/2025 Divulgação da 1ª lista de classificação: 30/1/2026 Veja dicas de como estudar para concurso: Como estudar legislação para concurso? Veja dicas de como fazer uma boa redação para concurso



Consignado CLT: veja regras, quem tem direito e como solicitar a linha de crédito


03/07/2025 03:00 - g1.globo.com


Senado aprovou nesta quarta (2) a medida provisória que criou a modalidade. A linha está disponível desde 21 de março, mas precisava do aval do Congresso para virar lei. Consignado CLT: contratação será feita diretamente com os bancos a partir desta sexta O Senado aprovou nesta quarta-feira (2) a medida provisória (MP) que cria o novo crédito consignado para trabalhadores formais do setor privado, conhecido como Consignado CLT. A MP foi editada pelo presidente Lula (PT) em março, e já está em vigor. Mas, para se tornar lei, precisava ser aprovada pelo Congresso Nacional. Como o Legislativo mudou alguns pontos do texto, as alterações podem ou não ser sancionadas pelo presidente da República. O texto final aprovado amplia a modalidade de empréstimo para motoristas e entregadores de aplicativo. (leia mais abaixo) 🔎 Batizado de Crédito do Trabalhador, o novo consignado permite que todos os trabalhadores com carteira assinada contratem empréstimos com descontos em folha. O programa possibilita também que sejam utilizadas como garantia dos empréstimos: até 10% do saldo do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS); ou 100% da multa rescisória na demissão sem justa causa. Antes do lançamento do programa, apenas funcionários públicos e empregados de empresas conveniadas a instituições financeiras podiam contratar empréstimos consignados. Entre março e junho, foram contratados mais de R$ 14 bilhões em empréstimos pela nova modalidade de consignado, segundo o Ministério do Trabalho. A maior parte dos contratos foi assinada por pessoas que recebem até 4 salários mínimos. Pelas regras, as parcelas do empréstimo não podem comprometer mais do que 35% do salário. Como funciona a modalidade? A linha de crédito, lançada em 12 de março pelo governo, permite que profissionais do setor privado tenham acesso a empréstimos mais baratos com garantia do FGTS. Inicialmente, a contratação era feita pelo aplicativo da Carteira de Trabalho Digital (CTPS), no qual o trabalhador solicitava a proposta direto com bancos habilitados. Desde 25 de abril, também é possível contratar pelos canais digitais das instituições. Pelo app CTPS Digital, o trabalhador autoriza o acesso a dados como nome, CPF, margem de salário disponível para consignação e tempo de empresa. Em até 24 horas, recebe ofertas, escolhe a melhor e faz a contratação pelo canal do banco. Pela oferta direta das instituições, o trabalhador pode contratar mais facilmente no banco onde já tem conta. O desconto das parcelas é feito mensalmente na folha de pagamento — o que serve como uma garantia para a instituição financeira, permitindo que os juros cobrados sejam mais baixos do que em outras modalidades. "Após a contratação, o trabalhador acompanha mês a mês as atualizações do pagamento das parcelas", informou o governo em nota oficial. PERGUNTAS E RESPOSTAS: Entenda mais detalhes sobre o Consignado CLT Como aderir ao Consignado CLT? Pelo CTPS Digital: Por meio do aplicativo do CTPS Digital, o trabalhador solicita a proposta de crédito às instituições financeiras habilitadas pelo governo. Para isso, é preciso autorizar o acesso a dados como nome, CPF, margem do salário disponível para consignação e tempo de empresa. Após solicitar o crédito, o trabalhador recebe ofertas dos bancos em até 24h, podendo comparar ofertas e escolher a opção mais vantajosa. A linha permite o comprometimento de até 35% do salário bruto. O limite inclui benefícios, abonos e comissões. Quem já tem um consignado ativo poderá migrar para a nova linha a partir desta sexta-feira (25). A portabilidade entre os bancos poderá ser realizada a partir de 6 de junho. Desconto automático: o empregador será responsável por descontar a parcela do salário e repassá-la à Caixa Econômica Federal, que fará o pagamento aos bancos credores. PASSO A PASSO: entenda como solicitar o Consignado CLT Pelos bancos: Os bancos habilitados pelo governo federal têm a opção de oferecer a modalidade dentro de seus próprios canais digitais. Assim, cada instituição tem sua própria aba de contratação dentro de sites e aplicativos. Acesse o aplicativo do seu banco; Busque a opção "Consignado do Trabalhador". Algumas instituições também permitem fazer uma simulação antes da contratação. Preencha os dados solicitados. Após ler o contrato com cuidado e atenção, bastará clicar em "Contratar" e aguardar a confirmação por parte da instituição financeira. Veja os cuidados necessários para conseguir uma boa contratação Trabalhadores de app A MP aprovada prevê a criação de modalidade de empréstimo específica para motoristas e entregadores de aplicativo. De acordo com o texto, esses trabalhadores poderão contratar empréstimos usando os repasses das plataformas como garantia. A proposta estabelece que, ao pegar dinheiro emprestado por essa modalidade, as parcelas do contrato serão debitadas diretamente na conta bancária do motorista ou do entregador — semelhante aos descontos em folha do consignado tradicional. Os contratos, ainda de acordo com o projeto, não poderão ter parcelas que comprometam mais do que 30% dos valores recebidos de plataformas. Se a proposta virar lei, o empréstimo com desconto na plataforma ainda terá de ser regulamentado pelo governo federal. Algumas regras, no entanto, já foram previamente estabelecidas. A principal delas é que a contratação de crédito pelos trabalhadores de aplicativo dependerá da existência de convênio entre a plataforma e uma instituição de crédito. A medida representa uma diferença em relação ao Crédito do Trabalhador, que não depende de pacto entre empresas e instituições financeiras. A proposta também diz que eventuais contratos de crédito com trabalhadores de app poderão estabelecer cláusulas para assegurar o pagamento das parcelas. Consignado CLT: para quem funciona melhor e como negociar com o banco Contratação do Consignado CLT poderá ser feita diretamente com os bancos a partir desta sexta-feira (25). Pixabay/Imagem ilustrativa



Embraer entrega 61 aviões no 2º trimestre, 30% a mais do que o mesmo período de 2024


02/07/2025 21:08 - g1.globo.com


Jatos executivos puxaram alta no período. No acumulado do ano, número de aviões entregues pela fabricante brasileira chega a 91. Jatos executivos puxaram alta no 2° trimestre do ano Divulgação A Embraer informou nesta quarta-feira (2) que entregou 61 aviões no segundo trimestre, o que representa 30% a mais em relação ao período em 2024, quando 47 foram entregues. A alta foi puxada por jatos executivos. No acumulado do ano, são 91 entregas - alta de 26% em comparação aos 72 do mesmo período do ano passado. Confira o balanço de entregas feitas pela Embraer no 2° trimestre deste ano: Na aviação comercial, foram 19 aviões, mesmo volume do 2° trimestre do ano passado; 38 jatos executivos foram entregues - 41% a mais em relação ao mesmo período do ano passado; Também foram entregues 4 aviões A-29 Super Tucano na divisão de defesa. No 2° trimestre de 2024, foi feita a entrega de um cargueiro KC-390. Em 2025, a Embraer projeta crescimentos de 10% e 15% em relação a 2024 nos segmentos de aviação comercial e executiva, respectivamente. As projeções para área de Defesa não foram detalhadas. Veja abaixo: ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 Vale do Paraíba e região no WhatsApp R$ 20 bilhões até 2030 No início do ano, a Embraer anunciou que pretende investir R$ 20 bilhões até 2030 para ampliar a produção de aviões e desenvolver novos produtos. A previsão de investimento está alinhada com o plano de crescimento da companhia pelos próximos cinco anos. Segundo a companhia, o plano inclui "aumento da produção de aeronaves, expansão dos negócios em mercados internacionais e desenvolvimento de tecnologias sustentáveis, com o objetivo de reduzir os níveis de emissão de carbono da indústria aeronáutica". Embraer anuncia a venda de 45 jatos E195-E2 Veja mais notícias do Vale do Paraíba e região bragantina



AGU e INSS definem como serão acordos de vítimas de fraude para evitar judicialização


02/07/2025 21:04 - g1.globo.com

Objetivo é evitar a judicialização de casos em massa, promover segurança jurídica e garantir mais agilidade na reparação de danos. Medida vale apenas para ações coletivas – processos individuais seguem fora do alcance da nova diretriz. A Advocacia-Geral da União (AGU) e o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) estabeleceram diretrizes para firmar acordos em ações coletivas que envolvam concessão, revisão ou cessação de benefícios previdenciários, incluindo situações de ressarcimento a vítimas de fraudes. O objetivo é evitar a judicialização de casos em massa, promover segurança jurídica e garantir mais agilidade na reparação de danos. Fraude no INSS: mais de 170 mil vítimas contestam as justificativas apresentadas pelas associações que retiraram o dinheiro As regras constam de uma nota técnica conjunta, que orienta as procuradorias da AGU e o INSS na análise de propostas de acordo apresentadas por associações e entidades de defesa de segurados. Segundo a AGU, os acordos só serão celebrados quando houver base legal, viabilidade orçamentária e respeito ao interesse público. A medida vale apenas para ações coletivas – processos individuais seguem fora do alcance da nova diretriz. Ficam fora da possibilidade de acordo causas em que houver indícios de má-fé, fraude, ou em que o INSS já tenha entendimento institucional contrário ao pedido feito à Justiça. A expectativa do governo é de que a iniciativa contribua para reduzir o número de processos previdenciários em tramitação e facilitar o ressarcimento de pessoas prejudicadas por erros administrativos ou fraudes.



Consignado CLT: Congresso aprova nova modalidade de empréstimo e amplia para trabalhadores de app


02/07/2025 20:22 - g1.globo.com


Proposta permite que empregados com carteira contratem crédito com desconto em folha; motoristas e entregadores poderão pegar dinheiro com débito em conta. Texto vai à sanção. O Senado aprovou nesta quarta-feira (2) a medida provisória (MP) que cria o novo crédito consignado para trabalhadores formais do setor privado, o chamado consignado CLT. Mais de 2,5 milhões de empregados recorreram ao consignado CLT O texto também amplia a modalidade de empréstimo com descontos em conta para motoristas e entregadores de aplicativo. Editada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em março, a MP já está valendo. Mas, para se tornar uma lei definitiva, precisava ser aprovada pelo Congresso. Como o parlamento mudou alguns pontos do texto, estas alterações podem ou não ser sancionadas pelo presidente da República. Batizado de "Crédito do Trabalhador", o novo consignado permite que todos os trabalhadores com carteira assinada contratem empréstimos com descontos em folha. O programa possibilita também que sejam utilizadas como garantia dos empréstimos: até 10% do saldo do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS); ou 100% da multa rescisória na demissão sem justa causa. O Banco Central publicou em sua página na internet ranking das instituições financeiras informando a taxa de juros para várias linhas de crédito, o que inclui o consignado ao setor privado. A iniciativa serve para estimular a concorrência no sistema financeiro, em um momento no qual o Ministério do Trabalho disse que está monitorando os bancos que operam esse tipo de empréstimo. Trabalhadores do setor privado podem requerer empréstimo consignado diretamente no aplicativo do banco Reprodução/TV Globo Antes do lançamento do programa, apenas funcionários públicos e empregados de empresas conveniadas a instituições financeiras podiam contratar empréstimos consignados. A iniciativa é vista como um dos trunfos eleitorais de Lula para a disputa de 2026. O governo aposta no programa para aumentar a oferta de crédito, estimular a economia e reduzir as taxas de juros. Entre março e junho, segundo o Ministério do Trabalho, foram contratados mais de R$ 14 bilhões em empréstimos pela nova modalidade de consignado. A maior parte dos contratos foi assinada por pessoas que recebem até 4 salários mínimos. Pelas regras, as parcelas do empréstimo não podem comprometer mais do que 35% do salário. Trabalhadores de app A MP aprovada prevê a criação de modalidade de empréstimo específica para motoristas e entregadores de aplicativo. Texto aprovado pelo Congresso estende consignado a motoristas por aplicativo. Freepik Pelo texto, esses trabalhadores poderão contratar empréstimos usando os repasses das plataformas como garantia. A proposta estabelece que, ao pegar dinheiro emprestado por essa modalidade, as parcelas do contrato serão debitadas diretamente na conta bancária do motorista ou do entregador — semelhante aos descontos em folha do consignado tradicional. Os contratos, ainda de acordo com o projeto, não poderão ter parcelas que comprometam mais do que 30% dos valores recebidos de plataformas. Se a proposta virar lei, o empréstimo com desconto na plataforma ainda terá de ser regulamentado pelo governo federal. Algumas regras, no entanto, já foram previamente estabelecidas. A principal delas é que a contratação de crédito pelos trabalhadores de aplicativo dependerá da existência de convênio entre a plataforma e uma instituição de crédito. A medida representa uma diferença em relação ao "Crédito do Trabalhador", que não depende de pacto entre empresas e instituições financeiras. A proposta também diz que eventuais contratos de crédito com trabalhadores de app poderão estabelecer cláusulas para assegurar o pagamento das parcelas. Relator da MP na comissão mista do Congresso e no plenário do Senado, o senador Rogério Carvalho (PT-SE), avalia que a medida dá "proteção jurídica" e permite que a categoria "consiga obter crédito mais barato com oferta de garantias dos recebíveis". O presidente do colegiado, deputado Fernando Monteiro (Republicanos-PE), afirma que a criação do crédito consignado para trabalhadores de app permitirá que esses profissionais invistam, por exemplo, na compra de carros e motos. Consignado CLT: trabalhador poderá fazer a portabilidade desta modalidade entre bancos Outras alterações A Câmara aprovou uma versão do texto que tirava do Conselho Nacional de Previdência Social (CNPS) a função de definir o teto de juros para consignados de aposentados e pensionistas. A intenção dos deputados era a de passar essa prerrogativa para o Conselho Monetário Nacional (CMN). Mas o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), anulou este ponto e manteve o CNPS como responsável, como já acontece hoje. Ele atendeu a um pedido do líder do PDT, Weverton Rocha (MA). A proposta obriga o uso de mecanismos de verificação biométrica e de identidade do trabalhador para a assinatura de contratos. O texto também estabelece que, nas portabilidades de empréstimos consignados, as taxas de juros terão de ser menores. A MP ainda prevê que: o governo federal terá de estimular ações de educação financeira para trabalhadores com carteira assinada; o Ministério do Trabalho terá de verificar se os empregadores estão descontando e repassando corretamente as parcelas de empréstimos consignados de seus empregados; se houver desconto indevido ou ausência de pagamento dos empréstimos, o empregador poderá ser penalizado.



PF abre inquérito para apurar ataque a sistemas de instituições financeiras; BC não foi afetado


02/07/2025 16:09 - g1.globo.com

Segundo o Banco Central, hackers invadiram sistemas da empresa que presta serviços tecnológicos e conecta instituições financeiras ao próprio BC. Detalhes sobre a invasão ainda estão sendo apurados. BC informa ataque hacker contra C&M Software, que interliga bancos aos seus sistemas e ao PIX A Polícia Federal (PF) abriu nesta quarta-feira (2) um inquérito para investigar um ataque hacker a sistemas de instituições financeiras que tiveram as contas invadidas por meio da C&M Software — empresa que presta serviços tecnológicos e conecta instituições financeiras ao Banco Central (BC). A informação foi confirmada à GloboNews pelo diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues. O BC informou mais cedo nesta quarta que a C&M Software comunicou um ataque à sua infraestrutura e que determinou o desligamento do acesso das instituições às infraestruturas operadas pela empresa. 🔎 A C&M, alvo do ataque, é uma empresa que presta serviços de tecnologia da informação (TI) para instituições participantes do PIX. Ela é homologada pelo BC para essa função, assim como outras oito empresas no país. 'Brasil tem expertise em fazer esse tipo de ataque', diz especialista sobre tentativa de invasão ao sistema do BC Acesso a sistemas do BC Em nota, o diretor comercial da C&M Software, Kamal Zogheib, afirmou que a empresa foi vítima direta de uma ação criminosa, que envolveu o uso indevido de credenciais de clientes para tentar acessar seus sistemas e serviços de forma fraudulenta. "A CMSW confirma que colabora ativamente com as autoridades competentes, incluindo o Banco Central e a Polícia Civil de São Paulo, nas investigações em andamento", disse. Zogheib acrescentou que a empresa não comentará detalhes do processo por orientação jurídica e em respeito ao sigilo das investigações, mas reforçou que todos os sistemas críticos da companhia permanecem “íntegros e operacionais” e destacou que todas as medidas previstas nos protocolos de segurança foram “integralmente executadas”. Uma das empresas afetadas, a BMP, que fornece infraestrutura para plataformas bancárias digitais, o incidente envolvendo a C&M permitiu o acesso indevido a contas de reserva de pelo menos seis instituições financeiras. O BC não informou quais instituições foram afetadas. 🔎 As contas reserva são mantidas diretamente no BC e utilizadas exclusivamente para liquidação interbancária — processo pelo qual instituições financeiras realizam transferências de recursos entre si. Dessa forma, segundo a BMP, o ataque não teve relação com as contas de clientes finais nem com os saldos mantidos dentro da instituição. “Reforçamos que nenhum cliente BMP foi impactado ou teve seus recursos acessados”, afirmou em nota oficial, destacando que o incidente envolveu exclusivamente recursos depositados em sua conta de reserva no BC. “A instituição já adotou todas as medidas operacionais e legais cabíveis, e conta com colaterais suficientes para cobrir integralmente o valor impactado, sem prejuízo à sua operação ou aos seus parceiros comerciais”, informou a BMP em nota, reiterando que continua a operar normalmente. Banco Central anuncia novas regras contra fraudes no PIX Veja as notas sobre o caso, na íntegra Banco Central do Brasil (BC) A C&M Software, prestadora de serviços de tecnologia para instituições provedoras de contas transacionais que não possuem meios de conexão própria, comunicou ataque à sua infraestrutura tecnológica. O Banco Central determinou à C&M o desligamento do acesso das instituições às infraestruturas por ela operadas. CMSW (C&M Software) A CMSW [C&M Software] confirma que colabora ativamente com as autoridades competentes, incluindo o Banco Central e a Polícia Civil de SP, nas investigações em andamento. A empresa é vítima direta da ação criminosa, que incluiu o uso indevido de credenciais de clientes para tentar acessar de forma fraudulenta seus sistemas e serviços. Por orientação jurídica e em respeito ao sigilo das apurações, a CMSW não comentará detalhes do processo, mas reforça que todos os seus sistemas críticos seguem íntegros e operacionais, e que as medidas previstas nos protocolos de segurança foram integralmente executadas. Grato Diretor Comercial da CMSW BMP NOTA OFICIAL — INCIDENTE DE SEGURANÇA NA INFRAESTRUTURA DA C&M SOFTWARE A BMP informa que, nesta segunda-feira, foi identificada uma ocorrência de segurança envolvendo a C&M Software — empresa autorizada e supervisionada pelo Banco Central do Brasil, responsável pela mensageria que interliga instituições financeiras ao Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB), incluindo o ambiente de liquidação do Pix. O incidente de cibersegurança comprometeu a infraestrutura da C&M e permitiu acesso indevido a contas reserva de seis instituições financeiras, entre elas a BMP. As contas reserva são mantidas diretamente no Banco Central e utilizadas exclusivamente para liquidação interbancária — sem qualquer relação com as contas de clientes finais ou com os saldos mantidos dentro da BMP. Reforçamos que nenhum cliente da BMP foi impactado ou teve seus recursos acessados. No caso da BMP, o ataque envolveu exclusivamente recursos depositados em sua conta reserva no Banco Central. A instituição já adotou todas as medidas operacionais e legais cabíveis e conta com colaterais suficientes para cobrir integralmente o valor impactado, sem prejuízo à sua operação ou aos seus parceiros comerciais. A C&M Software foi imediatamente desconectada do ambiente do Banco Central, e as autoridades competentes, incluindo o próprio BC, já estão conduzindo uma investigação detalhada sobre o ocorrido. A BMP segue operando normalmente, com total segurança, e reforça seu compromisso com a integridade do sistema financeiro, a proteção dos seus clientes e a transparência nas suas comunicações. Para mais informações, nossa equipe de comunicação institucional está à disposição. São Paulo, 2 de julho de 2025 BMP



Tarifaço de Trump: EUA anunciam acordo comercial com o Vietnã


02/07/2025 15:02 - g1.globo.com


Presidente americano indicou que o país asiático concederá acesso total aos seus mercados, de forma que os EUA não pagarão nenhuma tarifa para exportar seus produtos. Entenda como Tarifas de Trump podem afetar Brasil O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta quarta-feira (2) que o país firmou um acordo comercial com o Vietnã. A menos de 10 dias do fim do prazo de suspensão do tarifaço, este é apenas o terceiro acordo anunciado pelo republicano até o momento. Segundo Trump, o acordo foi resultado de uma negociação entre os EUA e o secretário-geral do Partido Comunista do Vietnã, To Lam. Os termos negociados foram: Os EUA aplicarão uma tarifa de 20% sobre produtos vietnamitas importados, além de uma taxa de 40% sobre qualquer transferência de produtos ou contêineres entre meios de transporte durante o trajeto até o destino final (prática conhecida como transshipping no jargão do mercado); e O Vietnã concederá aos EUA acesso total aos seus mercados comerciais. A tarifa acordada é inferior à taxa de 46% inicialmente anunciada por Trump em abril. "Em outras palavras, eles abrirão seu mercado para os EUA, o que significa que poderemos vender nossos produtos para o Vietnã com tarifa zero", afirmou Trump, em uma publicação no Truth Social. O Vietnã é um importante polo global de manufatura para exportação, com mão de obra qualificada e custos competitivos. Entre as empresas com fábricas no Vietnã que exportam seus produtos para os EUA estão: Nike Apple Samsung Intel, entre outras. Poucos acordos foram firmados até agora Faltando uma semana para o fim da pausa de 90 dias nas tarifas recíprocas instituídas pelo presidente americano, Donald Trump, os EUA firmaram apenas mais dois acordos comerciais — e o Brasil não está nessa lista. O primeiro acordo comercial firmado pelos EUA foi com o Reino Unido. Anunciado no início de maio, o tratado realinhou cotas e reduziu as tarifas aplicadas por ambos os países sobre produtos importados. Os EUA mantiveram uma tarifa de 10% sobre os produtos britânicos importados. O Reino Unido reduziu as taxas sobre os produtos americanos de 5,1% para 1,8%, além de ampliar o acesso dos EUA aos seus mercados. Já no início deste mês, os EUA chegaram a um consenso com a China após meses de impasse. No entanto, o acordo ainda depende da aprovação oficial dos líderes de ambos os países — o que ainda não aconteceu formalmente. O tratado determinou uma taxa de 10% da China sobre os produtos americanos; e Uma tarifa de 55% ao que os EUA importam dos chineses. Embora representem um avanço na nova política tarifária de Trump, os acordos não abrangem a maior parte dos mais de 180 países afetados pelas tarifas anunciadas pelo republicano no início de abril. "Há uma certa dificuldade diplomática dos EUA em fechar acordos amplos e com múltiplos parceiros. Seja por questões relacionadas à própria política comercial, seja pela geopolítica", afirma Frederico Nobre, gestor de investimentos da Warren. No último mês, parte dos esforços voltados à negociação de novos acordos comerciais foi redirecionada para o conflito entre Israel e Irã. Primeiro, houve intervenção militar dos EUA — que atacaram instalações nucleares iranianas — e, posteriormente, uma mediação de Trump para um cessar-fogo. Diante do atraso nas negociações e da proximidade do fim do prazo, especialistas ouvidos pelo g1, afirmam que a expectativa agora é de uma prorrogação da suspensão por parte dos EUA, permitindo a conclusão das tratativas em andamento. "Eles não tiveram tempo suficiente para negociar", afirma Welber Barral, ex-secretário de Comércio Exterior e sócio-fundador da BMJ Consultores Associados. Ele destaca que diversos países ainda estão em tratativas com os EUA, como Coreia do Sul, União Europeia (UE) e Japão. "Então provavelmente eles vão precisar manter essa suspensão por mais um tempo, e essas negociações vão dar mais trabalho do que eles imaginavam", diz Barral. Donald Trump se irritou ao ouvir questão sobre expressão 'Trump Sempre Arrega', em 28 de maio de 2025 REUTERS/Leah Millis Negociações ainda em andamento Desde o anúncio das tarifas, em abril, diversos países afirmaram que estão tentando negociar com os EUA. Na última cúpula do G7, realizada em junho, líderes das principais economias tentaram avançar com seus próprios acordos. No entanto, Trump deixou a reunião mais cedo, alegando a necessidade de lidar com a escalada das tensões no Oriente Médio. Líderes da União Europeia se reuniram na quinta-feira (26) para discutir se optam por um acordo comercial rápido ou se continuam buscando condições mais vantajosas. Recentemente, a UE — que passou meses tentando negociar uma taxa inferior aos 10% mínimos impostos por Trump — declarou estar preparando uma série de tarifas retaliatórias como estratégia para garantir um acordo mais favorável à região. Entre os países que já indicaram estar em negociações com os EUA estão: Índia; Canadá; Taiwan; Austrália; Paquistão; México; União Europeia; Suíça; Itália; Alemanha; Tailândia, entre outros. E o Brasil? Embora o Brasil não tenha sido um dos mais impactados pelas tarifas, com alíquota de 10%, especialistas destacam que o país continua sujeito às tarifas sobre aço e alumínio, em vigor desde o início de junho. Antes fixadas em 25%, as tarifas foram elevadas para 50% por meio de um decreto assinado por Trump. Tanto o aço quanto o alumínio são produtos estratégicos para as exportações brasileiras, e o Brasil é um dos principais fornecedores de aço para os EUA. Como mostrou o g1, além de uma possível redução nas exportações brasileiras por conta das tarifas, especialistas já haviam destacado que as medidas também afetam fortemente o setor siderúrgico — sobretudo as empresas com forte presença no mercado externo. "O país precisará, sim, avançar nas negociações bilaterais com os Estados Unidos, especialmente do lado do Itamaraty e do MDIC [Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços], para garantir que cotas preferenciais ou isenções tarifárias sejam aplicadas para o aço brasileiro", afirma Nobre, da Warren. O ministro do Desenvolvimento e vice-presidente, Geraldo Alckmin, chegou a se pronunciar algumas vezes nos últimos meses sobre os impactos das tarifas de Trump para o Brasil e o mundo, mas sem detalhar o andamento das negociações. No início de junho, Alckmin afirmou que a melhor forma de mitigar os efeitos seria aprofundar o diálogo com os americanos, destacando a criação de um grupo de trabalho bilateral com o secretário do Comércio dos EUA, Howard Lutnick, e o USTR (representante do comércio dos EUA). Pelo lado do Brasil, o grupo conta com a participação do Ministério da Indústria e do Ministério das Relações Exteriores. Procurado, o MDIC afirmou ao g1 que as negociações foram iniciadas em março e que, desde então, "uma série de reuniões presenciais e virtuais" tem sido realizada para dar continuidade às tratativas. "Neste momento, enquanto as negociações seguem em curso, não é possível divulgar detalhes sobre o conteúdo das discussões, sob pena de impactar o andamento e a efetividade do processo negociador", informa o ministério. O MDIC acrescentou que segue comprometido com a defesa dos interesses dos exportadores brasileiros, "tanto em relação às tarifas recíprocas quanto no enfrentamento de medidas adotadas sob o argumento de segurança nacional". "A relação comercial entre Brasil e Estados Unidos é sólida, histórica e de relevância estratégica para ambos os países. Os EUA mantêm superávit comercial com o Brasil, e o intercâmbio entre as duas economias é complementar, trazendo benefícios mútuos", completa o ministério.



IOF: Haddad rechaça palavra 'traição', mas diz que não foi o Executivo que deixou mesa de negociação


02/07/2025 14:47 - g1.globo.com


Ministro da Fazenda minimizou crise com o Congresso após governo recorrer ao STF para retomar decretos de Lula que elevam o imposto. Haddad diz que não foi o Executivo que deixou mesa de negociação sobre o IOF O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, minimizou nesta quarta-feira (2) a crise do governo com o Congresso em relação aos decretos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) que elevam o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Durante entrevista a jornalistas em Buenos Aires, na Argentina, onde cumpre compromissos relacionados ao Mercosul, o ministro voltou a refutar o termo "traição" na relação do Executivo com o Legislativo, mas afirmou que não foi o governo que deixou a mesa de negociação sobre o IOF. Ele foi questionado por jornalistas sobre como fica a situação do governo no Congresso após a Advocacia-Geral da União (AGU) entrar com uma ação no Supremo Tribunal Federal para retomar os decretos do presidente Lula que tratam da elevação de alíquotas do IOF. "Quem saiu da mesa de negociação não foi o Executivo. Não fomos reconvocados para a mesa. Saímos da mesa achando que o encaminhamento estava 'ok', e não fomos reconvocados", disse Haddad, na Argentina. Editados pelo presidente Lula para aumentar a arrecadação federal, os decretos foram derrubados pela Câmara e pelo Senado, em um movimento que pegou o governo de surpresa e impôs ao Palácio do Planalto uma derrota. O ministro disse que o governo fez apenas um questionamento ao STF e avalia que isso não representa crise, ou seja, que não trará prejuízos ao Executivo no relacionamento com deputados e senadores. "É uma questão eminentemente jurídica. O que a AGU fez, pelo que li, estamos discutindo uma questão jurídica sobre a constitucionalidade do decreto do presidente da República. Se está discutindo a constitucionalidade, qual o ponto de discordância? O Supremo tem de dizer se o decreto é constitucional ou não. Tem nenhuma questão nem econômica nem política", declarou Haddad. O ministro também afirmou que a equipe econômica tem tido apoio em projetos prioritários no Legislativo e que não tem reclamações a fazer sobre as lideranças da Câmara, presidida por Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, comandado por Davi Alcolumbre (União Brasil-AP). Interpelado por jornalistas se o questionamento à derrubada da alta do IOF no STF não pode gerar prejuízo a outras pautas do governo, como a ampliação da faixa de isenção do Imposto de Renda para até R$ 5 mil, Haddad avaliou que não. "Está sugerindo que o Congresso vai prejudicar uma parcela mais pobre do país, por conta de uma pergunta que está sendo feita ao STF. Está insinuando que isso possa acontecer, por quê? Não recebi de líder nenhum essa manifestação. Eu não recebi ameaça nesse sentido, de que resposta do STF dizendo que o presidente agiu dentro da legalidade ensejaria prejuízo para a população de baixa renda", concluiu ele. Lula e Haddad durante lançamento do Plano Safra no Planalto, em 1º de julho de 2025 Reuters/Adriano Machado



Número 2 da Fazenda se reúne com Alcolumbre em meio a disputa do governo com o Congresso sobre alta do IOF


02/07/2025 14:40 - g1.globo.com


Dario Durigan também se reuniu com deputados federais para debater cortes em benefícios fiscais. Governo vive cruzada para aumentar a arrecadação, mas não quer cortar gastos. O secretário executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan, se reuniu nesta quarta-feira (2) com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), em meio à disputa entre o governo e o Congresso sobre os decretos que aumentavam as alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). A reunião ocorreu um dia após o governo acionar o Supremo Tribunal Federal (STF) para tentar reverter a derrubada dos decretos. O aumento do IOF havia sido uma das apostas da equipe econômica para elevar a arrecadação e cumprir a meta fiscal. O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e o próprio Alcolumbre foram apontados por aliados como fiadores do revés, o que gerou tensão com o Palácio do Planalto. Nos bastidores, há também o desconforto com o fato de Fernando Haddad, ministro da Fazenda, não ter conseguido retorno de ligações feitas a Motta antes da votação dos decretos. Mais cedo, Durigan também participou de uma reunião com deputados na Comissão de Finanças e Tributação da Câmara, onde defendeu a revisão de isenções e benefícios fiscais como alternativa à alta de impostos. “É um debate que interessa ao governo, interessa ao país e interessa também aos líderes que participaram aqui, inclusive da oposição”, disse o secretário. Lula defende judicialização do IOF e nega rivalidade com Congresso Conversa com deputados sobre isenções fiscais Segundo Durigan, parlamentares demonstram interesse em avançar com projetos de revisão do chamado gasto tributário. "É um debate que interessa ao governo, interessa ao país e interessa também aos líderes que participaram aqui, líderes inclusive da oposição", disse o secretário. O encontro foi organizado pela Comissão de Finanças e Tributação da Câmara. Parlamentares de diferentes partidos participaram da reunião. "A gente teve uma excelente conversa com alguns líderes em que a gente discutiu as propostas já em tramitação sobre revisão de benefício tributário. E o que me compete aqui é trazer tanto as informações técnicas quanto os riscos e desafios que estão colocados. Acho que ficou muito claro um compromisso a ser encaminhado pelo presidente [da comissão], Rogério Correia (PT-MG), tratar com o presidente [da Câmara], Hugo Motta, de quais serão os próximos passos na Casa", declarou. Aos deputados, Durigan defendeu que o Congresso não pode aprovar um texto "genérico" que determine apenas um corte linear nos benefícios. "Não dá para aprovar alguma coisa muito genérica do ponto de vista técnico, simplesmente dizer em um único dispositivo de texto: 'Fica revisto 10%'. Isso não funciona, porque não é operacional. Então, é preciso dar alguma operacionalidade. E eu expliquei aqui as técnicas de como fazer isso", disse o secretário. No encontro, Dario Durigan também foi cobrado por parlamentares a explicar quais são os números reais da arrecadação perdida pelo governo com isenções e benefícios fiscais. Secretário executivo da Fazenda, Dario Durigan. Diogo Zacarias/Ministério da Fazenda Arrecadação Segundo ele, estimativas feitas pela Fazenda apontam que, em uma avaliação conservadora, se forem aprovadas mudanças nos subsídios existentes, o governo poderá arrecadar R$ 20 bilhões em 2026. "O meu papel é contribuir e trazer quais são os pontos para que a gente não aprove alguma coisa na expectativa de que vá dar um resultado e, por uma questão de técnica legislativa, não dê esse resultado. Então, é preciso fechar as arestas, aperfeiçoar o texto para que a gente cumpra com esse objetivo, que é de todo mundo, aprovando um texto e ter um resultado do ponto de vista fiscal." Debate na Câmara O deputado Rogério Correia afirmou que uma das saídas possíveis para avançar com o assunto na Casa é aproveitar um projeto aprovado pelo Senado em 2023, que trata de mecanismos para revisão de benefícios fiscais. Segundo ele, Hugo Motta sinalizou que concorda com esse encaminhamento, ao defender a análise de um requerimento para levar a proposta à votação direta no plenário. "Eles [Fazenda] vão nos apresentar um estudo. Nós vamos apresentar um substitutivo [novo texto] em relação a isso. A gente espera conseguir com o governo algo que seja o mais consensual possível. Temos que fazer justiça tributária", afirmou.



BC informa ataque hacker contra C&M Software, que interliga bancos aos seus sistemas e ao PIX


02/07/2025 14:30 - g1.globo.com


Incidente permitiu acesso indevido a contas de reserva de pelo menos seis instituições financeiras. A Polícia Federal (PF) deve abrir um inquérito para investigar o caso. 'Brasil tem expertise em fazer esse tipo de ataque', diz especialista sobre tentativa de invasão ao sistema do BC O Banco Central do Brasil (BC) informou nesta quarta-feira (2) que a C&M Software — empresa que presta serviços tecnológicos e conecta instituições financeiras ao BC — comunicou ter sido alvo de um ataque à sua infraestrutura. "A C&M Software, prestadora de serviços de tecnologia para instituições provedoras de contas transacionais que não possuem meios de conexão própria, comunicou ataque à sua infraestrutura tecnológica", afirmou o BC em nota. O BC também informou que determinou o desligamento do acesso das instituições às infraestruturas operadas pela C&M. 🔎 A C&M, alvo do ataque, é uma empresa que presta serviços de tecnologia da informação (TI) para instituições participantes do PIX. Ela é homologada pelo BC para essa função, assim como outras oito empresas no país. Ainda não há informações oficiais sobre os valores envolvidos no ataque. A Polícia Federal (PF) deve abrir um inquérito para investigar o ataque hacker. A informação foi confirmada à GloboNews pelo diretor-geral da corporação, Andrei Rodrigues. Em nota, o diretor comercial da C&M Software, Kamal Zogheib, afirmou que a empresa foi vítima direta de uma ação criminosa, que envolveu o uso indevido de credenciais de clientes para tentar acessar seus sistemas e serviços de forma fraudulenta. "A CMSW confirma que colabora ativamente com as autoridades competentes, incluindo o Banco Central e a Polícia Civil de São Paulo, nas investigações em andamento", disse. Zogheib acrescentou que a empresa não comentará detalhes do processo por orientação jurídica e em respeito ao sigilo das investigações, mas reforçou que todos os sistemas críticos da companhia permanecem “íntegros e operacionais” e destacou que todas as medidas previstas nos protocolos de segurança foram “integralmente executadas”. Uma das empresas afetadas, a BMP, que fornece infraestrutura para plataformas bancárias digitais, o incidente envolvendo a C&M permitiu o acesso indevido a contas de reserva de pelo menos seis instituições financeiras. O BC não informou quais instituições foram afetadas. 🔎 As contas de reserva são mantidas diretamente no BC e utilizadas exclusivamente para liquidação interbancária — processo pelo qual instituições financeiras realizam transferências de recursos entre si. Dessa forma, segundo a BMP, o ataque não teve relação com as contas de clientes finais nem com os saldos mantidos dentro da instituição. “Reforçamos que nenhum cliente MP foi impactado ou teve seus recursos acessados”, afirmou em nota oficial, destacando que o incidente envolveu exclusivamente recursos depositados em sua conta de reserva no BC. “A instituição já adotou todas as medidas operacionais e legais cabíveis, e conta com colaterais suficientes para cobrir integralmente o valor impactado, sem prejuízo à sua operação ou aos seus parceiros comerciais”, informou a BMP em nota, reiterando que continua a operar normalmente. Ainda segundo a empresa, as autoridades competentes, incluindo o próprio BC, já estão conduzindo uma investigação detalhada sobre o ocorrido. Banco Central do Brasil (BC) Marcello Casal/Agência Brasil Veja as notas sobre o caso, na íntegra Banco Central do Brasil (BC) A C&M Software, prestadora de serviços de tecnologia para instituições provedoras de contas transacionais que não possuem meios de conexão própria, comunicou ataque à sua infraestrutura tecnológica. O Banco Central determinou à C&M o desligamento do acesso das instituições às infraestruturas por ela operadas. CMSW (C&M Software) A CMSW confirma que colabora ativamente com as autoridades competentes, incluindo o Banco Central e a Polícia Civil de SP, nas investigações em andamento. A empresa é vítima direta da ação criminosa, que incluiu o uso indevido de credenciais de clientes para tentar acessar de forma fraudulenta seus sistemas e serviços. Por orientação jurídica e em respeito ao sigilo das apurações, a CMSW não comentará detalhes do processo, mas reforça que todos os seus sistemas críticos seguem íntegros e operacionais, e que as medidas previstas nos protocolos de segurança foram integralmente executadas. Grato Diretor Comercial da CMSW BMP NOTA OFICIAL — INCIDENTE DE SEGURANÇA NA INFRAESTRUTURA DA C&M SOFTWARE A BMP informa que, nesta segunda-feira, foi identificada uma ocorrência de segurança envolvendo a C&M Software — empresa autorizada e supervisionada pelo Banco Central do Brasil, responsável pela mensageria que interliga instituições financeiras ao Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB), incluindo o ambiente de liquidação do Pix. O incidente de cibersegurança comprometeu a infraestrutura da C&M e permitiu acesso indevido a contas reserva de seis instituições financeiras, entre elas a BMP. As contas reserva são mantidas diretamente no Banco Central e utilizadas exclusivamente para liquidação interbancária — sem qualquer relação com as contas de clientes finais ou com os saldos mantidos dentro da BMP. Reforçamos que nenhum cliente da BMP foi impactado ou teve seus recursos acessados. No caso da BMP, o ataque envolveu exclusivamente recursos depositados em sua conta reserva no Banco Central. A instituição já adotou todas as medidas operacionais e legais cabíveis e conta com colaterais suficientes para cobrir integralmente o valor impactado, sem prejuízo à sua operação ou aos seus parceiros comerciais. A C&M Software foi imediatamente desconectada do ambiente do Banco Central, e as autoridades competentes, incluindo o próprio BC, já estão conduzindo uma investigação detalhada sobre o ocorrido. A BMP segue operando normalmente, com total segurança, e reforça seu compromisso com a integridade do sistema financeiro, a proteção dos seus clientes e a transparência nas suas comunicações. Para mais informações, nossa equipe de comunicação institucional está à disposição. São Paulo, 2 de julho de 2025 BMP Golpe do Pix: falsos aplicativos de banco geram comprovantes de transferências inexistentes *Com informações da agência de notícias Reuters



Dólar cai e fecha a R$ 5,42, menor valor em quase um ano; Ibovespa recua


02/07/2025 12:00 - g1.globo.com


A moeda americana caiu 0,74%, cotada a R$ 5,4206. A bolsa recuou 0,36%, aos 139.051 pontos. EUA: Senado vota proposta de orçamento do governo Trump O dólar fechou em queda de 0,74% nesta quarta-feira (2), cotado a R$ 5,4206 — menor patamar desde 19 de agosto de 2024 (R$ 5,4114). O Ibovespa recuou 0,36%, aos 139.051 pontos. ▶️ Os investidores aguardam a votação do megapacote de cortes de impostos do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pela Câmara dos Deputados. Entre muitos pontos, o texto prevê uma ampla redução de tributos e um expressivo aumento nos gastos públicos. Com ele, a dívida pública dos EUA deve aumentar em US$ 3,3 trilhões na próxima década, agravando a situação fiscal do país e elevando a desconfiança em relação à maior economia do mundo. ▶️ Além disso, o mercado avalia a proximidade do fim do prazo de suspensão do tarifaço. Os EUA têm buscado negociar com seus parceiros econômicos, mas apenas três acordos foram firmados. O terceiro, inclusive, foi anunciado nesta quarta: um acordo com o Vietnã. ▶️ No Brasil, a derrubada do projeto que aumentava o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) segue em foco. O presidente Lula defendeu nesta quarta a judicialização do IOF e negou rivalidade com Congresso. (leia mais abaixo) A equipe econômica ainda insiste na necessidade da taxação ao IOF para fechar as contas de 2025. Como mostrou o g1, a queda na arrecadação e a resistência do Congresso podem levar a novos cortes no Orçamento. ▶️ Por fim, o mercado também acompanha a divulgação de uma série de indicadores econômicos nacionais e internacionais. Por aqui, o foco ficou com a produção industrial de maio, que recuou pelo segundo mês consecutivo. No exterior, o relatório ADP, com dados de emprego dos EUA, mostrou fechamento de 33 mil vagas no mês passado, contra expectativa de abertura de 95 mil empregos no setor privado. Isso reforça a perspectiva de que o Federal Reserve possa começar a cortar os juros nos EUA. Veja abaixo como esses fatores impactam o mercado. 💲Dólar a Acumulado da semana: -1,15%; Acumulado do mês: -0,24%; Acumulado do ano: -12,28%. 📈Ibovespa Acumulado da semana: -0,58%; Acumulado da semana: +1,60%; Acumulado do mês: +0,14% Acumulado do ano: +15,60%. O 'grande e belo' pacote orçamentário de Trump O megapacote orçamentário de Trump, que reduz impostos, aumenta a verba contra imigrantes e corta programas sociais, pode ser votado pela Câmara dos Deputados dos EUA nesta quarta-feira (2), após ter sido aprovado pelo Senado do país na véspera. Até o fechamento dos mercados, a votação ainda não havia acontecido. Intitulado de One Big Beautiful Bill ("Um grande e belo projeto”, em tradução livre), o texto prevê, entre outros pontos: aumento de recursos destinados ao controle da imigração; ampliação dos gastos com as Forças Armadas; cortes em programas sociais — especialmente na área da saúde; criação de novas isenções fiscais para gorjetas e horas extras; revogação de incentivos à energia limpa implementados pelo democrata Joe Biden. A proposta prorroga os cortes de impostos implementados em 2017, durante o primeiro mandato de Trump. Em contrapartida, reduz os recursos destinados a programas como o Medicaid — que garante acesso à saúde para famílias de baixa renda. Além disso, o projeto pode aumentar significativamente a dívida pública dos EUA. O Escritório de Orçamento do Congresso dos Estados Unidos (CBO, na sigla em inglês) estima que o pacote orçamentário adicionará cerca de US$ 3,3 trilhões (aproximadamente R$ 18 trilhões) à dívida pública do país. Após a aprovação no Senado, o projeto retornará à Câmara dos Deputados. Se for novamente aprovado, seguirá para sanção presidencial. A expectativa é que a votação ocorra já na próxima quarta-feira (2). Trump deseja sancionar a lei até o feriado da Independência, em 4 de julho. O presidente da Câmara, Mike Johnson, afirmou em comunicado que pretende cumprir esse prazo. SAIBA MAIS AQUI. Tarifaço: contagem regressiva para o fim da trégua O tarifaço de Trump voltou a ganhar destaque após a estabilização da situação no Oriente Médio. A suspensão de 90 dias das tarifas impostas pelo republicano está prestes a expirar, e o baixo número de acordos firmados até o momento continua gerando preocupação. Trump e o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, afirmaram nesta terça que o prazo não será estendido e as tarifas poderão ser restabelecidas após 9 de julho. Nesta segunda-feira, o Canadá cancelou o imposto sobre serviços digitais direcionado a empresas de tecnologia dos EUA, poucas horas antes de sua entrada em vigor. A decisão foi interpretada como uma tentativa de destravar as negociações comerciais, que haviam sido interrompidas por Trump. Além disso, a União Europeia busca um alívio imediato nas tarifas comerciais para setores estratégicos do bloco como condição para qualquer acordo com os EUA, segundo diplomatas ouvidos pela Reuters. 🔎 O mercado avalia que o aumento das tarifas sobre importações pode elevar os preços ao consumidor e os custos de produção, pressionando a inflação e reduzindo o consumo. Esse cenário pode levar à desaceleração da economia dos EUA e até a uma recessão global. Diante das preocupações com as contas públicas e pelo tarifaço, a política de juros do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) também fica no radar. Nesta semana, o presidente da instituição, Jerome Powell, voltou a afirmar que a instituição pretende “esperar e obter mais informações” sobre os impactos das tarifas na inflação antes de reduzir as taxas de juros, ignorando mais uma vez as pressões de Trump por cortes imediatos. De olho no IOF O mercado continua com suas atenções voltadas para as contas públicas, especialmente após o Congresso Nacional ter derrubado, na semana passada, o decreto presidencial que alterava as regras e aumentava a cobrança do IOF. Segundo a equipe econômica, a revogação do decreto do IOF deve resultar em uma perda de arrecadação de R$ 10 bilhões ainda neste ano. Especialistas ouvidos pelo g1 alertam que a medida pode levar o governo a adotar novos bloqueios e contingenciamentos no Orçamento de 2025. ▶️ Na terça-feira, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou novamente que o governo precisa do aumento do IOF para equilibrar as contas em 2026. O ministro também declarou que, para equilibrar as contas públicas, será necessário aprovar a Medida Provisória que aumenta a tributação sobre apostas eletrônicas (bets), criptoativos, fintechs e outros setores, além de cortar aproximadamente R$ 15 bilhões em benefícios fiscais. Nesta quarta, Haddad minimizou a crise do governo com o Congresso e voltou a refutar o termo "traição" na relação do Executivo com o Legislativo, mas afirmou que não foi o governo que deixou a mesa de negociação sobre o IOF. O presidente Lula defendeu nesta quarta a decisão do governo de recorrer no STF contra a derrubada do aumento do IOF pelo Congresso. "Se eu não for à Suprema Corte, eu não governo mais o país. Esse é o problema. Cada macaco no seu galho. Ele legisla, e eu governo", disse o presidente. Na terça-feira (1º), o advogado-geral da União, Jorge Messias, afirmou que o governo federal decidiu levar a questão ao Supremo. Segundo ele, a derrubada do decreto pelo Congresso violou a separação de Poderes. Agenda econômica Por fim, investidores também acompanharam a divulgação de uma série de indicadores econômicos no Brasil e no exterior. Por aqui, a produção industrial de maio registrou a segunda queda consecutiva, intensificando o ritmo de perda de força em meio aos juros elevados. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o setor contraiu 0,5% no mês passado em relação a abril. Em comparação a maio do ano passado, houve uma alta de 3,3%. Já nos Estados Unidos, o setor privado registrou um fechamento de vagas de trabalho em junho, de forma inesperada. Segundo o Relatório Nacional de Emprego da ADP, divulgado nesta quarta-feira, o país perdeu 33 mil postos no mês passado, após um aumento de 29 mil vagas em maio. Notas de dólar. Dado Ruvic/ Reuters *Com informações da agência de notícias Reuters.



ES vira nova alternativa para moradores de grandes centros e é um dos estados que mais ganhou população de outros lugares


02/07/2025 07:01 - g1.globo.com


Estabilidade de negócios e geração de empregos são fatores apontados por especialistas que colocam o Espírito Santo como 7º estado do país que mais recebeu migrantes entre 2017 e 2022, segundo o IBGE. Cidade de Vitória, capital do Espírito Santo Reprodução/TV Gazeta O Espírito Santo ganhou força no mapa migratório e apareceu como o sétimo estado que mais recebeu migrantes entre 2017 e 2022, ou seja, pessoas de outros estados que chegam para viver em território capixaba. Com isso, o estado teve ganho populacional de 27,8 mil pessoas durante o período. Os dados são do Censo 2022, divulgados pelo IBGE na última sexta-feira (27). 📲 Clique aqui para seguir o canal do g1 ES no WhatsApp Economistas e geógrafos destacam que o Espírito Santo já despontava como uma opção de moradia desde o último Censo de 2010 e se consolidou principalmente para aqueles que saem dos grandes centros, como Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais. Especialistas apontaram também alguns fatores que foram essenciais para que o Espírito Santo aparecesse na lista dos nove estados do país que tiveram aumento populacional: 🏭 Investimentos na indústria; 📈 Ambiente fortalecido para estabilidade nos negócios; 👩🏻‍💻 Oportunidades de emprego. Estado das oportunidades ES vira nova alternativa de moradia para pessoas de grandes centros O Espírito Santo recebeu aproximadamente 102,4 mil migrantes, enquanto cerca de 74,5 mil pessoas deixaram o estado nos cinco anos anteriores ao Censo Demográfico de 2022, resultando em um saldo migratório positivo de 27,9 mil pessoas. Mas quando comparado o número de pessoas que o Espírito Santo recebeu em relação ao número de habitantes, houve um aumento de 0,73% da população total geral, o que coloca o estado como sexta maior taxa líquida de migração. O professor de Geografia da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) e da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Ednelson Dota, explicou que o aumento de pessoas que deixaram o Rio de Janeiro e São Paulo acabou interferindo no aumento populacional no Espírito Santo. "Em 2010, o estado já tinha aparecido como uma área de saldo migratório positivo e agora essa tendência continua. Nós observamos alterações importantes em nível nacional, com a maioria dos estados apresentando saldos migratórios negativos, principalmente o Rio de Janeiro. O que acontece com Rio e São Paulo é que eles não oferecem mais isenção produtiva que ofereciam há 30, 40 anos atrás", destacou o professor. O Rio de Janeiro apareceu como o estado com o pior resultado de fluxo migratório durante o período: foram 332.574 saídas e apenas 167.214 entradas, o que totaliza uma perda de 165,3 mil habitantes. A reversão acentuada também marca uma mudança significativa na dinâmica migratória fluminense. O novo padrão indica que, mesmo mantendo certa capacidade de atração, o Rio passou a registrar uma evasão populacional expressiva, com destaque para fluxos de saída rumo a São Paulo (21,4%), Minas Gerais (17,7%) e Espírito Santo (7,3%), segundo o IBGE. Quem ganhou e quem perdeu população entre os estados Artes/g1 Com isso, São Paulo e Rio de Janeiro encerraram o período com populações de 44,4 milhões e 16 milhões de pessoas, respectivamente. Até o Censo anterior, em 2010, os dois estados apresentavam saldos positivos, sendo São Paulo o principal destino da migração brasileira. É como se, em média, São Paulo tivesse perdido 49 moradores por dia para outros estados entre 2017 e 2022 e 91 pessoas por dia tivessem deixado o Rio no mesmo período. O economista Wallace Milis pontuou que principalmente a estabilidade do mercado capixaba é o que mais atrai mão de obra vinda dos grandes centros. E, no estado, algumas cidades se destacam com a geração de novas vagas nas indústrias como Serra, Aracruz e Linhares. "O Espírito Santo tem um mercado de trabalho organizado em empregos formais que dão mais estabilidade às famílias: No 1º trimestre deste ano, foram 151 mil novas admissões com a criação de quase 9 mil novos empregos com carteira de trabalho assinada. Além disso, o estado tem renda per capta acima da média nacional. Isso cria oportunidades para o empreendedorismo, para o fornecimento de bens e serviços de consumo das famílias, dada a capacidade de pagamento dos locais, que acabam atraindo novos negócios, multiplicando renda e oportunidades", disse. Fachada do Aeroporto de Vitória Divulgação A faixa etária da migração interna no país também demonstra que a oportunidade de vagas de emprego é o maior chamariz para as migrações internas. LEIA TAMBÉM: Número de filhos por mulher no Brasil é o menor da história, diz IBGE Empresário do ES leva 200 pessoas para doar sangue em comemoração ao seu aniversário Das praias às montanhas em minutos: ES é um dos cinco estados mais acolhedores do país; veja roteiros De acordo com o Censo 2022, 1 em cada 5 migrantes tinha entre 25 e 29 anos. O movimento jovem reforça que a mobilidade pode estar diretamente associada ao ciclo de entrada na vida adulta, com busca por trabalho, estudo, moradia e formação de família. "O Espírito Santo consegue oferecer inserções produtivas, que são o que os migrantes que vem de fora estão buscando. São jovens que estão buscando emprego e quando eles encontram há uma forte tendência deles permanecerem", completou o professor. Mudança de vida Thiago Cass, engenheiro de software, e a mulher Denize Moraes, saíram de São Paulo em 2022 e foram morar no Espírito Santo Acervo pessoal O engenheiro de software Thiago Cass, de 39 anos, saiu de São Paulo para o Espírito Santo em 2022, a partir de uma proposta de emprego da empresa em que trabalha. O profissional percebeu que várias pessoas também fizeram o mesmo movimento migratório que ele impulsionados por oportunidades de emprego. "Eu acho que o Espírito Santo tem uma carência não de emprego em si, mas de mão de obra qualificada em um todo. Sinto que há oportunidades, mas dependendo do grau da necessidade ou área de atuação é preciso buscar profissionais de outros estados para preencher tal área", contou. Para Cass, que se mudou com a esposa, o estado se transformou em uma boa opção para traçar novas metas familiares. "Aprendi a amar o Espírito Santo, é um lugar convidativo, bonito e que te leva a viver uma vida mais 'tranquila', por assim dizer. É diferente de São Paulo, que é uma megalópole, foi difícil um pouco a transição, ter que desconstruir isso é um pouco difícil. No entanto, esse lugar é lindo, eu me surpreendo cada vez que ando por aqui, porque sempre há algo novo para se notar. De verdade, eu gosto muito. Falando por mim, posso dizer que, quando penso em ter filhos e viver uma vida menos transitória e 'calma', é aqui que penso em ficar. Já não me vejo tão longe daqui. O mar e o verde têm nos convidados a ficar. Minha esposa e eu falamos sobre isso algumas vezes, aqui é um lugar fácil de se gostar", comentou. Pela 1ª vez, SP tem mais gente saindo do que chegando VÍDEOS: tudo sobre o Espírito Santo Veja o plantão de últimas notícias do g1 Espírito Santo



O impacto da mineração de bitcoins em comunidades rurais dos EUA


02/07/2025 07:00 - g1.globo.com


Enquanto Trump flexibiliza regras para criptomoedas, um vilarejo no interior de Nova York reclama do zumbido e teme poluição de uma usina elétrica e fazenda de mineração de bitcoins. A mineração de bitcoin requer muita energia, que a Greenidge gera nesta usina em Dresden, no estado de Nova York Ted Shaffrey/AP/picture alliance via DW No pacato vilarejo de Dresden, na margem ocidental do Lago Seneca, no estado de Nova York (EUA), o apito de incêndio soa todos os dias, ao meio-dia. Os cerca de 300 moradores não ligam: é um som familiar que já faz parte do cotidiano do lugar. Mas há um barulho que alguns deles não conseguem mais aguentar: o zumbido constante da usina Greenidge Generation, uma antiga usina a carvão que hoje é uma usina de energia de pico movida a gás natural e que fornece eletricidade para Nova York durante os períodos de pico, ou seja, de alta demanda. Desde 2019, ela também alimenta uma fazenda de mineração de bitcoins que consome muita energia. Os moradores dizem que, em alguns dias, o som se parece com o de uma geladeira zumbindo ao fundo, mas, quando o vento muda de direção, lembra mais um rugido. Winton Buddington, que tem uma casa em Dresden, disse que a vila era uma comunidade agradável e tranquila até 2017, quando a empresa Atlas Holdings comprou a propriedade. A enfermeira aposentada Beth Cain afirma que pesquisas já mostraram que um ruído constante afeta as pessoas e cria estresse. "É como ter zumbido no ouvido [tinnitus]." E o som desagradável nem é a única preocupação dos moradores em relação à usina, que também despeja água quente no lago e emite dióxido de carbono e outros gases de efeito estufa. Muitos na comunidade, incluindo Yvonne Taylor, vice-presidente do grupo de defesa ambiental Guardiões do Lago Seneca, temem que a usina Greenidge represente uma ameaça à região, onde vinícolas e fazendas menonitas são grandes atrações turísticas. "A produção de vinho e o turismo são nosso motor econômico, e todos esses empregos dependem muito de ar e água limpos", diz Taylor. LEIA TAMBÉM De crítico a entusiasta: por que Donald Trump está obcecado por criptomoedas? Trump cria sua 'memecoin' e valor dispara. Presidente dos EUA pode criar uma criptomoeda? Bitcoin salta mais de 20% após Trump anunciar estoque estratégico de criptomoedas Entenda por que bitcoin e outras criptomoedas dispararam com vitória de Trump Perspectivas sob Trump A mineração de criptomoedas em larga escala, como em Dresden, usa milhares de computadores e consome enormes quantidades de energia. Em 2021, a planta de Greenidge gerava cerca de 44 megawatts para a mineração de bitcoins, o que, dependendo do nível de consumo, é suficiente para abastecer até 40 mil residências. Muita energia também gera muitas emissões. Com os dados da própria Greenidge, o grupo de direito ambiental Earthjustice calculou que a planta emitiu quase 800 mil toneladas de dióxido de carbono e equivalentes de CO2 em 2023, o que equivale às emissões de mais de 170 mil automóveis. De acordo com a agência Energy Information Administration (EIA), que coleta dados do setor de energia, 137 plantas de criptomineração estavam em operação nos Estados Unidos no início de 2024. Não há números mais atuais disponíveis, mas é de se esperar que, sob o governo de um autoproclamado "presidente das criptomoedas", as empresas de bitcoins enfrentem menos barreiras na busca por novos locais de mineração. "Trump facilitará a vida das grandes mineradoras de bitcoins nos EUA, especialmente no oeste do Texas", diz o professor de filosofia Troy Cross, do think-tank Bitcoin Policy Institute. O Texas é um dos principais produtores de carvão e gás natural e também está entre os principais estados em geração de energia solar e eólica nos EUA. O presidente já formou um grupo de trabalho para elaborar regulamentações a favor das criptomoedas e anunciou uma reserva nacional de ativos digitais. Numa reversão drástica de sua posição anterior de que bitcoin "não é dinheiro", mas "fraude", ele até lançou sua própria moeda meme. Taylor diz que as fazendas de mineração de bitcoin estão "se espalhando pelo país como um câncer" e que "corporações de criptomoedas espertas" estão aparecendo em comunidades rurais carentes com promessas de geração de empregos e lucros. Em Dresden, porém, a fazenda de mineração de bitcoins de Greenidge empregava 48 pessoas em tempo integral em 2022, ou quase o mesmo número de um restaurante do McDonald's, o que mostra que essas promessas estão longe da realidade, argumenta Taylor. Impacto ambiental da mineração de bitcoins A especialista Margot Paez, do Bitcoin Policy Institute, afirma que a decisão da Greenidge de colocar sua fazenda de mineração de bitcoins junto com uma usina de gás natural é uma ideia "terrível". Mas ela acrescenta que a planta é "só uma maçã podre", sugerindo que os mineradores de bitcoin deveriam recorrer a energias renováveis ou apoiar o balanço energético da rede elétrica. O estado de Nova York, numa avaliação preliminar de impacto ambiental das 11 instalações de criptomoedas dentro de suas fronteiras, afirmou que o consumo de energia dessas plantas pode dificultar o cumprimento de suas metas de transição para energias renováveis. Outra preocupação de moradores e ambientalistas é consumo de água pela usina da Greenidge. Evitar o superaquecimento dos computadores de mineração de criptomoedas requer enormes quantidades de água. A instalação tem permissão para extrair até 525 milhões de litros por dia do Lago Seneca e despejar até 507 milhões de litros. No entanto, como é usada para resfriamento, a água devolvida ao lago é muito mais quente do que a retirada. A temperatura varia entre 30 graus Celsius no inverno e 42 graus no verão, o que, segundo moradores, torna o lago quente demais para a diversão dos banhistas. Os moradores também temem que a água quente possa afetar a vida aquática e desencadear florações de algas nocivas. Em 2024, as autoridades ambientais estaduais registraram 377 florações de algas no lago. Em 2023 haviam sido apenas 50. A exposição a essas florações pode causar erupções cutâneas, tosse, dor de garganta, dor de estômago e vômitos. Os moradores têm participado de ações judiciais. Até o momento, elas não deram em nada. Eles também fazem parte de uma rede de especialistas e ativistas de comunidades afetadas em 17 estados que entrou em contato com o grupo de trabalho de criptomoedas de Trump para explicar os impactos das políticas de criptomoedas em áreas rurais. Eles não receberam nenhuma resposta. Ilustração mostra representação de bitcoin. Dado Ruvic/ Reuters Ruim para o turismo Entre os moradores de Dresden que alugam suas propriedades para visitantes que vêm conhecer o lago, há temores de que a proximidade com a usina de Greenidge prejudique os aluguéis para turistas. E também na cidade vizinha de Geneva, a 16 quilômetros de Dresden, os moradores estão preocupados com os potenciais impacto da mineração de bitcoin. O proprietário da vinícola Billsboro, Vinny Aliperti, diz que a usina ainda não afetou seus negócios – mas ele acredita que afetará. "Lagos limpos são uma parte importante do agroturismo. Eles são a razão pela qual as pessoas visitam a área e as vinícolas", comenta. A Greenidge, que no seu site se descreve como "líder ambiental em geração de energia e mineração de bitcoins", não respondeu aos contatos da DW. A administração da cidade de Torrey, que governa a vila de Dresden, disse que a usina cumpriu todos os requisitos, incluindo um estudo independente de ruído. "A usina de Greenidge tem sido uma parte importante da cidade de Torrey desde a década de 1930, permanecendo assim até hoje como uma valiosa empregadora e parceira da comunidade." A empresa fez doações ao corpo de bombeiros voluntários de Dresden e ao parque infantil da vila, além de apoiar empresas da região durante a pandemia de covid-19. "Eles fizeram essas coisas, mas não é algo que consideramos que valha a pena, considerando a poluição e o impacto que estão causando no meio ambiente", diz Buddington.



Conta de luz fica mais cara em julho; veja dicas de como economizar com a bandeira vermelha


02/07/2025 06:00 - g1.globo.com


O chuveiro elétrico é o maior vilão da conta de luz, mas outros cuidados também podem ajudar na hora de conter o peso sobre o bolso do consumidor. A conta de luz vai ficar mais cara em junho A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) manteve a bandeira tarifária vermelha para as contas de luz do mês de julho, por conta da queda no volume de chuvas e da diminuição da geração de energia por hidrelétricas, conforme projeções do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). Segundo a Aneel, o cenário justifica a manutenção na bandeira — que ficou vermelha em junho — e serve também como alerta para o uso consciente da energia elétrica. A bandeira vermelha, no patamar 1, significa que as contas de energia elétrica terão cobrança adicional de R$ 4,46 (quatro reais e quarenta e seis centavos) a cada 100 kW/h (quilowatt-hora) consumidos. Para não pesar no bolso, o g1 reuniu alternativas para reduzir o consumo de energia, que podem ser uma boa saída para que as despesas da família não disparem. Veja a seguir dicas para economizar. Chuveiro é o maior vilão da conta de luz O chuveiro elétrico é o equipamento que mais consome energia e, consequentemente, também é o que mais pesa na conta de luz do consumidor. Por isso, um uso inteligente durante os banhos pode ser a chave para uma redução significativa dos gastos com energia. O engenheiro de Eficiência Energética da Cemig, Thiago Batista, explica que o tempo de calorão traz uma "grande oportunidade de economia", porque os chuveiros podem ser colocados numa temperatura menor — o que gasta menos energia. "Ao colocar a chave do chuveiro na posição verão, as pessoas podem ter economia de, aproximadamente, 30% do consumo do aparelho ligado em sua potência máxima", diz o especialista. Batista destaca ainda que é importante manter o mesmo tempo de uso do equipamento, ou até reduzir. "Não adianta diminuir a potência do equipamento e aumentar o tempo de banho". A Cemig também aconselha que, se possível, o consumidor evite usar o chuveiro entre 17h e 22h, horários de pico. Além destas, outra dica mais drástica já bem conhecida: fechar o chuveiro para ensaboar o corpo ou os cabelos. Geladeira também consome bastante Segundo a Cemig, a geladeira é o segundo equipamento que mais consome energia dentro de casa, por conta de seu tempo de uso e o "abre e fecha". Isso porque a entrada de ar quente na geladeira faz com o que o equipamento precise trabalhar mais para refrigerar os alimentos, consumindo mais. No mesmo sentido, o engenheiro destaca que alimentos ainda quentes não devem ser armazenados no eletrodoméstico, porque isso faz com que o motor do tenha que funcionar por mais tempo, aumentando os gastos. Utilizar a parte de trás das geladeiras, que são mais quentes, como forma de secar roupa, também é contraindicado porque eleva o consumo. Por fim, Thiago Batista também orienta que o consumidor tenha atenção ao estado da borracha de vedação do equipamento, porque se as portas não se fecharem totalmente, o consumo será maior. "Para saber se a borracha de vedação está em bom estado, faça o seguinte teste: coloque uma folha de papel entre a porta e a geladeira, feche a porta e tente retirar a folha, se ela sair com facilidade, está na hora de trocar a borracha. Repita o teste em vários pontos da porta da geladeira", diz Batista. Medida provisória sobre conta de luz gratuita para baixa renda vai ser enviada ao Congresso Nacional Ar-condicionado ou ventilador? O ventilador sempre é a opção mais barata para lidar com as altas temperaturas. Além do aparelho ser mais barato, o consumo de energia também é menor que o de um ar-condicionado. Ainda assim, o engenheiro da Cemig afirma que é importante ter atenção ao tempo de uso do equipamento, evitando deixá-lo ligado se a pessoa deixar o ambiente ou quando as temperaturas já estiverem agradáveis. "O consumo de energia depende de duas variáveis: potência dos equipamentos, em watts (W), e tempo de utilização, em horas. Para utilizar corretamente a energia, deve-se atuar nessas duas variáveis. Por isso, mesmo que o ventilador tenha uma potência menor, se o aparelho ficar por longo período ligado, o cliente poderá ter um aumento significativo na conta de energia", explica Batista. Ainda em relação ao uso do ventilador, o indicado é manter os ambientes abertos e ventilados durante sua utilização, para reduzir a necessidade de manter o equipamento em uma alta frequência. O ar-condicionado é também um aparelho com alto consumo de energia: a cada 1ºC mais baixo, existe um gasto cerca de 10% mais elevado do consumo de energia, explica Thiago Godoy, especialista em educação financeira e fundador da Papai Financeiro. Para quem pensa em comprar um ar-condicionado, o educador comenta que é necessário levar em conta exatamente quais são as necessidades do espaço, para não comprar um que utilize mais energia que o necessário. Devem entrar na conta: O tamanho do ambiente a ser climatizado; A eficiência energética do aparelho; As características do clima local. Em caso de dúvidas sobre qual o equipamento é o mais apropriado para o espaço, vale falar com profissionais para tomar uma decisão mais acertada. No entanto, Batista, da Cemig, comenta que há uma forma prática de entender qual a melhor opção de aparelho para cada consumidor. “Para as residências, existem dois modelos: o do tipo janela, menos eficiente, e o split, que tem tecnologia inverter e é mais eficiente", pontua o especialista. "Na aquisição de qualquer um deles deve-se dar preferência para aqueles cuja etiqueta indique o consumo anual provável e multiplicar pela tarifa de energia encontrada na conta de luz. Dessa forma, o consumidor terá uma boa ideia do quanto cada equipamento 'gastará' no ano, pois esse consumo foi padronizado para uma utilização típica no país", explica Batista. Sobre a escolha do aparelho, os modelos com selo Procel de eficiência energética podem trazer uma economia no longo prazo. Consumo inteligente do ar-condicionado Para economizar energia, Thiago Godoy comenta que é importante utilizar o ar-condicionado com sabedoria. "Ajuste a temperatura para um nível confortável, evite variações bruscas e desligue o aparelho quando o ambiente estiver desocupado. O uso de dispositivos de programação, como timers, pode ser uma opção eficaz para automatizar esses ajustes", comenta Godoy. Gustavo Sozzi, presidente da fornecedora Lux Energia, compartilha do ponto de vista e aconselha o consumidor a optar por uma temperatura moderada, evitando excesso de frio. Para que o ar-condicionado não precise ficar em uma temperatura tão baixa, Sozzi pontua que é importante bloquear o calor solar com cortinas ou persianas, mantendo a casa naturalmente mais fresca. Manter vidros ou janelas fechados também ajudam, já que impedem a entrada de ar mais quente e seguram a temperatura mais fria no ambiente. Com janelas e cortinas fechadas, o especialista da Lux Energia comenta que "ventiladores de teto ou portáteis também podem ser eficazes para refrescar ambientes, consumindo menos energia que o ar-condicionado". Godoy ainda traz outra dica: é possível deixar o ar numa temperatura mais amena e combinar com o uso de ventiladores, um combo que gasta menos energia do que deixar o aparelho numa temperatura muito mais fria. Lâmpadas e paredes claras Gustavo Sozzi afirma que, além da otimização do uso dos aparelhos que utilizam energia elétrica, outras opções podem fazer a diferença na conta de luz no longo prazo. A primeira e mais simples é a escolha da lâmpada. Trocar lâmpadas incandescentes pelas de LED reduz os custos da casa com energia porque a lâmpada de LED é mais eficiente que a incandescente. Além disso, se a família tiver a possibilidade de priorizar o uso de cores claras nas paredes da residência, isso favorece a iluminação natural e reduz a necessidade de uso das lâmpadas durante boa parte do dia. Energia elétrica pesou sobre a inflação do começo do ano fanjianhua no Freepik



Fruta mais exportada do Brasil não é brasileira; veja qual é a 'queridinha dos gringos'


02/07/2025 05:00 - g1.globo.com


Apesar do sabor doce, ela não é hipercalórica e, embora seja tropical, é cultivada no sertão nordestino; confira. De onde vem a manga A presença dela é certa na feira, na salada de frutas e no suco do café da manhã. Mas poucos sabem que, além de saborosa, a manga é a fruta mais exportada pelo Brasil e carrega uma história de mais de 5 mil anos. Até maio de 2025, foram exportados mais de US$ 80 milhões em 73,6 mil toneladas de manga, segundo o Ministério da Agricultura. Em 2024, o valor total da venda da fruta para o exterior ultrapassou US$ 350 milhões, com a União Europeia na liderança dos destinos, seguida por Estados Unidos e Reino Unido. Confira curiosidades sobre essa fruta que conquista o Brasil — e o mundo: Batidas contra imigrantes esvaziam fazendas nos EUA; colheitas estão apodrecendo, dizem produtores Apesar de ser símbolo nacional, a manga não é brasileira Produção sustentável da manga foi o fio condutor da Expo Manga, que reuniu cerca de 1 mil pessoas em Petrolina Aline Oliveira/Vereda Comunica Ela é originária do sul da Ásia, especialmente da região da Índia, onde é cultivada há mais de 5.000 anos em áreas de clima tropical. Apesar disso, a manga foi completamente incorporada à cultura brasileira — tanto no paladar quanto na memória afetiva. Hoje, ela é presença constante em quintais, feiras e receitas, e traz lembranças afetivas para muitas famílias brasileiras. Além disso, a manga é da mesma família de outros frutos queridos do Nordeste, como o umbu, cajá e caju. Manga usa 'protetor solar' Manga com caulim g1 Sabia que produtores colocam um pó branco nas mangas nos pés? Esse pó é o caulim, um mineral conhecido como o “protetor solar” dos vegetais. Ele protege a casca da manga contra queimaduras do sol e ajuda a manter a aparência “vermelhinha” que atrai os consumidores. O produto não é tóxico e pode ser removido com a lavagem da fruta. É doce, mas não hipercalórica Manga para comer de colher é doce e saborosa, além de rica em polpa Reprodução/TV Bahia Apesar de saborosa e doce, a manga não é hipercalórica. Uma porção de 100g tem cerca de 65 calorias, segundo a nutricionista Tarcila Campos contou no episódio sobre a fruta no podcast "De Onde Vem", do g1 (escute abaixo). A manga também é rica em vitaminas C e D, minerais, fibras e antioxidantes — nutrientes que ajudam na digestão, memória, visão e fortalecem o sistema imunológico. E sobre o velho mito: manga com leite não faz mal! A nutricionista esclarece que a combinação está liberada e pode, inclusive, fazer parte de um café da manhã nutritivo. “O segredo é sempre a moderação. Nada em excesso faz bem”, reforça Tarcila. Apesar de tropical, é cultivada no sertão Mangas cultivadas no Vale do São Francisco. Aline Oliveira/Vereda Comunica A manga é uma fruta tropical, mas ela é cultivada no Brasil em pleno sertão nordestino. Regiões como o Vale do Rio São Francisco, entre Pernambuco e Bahia, são referências na produção graças à irrigação com as águas do rio. O clima quente do semiárido faz a manga “se sentir em casa”, mas o cultivo só é possível graças à irrigação com as águas do Rio São Francisco. Além disso, os solos férteis e profundos, drenados pelo “Velho Chico”, contribuem para a alta produtividade das plantações — um verdadeiro oásis no coração do sertão. Veja mais: Governo lança programa para reduzir o uso de agrotóxicos na agricultura O golpe milionário da 'vaca virtual' que está abalando o Uruguai, um dos maiores produtores de gado do mundo Preço do café deve cair até o fim do ano, mas em ritmo lento; entenda



CNU 2025 abre inscrições para 3 mil vagas e salários iniciais de até R$ 16 mil; veja como participar


02/07/2025 03:03 - g1.globo.com


Interessados devem acessar o site da FGV, banca organizadora do concurso. Inscrições vão até as 23h59 do dia 20 de julho. A taxa é de R$ 70. CNU 2025 tem edital publicado: veja datas, vagas e como se inscrever As inscrições para a segunda edição do Concurso Nacional Unificado (CNU) começam nesta quarta-feira (2), às 10h. A seleção deste ano reúne 3.652 vagas para cargos de níveis médio, técnico e superior. Os salários iniciais que variam entre R$ 4 mil e R$ 16 mil. Os interessados devem acessar o endereço inscricao-cpnu.conhecimento.fgv.br. O link vai para uma página do site da banca responsável pelo concurso, a Fundação Getúlio Vargas (FGV). Para realizar a inscrição, é necessário ter uma conta ativa no GOV.BR, em qualquer nível (ouro, prata ou bronze). Caso ainda não tenha, é preciso criar uma conta gratuitamente antes de iniciar o processo de inscrição. Os participantes terão até as 23h59min do dia 20 de julho para se inscrever. A taxa de inscrição é de R$ 70. ➡️ CLIQUE PARA VER O EDITAL COMPLETO ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 Concursos no WhatsApp 🔍 Diferente da edição anterior, que teve oito editais — um para cada bloco temático —, desta vez o processo seletivo contou com um único edital. Nele constam informações detalhadas sobre as vagas, salários, conteúdo programático das provas, critérios de classificação e composição das notas finais. Os cargos estão distribuídos entre nove blocos temáticos, que agrupam as vagas por áreas de atuação semelhantes. São eles: Bloco 1: Seguridade Social (Saúde, Assistência Social e Previdência Social) Bloco 2: Cultura e Educação Bloco 3: Ciências, Dados e Tecnologia Bloco 4: Engenharias e Arquitetura Bloco 5: Administração Bloco 6: Desenvolvimento Socioeconômico Bloco 7: Justiça e Defesa Bloco 8: Intermediário – Saúde Bloco 9: Intermediário – Regulação ⚠️ O CNU permite que o candidato faça uma única inscrição, escolhendo os blocos e cargos de sua preferência. A disputa pelas vagas ocorre dentro do bloco temático selecionado. Segunda edição do Concurso Nacional Unificado (CNU) Ministério da Gestão e Inovação 💼 Vagas, órgãos participantes e distribuição por cidades O CNU 2025 vai oferecer 3.652 vagas para cargos de nível médio, técnico e superior, distribuídas entre diversos órgãos públicos. As oportunidades estão organizadas em nove blocos temáticos, que agrupam cargos por áreas de atuação semelhantes. (veja a lista completa mais abaixo) Esse formato permite que o candidato concorra a várias vagas dentro de um mesmo bloco, com apenas uma inscrição. Embora a maior parte das vagas esteja concentrada em órgãos com sede em Brasília (DF), também há postos disponíveis em diversos estados do país. 💰 Salários Os salários iniciais no CNU 2025 variam de R$ 4 mil a R$ 16 mil, dependendo do cargo e do nível de escolaridade exigido. Consulte as remunerações iniciais previstas na tabela abaixo. 🖱️ Como vai funcionar a inscrição? O candidato fará uma única inscrição e poderá escolher os blocos e cargos de sua preferência. A disputa pelas vagas ocorre dentro do bloco temático selecionado. As inscrições começam no dia 2 de julho e vão até 20 de julho, e devem ser feitas por meio da página do candidato. A taxa de inscrição é de R$ 70. Candidatos doadores de medula óssea em entidades reconhecidas pelo Ministério da Saúde, inscritos no CadÚnico, além de beneficiários do PROUNI e FIES, podem solicitar isenção da taxa. O prazo para solicitar a isenção da taxa de inscrição vai de 2 a 8 de julho. 🧮 Política de cotas A nova edição estabelece regras mais rigorosas para assegurar a reserva de vagas destinadas a pessoas negras, indígenas, com deficiência e a candidatos quilombolas. De acordo com o governo, a iniciativa reforça o compromisso com a promoção da equidade no acesso ao serviço público federal. Com isso, a distribuição das cotas ficou definida da seguinte maneira: 25% para pessoas negras; 3% para pessoas indígenas; 2% para pessoas quilombolas; 5% para pessoas com deficiência (PcD). Nos casos em que o número de vagas é inferior ao mínimo exigido para aplicação das cotas, o MGI realizou um sorteio para definir a reserva proporcional, conforme previsto na norma. A ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, apresenta os detalhes do edital da 2ª edição do Concurso Nacional Unificado (CNU). Valter Campanato/Agência Brasil ♀️ Reserva de vagas para mulheres na 2ª fase Outro ponto de destaque é a adoção de uma ação afirmativa inédita voltada às mulheres: caso o percentual de candidatas classificadas para a segunda fase do concurso seja inferior a 50%, será feita uma equiparação para promover maior equilíbrio de gênero nessa etapa. "Não é uma reserva de vaga para mulheres, como é o caso de pessoas negras, com deficiência, indígenas e quilombolas. Mas vamos fazer uma equiparação do percentual de mulheres que passam da primeira para a segunda etapa", diz a ministra da Gestão, Esther Dweck. 🔎 Na primeira edição do CNU, aproximadamente 63% dos aprovados eram homens e 37% mulheres. Esse resultado foi o oposto da proporção entre os inscritos confirmados, composta por 56% de mulheres e 44% de homens. 📝 Como serão as provas? A prova objetiva será aplicada em 5 de outubro de 2025. Ela será composta por uma parte com questões comuns a todos os candidatos (como língua portuguesa, raciocínio lógico e atualidades) e outra com perguntas específicas, conforme o bloco temático escolhido. A prova discursiva será aplicada em 7 de dezembro de 2025, exclusivamente para os candidatos aprovados na primeira fase. O conteúdo e o formato da redação variarão de acordo com a área de atuação. ▶️ PROVA OBJETIVA A prova objetiva será de múltipla escolha, com cinco alternativas e apenas uma correta. A quantidade de questões varia conforme o nível do cargo: Nível Superior: 90 questões no total, sendo 30 de conhecimentos gerais e 60 de conhecimentos específicos. Nível Intermediário: 68 questões, com 20 de conhecimentos gerais e 48 de conhecimentos específicos. ▶️ PROVA DISCURSIVA Na etapa discursiva, os candidatos deverão elaborar textos conforme o nível de escolaridade exigido para o cargo: Nível Superior: 2 questões discursivas, com aplicação das 13h às 16h. Nível Intermediário: 1 redação dissertativa-argumentativa, das 13h às 15h. O tempo de prova também é diferente: Nível Superior: das 13h às 18h (5 horas de duração). Nível Intermediário: das 13h às 16h30 (3h30 de duração). 📆 Confira o cronograma oficial Inscrições: 2 a 20/7 Solicitação de isenção da taxa: 2 a 8/7 Prova objetiva: 5/10, das 13h às 18h Convocação para prova discursiva e confirmação de cotas/PcD: 12/11 Envio de títulos: 13 a 19/11 Prova discursiva: 7/12 Procedimentos de confirmação de cotas: 8 a 17/12 Divulgação da 1ª lista de classificação: 30/1/2026 Veja dicas de como estudar para concurso: Veja dicas de como fazer uma boa redação para concurso Como estudar legislação para concurso?



CNU 2025 abre inscrições para 3 mil vagas e salários iniciais de até R$ 16 mil; veja como participar


02/07/2025 03:00 - g1.globo.com


Interessados devem acessar o site da FGV, banca organizadora do concurso. Inscrições vão até as 23h59 do dia 20 de julho. A taxa é de R$ 70. CNU 2025 tem edital publicado: veja datas, vagas e como se inscrever As inscrições para a segunda edição do Concurso Nacional Unificado (CNU) começam nesta quarta-feira (2), às 10h. A seleção deste ano oferece 3.652 vagas para cargos de níveis médio, técnico e superior. Os salários iniciais variam de R$ 4 mil a R$ 16 mil. Os interessados devem acessar o site da Fundação Getúlio Vargas (FGV), banca organizadora do concurso. Os participantes terão até as 23h59 do dia 20 de julho para se inscrever. A taxa de inscrição é de R$ 70. Para realizar a inscrição, é necessário ter uma conta ativa no GOV.BR, em qualquer nível (ouro, prata ou bronze). Caso ainda não tenha, é preciso criar uma conta gratuitamente antes de iniciar o processo de inscrição. ➡️ CLIQUE PARA VER O EDITAL COMPLETO ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 Concursos no WhatsApp 🔍 Diferentemente da edição anterior, que contou com oito editais, um para cada bloco temático, o processo seletivo será regido por um único edital. O documento traz informações detalhadas sobre as vagas, salários, conteúdo programático das provas, critérios de classificação e composição das notas finais. Os cargos estão distribuídos em nove blocos temáticos, que agrupam as vagas por áreas de atuação semelhantes. São eles: Bloco 1: Seguridade Social (Saúde, Assistência Social e Previdência Social) Bloco 2: Cultura e Educação Bloco 3: Ciências, Dados e Tecnologia Bloco 4: Engenharias e Arquitetura Bloco 5: Administração Bloco 6: Desenvolvimento Socioeconômico Bloco 7: Justiça e Defesa Bloco 8: Intermediário – Saúde Bloco 9: Intermediário – Regulação ⚠️ O CNU permite que o candidato faça uma única inscrição, escolhendo os blocos e cargos de sua preferência. A disputa pelas vagas ocorre dentro do bloco temático selecionado. A ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, apresenta os detalhes do edital da 2ª edição do Concurso Nacional Unificado (CNU). Valter Campanato/Agência Brasil 💼 Vagas, órgãos participantes e distribuição por cidades O CNU 2025 vai oferecer 3.652 vagas para cargos de nível médio, técnico e superior, distribuídas entre diversos órgãos públicos. As oportunidades estão organizadas em nove blocos temáticos, que agrupam cargos por áreas de atuação semelhantes. (veja a lista completa mais abaixo) Esse formato permite que o candidato concorra a várias vagas dentro de um mesmo bloco, com apenas uma inscrição. Embora a maior parte das vagas esteja concentrada em órgãos com sede em Brasília (DF), também há postos disponíveis em diversos estados do país. 💰 Salários Os salários iniciais no CNU 2025 variam de R$ 4 mil a R$ 16 mil, dependendo do cargo e do nível de escolaridade exigido. Consulte as remunerações iniciais previstas na tabela abaixo. 🖱️ Como vai funcionar a inscrição? O candidato fará uma única inscrição e poderá escolher os blocos e cargos de sua preferência. A disputa pelas vagas ocorre dentro do bloco temático selecionado. As inscrições começam no dia 2 de julho e vão até 20 de julho, e devem ser feitas por meio da página do candidato. A taxa de inscrição é de R$ 70. Candidatos doadores de medula óssea em entidades reconhecidas pelo Ministério da Saúde, inscritos no CadÚnico, além de beneficiários do PROUNI e FIES, podem solicitar isenção da taxa. O prazo para solicitar a isenção da taxa de inscrição vai de 2 a 8 de julho. 🧮 Política de cotas A nova edição estabelece regras mais rigorosas para assegurar a reserva de vagas destinadas a pessoas negras, indígenas, com deficiência e a candidatos quilombolas. De acordo com o governo, a iniciativa reforça o compromisso com a promoção da equidade no acesso ao serviço público federal. Com isso, a distribuição das cotas ficou definida da seguinte maneira: 25% para pessoas negras; 3% para pessoas indígenas; 2% para pessoas quilombolas; 5% para pessoas com deficiência (PcD). Nos casos em que o número de vagas é inferior ao mínimo exigido para aplicação das cotas, o MGI realizou um sorteio para definir a reserva proporcional, conforme previsto na norma. ♀️ Reserva de vagas para mulheres na 2ª fase Outro ponto de destaque é a adoção de uma ação afirmativa inédita voltada às mulheres: caso o percentual de candidatas classificadas para a segunda fase do concurso seja inferior a 50%, será feita uma equiparação para promover maior equilíbrio de gênero nessa etapa. "Não é uma reserva de vaga para mulheres, como é o caso de pessoas negras, com deficiência, indígenas e quilombolas. Mas vamos fazer uma equiparação do percentual de mulheres que passam da primeira para a segunda etapa", diz a ministra da Gestão, Esther Dweck. 🔎 Na primeira edição do CNU, aproximadamente 63% dos aprovados eram homens e 37% mulheres. Esse resultado foi o oposto da proporção entre os inscritos confirmados, composta por 56% de mulheres e 44% de homens. 📝 Como serão as provas? A prova objetiva será aplicada em 5 de outubro de 2025. Ela será composta por uma parte com questões comuns a todos os candidatos (como língua portuguesa, raciocínio lógico e atualidades) e outra com perguntas específicas, conforme o bloco temático escolhido. A prova discursiva será aplicada em 7 de dezembro de 2025, exclusivamente para os candidatos aprovados na primeira fase. O conteúdo e o formato da redação variarão de acordo com a área de atuação. ▶️ PROVA OBJETIVA A prova objetiva será de múltipla escolha, com cinco alternativas e apenas uma correta. A quantidade de questões varia conforme o nível do cargo: Nível Superior: 90 questões no total, sendo 30 de conhecimentos gerais e 60 de conhecimentos específicos. Nível Intermediário: 68 questões, com 20 de conhecimentos gerais e 48 de conhecimentos específicos. ▶️ PROVA DISCURSIVA Na etapa discursiva, os candidatos deverão elaborar textos conforme o nível de escolaridade exigido para o cargo: Nível Superior: 2 questões discursivas, com aplicação das 13h às 16h. Nível Intermediário: 1 redação dissertativa-argumentativa, das 13h às 15h. O tempo de prova também é diferente: Nível Superior: das 13h às 18h (5 horas de duração). Nível Intermediário: das 13h às 16h30 (3h30 de duração). 📆 Confira o cronograma oficial Inscrições: de 2 a 20/7/2025 (com pagamento até 21/7) Solicitação de isenção da taxa de inscrição: de 2 a 8/7/2025 Prova objetiva: 5/10/2025, das 13h às 18h Convocação para prova discursiva: 12/11/2025 Convocação para confirmação de cotas e PcD: 12/11/2025 Envio de títulos: de 13 a 19/11/2025 Prova discursiva (para habilitados na 1ª fase): 7/12/2025 Procedimentos de confirmação de cotas: de 8 a 17/12/2025 Divulgação da 1ª lista de classificação: 30/1/2026 Segunda edição do Concurso Nacional Unificado (CNU) Ministério da Gestão e Inovação Veja dicas de como estudar para concurso: Como estudar legislação para concurso? Veja dicas de como fazer uma boa redação para concurso



Câmara dos EUA deve votar nesta 4ª projeto de Trump que reduz impostos, aumenta verba contra imigrantes e corta programas sociais


02/07/2025 03:00 - g1.globo.com


O Escritório de Orçamento do Congresso dos Estados Unidos (CBO, na sigla em inglês) estima que o pacote orçamentário adicionará cerca de US$ 3,3 trilhões (aproximadamente R$ 18 trilhões) à dívida pública do país. Senado aprova projeto fiscal do governo Trump A Câmara dos Deputados dos EUA deve votar nesta quarta-feira (2) o megapacote tributário e orçamentário proposto pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, aprovado pelo Senado em votação na terça (1º). Intitulado "One Big Beautiful Bill" (Um grande e belo projeto, na tradução livre), o texto prevê, entre outros pontos: o aumento de recursos voltados ao controle da imigração; a ampliação dos gastos com Forças Armadas; cortes em programas sociais — em especial, em saúde e alimentação; a criação de novas isenções fiscais para gorjetas e horas extras; a revogação de incentivos à energia limpa promovidos pelo democrata Joe Biden. A proposta estende os cortes de impostos feitos por Trump em 2017, em seu primeiro mandato. Por outro lado, reduz os recursos destinados a programas como o Medicaid — que oferece acesso à saúde para famílias de baixa renda. Ainda assim, o projeto pode elevar os gastos dos EUA. O Escritório de Orçamento do Congresso dos Estados Unidos (CBO, na sigla em inglês) estima que o pacote orçamentário adicionará cerca de US$ 3,3 trilhões (aproximadamente R$ 18 trilhões) à dívida pública do país. Caso seja novamente aprovado, o texto seguirá para a sanção presidencial. Trump quer sancionar a lei até o feriado da Independência, na sexta-feira (4). O presidente da Câmara, Mike Johnson, afirmou em comunicado que pretende cumprir esse prazo. Entenda o projeto, ponto a ponto Críticos da proposta afirmam que as medidas de redução de impostos, nos moldes do projeto, favoreceriam sobretudo os mais ricos. Entre os principais pontos questionados, está a previsão de cortes em programas voltados à saúde, nutrição, educação e energia limpa. No caso do Medicaid e da assistência alimentar a pessoas de baixa renda, estima-se uma redução de cerca de US$ 930 bilhões. 💸 Mudanças nos impostos O projeto prevê redução de impostos de aproximadamente US$ 4 trilhões, enquanto mantém muitos dos cortes aplicados por Trump em 2017. Entre os pontos de redução, estão: alíquotas menores de Imposto de Renda (IR); isenção temporária de impostos sobre gorjetas e horas extras; isenção sobre benefícios da Previdência Social para americanos acima de 65 anos; redução de impostos para empresas, incluindo deduções para pesquisa e investimento. Do lado da arrecadação, o texto propõe: elevar impostos sobre rendimentos de fundos universitários; impedir que imigrantes sem green card recebam créditos para planos de saúde; que o crédito infantil passe a ter regras mais rígidas — o que pode impactar 2 milhões de crianças. 🧑🏽‍⚕️ Cortes na saúde O projeto propõe regras mais rigorosas para o acesso ao Medicaid, programa destinado a pessoas de baixa renda. O objetivo é reduzir os custos da saúde pública. O destaque é a exigência de 80 horas de trabalho por mês para adultos sem filhos e sem deficiência terem direito ao benefício, informou o The New York Times. O projeto também facilita que estados cancelem a cobertura de beneficiários, exigindo mais documentação e eliminando quem não responder, segundo o jornal norte-americano. Além disso, o texto altera regras do Obamacare, lei federal que ampliou o acesso a planos de saúde no país. As mudanças preveem novas exigências aos beneficiários, o que resultaria em uma economia de mais US$ 100 bilhões ao governo. A estimativa é que milhares de pessoas possam perder o seguro. 🔋 Programas de energia limpa O projeto prevê o fim dos principais créditos fiscais da Lei de Redução da Inflação para energia limpa, aprovada durante o governo do democrata Joe Biden, que levaram a US$ 841 bilhões em investimentos nos EUA. Além disso, conforme o texto, o crédito de US$ 7,5 mil para carros elétricos acabaria até o fim de 2025. O jornal The New York Times afirma que, com o projeto, incentivos gerais para fontes como vento, solar, baterias e geotérmica seriam encerrados, com poucas exceções. 🥩 Cortes em programa de alimentação A proposta também modifica o Programa de Assistência Nutricional Suplementar (SNAP), com o objetivo de reduzir custos. O benefício, que atende cerca de 42 milhões de pessoas de baixa renda, passará a ter critérios de acesso mais rígidos. O Escritório de Orçamento do Congresso dos EUA estima que aproximadamente 3 milhões de pessoas perderiam o acesso ao benefício devido às novas exigências. 🪖 Gastos militares e anti-imigração O projeto reserva US$ 150 bilhões para a área de defesa, incluindo investimentos em construção naval e no sistema de defesa espacial “Golden Dome” proposto por Trump, segundo o New York Times. Além disso, propõe investimentos de US$ 175 bilhões na agenda anti-imigração de Trump. Os recursos seriam direcionados ao fortalecimento da fronteira no sul do país, à ampliação de patrulha e à construção de novas instalações. 🎓 Cortes na educação O pacote prevê uma redução de US$ 330 bilhões em empréstimos estudantis ao longo dos próximos 10 anos. Além de cortar programas de pagamento vinculados à renda dos estudantes, o texto também impõe um limite anual aos empréstimos para cursos de pós-graduação. Votação apertada Apesar do controle republicano no Senado, a votação desta terça foi apertada, com 51 votos a 50. Após uma longa sessão que se estendeu pela madrugada, o voto de desempate ficou a cargo do vice-presidente J.D. Vance. Os três republicanos que se posicionaram contra o projeto foram Thom Tillis (Carolina do Norte), Susan Collins (Maine) e Rand Paul (Kentucky). Aliados de Trump enfrentaram um caminho difícil para aprovar o projeto de 940 páginas, em meio a divergências sobre benefícios fiscais e mudanças nas políticas de saúde que podem transformar setores inteiros e deixar milhões de pessoas sem cobertura médica. Desde o início, os democratas manifestaram forte oposição ao pacote, argumentando que os cortes de impostos favorecem desproporcionalmente os mais ricos, comprometendo programas sociais essenciais para os norte-americanos de baixa renda. Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em evento na Casa Branca REUTERS/Leah Millis Os impactos do projeto O megapacote visa tornar permanentes os cortes nos impostos sobre a renda individual e heranças, aprovados durante o primeiro mandato de Trump, em 2017. Também incorpora promessas de campanha feitas em 2024, como a isenção de tributos sobre gorjetas, horas extras e juros de determinados financiamentos de veículo, além de uma dedução de US$ 6 mil (R$ 32,7 mil) para idosos que ganham até US$ 75 mil (R$ 408,8 mil) por ano. Segundo a estimativa mais recente do Escritório de Orçamento do Congresso norte-americano (CBO, na sigla em inglês), a lei adicionaria US$ 3,3 trilhões à dívida de US$ 36,2 trilhões (R$ 197,3 trilhões) do país. De acordo com analistas consultados pela Reuters, esse aumento da dívida serviria efetivamente como uma transferência de riqueza dos mais jovens para os mais velhos, uma vez que tende a desacelerar o crescimento econômico, aumentar os custos de empréstimos e eliminar outros gastos do governo nas próximas décadas. Outra projeção do CBO é que o projeto também aumentaria o limite de endividamento dos EUA em US$ 5 trilhões (R$ 27,3 trilhões), adiando a perspectiva de um calote da dívida neste verão — o que afetaria não apenas os mercados financeiros norte-americanos, mas do mundo inteiro. *Com informações das agências de notícias Reuters e AP.



Corte de impostos, verba menor para saúde e gasto maior contra imigrante: o que está no novo pacote de Trump aprovado no Senado


01/07/2025 23:22 - g1.globo.com


Projeto pode adicionar US$ 3,3 trilhões à dívida pública dos EUA e ainda precisa ser aprovado na Câmara. Texto revoga incentivos à energia limpa, criados na gestão de Joe Biden. Senado dos EUA aprova projeto de lei orçamentária de Trump o dos Estados Unidos aprovou, em votação apertada, um projeto de lei proposto pelo presidente Donald Trump que reduz impostos, corta programas sociais (saúde e alimentação), retira incentivos à energia limpa e aumenta verba para políticas anti-imigração e gasto militar. O voto de desempate ficou a cargo do vice-presidente J.D. Vance. O Senado dos Estados Unidos aprovou, em votação apertada, um projeto de lei proposto pelo presidente Donald Trump que reduz impostos, corta programas sociais (saúde e alimentação), retira incentivos à economia verde e aumenta verba para políticas anti-imigração e gasto militar. A medida adiciona US$ 3,3 trilhões (aproximadamente R$ 18 trilhões) à dívida nacional, segundo o Escritório Orçamentário do Congresso (CBO). O déficit atual dos EUA é de US$ 36,2 trilhões (R$ 197,3 trilhões). Especialistas alertam para o aumento da dívida pública e para o risco de desequilíbrio fiscal a médio e longo prazos. Críticos da proposta afirmam que as medidas de redução de impostos, nos moldes do projeto, favoreceriam sobretudo os mais ricos. E os cortes em programas sociais, usados para compensar a perda de arrecadação, serviriam para manter benefícios fiscais a empresas e contribuintes de alta renda. No caso do Medicaid (saúde) e da assistência alimentar a pessoas de baixa renda, estima-se uma redução de cerca de US$ 930 bilhões. Outro ponto de atenção é a retirada de incentivos voltados à energia limpa, tema de discórdia entre Trump e o dono da Tesla, Elon Musk, que deixou o governo em maio. Estima-se que a medida represente o aumento de emissões e a perda de competitividade do país em setores de energia limpa. O megapacote, chamado de One Big Beautifull Bill ("Um grande e belo projeto", em tradução livre), ainda precisa passar pela Câmara dos Deputados e, se novamente aprovado, vai para a sanção presidencial. A votação deve acontecer nesta quarta-feira (2). A seguir, entenda os principais pontos da proposta: O que foi aprovado no Senado dos EUA? O que são os cortes de impostos de 2017 que foram prorrogados? O que mudaria nos impostos? Quais são os novos benefícios fiscais? O que muda na defesa e nas políticas anti-imigração? E os programas de saúde e alimentação para os mais pobres? O que acontece com os incentivos à energia limpa? Haverá cortes na educação? 1. O que foi aprovado no Senado dos EUA? Extensão dos cortes de impostos iniciados em 2017, no primeiro mandato de Trump; Cortes em programas sociais como Medicaid (saúde) e auxílio à alimentação; Aumento de gastos com defesa e com políticas anti-imigração; Isenção de impostos sobre gorjetas e horas-extras; Reversão de incentivos para energias renováveis em favor de combustíveis fósseis. 2. O que são os cortes de impostos de 2017 que foram prorrogados? Durante o primeiro mandato de Trump, em 2017, ele aprovou uma série de cortes de impostos para empresas e trabalhadores. A medida que reduzia a arrecadação do governo tinha prazo para acabar, mas agora, com o novo projeto, devem continuar por tempo indeterminado. Ou seja, quem já pagava menos imposto vai continuar pagando menos. O objetivo, segundo os defensores da medida, é estimular a economia e gerar mais empregos. 3. O que mudaria nos impostos? O projeto prevê redução de impostos de aproximadamente US$ 4 trilhões, enquanto mantém muitos dos cortes aplicados por Trump em 2017. 💸Entre os pontos de redução, estão: alíquotas menores de Imposto de Renda (IR); isenção temporária de impostos sobre gorjetas e horas extras; isenção sobre benefícios da Previdência Social para americanos acima de 65 anos; redução de impostos para empresas, incluindo deduções para pesquisa e investimento. 💰Do lado da arrecadação, o texto propõe: elevar impostos sobre rendimentos de fundos universitários; impedir que imigrantes sem green card recebam créditos para planos de saúde; que o crédito infantil passe a ter regras mais rígidas — o que pode impactar 2 milhões de crianças. 4. Quais são os novos benefícios fiscais? O projeto cria novos benefícios fiscais para quem recebe gorjetas (como garçons e entregadores) e para quem faz horas extras no trabalho. A senadora republicana Lisa Murkowski, que votou a favor do projeto, destacou especificamente seu apoio à "ideia de nenhum imposto sobre gorjetas ou horas extras". Também incorpora outras promessas de campanha feitas em 2024, como a isenção de juros de determinados financiamentos de veículo, além de uma dedução de US$ 6 mil (R$ 32,7 mil) para idosos que ganham até US$ 75 mil (R$ 408,8 mil) por ano. O megapacote de cortes de impostos proposto por Trump foi aprovado nesta terça-feira (1º) pelo Senado dos EUA. Ken Cedeno/Reuters 5. O que muda na defesa e nas políticas anti-imigração? O governo Trump quer aumentar os gastos com segurança nacional, incluindo o setor militar e o controle da imigração. Isso significa, por exemplo, mais investimentos em centros de detenção para imigrantes irregulares e em ações de vigilância nas fronteiras. Os investimentos na agenda anti-imigração de Trump estão estimados em US$ 175 bilhões. Um novo centro de detenção na Flórida, apelidado de "Alligator Alcatraz", foi mostrado como exemplo do que pode ser feito com essa verba. O projeto reserva US$ 150 bilhões para a área de defesa, incluindo investimentos em construção naval e no sistema de defesa espacial “Golden Dome” proposto por Trump, segundo o New York Times. 6. E os programas de saúde e alimentação para os mais pobres? Para compensar a queda na arrecadação, o projeto reduz o dinheiro destinado ao Medicaid, que é um programa de saúde pública para pessoas de baixa renda, e o valor de ajuda para compra de alimentos. Além de cortar dinheiro, o projeto endurece as regras para conseguir ajuda. Isso quer dizer que as pessoas terão mais exigências e burocracia para acessar esses programas. O destaque é a exigência de 80 horas de trabalho por mês para adultos sem filhos e sem deficiência terem direito ao Medicaid, informou o The New York Times. Analistas dizem que isso pode reduzir a renda de quem já tem pouco e aumentar os gastos dessas famílias com saúde e comida. O líder democrata no Senado, Chuck Schumer, criticou duramente a lei, afirmando que ela "arranca o acesso à saúde de milhões e tira comida da boca de crianças com fome". A senadora republicana Susan Collins votou contra justamente porque considerou os cortes no Medicaid "muito profundos". 7. O que acontece com os incentivos à energia limpa? Durante o governo do democrata Joe Biden, foram criados incentivos para o uso de energia limpa, como solar, eólica e veículos elétricos. Agora, o novo projeto de Trump revoga muitos desses benefícios. A mudança mostra uma prioridade diferente do atual governo, que quer voltar a investir mais em fontes tradicionais, como petróleo e gás. Elon Musk, dono da Tesla e, portanto, defensor de veículos elétricos, criticava o fim de incentivos ao setor, parte importante do projeto de Trump. A proposta foi responsável por acelerar o "divórcio" entre o presidente americano e o bilionário, que deixou o governo em maio. Além disso, conforme o texto, o crédito de US$ 7,5 mil para carros elétricos acabaria até o fim de 2025. O jornal The New York Times afirma que, com o projeto, incentivos gerais para fontes como vento, solar, baterias e geotérmica seriam encerrados, com poucas exceções. Especialistas estimam aumento de emissões e perda de competitividade em setores de energia limpa. 8. Haverá cortes na educação? O pacote prevê uma redução de US$ 330 bilhões em empréstimos estudantis ao longo dos próximos 10 anos. Além de cortar programas de pagamento vinculados à renda dos estudantes, o texto também impõe um limite anual aos empréstimos para cursos de pós-graduação. *Com informações das agências de notícias Reuters e AP.



Mega-Sena, concurso 2.882: aposta única leva prêmio de R$ 50,7 milhões


01/07/2025 23:02 - g1.globo.com


Veja os números sorteados: 11 - 15 - 19 - 23 - 49 - 51. Ganhador é de Goiânia (GO). G1 | Loterias - Mega-Sena 2882 O sorteio do concurso 2.882 da Mega-Sena foi realizado na noite desta terça-feira (1º), em São Paulo. Uma aposta de Goiânia (GO) acertou as seis dezenas e vai levar sozinha o prêmio de R$ 50.722.168,24. De acordo com a Caixa Econômica Federal, o ganhador fez um jogo simples, de 6 números. A aposta foi feita presencialmente, em uma lotérica da capital goiana. Clique aqui para seguir o canal de Loterias do g1 no WhatsApp Veja os números sorteados: 11 - 15 - 19 - 23 - 49 - 51 A quina teve 97 apostas ganhadoras. Cada uma vai levar R$ 33.594,47. A quadra teve 5.365 vencedores. O valor pago a cada um será de R$ 867,70. O próximo sorteio da Mega será na quinta-feira (3), com prêmio estimado de R$ 3,5 milhões. Mega-Sena, concurso 2.882 Reprodução/Caixa Entenda como funciona a Mega-Sena e qual a probabilidade de ganhar o prêmio Para apostar na Mega-Sena As apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília), em qualquer lotérica do país ou pela internet, no site da Caixa Econômica Federal – acessível por celular, computador ou outros dispositivos. É necessário fazer um cadastro, ser maior de idade (18 anos ou mais) e preencher o número do cartão de crédito. Probabilidades A probabilidade de vencer em cada concurso varia de acordo com o número de dezenas jogadas e do tipo de aposta realizada. Para a aposta simples, com apenas seis dezenas, que custa R$ 5, a probabilidade de ganhar o prêmio milionário é de 1 em 50.063.860, segundo a Caixa. Já para uma aposta com 15 dezenas (limite máximo), com o preço de R$ 22.522,50, a probabilidade de acertar o prêmio é de 1 em 10.003, ainda segundo a Caixa. Bilhetes da Mega-Sena, em imagem de arquivo Marcelo Brandt/G1



Governo confirma o Curupira como mascote da COP 30, em Belém; veja o desenho


01/07/2025 21:05 - g1.globo.com


Símbolo do folclore indígena, Curupira será usado para divulgar a COP 30 e reforçar a centralidade das florestas na agenda climática liderada pelo Brasil. O desenho oficial do Curupira para a COP 30 Reprodução O governo federal confirmou que o Curupira será o mascote oficial da COP 30, a Conferência do Clima das Nações Unidas, que será realizada em novembro deste ano, em Belém (PA). A escolha do personagem do folclore brasileiro já havia sido antecipada pelo blog em janeiro. Figura mítica da cultura nacional, o Curupira é conhecido por ser o "guardião das florestas e dos animais". Segundo a lenda, ele tem os pés virados para trás, o que lhe permite despistar caçadores e proteger a mata contra a ação de invasores e destruidores da natureza. A origem do mito está nas tradições indígenas, especialmente da região Norte do país. Comandante do Exército realiza vistoria em Belém para preparativos da COP 30 A ideia do governo é usar o mascote tanto para divulgação internacional do evento, quanto em materiais institucionais da conferência, sob presidência brasileira. Em carta enviada à comunidade internacional, o embaixador André Corrêa do Lago, que preside a COP 30, afirmou que as florestas serão um “tópico central” do encontro e reforçou a importância de dar visibilidade aos símbolos da biodiversidade e da cultura amazônica.



Governo não quer 'peitar' o Congresso, diz líder sobre ação no STF para retomar elevação do IOF


01/07/2025 19:40 - g1.globo.com


José Guimarães afirmou que o objetivo do governo é preservar prerrogativas do presidente Lula. Planalto acionou Supremo após Congresso derrubar decretos de Lula. Deputado José Guimarães (PT-CE), líder do governo na Câmara Vinicius Loures/Câmara dos Deputados O líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), disse nesta terça-feira (1º) que conversou com o presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), para comunicá-lo da decisão do governo de acionar o Supremo Tribunal Federal (STF) para retomar a elevação das alíquotas do Imposto sobre Operações Financeira (IOF). Nesta terça, mais cedo, a Advocacia-Geral da União (AGU) apresentou ao STF uma ação declaratória de constitucionalidade dos decretos do presidente Lula. A medida foi tomada depois que Câmara e Senado derrubaram a elevação do IOF proposta pela equipe econômica do governo. "Não é enfrentamento, não é ação do governo para peitar o Congresso. É mais para preservar as atribuições privativas do Executivo", disse Guimarães durante declaração para a imprensa ao lado de líderes da base do governo na Câmara. AGU: Governo vai recorrer na Justiça contra derruba do IOF "Conversei com o presidente Motta ontem e comuniquei ele antecipadamente que o governo iria recorrer ao STF. Comuniquei tudo antes de ser oficializado pelo governo, porque é assim que tem que ser a relação: mesmo quando a gente briga, precisamos ser transparentes", completou o líder. Segundo ele, Motta recebeu a informação de forma "tranquila" e não expôs críticas durante a ligação. Guimarães disse que a intenção do governo é de superar a crise com o Congresso para que os projetos de interesse do Planalto possam voltar a ser votados por deputados e senadores. "Nossa intenção é dialogar com os dois presidentes", afirmou. "Não tem nada que não se resolva na política, paciência, diálogo e espírito público. claro que teve tensionamento, teve a crise, a imprensa está cansada de falar isso, mas nosso papel como líderes que somos é buscar uma concertação", acrescentou. Ele negou que o governo esteja buscando jogar o país contra o Congresso, conforme criticou Motta por meio de suas redes sociais. "O esforço que estamos fazendo não é chamar o país contra o Congresso, não vamos fazer nenhum movimento contra o Congresso", declarou.



Em revés para Milei, juíza dos EUA manda Argentina entregar 51% das ações de petroleira estatal YPF


01/07/2025 18:41 - g1.globo.com


País terá de transferir papéis para quitar parte de uma dívida de US$ 16,1 bilhões com investidores prejudicados pela nacionalização da companhia em 2012. O presidente argentino informou que irá recorrer. Apoiadores do projeto de lei de nacionalização do petróleo acenam com bandeiras que dizem: 'Lutar e devolver a YPF', em frente ao Congresso em Buenos Aires, na Argentina, em 25 de abril de 2012. AP/Natacha Pisarenko Uma juíza dos Estados Unidos determinou que a Argentina transfira 51% das ações da estatal petroleira YPF como forma de quitar parte de uma dívida de US$ 16,1 bilhões (cerca de R$ 88 bilhões), em favor de Petersen Energía e Eton Park, duas empresas prejudicadas pela nacionalização da companhia em 2012. O Estado argentino tem 14 dias para transferir o pacote de ações a uma conta global de custódia no Bank of New York Mellon (BNYM). Após esse prazo, será iniciada a transferência de titularidade para os beneficiários da decisão, conforme informou a juíza. “Vamos apelar dessa decisão em todas as instâncias cabíveis, para defender os interesses nacionais”, publicou no X o presidente Javier Milei, que atribuiu a responsabilidade pela sentença a Axel Kicillof, ministro da Economia no segundo mandato de Cristina Kirchner (2011–2015) e atual governador da província de Buenos Aires. Fundada em 1922 pelo Estado argentino, a YPF foi privatizada na década de 1990. Em 2012, o governo expropriou 51% das ações da companhia, que na época era parcialmente controlada pela petroleira espanhola Repsol. Dois anos depois, a Repsol recebeu uma indenização de US$ 5 bilhões (cerca de R$ 27 bilhões) para encerrar a disputa. No entanto, o mesmo acordo não foi estendido às acionistas minoritárias Petersen Energía e Eton Park Capital, que juntas detinham 25,4% do capital da YPF. Em 2015, as duas empresas ingressaram com uma ação judicial alegando que a Argentina não realizou a oferta pública de aquisição (OPA) exigida por lei. Em setembro de 2023, a juíza Loretta Preska condenou o país a pagar US$ 14,4 bilhões (cerca de R$ 78,5 bilhões) à Petersen e US$ 1,7 bilhão (R$ 9 bilhões) à Eton Park. A Argentina já apresentou dois recursos no caso YPF. No ano passado, descumpriu uma ordem judicial que exigia o depósito de uma garantia enquanto o processo ainda estava em fase de apelação. Amparadas pela legislação americana, as empresas beneficiárias solicitaram o bloqueio das ações da YPF. Diante do descumprimento por parte da Argentina, a juíza determinou a transferência dessas ações aos beneficiários da sentença. O caso de expropriação foi levado à Justiça americana porque as ações da YPF são negociadas em bolsas dos EUA. Em outra decisão proferida na segunda-feira, a juíza Loretta determinou que a Argentina entregue ações da YPF ao fundo especulativo Bainbridge como pagamento de US$ 95 milhões, acrescidos de juros, referentes a uma sentença relacionada a uma dívida em default — ou seja, uma dívida vencida e não paga no prazo acordado. 'Guerra das empanadas': por que o ator Ricardo Darín virou alvo de Milei



Senado dos EUA aprova projeto de Trump que reduz impostos, aumenta verba contra imigrantes e corta programas sociais


01/07/2025 16:12 - g1.globo.com


Pacote pode adicionar US$ 3,3 trilhões à dívida pública dos EUA e ainda precisa ser aprovado na Câmara. Texto revoga incentivos à energia limpa, criados na gestão de Joe Biden. Senado dos EUA faz maratona para votar pacote de medidas de Trump O megapacote tributário e orçamentário proposto pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, foi aprovado nesta terça-feira (1º) pelo Senado norte-americano. Intitulado "One Big Beautiful Bill" (Um grande e belo projeto, na tradução livre), o texto prevê, entre outros pontos: o aumento de recursos voltados ao controle da imigração; a ampliação dos gastos com Forças Armadas; cortes em programas sociais — em especial, em saúde e alimentação; a criação de novas isenções fiscais para gorjetas e horas extras; a revogação de incentivos à energia limpa promovidos pelo democrata Joe Biden. A proposta estende os cortes de impostos feitos por Trump em 2017, em seu primeiro mandato. Por outro lado, reduz os recursos destinados a programas como o Medicaid — que oferece acesso à saúde para famílias de baixa renda. Ainda assim, o projeto pode elevar os gastos dos EUA. O Escritório de Orçamento do Congresso dos Estados Unidos (CBO, na sigla em inglês) estima que o pacote orçamentário adicionará cerca de US$ 3,3 trilhões (aproximadamente R$ 18 trilhões) à dívida pública do país. Após aprovação apertada no Senado (leia mais abaixo), o projeto irá retornar à Câmara dos Deputados. Caso seja novamente aprovado, seguirá para a sanção presidencial. A previsão é que a votação ocorra já nesta quarta-feira (2). Trump quer sancionar a lei até o feriado da Independência, na sexta-feira (4). O presidente da Câmara, Mike Johnson, afirmou em comunicado que pretende cumprir esse prazo. Entenda o projeto, ponto a ponto Críticos da proposta afirmam que as medidas de redução de impostos, nos moldes do projeto, favoreceriam sobretudo os mais ricos. Entre os principais pontos questionados, está a previsão de cortes em programas voltados à saúde, nutrição, educação e energia limpa. No caso do Medicaid e da assistência alimentar a pessoas de baixa renda, estima-se uma redução de cerca de US$ 930 bilhões. 💸 Mudanças nos impostos O projeto prevê redução de impostos de aproximadamente US$ 4 trilhões, enquanto mantém muitos dos cortes aplicados por Trump em 2017. Entre os pontos de redução, estão: alíquotas menores de Imposto de Renda (IR); isenção temporária de impostos sobre gorjetas e horas extras; isenção sobre benefícios da Previdência Social para americanos acima de 65 anos; redução de impostos para empresas, incluindo deduções para pesquisa e investimento. Do lado da arrecadação, o texto propõe: elevar impostos sobre rendimentos de fundos universitários; impedir que imigrantes sem green card recebam créditos para planos de saúde; que o crédito infantil passe a ter regras mais rígidas — o que pode impactar 2 milhões de crianças. 🧑🏽‍⚕️ Cortes na saúde O projeto propõe regras mais rigorosas para o acesso ao Medicaid, programa destinado a pessoas de baixa renda. O objetivo é reduzir os custos da saúde pública. O destaque é a exigência de 80 horas de trabalho por mês para adultos sem filhos e sem deficiência terem direito ao benefício, informou o The New York Times. O projeto também facilita que estados cancelem a cobertura de beneficiários, exigindo mais documentação e eliminando quem não responder, segundo o jornal norte-americano. Além disso, o texto altera regras do Obamacare, lei federal que ampliou o acesso a planos de saúde no país. As mudanças preveem novas exigências aos beneficiários, o que resultaria em uma economia de mais US$ 100 bilhões ao governo. A estimativa é que milhares de pessoas possam perder o seguro. 🔋 Programas de energia limpa O projeto prevê o fim dos principais créditos fiscais da Lei de Redução da Inflação para energia limpa, aprovada durante o governo do democrata Joe Biden, que levaram a US$ 841 bilhões em investimentos nos EUA. Além disso, conforme o texto, o crédito de US$ 7,5 mil para carros elétricos acabaria até o fim de 2025. O jornal The New York Times afirma que, com o projeto, incentivos gerais para fontes como vento, solar, baterias e geotérmica seriam encerrados, com poucas exceções. 🥩 Cortes em programa de alimentação A proposta também modifica o Programa de Assistência Nutricional Suplementar (SNAP), com o objetivo de reduzir custos. O benefício, que atende cerca de 42 milhões de pessoas de baixa renda, passará a ter critérios de acesso mais rígidos. O Escritório de Orçamento do Congresso dos EUA estima que aproximadamente 3 milhões de pessoas perderiam o acesso ao benefício devido às novas exigências. 🪖 Gastos militares e anti-imigração O projeto reserva US$ 150 bilhões para a área de defesa, incluindo investimentos em construção naval e no sistema de defesa espacial “Golden Dome” proposto por Trump, segundo o New York Times. Além disso, propõe investimentos de US$ 175 bilhões na agenda anti-imigração de Trump. Os recursos seriam direcionados ao fortalecimento da fronteira no sul do país, à ampliação de patrulha e à construção de novas instalações. 🎓 Cortes na educação O pacote prevê uma redução de US$ 330 bilhões em empréstimos estudantis ao longo dos próximos 10 anos. Além de cortar programas de pagamento vinculados à renda dos estudantes, o texto também impõe um limite anual aos empréstimos para cursos de pós-graduação. Votação apertada Apesar do controle republicano no Senado, a votação desta terça foi apertada, com 51 votos a 50. Após uma longa sessão que se estendeu pela madrugada, o voto de desempate ficou a cargo do vice-presidente J.D. Vance. Os três republicanos que se posicionaram contra o projeto foram Thom Tillis (Carolina do Norte), Susan Collins (Maine) e Rand Paul (Kentucky). Aliados de Trump enfrentaram um caminho difícil para aprovar o projeto de 940 páginas, em meio a divergências sobre benefícios fiscais e mudanças nas políticas de saúde que podem transformar setores inteiros e deixar milhões de pessoas sem cobertura médica. Desde o início, os democratas manifestaram forte oposição ao pacote, argumentando que os cortes de impostos favorecem desproporcionalmente os mais ricos, comprometendo programas sociais essenciais para os norte-americanos de baixa renda. Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em evento na Casa Branca REUTERS/Leah Millis Os impactos do projeto O megapacote visa tornar permanentes os cortes nos impostos sobre a renda individual e heranças, aprovados durante o primeiro mandato de Trump, em 2017. Também incorpora promessas de campanha feitas em 2024, como a isenção de tributos sobre gorjetas, horas extras e juros de determinados financiamentos de veículo, além de uma dedução de US$ 6 mil (R$ 32,7 mil) para idosos que ganham até US$ 75 mil (R$ 408,8 mil) por ano. Segundo a estimativa mais recente do Escritório de Orçamento do Congresso norte-americano (CBO, na sigla em inglês), a lei adicionaria US$ 3,3 trilhões à dívida de US$ 36,2 trilhões (R$ 197,3 trilhões) do país. De acordo com analistas consultados pela Reuters, esse aumento da dívida serviria efetivamente como uma transferência de riqueza dos mais jovens para os mais velhos, uma vez que tende a desacelerar o crescimento econômico, aumentar os custos de empréstimos e eliminar outros gastos do governo nas próximas décadas. Outra projeção do CBO é que o projeto também aumentaria o limite de endividamento dos EUA em US$ 5 trilhões (R$ 27,3 trilhões), adiando a perspectiva de um calote da dívida neste verão — o que afetaria não apenas os mercados financeiros norte-americanos, mas do mundo inteiro. *Com informações das agências de notícias Reuters e AP.



Governo lança programa para reduzir o uso de agrotóxicos na agricultura


01/07/2025 15:03 - g1.globo.com


Medida tem como objetivo diminuir o uso dos agroquímicos considerados altamente perigosos ao meio ambiente ou à saúde humana. Entenda como é a aprovação de agrotóxicos no Brasil O governo lançou nesta segunda-feira (30) o Programa Nacional de Redução de Agrotóxicos (Pronara). A medida tem o objetivo de diminuir o uso de agrotóxicos, principalmente os considerados altamente perigosos ao meio ambiente ou à saúde humana. O programa também estabelece uma transição para a agroecologia, onde os produtores plantam com foco em sustentabilidade. Nele, o governo irá oferecer: apoio técnico e financeiro aos produtores; monitoramento de resíduos dos agrotóxicos em alimentos, na água e no solo; promoção de bioinsumos e alternativas sustentáveis; incentivo a pesquisa e inovação tecnológica. O lançamento, com presença do presidente Lula, aconteceu durante a cerimônia de anuncio do Plano Safra da Agricultura Familiar 2025/2026, na segunda-feira. Nesta terça-feira (1º), foi a vez de o governo apresentar o Plano Safra voltado à agricultura empresarial. Além do Ministério da Agricultura, o do Meio Ambiente ajudou na construção do Pronara, que está vinculado à Política Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica (Pnapo), de 2012, e do do 3º Plano Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica (Planapo). "O programa demonstra que é possível produzir alimentos em harmonia com o meio ambiente e impulsionar o desenvolvimento agrícola rumo a um novo ciclo de prosperidade em que ninguém fique para trás”, afirmou a ministra Marina Silva, do Meio Ambiente. Leia também: Veja como o Plano Safra da Agricultura Familiar vai funcionar Veja os detalhes do Plano Safra voltado à agricultura empresarial Imagem de uma aplicação mecanizada de agrotóxicos para o controle de pragas e doenças. Christiane Congro Comas/Embrapa Plano Safra O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) lançou na segunda a versão do Plano Safra para agricultura familiar com a oferta de R$ 78,2 bilhões para financiamentos na temporada 2025-2026. Segundo o governo, os juros variam de 0,5% a 8% ao ano no Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf). Ao todo, o plano promete movimentar R$ 89 bilhões entre crédito rural, compras públicas, seguro agrícola, assistência técnica, garantia de preço mínimo e outras ações. O governo federal lança anualmente o Plana Safra para incentivar a produção de alimentos em território brasileiro por meio de empréstimos concedidos com juros mais baixos do que os praticados pelo mercado financeiro. Nesta terça, houve o lançamento do o Plano Safra voltado à agricultura empresarial, com oferta de R$ 516,2 bilhões em crédito rural para médios e grandes produtores na temporada de 2025-2026. O valor deste ano representa um aumento de R$ 8 bilhões em relação à safra anterior, que contou com R$ 508,59 bilhões. O governo considera nesse valor os recursos emitidos em cédulas de produtos rurais. Seguindo a tendência dos últimos anos, produtores que adotarem práticas sustentáveis terão acesso a condições diferenciadas, como taxas de juros mais baixas. 🌳O programa também oferece crédito para reflorestamento e cultivo de culturas de cobertura que ajudam a conservar o solo entre as safras. Saiba também: Batidas contra imigrantes esvaziam fazendas nos EUA; colheitas estão apodrecendo, dizem produtores LGBTs no campo: a luta de uma mulher trans quilombola contra o preconceito Veja também: Lula lança Plano Safra da agricultura familiar para incentivar produção de alimentos Preço do café deve cair até o fim do ano, mas em ritmo lento; entenda Os prejuízos das chuvas para os produtores do RS



Lula lança Plano Safra com previsão de R$ 516 bilhões para produtores rurais de médio e grande porte


01/07/2025 14:37 - g1.globo.com

Valor representa amento de R$ 8 bilhões em relação ao que foi disponibilizado para o programa no ano passado. Plano também tem versão focada em agricultura familiar. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) lançou nesta terça-feira (1º) o Plano Safra voltado à agricultura empresarial com oferta de R$ 516,2 bilhões em crédito rural para médios e grandes produtores na temporada de 2025-2026. O valor deste ano representa um aumento de R$ 8 bilhões em relação à safra anterior, que contou com R$ 508,59 bilhões. O governo considera nesse valor os recursos emitidos em cédulas de produtos rurais. Seguindo a tendência dos últimos anos, produtores que adotarem práticas sustentáveis terão acesso a condições diferenciadas, como taxas de juros mais baixas. 🌳O programa também oferece crédito para reflorestamento e cultivo de culturas de cobertura que ajudam a conservar o solo entre as safras. Lula lança Plano Safra da agricultura familiar para incentivar produção de alimentos Novas regras e incentivos sustentáveis Entre as novidades deste ano está a exigência de aderência ao Zoneamento Agrícola de Risco Climático (Zarc) como condição para acesso ao crédito. Antes, essa exigência era exclusiva para agricultores familiares vinculados ao Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) com o Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro) (entenda mais sobre o programa abaixo). ➡️Agora, a regra se estende a outros tipos de financiamento, exceto nos casos em que o zoneamento não estiver disponível para o município ou para o produto agrícola cultivado. O objetivo é evitar financiamentos em áreas ou períodos inadequados, garantindo mais segurança climática e sustentabilidade à produção. O governo federal autorizou também o financiamento de rações, suplementos e medicamentos adquiridos até 180 dias antes da formalização do crédito. O crédito de custeio também poderá ser usado para produção de sementes e mudas de essências florestais, além de insumos para cultivo de plantas que protegem o solo no período de entressafra. O acesso ao Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé) também foi ampliado. Agora, agricultores do Pronaf e do Pronamp poderão utilizar os recursos do fundo mesmo que já tenham contratos ativos pelo Plano Safra. RenovAgro e ampliação da armazenagem O RenovAgro Ambiental, programa voltado à sustentabilidade, passa a incluir ações de prevenção e combate a incêndios e recuperação de áreas protegidas. Será possível, por exemplo, financiar caminhões-pipa e mudas de espécies nativas para reposição de vegetação em áreas de preservação permanente e reservas legais. Já o Programa para Construção e Ampliação de Armazéns (PCA) teve o limite de capacidade por projeto ampliado de 6 mil para 12 mil toneladas, reforçando a infraestrutura de estocagem e escoamento da produção rural. Ampliação do acesso ao Pronamp O governo também anunciou a elevação do limite de renda anual para enquadramento no Pronamp, que passou de R$ 3 milhões para R$ 3,5 milhões. Plano Safra O Plano Safra é coordenado pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e contempla operações de custeio, comercialização e investimento, com condições que variam conforme o perfil do produtor e o programa acessado.



IOF: advogado-geral da União diz ter avisado a Alcolumbre e Motta antes de acionar STF


01/07/2025 14:00 - g1.globo.com


Jorge Messias apresentou ao Supremo uma ação para que sejam declarados constitucionais os decretos de Lula que elevam o IOF e que foram derrubados pelo Congresso. Jorge Messias, advogado-geral da União. Daniel Estevão / AscomAGU O advogado-geral da União, Jorge Messias, disse nesta terça-feira (1º) que avisou aos presidentes do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), e da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), antes de acionar o Supremo Tribunal Federal (STF) para que sejam declarados constitucionais os decretos de Lula que elevaram o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Na semana passada, deputados e senadores derrubaram os decretos editados por Lula que previam um aumento da arrecadação federal. Com isso, o Congresso impôs uma derrota ao petista e à equipe econômica do governo. Nesta terça, a Advocacia-Geral da União apresentou ao Supremo uma ação declaratória de constitucionalidade, para retomar a vigência dos decretos de Lula. O tema será analisado pelo ministro Alexandre de Moraes, que já foi designado relator de uma ação do PSOL contra a decisão do Congresso que derrubou os decretos de Lula. "Medida adotada pelo Congresso acabou por violar o princípio da separação de poderes", diz Jorge Messias Em entrevista nesta terça, Messias acrescentou que o presidente Lula tem “relação profícua” com ambos parlamentares e que defende uma “relação respeitosa e harmônica entre os poderes". De acordo com o advogado-geral da União, Lula está agindo em defesa do presidencialismo e que ele “não abrirá mão” em defender o atual sistema de governo. “Há espaço da política e há espaço do direito. Nesse momento, falará o direito. A política poderá chegar a arranjos próprios.”, disse. Messias declarou que o governo está tranquilo, e que busca fazer uma discussão jurídica “respeitosa” ouvindo os atores envolvidos. Repetiu, ainda, que a motivação do presidente Lula foi exclusivamente “jurídica”, pois a jurisprudência atual, em sua visão, é pacífica em definir sua competência para editar decretos sobre alíquotas do IOF. “Toda questão política, o presidente Lula considera. Ele tem se dedicado muito a dialogar com os presidentes das duas casas, e vamos continuar fazendo. São linhas que caminham em paralelo, mas que podem no futuro se encontrar em benefício para a coletividade”, disse ele.



BYD apresenta primeiros carros montados no complexo fabril da Bahia


01/07/2025 13:59 - g1.globo.com


Unidade foi visitada por executivos da empresa, autoridades e jornalistas nesta terça-feira (1º), em Camaçari, na Região Metropolitana de Salvador. Perspectiva é que, até 2030, 80% dos componentes dos veículos sejam nacionais. Primeiros carros elétricos da BYD montados no Brasil são apresentados na Bahia A montadora chinesa Build Your Dreams (BYD) apresentou, nesta terça-feira (1°), os primeiros carros montados no complexo fabril localizado em Camaçari, na Região Metropolitana de Salvador. De acordo com Alexandre Baldy, vice-presidente sênior da BYD Brasil, o Dolphin Mini custa atualmente R$ 122 mil e quando todos os modelos passarem a serem montados na fábrica de Camaçari, passará a ser vendido por R$ 119 mil. Além do Dolphin Mini, a BYD apresentou seu primeiro carro híbrido produzido no local, o Song Pro. Segundo a montadora, a produção dos primeiros três modelos nacionais começa nas próximas semanas: BYD Dolphin Mini, Song Pro (GL/GS) e King (GL/GS). As datas não foram especificadas. A nova unidade está localizada no Polo Petroquímico de Camaçari e foi construída do zero em uma área que faz parte do terreno antes utilizado pela também empresa automobilística Ford, que encerrou as atividades no Brasil em 2021. O espaço foi vendido para o governo estadual em 2023. Ao g1, Augusto Vasconcelos, secretário estadual da Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre), falou que 508 vagas de emprego são oferecidas de imediato pela empresa. "As vagas já estão sendo anunciadas pelo SineBahia e os profissionais vão passar por um processo seletivo. A previsão é de produção de veículos nos modelos SKD e CKD neste ano. A perspectiva é que, até 2030, 80% dos componentes dos veículos sejam nacionais, o que vai ampliar ainda mais o valor agregado da fábrica e dinamizar a economia brasileira e baiana", afirmou o secretário. Nesta terça, a BYD ainda anunciou a abertura de mais 3 mil oportunidades profissionais, que serão preenchidas até o fim do ano. Vice-presidente sênior da BYD fala sobre trabalhadores chineses resgatados na fábrica Em coletiva de imprensa, Alexandre Baldy falou sobre os trabalhadores chineses que foram resgatados de situação análoga à escravidão na obra de construção da BYD. Ele definiu a situação como "um triste episódio" e afirmou que a montadora chinesa "tem compromisso com a legislação brasileira, trabalhista e dignidade humana". "Nós acompanhamos toda a tramitação, inclusive, extinguimos fornecedores, com todos esses aspectos", comentou o vice-presidente sênior da BYD Brasil. RELEMBRE CASO... Trabalhadores chineses são resgatados de situação análoga à escravidão em obra de construção de montadora de carros na Bahia MPT processa montadora chinesa BYD por trabalho escravo e tráfico de pessoas na Bahia; órgão pede pagamento de R$ 257 milhões COMIDA EM COOLER, OPERÁRIOS DESCALÇOS, PIAS ENTUPIDAS: imagens mostram condições de trabalho em obra da BYD na Bahia Questionado sobre a situação, o governador Jerônimo Rodrigues (PT) disse que "é uma questão direta entre a BYD e o Ministério Público do Trabalho (MPT), mas o Governo do Estado segue acompanhando os desdobramentos". Além de Jerônimo Rodrigues, a cerimônia de apresentação da fábrica contou com a presença de outras autoridades políticas, como a ministra da Cultura, Margareth Menezes, o prefeito de Camaçari, Luiz Caetano (PT), deputados estaduais e federais, além da vice-presidente executiva global da BYD, Stella Li. Cerimônia de apresentação da BYD foi realizada nesta terça-feira (1°) Rafaela Paixão/g1 Outros negócios Durante o evento, a BYD anunciou a qualificação de 106 empresas instaladas no Brasil para fornecer peças para a fábrica na Bahia. A Continental Pneus de Camaçari, vizinha da montadora, é a primeira companhia oficialmente homologada A fábrica da BYD na Bahia é fruto de R$ 5,5 bilhões em investimentos anunciados pela companhia em 2023. O polo industrial envolve três unidades em Camaçari. Além dos carros elétricos e híbridos, a marca também vai produzir caminhões e chassis para ônibus, processamento de insumos para as baterias, como lítio e ferro fosfato. A unidade começa com capacidade anual de 150 mil veículos, com expansão planejada para 300 mil na segunda fase. Inicialmente operando no sistema SKD (Semi Knocked-Down), a planta evoluirá gradualmente para produção nacional completa — incluindo estampagem, soldagem, pintura e aumento do conteúdo local. O projeto ainda inclui o desenvolvimento de um motor híbrido flex, o 1.5 DM-i, programado e construído numa cooperação entre cientistas chineses e brasileiros. Desenvolvido para rodar com gasolina e etanol, o motor combina tecnologia elétrica com desempenho de última geração. Apresentação da fábrica da BYD em Camaçari, na Região Metropolitana de Salvador Rafaela Paixão/ g1 Veja mais notícias do estado no g1 Bahia. Assista aos vídeos do g1 e TV Bahia 💻



Governo vai recorrer na Justiça contra derrubada do IOF, diz AGU


01/07/2025 13:35 - g1.globo.com


Congresso aprovou derrubada do aumento do IOF, imposto sobre empréstimos e operações de câmbio. Sem alta do imposto, governo terá de anunciar novo bloqueio, ou aumento de arrecadação, para equilibrar as contas públicas e buscar a meta fiscal deste ano. 'Medida adotada pelo Congresso acabou por violar o princípio da separação de poderes', diz Jorge Messias O advogado-geral da União, Jorge Messias, afirmou nesta terça-feira (1º) que o governo federal vai recorrer no Supremo Tribunal Federal (STF) contra a derrubada do aumento do Imposto Sobre Operações Financeiras (IOF) pelo Congresso Nacional. "Eu gostaria de lembrar aqui que essa decisão do presidente da República foi precedida de um amplo estudo técnico e jurídico solicitado a mim na semana passada", afirmou Messias. RELEMBRE: Em derrota para o governo, Senado segue a Câmara e derruba decreto de Lula sobre alta do IOF Messias frisou ainda que a derrubada do decreto pelo Congresso violou a separação de Poderes (entenda mais abaixo). Ainda segundo o advogado-geral da União, foram solicitados dados pelo Ministério da Fazenda para amparar a decisão do governo. “A medida adotada pelo Congresso Nacional acabou por violar o princípio da separação de Poderes. Qual a medida que adotamos? A AGU apresentou uma ação declaratória de constitucionalidade para que o STF possa apreciar a correção, a adequação, do ato do chefe do poder Executivo”, disse o ministro Jorge Messias, da AGU. De acordo com a AGU, o decreto editado pelo presidente Lula, que elevou o IOF, respeita a competência prevista na Constituição e não extrapola os limites previstos em lei, pois foi observada a alíquota máxima de 1,5% ao dia. 🔎Na prática, o instrumento jurídico usado pelo governo quer, junto ao Supremo, o reconhecimento para retomada da vigência dos decretos de Lula (veja vídeo abaixo). IOF: Governo optou por Ação Declaratória de Constitucionalidade para não atacar o Congresso 'Riscos fiscais graves' Na ação, a AGU também avaliou que a derrubada do aumento do IOF pelo Congresso Nacional provocará “riscos fiscais graves ao Estado brasileiro”, pois reduzirá “consideravelmente” as estimativas de receita para o exercício de 2025 e para os anos subsequentes. A AGU informa que, para este ano, a perda de arrecadação prevista, sem a alta do IOF, é de R$ 12 bilhões. “Diante de tal cenário, o Executivo será obrigado a contingenciar [bloquear] despesas da mesma ordem de grandeza das receitas estimadas no decreto presidencial para atender as metas [fiscais]”, acrescentou o órgão. LEIA MAIS: Derrubada do IOF e resistência do Congresso devem levar a novos cortes no Orçamento; entenda De acordo com Jorge Messias, o governo e o Legislativo estão diante de uma “questão eminentemente técnica” que precisa ser resolvida pelo Supremo Tribunal Federal. “O conflito aqui é de entendimento, nesse caso o órgão responsável é o STF”, declarou. Segundo ele, o governo preza pelo diálogo saudável, republicano e transparente com o Congresso Nacional em benefício da sociedade. “Não nos restou outra alternativa senão a proposição de uma ação direta de constitucionalidade”, acrescentou Messias. Messias informou que a decisão de recorrer ao STF foi comunicada, de antemão, aos presidentes da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, e do Senado Federal, Davi Alcolumbre. Acrescentou que o presidente Lula tem “relação profícua” com ambos e que defende uma “relação respeitosa e harmônica entre os poderes. De acordo com o advogado-geral da União, Lula está agindo em defesa do presidencialismo e que ele “não abrirá mão” em defender o atual sistema de governo. “Há espaço da política e há espaço do direito. Nesse momento, falará o direito. A política poderá chegar a arranjos próprios.”, disse. Chefe da Advocacia-Geral da União (AGU), Jorge Messias, em entrevista Marcelo Camargo/Agência Brasil Cronologia da disputa A equipe econômica anunciou no fim de maio um decreto presidencial que elevou o IOF incidente sobre operações de crédito, principalmente para empresas. Na semana passada, o Legislativo aprovou a derrubada de decretos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) que aumentavam o imposto. Com a derrubada dos decretos, o Congresso impôs uma perda de arrecadação aos cofres públicos de cerca de R$ 10 bilhões neste ano e de mais de R$ 20 bilhões 2026, apontam estimativas do Ministério da Fazenda. Considerada necessária pela equipe econômica para equilibrar o orçamento e buscar o atingimento da meta fiscal deste ano, a proposta sofreu com forte resistência do Legislativo por envolver aumento de tributos. E acabou barrada pelo Parlamento. ➡️Sem o decreto do IOF, as regras das contas públicas estipulam a necessidade de um bloqueio adicional de R$ 10 bilhões que terá de ser anunciado pela área econômica para compensar a perda de arrecadação. O objetivo é buscar a meta de zerar o déficit nas contas do governo neste ano, com um intervalo de tolerância (de até R$ 31 bilhões) e exclusão de parte dos precatórios previstos. A alternativa para o governo para evitar bloqueio no orçamento será elevar outros tributos em igual intensidade, ou seja, em R$ 10 bilhões. O Congresso Nacional, entretanto, não tem mostrado receptividade a propostas que elevem impostos. ➡️Nesta terça, o ministro Haddad confirmou que, para 2026, o governo precisa não somente do aumento do IOF para fechar as contas, mas também da Medida Provisória que eleva uma série de tributos, como para bets, fintechs e criptoativos, além de cortar cerca de R$ 15 bilhões em benefícios fiscais. Questionado por jornalistas, ele não respondeu se o governo pode alterar a meta fiscal de 2026, que prevê superávit de 0,25% do PIB, algo como R$ 31 bilhões, para as contas do governo. "Mais do que falar do futuro, eu estou falando do que eu já fiz como ministro da Fazenda em 2024. Nossas medidas não foram aprovadas e, ainda assim, buscamos o melhor resultado fiscal para o país", declarou Haddad, ao ser perguntado sobre a possibilidade de mudar a meta fiscal do próximo ano. Ação do PSOL O PSOL também entrou com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) no Supremo, na última sexta-feira (27), solicitando que o projeto legislativo que previu a derrubada de atos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) seja suspenso. Nesta semana, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, definiu que o ministro Alexandre de Moraes será o relator da ação do PSOL que questiona a decisão do Congresso de derrubar decretos presidenciais acerca do imposto. No pedido, o PSOL afirma que o Congresso, ao editar o decreto legislativo para derrubar as novas regras do IOF, extrapolou a competência constitucional e violou o princípio da separação dos Poderes. Para Mary Elbe Queiroz, presidente do Cenapret e fundadora do Queiroz Advogados, a judicialização da derrubada dos decretos do IOF escancara um ponto-chave do sistema tributário brasileiro: os limites entre o poder de regulação do Executivo e o controle do Congresso sobre temas fiscais. "Embora o IOF tenha caráter extrafiscal, ou seja, não sirva apenas para arrecadar, mas também para ajustar a economia, a reversão legislativa imediata gera insegurança sobre a estabilidade desses mecanismos. O Supremo Tribunal Federal, ao julgar a constitucionalidade da medida, não estará apenas decidindo sobre um tributo específico, mas sobre os próprios instrumentos de política econômica em um ambiente democrático", disse Mary Queiroz, da Cenapret. Haddad diz que aguarda ligação de Hugo Motta para explicar derrubada do IOF Entenda o aumento do IOF Com a derrubada dos decretos de Lula sobre aumento do IOF na semana passada, deixa de valer: Aumento do IOF para compras internacionais de pessoas físicas em cartões de crédito e débito internacional, de 3,38% para 3,5%; Alta do IOF para compra de moeda estrangeira em espécie e em remessas para o exterior, que havia subido de 1,1% para 3,5%; Aumento na alíquota diária do imposto para empresas, de 0,0041% para 0,0082%; Elevação da alíquota diária do imposto, de 0,0041% para 0,0082%, para o chamado "risco sacado" - operação em que um banco antecipa o pagamento de uma fatura que é cobrada depois de seu cliente. Alta no IOF de zero para 5% sobre seguros do tipo VGBL, uma forma de previdência privadas, para investidores de renda mais alta; Elevação de zero para 0,38% para fundos de investimento em direito creditório na aquisição de cotas. ➡️Se a Justiça derrubar a decisão do Congresso Nacional, essas elevações do imposto voltarão a ser implementadas.



Os músicos e influencers que ganham da indústria para 'limpar' imagem do agronegócio


01/07/2025 13:30 - g1.globo.com


O orgulho rural se tornou viral no Brasil, mas alguns advertem que está mascarando questões ambientais mais profundas. Us Agroboy: 'O nosso Brasil é do rodeio, é da bota, do chapéu, é das pequenas cidades' GBLLS/Us Agroboy via BBC A agricultura brasileira está prosperando, e as redes sociais estão repletas de conteúdo que celebra o orgulho rural. Mas por que alguns críticos veem isso como uma campanha calculada de relações públicas? Ao se apresentar em um celeiro pouco iluminado, cercado por fardos de feno e rodas de carroça de madeira, a dupla musical Us Agroboy causa uma primeira impressão marcante. Gabriel está de macacão jeans, com nada além de um crucifixo no peito. Jotinha se inspira no hip hop, optando por uma camisa esportiva adornada com um colar grosso e brilhante. Ambos usam chapéu de caubói e bota de couro — escolhas adequadas, já que animam o público com uma música sobre um fazendeiro que alcançou o sucesso apesar de ser ridicularizado pela chamada "playboyzada". "Hoje quem ri sou eu de quem desacreditou", eles cantam. "A roça venceu, o agro estourou. E os nossos produtos vão até pro exterior" Este videoclipe tem mais de oito milhões de visualizações no YouTube, e os comentários abaixo sugerem que a paixão da dupla pelo setor agrícola é compartilhada por muitos. "Vocês são o real Brasil", escreveu um usuário, enquanto outro acrescentou: "Que Deus ilumine cada pessoa que ama a sua terra, seu agro!" "O mundo critica o agro, mas nós vivemos do que é produzido no campo." O Us Agroboy se tornou um dos principais nomes do "agronejo", um gênero que combina o sertanejo tradicional com influências mais modernas, como a música pop e o funk. Leia também: Agroplay: escritório nasceu para agenciar Ana Castela e mira hits misturando agronejo e pop latino O "agronejo" existe há menos de uma década, mas as músicas que enaltecem os fazendeiros e o setor agrícola provaram ser um sucesso nas redes sociais e nas plataformas de streaming, onde foram reproduzidas milhões de vezes. Esta ascensão meteórica foi notada por empresas do setor agrícola, que patrocinam feiras em que as estrelas do "agronejo" se apresentam e videoclipes que elas exibem no YouTube. "O agro está profundamente ligado à cultura brasileira", diz a Associação Brasileira do Agronegócio (Abag) à BBC. "Apoiar manifestações culturais vinculadas a esse universo é uma forma legítima de reconhecer e fortalecer essa identidade." A dupla Us Agroboy diz que sua música ajudou a 'quebrar esse preconceito' contra o produtor rural GBLLS/Us Agroboy via BBC No passado, o Us Agroboy fez parcerias com empresas de maquinário agrícola, e afirma que o retrato positivo do setor em suas músicas é "fiel à realidade". "O que move o país é o agro, né? É o trabalhador rural que levanta cedo, e planta soja e colhe o café", diz Gabriel Vittor, integrante da dupla Us Agroboy. "E, sem dúvida, é uma das maiores potências do Produto Interno Bruto aqui do Brasil também." Mas os críticos dizem que as músicas do "agronejo" não conseguem capturar a imagem completa da agricultura brasileira — e, em vez disso, oferecem uma "visão altamente idealizada, com curadoria ideológica e unilateral" do setor. "Esta visão minimiza as consequências ambientais e sociais do setor, ao mesmo tempo em que o protege como a espinha dorsal da identidade e da força econômica brasileira", observa Debora Salles, do NetLab, laboratório de pesquisa em internet e redes sociais da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Enquanto o Brasil se prepara para sediar a conferência climática COP30 em novembro, pesquisadores como Salles dizem que é mais importante do que nunca entender como produções culturais como o "agronejo" "moldam a percepção pública em prol de interesses econômicos poderosos". Quando você está vendendo ideologia para as pessoas, precisamos ser um pouco mais cautelosos', diz Debora Salles Thiago Dezan via BBC O Brasil é um dos maiores exportadores agrícolas do mundo, com a soja e o café entre seus produtos mais comercializados. De acordo com o Banco Mundial, cerca de 22% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro pode ser vinculado à agricultura, à produção de alimentos e aos serviços relacionados. A importância econômica deste setor também é evidente na política: a chamada "bancada ruralista", que declara entre seus objetivos a "defesa dos interesses do setor", continua sendo uma das forças mais influentes no Congresso. Embora as músicas do "agronejo" se refiram com frequência à agricultura como "o que move" a economia brasileira, a BBC não encontrou nenhuma faixa que faça referência ao impacto que a produção agrícola está tendo sobre o meio ambiente. A associação comercial Abag diz que "nenhuma narrativa isolada consegue, por si só, refletir toda a complexidade do setor", e que é "natural" que as músicas apresentem "visões mais inspiradoras ou simbólicas", já que têm o objetivo de se conectar com o público em geral. Levando a batalha para as redes sociais Aqueles que seguem Camila Telles sabem que a fazendeira que se tornou influenciadora não é de medir as palavras. "A 'lacrosfera' ataca novamente", diz ela em um vídeo do TikTok, assistido mais de 470 mil vezes, respondendo a postagens de rede social que denunciavam o "agronejo" como um retrato "cruel" do Brasil. "Agora a culpa é do sertanejo, né? Que diz que idolatra o agro..." Com formação em relações públicas, Telles ficou conhecida nas redes sociais como uma defensora ferrenha do setor de agronegócios — que, segundo ela, "é a potência do Brasil". Ela é uma fazendeira de terceira geração, mas, diferentemente de outros influenciadores agrícolas, cujos perfis são dominados por fotos de suas vidas rurais, Telles publica regularmente vídeos abordando o que ela descreve como "desinformação" sobre o setor. Camila Telles diz que sua fazenda é 'meu cantinho no mundo, né?' Camila Telles via BBC "Quando eu falo de informação, é muito achismo, não é uma questão que as pessoas realmente conheçam", diz ela à BBC. "Quando alguém que nunca plantou um pezinho de soja, de feijão, de qualquer coisa, quer dar opinião sobre o nosso setor, é algo muito complexo." Em um vídeo do TikTok, ela protesta contra os "discursos vazios e desesperados" daqueles que criticam o impacto ambiental da produção de soja no Brasil. Em seguida, sugere que as pessoas que retratam a soja como "inimiga do Brasil" estão, na verdade, se opondo ao desenvolvimento do país. A soja continua sendo uma das principais exportações do Brasil, responsável pela geração de milhões de empregos, segundo algumas estimativas. Mas as evidências também mostram que, em algumas partes do Brasil, centenas de milhares de hectares de áreas florestais foram desmatadas para dar lugar a plantações de soja. Em um relatório de 2022, o NetLab citou esta e outras postagens de rede social para justificar a inclusão de Camila Telles na lista dos principais influenciadores brasileiros que espalham desinformação sobre questões ambientais. "Ela se tornou um caso emblemático de uso eficaz da mídia social para apoiar o agronegócio", diz Salles, que contribuiu para o relatório. Mas Telles nega espalhar qualquer tipo de desinformação. "Eu não distorço os fatos", diz ela à BBC. "Se as pessoas analisarem meus vídeos, eu dificilmente coloco o agro como algo perfeito ou que não tenha erros." Além de administrar seu negócio agrícola, Telles fez carreira como palestrante, aparecendo com frequência em eventos do setor. Em seu site, ela lista produtores brasileiros de carne entre seus clientes recentes. Seus críticos dizem que isso põe em dúvida a autenticidade de suas opiniões, mas Telles insiste que nunca foi patrocinada para promover qualquer ponto de vista específico em seu conteúdo. "Eu abracei esta causa para mim, mas sempre pensando na minha origem, na minha família", ela afirma. Em protesto contra a reunião de líderes mundiais na COP30 no fim deste ano, um grupo de produtores rurais anunciou em novembro que iria organizar em paralelo, a "COP do Agro", destinada a "defender quem produz". A COP 30, cúpula climática da ONU, será realizada em Belém de 10 a 21 de novembro Getty Images via BBC Assim como Telles, eles também falam de um setor que foi erroneamente "culpado" pelas mudanças climáticas — pergunto, então, se ela participaria do evento. "Eu acho que não precisa ter a COP do agro", diz ela. "Nós temos que estar lá [na COP30] como protagonistas." E com a mesma intensidade que demonstra em suas postagens nas redes sociais, ela acrescenta: "Eu espero uma COP com mais escuta e menos julgamento, né?" O custo climático da agricultura O Brasil é atualmente o sexto maior emissor mundial de gases de efeito estufa — como dióxido de carbono e metano — que causam mudanças climáticas. Os dados mostram que cerca de dois terços destas emissões poem estar vinculadas à agricultura e às mudanças na forma como a terra é usada — principalmente por meio do desmatamento. Os cientistas do projeto MapBiomas estimam que, entre 1985 e 2000, a conversão de terras para pastagens e plantações foi o principal fator por trás da perda de áreas florestais no Brasil. Quando as florestas são destruídas, elas liberam todo o dióxido de carbono que absorveram ao longo do tempo de volta à atmosfera, contribuindo ainda mais para o aquecimento do planeta. "Globalmente, a maior parte das emissões vem da queima de combustíveis fósseis", diz David Lapola, pesquisador da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). "No Brasil, a maior parte das emissões vem da mudança no uso da terra e da agricultura." "De uma perspectiva global, a agricultura não é a vilã, mas de uma perspectiva nacional, no Brasil, há muitas emissões a serem reduzidas." No entanto, alguns agricultores brasileiros dizem que seu setor foi injustamente responsabilizado pelas mudanças climáticas — e estão usando as redes sociais para reagir contra o que consideram ser os críticos do setor. Em 2024, a região do Cerrado testemunhou um dos desmatamentos mais severos do Brasil Getty Images via BBC "Acho que a mídia social é uma arena central para essa batalha ideológica", diz Salles, do NetLab. E o setor agrícola parece estar percebendo isso. Uma pesquisa com 4.215 residentes urbanos, realizada pelo movimento Todos a Uma só Voz — que visa melhorar a percepção pública do setor — sugeriu que três em cada dez brasileiros não têm uma visão positiva do agronegócio, sendo que cerca de metade deles são jovens. "Os jovens são os que são o público dos influenciadores", diz Ricardo Nicodemos, que preside a Associação Brasileira de Marketing Rural e Agronegócio. "Influenciadores são importantes? Redes sociais são importantes? Sim, são muito importantes."



Embraer fecha contrato avaliado em R$ 21,7 bilhões para venda de 45 aviões comerciais


01/07/2025 13:16 - g1.globo.com


Primeiras entregas estão previstas para o final de 2027. Acordo ainda prevê direito de compra para mais 10 jatos. Embraer anuncia a venda de 45 jatos E195-E2 A Embraer anunciou nesta terça-feira (1º) a venda de 45 jatos comerciais do modelo E195-E2 para a Scandinavian Airlines, em um contrato avaliado em US$ 4 bilhões — cerca de R$ 21,7 bilhões na cotação atual. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 Vale do Paraíba e região no WhatsApp As entregas serão feitas ao longo de quatro anos, com início previsto para o fim de 2027. O contrato também inclui a opção de compra de mais 10 aeronaves. Segundo a Embraer, essa é a maior encomenda feita pela Scandinavian Airlines desde 1996 e faz parte da renovação da frota da empresa. O E195-E2 é o maior avião comercial já produzido pela Embraer. Ele pertence à nova geração de jatos E-Jets, lançada em 2016, e pode ser configurado com até 120 assentos em duas classes ou 146 em classe única. Em junho, durante o Paris Air Show — uma das maiores feiras do setor aeronáutico — a Embraer já havia fechado acordos para vender ao menos 70 jatos comerciais. Um deles, com a empresa americana SkyWest, prevê a entrega de 60 aeronaves por US$ 3,6 bilhões, o equivalente a R$ 19,5 bilhões. Embraer fecha contrato avaliado em R$ 21,7 bilhões para venda de 45 aviões comerciais Embraer/Divulgação Veja mais notícias do Vale do Paraíba e região



Dólar e Ibovespa fecham em alta, com pacote orçamentário de Trump e IOF no Brasil


01/07/2025 12:00 - g1.globo.com


A moeda americana subiu 0,51%, cotada a R$ 5,4610. A bolsa fechou em alta de 0,50%, aos 139.549 pontos. EUA: Senado vota proposta de orçamento do governo Trump O dólar fechou em alta de 0,51% nesta terça-feira (1º), cotado a R$ 5,4610. O Ibovespa teve alta de 0,50%, aos 139.549 pontos. ▶️ O principal destaque é a aprovação, no Senado dos Estados Unidos, do megapacote de cortes de impostos proposto pelo presidente Donald Trump. Entre outros pontos, o projeto prevê a redução de tributos e um expressivo aumento nos gastos públicos do país. Com ele, a dívida pública dos EUA deve aumentar em US$ 3,3 trilhões na próxima década, agravando a situação fiscal do país e elevando a desconfiança em relação à maior economia do mundo. ▶️ Além disso, os investidores acompanham a proximidade do fim do prazo de suspensão do tarifaço. Os EUA têm buscado negociar com seus parceiros econômicos. Até mesmo o Canadá retomou as conversas após recuar da cobrança de uma taxa sobre serviços digitais prestados no país. ▶️ No Brasil, o mercado espera desdobramentos da derrubada do projeto que aumentava o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Como mostrou o g1, a queda na arrecadação e a resistência do Congresso devem levar a novos cortes no Orçamento, e os investidores esperam uma resposta do governo. Veja abaixo como esses fatores impactam o mercado. 💲Dólar a Acumulado da semana: -0,41%; Acumulado do mês: +0,51%; Acumulado do ano: -11,63%. 📈Ibovespa Acumulado da semana: -0,58%; Acumulado da semana: +1,96%; Acumulado do mês: +0,50% Acumulado do ano: +16,02%. O 'grande e belo' pacote orçamentário de Trump O megapacote de cortes de impostos proposto por Donald Trump foi aprovado pelo Senado dos EUA nesta terça. Intitulado One Big Beautiful Bill (“Um grande e belo projeto”, em tradução livre), o texto prevê, entre outros pontos: aumento de recursos destinados ao controle da imigração; ampliação dos gastos com as Forças Armadas; cortes em programas sociais — especialmente na área da saúde; criação de novas isenções fiscais para gorjetas e horas extras; revogação de incentivos à energia limpa implementados pelo democrata Joe Biden. A proposta prorroga os cortes de impostos implementados em 2017, durante o primeiro mandato de Trump. Em contrapartida, reduz os recursos destinados a programas como o Medicaid — que garante acesso à saúde para famílias de baixa renda. Além disso, o projeto pode aumentar significativamente a dívida pública dos EUA. O Escritório de Orçamento do Congresso dos Estados Unidos (CBO, na sigla em inglês) estima que o pacote orçamentário adicionará cerca de US$ 3,3 trilhões (aproximadamente R$ 18 trilhões) à dívida pública do país. Após a aprovação no Senado, o projeto retornará à Câmara dos Deputados. Se for novamente aprovado, seguirá para sanção presidencial. A expectativa é que a votação ocorra já na próxima quarta-feira (2). Trump deseja sancionar a lei até o feriado da Independência, em 4 de julho. O presidente da Câmara, Mike Johnson, afirmou em comunicado que pretende cumprir esse prazo. SAIBA MAIS AQUI. Tarifaço: contagem regressiva para o fim da trégua O tarifaço de Trump voltou a ganhar destaque após a estabilização da situação no Oriente Médio. A suspensão de 90 dias das tarifas impostas pelo republicano está prestes a expirar, e o baixo número de acordos firmados até o momento continua gerando preocupação. Trump e o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, afirmaram nesta terça que o prazo não será estendido e as tarifas poderão ser restabelecidas após 9 de julho. Nesta segunda-feira, o Canadá cancelou o imposto sobre serviços digitais direcionado a empresas de tecnologia dos EUA, poucas horas antes de sua entrada em vigor. A decisão foi interpretada como uma tentativa de destravar as negociações comerciais, que haviam sido interrompidas por Trump. Além disso, a União Europeia busca um alívio imediato nas tarifas comerciais para setores estratégicos do bloco como condição para qualquer acordo com os EUA, segundo diplomatas ouvidos pela Reuters. 🔎 O mercado avalia que o aumento das tarifas sobre importações pode elevar os preços ao consumidor e os custos de produção, pressionando a inflação e reduzindo o consumo. Esse cenário pode levar à desaceleração da economia dos EUA e até a uma recessão global. Powell sob os holofotes Diante das preocupações com as contas públicas e pelo tarifaço, os investidores avaliaram as declarações do presidente do Fed, Jerome Powell, em um evento no Banco Central Europeu (BCE) nesta terça. Powell reforçou que a instituição pretende “esperar e obter mais informações” sobre os impactos das tarifas na inflação antes de reduzir as taxas de juros, ignorando mais uma vez as pressões de Trump por cortes imediatos. “Estamos simplesmente dando um tempo”, afirmou. “Enquanto a economia dos EUA estiver sólida, acreditamos que a atitude mais prudente é esperar, entender melhor e observar quais serão os efeitos.” Na semana passada, Powell já havia feito declarações semelhantes e foi duramente criticado por Trump, que tem pressionado o Fed a iniciar o ciclo de cortes de juros. O presidente chegou a indicar que pretende substituir Powell antes do fim do mandato, em maio de 2026. Questionado sobre as críticas de Trump, Powell afirmou que o Fed está “100% focado” em suas metas de controle da inflação e de geração de empregos — declaração que foi aplaudida pelo público presente na conferência do BCE. A próxima reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC, na sigla em inglês) está marcada para os dias 29 e 30 de julho. De olho no IOF Por fim, a agenda brasileira fraca nesta terça-feira volta as atenções do mercado para as contas públicas, especialmente após o Congresso Nacional ter derrubado, na semana passada, o decreto presidencial que alterava as regras e aumentava a cobrança do IOF. Com a agenda brasileira esvaziada nesta terça-feira, as atenções do mercado se voltam para as contas públicas. Segundo a equipe econômica, a revogação do decreto do IOF deve resultar em uma perda de arrecadação de R$ 10 bilhões ainda neste ano. Especialistas ouvidos pelo g1 alertam que a medida pode levar o governo a adotar novos bloqueios e contingenciamentos no Orçamento de 2025. ▶️ Nesta terça-feira, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou novamente que o governo precisa do aumento do IOF para equilibrar as contas em 2026. Ele evitou confirmar se a medida será contestada no Supremo Tribunal Federal (STF) pela Advocacia-Geral da União (AGU), mas argumentou que o reajuste do imposto apenas “fecha uma brecha” para a sonegação de tributos. O ministro também declarou que, para equilibrar as contas públicas, será necessário aprovar a Medida Provisória que aumenta a tributação sobre apostas eletrônicas (bets), criptoativos, fintechs e outros setores, além de cortar aproximadamente R$ 15 bilhões em benefícios fiscais. Haddad indicou que pretende manter o diálogo com o Congresso e afirmou que aguarda um contato do presidente da Câmara, Hugo Motta, para esclarecer a decisão. Ele também ressaltou que o Executivo nunca mencionou qualquer tipo de traição por parte do Legislativo em relação ao tema. *Com informações da agência de notícias Reuters. Cédulas de dólar bearfotos/Freepik



Haddad diz que aguarda ligação de Motta para esclarecer derrubada do IOF


01/07/2025 11:59 - g1.globo.com

Ministro da Fazenda afirmou que manterá relação com o Congresso e que governo nunca falou sobre 'traição'. Haddad diz que aguarda ligação de Hugo Motta para explicar derrubada do IOF O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta terça-feira (1), que o governo manterá o diálogo com Congresso após a derrubada do decreto do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). E que o Executivo nunca falou sobre traição do Legislativo com relação ao tema. Haddad, no entanto, afirmou que aguarda uma ligação do presidente da Câmara, Hugo Motta, para esclarecer a decisão. "Estou aguardando o retorno de uma ligação que fiz para ele na semana passada", disse Haddad. "Eu fiz uma ligação e estou aguardando o retorno. [Ele] tem que ficar à vontade também. O presidente Hugo Motta frequentou o Ministério da Fazenda como poucos parlamentares. É uma pessoa que é considerada amiga do Ministério da Fazenda. [De] todos aqui, não é só de mim. E sabe que tem livre trânsito comigo. Não tem nenhuma dificuldade, da minha parte nenhuma", prosseguiu. O assunto causou mal estar desde que Motta anunciou, na noite de 24 de junho, que a Câmara votaria a proposta no dia seguinte. A decisão pegou o Planalto e lideranças parlamentares de surpresa. Mas, em uma fina articulação entre as Casas, o Senado também decidiu votar a proposta no mesmo dia. O resultado foi uma derrota histórica para o governo Lula no Congresso. Em um intervalo pequeno, as duas Casas aprovaram a derrubada de três decretos editados por Lula para aumentar o IOF. Na Câmara, a derrota foi consolidada com 383 votos a favor da derrubada dos decretos e apenas 98 contrários. Do total de votos, 242 vieram de partidos com ministérios no governo. Do lado do Senado, a articulação política do Planalto evitou o registro nominal de votos e a derrubada dos decretos foi aprovada de forma simbólica. Agora, o governo deve entrar na Justiça para tentar reverter o quadro. Na semana passada, o governo Lula acionou a Advocacia-Geral da União (AGU) para analisar se a decisão da Câmara dos Deputados de derrubar o IOF. O objetivo é saber se a decisão fere ou não a autonomia entre os poderes. A informação foi confirmada pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em entrevista para a GloboNews na última sexta (27) . Motta chegou a dizer nesta segunda (30) que não traiu o Planalto e que já tinha avisado ao governo que o decreto teria muita dificuldade no Congresso.



Governo precisa de alta do IOF, MP que eleva tributos e corte de benefícios para atingir meta fiscal de 2026, diz Haddad


01/07/2025 11:58 - g1.globo.com


Questionado por jornalistas, ele não respondeu se o governo pode alterar a meta fiscal de 2026, que prevê superávit de 0,25% do PIB, algo como R$ 31 bilhões, para as contas do governo. Haddad diz que aguarda ligação de Hugo Motta para explicar derrubada do IOF O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), afirmou nesta terça-feira (1º) que o governo federal precisa do aumento do Imposto Sobre Operações Financeiras (IOF), barrado pelo Legislativo, para fechar as contas em 2026. Com a derrubada dos decretos do presidente Lula sobre a alta do IOF, o Congresso impõe uma perda de arrecadação aos cofres públicos de cerca de R$ 10 bilhões neste ano e de mais de R$ 20 bilhões em 2026, apontam estimativas do Ministério da Fazenda. Ele evitou confirmar que a medida será contestada no Supremo Tribunal Federal (STF) pela Advocacia Geral da União (AGU), mas argumentou que o aumento do imposto apenas "fecha uma brecha" à sonegação de tributos. Posteriormente, o advogado-geral da União, Jorge Messias, confirmou que o governo contestará a derrubada do IOF no Supremo Tribunal Federal (STF). O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em entrevista ao Estúdio i, da Globonews Fabio Tito/g1 ➡️Segundo Haddad, para equilibrar as contas públicas do próximo ano, será necessário, também, passar a Medida Provisória que eleva uma série de tributos sobre bets, criptoativos e fintechs, entre outros, em um momento em que o Congresso se mostra refratário ao aumento de impostos. ➡️Além disso, confirmou ele, também será preciso cortar cerca de R$ 15 bilhões em benefícios fiscais. ➡️Questionado por jornalistas, ele não respondeu se o governo pode alterar a meta fiscal de 2026, que prevê superávit de 0,25% do PIB, algo como R$ 31 bilhões, para as contas do governo. "Mais do que falar do futuro, eu estou falando do que eu já fiz como ministro da Fazenda em 2024. Nossas medidas não foram aprovadas e, ainda assim, buscamos o melhor resultado fiscal para o país", declarou Haddad, ao ser perguntado sobre a possibilidade de mudar a meta fiscal do próximo ano. Benefícios fiscais Segundo o ministro da Fazenda, o governo pretende apresentar, após o recesso Legislativo, uma nova proposta atendendo a pedidos do Congresso Nacional sobre o corte de benefícios fiscais. Na semana passada, o Legislativo aprovou a derrubada de três decretos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) que aumentavam o IOF, imposto sobre empréstimos e operações de câmbio, entre outros. Considerada necessária pela equipe econômica para equilibrar o orçamento e buscar o atingimento da meta fiscal deste ano, a proposta sofreu com forte resistência do Legislativo por envolver aumento de tributos. E acabou barrada pelo Parlamento. "Nós vamos fazer uma proposta para o Congresso depois do recesso, com base nas conversas que foram mantidas com os líderes naquele domingo. Como, provavelmente, não vai ser uma emenda constitucional, nós estamos elaborando uma peça preservando esses setores — os que tem proteção constitucional", afirmou o ministro a jornalistas.



Metade dos trabalhadores aponta o dinheiro como maior causa de preocupação, diz pesquisa


01/07/2025 06:00 - g1.globo.com


Estudo mostra que 72% dos entrevistados dizem que a saúde financeira afeta a saúde mental e emocional. Outros 51% confidenciaram que a renda não cobre todos os gastos mensais. Notas, moeda, Real, dinheiro, notas de dinheiro Reprodução/Pixabay Uma pesquisa da fintech Onze em parceria com a Icatu, cedida com exclusividade ao g1, mostra que 49% dos entrevistados apontam o dinheiro como a principal fonte de preocupação. O número é maior que temas como saúde (19%), família (15%), trabalho (7%), violência (7%) e política (3%). O estudo ouviu 8.701 pessoas, que são trabalhadores de carteira assinada (CLT), autônomos (MEI), desempregados, aposentados e funcionário público. Os dados revelaram um cenário crítico de falta de planejamento financeiro e sobrecarga emocional. Dos entrevistados que assinalaram a preocupação com as finanças em primeiro lugar, 61% disseram não ter dinheiro para emergências com saúde, como acidentes ou para ajudar amigos e familiares. A pesquisa também revela um agravamento na situação financeira das famílias brasileiras no último ano. Atualmente, 51% dos entrevistados afirmam que a renda mensal não é suficiente para cobrir os gastos. Isso significa um aumento de 10 pontos percentuais em comparação com a edição anterior da pesquisa, realizada em 2023. (veja comparativo abaixo). Além disso, 63% não possuem nenhuma reserva de emergência, e 15% estão endividados e sem qualquer tipo de poupança. Brasileiros se preocupam mais com dinheiro do que com saúde e família Arte g1 Estresse financeiro Essa instabilidade financeira também tem impacto direto na saúde emocional dos trabalhadores: 72% relatam que suas finanças afetam negativamente o bem-estar mental. Entre os sintomas mais comuns estão ansiedade (65%), insônia (50%) e depressão (21%). O levantamento também aponta um crescimento preocupante nos casos de ansiedade provocada por estresse financeiro, com um aumento de 12 pontos percentuais em relação ao ano anterior. (veja comparativo abaixo) “Historicamente, o déficit na educação financeira dos brasileiros impacta diretamente na saúde financeira. Este estudo é um exemplo – há mais de quatro anos, vemos o dinheiro despontando como a maior preocupação na vida das pessoas e o impacto do estresse financeiro está cada vez maior”, destaca Antonio Rocha, CEO e cofundador da Onze. Segundo o executivo, “esse vilão silencioso gera problemas emocionais e não pode mais ser ignorado”. Para Henrique Diniz, diretor de produtos de previdência da seguradora Icatu, a pesquisa reforça a urgência de um olhar mais estruturado sobre o planejamento financeiro no Brasil. Todo esse sentimento de pressão causado pelo dinheiro é chamado de "estresse financeiro". Os impactos se espalham tanto pela saúde física como pela produtividade no trabalho e nas relações pessoais. Cerca de 62% dos entrevistados chegaram a afirmar que a vida seria melhor caso conseguisse atingir estabilidade financeira com planejamento e melhor organização das dívidas. Um exemplo de trabalhador nessa situação é a Daniela da Silva Freitas, de 47 anos. Moradora de São Bernardo do Campo, no ABC paulista, ela atua como encarregada de portaria e ganha cerca de R$ 2,3 mil por mês. Mãe solo de dois filhos, ela recebe R$ 1.160 de pensão dos filhos, porém precisa pagar R$ 1,2 mil só de aluguel, fora os gastos com água, luz, internet, alimentação e estudos. A trabalhadora não tem uma poupança para emergência e afirma estar “sobrevivendo”. “Todo mês é a mesma coisa. Uma semana antes de receber, eu já começo a ficar ansiosa, pego o papel, faço a planilha, anoto tudo o que tenho que pagar, o que dá pra segurar, o que não dá. Isso me deixa perturbada, fico uma semana mal só pensando no que vai sobrar ou faltar”, explica. Daniela costuma fazer planilhas mensais, revisando o que poderá ou não pagar. A trabalhadora relata um sentimento de frustração por trabalhar e não conseguir ter pequenos prazeres e mesmo empregada, ela sente que vive em constante aperto. “Eu não me conformo de trabalhar tanto e não conseguir pagar uma pizza no fim de semana. Isso me deixa muito para baixo. Sempre preciso cortar de um lado para cobrir o outro”, completa. Mais da metade dos brasileiros têm a saúde mental afetada pelas finanças Arte g1 Brasileiro mais comprometido com o ‘básico’ Um estudo realizado pela economista Isabela Tavares, da Tendências Consultoria, mostra que a renda disponível para o brasileiro depois de todos os gastos com itens essenciais diminuiu nos últimos anos. O percentual foi de 42,45% em dezembro de 2023 para 41,87% no mesmo período do ano passado, na média de toda a população. (veja pesquisa completa) Dez anos antes, os brasileiros ainda podiam contar com 45,5% do seu orçamento depois dos gastos essenciais, o que demonstra que houve uma perda do poder de compra das famílias desde então. Esse é o caso da autônoma Letícia Guedes, de 29 anos, mãe solo de três filhos – duas meninas com deficiência (uma delas já falecida) e um menino pequeno. Ambas as filhas nasceram com a síndrome de Dandy-Walker, uma condição neurológica rara. Letícia recebe um salário mínimo mensal através Benefício de Prestação Continuada (BPC), além de uma pensão alimenticia de R$ 500. Porém, o benefício exige que ela não tenha nenhuma outra fonte de renda formal. Isso a impede de ter um emprego registrado, ou atuar como Microempreendedor individual (MEI). A filha que sobreviveu, Manuela, precisa de cuidados especiais e se alimenta através de sonda com um leite especial, que custa cerca de R$ 150 por lata. Além dos gastos com a alimentação especial da filha, Letícia precisa desembolsar todos os meses R$ 1.350 para o aluguel e isso a força a viver em situação de extrema limitação financeira. Para complementar a renda, ela vende brigadeiros, bolos e lanches na rua. "Eu recebo um salário mínimo e a pensão da minha filha, mas só o leite que ela precisa já custa R$ 150 e dura um dia. Pago aluguel, contas, alimentação... e ainda tento vender lanche na rua, fazer freelancer, parceria em rede social. Mesmo fazendo tudo isso, não consigo suprir. A conta nunca fecha”, explica. Leticia Guedes e os dois filhos, Manuela e Anthony. Reprodução/Redes sociais Outra situação parecida é Kaline Costa, de 25 anos, que chegou a ter crises de pânico e ficou internada por cinco dias na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), por conta da instabilidade financeira e está vivendo em um esquema de “sobrevivência”. Formada em logística, Kaline é mãe solo de uma menina de 5 anos. Apesar de atuar na área que estudou, a jovem enfrenta dificuldades financeiras por conta do salário não suprir todas as demandas. Isso porque, a renda de R$ 5 mil está comprometida com empréstimo consignado, convênio médico, financiamento do apartamento que ela mora e outras despesas fixas, o que faz sobrar valores mínimos no fim do mês — em uma ocasião, chegou a ter apenas R$ 150. Ela comprou um apartamento com apoio da avó, que prometeu ajudá-la financeiramente, mas que a deixou sozinha com as dívidas. Desde então, Kaline teve as contas bancárias bloqueadas pela construtora por falta de pagamento de um boleto inesperado de R$ 3 mil. O pai da filha contribui com apenas R$ 300 de pensão e, desse total, R$ 190 é para a perua escolar da criança. Desde 2022, ela faz acompanhamento psicológico e toma medicamentos controlados para ansiedade, controle de humor e insônia. "Estou num nível, pra você ter ideia, que todas as minhas contas estão bloqueadas. Meu salário cai e eu tenho que tirar ele imediatamente. Estou vivendo igual bandido que tem laranja, sabe? Não posso usar nada no meu nome. E, às vezes, na última semana do mês, a gente come pão com ovo todo dia, às vezes nem dinheiro pra comprar o pão tem”, conta. "Eu estudei, eu trabalhei, eu fiz o que eu precisava fazer igual todo mundo falou. Deixei a arte de lado, porque sempre fui artista, mas nunca levei como primeira opção. E no final das contas, eu estou bloqueada tanto quanto um bandido. O sistema está me tratando igual. Então, o que que me adiantou? Nada”, completa. Kaline Costa e a filha, Tayná Maria Santos, de 5 anos. Arquivo Pessoal Como superar o estresse financeiro? Em entrevista ao podcast Educação Financeira, Ana Paula Netto, consultora financeira da Onze, afirma que o principal gatilho de estresse financeiro é a falta de organização. "Com base em outras pesquisas que fizemos, o que te leva a ter saúde financeira é a disciplina. Mas as pessoas relutam em se organizar porque, em geral, associam dinheiro a sentimentos negativos", diz. Segundo a planejadora financeira Paula Bazzo, a quebra dessa inércia pode vir de um estudo de si mesmo sobre estilo de organização. "Tem pessoas que não funcionam ao tentar 'planilhar' esses números. É preciso tirar esse peso de que tudo tem que ser planilhado. Tem pessoas que desistem antes mesmo de começarem", afirma. Bazzo diz que separar uma ou duas horas por semana para pensar nas obrigações financeiras em cada área da vida já pode ser um bom início. Assim, já se pode ter um norte para avaliar se a pessoa está dentro ou ultrapassou os limites. "Para aquela pessoa que é completamente desorganizada e não se reconhece no processo de organização financeira, ter um orçamento um pouco mais simples é mais funcional do que tentar fazer uma planilha super complexa e cheia de gráficos", diz a especialista. Fortuna do 1% mais rico poderia acabar com a pobreza 22 vezes, aponta estudo Inflação do ‘básico’ compromete cada vez mais o orçamento das famílias no Brasil, mostra estudo Por que a percepção da economia está ruim?



ANÁLISE: energia dos campos, o superpoder brasileiro subestimado


01/07/2025 05:00 - g1.globo.com


País é um modelo de soberania energética sustentável, porém o Ocidente só se concentra na devastação amazônica. Cabe aos brasileiros cuidar para que seu papel pioneiro seja reconhecido – e até faça escola. Safra de cana-de-açúcar pode perder produtividade onda de calor e falta de chuvas se prolongarem, afirma o vice-presidente da Coplacana de Piracicaba Claudia Assencio/g1 Diante das guerras no Oriente Médio, nos últimos dias cresce o temor de que o preço do petróleo volte a atingir picos históricos. Isso seria ruim para a conjuntura mundial, pois combustível mais caro impulsiona a inflação, os bancos centrais seriam obrigados a aumentar seus juros. A consequência seria a estagnação da economia mundial, com inflação alta. No Brasil tais cenários são vistos com menos dramaticidade do que na Europa ou na Ásia, as quais dependem de importações de petróleo. Por um lado, por o país ser, ele mesmo, um grande produtor do combustível fóssil. Por outro, pelo fato de a agricultura cobrir grande parte da demanda energética nacional: 30% da eletricidade e combustíveis do país provém das fazendas. Trata-se de uma situação única, em todo o mundo. Nações como Índia, Tailândia ou China, que investem igualmente em bioenergia, apresentam percentagens muito mais baixas. Na Alemanha, que por longos anos subvencionou projetos de biogás com dinheiro dos contribuintes, apenas de 7% a 8% da energia provém dos campos. Como mostra uma análise recém-publicada do Observatório de Bioeconomia da Fundação Getúlio Vargas (FGV), nas fazendas a energia é produzida de diversas formas, todas substituindo o petróleo. Cana-de-açúcar fornece etanol. Milho e soja são utilizados como combustível em forma de biodiesel puro ou combinado com outras fontes. Além disso, os conglomerados de cana alimentam a rede elétrica com a incineração de biomassa; em outras instalações, resíduos orgânicos são transformados em biogás. Reportagem do Globo Rural de 2023 mostra que, com crescimento da produção de etanol de milho, MT investia em novas usinas Potencial de modelo para outras economias agrárias A parcela da energia dos campos vai crescer no Brasil. A segunda geração da produção de etanol está apenas engatinhando, com a utilização de enzimas para extrair a substância das fibras de cana-de-açúcar. Também cresce vertiginosamente o bioetanol a partir do milho, já tendo sido dada a partida para os primeiros projetos de combustível de aviação sustentável (SAF, sustainable aviation fuel). Cada vez mais empresas agrícolas injetam sua energia diretamente na rede elétrica, ou se tornam autônomas através de painéis solares. Assim, também participarão do desenvolvimento do hidrogênio combustível verde. A Europa quase não registra essa autonomia energética sustentável brasileira. Mas também no país ela é subestimada – um dado surpreendente, pois, perante as atuais reviravoltas geopolíticas, a autonomia energética se torna, para as empresas, um fator cada vez mais importante na escolha de sua locação. A Europa volta a vivenciar mais uma vez como é dependente de energia importada, seja gás natural russo, seja petróleo do Oriente Médio. Desde as "crises do petróleo" de meio século atrás, o continente não conseguiu reduzir essa dependência. Por sua vez, o Brasil é basicamente independente, além de ostentar uma das produções de energia mais sustentáveis do mundo, cobrindo mais da metade do consumo nacional. Sua matriz energética é decentralizada, de cunho agrário e independente de combustíveis fósseis. Nas negociações com os parceiros globais, o país deveria apostar mais fortemente em sua soberania energética, e seu modelo poderia servir de base para outros países agrários emergentes. Infelizmente, o Brasil se apresenta antes na defensiva, no âmbito internacional. Com o argumento da devastação da Amazônia, seu papel pioneiro na sustentabilidade é obliterado. Sobretudo por nós, europeus, pois a China vê a situação de modo bem diferente, mostrando-se muito interessada em adaptar para si partes do sistema brasileiro de energia agrária. Porém é também verdade que o boom agrário do Brasil transcorre em parte à custa do meio ambiente – ou seja, da floresta tropical e de outros biomas. Enquanto o país não reconhecer claramente a corresponsabilidade do agronegócio nos desmatamentos e não se opuser a ela com eficácia, nos grêmios internacionais ocidentais ele será classificado antes como pecador ecológico, não como pioneiro ambiental. Cabe exclusivamente ao próprio Brasil mudar essa situação. Há mais de 30 anos o jornalista Alexander Busch é correspondente de América do Sul. Ele trabalha para o Handelsblatt e o jornal Neue Zürcher Zeitung. Nascido em 1963, cresceu na Venezuela e estudou economia e política em Colônia e em Buenos Aires. Busch vive e trabalha em Salvador. É autor de vários livros sobre o Brasil. O texto reflete a opinião pessoal do autor, não necessariamente da DW. Preço do café deve cair até o fim do ano, mas em ritmo lento; entenda Prato do Futuro: Quintais mudam vidas no sertão



Batidas contra imigrantes esvaziam fazendas nos EUA; colheitas estão apodrecendo, dizem produtores


01/07/2025 05:00 - g1.globo.com


Fazendeiros relatam perdas após operações da Imigração norte-americana afastarem trabalhadores imigrantes. Frutas e verduras estão apodrecendo nos campos, segundo produtores e funcionários. Batidas contra imigrantes esvaziam fazendas nos EUA, e safra apodrece Lisa Tate representa a sexta geração de uma família de fazendeiros no condado de Ventura, região na Califórnia que produz bilhões de dólares em frutas e verduras todos os anos. Grande parte desses produtos é colhida manualmente por imigrantes que estão ilegalmente nos EUA. Tate conta que viu de perto os impactos das ações do Serviço de Imigração e Alfândega dos Estados Unidos (ICE, na sigla em inglês), realizadas neste mês como parte da política migratória do presidente Donald Trump. Segundo ela, as batidas assustaram os trabalhadores rurais. "Nos campos, eu diria que 70% dos trabalhadores foram embora. Se 70% da sua força de trabalho não aparecer, 70% da sua safra não será colhida e pode estragar em um dia." Leia também: LGBTs no campo: a luta de uma mulher trans quilombola contra o preconceito 'Não conhecia rúcula, salsa, couve': como a agricultura mudou vidas no Brasil Tate diz que a maioria dos norte-americanos não quer fazer o trabalho de colheita, e acrescenta que os produtores podem ir à falência por falta de mão de obra. "A maioria dos fazendeiros daqui mal está conseguindo sobreviver." Nas terras agrícolas ao norte de Los Angeles, dois fazendeiros, dois supervisores e quatro funcionários imigrantes do campo disseram à Reuters que as batidas do ICE levaram a maioria dos trabalhadores a parar de comparecer. Isso significa que as plantações não estão sendo colhidas e as frutas e verduras estão apodrecendo na época de pico da colheita, disseram eles. Um mexicano que trabalha como supervisor de fazenda e preferiu não se identificar contou que costuma coordenar 300 trabalhadores na preparação de um campo de morangos. No dia da entrevista, tinha apenas 80. Em outra fazenda, um colega relatou que a equipe habitual de 80 pessoas foi reduzida a apenas 17. A ofensiva dos agentes de imigração nos EUA Quebra no abastecimento de alimentos Economistas e políticos reconhecem que muitos dos trabalhadores agrícolas dos Estados Unidos estão no país ilegalmente. Segundo eles, uma queda brusca nesse número pode causar prejuízos graves à cadeia de abastecimento de alimentos e à economia das regiões agrícolas. Douglas Holtz-Eakin, ex-diretor do Escritório de Orçamento do Congresso e integrante do Partido Republicano, estima que 80% dos trabalhadores do campo nos EUA são estrangeiros, e quase metade está em situação irregular. Segundo ele, a perda dessa mão de obra pode encarecer os alimentos para os consumidores. "Isso é ruim para as cadeias de suprimentos, ruim para o setor agrícola", disse Holtz-Eakin. Brasil é um grande produtor de alimentos, mas convive com a insegurança alimentar Imigrantes da Guatemala trabalham em uma fazenda no condado de Kern, na Califórnia REUTERS/Pilar Olivares Mais de um terço dos vegetais dos EUA e mais de três quartos das frutas e nozes do país são cultivados na Califórnia, de acordo com o Departamento de Alimentos e Agricultura do estado. As fazendas e ranchos da região movimentaram quase US$ 60 bilhões em 2023. Entre quatro trabalhadores imigrantes ouvidos pela Reuters, dois estão em situação irregular e aceitaram falar sob anonimato, com medo de serem detidos pelo ICE. Um deles, de 54 anos, trabalha nos campos agrícolas dos EUA há 30 anos e tem esposa e filhos no país. Ele disse que a maioria de seus colegas deixou os campos. "Se eles aparecem para trabalhar, não sabem se voltarão a ver sua família", disse ele. Imigrante trabalha em colheita em fazenda em Oxnard, Califórnia REUTERS/Pilar Olivares O outro trabalhador que está em situação irregular disse que os trabalhadores já acordam com medo. "Nos preocupamos com o sol, o calor e, agora, com um problema muito maior: muitos não voltam para casa. Eu tento não me meter em problemas. Agora, quem for preso por qualquer motivo será deportado." Segundo cinco grupos comunitários que apoiam os trabalhadores rurais, muitos imigrantes voltam aos campos, dias depois das operações, por não terem outra fonte de renda. Os trabalhadores também estão adotando outras medidas para reduzir a exposição, como pegar carona com pessoas com status legal para trabalhar ou enviar filhos de cidadãos norte-americanos para fazer compras no supermercado, disseram os grupos. Trump admitiu em uma postagem nas redes sociais, neste mês, que as batidas contra imigrantes rurais e funcionários de hotéis estavam "tirando trabalhadores muito bons e de longa data" desses setores, "sendo quase impossível substituir esses empregos" Depois, Trump disse a repórteres: "Nossos fazendeiros estão sendo muito prejudicados. Eles têm trabalhadores muito bons." E acrescentou: "Eles não são cidadãos, mas acabaram se tornando ótimos." Trump se comprometeu a emitir uma ordem para lidar com o impacto das ações, mas nenhuma mudança na política foi anunciada até o momento. Imigrante e observador legal estão deitados no chão durante detenção por agentes federais no tribunal de imigração dos EUA em Manhattan, na cidade de Nova York, EUA, em 6 de junho de 2025. Reuters/David 'Dee' Delgado/Foto de arquivo Mais de 150 pessoas são presas na Califórnia em quatro dias de protestos contra prisões de imigrantes



Nova nota fiscal entra em teste nesta terça-feira; formato foi criado pela reforma tributária


01/07/2025 03:01 - g1.globo.com


Novo modelo promete simplificar e padronizar a emissão de notas. Obrigatoriedade das novas regras só entra em vigor em janeiro de 2026. Nota fiscal Thiago Gadelha/SVM As notas fiscais eletrônicas emitidas no Brasil passarão por uma transformação significativa. Com a Reforma Tributária, o sistema atual será unificado e adotará um layout padronizado em todo o território nacional. A padronização abrangerá tanto a Nota Fiscal Eletrônica (NF-e) quanto a Nota Fiscal de Consumidor Eletrônica (NFC-e), impactando diretamente empresas, prestadores de serviços e o comércio varejista. A atualização dos layouts dessas notas tem como objetivo alinhar o sistema fiscal brasileiro à nova estrutura tributária definida pela Emenda Constitucional 132/2023 e pela Lei Complementar 214/2025. A nova legislação instituiu três tributos: o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), a Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS) e o Imposto Seletivo (IS), que substituirão gradualmente os tributos federais, estaduais e municipais atualmente em vigor até 2033. Atualmente, cada estado opera com seu próprio sistema de autorização de notas fiscais, o que dificulta a integração de dados e torna as obrigações fiscais mais complexas para as empresas. Segundo a Fenacon, o preenchimento das notas será mais intuitivo com o novo modelo, automatizado e compatível com a nova lógica tributária nacional. A fase de testes do novo sistema começa nesta terça-feira (1º), mas a obrigatoriedade das novas regras só entra em vigor em janeiro de 2026. A partir dessa data, empresas que não estiverem adequadas poderão ter suas notas rejeitadas, o que pode impactar diretamente o funcionamento do negócio e o fluxo de caixa. Veja a seguir perguntas e respostas sobre o tema. O que vai mudar na Nota Fiscal Eletrônica? Por que essa mudança está acontecendo? Quando a nova nota fiscal começa a valer? O que acontece se a empresa não se adequar a tempo? Quando as notas podem ser rejeitas? A nota fiscal atual vai acabar? MEIs: entenda as novas regras para emissão de notas fiscais 1. O que vai mudar na Nota Fiscal Eletrônica? O layout da NF-e e da NFC-e será ampliado para incluir informações detalhadas sobre os tributos IBS, CBS e IS. Entre as principais mudanças estão a criação de campos específicos por item vendido, dados sobre alíquotas (percentuais de imposto), devoluções e regimes especiais, como o monofásico e o crédito presumido. Volte ao índice. 2. Por que essa mudança está acontecendo? Essa mudança faz parte da reforma tributária aprovada em 2023. O objetivo é unificar o sistema de notas fiscais em todo o país, adotando um modelo único e padronizado. A ideia é simplificar o processo de prestação de contas pelas empresas e aprimorar o controle da arrecadação de tributos. Volte ao índice. 3. Quando a nova nota fiscal começa a valer? A nova nota fiscal será obrigatória a partir de janeiro de 2026. Antes disso, haverá um período de testes a partir desta terça, permitindo que empresas e sistemas se preparem. A partir de outubro de 2025, o novo sistema poderá ser utilizado em ambiente de produção por empresas que desejarem se antecipar. Volte ao índice. 4. O que acontece se a empresa não se adequar a tempo? Se a empresa continuar emitindo notas no formato antigo após o início da obrigatoriedade, esses documentos poderão ser rejeitados. Isso pode comprometer o registro das vendas, causar prejuízos, atrasos nas entregas, perda de faturamento e até sanções legais. Volte ao índice. 5. Quando as notas podem ser rejeitas? Além do uso do sistema antigo, notas fiscais podem ser rejeitadas se contiverem informações incorretas ou se campos obrigatórios estiverem em branco. Exemplos de rejeição incluem: IBS estadual abaixo do mínimo permitido; IBS municipal zerado, o que não é aceito; Ausência de informações obrigatórias sobre IBS ou CBS. Volte ao índice. 6. A nota fiscal atual vai acabar? O sistema atual de nota fiscal continuará coexistindo com o novo durante um período de transição. Segundo a cartilha da Fenacon e a Nota Técnica da Receita Federal, as informações sobre os novos tributos serão opcionais ao longo de 2025, mesmo após a liberação do novo modelo em ambiente de produção, prevista para outubro. A obrigatoriedade começa apenas em janeiro de 2026, e será implementada de forma gradual. Esse período de convivência tem como objetivo permitir que as empresas ajustem seus sistemas, testem integrações e capacitem suas equipes sem comprometer as operações. Além disso, como a regulamentação completa da reforma tributária ainda está em andamento, alterações nos layouts e nas regras técnicas ainda podem ocorrer. Volte ao índice.



Bolsa Família 2025: veja o calendário de pagamentos de julho


01/07/2025 03:00 - g1.globo.com


Primeiros a receber serão os beneficiários com Número de Identificação Social (NIS) com final 1. Pagamento previsto é de R$ 600 por família, com possíveis adicionais; valores serão pagos de forma escalonada até o fim do mês. A Caixa Econômica Federal inicia os pagamentos de julho do Bolsa Família 2025 no próximo dia 18, uma sexta-feira. Os primeiros a receber serão os beneficiários com Número de Identificação Social (NIS) com final 1. O dinheiro vai ser disponibilizado nos últimos 10 dias úteis de cada mês, de forma escalonada. A exceção é o mês de dezembro, quando os pagamentos são antecipados. Confira o calendário do Bolsa Família para julho de 2025: Final do NIS: 1 - pagamento em 18/7 Final do NIS: 2 - pagamento em 21/7 Final do NIS: 3 - pagamento em 22/7 Final do NIS: 4 - pagamento em 23/7 Final do NIS: 5 - pagamento em 24/7 Final do NIS: 6 - pagamento em 25/7 Final do NIS: 7 - pagamento em 28/7 Final do NIS: 8 - pagamento em 29/7 Final do NIS: 9 - pagamento em 30/7 Final do NIS: 0 - pagamento em 31/7 Ao longo do ano, a previsão de pagamentos é: Agosto: de 18/8 a 29/8; Setembro: de 17/9 a 30/9; Outubro: de 20/10 a 31/10; Novembro: de 14/11 a 28/11; Dezembro: de 10/12 a 23/12. Bolsa Família Luis Lima Jr/FotoArena/Estadão Conteúdo Veja abaixo perguntas e respostas sobre o Bolsa Família. Quem pode receber o Bolsa Família? A principal regra para receber o benefício é ter renda mensal familiar de até R$ 218 por pessoa. Para se enquadrar do programa, é preciso somar a renda total e dividir pelo número de pessoas. Caso o valor fique abaixo dos R$ 218, a família está elegível ao Bolsa Família. Os beneficiários também precisam arcar com contrapartidas, como: manter crianças e adolescentes na escola; fazer o acompanhamento pré-natal (no caso de gestantes); manter as carteiras de vacinação atualizadas. Onde se cadastrar? Os beneficiários precisam se inscrever no Cadastro Único (CadÚnico) — principal instrumento do governo federal para a inclusão de famílias de baixa renda em programas sociais — e aguardar uma análise de enquadramento. Estar no Cadastro Único não significa a entrada automática nos programas sociais do governo, uma vez que cada um deles tem regras específicas. Mas o cadastro é pré-requisito para que a inscrição seja avaliada. VEJA COMO FAZER O CADASTRO ÚNICO DO GOVERNO FEDERAL Como sacar o Bolsa Família? Os beneficiários recebem e podem movimentar os valores pelo aplicativo Caixa TEM e internet banking. Assim, não é necessário ir até uma agência da Caixa Econômica Federal — que é responsável pelo pagamento do Bolsa Família — para realizar o saque. Segundo a Caixa, os beneficiários também podem utilizar o cartão do programa para realizar compras nos estabelecimentos comerciais, por meio da função de débito. Bolsa Família 2025: veja as regras e o calendário de pagamentos de junho Além disso, há a opção de realizar saques nos terminais de autoatendimento, casas lotéricas e correspondentes Caixa Aqui, além das agências da Caixa.



Governo eleva imposto de importação para carros elétricos e híbridos a partir desta terça


01/07/2025 03:00 - g1.globo.com


Aumento faz parte de um cronograma para reconstituição gradual do imposto para tornar os modelos produzidos em solo nacional mais atrativos. Alíquotas vão de 25% a 30%. BYD Explorer pode trazer 7.000 veículos importados de uma só vez BYD/divulgação O governo federal elevou novamente o imposto de importação para carros elétricos e híbridos a partir desta terça-feira (1º), com alíquotas que vão de 25% a 30%. O aumento faz parte de um cronograma de aumento gradual aprovado em novembro de 2023 pelo Comitê Executivo de Gestão (Gecex) da Câmara de Comércio Exterior (Camex) e divulgado pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic). A nova alíquota se aplica aos modelos da seguinte forma: A elevação do imposto sobre veículos importados tem a intenção de tornar os modelos produzidos em solo nacional mais atrativos. As alíquotas que vigoraram antes do aumento eram as seguintes: ⚡ Elétricos: 18%; 🚗 Híbridos: 25%; 🚙 Híbridos plug-in: 20%. Agora, passam a ser de: ⚡ Elétricos: 25%; 🚗 Híbridos: 30%; 🚙 Híbridos plug-in: 28%. 🔎 EXEMPLO: Um híbrido plug-in que custasse R$ 240.000 antes da alteração deveria passar a custar R$ 256.000, já que o Imposto de Importação passou de 20% para 28%. ➡️ Acontece que os aumentos de preços podem não acontecer, a depender da política de preços de cada fabricante e de seus revendedores. Eles podem optar por não repassar o imposto para segurar o valor atual do automóvel. A última etapa do cronograma de aumento está prevista para julho de 2026, quando a alíquota chegará a 35% para todos os tipos de veículos eletrificados. Governo aumenta imposto de importação para carros elétricos e híbridos Importações De acordo com a Associação Brasileira das Empresas Importadoras e Fabricantes de Veículos Automotores (Abeifa), os emplacamentos de veículos importados no período de janeiro a maio de 2025 chegam a 186.181 unidades. Deste montante, 92.743 veículos são eletrificados, ou seja, 49,81% dos carros trazidos para o Brasil são elétricos, híbridos ou híbridos plug-in. Entre janeiro e maio de 2025, foram emplacados 186.181 veículos importados, frente a 156 mil no mesmo período de 2024 — alta de 19,3% no ano. De acordo com a Federação Nacional dos Distribuidores de Veículos Automotores, foram vendidos 929.144 veículos leves e comerciais leves no Brasil no período de janeiro a maio de 2025. Assim, os pouco mais de 92 mil veículos eletrificados importados correspondem a 9,98% do total. Existe, porém, pressão das montadoras com fábrica no Brasil, para que essa última etapa -- na qual todos os veículos eletrificados importados serão taxados em 35% -- seja antecipada. A Abeifa solicita que o prazo aprovado seja cumprido. “O aumento escalonado da alíquota de importação de veículos eletrificados, iniciado em janeiro de 2024, foi assimilado por empresas importadoras. Desde então todas se programaram. Houve e há previsibilidade. Refutamos quaisquer mudanças radicais, como a antecipação da alíquota de 35%, prevista para julho de 2026”, afirma Marcelo Godoy, presidente da Abeifa A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) vem demonstrando preocupação com o aumento das importações, especialmente de modelos eletrificados. "Estamos recebendo um fluxo de importações muito acima de um nível saudável, o que se reflete na queda de vendas de produtos nacionais, sobretudo no varejo", apontou Igor Calvet, presidente da Anfavea, em maio deste ano. "Marcas estrangeiras com altos estoques continuam destinando navios abarrotados para nossos portos, adiando seus planos de produção local e ainda solicitando inaceitáveis reduções de tarifas para importação de veículos desmontados, o que afronta nosso governo, nossa indústria e nossos trabalhadores”, conclui Calvet. LEIA MAIS Xiaomi lança o YU7, SUV elétrico mais barato que Tesla Model Y Motos elétricas: novo crédito para motoboys pode alavancar o mercado no Brasil? VÍDEO: Novo Fiat Fastback 2026 continua o mesmo — para o bem e para o mal; veja o teste Produção nacional Uma das alternativas das montadoras estrangeiras para driblar a nova alíquota é o investimento em produção nacional. Muitas marcas, em especial chinesas, já anunciaram fábricas no Brasil ou já até inauguraram suas unidades. A BYD e GWM já possuem fábricas no país. Juntas, elas representam 55,9% do mercado de carros eletrificados no Brasil, segundo dados da Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE). A BYD comprou a antiga fábrica da Ford em Camaçari (BA). Procurada, a BYD não comentou qual é a previsão para o início da fabricação nacional. A promessa inicial da marca era de começar a atender o mercado nacional no último trimestre do ano passado. A notícia sobre a situação dos trabalhadores chineses em condições análogas à escravidão, somada à contratação de uma nova empresa para finalizar as obras, contribuíram com o atraso. A GWM está instalada em Iracemápolis, interior de SP, onde a Mercedes-Benz já produziu modelos como o Classe C e o GLA. A empresa afirmou que espera a inauguração e início da pré-produção “ainda em julho”. A Caoa Chery monta alguns SUVs da linha Tiggo em Anápolis (GO), e deve utilizar também uma unidade em Jacareí (SP) ainda neste ano para produzir outros modelos do grupo, como as marcas Omoda e Jaecoo. Outras montadoras também planejam instalar fábricas no país. A GAC Motors negocia a construção de uma unidade em Catalão (GO). Já a Geely, que utilizou o porto de Paranaguá (PR) para trazer o primeiro lote do SUV elétrico EX5, estuda abrir uma planta em São José dos Pinhais (PR), em parceria com a Renault. GWM Ora 03 GT: veja o teste do g1, com pontos positivos e negativos do carro



Mega-Sena pode pagar R$ 52 milhões nesta terça-feira


01/07/2025 03:00 - g1.globo.com


Apostas podem ser feitas até as 19h em lotéricas ou pela internet. Mega-Sena Marcelo Brandt/G1 O concurso 2.882 da Mega-Sena pode pagar um prêmio de R$ 52 milhões para os acertadores das seis dezenas. O sorteio ocorre às 20h desta terça-feira (1º), em São Paulo. No concurso do último sábado (28), ninguém levou o prêmio máximo. A aposta mínima para a Mega-Sena custa R$ 5 e pode ser realizada também pela internet, até as 19h – saiba como fazer a sua aposta online. A Mega-Sena tem três sorteios semanais: às terças, quintas e sábados. Entenda como funciona a Mega-Sena e qual a probabilidade de ganhar o prêmio Para apostar na Mega-Sena As apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília), em qualquer lotérica do país ou pela internet, no site da Caixa Econômica Federal – acessível por celular, computador ou outros dispositivos. É necessário fazer um cadastro, ser maior de idade (18 anos ou mais) e preencher o número do cartão de crédito. Probabilidades A probabilidade de vencer em cada concurso varia de acordo com o número de dezenas jogadas e do tipo de aposta realizada. Para a aposta simples, com apenas seis dezenas, que custa R$ 5, a probabilidade de ganhar o prêmio milionário é de 1 em 50.063.860, segundo a Caixa. Já para uma aposta com 15 dezenas (limite máximo), com o preço de R$ 22.522,50, a probabilidade de acertar o prêmio é de 1 em 10.003, ainda segundo a Caixa.



Lula determina que assessores separem enfrentamento jurídico da política


01/07/2025 02:08 - g1.globo.com

Lula não deve procurar os presidentes da Câmara e do Senado, segundo outro assessor, mas estará aberto ao diálogo. Governo quer batlaha jurídica, e não política, sobre o IOF Ao optar pela ação para manter o decreto do IOF, o presidente Lula determinou aos seus assessores que separem o enfrentamento jurídico do embate político e pediu para seus ministros que cuidam da articulação política e líderes no Congresso que mantenham “todas as portas abertas” para construir uma solução menos traumática para a relação do Executivo com o Legislativo, afirmaram ao blog assessores próximos de Lula. “O presidente não vai abrir mão de sua autoridade, mas ele pediu que a ala política do governo busque formas de restaurar um bom ambiente institucional”, disse um ministro ao blog. Lula não deve procurar os presidentes da Câmara e do Senado, segundo outro assessor, mas estará aberto ao diálogo. O governo tem noção de que ir ao STF para derrubar uma decisão do Congresso é um momento divisor de águas, mas a ideia é defender as prerrogativas presidenciais e pôr fim ao que alguns governistas avaliam como um processo de interdição política do Congresso sobre o Executivo. Segundo assessores, Lula pediu um exame exaustivo da constituição para só buscar o STF se houvesse grande margem de segurança na vitória do Executivo. “A mesma Constituição que vale para os presidentes da Câmara e Senado, vale para o presidente da República”, disse outro interlocutor de Lula. Um embate entre os dois poderes é visto pelo governo como um movimento de “perde-perde”, já que há o tema das emendas parlamentares já em discussão no STF e que o governo, em diversos momentos, se colocou a favor do Congresso.



CNU 2025 tem edital publicado: veja datas, vagas e como se inscrever


01/07/2025 01:31 - g1.globo.com


Concurso vai oferecer 3.652 vagas, com salários iniciais que variam entre R$ 4 mil e R$ 16,4 mil. Inscrições começam nesta quarta-feira (2). CNU 2025 tem edital publicado: veja datas, vagas e como se inscrever O edital da segunda edição do Concurso Nacional Unificado (CNU) foi publicado nesta segunda-feira (30), em edição extra do Diário Oficial da União (DOU). A seleção deste ano oferece 3.652 vagas para cargos de níveis médio, técnico e superior. Os salários iniciais variam de R$ 4 mil a R$ 16.413,35. As inscrições começam nesta quarta-feira (2) e vão até 20 de julho, exclusivamente pelo site da Fundação Getulio Vargas (FGV), banca responsável pela organização do concurso. (confira o cronograma abaixo) ➡️ CLIQUE PARA VER O EDITAL COMPLETO ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 Concursos no WhatsApp 🔍 Diferentemente da edição anterior, que contou com oito editais, um para cada bloco temático, o processo seletivo será regido por um único edital. O documento traz informações detalhadas sobre as vagas, salários, conteúdo programático das provas, critérios de classificação e composição das notas finais. Os cargos estão distribuídos em nove blocos temáticos, que agrupam as vagas por áreas de atuação semelhantes. São eles: Bloco 1: Seguridade Social (Saúde, Assistência Social e Previdência Social) Bloco 2: Cultura e Educação Bloco 3: Ciências, Dados e Tecnologia Bloco 4: Engenharias e Arquitetura Bloco 5: Administração Bloco 6: Desenvolvimento Socioeconômico Bloco 7: Justiça e Defesa Bloco 8: Intermediário – Saúde Bloco 9: Intermediário – Regulação ⚠️ O CNU permite que o candidato faça uma única inscrição, escolhendo os blocos e cargos de sua preferência. A disputa pelas vagas ocorre dentro do bloco temático selecionado. 💼 Vagas, órgãos participantes e distribuição por cidades O CNU 2025 vai oferecer 3.652 vagas para cargos de nível médio, técnico e superior, distribuídas entre diversos órgãos públicos. As oportunidades estão organizadas em nove blocos temáticos, que agrupam cargos por áreas de atuação semelhantes. (veja a lista completa mais abaixo) Esse formato permite que o candidato concorra a várias vagas dentro de um mesmo bloco, com apenas uma inscrição. Embora a maior parte das vagas esteja concentrada em órgãos com sede em Brasília (DF), também há postos disponíveis em diversos estados do país. 💰 Salários Os salários iniciais no CNU 2025 variam de R$ 4 mil a R$ 16.413,35 dependendo do cargo e do nível de escolaridade exigido. Consulte as remunerações iniciais previstas na tabela abaixo. 🖱️ Como vai funcionar a inscrição? O candidato fará uma única inscrição e poderá escolher os blocos e cargos de sua preferência. A disputa pelas vagas ocorre dentro do bloco temático selecionado. As inscrições começam no dia 2 de julho e vão até 20 de julho, e devem ser feitas por meio da página do candidato. A taxa de inscrição é de R$ 70. Candidatos doadores de medula óssea em entidades reconhecidas pelo Ministério da Saúde, inscritos no CadÚnico, além de beneficiários do PROUNI e FIES, podem solicitar isenção da taxa. O prazo para solicitar a isenção da taxa de inscrição vai de 2 a 8 de julho. 🧮 Política de cotas A nova edição estabelece regras mais rigorosas para assegurar a reserva de vagas destinadas a pessoas negras, indígenas, com deficiência e a candidatos quilombolas. De acordo com o governo, a iniciativa reforça o compromisso com a promoção da equidade no acesso ao serviço público federal. Com isso, a distribuição das cotas ficou definida da seguinte maneira: 25% para pessoas negras; 3% para pessoas indígenas; 2% para pessoas quilombolas; 5% para pessoas com deficiência (PcD). Nos casos em que o número de vagas é inferior ao mínimo exigido para aplicação das cotas, o MGI realizou um sorteio para definir a reserva proporcional, conforme previsto na norma. ♀️ Reserva de vagas para mulheres na 2ª fase Outro ponto de destaque é a adoção de uma ação afirmativa inédita voltada às mulheres: caso o percentual de candidatas classificadas para a segunda fase do concurso seja inferior a 50%, será feita uma equiparação para promover maior equilíbrio de gênero nessa etapa. "Não é uma reserva de vaga para mulheres, como é o caso de pessoas negras, com deficiência, indígenas e quilombolas. Mas vamos fazer uma equiparação do percentual de mulheres que passam da primeira para a segunda etapa", diz a ministra da Gestão, Esther Dweck. 🔎 Na primeira edição do CNU, aproximadamente 63% dos aprovados eram homens e 37% mulheres. Esse resultado foi o oposto da proporção entre os inscritos confirmados, composta por 56% de mulheres e 44% de homens. 📝 Como serão as provas? A prova objetiva será aplicada em 5 de outubro de 2025. Ela será composta por uma parte com questões comuns a todos os candidatos (como língua portuguesa, raciocínio lógico e atualidades) e outra com perguntas específicas, conforme o bloco temático escolhido. A prova discursiva será aplicada em 7 de dezembro de 2025, exclusivamente para os candidatos aprovados na primeira fase. O conteúdo e o formato da redação variarão de acordo com a área de atuação. ▶️ PROVA OBJETIVA A prova objetiva será de múltipla escolha, com cinco alternativas e apenas uma correta. A quantidade de questões varia conforme o nível do cargo: Nível Superior: 90 questões no total, sendo 30 de conhecimentos gerais e 60 de conhecimentos específicos. Nível Intermediário: 68 questões, com 20 de conhecimentos gerais e 48 de conhecimentos específicos. ▶️ PROVA DISCURSIVA Na etapa discursiva, os candidatos deverão elaborar textos conforme o nível de escolaridade exigido para o cargo: Nível Superior: 2 questões discursivas, com aplicação das 13h às 16h. Nível Intermediário: 1 redação dissertativa-argumentativa, das 13h às 15h. O tempo de prova também é diferente: Nível Superior: das 13h às 18h (5 horas de duração). Nível Intermediário: das 13h às 16h30 (3h30 de duração). 📆 Confira o cronograma oficial Inscrições: de 2 a 20/7/2025 (com pagamento até 21/7) Solicitação de isenção da taxa de inscrição: de 2 a 8/7/2025 Prova objetiva: 5/10/2025, das 13h às 18h Convocação para prova discursiva: 12/11/2025 Convocação para confirmação de cotas e PcD: 12/11/2025 Envio de títulos: de 13 a 19/11/2025 Prova discursiva (para habilitados na 1ª fase): 7/12/2025 Procedimentos de confirmação de cotas: de 8 a 17/12/2025 Divulgação da 1ª lista de classificação: 30/1/2026 Segunda edição do Concurso Nacional Unificado (CNU) Ministério da Gestão e Inovação Veja dicas de como estudar para concurso: Como estudar legislação para concurso? Veja dicas de como fazer uma boa redação para concurso



Bolsas americanas batem recorde e registram melhor trimestre em mais de um ano


01/07/2025 00:04 - g1.globo.com


Índices encerraram o segundo trimestre com ganhos de dois dígitos. O S&P 500 ganhou 10,57% no período, enquanto o Nasdaq subiu 17,75% e o Dow Jones avançou 4,98%. Entrada da Bolsa de Valores de Nova York (NYSE) em Wall Street, em 7 de abril de 2025 REUTERS/Kylie Cooper/Foto de arquivo/Foto de arquivo Os índices S&P 500 e Nasdaq fecharam em níveis recordes nesta segunda-feira (30), concluindo o melhor trimestre em mais de um ano. Os resultados foram impulsionados pelas expectativas de avanços nas negociações comerciais e de eventuais cortes nos juros nos Estados Unidos, fatores que reduziram a incerteza entre os investidores. Os índices encerraram o segundo trimestre com ganhos de dois dígitos. O S&P 500 ganhou 10,57% no período, chegando aos 6.204,95 pontos. O índice de tecnologia Nasdaq subiu 17,75%, 20.369,73 pontos. e o Dow Jones avançou 4,98%, aos 44.094,77 pontos. Ainda assim, os três principais índices tiveram seu pior desempenho para um primeiro semestre desde 2022, diante da persistente incerteza sobre a política comercial, que manteve os investidores cautelosos ao longo do ano. As tensões se intensificaram especialmente após o presidente dos EUA, Donald Trump, anunciar tarifas amplas em 2 de abril. Os acordos comerciais com a China e o Reino Unido alimentaram o otimismo de que uma guerra comercial global pode ser minimizada, com esperanças de que mais acordos sejam alcançados antes do prazo comercial de 9 de julho de Trump. O final do trimestre também foi influenciado por gerentes que ajustaram seus portfólios para que pareçam mais atraentes no final do período. No domingo, o Canadá cancelou seu imposto sobre serviços digitais voltado para empresas de tecnologia dos EUA, poucas horas antes de sua entrada em vigor, em uma tentativa de avançar nas negociações comerciais paralisadas com os EUA. No entanto, o Secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, alertou nesta segunda-feira que os países ainda poderão enfrentar tarifas muito mais altas em 9 de julho, mesmo que estejam negociando de boa fé. Ele também disse que qualquer possível extensão dependerá de Trump. Uma sequência de indicadores econômicos fracos, somada às expectativas de que Trump possa substituir o presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, por alguém mais moderado, elevou as apostas de que o banco central reduzirá os juros ainda neste ano. EUA e China avançam em acordo sobre tarifaço



CNU 2025: governo anuncia que mulheres terão no mínimo 50% das vagas na 2ª fase


30/06/2025 20:08 - g1.globo.com


Ministra da Gestão, Esther Dweck, classificou a mudança como 'a grande novidade' da segunda edição do concurso. Medida iguala homens e mulheres para a 2ª fase, mas não significa reserva de vagas, como o caso de cotas para pessoas negras, com deficiência, indígenas e quilombolas. CNU 2025 tem edital publicado: veja datas, vagas e como se inscrever A ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, afirmou nesta segunda-feira (30) que as mulheres terão, no mínimo, 50% das vagas garantidas na segunda fase do Concurso Nacional Unificado (CNU), conhecido como o “Enem dos Concursos”. Segundo a ministra, essa equiparação entre homens e mulheres será aplicada exclusivamente na transição da primeira para a segunda fase — ou seja, da prova objetiva para a discursiva. A medida, portanto, não garante reserva de vagas para mulheres no resultado final do concurso. "Não é uma reserva de vaga para mulheres, como é o caso de pessoas negras, com deficiência, indígenas e quilombolas. Mas vamos fazer uma equiparação do percentual de mulheres que passam da primeira para a segunda etapa", diz Dweck. A ministra destacou a mudança como “a grande novidade” da segunda edição do CNU. A decisão foi tomada após o governo constatar que, tanto na primeira edição do concurso quanto em outras seleções anteriores, o percentual de mulheres aprovadas foi inferior ao de inscritas. 🔎 Na primeira edição do CNU, aproximadamente 63% dos aprovados eram homens e 37% mulheres. Esse resultado foi o oposto da proporção entre os inscritos confirmados, composta por 56% de mulheres e 44% de homens. "Há duas coisas importantes na literatura: uma é a dupla ou tripla jornada [das mulheres]", o que as prejudica nos estudos e gera desigualdade, diz Dweck. "Outra questão é o tipo de prova: a discursiva exige mais a bagagem da pessoa, anos de estudo, e não só o treino específico para a prova." CNU: clique aqui para saber como estão distribuídas as vagas A ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, apresenta os detalhes do edital da 2ª edição do Concurso Nacional Unificado (CNU). Valter Campanato/Agência Brasil Como vai funcionar a equiparação? O governo apresentou um exemplo para ilustrar como será feita a seleção para a segunda fase, conforme a nova regra. Para isso, foi considerado um cargo hipotético com 20 vagas. Nesse cenário, serão convocados para a prova discursiva candidatos em número equivalente a nove vezes o total de vagas, totalizando, no exemplo, 180 pessoas. Segundo as regras, dessas 180 pessoas, 117 seriam da ampla concorrência (65%) e as demais 63 seriam candidatos cotistas (35%). Caso as 117 pessoas da ampla concorrência sejam 65 homens e 52 mulheres, serão convocadas mais 13 mulheres, igualando o número de homens e mulheres em 65 cada. Isso significa que todos os homens classificados serão convocados para a prova discursiva. Ou seja, não haverá exclusão de candidatos, mas sim a inclusão de mais mulheres para assegurar a equiparação. De acordo com o governo, um cálculo semelhante será aplicado a cada cota, cargo e especialidade. A nota final do concurso continuará sendo composta pela soma das pontuações das provas objetiva, discursiva e de títulos (quando houver), válida para todos os candidatos. 📝 Sobre o CNU O CNU 2025 vai oferecer 3.652 vagas para cargos de nível médio, técnico e superior, distribuídas entre diversos órgãos públicos. As inscrições começam no dia 2 de julho e vão até 20 de julho, e devem ser feitas por meio da página do candidato. As vagas estão divididas em nove blocos temáticos, que agrupam cargos por área de atuação: Bloco 1: Seguridade Social (Saúde, Assistência Social e Previdência Social) Bloco 2: Cultura e Educação Bloco 3: Ciências, Dados e Tecnologia Bloco 4: Engenharias e Arquitetura Bloco 5: Administração Bloco 6: Desenvolvimento Socioeconômico Bloco 7: Justiça e Defesa Bloco 8: Intermediário – Saúde Bloco 9: Intermediário – Regulação Esse formato permite que o candidato concorra a várias vagas dentro de um mesmo bloco, com apenas uma inscrição. Embora a maior parte das vagas esteja concentrada em órgãos com sede em Brasília (DF), também há postos disponíveis em diversos estados do país. 💰 Salários Os salários iniciais no CNU 2025 variam de R$ 4 mil a R$ 16,4 mil, dependendo do cargo e do nível de escolaridade exigido. Consulte as remunerações iniciais previstas na tabela abaixo. 🖱️ Como vai funcionar a inscrição? O candidato fará uma única inscrição e poderá escolher os blocos e cargos de sua preferência. A disputa pelas vagas ocorre dentro do bloco temático selecionado. As inscrições começam no dia 2 de julho e vão até 20 de julho, e devem ser feitas por meio da página do candidato. A taxa de inscrição é de R$ 70. Candidatos doadores de medula óssea em entidades reconhecidas pelo Ministério da Saúde e inscritos no CadÚnico podem solicitar isenção da taxa. O prazo para solicitar a isenção da taxa de inscrição vai de 2 a 8 de julho. 🧮 Política de cotas A nova edição estabelece regras mais rigorosas para assegurar a reserva de vagas destinadas a pessoas negras, indígenas, com deficiência e a candidatos quilombolas. De acordo com o governo, a iniciativa reforça o compromisso com a promoção da equidade no acesso ao serviço público federal. Com isso, a distribuição das cotas ficou definida da seguinte maneira: 25% para pessoas negras; 3% para pessoas indígenas; 2% para pessoas quilombolas; 5% para pessoas com deficiência (PcD). Nos casos em que o número de vagas é inferior ao mínimo exigido para aplicação das cotas, o MGI realizou um sorteio para definir a reserva proporcional, conforme previsto na norma. CNU 2025: governo autoriza 2 mil vagas para INSS, ministérios, agências e Forças Armadas 🖊️ Como serão as provas? A prova objetiva será aplicada em 5 de outubro de 2025. Ela será composta por uma parte com questões comuns a todos os candidatos (como língua portuguesa, raciocínio lógico e atualidades) e outra com perguntas específicas, conforme o bloco temático escolhido. A prova discursiva será aplicada em 7 de dezembro de 2025, exclusivamente para os candidatos aprovados na primeira fase. O conteúdo e o formato da redação variarão de acordo com a área de atuação. ▶️ PROVA OBJETIVA A prova objetiva será de múltipla escolha, com cinco alternativas e apenas uma correta. A quantidade de questões varia conforme o nível do cargo: Nível Superior: 90 questões no total, sendo 30 de conhecimentos gerais e 60 de conhecimentos específicos. Nível Intermediário: 68 questões, com 20 de conhecimentos gerais e 48 de conhecimentos específicos. ▶️ PROVA DISCURSIVA Na etapa discursiva, os candidatos deverão elaborar textos conforme o nível de escolaridade exigido para o cargo: Nível Superior: 2 questões discursivas, com aplicação das 13h às 16h. Nível Intermediário: 1 redação dissertativa-argumentativa, das 13h às 15h. O tempo de prova também é diferente: Nível Superior: das 13h às 18h (5 horas de duração). Nível Intermediário: das 13h às 16h30 (3h30 de duração).



CNU 2025: cronograma, política de cotas e reserva de vagas para mulheres na 2ª fase; veja novidades


30/06/2025 20:02 - g1.globo.com


Detalhes sobre a nova edição do 'Enem dos Concursos' foram anunciados pela ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, nesta segunda (30). CNU 2025 tem edital publicado: veja datas, vagas e como se inscrever O Ministério da Gestão anunciou, nesta segunda-feira (30), novidades sobre o edital da 2ª edição do Concurso Nacional Unificado (CNU). Ao todo, serão ofertadas 3.652 vagas distribuídas entre 36 órgãos federais. As inscrições começam no dia 2 de julho e vão até 20 de julho. As provas objetivas serão aplicadas em 5 de outubro. A ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, apresentou o cronograma oficial do concurso e anunciou novidades, como a política de cotas e a garantia de que mulheres ocuparão, no mínimo, 50% das vagas na segunda fase. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 Concursos no WhatsApp Assim como na primeira edição, o candidato poderá realizar uma única inscrição e concorrer a mais de um cargo, selecionando suas preferências dentro de um dos nove blocos temáticos, que agrupam áreas de atuação semelhantes. A Fundação Getulio Vargas (FGV) foi confirmada como a banca organizadora do concurso. Segunda edição do Concurso Nacional Unificado (CNU Ministério da Gestão e Inovação Abaixo, veja tudo o que já se sabe sobre o CNU 2025. 💼 Vagas, órgãos participantes e distribuição por cidades 💰 Salários 📋Separação por blocos 🖱️ Como vai funcionar a inscrição? 🧮 Política de cotas ♀️ Reserva de vagas para mulheres na 2ª fase 📝 Como serão as provas? 🧾 Como surgiu o CNU? 📆 Cronograma 💼 Vagas, órgãos participantes e distribuição por cidades O CNU 2025 vai oferecer 3.652 vagas para cargos de nível médio, técnico e superior, distribuídas entre diversos órgãos públicos. As oportunidades estão organizadas em nove blocos temáticos, que agrupam cargos por áreas de atuação semelhantes. (veja a lista completa mais abaixo) Esse formato permite que o candidato concorra a várias vagas dentro de um mesmo bloco, com apenas uma inscrição. Embora a maior parte das vagas esteja concentrada em órgãos com sede em Brasília (DF), também há postos disponíveis em diversos estados do país. CNU: clique aqui para saber como estão distribuídas as vagas 💰 Salários Os salários iniciais no CNU 2025 variam de R$ 4 mil a R$ 16,4 mil, dependendo do cargo e do nível de escolaridade exigido. Consulte as remunerações iniciais previstas na tabela abaixo. 📋Separação por blocos As vagas estão divididas em nove blocos temáticos, que agrupam cargos por área de atuação: Bloco 1: Seguridade Social (Saúde, Assistência Social e Previdência Social) Bloco 2: Cultura e Educação Bloco 3: Ciências, Dados e Tecnologia Bloco 4: Engenharias e Arquitetura Bloco 5: Administração Bloco 6: Desenvolvimento Socioeconômico Bloco 7: Justiça e Defesa Bloco 8: Intermediário – Saúde Bloco 9: Intermediário – Regulação 🖱️ Como vai funcionar a inscrição? O candidato fará uma única inscrição e poderá escolher os blocos e cargos de sua preferência. A disputa pelas vagas ocorre dentro do bloco temático selecionado. As inscrições começam no dia 2 de julho e vão até 20 de julho, e devem ser feitas por meio da página do candidato. A taxa de inscrição é de R$ 70. Candidatos doadores de medula óssea em entidades reconhecidas pelo Ministério da Saúde e inscritos no CadÚnico podem solicitar isenção da taxa. O prazo para solicitar a isenção da taxa de inscrição vai de 2 a 8 de julho. 🧮 Política de cotas A nova edição estabelece regras mais rigorosas para assegurar a reserva de vagas destinadas a pessoas negras, indígenas, com deficiência e a candidatos quilombolas. De acordo com o governo, a iniciativa reforça o compromisso com a promoção da equidade no acesso ao serviço público federal. Com isso, a distribuição das cotas ficou definida da seguinte maneira: 25% para pessoas negras; 3% para pessoas indígenas; 2% para pessoas quilombolas. Além disso, permanece assegurada a cota de 5% para pessoas com deficiência (PcD), conforme previsto na legislação vigente. Nos casos em que o número de vagas é inferior ao mínimo exigido para aplicação das cotas, o MGI realizou um sorteio para definir a reserva proporcional, conforme previsto na norma. ♀️ Reserva de vagas para mulheres na 2ª fase Outro ponto de destaque é a adoção de uma ação afirmativa inédita voltada às mulheres: caso o percentual de candidatas classificadas para a segunda fase do concurso seja inferior a 50%, será feita uma equiparação para promover maior equilíbrio de gênero nessa etapa. "Não é uma reserva de vaga para mulheres, como é o caso de pessoas negras, com deficiência, indígenas e quilombolas. Mas vamos fazer uma equiparação do percentual de mulheres que passam da primeira para a segunda etapa", diz Dweck. 🔎 Na primeira edição do CNU, aproximadamente 63% dos aprovados eram homens e 37% mulheres. Esse resultado foi o oposto da proporção entre os inscritos confirmados, composta por 56% de mulheres e 44% de homens. 📝 Como serão as provas? A prova objetiva será aplicada em 5 de outubro de 2025. Ela será composta por uma parte com questões comuns a todos os candidatos (como língua portuguesa, raciocínio lógico e atualidades) e outra com perguntas específicas, conforme o bloco temático escolhido. A prova discursiva será aplicada em 7 de dezembro de 2025, exclusivamente para os candidatos aprovados na primeira fase. O conteúdo e o formato da redação variarão de acordo com a área de atuação. ▶️ PROVA OBJETIVA A prova objetiva será de múltipla escolha, com cinco alternativas e apenas uma correta. A quantidade de questões varia conforme o nível do cargo: Nível Superior: 90 questões no total, sendo 30 de conhecimentos gerais e 60 de conhecimentos específicos. Nível Intermediário: 68 questões, com 20 de conhecimentos gerais e 48 de conhecimentos específicos. ▶️ PROVA DISCURSIVA Na etapa discursiva, os candidatos deverão elaborar textos conforme o nível de escolaridade exigido para o cargo: Nível Superior: 2 questões discursivas, com aplicação das 13h às 16h. Nível Intermediário: 1 redação dissertativa-argumentativa, das 13h às 15h. O tempo de prova também é diferente: Nível Superior: das 13h às 18h (5 horas de duração). Nível Intermediário: das 13h às 16h30 (3h30 de duração). 🧾 Como surgiu o CNU? Na primeira edição do CNU, realizada em 2024, quase 1 milhão de candidatos participaram do processo seletivo, considerado um sucesso pelo governo. A proposta de unificar os concursos federais em uma prova nacional visa reduzir custos, aumentar a transparência e promover maior equidade no acesso ao serviço público. 📆 Cronograma Inscrições: de 2 a 20/7/2025 (com pagamento até 21/7) Solicitação de isenção da taxa de inscrição: de 2 a 8/7/2025 Prova objetiva: 5/10/2025, das 13h às 18h Convocação para prova discursiva: 12/11/2025 Convocação para confirmação de cotas e PcD: 12/11/2025 Envio de títulos: de 13 a 19/11/2025 Prova discursiva (para habilitados na 1ª fase): 7/12/2025 Procedimentos de confirmação de cotas: de 8 a 17/12/2025 Divulgação da 1ª lista de classificação: 30/1/2026 Veja dicas de como estudar para concurso: Veja dicas de como fazer uma boa redação para concurso Como estudar legislação para concurso?



Brasil tem alta no emprego formal em maio, com criação de 149 mil vagas; parcial do ano supera 1 milhão de empregos formais


30/06/2025 17:30 - g1.globo.com


Resultado de maio é o melhor para este mês desde 2023. Nos cinco primeiros meses do ano, país criou 1,05 milhão de vagas com carteira assinada — com queda de 4,9% frente ao mesmo período do ano passado. A economia brasileira gerou 148,99 mil empregos formais em maio deste ano, informou nesta segunda-feira (30) o Ministério do Trabalho e do Emprego. Ao todo, segundo o governo federal, foram registradas em maio: ➡️2,256 milhões de contratações; ➡️2,107 milhões de demissões. Na comparação com o mesmo mês do ano passado, que teve geração de 139,55 mil empregos formais, houve uma alta 6,7%, conforme dados oficiais. Veja os resultados para os meses de maio de anos anteriores: 2020: 398,24 mil vagas fechadas; 2021: 266,6 mil empregos criados; 2022: 277,8 mil vagas abertas; 2023: 156,2 mil empregos criados. A comparação dos números com anos anteriores a 2020, segundo analistas, não é mais adequada, porque o governo mudou a metodologia. Parcial do ano De acordo com o Ministério do Trabalho, 1,05 milhão de empregos formais foram criados no país nos cinco primeiros meses deste ano. O número representa queda de 4,9% na comparação com o mesmo período de 2024, quando foram criadas 1,1 milhão de vagas com carteira assinada. Essa foi a menor geração de empregos para os cinco primeiros meses de um ano desde 2023, quando foram criadas 875,7 mil vagas formais. Ao fim de maio de 2025, ainda conforme os dados oficiais, o Brasil tinha saldo de 48,25 milhões de empregos com carteira assinada. O resultado representa aumento na comparação com abril deste ano (48,1 milhões) e com relação a maio de 2024 (46,62 milhões). Carteira de trabalho Marcello Casal Jr/Agência Brasil O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, disse que o mercado formal de trabalho tem crescido menos neste ano por causa dos efeitos da elevada taxa de juros no Brasil. "Quem sabe isso deixa o pessoal do BC feliz e possa começar a reduzir os juros", afirmou, em entrevista coletiva após a apresentação dos dados do Caged. Questionado sobre a possibilidade de os juros permanecerem acima de 10% até o fim do governo, como espera o mercado financeiro, o ministro disse não acreditar nisso. "Não é juros que define o preço do alimento. É se tem chuva ou não. Não é o juro. Precisamos de mais produção para conter a inflação, não é menos produção para conter a inflação", defendeu Marinho. Empregos por setor Os números do Caged de maio de 2025 mostram que foram criados empregos formais nos cinco setores da economia. O maior número absoluto foi no setor de serviços. A construção foi o setor que menos gerou vagas no mês passado. Regiões do país Os dados também revelam que foram abertas vagas em quatro das cinco regiões do país no mês passado. Salário médio de admissão O governo também informou que o salário médio de admissão foi de R$ 2.248,71 em maio deste ano, o que representa queda real (descontada a inflação) em relação a abril de 2025 (R$ 2.259,69). Na comparação com maio do ano passado também houve recuo no salário médio de admissão. Naquele mês, o valor foi de R$ 2.249,86. Vagas de emprego ligadas à Inteligência Artificial cresceram 4 vezes nos últimos anos Caged x Pnad Os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados consideram os trabalhadores com carteira assinada, ou seja, não incluem os informais. Com isso, os resultados não são comparáveis com os números do desemprego divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), coletados por meio da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Continua (Pnad). Segundo dados oficiais, a taxa de desemprego no Brasil foi de 6,2% no trimestre terminado em maio. De acordo com o analista da pesquisa do IBGE, William Kratochwill, o resultado da Pnad indica que o mercado de trabalho está no melhor patamar dos últimos dez anos.



Lula defende seriedade de Galípolo e diz que cenário de juros será corrigido com o tempo


30/06/2025 16:30 - g1.globo.com


Presidente também destacou independência do Banco Central. Em 18 de junho, o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC subiu mais uma vez a taxa básica de juros, a Selic, que atingiu 15% ao ano — maior nível em 20 anos. Lula durante lançamento do Plano Safra 2025 Reprodução/ CanalGov O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta segunda-feira (30) que o presidente do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo, é um presidente "muito sério" e que as coisas "vão ser corrigidas com o passar do tempo". A fala de Lula faz referência à taxa básica de juros, a Selic, que atingiu 15% ao ano — o maior nível em 20 anos. Em 18 de maio, o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC decidiu manter o ciclo de alta da taxa básica de juros (leia mais abaixo). "Eu gostaria que todos os juros fossem zero, mas ainda não depende da nossa política econômica que não tem muito a ver com a taxação de juros", afirmou Lula. "O Banco Central é independente, o [Gabriel] Galípolo é um presidente muito sério, e eu tenho certeza de que as coisas vão ser corrigidas com o passar do tempo. Nós sabemos o que nós herdamos e nós não queremos ficar chorando o que nós herdamos", prosseguiu. O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, em sessão solene da Câmara dos Deputados. Wilton Junior/Estadão Conteúdo Sete altas O Comitê de Política Monetária (Copom) do BC subiu a taxa básica da economia por sete vezes seguidas, mas analistas de instituições financeiras acreditam que, a partir de janeiro do ano que vem, esse processo deve se inverter, inaugurando um ciclo de cortes. 🔎A taxa Selic é a taxa básica de juros da economia. Serve de referência para calcular as taxas de empréstimos bancários e financiamentos, por exemplo. Ou seja, com a Selic alta, o crédito também fica mais custoso. 💰 Uma taxa de juros mais alta costuma ser eficiente para controlar a inflação, porque "esfria" a economia. O efeito colateral, no entanto, é reduzir o ritmo de crescimento do país. Nos últimos dois anos, quando o Banco Central era presidido por Roberto Campos Neto, Lula fez uma série de ataques à política monetária – que, segundo ele, era feita contra os interesses do país. Campos Neto foi indicado para o cargo pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e apoiou a campanha de reeleição do antigo chefe, em 2022. Banco Central divulga ata da reunião do Copom que decidiu aumentar a Selic para 15% ao ano Plano Safra A declaração do presidente desta segunda foi dada durante cerimônia de lançamento do Plano Safra para agricultura familiar no Palácio do Planalto. O programa vai ofertar R$ 78,2 bilhões para financiamentos na temporada 2025-2026. Segundo o governo, os juros variam de 0,5% a 8% ao ano no Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf). Ao todo, o plano promete movimentar R$ 89 bilhões entre crédito rural, compras públicas, seguro agrícola, assistência técnica, garantia de preço mínimo e outras ações.



Honda lança sua primeira moto elétrica na China, que pode chegar a 120 km/h


30/06/2025 16:00 - g1.globo.com


Modelo E-VO combina design retrô com tecnologia moderna, tem até 170 km de autonomia e pode chegar ao Brasil futuramente. O preço por lá, sem impostos, é de R$ 22.800. Honda E-VO Divulgação | Honda A Honda lançou sua primeira motocicleta elétrica na semana passada, na China. A E-VO é um modelo desenvolvido em parceria com a empresa chinesa Wuyang e faz parte do plano de eletrificação da montadora japonesa. No mercado chinês, a moto já é vendida por 29.999 yuans (equivalente a R$ 22.800, sem impostos) na versão de entrada, equipada com apenas uma bateria. A versão topo de linha custa 36.999 yuans (cerca de R$ 29.200). Esta é a primeira motocicleta elétrica da Honda, já que os modelos anteriores eram do tipo CUB (como a Biz) ou scooters (como a Elite). O design da E-VO combina elementos retrô com um toque futurista, lembrando uma café racer moderna. A carenagem frontal é claramente inspirada nas motos clássicas de competição, enquanto a traseira mistura formas semicirculares com linhas retas, remetendo ao estilo das scramblers da Triumph. Pensando na praticidade, a moto conta com um compartimento para celular localizado à frente do assento do passageiro, no espaço onde normalmente estaria o tanque de combustível em motos convencionais. LEIA MAIS: Missão impossível? Bajaj Pulsar chega ao Brasil para roubar uma fatia do reino da Honda CG VÍDEO: Novo Fiat Fastback 2026 continua o mesmo — para o bem e para o mal; veja o teste Motos elétricas: novo crédito para motoboys pode alavancar o mercado no Brasil? Honda E-VO terá duas versões: uma com 15 cv e outra, com 21 cv Divulgação | Honda Motorização O motor da E-VO entrega 15 ou 21 cv de potência, dependendo da versão. Essa variação está relacionada à quantidade de baterias: a versão de entrada possui dois módulos, enquanto a topo de linha conta com três. A força é transmitida à roda traseira por meio de uma correia, e o câmbio é automático, como é comum em veículos elétricos. Em termos de porte, a E-VO se assemelha a modelos naked, como a Yamaha FZ25 e a Honda CB 300F Twister. Confira a ficha técnica das duas versões: Potência: 15 ou 21 cv; Autonomia: 120 ou 170 km; Comprimento: 1,99 m; Largura: 0,75 m; Altura: 1,05 m; Entre-eixos: 1,38 m; Altura do assento: 76 cm; Peso: 143 kg ou 156 kg; Freios dianteiro e traseiro: com ABS; Velocidade máxima: 120 km/h Tempo de recarga doméstica (20% a 80%) com duas baterias: 1h30; Tempo de recarga doméstica (20% a 80%) com três baterias: 2h30. Botão no punho esquerdo permite controlar a câmera DJI Action para gravação de conteúdo Divulgação | Honda Equipamentos Além do compartimento para celular, a E-VO vem equipada com iluminação totalmente em LED, controle de tração, monitoramento da pressão dos pneus e entradas USB dos tipos A e C para recarga de dispositivos. No quesito tecnologia, a moto conta com um painel digital TFT de sete polegadas. A tela exibe informações como navegação, música e pressão dos pneus, além de ser personalizável, permitindo ao condutor criar atalhos para os recursos mais utilizados. Porta objetos para encaixar o celular na Honda E-VO Divulgação | Honda A E-VO também se destaca por ser ideal para quem gosta de registrar seus trajetos ou criar conteúdo. Ela possui câmeras frontal e traseira com resolução 1080p (HD), e ainda permite a conexão com a câmera DJI Action (vendida separadamente). O motociclista pode gravar vídeos ou tirar fotos com um simples toque em um botão localizado no punho esquerdo, próximo aos comandos de buzina e setas. Virá para o Brasil? Atualmente, a Honda ainda não comercializa motocicletas elétricas no Brasil, ao contrário de sua principal concorrente, a Yamaha, que já oferece a scooter Neo’s por R$ 33.990. Questionada pelo g1 sobre a possibilidade de trazer a E-VO ao país, a montadora respondeu que “não há confirmação, mas não descarta realizar um estudo de mercado para avaliar a aceitação do modelo no Brasil”. Lanterna da Honda E-VO mescla linhas retas e curvas Divulgação | Honda Haojue DL 160 chega para competir com Honda Bros e Yamaha Crosser



'The Economist' diz que Lula perdeu influência no exterior e está cada vez menos popular no Brasil


30/06/2025 15:10 - g1.globo.com


Segundo a revista britânica, presidente brasileiro tem se afastado da linha de pensamento dos EUA e outros países ocidentais. 'The Economist': Lula perdeu influência no exterior e é cada vez menos popular no Brasil A revista britânica “The Economist” afirmou neste domingo (29) que o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não só tem perdido popularidade no Brasil, como também vem perdendo influência no exterior. De acordo com a reportagem, Lula tem adotado uma postura “cada vez mais hostil ao Ocidente”, ao se distanciar das posições defendidas pelos Estados Unidos e por grande parte dos países ocidentais, ao mesmo tempo em que se aproxima de nações como China e Irã. Um dos exemplos mencionados pela revista foi o ataque dos EUA a complexos nucleares iranianos durante o conflito no Oriente Médio, com o objetivo de impedir o desenvolvimento de armas nucleares pelo Irã. Na ocasião, Donald Trump classificou os ataques como uma “ação defensiva” para proteger os EUA e seus aliados. Antes disso, os EUA e alguns países europeus já haviam defendido a redução das tensões na região, ainda que com certo apoio a Israel, afirmando que o país “tinha o direito de se defender e garantir sua segurança”. O Brasil, por outro lado, seguiu na direção oposta. Pouco depois do ataque dos EUA, o Ministério das Relações Exteriores divulgou uma nota condenando “com veemência” a ação norte-americana, alegando que esse tipo de ofensiva colocava em risco a vida e a saúde de civis. “O governo brasileiro expressa grave preocupação com a escalada militar no Oriente Médio e condena com veemência, nesse contexto, ataques militares de Israel e, mais recentemente, dos Estados Unidos, contra instalações nucleares, em violação da soberania do Irã e do direito internacional”, afirmou a nota. Segundo a revista, esse posicionamento do Itamaraty colocou o Brasil em “desacordo com todas as outras democracias ocidentais, que ou apoiaram os ataques, ou apenas expressaram preocupação”. A reportagem aponta que esse cenário tende a se agravar, já que a aproximação entre Brasil e Irã deve se tornar ainda mais evidente durante a Cúpula dos Brics (grupo que reúne 11 países emergentes), marcada para a próxima semana no Rio de Janeiro. Isso porque, além de o Brasil ocupar atualmente a presidência do grupo, o Irã passou a integrar os Brics em 2024, o que tende a fortalecer os laços entre os dois países. “Quanto mais a China transforma o Brics em um instrumento de sua política externa, e quanto mais a Rússia usa o Brics para legitimar sua guerra na Ucrânia, mais difícil será para o Brasil continuar dizendo que não é alinhado”, afirmou Matias Spektor, da FGV, à revista. A revista também destaca a tentativa dos diplomatas brasileiros de direcionar os temas da Cúpula para assuntos menos controversos, a fim de evitar novos desgastes para o país. Segundo a reportagem, a intenção é evitar debates que Trump já demonstrou rejeitar, como o uso de uma moeda alternativa ao dólar nas negociações entre os países do grupo. “O papel do Brasil no centro de um BRICS expandido e dominado por um regime mais autoritário faz parte da política externa cada vez mais incoerente de Lula”, afirma a revista, reiterando que o presidente brasileiro não fez nenhum esforço aparente para estreitar a relação com os EUA desde que Trump assumiu o cargo. “Não há registro de que os dois tenham se encontrado pessoalmente, tornando o Brasil a maior economia cujo líder não apertou a mão do presidente norte-americano. Em vez disso, Lula corteja a China”, afirmou a reportagem, indicando que Lula também se dedicou a expandir os laços comerciais do Brasil com outros países desde que Trump anunciou as chamadas tarifas recíprocas. A revista também observou que Lula tentou — sem sucesso — mediar o fim da guerra entre Rússia e Ucrânia, criticou a ausência de posicionamento em relação à crise no Haiti e apontou a falta de pragmatismo político do presidente brasileiro, inclusive nas relações com a Argentina. Lula tem divergências ideológicas com o presidente argentino, Javier Milei, e o diálogo entre os dois é escasso. “A fraqueza no cenário mundial é agravada pela queda na popularidade de Lula em casa”, disse a reportagem, destacando que a política brasileira tem se inclinado para a direita e que muitos cidadãos ainda associam o PT à corrupção. Com isso, segundo a revista, os índices de aprovação pessoal de Lula atingiram o nível mais baixo de seus três mandatos, com tendência de piora, especialmente após a derrota do governo ao tentar aprovar um decreto que aumentaria o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). A “The Economist” também menciona a afinidade entre o movimento “Make America Great Again”, liderado por Trump, e a ideologia do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). “Bolsonaro provavelmente será preso em breve por supostamente planejar um golpe para permanecer no poder após perder uma eleição em 2022. Ele ainda não escolheu um sucessor para liderar a direita. Mas se o fizer e a direita se unir a essa pessoa antes das eleições de 2026, a presidência será deles”, afirmou a revista. Por fim, a reportagem observa que, apesar dos recentes posicionamentos de Lula, Trump mal mencionou o presidente brasileiro ou o país desde que assumiu o cargo — o que pode estar relacionado ao déficit comercial do Brasil com os Estados Unidos (ou seja, o Brasil importa mais do que exporta para os americanos). “Mas seu silêncio também pode ser porque o Brasil, relativamente distante e geopoliticamente inerte, simplesmente não importa tanto quando se trata de questões de guerra na Ucrânia ou no Oriente Médio. Lula deveria parar de fingir que importa e se concentrar em questões mais próximas”, conclui a revista. Lula durante entrevista a jornalistas no Planalto Evaristo Sa/AFP