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TCU determina medidas para reduzir fraudes no sistema de auxílio incapacidade do INSS


19/11/2025 20:00 - g1.globo.com

O Tribunal de Contas da União (TCU) determinou que o Ministério da Previdência Social, o INSS e o Dataprev adotem, em até 120 dias, medidas para reduzir o risco de fraudes no Atestmed, sistema que permite a concessão de auxílio por incapacidade temporária mediante apresentação de atestado médico. Entre as exigências estão a verificação da autenticidade dos atestados, a organização dos dados relevantes — como o número de registro dos profissionais no Conselho Regional de Medicina — e o reforço dos controles internos. O TCU também definiu que, no mesmo prazo, o Ministério da Previdência e o Dataprev tomem providências para garantir a realização de exame médico-pericial nos processos de concessão pelo Atestmed. As medidas incluem: avaliar a real incapacidade do segurado; determinar o período adequado de afastamento; prever o indeferimento do pedido em caso de indícios de fraude ou falta de direito ao benefício. Além disso, o tribunal determinou que o Ministério da Previdência implemente mecanismos para controlar a qualidade das decisões dos peritos que concedem benefícios via Atestmed. A pasta deverá assegurar também que a pontuação da tarefa de análise documental seja compatível com o tempo e a complexidade do trabalho, bem como com a pontuação das perícias presenciais. As decisões foram tomadas na sessão plenária desta quarta-feira (19), durante a análise de uma auditoria operacional sobre o funcionamento do Atestmed. O período auditado vai de julho de 2023 a maio de 2025. O volume de recursos fiscalizados (VRF) chegou a R$ 18,4 bilhões, valor estimado da despesa total com auxílios por incapacidade temporária concedidos via Atestmed no período. A auditoria identificou avanços — mas também retrocessos — na redução do tempo de espera para a concessão dos benefícios, além de desigualdades entre as unidades da federação. “No período de setembro de 2023 a outubro de 2024, a equipe apontou melhoria operacional significativa, refletida na redução dos requerimentos pendentes por mais de 45 dias e no aumento da capacidade de análise dentro desse prazo legal. Apesar disso, a partir de novembro de 2024 houve piora nos resultados”, afirmou o relator, ministro Jorge Oliveira. “Essa piora pode estar relacionada à elevação da demanda por benefícios e à greve dos peritos médicos, de 22/8/2024 a 11/4/2025”, ponderou. Em contrapartida, o relatório apontou piora no tempo de concessão em várias regiões do país. O TCU destacou como exemplos: Acre: o tempo de concessão via perícia passou de 43 dias (julho de 2023) para 104 dias (maio de 2025); Amapá: a espera subiu de 134 para 230 dias no mesmo período.



Salão do Automóvel 2025: veja os principais lançamentos do 1º dia de evento


19/11/2025 20:00 - g1.globo.com


Após um hiato de sete anos, o Salão do Automóvel de São Paulo volta ao Anhembi, na zona norte da capital, para a sua 31ª edição. A mostra estará aberta ao público entre 21 e 30 de novembro e deve receber mais de 700 mil visitantes, segundo a organizadora RX. Os dois primeiros dias são reservados à imprensa, que acompanha os principais lançamentos das marcas participantes da exposição. O g1 acompanhou o dia de apresentações e traz um compilado sobre o que há de melhor desembarcando no mercado brasileiro. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 Carros no WhatsApp Renault Renault Koleos chega no primeiro semestre de 2026 Fábio Tito/g1 A Renault apresentou o SUV de grande porte Koleos. O modelo híbrido chega no primeiro semestre de 2026 como a aposta da marca diante das novas opções chinesas no mercado nacional. Segundo Ariel Montenegro, presidente da Renault Geely do Brasil, o Koleos será um híbrido pleno, mas ainda não há informações sobre preços ou versões. O projeto do Koleos é resultado da parceria entre a Renault e a chinesa Geely. A parceria prevê um investimento de R$ 3,8 bilhões para adaptar a fábrica de São José dos Pinhais, no Paraná, à produção de veículos elétricos e híbridos. Saiba mais na reportagem abaixo. Renault apresenta Koleos, SUV híbrido grande para rivalizar com chinesas Geely Geely EX5 será produzido no Brasil Fábio Tito/g1 A Geely anunciou que iniciará a produção do seu primeiro carro no Brasil: o EX5. A fabricação começa no primeiro semestre do próximo ano, enquanto as vendas estão previstas para o segundo semestre de 2026. Antes disso, será vendido importado. A marca também apresentou o EX5 EM-I, um híbrido plug-in com diferenças claras em relação ao elétrico. Também estará presente no Salão o SUV EX2, modelo urbano recém-lançado que se destaca pelo custo-benefício. Saiba mais na reportagem abaixo. Geely produzirá o EX5 no Brasil para brigar com Jeep Compass Jaecoo Jaecoo 8 Fábio Tito/g1 A Jaecoo apresentou seus próximos lançamentos para o Brasil: os SUVs Jaecoo 5 e Jaecoo 8. Ambos chegam já neste mês de novembro. Entre as novidades, o Jaecoo 5 é o mais simples da linha. No Brasil, será oferecido apenas com motorização híbrida tradicional, com cerca de 200 cv de potência — já considerando o conjunto com o motor 1.5 turbo. Já o Jaecoo 8 é maior e comporta até sete ocupantes, mas será vendido no Brasil em versão para seis. Este SUV prioriza luxo e desempenho, além de oferecer acabamento de nível superior. Saiba mais na reportagem abaixo. Jaecoo 5 e 8 chegam ao Brasil em novembro; veja como serão os SUVs GWM GWM Tank 700 Fábio Tito/g1 A GWM apresentou os luxuosos jipe Tank 700 e perua Wey G9 Max. Os dois novos modelos chegam em um momento crucial para a marca enfrentar a concorrência: a BYD lançou a divisão Denza, focada em veículos de alto padrão. O novo Tank 700 remete bastante ao Tank 300, que o g1 testou neste mês. Ambos mantêm o apelo off-road, mas o novo modelo adota uma carroceria menos quadrada, com linhas mais agressivas e um toque extra de esportividade. A Wey G9 Max é uma van executiva com um conjunto híbrido plug-in menos potente, mas que se destaca pela bateria: são 51 kW, capacidade superior à de alguns modelos totalmente elétricos, como o GWM Ora 03 Skin, que tem 48 kW. Entre os itens de luxo, há geladeira para os passageiros, controles elétricos para todos os assentos e até uma TV retrátil instalada no teto. Saiba mais na reportagem abaixo. GWM traz os luxuosos Tank 700 e Wey G9 ao Brasil; veja detalhes Honda Honda Prelude Rafael Peixoto/g1 A Honda apresentou o novo Honda Prelude, após um hiato de 24 anos. Trata-se de um esportivo cupê com toque de carro de corrida. Ele conviverá com o Civic Type-R e será lançado no Brasil no segundo semestre de 2026. O Prelude terá 203 cv e 32,1 kgfm graças ao conjunto híbrido plug-in. A suspensão e os freios serão inspirados nas configurações do Civic Type-R, o modelo mais esportivo da marca. O WR-V também foi outra novidade importante apresentada pela Honda. O SUV chega para rivalizar com modelos como Volkswagen Tera, Renault Kardian e Hyundai Creta. O g1 já testou o modelo, lançado neste mês. Saiba mais na reportagem abaixo. Honda voltará a vender o Prelude, esportivo com conjunto do Type-R Salão do Automóvel 2025 A abertura oficial do evento acontecerá em 21 de novembro, às 19h, com o evento Avant Première, voltado a um público restrito. Para essa data, o ingresso custa R$ 1.000 e dá acesso antecipado às atrações e apresentações musicais. Depois, o Salão funcionará das 12h às 21h nos dias 22 e de 24 a 28 de novembro, e das 10h às 21h nos dias 23, 29 e 30. A entrada será permitida até uma hora antes do fechamento. O Distrito Anhembi fica na Avenida Olavo Fontoura, 1.209, em Santana, na zona norte de São Paulo. A grande novidade é a Drive Experience, pista montada especialmente para o evento, ocupará 14 mil m² e contará com veículos das marcas BYD, Caoa Chery, Citroën, Fiat, GAC, Geely, GWM, Honda, Jeep, Leapmotor, Peugeot, Ram e Renault. O circuito terá uma reta de 160 metros e permitirá testar modelos a combustão, híbridos, elétricos e 4x4, com exercícios de slalom (prova de habilidade na qual o carro passa por um circuito de cones em zigue-zague) e frenagem. Segundo a RX, cerca de 40 modelos estarão disponíveis para os testes, e até mil visitantes poderão participar por dia, em voltas de até 10 minutos. Veja todos os detalhes na reportagem abaixo. Salão do Automóvel 2025: tudo o que você precisa saber sobre o evento



Salão do Automóvel 2025: Toyota Yaris Cross chega a partir de R$ 161 mil, com duas versões híbridas flex


19/11/2025 19:30 - g1.globo.com


Toyota Yaris Cross chega para rivalizar com T-Cross, Creta e HR-V A Toyota anunciou nesta quarta-feira (19) o lançamento do Yaris Cross, o primeiro SUV compacto com opções híbridas flex do país. Outra novidade apresentada ppela Toyota no Salão do Automóvel de 2025 foi o Yaris GR, hatch esportivo que estará disponível a partir de abril de 2026. Produzido em Sorocaba (SP), o SUV Yaris Cross, por outro lado, já está em pré-venda e chega às concessionárias em fevereiro de 2026. Ele será oferecido em quatro versões — XRE, XRE Hybrid, XRX e XRX Hybrid — com preços entre R$ 161.390 e R$ 189.990. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 Carros no WhatsApp Veja abaixo os valores. XRE – R$ 161.390; XRE Hybrid – R$ 172.390; XRX – R$ 178.990; XRX Hybrid – R$ 189.990. Ainda não foi confirmado qual será o novo preço do Yaris Cross após o esgotamento das 8.500 unidades ofertadas em pré-venda. Segundo a marca, o objetivo é ampliar a presença no segmento de SUVs, que representou mais da metade das vendas do mercado brasileiro em 2025. O modelo chega para complementar a linha composta por Corolla Cross, SW4 e RAV4, mas aponta sua mira contra Volkswagen T-Cross, Hyundai Creta, Honda HR-V, Chevrolet Tracker, Nissan Kicks e Fiat Pulse. Toyota Yaris Cross chega com valor inicial de R$ 161.390 Divulgação | Toyota Além desses, ele também disputa espaço em uma faixa mais baixa de preço, onde está seu principal rival, o Honda WR-V na versão EXL, de R$ 149.900. Veja os valores dos concorrentes: Volkwagen T-Cross: de R$ 119.990 a R$ 198.490; Hyundai Creta: de R$ 151.290 a R$ R$ 199.590; Honda HR-V: de R$ 163.200 a R$ 209.900; Honda WR-V: de R$ 144.900 a R$ 149.900; Chevrolet Tracker: de R$ 119.900 a R$ 175.990; Nissan Kicks: de R$ 166.990 a R$ 199.000; Fiat Pulse: de R$ 101.990 a R$ 158.990. Nessa estratégia, o Yaris Cross chega para ser o modelo de maior volume da Toyota, embora a marca continue apostando no Corolla Cross como seu principal campeão de vendas. Assim fica a linha de SUVs da fabricante: Yaris Cross: de R$ 161.390 a R$ 189.990; Corolla Cross: de R$ 188.990 a R$ 219.890; RAV4: R$ 349.290 e R$ 402.420; SW4: de R$ 412.190 a R$ 469.890. Toyota Yaris Cross tem versões somente a combustão e híbridas Divulgação | Toyota SUV compacto mais econômico do país O Yaris Cross estreia uma motorização inédita no segmento: um sistema híbrido flex que combina um motor 1.5 a combustão com dois motores elétricos — um que atua como gerador de energia para a bateria e outro que auxilia na tração. Com etanol, o conjunto entrega até 111 cv e promete consumo de 17,9 km/l na cidade e 15,3 km/l na estrada, segundo o Inmetro. A Toyota não divulga o torque total de seus veículos híbridos. O motor a combustão oferece 12,3 kgfm de torque, enquanto o elétrico entrega 14,4 kgfm. Contudo, como os valores não se somam diretamente no uso real, a marca não especifica um valor combinado. Toyota Yaris Cross chega com medidas semelhantes às dos rivais Divulgação | Toyota Esse conjunto é diferente do usado no Corolla e no Corolla Cross, que contam com um motor 1.8 flex nas versões híbridas, ambos com 122 cv. As versões não híbridas utilizam o motor 1.5 flex de 122 cv e 15,3 kgfm de torque, combinado ao câmbio CVT Multidrive. Em comparação, o 1.5 flex do Honda WR-V oferece 4 cv e 0,5 kgfm a mais. Com esse conjunto, o lançamento se torna o SUV compacto com sistema híbrido mais econômico do Brasil. Veja as médias de consumo: Yaris Cross híbrido Cidade: 13,2 km/l (com etanol) e 17,9 km/l (com gasolina); Estrada: 10,7 km/l (com etanol) e 15,3 km/l (com gasolina); Yaris Cross a combustão Cidade: 8,8 km/l (com etanol) e 12,6 km/l (com gasolina); Estrada: 10,2 km/l (com etanol) e 14,3 km/l (com gasolina). A Toyota afirma que a tecnologia pode reduzir o consumo em até 30% em comparação às versões não eletrificadas e emitir até 77% menos CO₂ quando abastecida com etanol. Galerias Relacionadas Espaço, conforto e estilo Com 4,31 m de comprimento, 1,77 m de largura, 1,65 m de altura e 2,62 m de entre-eixos, o Yaris Cross tem dimensões próximas às de WR-V e Creta. Ele é 1 cm mais curto, 2 cm mais estreito e tem entre-eixos 3 cm menor que o WR-V. A altura é a mesma do modelo da Honda. O porta-malas segue a média do segmento: 400 litros na versão convencional e 391 litros na híbrida. A diferença ocorre porque a bateria do sistema híbrido fica no assoalho, reduzindo levemente o espaço. Nessa capacidade, o porta-malas da versão a combustão é 22 litros menor que o do Hyundai Creta e 58 litros menor que o do WR-V. Equipamentos As versões XRE e XRE Hybrid trazem: Seis airbags; Freio de estacionamento eletrônico com Auto Hold; ISOFIX; ABS com EBD; Controle de estabilidade e tração; Assistente de partida em rampa; Faróis de LED; Rodas diamantadas de 17”; Chave presencial; Ar-condicionado digital automático; Multimídia com tela de 10" com espelhamento sem fio; Carregador por indução; Painel digital de 7”; Câmera de ré e sensor traseiro; Versões XRX e XRX Hybrid (topo de linha) acrescentam: Rodas diamantadas de 18”; Iluminação ambiente interna; Monitor de ponto cego; Visão panorâmica 360°; Sensor dianteiro; Abertura elétrica do porta-malas com movimento do pé; Teto solar panorâmico Wi-Fi para até 10 dispositivos (gratuito por um ano); E app com informações do veículo, como: histórico de viagens, diagnóstico do veículo, avisos de revisão e monitoramento remoto. O Yaris Cross terá o programa Toyota 10, que pode estender a garantia total para até 10 anos, sem custo adicional, desde que as revisões sejam feitas na rede autorizada. O sistema híbrido tem garantia de 8 anos ou 200 mil km. Veja o vídeo do novo Honda WR-V: Honda WR-V reúne ótimo espaço e equipamento para ser o SUV com melhor custo-benefício Toyota vai trazer o novo esportivo GR Yaris Além do Yaris Cross, a Toyota também apresentou o GR Yaris, um esportivo menor que o GR Corolla. O único detalhe compartilhado pela diretoria da Toyota está ligado à transmissão, que terá duas opções: manual de seis velocidades ou automático. Por enquanto, o GR Corolla é o único hatch esportivo da Toyota à venda no Brasil e só é equipado com transmissão manual. Os preços são, respectivamente, de R$ 416.990 para a versão Core e R$ 461.990 para a Circuit. Toyota GR Yaris é novo esportivo que será vendido em abril de 2026 Veja os vídeos que estão em alta no g1



FGC: entenda como funciona e quanto tempo pode demorar o pagamento


19/11/2025 17:55 - g1.globo.com


Educação Financeira: saiba o que é o FGC A liquidação extrajudicial do Banco Master, anunciada pelo BC nesta terça-feira (18), gerou dúvidas sobre o destino dos recursos dos clientes. Nesses casos, parte dos depósitos é garantida pelo Fundo Garantidor de Créditos (FGC). O FGC é uma associação privada, sem fins lucrativos, que integra o Sistema Financeiro Nacional e atua na manutenção da estabilidade do sistema, na prevenção de crises bancárias e na proteção de depositantes e investidores. Na prática, funciona como um fundo privado que atua como um seguro. É ele quem garante que os recursos depositados ou investidos em um banco permaneçam protegidos caso a instituição financeira enfrente alguma crise ou dificuldade. O dinheiro usado para essas indenizações vem dos próprios bancos, que contribuem mensalmente para o fundo. Assim como ocorre em seguros, o ressarcimento segue regras específicas, com limites e condições. A seguir, o g1 explica como funciona o FGC, o que ele protege, os valores cobertos e o histórico do prazo de pagamentos. Veja abaixo: Como solicitar o ressarcimento? Quanto tempo o FGC pode demorar a pagar? Quem está protegido pelo FGC? Quem não está protegido pelo FGC? E quando o saldo ultrapassa R$ 250 mil? Como solicitar o ressarcimento? Embora exista a garantia, o pagamento do FGC não é imediato. Para solicitar o ressarcimento: Pessoas físicas: devem usar o aplicativo do FGC. Após realizar um cadastro básico, é necessário solicitar o pagamento da garantia; Pessoas jurídicas: devem fazer o pedido diretamente pelo site da instituição. Após a assinatura do termo de solicitação, o FGC informa que a liberação costuma ocorrer em até 48 horas úteis, desde que os dados estejam corretos. Para eventuais dúvidas, o FGC orienta que correntistas e investidores entrem em contato pelo e-mail atendimento.credores@fgc.org.br. Veja o passo a passo para reembolso pelo FGC: Baixe o aplicativo do FGC e complete o cadastro, informando nome completo, CPF e data de nascimento; Solicite o pagamento de garantia. Essa etapa só ficará disponível após o envio, pelo liquidante, da lista completa de credores e valores devidos ao fundo. Depois, basta informar uma conta bancária de sua titularidade para receber os recursos, realizar a validação biométrica e enviar eventuais documentos solicitados. Para pessoas jurídicas, o FGC informa que o representante legal da empresa deve solicitar a garantia por meio do Portal do Investidor. Após o preenchimento das informações, o fundo envia um e-mail com o passo a passo necessário. Nos casos em que o pagamento precisar ser feito a inventariantes ou ao espólio, o FGC tratará diretamente com os beneficiários, não sendo possível fazer a solicitação pelo aplicativo. ⚠️ATENÇÃO: Valores que ultrapassarem o limite de cobertura do FGC, de R$ 250 mil, permanecerão sujeitos ao processo de liquidação. Nessa situação, o credor passa a integrar a massa falida como credor quirografário, sem garantia de recebimento dos valores. Quanto tempo o FGC pode demorar a pagar? Segundo o FGC, não há um prazo legal para a instiuição começar a pagar os clientes após a liquidação de uma instituição financeira. Esse tempo, inclusive, pode variar a depender de cada situação (veja mais abaixo). Há casos de liberação praticamente imediata, como no Banco Banorte e no Hexabanco, em que os valores foram pagos no mesmo dia da liquidação. Em instituições de médio porte — como Banco Dracma, Banco do Estado do Amapá, Banco Neon e Domus Hipotecária — o FGC finalizou os depósitos em prazos que variaram de 14 a 25 dias. Há, no entanto, casos em que o processo levou mais tempo, geralmente por fatores alheios ao FGC. Em determinadas situações, decisões judiciais ou pendências administrativas atrasaram o início dos pagamentos — como no Banco Rural, onde o ressarcimento levou pouco mais de três meses, e no BFI, cujo processo se estendeu por mais de três anos devido a entraves extrajudiciais. Veja abaixo a lista completa de instituições financeiras com ressarcimentos efetuados pelo FGC. Quem está protegido pelo FGC? Em 2024, o FGC acumulava patrimônio de R$ 140,4 bilhões — 12% acima do registrado no ano anterior. Em setembro deste ano, o volume total já somava R$ 153,5 bilhões, dos quais R$ 122 bilhões estavam disponíveis em caixa para cumprir sua função de proteção. Os saldos de correntistas e investidores são protegidos pelo fundo em até R$ 250 mil por CPF ou CNPJ, por instituição. No caso dos investidores, a cobertura varia conforme o tipo de aplicação. Estão dentro das regras do FGC: CDB e Recibo de Depósito Bancário (RDB); Letra de Crédito Imobiliário (LCIs) e Letra de Crédito do Agronegócio (LCAs). O FGC só atua em casos de intervenção ou liquidação de uma instituição financeira. A indenização considera o valor investido somado aos rendimentos acumulados até a data da liquidação, limitado ao teto de R$ 250 mil. ⚠️ EXEMPLO: Quem tinha R$ 180 mil investidos e R$ 100 mil para receber em rendimentos terá acesso a até R$ 250 mil. O valor que exceder esse limite deve ser solicitado no processo de liquidação conduzido pelo BC. Quem não está protegido pelo FGC? Não têm direito à cobertura do FGC os investidores que aplicaram em produtos sem garantia do fundo, como: Debêntures; Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs); Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRAs); Fundos de investimento; Títulos emitidos fora do sistema de proteção. Nesses casos, não há indenização automática: todo o valor investido entra integralmente na fila da liquidação e só poderá ser recuperado se houver recursos suficientes após o pagamento das obrigações prioritárias. Segundo o advogado Eduardo Brasil, sócio do Fonseca Brasil Serrão Advogados, o tratamento é diferente para os investidores que possuem aplicações não cobertas pelo FGC. “Esses recursos passam a integrar a massa de credores da liquidação, e a recuperação dependerá da venda de ativos e da capacidade financeira do banco ao longo do processo. O resultado pode ser pagamento integral, parcial ou até inexistente, dependendo do patrimônio disponível.” E quando o saldo ultrapassa R$ 250 mil? Quem possui valores acima do limite coberto pelo FGC precisa se habilitar como credor na liquidação. Para isso, é necessário acompanhar o site da empresa liquidante, onde serão publicadas as orientações e a lista de documentos exigidos. 🔎 O BC recomenda que o credor busque orientação jurídica para entender os prazos, organizar a documentação e garantir que todos os direitos sejam respeitados ao longo do processo. Para saldos em conta corrente e poupança, vale a mesma regra aplicada aos investimentos cobertos: o FGC garante até R$ 250 mil por CPF ou CNPJ por instituição. O valor que excede esse limite não é coberto e entra na fila da liquidação — tanto no caso de depósitos quanto de aplicações protegidas, como CDBs, RDBs e LCIs/LCAs. ⚠️ EXEMPLO: Um correntista com R$ 300 mil na poupança pode receber até R$ 250 mil pelo FGC. Os R$ 50 mil restantes entram no processo de liquidação e só serão pagos se houver recursos após o atendimento das prioridades legais, como dívidas trabalhistas e tributos. Cédulas de real Marcello Casal Jr/Agência Brasil



Salão do Automóvel 2025: Honda voltará a vender o Prelude, esportivo com conjunto do Type-R


19/11/2025 17:07 - g1.globo.com


Honda Prelude A Honda apresentou nesta quarta-feira (19), no Salão do Automóvel 2025, o novo Honda Prelude, após um hiato de 24 anos. Trata-se de um esportivo cupê com toque de carro de corrida. Ele conviverá com o Civic Type-R e será lançado no Brasil no segundo semestre de 2026, segundo Marcello Langrafe, diretor comercial da Honda do Brasil. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 Carros no WhatsApp Honda Prelude será vendido no Brasil no segundo semestre de 2026 Vinicius Montoia/g1 O modelo tem linhas mais leves e fluidas que as do Civic Type-R. A queda da carroceria é bem acentuada e reforça seu visual esportivo. Além disso, traz o novo logotipo “Honda” na traseira, escrito por extenso. O Prelude terá 203 cv e 32,1 kgfm graças ao conjunto híbrido plug-in. A suspensão e os freios serão inspirados nas configurações do Civic Type-R, o modelo mais esportivo da marca. A suspensão terá capacidade de ajustar altura e comportamento para que o motorista aproveite ao máximo o carro. A Honda não divulgou mais informações sobre o modelo. Prelude terá 32 kgfm de torque Vinicius Montoia/g1 Honda WR-V O WR-V também foi outra novidade importante apresentada pela Honda. O SUV chega para rivalizar com modelos como Volkswagen Tera, Renault Kardian e Hyundai Creta. O g1 já testou o modelo, lançados neste mês. Honda WR-V EXL 2026 Divulgação | Honda O Honda WR-V 2026 chegou ao mercado brasileiro apostando em espaço interno, boa lista de equipamentos e preço competitivo no segmento de SUVs subcompactos. Vendido nas versões EX (R$ 144.900) e EXL (R$ 149.900), o modelo se destaca pelo porta-malas de 458 litros, maior que o de rivais. Suas dimensões também chamam atenção, aproximando-o de SUVs compactos maiores. O WR-V utiliza o motor 1.5 aspirado de 126 cv, combinado ao câmbio automático CVT. O desempenho é apenas suficiente: o SUV leva cerca de 10 segundos para ir de 0 a 100 km/h e exige rotações altas em acelerações e ultrapassagens. O peso maior em relação ao City Hatch — com o qual compartilha a base mecânica — também afeta seu fôlego, fazendo com que funcione melhor na cidade do que na estrada. Honda WR-V reúne ótimo espaço e equipamento para ser o SUV com melhor custo-benefício No conforto, a Honda adotou uma suspensão mais macia para o mercado brasileiro, o que ajuda a filtrar melhor as irregularidades do asfalto. O WR-V inclina um pouco nas curvas, mas mantém boa estabilidade. Por outro lado, o isolamento acústico é um ponto fraco: motor e pneus entram com facilidade na cabine, e o acabamento revela simplicidades, como ausência de portas USB traseiras e uso de lâmpadas halógenas. Em tecnologia e segurança, o modelo se destaca por oferecer o Honda Sensing de série, com frenagem autônoma, alerta e correção de faixa e piloto automático adaptativo — itens ausentes em muitas versões básicas de concorrentes. Mesmo com pontos a melhorar, o WR-V se fortalece pela combinação de bom espaço, equipamentos completos e preço competitivo, atributos valorizados no segmento. Veja todos os detalhes na reportagem abaixo. Honda WR-V desafia rivais com mais espaço e preço competitivo; veja o teste Salão do Automóvel 2025 Após um hiato de sete anos, o Salão do Automóvel de São Paulo volta ao Anhembi, na zona norte da capital, para a sua 31ª edição. A mostra estará aberta ao público entre 21 e 30 de novembro e deve receber mais de 700 mil visitantes, segundo a organizadora RX. A abertura oficial do evento acontecerá em 21 de novembro, às 19h, com o evento Avant Première, voltado a um público restrito. Para essa data, o ingresso custa R$ 1.000 e dá acesso antecipado às atrações e apresentações musicais. Depois, o Salão funcionará das 12h às 21h nos dias 22 e de 24 a 28 de novembro, e das 10h às 21h nos dias 23, 29 e 30. A entrada será permitida até uma hora antes do fechamento. O Distrito Anhembi fica na Avenida Olavo Fontoura, 1.209, em Santana, na zona norte de São Paulo. A grande novidade é a Drive Experience, pista montada especialmente para o evento, ocupará 14 mil m² e contará com veículos das marcas BYD, Caoa Chery, Citroën, Fiat, GAC, Geely, GWM, Honda, Jeep, Leapmotor, Peugeot, Ram e Renault. O circuito terá uma reta de 160 metros e permitirá testar modelos a combustão, híbridos, elétricos e 4x4, com exercícios de slalom (prova de habilidade na qual o carro passa por um circuito de cones em zigue-zague) e frenagem. Segundo a RX, cerca de 40 modelos estarão disponíveis para os testes, e até mil visitantes poderão participar por dia, em voltas de até 10 minutos. Veja todos os detalhes na reportagem abaixo. Salão do Automóvel 2025: tudo o que você precisa saber sobre o evento



$LIBRA: comissão de investigação na Argentina decide que Milei cometeu 'suposta fraude' com criptomoeda


19/11/2025 15:47 - g1.globo.com


Uma comissão de investigação do Congresso argentino concluiu, nesta terça-feira (18), que a promoção da criptomoeda $LIBRA pelo presidente, Javier Milei, poderia constituir fraude. O caso aconteceu em fevereiro deste ano e resultou em prejuízos milionários a investidores. (Saiba mais abaixo) Segundo relatório divulgado pela comissão da Câmara dos Deputados, presidida pela oposição a Milei, os fatos analisados seriam "compatíveis com uma suposta fraude". O documento também atribuiu a Milei e sua irmã, Karina, secretária-geral da Presidência, a "responsabilidade política" pelo caso. O relatório, agora, foi submetido ao Congresso argentino, para que os parlamentares avaliem se Milei cometeu "má conduta no exercício de suas funções". Veja os vídeos em alta no g1: Veja os vídeos que estão em alta no g1 Relembre o caso Em meados de fevereiro, Milei fez uma publicação em suas redes sociais para promover uma criptomoeda recém-criada, a $LIBRA. O presidente argentino chegou a se retratar em seguida, mas o estrago já estava feito: a moeda desconhecida subiu de valor e despencou pouco tempo depois, o que causou prejuízos de milhões de dólares a argentinos e estrangeiros. Milei disse que divulgou a criptomoeda, mas que não a promoveu. "Sou um otimista tecnológico fanático e quero que a Argentina se torne um polo de tecnologia", declarou o presidente após o escândalo. "Por querer ajudar um argentino, levei uma bofetada." Dezenas de denúncias foram apresentadas contra Milei e os envolvidos no projeto da criptomoeda, algumas delas nos Estados Unidos. Elas foram centralizadas em uma juíza e em um promotor, responsáveis pela investigação. A comissão parlamentar informou ter encaminhado à Justiça suas conclusões. Além da investigação criminal, o futuro da atuação parlamentar no caso é incerto. A partir de 10 de dezembro, quando os novos legisladores assumem seus cargos, Milei terá um Congresso menos inclinado a dar prosseguimento ao caso. Os deputados não puderam interrogar o presidente nem sua irmã, que não compareceram quando citados. Milei x $LIBRA: entenda como a criptomoeda gerou uma crise política na Argentina O presidente da Argentina, Javier Milei, em foto de maio de 2024 Violeta Santos Moura/Reuters Entenda nesta reportagem: A cronologia da polêmica; Como funciona a suposta fraude; Qual foi a resposta de Milei; O que diz quem está por trás da $LIBRA. Entenda a cronologia da polêmica 1️⃣ Na noite de 14 de fevereiro, o presidente da Argentina fez uma publicação no X promovendo uma nova criptomoeda chamada $LIBRA. Ele afirmou que o ativo seria a base de um projeto para financiar pequenos negócios na Argentina, chamado “Viva la Libertad”, uma referência a seu famoso slogan de campanha. A postagem, que incluía um link para a compra do ativo, foi feita apenas alguns minutos após a criação e lançamento da criptomoeda. "Este projeto privado será dedicado a incentivar o crescimento da economia argentina, financiando pequenos negócios e empreendimentos argentinos. O mundo quer investir na Argentina. $LIBRA", dizia a postagem. Com o apoio do presidente, que conferiu credibilidade estatal ao ativo, a cotação da criptomoeda valorizou rapidamente, passando de US$ 0,25 para US$ 5,54 em questão de minutos. Antes da postagem, o ativo não registrava nenhuma movimentação. 2️⃣ Assim que Milei fez a publicação, a plataforma Solana, em que a $LIBRA foi registrada, começou a mostrar as primeiras compras da criptomoeda. Essa informação foi apurada pelo jornal “La Nación” com a ajuda do engenheiro de dados especializado em criptomoedas, Fernando Molina. O que chama a atenção é que as primeiras compras da $LIBRA foram de valores elevados: uma única compra de mais de US$ 3,5 milhões e outras quatro compras idênticas de US$ 250 mil cada. Ao jornal, o especialista explicou que as transações indicaram um comportamento de robôs, que ativam a compra a partir de um determinado estímulo. A teoria de Molina é que eles foram programados para comprar grandes quantidades de $LIBRA assim que Milei promovesse o investimento. Para que os robôs realizassem essas compras, contudo, os investidores responsáveis por programá-los precisariam ter acesso a uma informação privilegiada: saber que Milei faria a tal publicação. 3️⃣ Menos de uma hora após o post de Milei, o fluxo de investidores era tão grande que a $LIBRA atingiu uma capitalização de US$ 4,5 bilhões. A capitalização de mercado é calculada multiplicando o preço do ativo pela quantidade de unidades em circulação. 4️⃣ A partir daí, os primeiros grandes investidores da criptomoeda passaram a vender enormes quantidades de $LIBRA, fazendo lucros milionários. Poucas horas depois do lançamento, foram feitas duas vendas que se desfizeram de cerca de mais de US$ 7 milhões da criptomoeda. 5️⃣ Com isso, a $LIBRA colapsou, conforme os primeiros investidores, que detinham as maiores quantidades do ativo, embolsaram seus lucros. A cotação da criptomoeda passou dos US$ 5,54 para apenas US$ 0,96. Voltar ao menu. Como funcionou a suposta fraude Especialistas acreditam que a movimentação rápida de compra e venda de $LIBRA, logo após a publicação de Milei, pode ter sido uma fraude. As autoridades argentinas vão investigar essa possibilidade. E por que há suspeita de fraude? ➡️ Suspeita-se que tenha ocorrido um "Rug Pull" (ou "puxada de tapete"). Esse golpe ocorre quando os criadores de uma criptomoeda vendem grandes quantidades do ativo após inflacionar seu valor, deixando os investidores no prejuízo. Nesse caso, o post de Milei teria servido para inflar o fluxo de investimentos no ativo, aumentando seu preço. Assim, o pequeno grupo que criou e investiu primeiro no ativo vende suas participações por um alto valor, obtendo lucros milionários. Voltar ao menu Qual foi a resposta de Milei? Horas após a primeira publicação, Milei apagou seu tweet e postou outro comunicado, retirando seu apoio à criptomoeda. O presidente afirmou que “não estava ciente dos detalhes do projeto” e que, “depois de tomar conhecimento, decidiu não continuar difundindo”. Tweet de Milei após a polêmica Reprodução/X O tweet, claro, não foi suficiente. A oposição ao governo entrou com ações judiciais e pedidos de impeachment contra Milei, acusando-o de formar uma "associação ilícita" que fraudou milhares de pessoas. A juíza federal María Romilda Servini, que liderou o caso, consolidou várias ações contra Milei por crimes de fraude e violação da lei de Ética Pública. O governo, por sua vez, negou ligação com a criação da $LIBRA e tomou duas medidas: Acionou o Gabinete Anticorrupção para investigar possíveis condutas impróprias; e Criou uma Unidade Tarefa de Investigação (UTI), liderada por Karina Milei, irmã do presidente, para analisar o caso e o possível envolvimento do presidente. Em entrevista ao canal argentino TN feita na época, Milei chegou a afirmar que quem investe nesse tipo de investimento “são traders de volatilidade” e negou ter qualquer culpa se alguém perdeu dinheiro. "Se você vai ao cassino e perde dinheiro, qual é a reclamação se você sabe que o cassino tem essas características?", disse. "Aqueles que participaram o fizeram voluntariamente. É um problema entre particulares, porque o Estado não tem nenhum papel aqui". Além dos problemas na Argentina, porém, Milei ainda pode ser investigado nos Estados Unidos pelo FBI. Um documento obtido pelo La Nación mostra que pelo menos uma denúncia foi apresentada ao departamento americano por advogados argentinos do escritório Moyano & Asociados que representam as vítimas da suposta fraude. Voltar ao menu De quem é a $LIBRA e o que o criador diz Um dos responsáveis pelo lançamento da $LIBRA é o empresário americano Hayden Mark Davis, da Kelsen Ventures. Ele afirmou nas redes sociais que estava trabalhando com Milei em projetos de tokenização de ativos na Argentina. Inicialmente, Davis culpou a Kelsen Ventures pelo fracasso da criptomoeda e prometeu reinvestir US$ 100 milhões para dar liquidez à $LIBRA (isto é, facilitar a conversão do ativo em dinheiro real). Ele também culpou Milei pelo colapso da moeda, dizendo que a retirada de seu apoio público prejudicou a credibilidade do projeto. Davis deu entrevistas a canais de personalidades norte-americanas famosas no YouTube, em que expôs mais detalhes do projeto e de um suposto envolvimento do próprio governo argentino. Ele afirmou que estava em contato com a equipe de Milei para o lançamento do projeto e que o plano de valorização da criptomoeda consistia em três etapas: O primeiro tweet de Milei, logo após o lançamento da $LIBRA, promovendo a criptomoeda; Um segundo tweet do presidente argentino com um vídeo também falando sobre o ativo; Várias personalidades influentes também passariam a promover a $LIBRA. Davis disse que, ao perceber que Milei não faria o segundo tweet devido às reações negativas, começou a traçar outros planos para garantir a sustentabilidade da criptomoeda. Ele afirmou que foi mal orientado sobre o que fazer com os US$ 100 milhões de custódia, para assegurar a liquidez do ativo. Segundo Davis, esse dinheiro não é dele, mas sim da Argentina, e foi a própria equipe de Milei que o orientou a não investir o dinheiro em meio ao colapso da criptomoeda. Por fim, Davis afirmou ter medo do que pode acontecer com ele e disse que não quer mais se envolver em projetos políticos com criptomoedas. Voltar ao menu



Defesa do dono do Banco Master, preso pela PF, entra com habeas corpus pedindo que seja solto


19/11/2025 15:22 - g1.globo.com


Operação da Polícia Federal prende banqueiro Daniel Vorcaro do Banco Master Os advogados de defesa do dono do Banco Master, Daniel Vorcaro, preso pela Polícia Federal, entraram nesta quarta-feira (19) com um pedido de habeas corpus pedindo a soltura dele. O recurso foi apresentado no Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1), em Brasília. A relatora sorteada para apreciar o HC é Solange Salgado da Silva. Vorcaro e mais seis executivos ligados ao banco foram detidos durante a chamada Operação Compliance Zero, da PF. Eles são acusados de fraude em papéis vendidos ao banco BRB, de Brasília. A instituição também é acusada de vender títulos de crédito falsos. A instituição emitia CDBs com a promessa de pagar ao cliente até 40% acima da taxa básica do mercado. No entanto, esse retorno era irreal. Segundo a PF, o esquema pode ter movimentado R$ 12 bilhões. 🔎 O CDB (Certificado de Depósito Bancário) é um investimento de renda fixa onde você empresta dinheiro para um banco e, em troca, recebe juros sobre o valor investido. Ele funciona com rentabilidade pré-fixada (taxa definida no momento da aplicação) ou pós-fixada (atrelada a um indicador como o CDI). A prisão de Vorcaro aconteceu horas após o consórcio liderado pelo grupo de investimento Fictor Holding Financeira anunciar a compra do Banco Master — e pouco mais de um mês após o Banco Central ter rejeitado a aquisição pelo BRB (Banco de Brasília). Na terça, o BC emitiu um comunicado decretando a liquidação extrajudicial do Master e a indisponibilidade dos bens dos controladores e dos ex-administradores da instituição. Com isso, a negociação de compra foi automaticamente interrompida. Argumentos da defesa No pedido de soltura, a defesa de Vorcaro argumentou que não há necessidade de manutenção da prisão do banqueiro, já que o Banco Master foi liquidado pelo Banco Central (BC). Os advogados informaram que anexaram ao pedido comprovantes de que o dono do Master tinha uma reunião em Dubai com investidores que comprariam a instituição. Eles também destacaram que Daniel Vorcaro está proibido, por decisão da Justiça Federal, de gerir qualquer fundo ou instituição financeira e que as buscas e apreensões em relação a ele já terminaram. A defesa ressaltou que o banqueiro tem esposa e filho no Brasil e, portanto, a justificativa de que ele poderia fugir não se sustentaria. Os advogados afirmaram ainda que o banqueiro apresentou sua rota de voo de Guarulhos para Dubai, na ocasião em que foi detido pelos federais no Aeroporto de Guarulhos. Manutenção da prisão na PF Fachada do Banco Master na Faria Lima e Daniel Vorcaro Amanda Perobelli/Reuters; Reprodução Nesta quarta (19), a Justiça Federal de Brasília também determinou que todos os presos da operação devem permanecer detidos na carceragem da Superintendência da PF no bairro da Lapa, Zona Oeste de São Paulo. O local tem ao menos sete executivos ligados ao Banco Master, incluindo Vorcaro, entre outros envolvidos no esquema de investigado pela PF. Segundo o juiz federal Ricardo Leite, da 10ª Vara Criminal de Brasília, todos os presos não podem ser transferidos para o sistema prisional estadual, como ocorre geralmente nos dias seguintes às operações federais. LEIA TAMBÉM: Quem é Daniel Vorcaro, dono do Banco Master preso pela PF Daniel Vorcaro detém parte da SAF do Atlético-MG Liquidação do Banco Master: como ficam correntistas e investidores? BRB já tentou comprar Antes da proposta da Fictor, o Banco de Brasília (BRB) já havia protagonizado uma tentativa frustrada de adquirir a instituição financeira de Daniel Vorcaro. O BRB e o Master haviam anunciado a operação em março, mas o negócio foi barrado cinco meses depois pela diretoria colegiada do Banco Central — instância máxima do BC, composta pelo presidente da instituição, Gabriel Galípolo, e mais oito diretores. Segundo a decisão, divulgada em setembro, os dirigentes do BC negaram a operação por entenderem que o pedido não contemplava todos os requisitos necessários, indicando a ausência de documentos que comprovassem a "viabilidade econômico-financeira". A aprovação pelo BC seria o último passo para a conclusão do negócio, já que o Cade havia dado o aval à operação em junho. A Câmara Legislativa do Distrito Federal também havia aprovado uma lei autorizando a compra – proposta e sancionada em tempo recorde pelo governador do DF, Ibaneis Rocha, defensor da transação. Anunciado em março, o acordo entre os bancos previa que o BRB, uma sociedade de capital e controlada majoritariamente pelo governo do Distrito Federal, adquirisse: 49% das ações ordinárias 100% das preferenciais e 58% do capital total do Master. Além de presidente do Banco Master, diretores são alvo de mandados de prisão



18 fundos de pensão de estados e municípios têm R$ 1,86 bilhão aplicados no banco Master


19/11/2025 15:06 - g1.globo.com


PF vai apurar relação do banco Master com estados e municípios Informações divulgadas pelo Ministério da Previdência Social mostram que 18 fundos de pensão estaduais e municipais têm R$ 1,86 bilhão aplicados em letras financeiras do banco Master, alvo de liquidação extrajudicial por parte do Banco Central nesta semana. ➡️Nesse caso, os valores aplicados por fundos de pensão e por fundos de investimento não são cobertos pelo Fundo Garantidor de Crédito e os passivos entram na massa de credores da liquidação do banco (entenda mais abaixo). A decisão de liquidação extrajudicial do Master veio um dia após a Fictor Holding apresentar uma proposta de compra da instituição de Daniel Vorcaro — e pouco mais de dois meses depois de o BC ter vetado a aquisição pelo BRB (Banco de Brasília). Vorcaro também foi preso em operação da Polícia Federal. Também foi decretada a indisponibilidade dos bens dos controladores e dos ex-administradores da instituição. 🔎 A liquidação extrajudicial ocorre quando o Banco Central encerra as atividades de um banco que não tem mais condições de operar. Um liquidante assume o controle, fecha as operações, vende os bens e paga os credores na ordem prevista em lei, até extinguir a instituição. Nessa fase, as operações são finalizadas e o banco deixa de integrar o sistema financeiro nacional. Veja a lista dos fundos de pensão estaduais e municipais com aplicações no banco Master. Estado do Amapá (AP): R$ 400 milhões Estado do Amazonas (AM): R$ 50 milhões Estado do Rio de Janeiro (RJ): R$ 970 milhões Município de Angélica (MS): R$ 2 milhões Município de Aparecida de Goiânia (GO): R$ 40 milhões Município de Araras (SP): R$ 29 milhões Município de Cajamar (SP): R$ 87 milhões Município de Campo Grande (MS): 1,2 milhão Município de Congonhas (MG): R$ 14 milhões Município de Fátima do Sul (MS): R$ 7 milhões Município de Itaguaí (RJ): R$ 59,6 milhões Município de Jateí (MS): R$ 2,5 milhões Município de Maceio (AL): R$ 97 milhões Município de Paulista (PE): R$ 3 milhões Município de Santa Rita D'oeste (SP): R$ 2 milhões Município de Santo Antônio de Posse (SP): R$ 7 milhões Município de São Gabriel do Oeste (MS): R$ 3 milhões Município de São Roque (SP): R$ 93,15 milhões Segundo o Ministério da Previdência, a posição dos dados é fruto de uma uma extração do Sistema de Informações dos Regimes Públicos de Previdência Social (Cadprev) de 1º de novembro deste ano. Esses fundos fizeram essas aplicações entre outubro de 2023 e dezembro de 2024, segundo o governo. De acordo com o balanço do banco Master, a instituição financeira começou a emitir essas letras financeiras em 2023. O Master encerrou 2024 com R$ 2,1 bilhões captados por essas letras financeiras Liquidação extrajudicial e suas consequências Com a liquidação extrajudicial do banco Master, ​foi interrompido o funcionamento da instituição financeira e houve sua retirada do sistema financeiro. "É adotada quando ocorrer situação de insolvência irrecuperável ou quando forem cometidas graves infrações às normas que regulam sua atividade, entre outras hipóteses legais", explica a autoridade monetária. Na liquidação extrajudicial, todas as obrigações da instituição financeira são consideradas vencidas. Nesse caso, o Fundo Garantidor de Crédito (FGC), por exemplo, garante até R$ 250 mil por CPF ou CNPJ, por instituição financeira ou conglomerado, com um limite global de R$ 1 milhão a cada quatro anos. Esse valor cobre depósitos e investimentos como CDBs, LCIs, LCAs, poupança e letras de câmbio, em caso de quebra da instituição. ➡️Mas diferentemente das aplicações das pessoas físicas e das empresas, os valores aplicados por fundos de pensão e por fundos de investimento não são cobertos pelo Fundo Garantidor de Crédito. Nesse caso, os passivos entram na massa de credores da liquidação do banco, o que significa que o dinheiro só será recuperado se houver recursos suficientes após o pagamento das obrigações prioritárias. O pagamento também depende da capacidade de venda e da liquidez dos ativos, podendo resultar em um pagamento integral, parcial ou parte do saldo ficar a descoberto. Há uma ordem, segundo a regra, para o pagamento dos passivos não garantidos. Veja abaixo: Créditos trabalhistas e honorários advocatícios (até 150 salários-mínimos por credor) e créditos decorrentes de acidentes de trabalho. Créditos com garantia real, até o limite do valor do bem gravado. Créditos tributários, independentemente da natureza e do tempo de constituição (exceto multas tributárias). Créditos quirografários (sem garantia específica). Multas tributárias. Créditos subordinados, incluindo: Aqueles previstos em lei ou contrato. Créditos de sócios e ex-administradores sem vínculo empregatício. Penalidades aplicadas pelo BC ou CVM. Juros vencidos após a decretação da liquidação, se houver ativo suficiente para pagar credores subordinados. Fachada do Banco Master na Faria Lima e Daniel Vorcaro Amanda Perobelli/Reuters; Reprodução Posição do Ministério da Previdência Questionado pelo g1 se houve orientação aos gestores desses fundos por parte do governo, o Ministério da Previdência Social informou que notas técnicas publicadas abordam o dever de verificar o baixo risco de crédito das aplicações e, também, abordando diversos aspectos relativos ao processo decisório de aplicação dos recursos em ativos de renda fixa de emissão de instituições financeiras bancárias. "Dentro das competências do Ministério da Previdência Social relacionadas à supervisão e à fiscalização das normas gerais dos RPPS são efetuadas auditorias nos regimes que aplicam seus recursos e compartilhadas informações a órgãos de fiscalização sobre situações verificadas, considerando as prerrogativas de atuação desses órgãos", informou o Ministério da Previdência.



Como você lida com suas finanças? Faça o teste e descubra!


19/11/2025 15:06 - g1.globo.com


Pesquisa da Serasa revela gatilhos de endividamento dos brasileiros Stock.adobe Você é daquelas pessoas que consegue “respirar” no fim do mês ou se habituou a viver no vermelho em relação às finanças? Uma pesquisa realizada pela Serasa e pelo instituto de pesquisa Opinion Box analisou o cenário do endividamento no Brasil, o perfil dos inadimplentes e quais os principais fatores que influenciam as dívidas dos brasileiros. O desemprego segue como o principal motivo do endividamento, apontado por 19% dos entrevistados. Em seguida, aparecem os gastos emergenciais (18%) e o empréstimo de nome para terceiros (14%). Quando o assunto é cartão de crédito, 50% dos consumidores têm como principal dívida no cartão de crédito as compras em supermercados, enquanto 41% recorrem ao método de pagamento para adquirir produtos como roupas, calçados e eletrodomésticos – gastos que, quando acumulados, podem facilmente comprometer a renda mensal. Atualmente, o país soma mais de 79 milhões de brasileiros com dívidas em atraso, o que reforça a importância de iniciativas como o Feirão Serasa Limpa Nome, realizado em novembro como forma de ampliar as oportunidades de quitação das dívidas com condições facilitadas. São mais de 1.600 empresas para negociar, ofertas de até 99% de descontos e parcelas a partir de R$ 9,90. Entender quem é você nesse contexto vai ajudá-lo a seguir o melhor caminho e fechar o ano com a vida financeira mais organizada. Faça o teste e veja se você tem lidado bem com as contas.



Justiça determina que executivos do Banco Master devem ficar na PF em SP e não podem ser transferidos para presídio estadual


19/11/2025 15:04 - g1.globo.com


Fachada do Banco Master na Faria Lima e Daniel Vorcaro Amanda Perobelli/Reuters; Reprodução A Justiça Federal de Brasília, no Distrito Federal (DF), determinou nesta quarta-feira (19) que todos os presos da chamada Operação Compliance Zero devem permanecer detidos na carceragem da Superintendência da Polícia Federal no bairro da Lapa, Zona Oeste de São Paulo. O local tem ao menos sete executivos ligados ao Banco Master, incluindo o dono do banco, Daniel Vorcaro, entre outros envolvidos no esquema de investigado. Ele foram alvo de uma operação na terça-feira (18) que mira a venda de títulos de crédito falsos. A instituição emitia CDBs com a promessa de pagar ao cliente até 40% acima da taxa básica do mercado. No entanto, esse retorno era irreal. Segundo a PF, o esquema pode ter movimentado R$ 12 bilhões. 🔎 O CDB (Certificado de Depósito Bancário) é um investimento de renda fixa onde você empresta dinheiro para um banco e, em troca, recebe juros sobre o valor investido. Ele funciona com rentabilidade pré-fixada (taxa definida no momento da aplicação) ou pós-fixada (atrelada a um indicador como o CDI). A operação também investiga a venda de títulos de crédito falsos da instituição paro BRB, o banco estatual do governo do Distrito Federal. Segundo o juiz federal Ricardo Leite, da 10ª Vara Criminal de Brasília, todos os presos não poderão ser transferidos para o sistema prisional estadual, como ocorre geralmente nos dias seguintes às operações federais. Operação da Polícia Federal prende banqueiro Daniel Vorcaro do Banco Master Habeas corpus do banqueiro Nesta quarta (19), os advogados de Daniel Vorcaro entraram no TRF1 do DF um pedido de habeas corpus pedindo a soltura dele. Vorcaro foi preso pela PF no aeroporto de Guarulhos. Segundo investigadores, ele estava tentando fugir do país em um avião particular para Malta, país na Europa. A relatora sorteada para apreciar o pedido é Solange Salgado da Silva. No pedido, a defesa de Vorcaro argumentou que não há necessidade de manutenção da prisão do banqueiro, já que o Banco Master foi liquidado pelo Banco Central (BC). Os advogados informaram que anexaram ao pedido comprovantes de que o dono do Master tinha uma reunião em Dubai com investidores que comprariam a instituição. Eles também destacaram que Daniel Vorcaro está proibido, por decisão da Justiça Federal, de gerir qualquer fundo ou instituição financeira e que as buscas e apreensões em relação a ele já terminaram. A defesa ressaltou que o banqueiro tem esposa e filho no Brasil e, portanto, a justificativa de que ele poderia fugir não se sustentaria. Os advogados afirmaram ainda que o banqueiro apresentou sua rota de voo de Guarulhos para Dubai, na ocasião em que foi detido pelos federais no Aeroporto de Guarulhos. A prisão dele aconteceu horas após o consórcio liderado pelo grupo de investimento Fictor Holding Financeira anunciar a compra do Banco Master — e pouco mais de um mês após o Banco Central ter rejeitado a aquisição pelo BRB (Banco de Brasília). O negócio com o grupo Fictor teria a participação de investidores dos Emirados Árabes Unidos e previa um aporte imediato de R$ 3 bilhões para reforçar o caixa do Master, que passa por dificuldades financeiras. A compra ainda precisaria da aprovação do Banco Central do Brasil e do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). Na manhã de terça, no entanto, o BC emitiu um comunicado decretando a liquidação extrajudicial do Master e a indisponibilidade dos bens dos controladores e dos ex-administradores da instituição. Com isso, qualquer negociação de compra em andamento é automaticamente interrompida. LEIA TAMBÉM: Quem é Daniel Vorcaro, dono do Banco Master preso pela PF Daniel Vorcaro detém parte da SAF do Atlético-MG Liquidação do Banco Master: como ficam correntistas e investidores? PF prende Daniel Vorcaro, dono do Banco Master Reprodução Além de presidente do Banco Master, diretores são alvo de mandados de prisão BRB já tentou comprar Antes da proposta da Fictor, o Banco de Brasília (BRB) já havia protagonizado uma tentativa frustrada de adquirir a instituição financeira de Daniel Vorcaro. O BRB e o Master haviam anunciado a operação em março, mas o negócio foi barrado cinco meses depois pela diretoria colegiada do Banco Central — instância máxima do BC, composta pelo presidente da instituição, Gabriel Galípolo, e mais oito diretores. Segundo a decisão, divulgada em setembro, os dirigentes do BC negaram a operação por entenderem que o pedido não contemplava todos os requisitos necessários, indicando a ausência de documentos que comprovassem a "viabilidade econômico-financeira". A aprovação pelo BC seria o último passo para a conclusão do negócio, já que o Cade havia dado o aval à operação em junho. A Câmara Legislativa do Distrito Federal também havia aprovado uma lei autorizando a compra – proposta e sancionada em tempo recorde pelo governador do DF, Ibaneis Rocha, defensor da transação. Anunciado em março, o acordo entre os bancos previa que o BRB, uma sociedade de capital e controlada majoritariamente pelo governo do Distrito Federal, adquirisse: 49% das ações ordinárias 100% das preferenciais e 58% do capital total do Master.



Feirão Serasa Limpa Nome 2025: mais de 633 milhões de ofertas de negociação de dívidas disponíveis


19/11/2025 14:40 - g1.globo.com


Dívidas chegam a R$ 496 bilhões no Brasil. Adobe Stock Chegou a hora de virar a página e começar um novo ciclo financeiro. Já começou a 34ª edição do Feirão Serasa Limpa Nome, o maior mutirão de negociação de dívidas do país. São mais de 1.600 empresas parceiras, entre bancos, operadoras de telefonia, universidades, comércios, lojas, companhias de energia e muito mais, oferecendo descontos que chegam a até 99% e parcelas a partir de R$9,90. O Feirão é uma oportunidade para quem quer quitar dívidas com segurança, praticidade e condições especiais. Os pagamentos podem ser feitos com boleto ou Pix. Caso o consumidor pague no Pix, ele pode ter o nome limpo no mesmo dia. E caso escolha o parcelamento, pode limpar o nome na primeira parcela. E tudo pode ser feito online, até o dia 30 de novembro, nos canais oficiais da Serasa. Tenda física em São Paulo com ativações e educação financeira Pela primeira vez, o maior mutirão do país oferece também um espaço inteiro voltado para educação financeira com palestras de grandes personalidades, gravações de conteúdo e auxílio financeiro aos consumidores. De terça-feira (25) a sábado (29), a tenda contará com um cronograma recheado de palestras sobre educação financeira com personalidades, como Criolo, Gil do Vigor, Thelma Assis, Bia Souza, Thiago Godoy (Papai Financeiro), entre outros. Ao todo, são mais de 30 horas de conteúdos gratuitos, que abordam assuntos diversos, relacionados ao universo das finanças pessoais. Empresas parceiras da Serasa como Senac, dr. consulta e Gerando Falcões (Projeto Asmara), também oferecem serviços de consultoria financeira, saúde, facilitação na busca por emprego e entre outros. "A ideia da tenda é ampliar nossa missão pela busca da democratização da educação financeira", comenta Aline Maciel, diretora da Serasa. "Realizamos esse trabalho de educação em nossos canais online durante todo ano e, decidimos ampliar para o presencial, no maior mutirão de renegociação de dívidas do Brasil, mostrando que Serasa está aqui para ajudar os brasileiros em todas as etapas da vida financeira". Para acompanhar as palestras de forma presencial e gratuita, o consumidor pode se inscrever pelo link (vagas limitadas). O mutirão acontece no momento em que a inadimplência no Brasil chega a maior marca histórica e, pela primeira vez, ultrapassa os 79 milhões de brasileiros. De acordo com o Mapa da Inadimplência da Serasa, o valor total devido chega a R$ 496 bilhões. “Muitos consumidores ainda enfrentam desafios para equilibrar o orçamento, especialmente diante de um cenário econômico de maior custo de vida”, afirma a diretora da Serasa, Aline Maciel. As maiores pendências se concentram na área de crédito, com bancos e cartões de crédito, com 27,02% das dívidas, e empresas financeiras, com 19,92%. Serviços básicos como energia e água acumulam 21,33% da inadimplência. “O uso do crédito, apontado ainda como principal motivo das dívidas, não deve ser encarado como vilão, já que é uma ferramenta importante para realização de planos e emergências – mas precisa ser utilizado com planejamento. O Feirão é justamente uma oportunidade para reorganizar as contas e voltar a usar o crédito de forma mais saudável e sustentável”, finaliza Aline. Como quitar as dívidas Durante o período do Feirão, as ofertas estão disponíveis em todos os canais oficiais da Serasa, com as mesmas condições e garantias: ● Site oficial da Serasa; ● Aplicativo Serasa, disponível na App Store e Google Play ● WhatsApp oficial, (11) 99575-2096, com atendimento automatizado; ● Telefone 3003-6300, com atendimento humano de segunda a sexta, das 8h às 20h (para capitais e regiões metropolitanas; demais localidades devem usar o DDD da capital mais próxima); ● Atendimento em Libras, por videochamada de segunda a sexta, das 9h às 18h. Também é possível fazer a negociação de forma presencial, pelas formas a seguir: ● Agências dos Correios – com isenção de taxa para para o serviço de negociação de dívidas durante o Feirão. São mais de 7 mil agências parceiras. ● Tenda da Serasa em São Paulo (25 a 29 de novembro de 2025, das 9h às 18h, no Novo Vale do Anhangabaú). Importante: para negociar suas dívidas presencialmente, leve documento oficial com foto (RG, CNH ou carteira de trabalho) e CPF. Com descontos inéditos, parcelamento facilitado e atendimento acessível em diferentes canais, o Feirão Serasa Limpa Nome 2025 é a chance perfeita para retomar o controle das finanças e começar 2026 com o nome limpo. Saiba mais sobre o Feirão Serasa



Salão do Automóvel 2025: GWM traz os luxuosos Tank 700 e Wey G9 ao Brasil; veja detalhes


19/11/2025 13:48 - g1.globo.com


GWM lança a perua de luxo Wey G9 Max A GWM apresentou, nesta quarta-feira (19), no Salão do Automóvel 2025, seus próximos lançamentos para o Brasil: o jipe Tank 700 e a perua Wey G9 Max. Os dois novos modelos chegam em um momento crucial para a marca enfrentar a concorrência: a BYD lançou a divisão Denza, focada em veículos de luxo. A marca também aproveitou para mostrar o novo design da linha Haval H6, anunciado nesta semana. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 Carros no WhatsApp Tank 700 GWM Tank 700 Fábio Tito/g1 O novo Tank 700 remete bastante ao Tank 300, que o g1 testou neste mês. Ambos mantêm o apelo off-road, mas o novo modelo adota uma carroceria menos quadrada, com linhas mais agressivas e um toque extra de esportividade. O modelo mede 5,09 metros de comprimento e 3 metros de entre-eixos, dimensões que o tornam maior que qualquer outro GWM vendido no Brasil e comparável a SUVs grandes como o BMW X7. Ele supera até o Haval H9. Sob o capô, o GWM Tank 700 traz um conjunto potente: 524 cv em um sistema híbrido plug-in que reúne dois motores elétricos e um V6 3.0 biturbo a combustão. O torque de 81,57 kgfm é entregue de forma imediata graças aos motores elétricos. O Tank 700 pode rodar até 90 km no modo totalmente elétrico. GWM Fabio Tito/g1 Wey G9 Max GWM Wey G9 Max Fábio Tito/g1 A Wey G9 Max é uma van executiva com um conjunto híbrido plug-in menos potente, mas que se destaca pela bateria: são 51 kW, capacidade superior à de alguns modelos totalmente elétricos, como o GWM Ora 03 Skin, que tem 48 kW. Entre os itens de luxo, há geladeira para os passageiros, controles elétricos para todos os assentos e até uma TV retrátil instalada no teto. Além dos dois modelos, a GWM pretende encerrar 2026 com 12 novos veículos e alcançar 10 concessionárias em todo o país. A empresa também ampliou o estoque do centro de distribuição de peças em Cajamar (SP). GWM Wey G9 Max Fabio Tito/g1 Haval H6 GWM Fábio Tito/g1 A GWM renovou o design de toda a linha Haval H6 em um momento importante, após perder a liderança entre os híbridos mais vendidos do Brasil. Segundo a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), os BYD Song (Pro e Plus) emplacaram 30.335 unidades em 2025, enquanto o Haval H6 registrou 25.373 vendas — queda de 16,4% em relação ao concorrente. Toda a linha Haval H6 usa motor 1.5 turbo a combustão combinado a três níveis de eletrificação. A potência e o torque permanecem os mesmos, mas o PHEV35 recebeu uma bateria um pouco maior — de 34 para 35 kWh — o que motivou a mudança de nome de PHEV34 para PHEV35. Veja as novidades na reportagem abaixo. GWM Haval H6 é renovado no Brasil; veja as novidades do SUV GWM reforça nacionalização de peças em Iracemápolis (SP) Além dos dois veículos, a GWM planeja encerrar 2026 com 12 novos modelos e alcançar 150 concessionárias em todo o país. A empresa também ampliou o estoque do centro de distribuição de peças em Cajamar (SP). O objetivo é reduzir o tempo de espera por manutenção, geralmente maior em veículos importados. A fábrica de Iracemápolis (SP) também faz parte desse plano e deverá produzir mais peças nacionalizadas, fornecidas por empresas já instaladas no Brasil. A GWM não revelou quem são esses fornecedores nem detalhou quais peças deixarão de ser importadas. A empresa informou, porém, que criou um centro de desenvolvimento no Brasil, instalado na fábrica do interior paulista e com 15 mil metros quadrados. No local serão desenvolvidos itens como suspensão, freios e outros ajustes específicos para o mercado brasileiro. Salão do Automóvel 2025 Após um hiato de sete anos, o Salão do Automóvel de São Paulo volta ao Anhembi, na zona norte da capital, para a sua 31ª edição. A mostra estará aberta ao público entre 21 e 30 de novembro e deve receber mais de 700 mil visitantes, segundo a organizadora RX. A abertura oficial do evento acontecerá em 21 de novembro, às 19h, com o evento Avant Première, voltado a um público restrito. Para essa data, o ingresso custa R$ 1.000 e dá acesso antecipado às atrações e apresentações musicais. Depois, o Salão funcionará das 12h às 21h nos dias 22 e de 24 a 28 de novembro, e das 10h às 21h nos dias 23, 29 e 30. A entrada será permitida até uma hora antes do fechamento. O Distrito Anhembi fica na Avenida Olavo Fontoura, 1.209, em Santana, na zona norte de São Paulo. A grande novidade é a Drive Experience, pista montada especialmente para o evento, ocupará 14 mil m² e contará com veículos das marcas BYD, Caoa Chery, Citroën, Fiat, GAC, Geely, GWM, Honda, Jeep, Leapmotor, Peugeot, Ram e Renault. O circuito terá uma reta de 160 metros e permitirá testar modelos a combustão, híbridos, elétricos e 4x4, com exercícios de slalom (prova de habilidade na qual o carro passa por um circuito de cones em zigue-zague) e frenagem. Segundo a RX, cerca de 40 modelos estarão disponíveis para os testes, e até mil visitantes poderão participar por dia, em voltas de até 10 minutos. Veja todos os detalhes na reportagem abaixo. Salão do Automóvel 2025: tudo o que você precisa saber sobre o evento



BRB diz que contratará auditoria externa para apurar fatos da operação Compliance Zero


19/11/2025 13:14 - g1.globo.com


PF prende presidente do banco Master e justiça afasta presidente do BRB O Banco de Brasília (BRB) informou nesta quarta-feira (19) que seu conselho decidiu, na noite anterior, contratar uma empresa independente para revisar e investigar os pontos levantados pela operação Compliance Zero, da Polícia Federal. A ação levou ao afastamento temporário — por 60 dias, por ordem judicial — do presidente do banco, Paulo Henrique Costa. “O BRB reafirma seu compromisso com as melhores práticas de governança, transparência e prestação de informações ao mercado, e que o conselho de administração seguirá acompanhando de forma contínua os desdobramentos dos fatos, mantendo seus acionistas e o mercado devidamente informados”, disse o banco estatal. Na terça-feira (18), a PF prendeu o dono do Banco Master, Daniel Vorcaro, e outras pessoas durante a mesma operação, que investiga suspeitas de crimes no sistema financeiro. No mesmo dia, o Banco Central decretou a liquidação do Master. Em setembro, o BC já havia barrado a compra do Master pelo BRB, após meses analisando se o banco teria fôlego para assumir a nova estrutura. Além disso, muito antes de tentar adquirir o Master, o BRB vinha comprando parte das operações de crédito do grupo desde 2024. É justamente essa movimentação que está no centro da investigação feita pela PF. LEIA MAIS Banco Central determina a liquidação extrajudicial do Banco Master SAIBA MAIS: Como ficam correntistas e investidores após a liquidação pelo BC? ENTENDA: O que é FGC e qual seu papel no caso do Banco Master? PASSO A PASSO: Tem investimento no Master? Saiba como reaver seu dinheiro Presidente do BRB é afastado do cargo O presidente do Banco de Brasília (BRB), Paulo Henrique Costa, se manifestou na manhã desta quarta-feira sobre a decisão judicial que culminou no seu afastamento. Em nota enviada à TV Globo, Costa declarou que "aquisições de carteiras são operações tradicionais do mercado financeiro". "Aquisições de carteiras são operações tradicionais do mercado financeiro. No caso do Banco Master, o BRB identificou, no primeiro quadrimestre, divergências documentais em parte das operações, comunicou o fato ao Banco Central do Brasil e promoveu, em sua grande maioria, a substituição dessas carteiras", disse Paulo Henrique Costa. "Após a identificação dessas questões, a atuação do BRB consistiu na com [sic] revisão da documentação, reforço de controles e ajustes de processos, medidas adotadas para mitigar riscos e preservar a instituição", completou. Ainda na terça (18), o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), indicou Celso Eloi de Souza Cavalhero para assumir a presidência do BRB. Celso Eloi é servidor da Caixa Econômica Federal e desde 2020 ocupa o cargo de Superintendente Executivo, em Brasília. Ao g1, o novo presidente indicado informou que já está realizando os trâmites para assumir o Banco de Brasília. Investigação atinge o BRB A investigação da Polícia Federal que levou à prisão de Daniel Vorcaro também encontrou indícios de que os dirigentes do Banco de Brasília (BRB) cometeram gestão fraudulenta da instituição. Em uma decisão obtida pela TV Globo, consta que o Ministério Público Federal identificou "indícios de participação consciente dos dirigentes do BRB no suposto esquema fraudulento engendrado pelos gestores do Banco Master". Segundo o documento, o BRB injetou R$ 16,7 bilhões no Master entre 2024 e 2025. Desses, pelo menos R$ 12,2 bilhões envolvem operações em que há fortes indícios de fraude. O que a investigação descobriu O Banco Master emitiu R$ 50 bilhões em certificados de depósito bancário (CDBs) prometendo juros acima das taxas de mercado e sem comprovar que tinha liquidez, ou seja, que conseguiria pagar esses títulos no futuro. Ao comprar um CDB, o cliente empresta o dinheiro ao banco e recebe juros em troca. Para reforçar essa impressão de liquidez, o Master aplicou parte desses R$ 50 bilhões em ativos que não existem, comprando créditos de uma empresa chamada Tirreno. O Master não pagou nada por essa compra, mas logo em seguida vendeu esses mesmos créditos ao BRB — que pagou R$ 12,2 bilhões, sem documentação, para "socorrer" o caixa do Banco Master. Essas transações aconteceram no mesmo período em que o BRB tentava comprar o próprio Banco Master — e convencer os órgãos de fiscalização de que a transação era viável e não geraria risco aos acionistas do BRB, incluindo o governo do DF. O que diz o BRB Em nota na terça-feira, o BRB informou que não está entre os alvos de bloqueio de bens no âmbito da Operação Compliance Zero. Segundo o banco, a Justiça Federal em Brasília corrigiu uma decisão anterior e confirmou que o bloqueio de R$ 12,2 bilhões não se aplica ao BRB. A medida vale apenas para pessoas físicas investigadas e para outras instituições citadas no processo. Na nova decisão, a Justiça afirmou que a eventual responsabilidade de dirigentes do banco não se confunde com a do BRB, que é pessoa jurídica. Leia o comunicado na íntegra O BRB esclarece que não é alvo de bloqueio de bens no âmbito da Operação Compliance Zero. Informações divulgadas por veículos de imprensa afirmaram que a Justiça Federal teria determinado o bloqueio de R$ 12,2 bilhões pertencentes ao Banco de Brasília. No entanto, decisão da 10ª Vara Federal de Brasília, desta data, expressamente retifica despacho anterior para excluir o Banco BRB das medidas de constrição patrimonial. Conforme o texto da decisão: “Retifico a decisão (…) para excluir o Banco Regional de Brasília (…) das medidas de constrição patrimonial referentes ao bloqueio do montante total de R$ 12,2 bilhões de suas contas, uma vez que a eventual responsabilidade de seus dirigentes (pessoas físicas) não se confunde com a da pessoa jurídica, a qual figura como instituição financeira.”. O Banco ressalta que não há qualquer bloqueio de bens ou valores da instituição, sendo as medidas aplicadas exclusivamente a pessoas físicas investigadas e a outras instituições mencionadas nos autos, O BRB reforça seu compromisso com a transparência, a legalidade e o cumprimento rigoroso das normas que regem o sistema financeiro nacional. Entrada do BRB, Banco de Brasília, em 18 de novembro de 2025. Reuters/Mateus Bonomi



Salão do Automóvel 2025: Jaecoo 5 e 8 chegam ao Brasil em novembro; veja como serão os SUVs


19/11/2025 13:06 - g1.globo.com


Jaecoo 8 A Jaecoo apresentou nesta quarta-feira (19), no Salão do Automóvel 2025, seus próximos lançamentos para o Brasil: os SUVs Jaecoo 5 e Jaecoo 8. Entre as novidades, o Jaecoo 5 é o mais simples da linha. No Brasil, será oferecido apenas com motorização híbrida tradicional, com cerca de 200 cv de potência — já considerando o conjunto com o motor 1.5 turbo. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 Carros no WhatsApp Jaecoo 5 Jaecoo 5 divulgação/Jaecoo Com 4,38 metros de comprimento, o SUV se posiciona entre rivais compactos como Jeep Compass, Renault Duster e Honda HR-V. Veja os itens e série do Jaecoo 5. Central multimídia de 13,2 polegadas; Carregador de celular por indução; Teto solar panorâmico; Piloto automático adaptativo; Assistente de permanência em faixa; Freio automático de emergência. Jaecoo 8 Jaecoo 8 Fábio Tito/g1 Já o Jaecoo 8 é maior e comporta até sete ocupantes, mas será vendido no Brasil em versão para seis. Este SUV prioriza luxo e desempenho, além de oferecer acabamento de nível superior. O modelo mede 4,82 metros de comprimento e, no exterior, é oferecido com motor a combustão, embora também conte com a opção híbrida plug-in. No Brasil, o Jaecoo 8 virá com bateria de mais de 30 kWh e entregará cerca de 500 cv por meio de dois motores elétricos combinados a um 1.5 turbo a gasolina. Esse conjunto permite tração integral. A Jaecoo não informou a capacidade total do porta-malas, mas afirmou que, ao rebater a última fileira de assentos, o modelo alcança 738 litros de espaço para bagagens. Jaecoo Fábio Tito/g1 Executivos da Omoda Jaecoo apresentam as novidades no Salão do Automóvel 2025 Fabio Tito/g1 Jaecoo mira expansão no Brasil Durante a apresentação no Salão do Automóvel, a Jaecoo — que pertence ao mesmo grupo da Omoda — afirmou que sua meta para 2026 é figurar entre as 10 marcas que mais vendem carros no país. A marca já comercializa no Brasil o Jaecoo 7, vendido apenas com motorização híbrida plug-in. Ele utiliza a mesma base do Tiggo 7, inclusive o conjunto mecânico. Sob o capô, traz um motor 1.5 turbo combinado a um motor elétrico, somando 339 cv e 52 kgfm de torque. O modelo tem poucos concorrentes diretos no mercado brasileiro, já que se trata de um híbrido plug-in com preço inicial de R$ 229.990. O g1 testou o novo SUV em um autódromo próximo de Campinas (SP) para avaliar seus acertos e limitações, tanto em curvas fechadas, típicas do uso urbano, quanto em velocidades mais altas. Veja o teste abaixo. Impressões do Jaecoo 7: o SUV chinês que promete incomodar os gigantes do segmento Salão do Automóvel 2025 Após um hiato de sete anos, o Salão do Automóvel de São Paulo volta ao Anhembi, na zona norte da capital, para a sua 31ª edição. A mostra estará aberta ao público entre 21 e 30 de novembro e deve receber mais de 700 mil visitantes, segundo a organizadora RX. A abertura oficial do evento acontecerá em 21 de novembro, às 19h, com o evento Avant Première, voltado a um público restrito. Para essa data, o ingresso custa R$ 1.000 e dá acesso antecipado às atrações e apresentações musicais. Depois, o Salão funcionará das 12h às 21h nos dias 22 e de 24 a 28 de novembro, e das 10h às 21h nos dias 23, 29 e 30. A entrada será permitida até uma hora antes do fechamento. O Distrito Anhembi fica na Avenida Olavo Fontoura, 1.209, em Santana, na zona norte de São Paulo. A grande novidade é a Drive Experience, pista montada especialmente para o evento, ocupará 14 mil m² e contará com veículos das marcas BYD, Caoa Chery, Citroën, Fiat, GAC, Geely, GWM, Honda, Jeep, Leapmotor, Peugeot, Ram e Renault. O circuito terá uma reta de 160 metros e permitirá testar modelos a combustão, híbridos, elétricos e 4x4, com exercícios de slalom (prova de habilidade na qual o carro passa por um circuito de cones em zigue-zague) e frenagem. Segundo a RX, cerca de 40 modelos estarão disponíveis para os testes, e até mil visitantes poderão participar por dia, em voltas de até 10 minutos. Veja todos os detalhes na reportagem abaixo. Salão do Automóvel 2025: tudo o que você precisa saber sobre o evento



Veja momento em que Daniel Vorcaro, dono do Banco Master, recebe voz de prisão no aeroporto de Guarulhos


19/11/2025 13:01 - g1.globo.com


Operação da Polícia Federal prende banqueiro Daniel Vorcaro do Banco Master Imagens da câmera de segurança interna registraram o momento em que Daniel Vorcaro, dono do Banco Master, recebeu voz de prisão no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, na segunda-feira (17). Segundo a Polícia Federal, o empresário estava tentando fugir do país em um jatinho para Malta, no Mediterrâneo. A defesa dele nega a fuga e afirma que o destino final da viagem era Dubai. Vorcaro foi abordado por um policial à paisana, por volta das 10h, no raio-x do aeroporto, de acordo com as imagens, obtidas pelo Estadão. Ele estava no terminal de avião executivo. O empresário foi alvo de uma operação que mira a venda de títulos de crédito falsos. A instituição emitia CDBs com a promessa de pagar ao cliente até 40% acima da taxa básica do mercado. No entanto, esse retorno era irreal. Segundo a PF, o esquema pode ter movimentado R$ 12 bilhões. ✅ Clique aqui para se inscrever no canal do g1 SP no WhatsApp 🔎 O CDB (Certificado de Depósito Bancário) é um investimento de renda fixa onde você empresta dinheiro para um banco e, em troca, recebe juros sobre o valor investido. Ele funciona com rentabilidade pré-fixada (taxa definida no momento da aplicação) ou pós-fixada (atrelada a um indicador como o CDI). Momento em que Daniel Vorcaro, dono do Banco Master, recebe voz de prisão no aeroporto de Guarulhos Imagem obtida pelo Estadão No total, a operação Compliance Zero cumpriu todos os sete mandados de prisão, incluindo Angelo Antônio Ribeiro da Silva, um dos sócios do banco, que se apresentou à polícia na capital paulista. Quatro outros diretores do banco também foram presos. Havia ainda 25 mandados de busca e apreensão nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Bahia e no Distrito Federal. Após ser preso, Vorcaro foi levado para a Superintendência da PF em São Paulo. A defesa dele "nega veementemente que ele estivesse fugindo do país. Afirma que o destino final do voo era Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, onde Vorcaro pretendia se encontrar com parte dos compradores Banco Master". O empresário passou por audiência de custódia e teve a prisão mantida, mesmo diante dos argumentos da defesa de que Vorcaro está afastado da gestão do banco por ordem judicial e de que teve o passaporte apreendido. A prisão aconteceu horas após o consórcio liderado pelo grupo de investimento Fictor Holding Financeira anunciar a compra do Banco Master — e pouco mais de um mês após o Banco Central ter rejeitado a aquisição pelo BRB (Banco de Brasília). Na manhã de terça, no entanto, o BC emitiu um comunicado decretando a liquidação extrajudicial do Master e a indisponibilidade dos bens dos controladores e dos ex-administradores da instituição. Com isso, qualquer negociação de compra em andamento é automaticamente interrompida. O negócio com o grupo Fictor teria a participação de investidores dos Emirados Árabes Unidos e previa um aporte imediato de R$ 3 bilhões para reforçar o caixa do Master, que passa por dificuldades financeiras. A compra ainda precisaria da aprovação do Banco Central do Brasil e do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). LEIA TAMBÉM: Quem é Daniel Vorcaro, dono do Banco Master preso pela PF Daniel Vorcaro detém parte da SAF do Atlético-MG Liquidação do Banco Master: como ficam correntistas e investidores? PF prende Daniel Vorcaro, dono do Banco Master Reprodução Além de presidente do Banco Master, diretores são alvo de mandados de prisão BRB já tentou comprar Antes da proposta da Fictor, o Banco de Brasília (BRB) já havia protagonizado uma tentativa frustrada de adquirir a instituição financeira de Daniel Vorcaro. O BRB e o Master haviam anunciado a operação em março, mas o negócio foi barrado cinco meses depois pela diretoria colegiada do Banco Central — instância máxima do BC, composta pelo presidente da instituição, Gabriel Galípolo, e mais oito diretores. Segundo a decisão, divulgada em setembro, os dirigentes do BC negaram a operação por entenderem que o pedido não contemplava todos os requisitos necessários, indicando a ausência de documentos que comprovassem a "viabilidade econômico-financeira". A aprovação pelo BC seria o último passo para a conclusão do negócio, já que o Cade havia dado o aval à operação em junho. A Câmara Legislativa do Distrito Federal também havia aprovado uma lei autorizando a compra – proposta e sancionada em tempo recorde pelo governador do DF, Ibaneis Rocha, defensor da transação. Anunciado em março, o acordo entre os bancos previa que o BRB, uma sociedade de capital e controlada majoritariamente pelo governo do Distrito Federal, adquirisse: 49% das ações ordinárias 100% das preferenciais e 58% do capital total do Master.



Salão do Automóvel 2025: Geely produzirá o EX5 no Brasil para brigar com Jeep Compass


19/11/2025 12:35 - g1.globo.com


Geely produzirá o EX5 no Brasil A Geely anunciou nesta quarta-feira (19), durante o Salão do Automóvel de 2025, que iniciará a produção do seu primeiro carro no Brasil: o EX5. A fabricação começa no primeiro semestre do próximo ano, enquanto as vendas estão previstas para o segundo semestre de 2026. Antes disso, o modelo chegará ao país importado, também no primeiro semestre do ano que vem. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 Carros no WhatsApp A marca apresentou no Salão o EX5 EM-I, distinto do modelo já vendido no país por R$ 205 mil e que é um utilitário totalmente elétrico. O EX5 EM-I é um híbrido plug-in e, inclusive no visual, apresenta diferenças claras em relação ao elétrico. Na dianteira, por exemplo, o Geely EX5 EM-I adota faróis conectados por uma barra de LED que se estende de ponta a ponta. O elétrico, por sua vez, traz um desenho mais simples, com iluminação em LED menor. (veja no vídeo abaixo) Geely EX5 EM-i será a versão híbrida do EX5 já comercializado no Brasil e chega importado no primeiro semestre do ano que vem Fábio Tito/g1 O EX5 EM-I é construído sobre a arquitetura global GEA, plataforma que estreia no Brasil e promete maior rigidez estrutural, melhor aproveitamento do espaço interno e mais eficiência energética. O modelo integra o plano da marca de ampliar sua linha de veículos eletrificados no país. Além do novo híbrido, a Geely exibe no evento o EX5 elétrico, já anunciado para o Brasil e líder de vendas entre os SUVs C totalmente elétricos na China. Ainda não foram divulgadas as especificações técnicas da novidade da Geely Fábio Tito/g1 Geely EX5 EM-i será o primeiro carro da marca chinesa a ser fabricado no Brasil Fábio Tito/g1 Também está presente o EX2, modelo urbano recém-lançado que se destaca pelo custo-benefício e por itens como câmera de 540°, sistemas ADAS e teto com pintura contrastante, conforme a versão. A marca chinesa, que chegou recentemente ao Brasil em parceria com a Renault, já anunciou um investimento de R$ 3,8 bilhões para modernizar a fábrica da montadora francesa em São José dos Pinhais, no Paraná. O objetivo é produzir veículos elétricos e híbridos para ambas as marcas. Geely EX2, modelo urbano recém-lançado que se destaca pelo custo-benefício Fábio Tito/g1 Geely EX2, modelo urbano recém-lançado que se destaca pelo custo-benefício Fábio Tito/g1 A Geely adquiriu 6,4% da Renault do Brasil, tornando-se acionista minoritária. O grupo é proprietário das marcas Geely Auto, Lynk & Co e Zeekr, e vendeu 2,17 milhões de veículos em 2024, um crescimento de 32% em relação ao ano anterior. A empresa mantém cinco centros globais de P&D e estúdios de design distribuídos pela China e Europa. Geely EX5 tem duas versões à venda no Brasil Fábio Tito/g1 Geely EX5 tem duas versões à venda no Brasil Fábio Tito/g1 Geely EX5 tem duas versões à venda no Brasil A Geely anunciou, em meados de julho, a chegada do EX5, seu primeiro carro totalmente elétrico no Brasil. Trata-se de um SUV com dimensões generosas — 4,6 metros de comprimento e 1,9 metro de largura — que, apesar do porte, chega com preço semelhante ao de modelos menores a combustão. O EX5 chegou ao Brasil em duas versões: Pro (R$ 205,8 mil) e Max (R$ 225,8 mil). No segmento de veículos 100% elétricos, o principal concorrente do EX5 é o BYD Yuan Plus (R$ 235,8 mil). O rival custa R$ 10 mil a mais, oferecendo potência, dimensões e autonomia inferiores. O g1 passou um dia com o Geely EX5 em um trajeto de aproximadamente 200 quilômetros entre São Paulo e Indaiatuba (SP), incluindo uma visita ao autódromo Capuava, para avaliar se o SUV elétrico é melhor ou pior até que concorrentes a combustão de marcas mais famosas. Veja o teste abaixo. Conheça o Geely EX5, o SUV 100% elétrico que chegou ao Brasil Salão do Automóvel 2025 Após um hiato de sete anos, o Salão do Automóvel de São Paulo volta ao Anhembi, na zona norte da capital, para a sua 31ª edição. A mostra estará aberta ao público entre 21 e 30 de novembro e deve receber mais de 700 mil visitantes, segundo a organizadora RX. A abertura oficial do evento acontecerá em 21 de novembro, às 19h, com o evento Avant Première, voltado a um público restrito. Para essa data, o ingresso custa R$ 1.000 e dá acesso antecipado às atrações e apresentações musicais. Depois, o Salão funcionará das 12h às 21h nos dias 22 e de 24 a 28 de novembro, e das 10h às 21h nos dias 23, 29 e 30. A entrada será permitida até uma hora antes do fechamento. O Distrito Anhembi fica na Avenida Olavo Fontoura, 1.209, em Santana, na zona norte de São Paulo. A grande novidade é a Drive Experience, pista montada especialmente para o evento, ocupará 14 mil m² e contará com veículos das marcas BYD, Caoa Chery, Citroën, Fiat, GAC, Geely, GWM, Honda, Jeep, Leapmotor, Peugeot, Ram e Renault. O circuito terá uma reta de 160 metros e permitirá testar modelos a combustão, híbridos, elétricos e 4x4, com exercícios de slalom (prova de habilidade na qual o carro passa por um circuito de cones em zigue-zague) e frenagem. Segundo a RX, cerca de 40 modelos estarão disponíveis para os testes, e até mil visitantes poderão participar por dia, em voltas de até 10 minutos. Veja todos os detalhes na reportagem abaixo. Salão do Automóvel 2025: tudo o que você precisa saber sobre o evento



Aneel aprova plano para cortar excedente de energia renovável que ameaça sistema elétrico no Brasil


19/11/2025 12:18 - g1.globo.com


A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou, nesta terça-feira (18), um plano do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) para controlar o excedente de energia renovável produzido no país. A medida se concentra nas usinas do tipo III, como pequenas centrais hidrelétricas (PCHs) e usinas a biomassa. Com a decisão, as distribuidoras terão até 20 dias para definir as regras que deverão seguir ao receber comandos do ONS para fazer cortes de geração de energia (entenda mais abaixo). Alckmin defende triplicar energia renovável e dobrar eficiência até 2030 pelo fim da 'dependência de combustíveis fósseis' O debate ocorre no momento em que o Brasil tem produzido muito mais energia renovável do que precisa. Parece ser uma notícia boa, mas, para o sistema elétrico, tem sido um problema. 🔋Essa energia a mais está vindo principalmente dos parques eólicos e solares do Nordeste. O excedente ameaça a segurança do sistema elétrico brasileiro. Quando isso acontece, o ONS pede que usinas sejam desligadas, e isso tem ocorrido diariamente. Os dias 4 de maio e 10 de agosto foram simbólicos para o ONS, pois se identificou que o alto percentual de micro e minigeração distribuída (MMGD) existente no Sistema Interligado Nacional (SIN) poderia levar a uma incapacidade do controle da frequência e da tensão no sistema. Diante desse cenário, o ONS apresentou à Aneel um plano emergencial que prevê corte de geração quando houver risco à segurança operativa. A regra estabelece que, com a antecedência de 7 a 2 dias, o ONS deverá entrar em contato com as distribuidoras para alertá-las sobre a possibilidade de acionamento do plano. "Os agentes de distribuição devem comunicar às usinas Tipo III conectadas em sua área de concessão sobre a possibilidade de restrição de geração", disse a Aneel, em nota. As usinas Tipo III são centrais conectadas às redes das distribuidoras e que, por esse motivo, não são despachadas centralizadamente pelo ONS. De acordo com o plano, o foco inicial de atuação mira as distribuidoras que possuem maior capacidade instalada de usinas Tipo III em suas áreas de concessão: CPFL Paulista; Cemig D; Energisa MT; Copel D; Elektro; Celesc; Equatorial GO; Energisa MS; Coelba; RGE; EDP ES; e Neoenergia PE. Elas representam cerca de 80% da totalidade de capacidade instalada de usinas Tipo III, sem prejuízo da inclusão de outras distribuidoras em uma segunda fase. Também foi determinado que o ONS encaminhe um relatório técnico à Aneel em até 30 dias após cada acionamento do Plano Emergencial, detalhando a situação e os resultados. Parque energia eólica Rio Grande do Norte eólicas torres imagem aérea cima RN Sandro Menezes/governo do RN



Dólar sobe e fecha em R$ 5,33, de olho em ata do Fed; bolsa cai


19/11/2025 12:00 - g1.globo.com


Entenda o que faz o preço do dólar subir ou cair O dólar fechou em alta nesta quarta-feira (19), cotado a R$ 5,33. Já o Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, tinha queda na última hora do pregão. Nesta véspera de feriado do Dia de Consciência Negra aqui no Brasil, investidores concentraram as atenções nos Estados Unidos, com foco na ata da última reunião do Federal Reserve (Fed, o banco central do país). Outros indicadores no mercado brasileiro e norte-americano também ficaram no radar. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça ▶️ O principal destaque da sessão ficou com a ata da última reunião do Fed. O documento indicou que o Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) estava dividido quando decidiu reduzir a taxa básica de juros dos EUA, indicando que ainda há muita incerteza para o encontro dos dirigentes da instituição em dezembro. (Entenda mais abaixo) ▶️ O mercado também aguarda pela divulgação do relatório oficial de empregos (payroll), que será divulgado amanhã. O dado mostra quantas vagas foram criadas no mês e é um dos termômetros mais fortes para entender se a economia americana está aquecida ou perdendo ritmo. 🔎 Será o primeiro indicador publicado após o fim da paralisação parcial do governo americano (shutdown), que havia interrompido a divulgação de estatísticas. ▶️ No Brasil, a agenda começou com a divulgação do ICOMEX da FGV, indicador de comércio exterior referente a outubro. Depois, o Banco Central divulgou o fluxo cambial da semana encerrada em 14 de novembro, que totalizou movimento negativo de US$ 3,004 bilhões. Esse indicador mostra quanto dinheiro entrou e saiu do país em dólares ao longo do período — tanto em operações de comércio exterior quanto em investimentos. ▶️ Ontem, investidores acompanharam a notícia da prisão dono do Banco Master, Daniel Vorcaro, por suspeita de fraude de R$ 12 bilhões. O BC determinou a liquidação extrajudicial da instituição, suspendendo suas operações. Veja a seguir como esses fatores influenciam o mercado. 💲Dólar a Acumulado da semana: +0,40%; Acumulado do mês: -1,15%; Acumulado do ano: -13,95%. 📈Ibovespa Acumulado da semana: -0,77%; Acumulado do mês: +4,67%; Acumulado do ano: +30,13%. Agenda econômica Indicador de Comércio Exterior (ICOMEX) A balança comercial brasileira registrou superávit de US$ 7 bilhões em outubro, alta de US$ 2,9 bilhões em relação ao mesmo mês de 2024. Os dados fazem parte do relatório do Indicador de Comércio Exterior (ICOMEX), divulgado nesta quarta-feira pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV/Ibre). As exportações cresceram 9,1%, enquanto as importações caíram 0,8%. No acumulado do ano até outubro, o saldo é de US$ 52,4 bilhões, mas isso representa queda de US$ 10,4 bilhões frente ao mesmo período do ano passado. Nesse intervalo, as exportações subiram 1,9% e as importações avançaram 7,1%. Em termos de volume, as exportações aumentaram 11,3% em outubro, enquanto as importações recuaram 2,5%. No acumulado, os volumes cresceram 4,3% e 8%, respectivamente. A queda nos preços exportados foi maior que a das importações, com alta de preços nas compras externas de 1,9% no mês. A redução do saldo total está ligada à menor diferença com a China, que caiu de US$ 30,4 bilhões para US$ 24,9 bilhões, e ao aumento do déficit com os EUA, que passou de US$ 1,4 bilhão para US$ 6,8 bilhões. Já a Argentina saiu de déficit de US$ 4,7 bilhões para superávit de US$ 5,1 bilhões, mas isso não compensou as perdas com China e EUA. Entre os produtos, petróleo, minério de ferro e soja lideraram as exportações, com altas de 9%, 29,5% e 42,7% em valor. As commodities cresceram 13,5% em volume no mês, enquanto as não commodities avançaram 6,3%. A indústria extrativa foi destaque, com alta de 21,1% em outubro. Fluxo cambial O BC informou nesta quarta-feira que o Brasil registrou saída líquida de dólares em novembro até o dia 14, totalizando um fluxo cambial negativo de US$ 3,004 bilhões. Esse movimento considera todas as operações de câmbio contratadas no período. O fluxo cambial é dividido em dois canais: financeiro e comercial. Pelo canal financeiro — que inclui investimentos estrangeiros, remessas de lucros, pagamento de juros e operações de câmbio para aplicações — houve saída líquida de US$ 2,536 bilhões. Já pelo canal comercial, que envolve exportações e importações, o saldo foi negativo em US$ 468 milhões. Na semana de 10 a 14 de novembro, o fluxo total também foi negativo, somando US$ 1,219 bilhão. No acumulado do ano até 14 de novembro, o Brasil registra um déficit de US$ 15,688 bilhões, resultado de mais saídas do que entradas de dólares no país. Ata do Fed A ata da última reunião do Federal Reserve, o banco central americano, divulgada nesta quarta-feira (19), mostrou que os dirigentes da instituição estavam divididos quando decidiram reduzir os juros norte-americanos. Isso porque, apesar de muitos participantes terem se mostrado favoráveis à redução de juros nos EUA, vários outros se opuseram ao corte, expressando preocupação com a inflação norte-americana — que segue acima da meta de 2% estipulada pelo Fed. "A maioria dos participantes destacou que [...] novas reduções nas taxas de juros podem aumentar o risco de que a inflação mais alta se consolide ou podem ser mal interpretadas como implicando uma falta de comprometimento de formuladores de política monetária com a meta de inflação de 2%", indicou o documento. O encontro ocorreu em um cenário atípico: falta de dados oficiais devido à paralisação do governo, sinais econômicos contraditórios e uma transição de liderança nos últimos meses do mandato do presidente do Fed, Jerome Powell. Na reunião, houve discordâncias sobre o ritmo da política monetária. Por 10 votos a 2, o Fed decidiu reduzir a taxa básica de juros em 0,25 ponto percentual, para a faixa de 3,75% a 4,00%. Powell reconheceu que havia “pontos de vista fortemente diferentes” e afirmou que “há um consenso crescente de que talvez devêssemos esperar pelo menos um ciclo” antes de novos cortes. A falta de dados oficiais antes do encontro obrigou as autoridades a usar informações alternativas, o que aumentou a cautela. Embora os dados do governo tenham voltado a ser divulgados, ainda não há clareza sobre quais estarão disponíveis para a próxima reunião, marcada para 9 e 10 de dezembro. O relatório de emprego de setembro, por exemplo, só será publicado amanhã (20). O debate no Fed gira em torno dos riscos para inflação e mercado de trabalho. Novos dados podem mudar essa avaliação, mas, por enquanto, os investidores veem cerca de 50% de chance de outro corte nos juros no próximo mês. A ata será divulgada às 16h (horário de Brasília). Bolsas globais Os mercados americanos abriram com alta nesta quarta-feira, após quedas recentes. Além da expectativa com a ata do Fed, em Wall Street o foco dos investidores está nos resultados da Nvidia. Eles serão divulgados após o fechamento e são vistos como um teste para a valorização das ações ligadas à inteligência artificial. Inclusive, o desempenho pode definir se o movimento de alta do setor continua ou perde força. Na abertura, o Dow Jones subia 0,10%, para 46.138,68 pontos. O S&P 500 ganhava 0,13%, a 6.625,84, enquanto o Nasdaq avançava 0,12%, para 22.459,265 pontos. Já as bolsas europeias fecharam de forma mista, também à espera do balanço da Nvidia, que influencia o sentimento global sobre tecnologia. Também ficou no radar dos investidores europeus a inflação do Reino Unido, que caiu para 3,6% em outubro, reforçando expectativas de corte nos juros pelo Banco da Inglaterra antes do Natal. No fechamento, o índice STOXX 600 caiu 0,03%. Entre os principais mercados, Londres (FTSE 100) recuou 0,47%, Frankfurt (DAX) subiu 0,16%, enquanto Paris (CAC 40) registrou queda de 0,18%. Enquanto isso, os mercados asiáticos fecharam com resultados mistos. As ações em Hong Kong caíram pelo quarto dia seguido, pressionadas por tensões diplomáticas entre China e Japão e pelo clima de cautela após quedas em Wall Street. Além disso, comentários da primeira-ministra japonesa sobre Taiwan aumentaram as preocupações geopolíticas, o que pode afetar a economia chinesa. Em Tóquio, o Nikkei caiu 0,3%, a 43.537 pontos. Em Hong Kong, o Hang Seng recuou 0,38%, enquanto Xangai subiu 0,18% e o CSI300 avançou 0,44%. Seul e Taiwan tiveram quedas de 0,61% e 0,66%, respectivamente, enquanto Cingapura registrou leve alta de 0,09%. Funcionário de banco em Jacarta, na Indonésia, conta notas de dólar, em 10 de abril de 2025. Tatan Syuflana/ AP



Congresso retoma parte da MP do IOF, com alívio de R$ 25 bilhões nas contas do governo


19/11/2025 11:46 - g1.globo.com

O Senado aprovou na noite desta terça-feira (18) um projeto que permite ao contribuinte atualizar o valor do imóvel ou veículo que tem no Imposto de Renda (IR) ou até regularizar a situação de bens que ainda não foram declarados. O texto, que seguirá para sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), retomou medidas fiscais de uma proposta que perdeu a validade, a medida provisória (MP) que contornaria uma eventual alta no Imposto de Operações Financeiras (IOF). A equipe econômica negociou, então, com o Congresso incluir neste projeto essa recomposição no Orçamento federal, que significará R$ 25 bilhões até o fim de 2026, de acordo com o relator no Senado, Eduardo Braga (MDB-AM). Congresso pode votar corte de gastos; Haddad comenta Entre os pontos que permitem este "resgate" estão: limite de 30 dias do auxílio-doença, concedido por perícia documental, para "racionalizar" os benefícios concedidos pelo sistema Atestmed do INSS; inclusão do Programa Pé-de-Meia no piso constitucional; limitação de compensações tributárias e previdenciárias; mudanças no seguro-defeso, benefício que o INSS paga a pessoas que dependem exclusivamente da pesca de pequeno porte. "Este texto foi fruto do entendimento entre senadores e o governo federal. Eram justamente matérias que foram estabelecidas na 1303 que iam ao encontro do que senadores e senadoras, deputados e deputadas, falam todas as semanas no Congresso Nacional, que é equilíbrio fiscal, ajuste das contas públicas do Estado brasileiro, combate às ilegalidades, combate às fraudes", comemorou o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), após a aprovação. A proposta cria o Regime Especial de Atualização e Regularização Patrimonial (Rearp). Segundo o texto, a alíquota será de 4% sobre a diferença entre o valor de mercado e o valor declarado, para pessoas físicas. Hoje, as alíquotas deste tributo variam entre 15% a 22,5%, de acordo com o relator. "O valor atualizado passa a funcionar como o novo custo de aquisição em transações futuras. O projeto visa corrigir uma distorção do sistema fiscal, que tributa a inflação acumulada e a mera reposição do poder de compra da moeda. Essa correção é central para o cálculo do ganho de capital tributável e para a conformidade tributária", explicou a assessoria de Eduardo Braga. Para empresas com bens lícitos, não declarados no país ou no exterior, as alíquotas serão de 4,8% de IR e 3,2% de CSLL sobre a diferença do valor.



Motiva vende 20 aeroportos para empresa mexicana por R$11,5 bilhões


19/11/2025 11:24 - g1.globo.com


A Motiva (ex-CCR) anunciou nesta terça-feira (18) a venda de sua operação aeroportuária na América Latina para a Asur, grupo mexicano que administra o Aeroporto de Cancún. O negócio avalia os ativos em R$ 11,5 bilhões, valor que inclui R$ 6,5 bilhões em dívidas associadas aos aeroportos. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça A empresa informou que espera concluir a transação em 2026, após análises do poder concedente e dos órgãos de defesa da concorrência. Até lá, continuará operando todos os terminais, mantendo funcionários, contratos e investimentos previstos. Segundo a Motiva, a venda ocorre após um processo competitivo que atraiu 20 grupos internacionais. O objetivo é reduzir a alavancagem — termo usado para indicar quando uma empresa opera com mais dívidas do que recursos próprios. A companhia calcula que sua alavancagem consolidada cairá de 3,5 vezes para menos de 3 vezes, abrindo espaço financeiro para investir em concessões de rodovias e transporte sobre trilhos, áreas onde deve concentrar seus negócios daqui em diante. Veja os vídeos que estão em alta no g1 Outro indicador citado na negociação é o EV/EBITDA — que relaciona o valor total de um ativo (incluindo dívidas) com seu lucro operacional. O múltiplo aplicado foi de 8,8 vezes, considerado acima do nível negociado atualmente pela Motiva. Aeroportos incluídos na venda Dos 20 aeroportos vendidos, 17 ficam no Brasil e 3 no exterior. No país, a Motiva administra terminais em: Paraná: São José dos Pinhais (Curitiba), Bacacheri, Foz do Iguaçu, Londrina; Minas Gerais: Belo Horizonte (Confins), Pampulha; Goiás: Goiânia; Rio Grande do Sul: Pelotas, Bagé, Uruguaiana; Santa Catarina: Navegantes, Joinville; Maranhão: São Luís, Imperatriz; Piauí: Teresina; Tocantins: Palmas; Pernambuco: Petrolina. Os três aeroportos internacionais pertencem às operações de Curaçao, Costa Rica e Equador. A Motiva afirma que o desinvestimento faz parte de uma estratégia anunciada ao mercado desde 2024, com o objetivo de simplificar o portfólio e priorizar segmentos em que já atua como líder. A Asur, nova controladora dos ativos, opera atualmente nove aeroportos no México. *Com informações da agência de notícias Reuters Aeroporto de Navegantes (SC) Luiz Souza/NSC TV



Cinco municípios de SP investiram R$ 218 milhões no Banco Master com dinheiro de previdência


19/11/2025 11:24 - g1.globo.com


BC decreta liquidação extrajudicial do Banco Master Cinco municípios de São Paulo investiram R$ 218 milhões com dinheiro da previdência de servidores no Banco Master, alvo de uma operação da Polícia Federal na terça-feira (17). O dono da instituição, Daniel Vorcaro, foi preso no aeroporto de Guarulhos quando tentava fugir do país em um avião particular para a Europa. No mesmo dia da operação, a instituição teve a liquidação extrajudicial decretada pelo Banco Central. Meses antes, em abril deste ano, a Procuradoria do Ministério Público de Contas de São Paulo (MPC-SP) já tinha manifestado preocupação junto ao Tribunal de Contas do Estado (TCE) com os vultosos investimentos feitos por institutos de previdência no banco e o risco de perda de patrimônio no caso de possível decretação de falência do banco. Segundo a apuração do MPC-SP, os institutos de previdência de Cajamar, Araras, Santa Rita d’Oeste, Santo Antônio de Posse e São Roque investiram cerca de R$ 218 milhões em títulos de renda fixa do Master, a maior parte dessas aplicações feita em 2024. Do montante total, foram investidos: R$ 87 milhões pelo o Instituto de Previdência Social dos Servidores de Cajamar; R$ 29 milhões pelo Serviço de Previdência Social do Município de Araras; R$ 2 milhões pelo Instituto de Previdência Municipal de Santa Rita d’Oeste; R$ 7 milhões pelo Instituto de Previdência Municipal de Santo Antônio de Posse; R$ 93,150 milhões pelo Instituto de Previdência Social dos Servidores Municipais de São Roque. A reportagem pediu posicionamento à Prefeitura de Cajamar, ao Instituto de Previdência Social dos Servidores de Cajamar e ao TCE-SP, mas não havia obtido resposta até a última atualização deste texto. Em nota, o instituto de Santo Antônio de Posse afirmou que não é possível "antecipar impactos financeiros" neste momento e que aguarda informações sobre "eventuais recuperações de valores". O São Roque-Prev informou que a compra foi realizada seguindo os ritos legais e técnicos e que acompanha o cenário econômico para adotar medidas a fim de resguardar os servidores municipais. O instituto de Araras afirmou que "aguarda as orientações e procedimentos que serão definidos pela massa liquidante nomeada pelo Banco Central". Operação Daniel Vorcaro foi alvo de uma operação que mira a venda de títulos de crédito falsos. A instituição emitia CDBs com a promessa de pagar ao cliente até 40% acima da taxa básica do mercado. No entanto, esse retorno era irreal. Segundo a PF, o esquema pode ter movimentado R$ 12 bilhões. 🔎 O CDB (Certificado de Depósito Bancário) é um investimento de renda fixa onde você empresta dinheiro para um banco e, em troca, recebe juros sobre o valor investido. Ele funciona com rentabilidade pré-fixada (taxa definida no momento da aplicação) ou pós-fixada (atrelada a um indicador como o CDI). No total, a operação Compliance Zero cumpriu seis dos sete mandados de prisão. Quatro outros diretores do banco também foram presos. Havia ainda 25 mandados de busca e apreensão nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Bahia e no Distrito Federal. Após ser preso, Vorcaro foi levado para a Superintendência da PF em São Paulo. A defesa dele nega que ele estivesse fugindo do país. O empresário passou por audiência de custódia e teve a prisão mantida, mesmo diante dos argumentos da defesa de que Vorcaro está afastado da gestão do banco por ordem judicial e de que teve o passaporte apreendido. A prisão aconteceu horas após o consórcio liderado pelo grupo de investimento Fictor Holding Financeira anunciar a compra do Banco Master — e pouco mais de um mês após o Banco Central ter rejeitado a aquisição pelo BRB (Banco de Brasília). Na manhã de terça, no entanto, o BC emitiu um comunicado decretando a liquidação extrajudicial do Master e a indisponibilidade dos bens dos controladores e dos ex-administradores da instituição. Com isso, qualquer negociação de compra em andamento é automaticamente interrompida. O negócio com o grupo Fictor teria a participação de investidores dos Emirados Árabes Unidos e previa um aporte imediato de R$ 3 bilhões para reforçar o caixa do Master, que passa por dificuldades financeiras. A compra ainda precisaria da aprovação do Banco Central do Brasil e do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). LEIA TAMBÉM: Quem é Daniel Vorcaro, dono do Banco Master preso pela PF Daniel Vorcaro detém parte da SAF do Atlético-MG Liquidação do Banco Master: como ficam correntistas e investidores? PF prende Daniel Vorcaro, dono do Banco Master Reprodução A PF tinha uma operação prevista para esta terça, mas a prisão de Vorcaro foi antecipada diante da possibilidade de fuga dele. Segundo investigadores, Vorcaro estava no banco na segunda-feira à tarde. Depois que saiu o comunicado da venda, ele pegou um helicóptero e foi para o aeroporto de Guarulhos. Ele seguiu direto do terminal da aviação executiva para pegar um avião particular com destino a Malta. Para a PF, não há dúvidas de que ele estava em fuga - não porque soubesse da operação desta terça, mas porque queria estar longe depois que a notícia da venda do Master fosse tornada pública. O objetivo é combater a emissão de títulos de crédito falsos por instituições financeiras que integram o Sistema Financeiro Nacional. As investigações tiveram início em 2024, após requisição do Ministério Público Federal, para investigar a possível fabricação de carteiras de crédito insubsistentes por uma instituição financeira. Esses títulos teriam sido vendidos a outro banco e, após fiscalização do Banco Central, substituídos por outros ativos sem avaliação técnica adequada. São investigados os crimes de gestão fraudulenta, gestão temerária, organização criminosa, entre outros. Além de presidente do Banco Master, diretores são alvo de mandados de prisão BRB já tentou comprar Antes da proposta da Fictor, o Banco de Brasília (BRB) já havia protagonizado uma tentativa frustrada de adquirir a instituição financeira de Daniel Vorcaro. O BRB e o Master haviam anunciado a operação em março, mas o negócio foi barrado cinco meses depois pela diretoria colegiada do Banco Central — instância máxima do BC, composta pelo presidente da instituição, Gabriel Galípolo, e mais oito diretores. Segundo a decisão, divulgada em setembro, os dirigentes do BC negaram a operação por entenderem que o pedido não contemplava todos os requisitos necessários, indicando a ausência de documentos que comprovassem a "viabilidade econômico-financeira". A aprovação pelo BC seria o último passo para a conclusão do negócio, já que o Cade havia dado o aval à operação em junho. A Câmara Legislativa do Distrito Federal também havia aprovado uma lei autorizando a compra – proposta e sancionada em tempo recorde pelo governador do DF, Ibaneis Rocha, defensor da transação. Anunciado em março, o acordo entre os bancos previa que o BRB, uma sociedade de capital e controlada majoritariamente pelo governo do Distrito Federal, adquirisse: 49% das ações ordinárias 100% das preferenciais e 58% do capital total do Master.



Piscina cinematográfica, suíte para pets, cinema de shopping: veja o que há de luxo em mansões milionárias à venda no Brasil; VÍDEO


19/11/2025 08:30 - g1.globo.com


Veja o que há de luxo em mansões milionárias à venda no Brasil Há oito anos, a corretora de imóveis Monica Poplavsky decidiu apostar no mercado de imóveis de luxo. Hoje, acumula cerca de 400 mil seguidores em uma rede social, onde mostra detalhes das mansões que comercializa para empresários e artistas. "Tem o cliente influencer que já começa a divulgar que está comprando uma casa antes de comprar. Aí ele compra e divulga na mídia que comprou. E tem também os empresários que não fazem questão nenhuma de mostrar que compraram, que a gente fala que é 'luxo silencioso'", diz Mônica. O Profissão Repórter revelou luxos e particularidades de algumas das casas à venda. Veja no vídeo acima. Casa ostentação A equipe acompanhou Mônica em uma open house — evento que reúne corretores para conhecer imóveis — em uma casa avaliada em R$ 11 milhões. No imóvel, não faltam cenários para quem quer ostentar: piscina cinematográfica, cinema com estrutura de shopping, lavabo inspirado em videogame clássico e até uma suíte exclusiva para pets, equipada com área de banho, secagem e closet. “É uma casa que ostenta”, resume Mônica. “Quanto mais ambientes diferentes ela tiver, mais cenários a pessoa consegue criar — inclusive para usar o imóvel comercialmente”, explica. Mansão avaliada em R$ 11 milhões tem suíte exclusiva para pets, equipada com área de banho, secagem e closet Reprodução/TV Globo Mansões e carros de milhões: o fascínio brasileiro pelo universo do luxo Imóvel de R$ 78 milhões No condomínio mais luxuoso de São Paulo, um terreno vazio de mil metros quadrados pode custar R$ 20 milhões. É lá que Monica negocia uma casa avaliada em R$ 78 milhões, revestida com mármore Navona importado da Itália, spa com sauna, lareira, escada escultural e seis suítes. A suíte principal tem cerca de 200 m², com dois closets e banheiros unidos por uma banheira. “Quando a gente fala desse mercado de alto luxo, esse padrão de residência, nós estamos falando de um público que é internacional, ele vive o mundo e tudo que o mundo oferece. Tudo que existe no mundo de mais atualizado, novidade, instalações, materiais”, afirma a arquiteta Viviam Serpentini. Casa avaliada em R$ 78 milhões é revestida com mármore Navona importado da Itália Reprodução/TV Globo Em outra casa visitada, mais um item que reforça o luxo: um elevador particular. “Você precisa pagar uma manutenção mensal, tem que estar sempre em dia. E instalar um elevador hoje custa em torno de R$ 100 mil”, explica Mônica. O imóvel também conta com um armário expositor no closet — uma tendência nos imóveis de alto padrão, segundo Mônica. “Você expõe bolsas e sapatos. Antes isso não existia, é uma novidade. E ele tem que ficar bem na frente, porque a ideia é justamente expor”, diz. Expositor no closet é uma tendência nos imóveis de alto padrão Reprodução/TV Globo Imersão no luxo Para Monica, vender luxo exige estratégia: “Não dá para vender o luxo sem fazer uma imersão no luxo. O corretor precisa viver esse universo.” Nas redes, ela aposta em vídeos informais, muitas vezes gravados com o filho, para mostrar o glamour. "O cliente de milhões já tem uma casa boa, por que ele vai comprar outra? Eu tenho que encantar ele", afirma. Mônica faz sucesso nas redes mostrando casas de luxo que vende Reprodução/TV Globo Da TV para o mercado imobiliário de luxo Antes de se tornar corretora, Mônica trabalhou na televisão como assistente de palco no "Programa Silvio Santos", nos anos 80 e 90. Ela diz que a experiência na TV ajuda no trabalho atual. “Trabalhei 11 anos com o Silvio. Eu trago muita coisa dele”, conta. Mônica trabalhou na televisão como assistente de palco no Programa Silvio Santos, nos anos 80 e 90 Reprodução/TV Globo Ela afirma que não imaginava alcançar o patamar onde está hoje na corretagem. E se prepara para vender um imóvel avaliado em R$ 80 milhões. A casa tem uma garagem com espaço para 25 carros. “Eu não tinha ambição de chegar em uma casa assim, mas cheguei — e tomara que fique. Tem um ditado que diz que, depois que a gente entra na montanha-russa, não quer mais brincar de carrossel.” Monica mostra garagem com espaço para 25 carros Reprodução/TV Globo Veja a íntegra do programa no vídeo abaixo: Edição de 18/11/2025 Confira as últimas reportagens do Profissão Repórter:



Concurso do IBGE com mais de 9 mil vagas tem edital publicado; veja detalhes


19/11/2025 06:06 - g1.globo.com


IBGE abrirá concurso com 9.580 vagas; edital sai em novembro e provas serão em 2026 O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) publicou, nesta quarta-feira (19), o edital com as regras de seu novo concurso público que vai preencher 9.590 vagas temporárias de nível médio. Os detalhes das vagas foram divulgados no Diário Oficial da União desta quarta-feira (19). ✅Clique aqui para seguir o canal do g1 Concursos no WhatsApp O prazo para inscrição é das 16h do dia 19 de novembro até às 23h59 do dia 11 de dezembro. A taxa de inscrição é de R$ 38,50. As provas serão aplicadas em 22 de fevereiro de 2026. As oportunidades são para os cargos de Agente de Pesquisas e Mapeamento e de Supervisor de Coleta e Qualidade. As provas devem ser aplicadas no começo de 2026, e o resultado final será divulgado entre março e abril do mesmo ano (veja cronograma completo abaixo). Segundo o documento, os aprovados serão contratados para a "realização de pesquisas de natureza estatística efetuadas pelo IBGE em todo o território nacional". O instituto ainda destaca que o processo seletivo de temporários é o "maior" da história. As oportunidades estão divididas da seguinte forma: Agente de Pesquisas e Mapeamento Função: Coleta de informações; Remuneração: R$ 2.676,24 Vagas de ampla concorrência: 5.512; Vagas destinadas a pessoas declaradas pretas ou pardas: 2.120; Vagas destinadas a pessoas indígenas: 254; Vagas destinadas aos quilombolas: 170; Vagas destinadas a pessoas com deficiência: 424; Total de Vagas: 8.480. Supervisor de Coleta e Qualidade Função: Supervisão de Coleta e Qualidade; Remuneração: R$ 3.379,00 Vagas de ampla concorrência: 715; Vagas destinadas a pessoas declaradas pretas ou pardas: 275; Vagas destinadas a pessoas indígenas: 33; Vagas destinadas aos quilombolas: 22; Vagas destinadas a pessoas com deficiência: 55; Total de Vagas: 1.110. As inscrições devem ser realizadas através do site da banca organizadora, a Fundação Getúlio Vargas (FGV). Veja os vídeos que estão em alta no g1 O prazo de duração dos contratos será de um ano, prorrogável para até no máximo três anos. O recrutamento vai acontecer por meio de um Processo Seletivo Simplificado (PSS), que será amplamente divulgado. O último concurso do IBGE foi em 2023, quando o governo federal autorizou o instituto a realizar concurso para contratar 8.141 funcionários temporários para a elaboração de pesquisas. Além disso, no ano passado o IBGE também ofertou 895 oportunidades no Concurso Público Nacional Unificado (CPNU). Governo autoriza IBGE a contratar 9,5 mil profissionais para pesquisas estatísticas Tânia Rêgo/Agência Brasil Veja dicas de como estudar para concurso: Veja dicas de como fazer uma boa redação para concurso Como estudar legislação para concurso?



Dia da Consciência Negra: veja as regras para quem trabalha em 20 de novembro


19/11/2025 03:01 - g1.globo.com


Dia da Consciência Negra é feriado ou ponto facultativo? Veja regras trabalhistas Na próxima quinta-feira (20) é celebrado o Dia Nacional da Consciência Negra, data que marca a morte do líder quilombola Zumbi dos Palmares. O feriado nacional pode gerar uma “emenda” para alguns trabalhadores. (Entenda mais abaixo) Desde 2023, o Dia da Consciência Negra, em 20 de novembro, é feriado nacional. A mudança foi aprovada pelo Congresso e sancionada em dezembro de 2023 pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça Em 2024, pela primeira vez, todos os 26 estados, os 5.570 municípios brasileiros e o Distrito Federal celebraram o feriado do Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra. Antes, o dia era reconhecido como feriado em seis estados e aproximadamente 1,2 mil cidades. Ou seja: a folga dependia de lei municipal ou estadual. Apesar ser um feriado nacional, não é todo mundo que acaba sendo beneficiado. A legislação trabalhista autoriza o funcionamento das atividades em setores que são classificados como essenciais. (Veja quais abaixo) ⚠️ Mas atenção: quem for escalado para trabalhar na data tem direitos assegurados, como a remuneração em dobro ou um dia de folga compensatória. Veja os vídeos em alta no g1: Veja os vídeos que estão em alta no g1 O g1 conversou com advogados especialistas em direito trabalhista para te ajudar a entender mais sobre o assunto. Abaixo, você vai descobrir: 🤔 Meu chefe pode me obrigar a trabalhar durante o feriado? ⚖️ Quais são os meus direitos? 💰 Remuneração em dobro ou folga? Quem define? ❌ Faltei ao trabalho, apesar de ter sido escalado. Posso ser demitido por justa causa? ➡️ Quem pode emendar o feriado? ⚠️ As regras são diferentes para empregado fixo e temporário? ✍🏼 Como funciona no caso do trabalhador intermitente? 📆 Quais são os próximos feriados de 2025? 1. Meu chefe pode me obrigar a trabalhar durante o feriado? Sim. Apesar do artigo 70 da CLT proibir atividades profissionais durante feriados nacionais, a legislação abre exceções para serviços considerados essenciais, como setores de indústria, comércio, transportes, comunicações, serviços funerários, atividades ligadas à segurança, entre outros. Além disso, o empregador pode solicitar que o funcionário trabalhe durante o feriado quando houver uma Convenção Coletiva de Trabalho, que é um acordo antecipado feito entre empregadores e sindicatos. 2. Quais são os meus direitos? Para quem é obrigado a trabalhar no feriado, a legislação garante o pagamento da remuneração em dobro ou compensação com folga em outro dia. " Havendo banco de horas também poderão ser lançadas estas horas de trabalho, nos termos do acordo individual ou coletivo", explica Ana Gabriela Burlamaqui, advogada trabalhista e sócia do A. C Burlamaqui Consultores. Em 2024, pela primeira vez, o Dia da Consciência Negra foi celebrado como feriado nacional em todo o país. Frederico Dávila/TV Globo 3. Remuneração em dobro ou folga? Quem define? A definição do tipo de compensação (seja através do pagamento em dobro ou concessão de folga compensatória) geralmente é determinada durante o acordo que feito entre empregador e sindicato. Na ausência da Convenção Coletiva de Trabalho, a decisão pode ser negociada entre empregador e funcionário. No entanto, é importante que as duas partes estejam de acordo e que a compensação escolhida esteja em conformidade com a legislação. "O empregador não pode decidir de forma unilateral. Se houver um acordo ou convenção coletiva prevendo a compensação por folga, essa regra prevalece; caso não exista, o pagamento em dobro pelo trabalho no feriado é obrigatório", afirma Elisa Alonso, advogada trabalhista e sócia do RCA Advogados. 4. Faltei ao trabalho, apesar de ter sido escalado. Posso ser demitido por justa causa? Depende. A falta pode ser entendida como insubordinação, que é a desobediência a um superior. "Mas a dispensa por justa causa, em geral, não decorre de um fato isolado, mas de um comportamento faltoso de forma reiterada", afirma Ana Gabriela Burlamaqui, advogada trabalhista. Com isso, a demissão por justa causa geralmente segue um processo que deve incluir uma soma de advertências escritas e tentativas de correção de comportamento. Em caso de expediente normal, o empregado poderá sofrer outras penalidades administrativas como o desconto do dia não trabalhado, que será considerado falta injustificada. "A falta injustificada deve ser repreendida, no entanto, para fins de justa causa necessário que outros sejam analisados, como a recorrência da conduta, o impacto causado à empresa e a função desempenhada pelo empregado, por exemplo", completa a advogada trabalhista Elisa Alonso. 5. Quem pode emendar o feriado? Por cair em uma quinta-feira, o Dia Nacional da Consciência Negra vai permitir que muitos trabalhadores "emendem" o feriado com o fim de semana, tirando quatro dias seguidos de folga. Apesar disso, é importante destacar que a sexta-feira (21) não é feriado e, sim, um dia de trabalho regular. Assim, essa possibilidade de "emenda" não é uma realidade de todos os trabalhadores: depende das políticas de cada empresa, no caso de funcionários de instituições privadas, e de decisões dos governos municipais, estaduais ou federal, para os servidores públicos. Veja: 🏢 EMPRESAS PRIVADAS - "Não há, na legislação trabalhista vigente, obrigatoriedade do empregador em conceder a 'emenda de feriado' aos seus empregados", afirma a advogada trabalhista Vanessa Carvalho. "Entretanto, é possível e bastante comum que este tema seja objeto de negociação entre as partes, empregadores e empregados", continua a especialista, que é sócia do escritório Miguel Neto Advogados. Uma opção para o empregador é pedir uma compensação do dia da emenda em gestão de banco de horas, um sábado ou com até duas horas a mais nos dias de semana. Já algumas empresas concedem folga na emenda do feriado de forma espontânea. Nestes casos, não são permitidos descontos do dia não trabalhado, e nem exigir sua compensação. 🏛️ FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS - Para os servidores federais, sexta-feira (21) não será ponto facultativo, de acordo com o calendário divulgado pelo governo no fim do ano passado. Para funcionários municipais e estaduais, a adoção do feriado depende de decisão de cada governo local. Em São Paulo, por exemplo, a prefeitura determinou a suspensão do expediente dos servidores públicos, que deverão compensar posteriormente as horas não trabalhadas. Nesses dias, a administração pública da capital pode instituir plantões, caso necessário. Vale lembrar que os serviços essenciais continuam funcionando normalmente, sem alteração na jornada de trabalho. 6. As regras são diferentes para empregado fixo e temporário? As regras básicas sobre trabalho em feriados aplicam-se tanto a empregados fixos quanto temporários, incluindo o direito ao pagamento em dobro ou folga compensatória. No entanto, contratados por meio de vínculo de trabalho temporário podem ter pré-condições específicas. 7. Como funciona no caso do trabalhador intermitente? Para o trabalhador que é contratado em regime de trabalho intermitente (previsão legal inserida na CLT pela Reforma Trabalhista de 2017), o pagamento em feriados deve ser acordado no momento da admissão. O contrato deve especificar o valor da hora de trabalho, que já deve considerar os adicionais devidos por trabalho em feriados ou horas extras. Dessa forma, o trabalhador intermitente receberá o valor que foi combinado para os dias trabalhados, incluindo feriados, aponta o advogado Luís Nicoli. 8. Quais são os próximos feriados de 2025? Depois de novembro, o próximo feriado nacional será o Natal, em 25 de dezembro, que cai numa quinta-feira, oferecendo possibilidade de emenda para quem folga na sexta, sábado ou domingo. A véspera de Ano Novo, em 31 de dezembro, também cai numa quinta-feira e é ponto facultativo a partir das 13h, permitindo emenda para quem folga em 1º de janeiro ou sai mais cedo do trabalho. O g1 preparou um calendário com todos os pontos facultativos e feriados nacionais de 2025. Confira: LEIA TAMBÉM As melhores datas para tirar férias em 2026: veja como emendar feriados e ganhar até seis dias de descanso Feriados de 2026: quase todos caem em dias úteis e viram folga prolongada; veja como aproveitar VEJA MAIS EM: Feriados de 2026: quase todos caem em dias úteis e viram folga prolongada Por que milhões seguem fora do mercado há anos?



Banco Master: o que se sabe sobre a crise que atinge o sistema financeiro e gera impactos políticos


19/11/2025 03:01 - g1.globo.com


Liquidação do Banco Master: como ficam os correntistas e investidores? A crise do Banco Master eclodiu nesta terça-feira (18) e se desenrolou ao longo de todo o dia. Em poucas horas, a instituição passou do anúncio de compra pela Fictor Holding Financeira para a decretação de liquidação extrajudicial pelo Banco Central (BC). 🔎 A liquidação extrajudicial ocorre quando o BC encerra as atividades de um banco que não tem mais condições de operar. Um liquidante assume o controle, fecha as operações, vende os bens e paga os credores na ordem prevista em lei, até extinguir a instituição. Nessa fase, as operações são finalizadas e o banco deixa de integrar o sistema financeiro nacional. A EFB Regimes Especiais de Empresas foi nomeada pelo BC para conduzir a administração especial. Com isso, qualquer negociação de compra do Banco Master é automaticamente suspensa. A decisão também impacta diretamente os investidores que adquiriram títulos da instituição. (leia mais abaixo) Além disso, Daniel Vorcaro, dono do banco, foi preso pela Polícia Federal (PF) no aeroporto Guarulhos na noite de segunda-feira (17). Segundo investigadores, ele estava tentando fugir do país em um avião particular para Malta, país na Europa. A defesa nega. Veja a seguir o que já se sabe e o que ainda falta esclarecer. A origem da crise Tentativas de venda Prisão de Vorcaro R$ 1,6 milhão na casa de diretor BC determina liquidação extrajudicial Como ficam os correntistas e investidores? Como reaver seu dinheiro pelo FGC? Investigação atinge o BRB Os principais pontos da investigação Impactos políticos Presidente do BRB é afastado do cargo Risco para servidores aposentados no Rio Quem são os alvos da operação e o que dizem Banco Central decreta liquidação do Banco Master LEIA MAIS Banco Central determina a liquidação extrajudicial do Banco Master SAIBA MAIS: Como ficam correntistas e investidores após a liquidação pelo BC? ENTENDA: O que é FGC e qual seu papel no caso do Banco Master? PASSO A PASSO: Tem investimento no Master? Saiba como reaver seu dinheiro A origem da crise O Banco Master teve forte crescimento nos últimos anos, mas com uma estratégia de captação de recursos considerada arriscada por analistas do mercado. O banco oferecia CDBs (Certificado de Depósito Bancário) com taxas muito acima das praticadas por outras instituições, atraindo investidores com base na proteção do Fundo Garantidor de Créditos (FGC). 🔎 O FGC, que protege até R$ 250 mil por investidor, oferece garantia em caso de falência de um banco associado. O fundo é formado pelas próprias instituições financeiras — ou seja, trata-se de um fundo privado que assegura os recursos dos investidores. Com esse tipo de operação, o Master acumulou um passivo bilionário, sustentado por ativos de baixa liquidez, como precatórios e participações em empresas em dificuldades. Essa prática elevou os custos e gerou desconfiança sobre a saúde financeira do banco. Voltar ao índice. Tentativas de venda Para tentar contornar a crise, Daniel Vorcaro iniciou a busca por um comprador para a instituição. O Banco de Brasília (BRB) chegou a anunciar a aquisição, mas, em setembro, o Banco Central vetou a operação. A instituição continuou procurando outro comprador no mercado. Na segunda-feira (17), a Fictor Holding Financeira anunciou a compra do Banco Master. O acordo previa um aporte imediato de R$ 3 bilhões para reforçar a estrutura de capital da instituição. SAIBA MAIS ABAIXO. Voltar ao índice. Prisão de Vorcaro Poucas horas após o anúncio, ainda na noite de segunda-feira, a Polícia Federal prendeu Daniel Vorcaro no aeroporto de Guarulhos. De acordo com os investigadores, ele tentava deixar o país em um avião particular com destino a Malta. A defesa de Vorcaro, por sua vez, “nega veementemente que ele estivesse fugindo do país”. Segundo os advogados, “o destino final do voo era Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, onde Vorcaro pretendia se encontrar com parte dos compradores Banco Master". 🔎 O consórcio responsável pela aquisição do Banco Master, liderado pela Fictor, inclui investidores dos Emirados Árabes Unidos, conforme comunicado divulgado pelo banco na véspera. Continua sem explicação a diferença nas informações fornecidas pela defesa de Vorcaro. SAIBA MAIS ABAIXO. Voltar ao índice. R$ 1,6 milhão na casa de diretor A PF encontrou R$ 1,6 milhão na casa de um dos investigados durante a operação desta terça-feira que mirou a venda de títulos de crédito falsos do Master. O investigado é o diretor do Banco Master Augusto Ferreira Lima, ex-CEO — que teve a prisão decretada pela PF. Além de Lima e de Vorcaro, outros três diretores foram detidos. SAIBA MAIS ABAIXO. Saiba quem são os diretores do Banco Master presos pela PF nesta terça Voltar ao índice. BC determina liquidação extrajudicial Paralelamente, o Banco Central decidiu nesta terça-feira (18) instaurar administração especial temporária por 120 dias no Banco Master e decretar a liquidação extrajudicial do conglomerado. Na prática, o BC encerra as atividades do banco e nomeia um liquidante, responsável por assumir o controle, encerrar operações, vender ativos e quitar credores conforme a ordem legal, até extinguir a instituição. Com isso, o banco deixa de integrar o sistema financeiro nacional. A decisão ocorreu poucas horas após a Fictor Holding anunciar a proposta de compra da instituição de Daniel Vorcaro — e pouco mais de dois meses depois de o BC ter rejeitado a aquisição pelo BRB. No ofício assinado pelo presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, a liquidação do Banco Master é justificada pela “situação econômico-financeira da instituição” e pela “infringência às normas que disciplinam a atividade bancária”. SAIBA MAIS ABAIXO. Como funciona a liquidação de um banco? Voltar ao índice. Como ficam os correntistas e investidores? Para correntistas — aqueles que mantêm recursos em conta corrente, poupança ou têm pagamentos pendentes — os saldos são protegidos pelo Fundo Garantidor de Créditos (FGC) até R$ 250 mil por CPF ou CNPJ, por instituição. No caso dos investidores, a cobertura varia conforme o tipo de aplicação. Estão dentro das regras do FGC: CDB e Recibo de Depósito Bancário (RDB); Letra de Crédito Imobiliário (LCIs) e Letra de Crédito do Agronegócio (LCAs). A indenização considera o valor investido somado aos rendimentos acumulados até a data da liquidação, limitado ao teto de R$ 250 mil. ⚠️ EXEMPLO: Quem tinha R$ 200 mil investidos e R$ 70 mil para receber em rendimentos terá acesso a até R$ 250 mil. O valor que exceder esse limite deve ser solicitado no processo de liquidação conduzido pelo BC. Por outro lado, não têm direito à cobertura do FGC os investidores que aplicaram em produtos sem garantia do fundo, como debêntures debêntures, Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs), Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRAs) e Fundos de investimento. SAIBA MAIS ABAIXO. Voltar ao índice. Como reaver seu dinheiro pelo FGC? Pessoas físicas: devem usar o aplicativo do FGC. Após realizar um cadastro básico, é necessário solicitar o pagamento da garantia; Pessoas jurídicas: devem fazer o pedido diretamente pelo site da instituição. Segundo o FGC, o pedido de pagamento da garantia para pessoas físicas deve ser feito pelo aplicativo do fundo, disponível no Google Play e na Apple Store. Após a assinatura do termo de solicitação, o FGC informa que a liberação costuma ocorrer em até 48 horas úteis, desde que os dados estejam corretos. Ainda assim, o período entre a decretação da liquidação e o pagamento aos investidores variou entre 14 e 40 dias nas operações mais recentes. VEJA O PASSO A PASSO ABAIXO. Voltar ao índice. Investigação atinge o BRB A investigação da Polícia Federal que levou à prisão de Daniel Vorcaro também encontrou indícios de que os dirigentes do Banco de Brasília (BRB) cometeram gestão fraudulenta da instituição. Em uma decisão obtida pela TV Globo, consta que o Ministério Público Federal identificou "indícios de participação consciente dos dirigentes do BRB no suposto esquema fraudulento engendrado pelos gestores do Banco Master". ➡️ Ao longo de meses, o BRB tentou fechar um acordo para comprar o Banco Master. A operação tinha o apoio do governador do DF, Ibaneis Rocha (MDB), mas foi barrada pelo Banco Central. Segundo o documento, o BRB injetou R$ 16,7 bilhões no Master entre 2024 e 2025. Desses, pelo menos R$ 12,2 bilhões envolvem operações em que há fortes indícios de fraude. SAIBA MAIS ABAIXO. Voltar ao índice. Os principais pontos da investigação Segundo a investigação da PF: O Banco Master emitiu R$ 50 bilhões em CDBs prometendo juros acima das taxas de mercado e sem comprovar que tinha liquidez, ou seja, que conseguiria pagar esses títulos no futuro. Para reforçar essa impressão de liquidez, o Master aplicou parte do dinheiro dos CDBs em ativos que não existem, comprando créditos de uma empresa chamada Tirreno. O Master não pagou nada por essa compra, mas logo em seguida vendeu esses mesmos créditos ao BRB – que pagou R$ 12,2 bilhões, sem documentação, para "socorrer" o caixa do Banco Master. Essas transações aconteceram no mesmo período em que o BRB tentava comprar o próprio Banco Master – e convencer os órgãos de fiscalização de que a transação era viável e não geraria risco aos acionistas do BRB, incluindo o governo do DF. Voltar ao índice. Impactos políticos Segundo a PF, grande parte das operações do Banco Master envolveu bancos e fundos de pensão, escapando ao controle dessas instituições devido à pressão de políticos com influência sobre elas. O blog do Valdo Cruz informou que governadores e parlamentares ligados a Daniel Vorcaro, com influência sobre esses bancos e fundos de pensão, estão na mira das investigações. De acordo os investigadores, diz o blog, a venda anunciada nesta segunda-feira do Banco Master para a Fictor foi uma “bomba de fumaça” lançada no mercado diante do avanço das investigações. O objetivo seria dar uma última cartada para evitar a exposição dos negócios fraudulentos da instituição de Daniel Vorcaro. SAIBA MAIS ABAIXO. Voltar ao índice. Presidente do BRB é afastado do cargo O presidente do Banco de Brasília (BRB), Paulo Henrique Costa, foi afastado do cargo por decisão judicial nesta terça-feira (18). A medida tem prazo de 60 dias e está relacionada à operação da Polícia Federal deflagrada no mesmo dia. De acordo com o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), Paulo Henrique Costa está nos Estados Unidos. Além dele, o diretor-executivo de finanças e controladoria do BRB, Dario Oswaldo Garcia Junior, também foi afastado do cargo. Em nota, o BRB informou que "sempre atuou em conformidade com as normas de compliance e transparência, prestando regularmente informações ao Ministério Público Federal e ao Banco Central do Brasil sobre todas as operações relacionadas ao Banco Master". SAIBA MAIS ABAIXO. Voltar ao índice. Risco para servidores aposentados no Rio O Rioprevidência, fundo que garante aposentadorias e pensões a 235 mil servidores inativos do Rio de Janeiro, investiu bilhões de reais em fundos do grupo liderado pelo Banco Master. Até julho, R$ 2,6 bilhões — cerca de 25% dos recursos aplicados pelo Rioprevidência — estavam expostos a operações do Banco Master, segundo o Tribunal de Contas do Estado (TCE-RJ). Em maio, o Tribunal já havia alertado para “graves irregularidades”. Em outubro, o TCE reiterou as críticas aos aportes e determinou uma tutela provisória, proibindo o fundo de realizar novas transações com o Master. O conselheiro José Gomes Graciosa afirmou que as operações colocam “em risco a aposentadoria daqueles que colaboraram com a construção deste estado”. Em nota, o Rioprevidência informou que o valor efetivamente investido no Banco Master foi de cerca de R$ 960 milhões. Acrescentou que o pagamento de aposentadorias e pensões está garantido, sem risco para os segurados do Estado do Rio de Janeiro. SAIBA MAIS ABAIXO. Voltar ao índice. Quem são os alvos da operação e o que dizem A operação Compliance Zero, realizada pela Polícia Federal na terça-feira, resultou em sete prisões, sendo cinco preventivas e duas temporárias. Os presos preventivamente — ou seja, sem prazo previsto para serem liberados — são: Daniel Bueno Vorcaro, presidente do Banco Master; Augusto Ferreira Lima, ex-CEO e sócio do Master; Luiz Antônio Bull, diretor de Riscos, Compliance, RH, Operações e Tecnologia do Master; Alberto Felix de Oliveira Neto, superintendente executivo de Tesouraria do Master; Ângelo Antônio Ribeiro da Silva, sócio do Master. ➡️ A defesa de Daniel Vorcaro afirmou que ele planejava voar para Dubai para se encontrar com os compradores do Banco Master. Declarou ainda estar à disposição para colaborar com as autoridades. ➡️ A defesa de Augusto Lima disse ter recebido a operação com surpresa. Acrescentou que ele se desligou das funções no Master em maio de 2024 e que os atos investigados são posteriores à sua saída. O espaço segue aberto para o posicionamento dos outros alvos da operação. Já os presos temporariamente, por três dias, são: André Felipe de Oliveira Seixas Maia, diretor de empresa envolvida no esquema; Henrique Souza Silva Peretto, sócio de empresa envolvida no esquema. Além das prisões, o juiz Ricardo Leite, da 10ª Vara Federal de Brasília, determinou o afastamento dos cargos, por 60 dias, de: Paulo Henrique Costa, presidente do Banco de Brasília (BRB); Dario Oswaldo Garcia, diretor financeiro do BRB. ➡️ Paulo Henrique Costa afirmou que a investigação da PF é "legítima, necessária e positiva" para o sistema financeiro. Declarou ainda que adotou uma série de medidas para preservar o banco público e que irá cooperar com as investigações. ➡️ O BRB esclareceu que não foi alvo de bloqueio de bens na operação Compliance Zero. O banco informou que mantém suas operações normalmente e que tem compromisso com a transparência, a legalidade e o cumprimento rigoroso de normas. SAIBA MAIS ABAIXO. Voltar ao índice. Infográfico - Entenda a polêmica dos CDBs do Banco Master Arte/g1 Fachada do Banco Master na cidade de Ssão Paulo, nesta terça-feira, 18 de novembro de 2025. Werther Santana/Estadão Conteúdo



Mega-Sena, concurso 2.941: prêmio acumula e vai a R$ 10 milhões


19/11/2025 00:03 - g1.globo.com


G1 | Loterias - Mega-Sena 2941 O sorteio do concurso 2.941 da Mega-Sena foi realizado na noite desta terça-feira (18), em São Paulo. Nenhuma aposta acertou as seis dezenas, e o prêmio para o próximo sorteio acumulou em R$ 10 milhões. Clique aqui para seguir o canal de Loterias do g1 no WhatsApp Veja os números sorteados: 14 - 30 - 33 - 35 - 48 - 51 5 acertos - 24 apostas ganhadoras: R$ 50.276,06 4 acertos - 1.523 apostas ganhadoras: R$ 1.305,93 O próximo sorteio da Mega será no sábado (22). Mega-Sena, concurso 2.941 Reprodução/Caixa Como funciona a Mega-sena Para apostar na Mega-Sena As apostas podem ser realizadas até as 20h (horário de Brasília) em qualquer lotérica do país ou por meio do site e aplicativo Loterias Caixa, disponíveis em smartphones, computadores e outros dispositivos. Já os bolões digitais poderão ser comprados até as 20h30, exclusivamente pelo portal Loterias Online e pelo aplicativo. O pagamento da aposta online pode ser realizado via PIX, cartão de crédito ou pelo internet banking, para correntistas da Caixa. É preciso ter 18 anos ou mais para participar. Probabilidades A probabilidade de vencer em cada concurso varia de acordo com o número de dezenas jogadas e do tipo de aposta realizada. Para um jogo simples, com apenas seis dezenas, que custa R$ 6, a probabilidade de ganhar o prêmio milionário é de 1 em 50.063.860, segundo a Caixa. Já para uma aposta com 20 dezenas (limite máximo), com o preço de R$ 232.560,00, a probabilidade de acertar o prêmio é de 1 em 1.292, ainda de acordo com a instituição. Bilhetes da Mega-Sena, em imagem de arquivo Marcelo Brandt/G1



Daniel Vorcaro tem frota de jatos executivos de luxo


18/11/2025 21:12 - g1.globo.com


Banqueiro Daniel Vorcaro e 3 diretores do Banco Master são presos em operação da PF Daniel Vorcaro, 42 anos, dono e controlador do Banco Master, preso pela Polícia Federal nesta terça-feira (18), em São Paulo, tem uma frota de jatos. Ele foi preso pela Polícia Federal na segunda-feira (17) ao tentar embarcar para a Europa em um avião particular que sairia do Aeroporto Internacional de SP, em Guarulhos, na Grande São Paulo. Para a PF, não há dúvidas de que ele iria fugir do país. Daniel é alvo de uma investigação federal sobre fraudes financeiras. Um dos jatos é o Falcon 7X, produzido pela empresa francesa Dassault Aviation. Sua autonomia é de aproximadamente 11.019 quilômetros (5.950 milhas náuticas) ou cerca de 13 horas de voo. Essa autonomia permite voos de longo curso, como, por exemplo, a capacidade de voar de Paris a Nova York ou de Teterboro a London City sem escalas. Segundo apuração da TV Globo, seria com o Falcon 7X que Daniel viajaria do Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, para Malta, na Europa. O jato está em nome da Viking Participações Ltda, uma holding, que tem Daniel Vorcaro como sócio-administrador. Além do Falcon 7X, ele também tem outros dois jatos: um Falcon 5X e um Gulfstream GV. A defesa dele "nega veementemente que ele estivesse fugindo do país. Afirma que o destino final do voo era Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, onde Vorcaro pretendia se encontrar com parte dos compradores Banco Master". Avião do Daniel Vorcaro Reprodução/TV Globo Quem é Daniel BC sofreu pressões de políticos para aprovar a venda do Master para o BRB Nascido em 6 de outubro de 1983, em Belo Horizonte, Vorcaro pertence a uma geração de empreendedores que expandiu atuação para setores financeiros, tecnológicos e corporativos. Com formação em Economia e MBA em Business/Managerial Economics pelo Ibmec, ele começou a ganhar as manchetes após o Banco Master, controlado por ele, firmar negócios vultosos com o governo do Distrito Federal (GDF), por meio do Banco de Brasília (BRB). O BRB, banco público do DF, comprou títulos de crédito emitidos pelo Banco Master. Esses papéis fazem parte das operações investigadas pela PF na Operação Compliance Zero, deflagrada nesta terça-feira (18). Ele ainda é acionista da Sociedade Anônima do Futebol (SAF) do Atlético-MG. Vorcaro é dono de 20,2% da SAF do Atlético, por meio do Galo Forte Fundo de Investimento em Participações Multiestratégia (FIP). A origem do dinheiro é investigada por possível conexão com o PCC. PF prende Daniel Vorcaro, dono do Banco Master Reprodução Operação da PF A operação mira a venda de títulos de crédito falsos. Na prática, o Banco Master emitia CDBs com a promessa de pagar ao cliente até 40% acima da taxa básica do mercado. No entanto, isso não acontecia. A decisão veio um dia depois de a Fictor Holding apresentar uma proposta de compra da instituição — e pouco mais de um mês após o BC ter rejeitado a aquisição pelo BRB (Banco de Brasília). A operação da PF investiga suspeitas de emissão e negociação de títulos de crédito falsos pelo Banco Master. Segundo a PF, o banco dirigido por Vorcaro teria criado papéis sem lastro ou com informações fraudulentas. Os títulos eram apresentados como ativos legítimos, mas não tinham valor real. Isso configuraria crimes de gestão fraudulenta e falsidade documental. A investigação aponta que havia uma estrutura organizada no Banco Master para sustentar a fraude, envolvendo dirigentes e colaboradores. A operação da PF estava prevista só para esta terça, mas a prisão de Vorcaro foi antecipada diante da situação. No total, foram cumpridos sete mandados de prisão e 25 de busca e apreensão em diversos estados. O objetivo é combater a emissão de títulos de crédito falsos por instituições financeiras que integram o Sistema Financeiro Nacional. As investigações tiveram início em 2024, após requisição do Ministério Público Federal, para investigar a possível fabricação de carteiras de crédito insubsistentes por uma instituição financeira. Esses títulos teriam sido vendidos a outro banco e, após fiscalização do Banco Central, substituídos por outros ativos sem avaliação técnica adequada. São investigados os crimes de gestão fraudulenta, gestão temerária, organização criminosa, entre outros. Liquidação extrajudicial Agências do Banco Master e do Banco de Brasília. Banco Master/Divulgação e Paulo H. Carvalho/Agência Brasília A prisão de Daniel Vorcaro aconteceu horas após um consórcio liderado pelo grupo de investimento Fictor Holding Financeira anunciar a compra do Banco Master. Na manhã desta terça, o Banco Central emitiu um comunicado decretando a liquidação extrajudicial do Master e a indisponibilidade dos bens dos controladores e dos ex-administradores da instituição. O negócio com o grupo Fictor teria a participação de investidores dos Emirados Árabes Unidos e previa um aporte imediato de R$ 3 bilhões para reforçar o caixa do Master, que passa por dificuldades financeiras. A compra ainda precisaria da aprovação do Banco Central do Brasil e do Conselho Administrativo de Defesa Econômica, o Cade. O Banco Master foi fundado em 1996, em Belo Horizonte, originalmente com o nome Banco Investmaster, por um grupo de empresários mineiros ligados ao setor financeiro. Em 2018, o banco passou por uma reestruturação e mudança de marca, tornando-se Banco Master. Nesse processo, Daniel Vorcaro assumiu o controle da instituição, reposicionando-a no mercado com foco em emissão de títulos de crédito e operações estruturadas. O banco se especializou em criar e negociar debêntures, notas promissórias e outros papéis de crédito, oferecendo esses ativos a investidores e instituições financeiras. Além do banco, o grupo mantinha a Master S.A. Corretora de Câmbio, voltada para operações cambiais e de intermediação financeira. PF prende Daniel Vorcaro, dono do Banco Master Reprodução



CDBs irreais e carteiras de crédito falsas: entenda o que está por trás da liquidação do Banco Master


18/11/2025 20:00 - g1.globo.com


Banco Central decreta liquidação do Banco Master A decisão do Banco Central (BC) de liquidar o Banco Master e a prisão de Daniel Vorcaro, dono da instituição, representam o capítulo final de uma série de polêmicas que já envolviam o banco. A instituição já operava sob risco de falência por causa do alto custo de captação e da exposição a investimentos considerados arriscados, com juros muito acima do padrão de mercado. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça Tentativas de venda, como a proposta do Banco de Brasília (BRB), não avançaram. Todas foram interrompidas por questionamentos de órgãos de controle, falta de transparência, pressões políticas e menções ao Master em investigações. O g1 explica a polêmica envolvendo o banco e os fatores que levaram ao pedido de liquidação nesta terça-feira, além da prisão de investigados por fraude ao sistema financeiro. LEIA MAIS Banco Central determina a liquidação extrajudicial do Banco Master SAIBA MAIS: Como ficam correntistas e investidores após a liquidação pelo BC? ENTENDA: O que é FGC e qual seu papel no caso do Banco Master? PASSO A PASSO: Tem investimento no Master? Saiba como reaver seu dinheiro Breve história do Banco Master O Banco Master surgiu em 1974, inicialmente como Máxima Corretora de Valores e Títulos Mobiliários. Ao longo das décadas, a empresa passou por expansões e alterações societárias até se tornar o conglomerado financeiro conhecido atualmente como Banco Master. Nos anos 2000 e 2010, o grupo expandiu sua atuação para áreas como crédito, investimentos, gestão de recursos e outras operações. Nos anos mais recentes, ganhou destaque ao oferecer produtos com rendimentos muito acima do mercado, atraindo milhares de investidores. A partir de 2022, começaram a surgir dúvidas sobre a saúde financeira do banco, diante da captação cara, da exposição a ativos de risco e das negociações de venda que não avançavam. Tentativas frustradas de venda e deterioração financeira O Banco Master voltou ao centro das atenções em março, quando avançou nas negociações para vender 58% do capital ao Banco de Brasília (BRB) por cerca de R$ 2 bilhões. A operação, que formaria um conglomerado com cerca de R$ 100 bilhões em ativos, passou a ser monitorada por órgãos de controle, como o Ministério Público do Distrito Federal e o Ministério Público de Contas, que pediram esclarecimentos sobre as condições da compra. O processo se arrastou enquanto o Master enfrentava dificuldades de caixa. Em maio, o banco obteve uma linha de crédito emergencial de R$ 4 bilhões do Fundo Garantidor de Créditos (FGC), renovada duas vezes. Ao mesmo tempo, buscava compradores para o Will Bank, seu braço digital. Na véspera da liquidação, a instituição recebeu outra oferta: a holding Fictor e um consórcio de investidores dos Emirados Árabes Unidos propuseram um aporte imediato de R$ 3 bilhões e a compra das ações do fundador Daniel Vorcaro, excluindo o Will Bank e o Master Investimentos. Com a liquidação decretada pelo Banco Central, a proposta perdeu validade. Liquidação do Banco Master: como ficam os correntistas e investidores? CDBs a juros impossíveis O sinal de alerta no mercado ficou mais evidente quando o banco passou a oferecer produtos financeiros com remunerações muito acima do padrão. O principal deles eram os CDBs emitidos pela instituição. 🔎 O Certificado de Depósito Bancário (CDB) é um investimento de renda fixa em que o investidor empresta dinheiro ao banco e recebe juros em troca. Essa remuneração pode ser pré-fixada (definida no momento da aplicação) ou pós-fixada (atrelada a indicadores como o CDI). Segundo o planejador financeiro e especialista em investimentos Jeff Patzlaff, o problema não era o CDB em si, mas o que justificava taxas tão elevadas. “No mercado financeiro, bancos saudáveis conseguem captar dinheiro barato, pagando algo entre 100% e 105% do CDI. Quando você via o Banco Master oferecendo 130%, 150% ou até 180% do CDI, isso não era generosidade — era um pedido de socorro”, diz o planejador. Segundo o especialista, esse movimento foi uma tentativa de captar dinheiro rapidamente após o banco perder acesso a crédito barato de grandes instituições financeiras. Esses investidores já haviam interrompido os repasses porque os números do Master não fechavam havia algum tempo. Sem acesso a crédito barato, o banco recorreu ao investidor pessoa física, oferecendo taxas "irresistíveis" para captar recursos rapidamente e tentar cobrir rombos operacionais. O risco também estava na qualidade dos ativos utilizados pelo banco: “Para pagar 150% do CDI, o banco precisaria emprestar a 200% ou 300% para ter lucro. Isso só é possível quando você empresta para quem ninguém mais quer, como projetos duvidosos ou precatórios judiciais incertos.” “As investigações indicam que o banco mantinha ativos ruins registrados como se fossem de boa qualidade e utilizava o dinheiro de novos investidores — captado por meio de CDBs com juros elevados — para pagar investidores antigos e manter a operação funcionando. Era uma dinâmica insustentável a longo prazo sem uma injeção real de capital, que nunca veio”, afirma Patzlaff. Após o Banco Central vetar a compra do Banco Master pelo BRB, o mercado passou a desconfiar (ainda mais) da situação do banco. Isso levou muitos investidores a tentar vender, no mercado secundário, seus CDBs do Master para evitar ficar “presos” ao título até o vencimento. Com a corrida por vendas, quase não havia compradores. Para atrair interessados, as taxas dos CDBs precisaram subir muito — chegando a 177% do CDI, ante os cerca de 120% praticados antes da crise. O banco já vinha pagando taxas muito altas para captar recursos, e decisões ruins sobre o uso desse dinheiro deixaram a instituição perto do calote e da falência. Quando os clientes tentaram se desfazer dos títulos, muitos não conseguiram vendê-los ou tiveram de aceitar descontos para encontrar compradores. Infográfico - Entenda a polêmica dos CDBs do Banco Master Arte/g1 Na mira das investigações Segundo a Polícia Federal, as investigações envolvendo o Banco Master começaram em 2024, após uma requisição do Ministério Público Federal. O objetivo era apurar a possível "fabricação" de carteiras de crédito falsas por uma instituição financeira. 🔎 Esses títulos teriam sido repassados a outro banco e, após fiscalização do Banco Central, substituídos por outros ativos sem a devida avaliação técnica. Durante audiência na CPI do Crime Organizado, no Senado, o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, afirmou que o esquema de fraudes financeiras que levou à prisão do presidente do Banco Master e de quatro diretores pode ter movimentado cerca de R$ 12 bilhões. Segundo Rodrigues, apenas na casa de um dos investigados da operação Compliance Zero foram encontrados R$ 1,6 milhão em dinheiro. Ele explicou aos parlamentares que a PF atua em conjunto com o Banco Central e o Coaf na apuração de crimes relacionados ao sistema financeiro. "Eu não sei quanto que nós vamos conseguir bloquear. Eu sei já que, em dinheiro, apreendemos na residência de um investigado R$ 1,6 milhão em dinheiro nessa operação de hoje", acrescentou o diretor na CPI do Crime Organizado. Segundo as investigações: O Banco Master emitiu R$ 50 bilhões em certificados de depósito bancário (CDBs) prometendo juros acima das taxas de mercado e sem comprovar que tinha liquidez, ou seja, que conseguiria pagar esses títulos no futuro. Ao comprar um CDB, o cliente empresta o dinheiro ao banco e recebe juros em troca. Para reforçar essa impressão de liquidez, o Master aplicou parte desses R$ 50 bilhões em ativos que não existem, comprando créditos de uma empresa chamada Tirreno. O Master não pagou nada por essa compra, mas logo em seguida vendeu esses mesmos créditos ao BRB — que pagou R$ 12,2 bilhões, sem documentação, para "socorrer" o caixa do Banco Master. Essas transações aconteceram no mesmo período em que o BRB tentava comprar o próprio Banco Master — e convencer os órgãos de fiscalização de que a transação era viável e não geraria risco aos acionistas do BRB, incluindo o governo do DF. Banqueiro Daniel Vorcaro e 3 diretores do Banco Master são presos em operação da PF O que acontece agora com o Banco Master? Com a liquidação extrajudicial, todas as operações do Banco Master foram encerradas de imediato. A diretoria foi afastada e o Banco Central nomeou um liquidante, que passa a controlar a instituição. Ele será responsável por identificar os bens do banco, levantar as dívidas, preservar documentos e dar início ao pagamento dos credores. Com a liquidação, todas as obrigações do banco vencem antecipadamente e o FGC é acionado para ressarcir correntistas e investidores dentro do limite de R$ 250 mil por CPF ou CNPJ. Além disso, o BC abre uma investigação própria para apurar as causas da quebra e possíveis irregularidades. “A medida suspende todas as operações, afasta a administração e dá ao liquidante poderes amplos para organizar os ativos e passivos e iniciar os pagamentos”, explica Berlinque Cantelmo, advogado criminalista e sócio do RCA Advogados. Ele destaca que os bens de controladores e ex-administradores ficam indisponíveis automaticamente, mecanismo previsto em lei para evitar a transferência de patrimônio. Para Cantelmo, essa medida indica indícios de condutas graves. A operação da Polícia Federal, que investiga a emissão de títulos falsos e irregularidades contábeis, pode levar à responsabilização criminal por gestão fraudulenta, gestão temerária, falsidade documental, lavagem de dinheiro e organização criminosa. As penas podem chegar a 12 anos de prisão. Casos anteriores — como Banco Santos, Cruzeiro do Sul e Banco Nacional — seguiram caminhos semelhantes. Como ficam os clientes do Banco Master? De acordo com advogados consultados pelo g1, com a liquidação extrajudicial, o Master fica “congelado”. Ou seja, nada entra ou sai até que o liquidante nomeado pelo Banco Central organize ativos e credores. Segundo Adilson Bolico, sócio do Mortari Bolico Advogados, é como se o banco “fechasse as portas para fazer um balanço”. FGC e investimentos: CDBs, LCIs, LCAs, poupança, depósitos à vista e letras de câmbio estão protegidos pelo FGC até R$ 250 mil por CPF, incluindo rendimento até a data da liquidação. Quem tinha valores acima desse limite entra na lista de credores — que, conforme a advogada Patricia Maia, sócia do Barbosa Maia Advogados, deve ser publicada em até 30 dias — e só recebe pela massa falida, um processo mais demorado. Fundos de investimento não dependem do FGC, pois o patrimônio é separado; apenas trocam de administrador. Pagamentos, boletos e saques: Saques e transferências ficam suspensos imediatamente. Pagamentos e débitos originados no Master deixam de ser executados até orientação do liquidante. Já parcelas de empréstimos e financiamentos devem continuar sendo pagas normalmente, porque, como explica Patricia Maia, “bancos em liquidação podem continuar recebendo valores de tomadores”. Clientes com dívidas e regras adicionais: Quem deve ao Master continua responsável pelo pagamento — a liquidação não extingue obrigações. A rentabilidade dos investimentos só conta até o dia da decretação. Também vale lembrar o teto global do FGC: quem já recebeu garantias em outros bancos nos últimos 4 anos tem limite de R$ 1 milhão no total. Fachada do Banco Master na cidade de Ssão Paulo, nesta terça-feira, 18 de novembro de 2025. Werther Santana/Estadão Conteúdo



Pedido de vista no TCU adia decisão sobre megaterminal do Porto de Santos


18/11/2025 19:01 - g1.globo.com

Receita Federal intercepta 405 kg de cocaína no Porto de Santos com cães farejadores O ministro Augusto Nardes, do Tribunal de Contas da União (TCU), pediu vista (mais tempo para análise) do processo que trata da licitação do megaterminal de contêiners do Porto de Santos, o Tecon Santos 10. O ponto principal é a discussão sobre o modelo de leilão (entenda mais abaixo). O empreendimento é o mais aguardado pelo setor e deve aumentar em 50% a capacidade de movimentação de contêiners no porto. 🔎 Com investimento estimado em R$ 6,45 bilhões e contrato inicial de 25 anos, renovável por até 70 anos, o Tecon Santos 10 ocupa uma área estratégica de 621,9 mil m² no cais do Saboó, no litoral de São Paulo. O relator do caso, ministro Antônio Anastasia, defendeu que a licitação não deve ter restrições à participação de operadores. Caso uma empresa que já atue no complexo portuário vença o certame, porém, deverá se desfazer dos ativos que já possui no porto. A proposta dele contraria a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), que defende um leilão em duas fases. A autarquia propõe que na primeira fase os operadores que já controlam terminais de contêineres no Porto de Santos estariam impedidos de participar. Se essa etapa fosse deserta, seria aberta a segunda fase. Nessa etapa, a licitação seria de participação geral, o que inclui os atuais incumbentes. Na hipótese de um deles vencer o certame, seria obrigado a promover, até a assinatura do novo contrato, o desinvestimento dos ativos que atualmente exploram. A Antaq argumenta que essa estratégia reduziria o risco de maior concentração operacional e econômica sob o controle dos atuais operadores do complexo portuário. Para o relator do caso, ministro Antônio Anastasia, embora a restrição pudesse ser considerada “lícita”, ela só se justificaria como medida excepcional e apenas se não houvesse alternativas. Na avaliação dele, esse não é o caso. "No momento em que a Antaq pressupõe uma licitação em duas fases, e diz que na eventual segunda fase haverá um processo desinvestimento, está aí fotografada a possibilidade de um atual incumbente despir a roupagem de incumbente e vestir a roupagem de entrante", defendeu o ministro. Segundo o ministro Anastasia, ao impor a condicionante de desinvestimento, afasta-se possíveis questões de concentração de mercado, já que o desinvestimento ocorreria previamente à assinatura do contrato. No dia 8 de dezembro, o pedido de vista será devolvido, e o tribunal poderá voltar ao caso. O pedido de vista já era esperado pelo setor. Agora, inicia-se uma “campanha voto a voto”, disse uma fonte do setor.  Isso porque o ministro revisor, Bruno Dantas,  votou pela realização do leilão em duas fases, mas com vedação da participação dos donos de navios, os chamados, armadores, na primeira fase.  “Os armadores que têm terminais não ganham só com tarifas, eles ganham com a exclusão de outros armadores que poderiam ter linhas marítimas para aquele mesmo porto”, defendeu o ministro.  “O Porto de Santos, historicamente, tem 3 grandes terminais: uma é joint venture entre dois dos maiores armadores do mundo, a MSC e a Maersk. O segundo terminal, que era bandeira branca até o começo deste ano, é a Santos Brasil e neste ano foi vendido para um grupo francês”, completou.



Chevrolet Captiva volta ao Brasil como SUV elétrico chinês por R$ 199.990; veja ficha técnica


18/11/2025 16:59 - g1.globo.com


Chevrolet lança 3 novos SUVs para o mercado brasileiro; veja detalhes e preços A Chevrolet anunciou, nesta terça-feira (18), uma versão elétrica e totalmente renovada do Captiva, que chega ao Brasil por R$ 199.990. O modelo segue o caminho do Spark EUV, que passou a ser produzido na China para enfrentar a concorrência dos veículos eletrificados no Brasil. Enquanto no Brasil e em outros mercados o modelo é chamado de Captiva, na China o projeto nasceu como derivação quase idêntica do SUV Wuling Starlight S. Embora siga a mesma estratégia do modelo lançado recentemente, o novo Captiva se posiciona acima dele. A principal diferença, além do preço cerca de R$ 50 mil mais alto, está nas dimensões, que são maiores até mesmo que as da Equinox (veja ficha técnica abaixo). ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 Carros no WhatsApp O motor elétrico oferece tração dianteira, 201 cv de potência e 31,6 kgfm de torque imediato. O conjunto acelera de 0 a 100 km/h em 9,9 segundos, e as baterias garantem autonomia de até 304 km, suficiente para mover os 1.800 kg do SUV. Chevrolet Captiva EV Os números de desempenho não impressionam, mas os 403 litros do porta-malas chamam atenção, assim como os 2,8 metros de entre-eixos, que ampliam o espaço para as pernas dos ocupantes — especialmente os da segunda fileira. Outro ponto que se destaca é a recarga. Segundo a Chevrolet, o novo Captiva EV leva apenas 30 minutos para ir de 30% a 80% de carga — desde que conectado a um eletroposto de 120 kW em um único cabo. Por fora, o Captiva se destaca pelas linhas retas da iluminação de rodagem diurna (DRL), finas e modernas, seguindo o padrão dos modelos mais recentes da Chevrolet, como a Blazer e o antigo Bolt. Internamente, as mudanças em relação à antiga versão a combustão são ainda mais significativas. O novo Captiva segue a linha dos veículos chineses — até porque é derivado de um deles. Isso se traduz em um painel minimalista, volante com poucos botões e uma central multimídia flutuante de grandes proporções. Chevrolet Captiva EV divulgação/Chevrolet A tela tem 15,6 polegadas e utiliza um sistema diferente do MyLink encontrado nos modelos a combustão da marca, como Onix e Tracker. Por isso, ela não é integrada ao serviço de concierge OnStar, disponível em outros veículos da GM vendidos no Ocidente. Itens de série do Chevrolet Captiva Vendido apenas em uma versão no Brasil, estes são os itens de série do novo Chevrolet Captiva EV: Central multimídia de 15,6 polegadas; Espelhamento de Apple CarPlay e Android Auto sem fios; Painel de instrumentos com 8,8 polegadas; Câmera em 360 graus; Piloto automático adaptativo; Assistente de permanência em faixa; Farol alto automático; Alerta de colisão frontal; 6 airbags; Porta-malas com abertura elétrica; Banco do motorista com ajustes elétricos; Teto solar panorâmico; Carregador de celular por indução. C Com quem o Captiva concorre Levando em conta o preço sugerido de R$ 199.990, encontramos um bom número de SUVs elétricos a venda no Brasil e que concorrem com o Captiva EV: Geely EX5: a partir de R$ 205.800; BYD Yuan Plus: a partir de R$ 235.990; GAC Aion V: a partir de R$ 219.990; MG S5: a partir de R$ 219.800; Omoda E5: a partir de R$ 209.900. Captiva pode ser fabricado no Brasil O lançamento do Captiva EV marca a chegada do modelo importado da China. A estratégia é a mesma adotada para o Spark EUV, modelo menor que já tem montagem nacional assegurada. Chevrolet Captiva EV divulgação/Chevrolet Para o Spark EUV, a fábrica recebe o veículo em kits parcialmente montados, importados da China (formato SKD). A montagem é feita por uma terceirizada, chamada de Comexport e que arrendou a antiga fábrica da Troller, em Horizonte (CE). "É uma fabricação sobre todos os padrões de qualidade da Chevrolet, que são garantidos por nós. Eles não têm licenciamento de marca, ela é nossa", diz Fabio Rua, vice-presidente da General Motors Brasil. O executivo acrescenta que a montagem em solo nacional facilita o abastecimento de peças para reparos ou substituições e reduz o tempo de espera — um problema comum em modelos recém-lançados. Rua não revelou o percentual de itens produzidos no Brasil, mas garantiu que esse número aumentará com o tempo. "Já existem fornecedores sendo homologados. A tendência é aumentar o índice de nacionalização ao longo do tempo. Quem desenvolve estes fornecedores é a Comexport", diz. A produção está prevista para começar em novembro deste ano, e a capacidade da Comexport é de até 7 mil veículos montados por ano. Se houver demanda pelo modelo, é possível ampliar. Durante o lançamento do Spark EUV, Rua afirmou ao g1 que a Comexport pode receber mais modelos e expandir a montagem sem muita demora.



Tem investimento no Banco Master? Saiba como reaver seu dinheiro pelo FGC


18/11/2025 16:22 - g1.globo.com


Liquidação do Banco Master: como ficam os correntistas? Depois da liquidação extrajudicial do Banco Master, determinada pelo Banco Central nesta terça-feira (18), ao menos parte dos investidores e correntistas que mantinha recursos no Banco Master terá garantia do Fundo Garantidor de Créditos (FGC). O FGC é uma associação privada, sem fins lucrativos, que integra o Sistema Financeiro Nacional e atua na manutenção da estabilidade do sistema, na prevenção de crises bancárias e na proteção de depositantes e investidores. Na prática, funciona como um fundo privado que atua como um seguro. É ele quem garante que os recursos depositados ou investidos em um banco permaneçam protegidos caso a instituição financeira enfrente alguma crise ou dificuldade. Os saldos de correntistas e investidores são protegidos pelo Fundo Garantidor de Créditos (FGC) até R$ 250 mil por CPF ou CNPJ, por instituição. No caso dos investidores, a cobertura varia conforme o tipo de aplicação. Estão dentro das regras do FGC: CDB e Recibo de Depósito Bancário (RDB); Letra de Crédito Imobiliário (LCIs) e Letra de Crédito do Agronegócio (LCAs). O FGC só atua em casos de intervenção ou liquidação de uma instituição financeira. A indenização considera o valor investido somado aos rendimentos acumulados até a data da liquidação, limitado ao teto de R$ 250 mil. ENTENDA: O que é FGC e qual seu papel no caso do Banco Master? 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça Tenho dinheiro no Master, o que acontece agora? Embora exista a garantia, o pagamento do FGC não é imediato. O processo tem início quando o liquidante envia ao fundo a lista completa de credores do banco — etapa que, em liquidações recentes, levou cerca de 30 dias. Com a lista consolidada, o FGC libera o acesso aos valores cobertos. Com as informações recebidas, o FGC libera a solicitação no aplicativo para que os credores cadastrem a conta bancária, façam a validação da biometria e o envio de documentos. "Todos os créditos enquadrados em nosso regulamento terão o processo de pagamento iniciado tão logo o levantamento dos dados dos credores seja concluído e disponibilizado ao FGC", diz o fundo em nota sobre a situação do Banco Master. Para solicitar o ressarcimento: Pessoas físicas: devem usar o aplicativo do FGC. Após realizar um cadastro básico, é necessário solicitar o pagamento da garantia; Pessoas jurídicas: devem fazer o pedido diretamente pelo site da instituição. Após a assinatura do termo de solicitação, o FGC informa que a liberação costuma ocorrer em até 48 horas úteis, desde que os dados estejam corretos. Ainda assim, o período entre a decretação da liquidação e o pagamento aos investidores variou entre 14 e 40 dias nas operações mais recentes. Para eventuais dúvidas, o FGC orienta que correntistas e investidores entrem em contato pelo e-mail atendimento.credores@fgc.org.br. Veja o passo a passo para reembolso pelo FGC Segundo o FGC, o pedido de pagamento da garantia para pessoas físicas deve ser feito pelo aplicativo do fundo, disponível no Google Play e na Apple Store. "No aplicativo do FGC, você pode conferir as instituições em regime especial decretado pelo Banco Central e se já é possível solicitar o pagamento de garantia, além de receber notificações para acompanhar o seu pedido", informou o fundo. Veja o passo a passo: Baixe o aplicativo do FGC e complete o cadastro, informando nome completo, CPF e data de nascimento; Solicite o pagamento de garantia. Essa etapa só ficará disponível após o envio, pelo liquidante, da lista completa de credores e valores devidos ao fundo. Depois, basta informar uma conta bancária de sua titularidade para receber os recursos, realizar a validação biométrica e enviar eventuais documentos solicitados. Para pessoas jurídicas, o FGC informa que o representante legal da empresa deve solicitar a garantia por meio do Portal do Investidor. Após o preenchimento das informações, o fundo envia um e-mail com o passo a passo necessário. "O pagamento é feito por transferência para uma conta-corrente ou poupança, de mesmo CNPJ, em nome da empresa", informa o FGC. Nos casos em que o pagamento precisar ser feito a inventariantes ou ao espólio, o FGC tratará diretamente com os beneficiários, não sendo possível fazer a solicitação pelo aplicativo. ⚠️ATENÇÃO: Valores que ultrapassarem o limite de cobertura do FGC, de R$ 250 mil, permanecerão sujeitos ao processo de liquidação do Banco Master. Nessa situação, o credor passa a integrar a massa falida como credor quirografário, sem garantia de recebimento dos valores. O que aconteceu com o Banco Master? O Banco Central decidiu nesta terça-feira (18) colocar o Banco Master sob administração especial temporária por 120 dias e decretar a liquidação extrajudicial do conglomerado. 🔎 A liquidação extrajudicial ocorre quando o Banco Central encerra as atividades de um banco que não tem mais condições de operar. Um liquidante assume o controle, fecha as operações, vende os bens e paga os credores na ordem prevista em lei, até extinguir a instituição. Nessa fase, as operações são finalizadas e o banco deixa de integrar o sistema financeiro nacional. O Banco Master já enfrentava risco de falência devido ao alto custo de captação e a investimentos considerados arriscados. O caso mais conhecido era a emissão títulos de renda fixa, os CDBs, que pagavam até 40% acima da taxa média do mercado. (veja aqui o que acontece com investidores) O presidente do banco, Daniel Vorcaro, foi preso ontem em uma operação da Polícia Federal. Além dele, seis dos sete mandados de prisão foram cumpridos pelos agentes, além de 25 mandados de busca e apreensão nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Bahia e no Distrito Federal. O objetivo da operação é combater a venda de títulos de crédito falsos. Ou seja, a instituição emitia CDBs com a promessa de remunerar clientes com taxas muito superiores às praticadas pelo mercado, mas o pagamento não ocorria. Segundo as investigações: O Banco Master emitiu R$ 50 bilhões em certificados de depósito bancário (CDBs) prometendo juros acima das taxas de mercado e sem comprovar que tinha liquidez, ou seja, que conseguiria pagar esses títulos no futuro. Ao comprar um CDB, o cliente empresta o dinheiro ao banco e recebe juros em troca. Para reforçar essa impressão de liquidez, o Master aplicou parte desses R$ 50 bilhões em ativos que não existem, comprando créditos de uma empresa chamada Tirreno. O Master não pagou nada por essa compra, mas logo em seguida vendeu esses mesmos créditos ao BRB — que pagou R$ 12,2 bilhões, sem documentação, para "socorrer" o caixa do Banco Master. Essas transações aconteceram no mesmo período em que o BRB tentava comprar o próprio Banco Master — e convencer os órgãos de fiscalização de que a transação era viável e não geraria risco aos acionistas do BRB, incluindo o governo do DF. Além disso, o Master era conhecido por comprar precatórios e investir em empresas em dificuldade. Para evitar a quebra, foram realizadas tentativas de venda do banco, o que inclui uma proposta do BRB. Todas acabaram canceladas, envoltas em questionamentos, pressões políticas e falta de transparência. A EFB Regimes Especiais de Empresas foi designada para conduzir a administração especial. Com a liquidação, qualquer negociação de compra em andamento é automaticamente interrompida. Infográfico - Entenda a polêmica dos CDBs do Banco Master Arte/g1 Prédio do Banco Master TV Globo



Antes de operação, MP de Contas alertou institutos de previdência social sobre aplicações no Banco Master


18/11/2025 15:53 - g1.globo.com


BC decreta liquidação extrajudicial do Banco Master A Procuradoria do Ministério Público de Contas de São Paulo (MPC-SP) alertou, em abril deste ano, que ao menos cinco institutos de previdência social de servidores municipais do estado aplicaram centenas de milhões de reais no Banco Master. A instituição foi alvo de uma operação da Polícia Federal nesta segunda-feira (17) e teve a liquidação extrajudicial decretada pelo Banco Central. Daniel Vorcaro, dono do Banco Master, foi preso no aeroporto de Guarulhos. Ele estava tentando fugir do país em um avião particular para Malta, país na Europa. Segundo a apuração do MPC-SP, os institutos de previdência de Cajamar, Araras, Santa Rita d’Oeste, Santo Antônio de Posse e São Roque investiram cerca de R$ 218 milhões em títulos de renda fixa do Master, a maior parte dessas aplicações feita em 2024. O procurador responsável manifestou preocupação com o risco de perda do patrimônio desses institutos, no caso de possível decretação de falência do banco. A reportagem pediu posicionamento à Prefeitura de Cajamar, ao Instituto de Previdência Social dos Servidores de Cajamar e ao TCE-SP, mas não obteve resposta até a última atualização deste texto. Do montante total, os valores investidos foram: R$ 87 milhões pelo o Instituto de Previdência Social dos Servidores de Cajamar; R$ 29 milhões pelo Serviço de Previdência Social do Município de Araras; R$ 2 milhões pelo Instituto de Previdência Municipal de Santa Rita d’Oeste; R$ 7 milhões pelo Instituto de Previdência Municipal de Santo Antônio de Posse; R$ 93,150 milhões pelo Instituto de Previdência Social dos Servidores Municipais de São Roque. Operação Daniel Vorcaro foi alvo de uma operação que mira a venda de títulos de crédito falsos. A instituição emitia CDBs com a promessa de pagar ao cliente até 40% acima da taxa básica do mercado. No entanto, esse retorno era irreal. Segundo a PF, o esquema pode ter movimentado R$ 12 bilhões. 🔎 O CDB (Certificado de Depósito Bancário) é um investimento de renda fixa onde você empresta dinheiro para um banco e, em troca, recebe juros sobre o valor investido. Ele funciona com rentabilidade pré-fixada (taxa definida no momento da aplicação) ou pós-fixada (atrelada a um indicador como o CDI). No total, a operação Compliance Zero cumpriu seis dos sete mandados de prisão. Quatro outros diretores do banco também foram presos. Havia ainda 25 mandados de busca e apreensão nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Bahia e no Distrito Federal. Após ser preso, Vorcaro foi levado para a Superintendência da PF em São Paulo. Procuradas pela reportagem, a defesa dele e a assessoria do banco ainda não se manifestaram. A prisão aconteceu horas após o consórcio liderado pelo grupo de investimento Fictor Holding Financeira anunciar a compra do Banco Master — e pouco mais de um mês após o Banco Central ter rejeitado a aquisição pelo BRB (Banco de Brasília). Na manhã desta terça, no entanto, o BC emitiu um comunicado decretando a liquidação extrajudicial do Master e a indisponibilidade dos bens dos controladores e dos ex-administradores da instituição. Com isso, qualquer negociação de compra em andamento é automaticamente interrompida. O negócio com o grupo Fictor teria a participação de investidores dos Emirados Árabes Unidos e previa um aporte imediato de R$ 3 bilhões para reforçar o caixa do Master, que passa por dificuldades financeiras. A compra ainda precisaria da aprovação do Banco Central do Brasil e do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). LEIA TAMBÉM: Quem é Daniel Vorcaro, dono do Banco Master preso pela PF Daniel Vorcaro detém parte da SAF do Atlético-MG Liquidação do Banco Master: como ficam correntistas e investidores? PF prende Daniel Vorcaro, dono do Banco Master Reprodução A PF tinha uma operação prevista para esta terça, mas a prisão de Vorcaro foi antecipada diante da possibilidade de fuga dele. Segundo investigadores, Vorcaro estava no banco na segunda-feira à tarde. Depois que saiu o comunicado da venda, ele pegou um helicóptero e foi para o aeroporto de Guarulhos. Ele seguiu direto do terminal da aviação executiva para pegar um avião particular com destino a Malta. Para a PF, não há dúvidas de que ele estava em fuga - não porque soubesse da operação desta terça, mas porque queria estar longe depois que a notícia da venda do Master fosse tornada pública. O objetivo é combater a emissão de títulos de crédito falsos por instituições financeiras que integram o Sistema Financeiro Nacional. As investigações tiveram início em 2024, após requisição do Ministério Público Federal, para investigar a possível fabricação de carteiras de crédito insubsistentes por uma instituição financeira. Esses títulos teriam sido vendidos a outro banco e, após fiscalização do Banco Central, substituídos por outros ativos sem avaliação técnica adequada. São investigados os crimes de gestão fraudulenta, gestão temerária, organização criminosa, entre outros. Além de presidente do Banco Master, diretores são alvo de mandados de prisão BRB já tentou comprar Antes da proposta da Fictor, o Banco de Brasília (BRB) já havia protagonizado uma tentativa frustrada de adquirir a instituição financeira de Daniel Vorcaro. O BRB e o Master haviam anunciado a operação em março, mas o negócio foi barrado cinco meses depois pela diretoria colegiada do Banco Central — instância máxima do BC, composta pelo presidente da instituição, Gabriel Galípolo, e mais oito diretores. Segundo a decisão, divulgada em setembro, os dirigentes do BC negaram a operação por entenderem que o pedido não contemplava todos os requisitos necessários, indicando a ausência de documentos que comprovassem a "viabilidade econômico-financeira". A aprovação pelo BC seria o último passo para a conclusão do negócio, já que o Cade havia dado o aval à operação em junho. A Câmara Legislativa do Distrito Federal também havia aprovado uma lei autorizando a compra – proposta e sancionada em tempo recorde pelo governador do DF, Ibaneis Rocha, defensor da transação. Anunciado em março, o acordo entre os bancos previa que o BRB, uma sociedade de capital e controlada majoritariamente pelo governo do Distrito Federal, adquirisse: 49% das ações ordinárias 100% das preferenciais e 58% do capital total do Master.



Fictor suspende operação de compra do Banco Master após liquidação extrajudicial


18/11/2025 15:40 - g1.globo.com


Banco Central determina a liquidação extrajudicial do Banco Master O consórcio de investidores globais liderado pela Fictor Holding Financeira anunciou, nesta terça-feira (18), a suspensão da operação de compra do Banco Master. "A operação de compra está suspensa, e nos colocamos à disposição das autoridades competentes para quaisquer esclarecimentos que julgarem necessários", disse a Fictor por meio de nota. O grupo afirmou que tomou conhecimento da liquidação extrajudicial da instituição pelo Banco Central do Brasil (BC) por meio da imprensa e reforçou que a operação envolvendo o Banco Master estava "integralmente condicionada à análise e à aprovação prévia dos órgãos reguladores". "Desde o início, conduzimos todas as etapas com total transparência, responsabilidade e estrita observância aos ritos estabelecidos pelas normas legais", informou a Fictor por meio de nota. O consórcio liderado pela Fictor havia anunciado, na véspera, uma proposta de compra do Banco Master. A operação previa um aporte imediato de R$ 3 bilhões para reforçar a estrutura de capital da instituição e incluía a aquisição de todas as ações de Daniel Vorcaro, acionista controlador do Master. ➡️ A Fictor Holding Financeira é um grupo de participações e gestão de empresas que atua nos setores de serviços financeiros, indústria alimentícia e infraestrutura. O grupo também é patrocinador do Palmeiras. O que aconteceu com o Banco Master? O Banco Central decidiu nesta terça-feira (18) colocar o Banco Master sob administração especial temporária por 120 dias e decretar a liquidação extrajudicial do conglomerado. 🔎 A liquidação extrajudicial ocorre quando o Banco Central encerra as atividades de um banco que não tem mais condições de operar. Um liquidante assume o controle, fecha as operações, vende os bens e paga os credores na ordem prevista em lei, até extinguir a instituição. Nessa fase, as operações são finalizadas e o banco deixa de integrar o sistema financeiro nacional. O Banco Master já enfrentava risco de falência devido ao alto custo de captação e a investimentos considerados arriscados. O caso mais conhecido era a emissão títulos de renda fixa, os CDBs, que pagavam até 40% acima da taxa média do mercado. (veja aqui o que acontece com investidores) O presidente do banco, Daniel Vorcaro, foi preso ontem em uma operação da Polícia Federal. Além dele, seis dos sete mandados de prisão foram cumpridos pelos agentes, além de 25 mandados de busca e apreensão nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Bahia e no Distrito Federal. O objetivo da operação é combater a venda de títulos de crédito falsos. Ou seja, a instituição emitia CDBs com a promessa de remunerar clientes com taxas muito superiores às praticadas pelo mercado, mas o pagamento não ocorria. Segundo as investigações: O Banco Master emitiu R$ 50 bilhões em certificados de depósito bancário (CDBs) prometendo juros acima das taxas de mercado e sem comprovar que tinha liquidez, ou seja, que conseguiria pagar esses títulos no futuro. Ao comprar um CDB, o cliente empresta o dinheiro ao banco e recebe juros em troca. Para reforçar essa impressão de liquidez, o Master aplicou parte desses R$ 50 bilhões em ativos que não existem, comprando créditos de uma empresa chamada Tirreno. O Master não pagou nada por essa compra, mas logo em seguida vendeu esses mesmos créditos ao BRB — que pagou R$ 12,2 bilhões, sem documentação, para "socorrer" o caixa do Banco Master. Essas transações aconteceram no mesmo período em que o BRB tentava comprar o próprio Banco Master — e convencer os órgãos de fiscalização de que a transação era viável e não geraria risco aos acionistas do BRB, incluindo o governo do DF. Além disso, o Master era conhecido por comprar precatórios e investir em empresas em dificuldade. Para evitar a quebra, foram realizadas tentativas de venda do banco, o que inclui uma proposta do BRB. Todas acabaram canceladas, envoltas em questionamentos, pressões políticas e falta de transparência. A EFB Regimes Especiais de Empresas foi designada para conduzir a administração especial. Com a liquidação, qualquer negociação de compra em andamento é automaticamente interrompida. LEIA MAIS Banco Central determina a liquidação extrajudicial do Banco Master Liquidação do Banco Master: como ficam correntistas e investidores? Veja a nota na íntegra da Fictor Holding Financeira O consórcio de investidores globais liderado pela Fictor Holding Financeira tomou conhecimento, pela imprensa, da decisão anunciada nesta terça-feira (18/11) referente à liquidação extrajudicial do Banco Master pelo Banco Central do Brasil, bem como das medidas adotadas pelas autoridades competentes em relação aos atuais controladores da instituição. Como informado ontem, a operação envolvendo o Banco Master estava integralmente condicionada à análise e à aprovação prévia dos órgãos reguladores. Desde o início, conduzimos todas as etapas com total transparência, responsabilidade e estrita observância aos ritos estabelecidos pelas normas legais. Reafirmamos nosso absoluto respeito ao Banco Central do Brasil e aos demais órgãos de supervisão e controle, assim como nosso compromisso com a integridade, a transparência e a estabilidade do sistema financeiro brasileiro. A operação de compra está suspensa, e nos colocamos à disposição das autoridades competentes para quaisquer esclarecimentos que julgarem necessários. Por se tratar de tema sob análise das autoridades, o consórcio não comentará o mérito das investigações. Infográfico - Entenda a polêmica dos CDBs do Banco Master Arte/g1 Fachada do Banco Master na cidade de Ssão Paulo, nesta terça-feira, 18 de novembro de 2025. Werther Santana/Estadão Conteúdo Veja os vídeos em alta no g1: Veja os vídeos que estão em alta no g1 *Esta reportagem está em atualização



O que é FGC? Fundo vai garantir que parte dos investidores do Master tenham recursos de volta


18/11/2025 15:22 - g1.globo.com


Banco Central determina a liquidação extrajudicial do Banco Master A liquidação extrajudicial do Banco Master, determinada pelo Banco Central nesta terça-feira (18), deixou investidores e correntistas apreensivos quanto à disponibilidade dos recursos aplicados no banco. Pelo menos parte dos depósitos mantidos no Master será garantida pelo Fundo Garantidor de Créditos (FGC). O FGC é uma associação privada, sem fins lucrativos, que integra o Sistema Financeiro Nacional e atua na manutenção da estabilidade do sistema, na prevenção de crises bancárias e na proteção de depositantes e investidores. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça Na prática, funciona como um fundo privado que atua como um seguro. É ele quem garante que os recursos depositados ou investidos em um banco permaneçam protegidos caso a instituição financeira enfrente alguma crise ou dificuldade. Os recursos do FGC vêm dos próprios bancos associados, que fazem contribuições mensais ao fundo. Em 2024, o FGC encerrou o ano com patrimônio de R$ 140,4 bilhões, um aumento de 12% em relação aos R$ 125,4 bilhões registrados no ano anterior. Até setembro, o montante já havia alcançado R$ 153,5 bilhões, dos quais R$122 bilhões eram recursos líquidos em caixa para o exercício de sua atividade. Mas é preciso cumprir algumas regras e limitações para garantir a devolução dos recursos. Veja abaixo quais são. Liquidação do Banco Master: como ficam correntistas e investidores? Quem está protegido pelo FGC? Os saldos de correntistas e investidores são protegidos pelo Fundo Garantidor de Créditos (FGC) até R$ 250 mil por CPF ou CNPJ, por instituição. No caso dos investidores, a cobertura varia conforme o tipo de aplicação. Estão dentro das regras do FGC: CDB e Recibo de Depósito Bancário (RDB); Letra de Crédito Imobiliário (LCIs) e Letra de Crédito do Agronegócio (LCAs). O FGC só atua em casos de intervenção ou liquidação de uma instituição financeira. A indenização considera o valor investido somado aos rendimentos acumulados até a data da liquidação, limitado ao teto de R$ 250 mil. ⚠️ EXEMPLO: Quem tinha R$ 180 mil investidos e R$ 100 mil para receber em rendimentos terá acesso a até R$ 250 mil. O valor que exceder esse limite deve ser solicitado no processo de liquidação conduzido pelo BC. Quem não está protegido pelo FGC? Não têm direito à cobertura do FGC os investidores que aplicaram em produtos sem garantia do fundo, como: Debêntures; Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs),; Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRAs); Fundos de investimento; Títulos emitidos fora do sistema de proteção. Nesses casos, não há indenização automática: todo o valor investido entra integralmente na fila da liquidação e só poderá ser recuperado se houver recursos suficientes após o pagamento das obrigações prioritárias. Segundo o advogado Eduardo Brasil, sócio do Fonseca Brasil Serrão Advogados, o tratamento é diferente para os investidores que possuem aplicações não cobertas pelo FGC. “Esses recursos passam a integrar a massa de credores da liquidação, e a recuperação dependerá da venda de ativos e da capacidade financeira do banco ao longo do processo. O resultado pode ser pagamento integral, parcial ou até inexistente, dependendo do patrimônio disponível.” E quando o saldo ultrapassa R$ 250 mil? Quem possui valores acima do limite coberto pelo FGC precisa se habilitar como credor na liquidação. Para isso, é necessário acompanhar o site da empresa liquidante, onde serão publicadas as orientações e a lista de documentos exigidos. 🔎 O BC recomenda que o credor busque orientação jurídica para entender os prazos, organizar a documentação e garantir que todos os direitos sejam respeitados ao longo do processo. Para saldos em conta corrente e poupança, vale a mesma regra aplicada aos investimentos cobertos: o FGC garante até R$ 250 mil por CPF ou CNPJ por instituição. O valor que excede esse limite não é coberto e entra na fila da liquidação — tanto no caso de depósitos quanto de aplicações protegidas, como CDBs, RDBs e LCIs/LCAs. ⚠️ EXEMPLO: Um correntista com R$ 280 mil na poupança pode receber até R$ 250 mil pelo FGC. Os R$ 30 mil restantes entram no processo de liquidação e só serão pagos se houver recursos após o atendimento das prioridades legais, como dívidas trabalhistas e tributos. Como reaver o saldo? Embora exista a garantia, o pagamento do FGC não é imediato. O processo tem início quando o liquidante envia ao fundo a lista completa de credores do banco — etapa que, em liquidações recentes, levou cerca de 30 dias. Com a lista consolidada, o FGC libera o acesso aos valores cobertos. "Todos os créditos enquadrados em nosso regulamento terão o processo de pagamento iniciado tão logo o levantamento dos dados dos credores seja concluído e disponibilizado ao FGC", diz o fundo em nota sobre a situação do Banco Master. Para solicitar o ressarcimento: Pessoas físicas: devem usar o aplicativo do FGC. Após realizar um cadastro básico, é necessário solicitar o pagamento da garantia; Pessoas jurídicas: devem fazer o pedido diretamente pelo site da instituição. Após a assinatura do termo de solicitação, o FGC informa que a liberação costuma ocorrer em até 48 horas úteis, desde que os dados estejam corretos. Ainda assim, o período entre a decretação da liquidação e o pagamento aos investidores variou entre 14 e 40 dias nas operações mais recentes. Para eventuais dúvidas, o FGC orienta que correntistas e investidores entrem em contato pelo e-mail atendimento.credores@fgc.org.br. Governo já havia apertado regras do FGC por conta do Banco Master Em agosto deste ano, o governo federal já havia endurecido as regras para as instituições associadas ao FGC, em meio à crise provocada pelo Banco Master. Isso ocorreu porque o banco adotou uma conduta considerada agressiva ao captar recursos via CDB, oferecendo taxas muito acima das praticadas por outras instituições. A resolução do governo, aprovada em 1º de agosto durante uma reunião extraordinária do Conselho Monetário Nacional (CMN), determinou que as instituições que ultrapassarem o limite de 60% de recursos captados com garantia do FGC deverão fazer uma contribuição adicional ao fundo. As novas regras apertam o limite anterior, que era de 75%, e estabelecem um aumento na cobrança adicional. Segundo o BC, a medida buscava elevar a contribuição de instituições cuja estratégia de captação "que possam ter efeito negativo sobre a estabilidade financeira”. Além disso, o governo determinou que a instituição financeira que estiver “excessivamente alavancada” será obrigada a aplicar os recursos excedentes em ativos seguros, como títulos públicos federais. A medida busca “evitar a tomada de riscos excessivos por parte da instituição na aplicação em outros ativos”. Nesses casos, considera-se excessivamente alavancada a instituição cujo volume de captações com garantia do FGC seja 10 vezes superior ao seu Patrimônio Líquido Ajustado. Educação Financeira: saiba o que é o FGC O que aconteceu com o Banco Master? O Banco Central decidiu nesta terça-feira (18) colocar o Banco Master sob administração especial temporária por 120 dias e decretar a liquidação extrajudicial do conglomerado. 🔎 A liquidação extrajudicial ocorre quando o Banco Central encerra as atividades de um banco que não tem mais condições de operar. Um liquidante assume o controle, fecha as operações, vende os bens e paga os credores na ordem prevista em lei, até extinguir a instituição. Nessa fase, as operações são finalizadas e o banco deixa de integrar o sistema financeiro nacional. O Banco Master já enfrentava risco de falência devido ao alto custo de captação e a investimentos considerados arriscados. O caso mais conhecido era a emissão títulos de renda fixa, os CDBs, que pagavam até 40% acima da taxa média do mercado. (veja aqui o que acontece com investidores) O presidente do banco, Daniel Vorcaro, foi preso ontem em uma operação da Polícia Federal. Além dele, seis dos sete mandados de prisão foram cumpridos pelos agentes, além de 25 mandados de busca e apreensão nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Bahia e no Distrito Federal. O objetivo da operação é combater a venda de títulos de crédito falsos. Ou seja, a instituição emitia CDBs com a promessa de remunerar clientes com taxas muito superiores às praticadas pelo mercado, mas o pagamento não ocorria. Segundo as investigações: O Banco Master emitiu R$ 50 bilhões em certificados de depósito bancário (CDBs) prometendo juros acima das taxas de mercado e sem comprovar que tinha liquidez, ou seja, que conseguiria pagar esses títulos no futuro. Ao comprar um CDB, o cliente empresta o dinheiro ao banco e recebe juros em troca. Para reforçar essa impressão de liquidez, o Master aplicou parte desses R$ 50 bilhões em ativos que não existem, comprando créditos de uma empresa chamada Tirreno. O Master não pagou nada por essa compra, mas logo em seguida vendeu esses mesmos créditos ao BRB — que pagou R$ 12,2 bilhões, sem documentação, para "socorrer" o caixa do Banco Master. Essas transações aconteceram no mesmo período em que o BRB tentava comprar o próprio Banco Master — e convencer os órgãos de fiscalização de que a transação era viável e não geraria risco aos acionistas do BRB, incluindo o governo do DF. Além disso, o Master era conhecido por comprar precatórios e investir em empresas em dificuldade. Para evitar a quebra, foram realizadas tentativas de venda do banco, o que inclui uma proposta do BRB. Todas acabaram canceladas, envoltas em questionamentos, pressões políticas e falta de transparência. A EFB Regimes Especiais de Empresas foi designada para conduzir a administração especial. Com a liquidação, qualquer negociação de compra em andamento é automaticamente interrompida. Infográfico - Entenda a polêmica dos CDBs do Banco Master Arte/g1 Prédio do Banco Master TV Globo



Saiba quem são os diretores do Banco Master presos pela PF nesta terça


18/11/2025 13:19 - g1.globo.com


Prisão do dono do Master envolve gestão fraudulenta A Polícia Federal (PF) cumpriu mandados de prisão contra o presidente do Banco Master, Daniel Vorcaro, e quatro diretores da instituição, nesta terça-feira (18), durante operação que mira um esquema de fraudes financeiras. A prisão aconteceu horas após o consórcio liderado pelo grupo de investimento Fictor Holding Financeira anunciar a compra do Banco Master— e pouco mais de um mês após o Banco Central ter rejeitado a aquisição pelo BRB (Banco de Brasília). Segundo a TV Globo apurou, sete mandados de prisão foram expedidos e cumpridos no âmbito da operação. Entre os presos estão Vorcaro e quatro diretores. Veja a lista de presos envolvendo o banco Master: Daniel Bueno Vorcaro, presidente Augusto Ferreira Lima, ex-CEO e sócio Luiz Antônio Bull, diretor de Riscos, Compliance, RH, Operações e Tecnologia Alberto Felix de Oliveira Neto, superintendente executivo de Tesouraria Ângelo Antônio Ribeiro da Silva, consta como um dos sócios Também foram presos André Felipe de Oliveira Seixas Maia e Henrique Souza Silva Peretto, ambos sócios de empresas envolvidas no esquema. O presidente do Banco de Brasília (BRB), Paulo Henrique Costa, e o diretor-executivo de finanças e controladoria da instituição foram afastados dos cargo por 60 dias, por decisão judicial. Agente da PF conta dinheiro encontrado na casa de um dos dirigentes do Banco Master Divulgação/PF Investigações As investigações começaram em 2025, após o Banco Central (BC) enviar um relatório informando das suspeitas. Na manhã desta terça, o BC emitiu um comunicado decretando a liquidação extrajudicial do Master e a indisponibilidade dos bens dos controladores e dos ex-administradores da instituição. Com isso, o processo de compra está automaticamente interrompido. 🔎 A liquidação extrajudicial ocorre quando o Banco Central fecha um banco que não tem mais condições de funcionar. Um liquidante assume o controle, encerra as operações, vende os bens e paga os credores, até extinguir a instituição. O negócio com o grupo Fictor teria a participação de investidores dos Emirados Árabes Unidos e previa um aporte imediato de R$ 3 bilhões para reforçar o caixa do Master, que passa por dificuldades financeiras. A compra ainda precisaria da aprovação do Banco Central do Brasil e do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).



Banco Master: como ficam correntistas e investidores após a liquidação pelo BC?


18/11/2025 12:26 - g1.globo.com


Liquidação do Banco Master: como ficam os correntistas? A decisão do Banco Central (BC) de colocar o Banco Master sob administração especial temporária e decretar sua liquidação extrajudicial despertou dúvidas entre correntistas e investidores, sobretudo entre aqueles que possuem CDBs emitidos pela instituição. 🔎 O Certificado de Depósito Bancário (CDB) é um investimento de renda fixa em que o investidor empresta dinheiro a um banco e recebe juros em troca. Essa remuneração pode ser pré-fixada (definida no momento da aplicação) ou pós-fixada (vinculada a um indicador, como o CDI). A crise ganhou ainda mais destaque após a prisão de Daniel Vorcaro, dono do Banco Master, na segunda-feira (17). A Polícia Federal deteve o empresário no Aeroporto de Guarulhos, quando ele tentava fugir do país em um avião particular com destino a Malta, país na Europa. A seguir, o g1 apresenta as principais dúvidas de correntistas e investidores do Banco Master. Como funciona a liquidação de um banco? O que é a proteção do FGC? Quem não é protegido pelo FGC? Quando o saldo ultrapassa R$ 250 mil Como pedir o ressarcimento ao FGC Quanto o FGC vai precisar aportar no caso do Banco Master? Como ficam os pagamentos de quem tem dívida com o Banco Master? As chaves PIX do Banco Master ainda vão funcionar? Como funciona a liquidação de um banco? A liquidação extrajudicial é um regime usado para encerrar as atividades de uma instituição financeira e retirá-la do Sistema Financeiro Nacional de forma organizada. 🔎 Esse mecanismo é acionado pelo BC quando há insolvência sem chance de recuperação ou quando ocorrem infrações graves às normas do setor, entre outras situações previstas em lei. "Isso significa que o banco deixa imediatamente de operar e passa a ser retirado do sistema financeiro de maneira controlada e organizada", explica André Santa Cruz, doutor em Direito Comercial pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Segundo Santa Cruz, os efeitos são imediatos: o banco interrompe suas operações, todos os contratos em andamento passam a ser considerados vencidos e qualquer ação judicial contra a instituição fica suspensa durante o processo de liquidação. Com a decretação da liquidação, o processo fica sob responsabilidade de uma empresa indicada pelo BC. O profissional designado — o liquidante — deve levantar os bens do banco e suas dívidas para, posteriormente, organizar o pagamento dos credores na ordem prevista em lei. Com isso, o liquidante passa a identificar os ativos do Banco Master — como imóveis, recursos em caixa e carteiras de crédito. Paralelamente, ele deve mapear as dívidas — que incluem obrigações trabalhistas, tributos e débitos com outras instituições. Somente após essa fase é iniciada a venda dos bens para o pagamento dos credores. Em processos de liquidação, trabalhadores e credores tributários — como a Receita Federal e as Secretarias de Fazenda — geralmente têm prioridade na ordem de pagamento. "Caso haja capital para pagar todos os credores, o que provavelmente não deve ocorrer, isso será feito durante o trâmite da liquidação", explica Bruno Boris, sócio do Bruno Boris Advogados. O que é a proteção do FGC? Para correntistas — aqueles que mantêm recursos em conta corrente, poupança ou têm pagamentos pendentes — os saldos são protegidos pelo Fundo Garantidor de Créditos (FGC) até R$ 250 mil por CPF ou CNPJ, por instituição. No caso dos investidores, a cobertura varia conforme o tipo de aplicação. Estão dentro das regras do FGC: CDB e Recibo de Depósito Bancário (RDB); Letra de Crédito Imobiliário (LCIs) e Letra de Crédito do Agronegócio (LCAs). O FGC só atua em casos de intervenção ou liquidação de uma instituição financeira. A indenização considera o valor investido somado aos rendimentos acumulados até a data da liquidação, limitado ao teto de R$ 250 mil. ⚠️ EXEMPLO: Quem tinha R$ 180 mil investidos e R$ 100 mil para receber em rendimentos terá acesso a até R$ 250 mil. O valor que exceder esse limite deve ser solicitado no processo de liquidação conduzido pelo BC. Quem não é protegido pelo FGC? Não têm direito à cobertura do FGC os investidores que aplicaram em produtos sem garantia do fundo, como: Debêntures; Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs),; Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRAs); Fundos de investimento; Títulos emitidos fora do sistema de proteção. Nesses casos, não há indenização automática: todo o valor investido entra integralmente na fila da liquidação e só poderá ser recuperado se houver recursos suficientes após o pagamento das obrigações prioritárias. Segundo o advogado Eduardo Brasil, sócio do Fonseca Brasil Serrão Advogados, o tratamento é diferente para os investidores que possuem aplicações não cobertas pelo FGC. “Esses recursos passam a integrar a massa de credores da liquidação, e a recuperação dependerá da venda de ativos e da capacidade financeira do banco ao longo do processo. O resultado pode ser pagamento integral, parcial ou até inexistente, dependendo do patrimônio disponível.” Quando o saldo ultrapassa R$ 250 mil Quem possui valores acima do limite coberto pelo FGC precisa se habilitar como credor na liquidação. Para isso, é necessário acompanhar o site da empresa liquidante, onde serão publicadas as orientações e a lista de documentos exigidos. 🔎 O BC recomenda que o credor busque orientação jurídica para entender os prazos, organizar a documentação e garantir que todos os direitos sejam respeitados ao longo do processo. Para saldos em conta corrente e poupança, vale a mesma regra aplicada aos investimentos cobertos: o FGC garante até R$ 250 mil por CPF ou CNPJ por instituição. O valor que excede esse limite não é coberto e entra na fila da liquidação — tanto no caso de depósitos quanto de aplicações protegidas, como CDBs, RDBs e LCIs/LCAs. ⚠️ EXEMPLO: Um correntista com R$ 280 mil na poupança pode receber até R$ 250 mil pelo FGC. Os R$ 30 mil restantes entram no processo de liquidação e só serão pagos se houver recursos após o atendimento das prioridades legais, como dívidas trabalhistas e tributos. Como pedir o ressarcimento ao FGC Embora exista a garantia, o pagamento do FGC não é imediato. O processo tem início quando o liquidante envia ao fundo a lista completa de credores do banco — etapa que, em liquidações recentes, levou cerca de 30 dias. Com a lista consolidada, o FGC libera o acesso aos valores cobertos. "Todos os créditos enquadrados em nosso regulamento terão o processo de pagamento iniciado tão logo o levantamento dos dados dos credores seja concluído e disponibilizado ao FGC", diz o fundo em nota sobre a situação do Banco Master. Para solicitar o ressarcimento: Pessoas físicas: devem usar o aplicativo do FGC. Após realizar um cadastro básico, é necessário solicitar o pagamento da garantia; Pessoas jurídicas: devem fazer o pedido diretamente pelo site da instituição. Após a assinatura do termo de solicitação, o FGC informa que a liberação costuma ocorrer em até 48 horas úteis, desde que os dados estejam corretos. Ainda assim, o período entre a decretação da liquidação e o pagamento aos investidores variou entre 14 e 40 dias nas operações mais recentes. Para eventuais dúvidas, o FGC orienta que correntistas e investidores entrem em contato pelo e-mail atendimento.credores@fgc.org.br. Quanto o FGC vai precisar aportar no caso do Banco Master? O valor que o FGC precisará aportar no caso do Banco Master ainda não está claro. A estimativa só será possível após o liquidante nomeado pelo BC — a EFB Regimes Especiais de Empresas — enviar a lista completa de credores da instituição. Esse levantamento costuma levar alguns dias e, em alguns casos, pode se estender por semanas até que todas as informações estejam consolidadas. O dinheiro do FGC vem das próprias instituições financeiras. Todos os meses, bancos e demais instituições contribuem para manter o fundo. Como ficam os pagamentos de quem tem dívida com o Banco Master? Mesmo com a liquidação, quem possui empréstimos — incluindo crédito consignado — continua obrigado a pagar as parcelas normalmente. A liquidação não cancela contratos já assinados. O liquidante assume a administração desses contratos e deverá informar como os pagamentos serão feitos daqui para frente, incluindo emissão de boletos, canais de atendimento e possíveis mudanças nos procedimentos. Enquanto as orientações oficiais não forem divulgadas, o consumidor deve: Manter os comprovantes de pagamentos anteriores; Evitar atrasos; Não pagar boletos enviados por terceiros até que haja comunicado oficial do liquidante. As chaves PIX do Banco Master ainda vão funcionar? Não. As chaves PIX registradas no Banco Master deixam de valer imediatamente, pois a instituição é retirada dos sistemas de pagamento ao entrar em liquidação. Segundo a advogada Daniela Poli Vlavianos, do escritório Arman Advocacia, para continuar usando o PIX, o cliente precisa registrar uma nova chave em outro banco ou fintech de sua titularidade. "Assim que a chave deixa de ser ativa quando a instituição é retirada do sistema, ela é liberada para novo registro pelo titular em outro banco ou fintech." Infográfico - Entenda a polêmica dos CDBs do Banco Master Arte/g1 Banco Master irá dividir suas operações de atacado e varejo Crédito: Divulgação



Dólar cai e fecha em R$ 5,31, à espera de dados dos EUA e após liquidação do Banco Master; bolsa recua


18/11/2025 12:00 - g1.globo.com


Entenda o que faz o preço do dólar subir ou cair O dólar fechou a sessão desta terça-feira (18) em queda de 0,26%, cotado a R$ 5,3177. O Ibovespa, principal índice da bolsa, encerrou com um recuo de 0,30%, aos 156.522 pontos. O principal destaque do dia ficou com os desdobramentos da liquidação extrajudicial do Banco Master, anunciada pelo Banco Central (BC), e à prisão do presidente da instituição, Daniel Vorcaro. Além disso, investidores também aguardam a divulgação de novos dados de emprego nos Estados Unidos, após o fim do shutdown. (Entenda mais abaixo) 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça ▶️ A Polícia Federal prendeu, na noite de segunda-feira (17), Daniel Vorcaro, dono do Banco Master. Vorcaro foi preso em Guarulhos, enquanto tentava embarcar em um voo particular para Malta. A prisão aconteceu no âmbito da Operação Compliance Zero, que cumpre sete mandados de prisão e 25 de busca e apreensão nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Bahia e no Distrito Federal. A operação mira a venda de títulos de crédito falsos por parte da instituição. ▶️ A prisão de Vorcaro aconteceu apenas algumas horas após a Fictor Holding ter apresentado uma proposta de compra do Master. Na manhã desta terça, porém, o BC decidiu colocar a instituição sob administração especial temporária por 120 dias e decretar sua liquidação extrajudicial. ▶️ O presidente do Banco de Brasília (BRB), Paulo Henrique Costa — que já havia tentado comprar o Banco Master — foi afastado do cargo por decisão judicial. O diretor-executivo de finanças e controladoria do BRB, Dario Oswaldo Garcia Junior, também foi afastado. ▶️ Na bolsa, as ações de bancos caem diante das expectativas de como a liquidação extrajudicial do Banco Master pode afetar o setor. Por volta das 17h, as ações do Banco do Brasil (BBAS3) recuavam 1,87%, enquanto os papéis do Bradesco (BBDC4) caíam 0,67%. No Itaú (ITUB4), a baixa era de 0,07%. Já as units do BTG Pactual (BPAC11) e do Santander (SANB11) perdiam 0,66% e 0,12%, respectivamente. ▶️ No exterior, investidores aguardam a divulgação de novos dados de emprego nos Estados Unidos, após o fim da paralisação do governo norte-americano. Os destaques ficam com a ata do último encontro do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), na quarta-feira (19), e o relatório de empregos payroll, previsto para quinta (20). ▶️ Além disso, o mercado também aguarda os resultados da Nvidia. A valorização recente das ações de tecnologia preocupa o mercado e amplia a aversão ao risco, o que leva os principais índices acionários para baixo. Veja a seguir como esses fatores influenciam o mercado. 💲Dólar a Acumulado da semana: +0,40%; Acumulado do mês: -1,15%; Acumulado do ano: -13,95%. 📈Ibovespa Acumulado da semana: -0,77%; Acumulado do mês: +4,67%; Acumulado do ano: +30,13%. A liquidação extrajudicial do Banco Master O Banco Central decidiu nesta terça-feira (18) colocar o Banco Master sob administração especial temporária por 120 dias e decretar a liquidação extrajudicial do conglomerado. O presidente, Daniel Vorcaro, também foi preso ontem em uma operação da Polícia Federal. O Banco Master já vinha sob risco de falência devido ao custo elevado de captação e à exposição a investimentos arriscados, como CDBs com juros muito acima do mercado. 🔎 A liquidação extrajudicial ocorre quando o Banco Central encerra as atividades de um banco que não tem mais condições de operar. Um liquidante assume o controle, fecha as operações, vende os bens e paga os credores na ordem prevista em lei, até extinguir a instituição. Nessa fase, as operações são finalizadas e o banco deixa de integrar o sistema financeiro nacional. A EFB Regimes Especiais de Empresas foi designada para conduzir a administração especial. Com a liquidação, qualquer negociação de compra em curso é automaticamente interrompida. O BC decretou a liquidação do Banco Master por entender que a instituição estava financeiramente comprometida, com forte deterioração de liquidez (falta de caixa suficiente) e descumprimento de regras do sistema financeiro, além de ignorar determinações do próprio BC. O caso mais conhecido do Banco Master relacionado ao alto custo de captação e investimentos considerados arriscados era a emissão de Certificados de Depósitos Bancários (CDBs), títulos de renda fixa, que pagavam até 40% acima da taxa média do mercado. O objetivo da operação é combater a emissão de títulos de crédito falsos por instituições financeiras do Sistema Financeiro Nacional. O presidente do BRB, Paulo Henrique Costa, que atualmente está nos EUA, foi afastado do cargo por decisão judicial. O afastamento é pelo prazo de 60 dias, segundo o banco. O diretor-executivo de finanças e controladoria, Dario Oswaldo Garcia Junior, também foi afastado do cargo. LEIA MAIS Banco Central determina a liquidação extrajudicial do Banco Master SAIBA MAIS: como ficam correntistas e investidores após a liquidação pelo BC? ENTENDA: o que é FGC e qual seu papel no caso do Banco Master? PASSO A PASSO: tem investimento no Master? Saiba como reaver seu dinheiro À espera de novos dados nos EUA Os investidores também seguem em compasso de espera pela divulgação de novos dados econômicos nos Estados Unidos. Além da expectativa pela divulgação da ata da última reunião do Fed amanhã, investidores também aguardam os novos dados de emprego do payroll, que voltará a ser divulgado após o fim da maior paralisação do governo norte-americano da história. Os resultados da Nvidia, que devem ser divulgados na quarta-feira (19) também devem ficar no radar dos investidores. Segundo analistas da XP, a companhia deve continuar no centro das discussões porque muitos acham que suas ações estão muito caras e têm dúvidas se o crescimento impulsionado pela inteligência artificial deve se manter à frente. Bolsas globais Em Wall Street, os mercados americanos fecharam em queda, refletindo preocupações com o alto preço das ações e a menor probabilidade de corte nos juros pelo Federal Reserve. O Dow Jones recuou 1,07%, para 46.091,68 pontos. O S&P 500 caiu 0,82%, a 6.617,37 pontos, enquanto o Nasdaq teve baixa de 1,21%, a 22.432,85 pontos. As bolsas europeias fecharam em queda, acompanhando o clima negativo nos mercados globais. Assim como nos EUA, as preocupações com empresas de tecnologia e a redução das expectativas de corte nos juros pelo Fed pesaram sobre os índices. O índice STOXX 600 caiu 1,76%, a 561,62 pontos. Em Londres, o FTSE 100 recuou 1,27%, a 9.552,30 pontos; em Frankfurt, o DAX perdeu 1,77%, a 23.173,05 pontos; em Paris, o CAC 40 caiu 1,86%, a 7.967,93 pontos. Na Ásia, os mercados encerraram o dia em queda, pressionados pelo setor de novas energias. Em Tóquio, o Nikkei caiu 3,2%, a 48.702 pontos. Em Hong Kong, o Hang Seng recuou 1,72%, a 25.930 pontos; em Xangai, o SSEC perdeu 0,81%, a 3.939 pontos; e o CSI300 caiu 0,65%, a 4.568 pontos. Em Seul, o Kospi teve baixa de 3,32%, a 3.953 pontos; Taiwan registrou queda de 2,52%, a 26.756 pontos; e Cingapura recuou 0,80%, a 4.507 pontos. Notas de dólar. Dado Ruvic/ Reuters



'Para ter chegado a esse ponto, processo deve estar muito robusto', diz Haddad sobre liquidação do banco Master


18/11/2025 11:14 - g1.globo.com

Haddad fala sobre liquidação do Banco Master: 'Processo deve estar muito robusto' O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, evitou se aprofundar em declarações sobre a liquidação extrajudicial do banco Master, e a prisão de Daniel Vorcaro, dono da instituição financeira. Mas, em conversa com jornalistas na portaria do Ministério da Fazenda, em Brasília, ele avaliou que o processo, conduzido pelo Banco Central, deve estar "muito robusto". "Não vou comentar porque é um assunto do Banco Central, mas vocês acompanharam todo o processo. Enfim, o Banco Central é o órgão regulador do sistema financeiro, e eu tenho certeza que, pra ter chegado a esse ponto, todo esse processo deve estar muito robusto", declarou o ministro Haddad. Liquidação extrajudicial O ​processo de liquidação extrajudicial, determinado pelo Banco Central para o banco Master, é um regime que se destina a interromper o funcionamento de uma instituição e promover sua retirada, de forma organizada, do sistema financeiro nacional. "É adotada quando ocorrer situação de insolvência irrecuperável ou quando forem cometidas graves infrações às normas que regulam sua atividade, entre outras hipóteses legais", explica o Banco Central, em sua página na internet. A decisão veio um dia após a Fictor Holding apresentar uma proposta de compra da instituição de Daniel Vorcaro — e pouco mais de dois meses depois de o BC ter vetado a aquisição pelo BRB (Banco de Brasília). Vorcaro também foi preso em operação da Polícia Federal. No regime, as atividades operacionais da instituição são interrompidas e todas as suas obrigações são consideradas vencidas. Nesse caso, segundo o BC, os fundos garantidores de crédito protegem determinados recursos depositados ou investidos em suas instituições associadas. No caso do Fundo Garantidor de Crédito (FGC), por exemplo, garante até R$ 250 mil por CPF ou CNPJ, por instituição financeira ou conglomerado, com um limite global de R$ 1 milhão a cada quatro anos. Esse valor cobre depósitos e investimentos como CDBs, LCIs, LCAs, poupança e letras de câmbio, em caso de quebra da instituição. Haddad prefere não comentar Haddad afirmou preferir não comentar o assunto, por estar na área de atuação do Banco Central, que preza pela solidez do sistema financeiro nacional. "Ele [Banco Central] que tem as informações todas, eu penso que o Banco Central vai dando as informações na medida do andamento do processo de liquidação. O que cabe a fazenda é dar suporte as consequências desse ato, se houver", acrescentou ele.



Quem é Daniel Vorcaro, dono do Banco Master preso pela PF


18/11/2025 11:07 - g1.globo.com


Além de presidente do Banco Master, diretores são alvo de mandados de prisão Dono e controlador do Banco Master, Daniel Vorcaro, é um banqueiro brasileiro de 42 anos alvo de uma investigação federal sobre fraudes financeiras. Ele foi preso pela Polícia Federal na segunda-feira (17) ao tentar embarcar para a Europa em um avião particular que sairia do Aeroporto Internacional de SP, em Guarulhos, na Grande São Paulo. Para a PF, não há dúvidas de que ele iria fugir do país. Procurada, a defesa dele "nega veementemente que ele estivesse fugindo do país. Afirma que o destino final do voo era Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, onde Vorcaro pretendia se encontrar com parte dos compradores Banco Master". A operação mira a venda de títulos de crédito falsos. Na prática, o Banco Master emitia CDBs com a promessa de pagar ao cliente até 40% acima da taxa básica do mercado. No entanto, isso não acontecia. A decisão veio um dia depois de a Fictor Holding apresentar uma proposta de compra da instituição — e pouco mais de um mês após o BC ter rejeitado a aquisição pelo BRB (Banco de Brasília). Nascido em 6 de outubro de 1983, em Belo Horizonte, Vorcaro pertence a uma geração de empreendedores que expandiu atuação para setores financeiros, tecnológicos e corporativos. Com formação em Economia e MBA em Business/Managerial Economics pelo Ibmec, ele começou a ganhar as manchetes após o Banco Master, controlado por ele, firmar negócios vultosos com o governo do Distrito Federal (GDF), por meio do Banco de Brasília (BRB). O BRB, banco público do DF, comprou títulos de crédito emitidos pelo Banco Master. Esses papéis fazem parte das operações investigadas pela PF na Operação Compliance Zero, deflagrada nesta terça-feira (18). Ele ainda é acionista da Sociedade Anônima do Futebol (SAF) do Atlético-MG. Vorcaro é dono de 20,2% da SAF do Atlético, por meio do Galo Forte Fundo de Investimento em Participações Multiestratégia (FIP). A origem do dinheiro é investigada por possível conexão com o PCC. PF prende Daniel Vorcaro, dono do Banco Master Reprodução Operação da PF A operação da PF investiga suspeitas de emissão e negociação de títulos de crédito falsos pelo Banco Master. Segundo a PF, o banco dirigido por Vorcaro teria criado papéis sem lastro ou com informações fraudulentas. Os títulos eram apresentados como ativos legítimos, mas não tinham valor real. Isso configuraria crimes de gestão fraudulenta e falsidade documental. A investigação aponta que havia uma estrutura organizada no Banco Master para sustentar a fraude, envolvendo dirigentes e colaboradores. A operação da PF estava prevista só para esta terça, mas a prisão de Vorcaro foi antecipada diante da situação. No total, foram cumpridos sete mandados de prisão e 25 de busca e apreensão em diversos estados. O objetivo é combater a emissão de títulos de crédito falsos por instituições financeiras que integram o Sistema Financeiro Nacional. As investigações tiveram início em 2024, após requisição do Ministério Público Federal, para investigar a possível fabricação de carteiras de crédito insubsistentes por uma instituição financeira. Esses títulos teriam sido vendidos a outro banco e, após fiscalização do Banco Central, substituídos por outros ativos sem avaliação técnica adequada. São investigados os crimes de gestão fraudulenta, gestão temerária, organização criminosa, entre outros. Liquidação extrajudicial Agências do Banco Master e do Banco de Brasília. Banco Master/Divulgação e Paulo H. Carvalho/Agência Brasília A prisão de Daniel Vorcaro aconteceu horas após um consórcio liderado pelo grupo de investimento Fictor Holding Financeira anunciar a compra do Banco Master. Na manhã desta terça, o Banco Central emitiu um comunicado decretando a liquidação extrajudicial do Master e a indisponibilidade dos bens dos controladores e dos ex-administradores da instituição. O negócio com o grupo Fictor teria a participação de investidores dos Emirados Árabes Unidos e previa um aporte imediato de R$ 3 bilhões para reforçar o caixa do Master, que passa por dificuldades financeiras. A compra ainda precisaria da aprovação do Banco Central do Brasil e do Conselho Administrativo de Defesa Econômica, o Cade. O Banco Master foi fundado em 1996, em Belo Horizonte, originalmente com o nome Banco Investmaster, por um grupo de empresários mineiros ligados ao setor financeiro. Em 2018, o banco passou por uma reestruturação e mudança de marca, tornando-se Banco Master. Nesse processo, Daniel Vorcaro assumiu o controle da instituição, reposicionando-a no mercado com foco em emissão de títulos de crédito e operações estruturadas. O banco se especializou em criar e negociar debêntures, notas promissórias e outros papéis de crédito, oferecendo esses ativos a investidores e instituições financeiras. Além do banco, o grupo mantinha a Master S.A. Corretora de Câmbio, voltada para operações cambiais e de intermediação financeira. PF prende Daniel Vorcaro, dono do Banco Master Reprodução



Banco Central determina a liquidação extrajudicial do Banco Master


18/11/2025 10:29 - g1.globo.com


BC decreta liquidação extrajudicial do Banco Master O Banco Central decidiu nesta terça-feira (18) colocar o Banco Master sob administração especial temporária por 120 dias e decretar a liquidação extrajudicial do conglomerado. A decisão foi tomada um dia após a Fictor Holding apresentar uma proposta de compra da instituição de Daniel Vorcaro — e pouco mais de dois meses depois de o BC rejeitar a aquisição pelo BRB (Banco de Brasília). 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça Vorcaro também foi preso ontem em uma operação da Polícia Federal. (veja mais abaixo) 🔎 A liquidação extrajudicial ocorre quando o Banco Central encerra as atividades de um banco que não tem mais condições de operar. Um liquidante assume o controle, fecha as operações, vende os bens e paga os credores na ordem prevista em lei, até extinguir a instituição. Nessa fase, as operações são finalizadas e o banco deixa de integrar o sistema financeiro nacional. No ofício assinado pelo presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, a liquidação do Banco Master se justifica "em razão do comprometimento da situação econômico-financeira da instituição, com deterioração da situação de liquidez, bem como por infringência às normas que disciplinam a atividade bancária e inobservância das determinações do Banco Central do Brasil". A EFB Regimes Especiais de Empresas foi designada para conduzir a administração especial. Com a liquidação, qualquer negociação de compra em andamento é automaticamente interrompida. O Banco Master já enfrentava risco de falência devido ao alto custo de captação e a investimentos considerados arriscados. O caso mais conhecido era a emissão títulos de renda fixa, os CDBs, que pagavam até 40% acima da taxa média do mercado. (veja aqui o que acontece com investidores) Além disso, o Master era conhecido por comprar precatórios e investir em empresas em dificuldade. Para evitar a quebra, foram realizadas tentativas de venda do banco, o que inclui uma proposta do BRB. Todas acabaram canceladas, envoltas em questionamentos, pressões políticas e falta de transparência. (saiba mais abaixo) A decisão do BC atinge quatro empresas do conglomerado Master: Banco Master S/A, Master de Investimento, Letsbank e Master Corretora. O Banco Master Múltiplo, ligado ao grupo, está sob Regime Especial de Administração Temporária (RAET), medida usada quando a paralisação total da instituição pode gerar risco ao sistema financeiro, que busca garantir a continuidade do Wil Bank, comprado pelo grupo em 2024. Liquidação do Banco Master: como ficam correntistas e investidores? PF prende Daniel Vorcaro PF prende Daniel Vorcaro, dono do Banco Master Na noite desta segunda-feira (17), a Polícia Federal prendeu Daniel Vorcaro no Aeroporto de Guarulhos, durante a Operação Compliance Zero. Segundo investigadores, ele tentava fugir do país em um avião particular com destino a Malta, país na Europa. Além de Vorcaro, seis dos sete mandados de prisão foram cumpridos pelos agentes, além de 25 mandados de busca e apreensão nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Bahia e no Distrito Federal. O objetivo da operação é combater a venda de títulos de crédito falsos. Ou seja, a instituição emitia CDBs com a promessa de remunerar clientes com taxas muito superiores às praticadas pelo mercado, mas o pagamento não ocorria. As investigações começaram em 2024, após requisição do Ministério Público Federal, para apurar a possível fabricação de carteiras de crédito sem lastro por uma instituição financeira. Esses títulos teriam sido vendidos a outro banco e, após fiscalização do BC, substituídos por ativos sem avaliação técnica adequada. São investigados crimes como gestão fraudulenta, gestão temerária, organização criminosa, entre outros. Fictor anuncia compra do Banco Master Consórcio liderado pelo grupo Fictor Holding Financeira anuncia compra do Banco Master A Fictor Holding Financeira havia apresentado nesta segunda-feira (17) uma proposta de aquisição do Banco Master. Estava previsto um aporte imediato de R$ 3 bilhões para reforçar a estrutura de capital da instituição. ➡️ A Fictor Holding Financeira é um grupo de participações e gestão de empresas que atua nos setores de serviços financeiros, indústria alimentícia e infraestrutura. Liderado pela Fictor, o consórcio para compra do banco também contava com investidores dos Emirados Árabes. A operação ainda dependia da aprovação do BC e do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). Após a Operação Compliance Zero, o grupo anunciou a suspensão da compra do Master. "A operação de compra está suspensa, e nos colocamos à disposição das autoridades competentes para quaisquer esclarecimentos que julgarem necessários", disse a Fictor por meio de nota. O grupo afirmou que tomou conhecimento da liquidação extrajudicial pela imprensa e reforçou que a operação envolvendo o Master estava "integralmente condicionada à análise e à aprovação prévia dos órgãos reguladores". "Desde o início, conduzimos todas as etapas com total transparência, responsabilidade e estrita observância aos ritos estabelecidos pelas normas legais", informou a Fictor. BRB já tentou comprar Antes da proposta da Fictor, o Banco de Brasília (BRB) já havia protagonizado uma tentativa frustrada de adquirir a instituição financeira de Daniel Vorcaro. Relembre o caso aqui. O BRB e o Master haviam anunciado a operação em março, mas o negócio foi barrado cinco meses depois pela diretoria colegiada do BC, composta pelo presidente da instituição, Gabriel Galípolo, e mais oito diretores. Segundo a decisão divulgada em setembro, os dirigentes do BC negaram a operação por entenderem que o pedido não contemplava todos os requisitos necessários, apontando a ausência de documentos que comprovassem a "viabilidade econômico-financeira". A aprovação pelo BC seria o último passo para a conclusão do negócio, já que o Cade havia dado o aval à operação em junho. A Câmara Legislativa do Distrito Federal também havia aprovado uma lei autorizando a compra — proposta e sancionada em tempo recorde pelo governador do DF, Ibaneis Rocha, defensor da transação. Anunciado em março, o acordo entre os bancos previa que o BRB, uma sociedade de capital e controlada majoritariamente pelo governo do Distrito Federal, adquirisse: 49% das ações ordinárias 100% das preferenciais e 58% do capital total do Master. O que diz o Banco Central Em nota, o Banco Central informou que a decisão de liquidar o Banco Master foi motivada por uma grave crise de liquidez, forte deterioração financeira e violações às normas do setor. O conglomerado, de porte pequeno e classificado no segmento S3 — que reúne instituições com exposição entre 0,1% e 1% do Produto Interno Bruto (PIB) — respondia por 0,57% dos ativos e 0,55% das captações do sistema financeiro nacional, segundo a autoridade monetária. A autarquia ressaltou que, com a intervenção, os bens dos controladores e ex-administradores do banco foram bloqueados. O Banco Central informou ainda que seguirá investigando responsabilidades, o que pode resultar em sanções administrativas e comunicação a outras autoridades. Leia o comunicado na íntegra: O Banco Central decretou hoje, 18 de novembro de 2025, a liquidação extrajudicial do Banco Master S/A, do Banco Master de Investimento S/A, do Banco Letsbank S/A, e da Master S/A Corretora de Câmbio, Títulos e Valores Mobiliários, bem como Regime Especial de Administração Temporária (RAET) do Banco Master Múltiplo S/A, instituições integrantes do Conglomerado Master. Trata-se de conglomerado prudencial bancário, classificado como de crédito diversificado, porte pequeno e enquadrado no segmento S3 da regulação prudencial, tendo como instituição líder o Banco Master S/A. O conglomerado detém 0,57% do ativo total e 0,55% das captações totais do Sistema Financeiro Nacional (SFN). A decretação do regime especial nas instituições foi motivada pela grave crise de liquidez do Conglomerado Master e pelo comprometimento significativo da sua situação econômico-financeira, bem como por graves violações às normas que regem a atividade das instituições integrantes do SFN. No tocante ao Banco Master Múltiplo S/A, a opção pelo RAET mostrou-se a mais adequada tendo em vista a possibilidade concreta de solução que preserva o funcionamento da sua controlada Will Financeira. O Banco Central continuará tomando todas as medidas cabíveis para apurar as responsabilidades nos termos de suas competências legais. O resultado das apurações poderá levar à aplicação de medidas sancionadoras de caráter administrativo e a comunicações às autoridades competentes, observadas as disposições legais aplicáveis. Nos termos da lei, ficam indisponíveis, a partir de hoje, os bens dos controladores e dos ex-administradores das instituições objeto dos regimes especiais decretados. Infográfico - Entenda a polêmica dos CDBs do Banco Master Arte/g1 Banco Master irá dividir suas operações de atacado e varejo Crédito: Divulgação



PF prende Daniel Vorcaro, dono do Banco Master, no aeroporto de Guarulhos


18/11/2025 10:20 - g1.globo.com


Além de presidente do Banco Master, diretores são alvo de mandados de prisão A Polícia Federal prendeu na segunda-feira (17) Daniel Vorcaro, dono do Banco Master, no aeroporto de Guarulhos. Segundo investigadores, ele estava tentando fugir do país em um avião particular para Malta, país na Europa. Ele foi alvo de uma operação que mira a venda de títulos de crédito falsos. A instituição emitia CDBs com a promessa de pagar ao cliente até 40% acima da taxa básica do mercado. No entanto, esse retorno era irreal. Segundo a PF, o esquema pode ter movimentado R$ 12 bilhões. 🔎 O CDB (Certificado de Depósito Bancário) é um investimento de renda fixa onde você empresta dinheiro para um banco e, em troca, recebe juros sobre o valor investido. Ele funciona com rentabilidade pré-fixada (taxa definida no momento da aplicação) ou pós-fixada (atrelada a um indicador como o CDI). No total, a operação Compliance Zero cumpriu todos os sete mandados de prisão, incluindo Angelo Antônio Ribeiro da Silva, um dos sócios do banco, que se apresentou à polícia na capital paulista. Quatro outros diretores do banco também foram presos. Havia ainda 25 mandados de busca e apreensão nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Bahia e no Distrito Federal. Após ser preso, Vorcaro foi levado para a Superintendência da PF em São Paulo. A defesa dele "nega veementemente que ele estivesse fugindo do país. Afirma que o destino final do voo era Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, onde Vorcaro pretendia se encontrar com parte dos compradores Banco Master". O empresário passou por audiência de custódia e teve a prisão mantida, mesmo diante dos argumentos da defesa de que Vorcaro está afastado da gestão do banco por ordem judicial e de que teve o passaporte apreendido. Na audiência, os advogados asseguraram que o cliente não estava fugindo do país, mas sim se deslocando para uma reunião com investidores em Dubai . A defesa deve ingressar com habeas corpus nesta quarta (19). A prisão aconteceu horas após o consórcio liderado pelo grupo de investimento Fictor Holding Financeira anunciar a compra do Banco Master — e pouco mais de um mês após o Banco Central ter rejeitado a aquisição pelo BRB (Banco de Brasília). Na manhã desta terça, no entanto, o BC emitiu um comunicado decretando a liquidação extrajudicial do Master e a indisponibilidade dos bens dos controladores e dos ex-administradores da instituição. Com isso, qualquer negociação de compra em andamento é automaticamente interrompida. O negócio com o grupo Fictor teria a participação de investidores dos Emirados Árabes Unidos e previa um aporte imediato de R$ 3 bilhões para reforçar o caixa do Master, que passa por dificuldades financeiras. A compra ainda precisaria da aprovação do Banco Central do Brasil e do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). LEIA TAMBÉM: Quem é Daniel Vorcaro, dono do Banco Master preso pela PF Daniel Vorcaro detém parte da SAF do Atlético-MG Liquidação do Banco Master: como ficam correntistas e investidores? PF prende Daniel Vorcaro, dono do Banco Master Reprodução Operação da PF PF prende Daniel Vorcaro, dono do Banco Master Reprodução A PF tinha uma operação prevista para esta terça, mas a prisão de Vorcaro foi antecipada diante da possibilidade de fuga dele. Segundo investigadores, Vorcaro estava no banco na segunda-feira à tarde. Depois que saiu o comunicado da venda, ele pegou um helicóptero e foi para o aeroporto de Guarulhos. Ele seguiu direto do terminal da aviação executiva para pegar um avião particular com destino a Malta. Para a PF, não há dúvidas de que ele estava em fuga - não porque soubesse da operação desta terça, mas porque queria estar longe depois que a notícia da venda do Master fosse tornada pública. O objetivo é combater a emissão de títulos de crédito falsos por instituições financeiras que integram o Sistema Financeiro Nacional. As investigações tiveram início em 2024, após requisição do Ministério Público Federal, para investigar a possível fabricação de carteiras de crédito insubsistentes por uma instituição financeira. Esses títulos teriam sido vendidos a outro banco e, após fiscalização do Banco Central, substituídos por outros ativos sem avaliação técnica adequada. São investigados os crimes de gestão fraudulenta, gestão temerária, organização criminosa, entre outros. Além de presidente do Banco Master, diretores são alvo de mandados de prisão BRB já tentou comprar Antes da proposta da Fictor, o Banco de Brasília (BRB) já havia protagonizado uma tentativa frustrada de adquirir a instituição financeira de Daniel Vorcaro. O BRB e o Master haviam anunciado a operação em março, mas o negócio foi barrado cinco meses depois pela diretoria colegiada do Banco Central — instância máxima do BC, composta pelo presidente da instituição, Gabriel Galípolo, e mais oito diretores. Segundo a decisão, divulgada em setembro, os dirigentes do BC negaram a operação por entenderem que o pedido não contemplava todos os requisitos necessários, indicando a ausência de documentos que comprovassem a "viabilidade econômico-financeira". A aprovação pelo BC seria o último passo para a conclusão do negócio, já que o Cade havia dado o aval à operação em junho. A Câmara Legislativa do Distrito Federal também havia aprovado uma lei autorizando a compra – proposta e sancionada em tempo recorde pelo governador do DF, Ibaneis Rocha, defensor da transação. Anunciado em março, o acordo entre os bancos previa que o BRB, uma sociedade de capital e controlada majoritariamente pelo governo do Distrito Federal, adquirisse: 49% das ações ordinárias 100% das preferenciais e 58% do capital total do Master.



Registro, emplacamento e CNH: novas regras para ciclomotores entram em vigor em 2026; entenda


18/11/2025 08:04 - g1.globo.com


CNH, capacete e novas regras: o que muda para ciclomotores e bikes elétricas em 2026 Os ciclomotores, bicicletas elétricas e veículos autopropelidos — como patinetes, skates e até cadeiras de rodas com motor elétrico — terão novas regras a partir de 2026. As normas, aprovadas pelo Conselho Nacional de Trânsito (Contran) em junho de 2023, definem o enquadramento dos ciclomotores e trazem regras sobre equipamentos obrigatórios e de proteção, e regulam a necessidade de registro, emplacamento e até CNH para determinadas categorias. Entenda nesta reportagem: Quais são as regras para cada tipo de veículo? O que define se um veículo é bicicleta, bicicleta elétrica, ciclomotor ou autopropelido? Existem exceções para algum dos veículos? Ciclomotor pode levar multa? Quais são as regras para cada tipo de veículo? O Contran estipulou as seguintes regras para cada tipo de veículo em circulação no Brasil: Novas regras para ciclomotores entram em vigor em 2026 arte/g1 As regras passarão a ser fiscalizadas a partir de janeiro de 2026. A maior mudança fica por conta dos ciclomotores, que passarão a exigir: CNH nas categorias A (motos) ou ACC (Autorização para Conduzir Ciclomotor); Uso de capacete; e Emplacamento. Cada estado pode regular de acordo com suas necessidades. Em alguns estados, como o Rio de Janeiro, existe até mesmo a previsão de pagamento do IPVA para estes veículos. Volte ao início. O que são bicicleta, bicicleta elétrica, ciclomotor e autopropelido? Segundo as novas regras, estes são os aspectos que definem uma bicicleta: Veículo de propulsão humana; Dotado de duas rodas. Estas são as definições para um veículo autopropelido: Equipamento com uma ou mais rodas; Pode ter, ou não, sistema automático de equilíbrio; Tem motor de, no máximo, 1 kW (1.000 watts); Velocidade máxima de fabricação em 32 km/h; Largura não superior a 70 cm; Distância entre eixos de até 130 cm. Já para bicicleta elétrica, estas são as definições que caracterizam o veículo: Veículos de propulsão humana; Com duas rodas; Motor auxiliar de propulsão de, no máximo, 1 kW (1.000 watts); Motor só pode funcionar quando o usuário pedala; Não pode ter acelerador; Velocidade máxima de propulsão em 32 km/h. Estas são as regras que definem um ciclomotor: Veículo de duas ou três rodas; Motor a combustão de até 50 cilindradas ou motor elétrico de até 4 kW (4.000 watts); Velocidade máxima de 50 km/h. Volte ao início. Existem exceções para algum dos veículos? Sim, segundo a resolução do Contran, estão isentos das novas regras os veículos: Veículos de uso exclusivo fora de estrada; Veículos de competição; Equipamentos destinados à locomoção de pessoas com deficiência ou com comprometimento de mobilidade; Volte ao início. Patinetes, monociclos, bicicletas elétricas, pequenas motos e ciclomotores são veículos de micromobilidade. Raoni Alves / g1 Rio Ciclomotor pode levar multa? A resolução prevê que o ciclomotor pode ser multado se: Transitar em local não permitido: infração média, multa de R$ 130,16 e 4 pontos na CNH; Transitar em calçadas, passeios, ciclovias, exceto nos casos autorizados pela autoridade de trânsito: infração gravíssima, multa de R$ 880,41 e 7 pontos na CNH; Veículo for conduzido sem placa de identificação: infração gravíssima, multa de R$ 293,47 e 7 pontos na CNH; Conduzir veículo que não esteja registrado e licenciado: infração gravíssima, multa de R$ 293,47 e 7 pontos na CNH; Quando conduzir ciclomotor sem o uso de capacete ou transportar passageiro sem o uso do capacete: infração gravíssima, multa de R$ 293,47, 7 pontos na CNH e suspensão da CNH; Quando transitar com ciclomotores nas vias de trânsito rápido ou rodovias, salvo onde houver acostamento ou faixas de rolamento próprias: infração gravíssima, multa de R$ 293,47, 7 pontos na CNH. Volte ao início.



Como é possível combinar agro e desmatamento zero


18/11/2025 08:00 - g1.globo.com

Fazenda de soja é certificada por ter desmatamento zero O Código Florestal brasileiro prevê o desmatamento legal: ele impõe limites diferentes, conforme o bioma. Mas, ainda que seja permitida por lei, essa ação também emite gases efeito estufa, que aquecem o planeta. E o aumento da temperatura afeta o agro: para cada grau a mais, a soja perde 6% de produtividade e o milho, 8%, diz André Guimarães, diretor-executivo do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam). Então, seria possível combinar o cultivo com desmatamento zero? O Globo Rural do dia 9 de novembro mostrou um exemplo disso no Matopiba, a região nomeada com as iniciais dos estados que ela abrange: Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia. O Matopiba concentra o desmatamento no cerrado, que segue sendo o bioma mais pressionado pela expansão agropecuária e pela abertura de novas áreas de cultivo, segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Ele é considerado crucial para o equilíbrio climático e a conservação dos recursos hídricos do país. Leia também: Pecuária que preserva, cacau que refloresta: como o dinheiro do clima chega ao campo Quanto custa conter o aquecimento global e quem banca sustentabilidade no campo Como indígenas usam financiamento do governo para montar agroflorestas No município de Loreto, no Maranhão, uma propriedade que produz soja e milho e mantém 35% de reserva ambiental, o limite exigido por lei. E ali não ocorrem desmatamentos desde 2012. A área de cerrado, além de ser preservada, é monitorada. São quase 3.000 hectares de mata nativa. "Nós sabemos que é uma região aonde ainda, infelizmente, existem muitos incêndios criminosos e sempre a gente precisa monitorar a composição florística dessa floresta", diz Sabrina Campos, engenheira florestal e gerente de meio ambiente. "A gente precisa saber como ela está hoje para que, se futuramente ela for degradada pelo fogo, a gente (possa) chegar nesse nível (novamente)." Todos os cuidados com a reserva preservada há 13 anos renderam para a fazenda uma certificação internacional chamada Round Table on Responsible Soy, a RTRS. Segundo a Fundação de Apoio à Pesquisa do Corredor de Exportação Norte (Fapcen), uma das encarregadas de certificar as propriedades, 50% da produção do Maranhão tem o selo. Os guardiões do campo nativo: como pequenos pecuaristas estão regenerando o Pampa Critérios e vantagens da certificação A premissa básica para uma propriedade receber a RTRS é ter desmatamento zero desde 2016. E existem outros 150 indicadores para avaliar se a fazenda cumpre os requisitos para a certificação. Auditores realizam a vistoria uma vez por ano. Eles observam extintores, refeitório, local onde são armazenados os agrotóxicos, entre outros pontos. Além do crédito RTRS, que varia entre US$ 1 a US$ 3 por tonelada de soja ou milho certificado, o produtor tem taxas reduzidas de financiamento, além de poder comprar máquinas com taxas diferenciadas. "Tem milhões de hectares que podem legalmente ser desmatados e que o serão porque é um direito do produtor. Agora, se a sociedade entende que aquele recurso deve ser preservado, de alguma maneira, ela precisa de incentivar o produtor", diz Guimarães, do Ipam. O pagamento por serviços ambientais foi instituído por lei em 2021, mas ainda hoje não é aplicado na prática. "Falta regulamentação. É necessário um decreto regulamentador que estabeleça as condições de como isso deve ser processado", resume João Paulo Copobianco, secretário-executivo do Ministério do Meio Ambiente. Veja a reportagem completa: O cerrado foi o bioma mais devastado em 2024 Saiba mais sobre os desafios do agro que são tema da COP30, em Belém: Começa a conferência sobre mudanças climáticas Financiamento climático: quem banca o agro sustentável



Empréstimo ajuda indígenas a recuperar Mata Atlântica: 'Pensava que não tinha como conseguir'


18/11/2025 06:01 - g1.globo.com


Como indígenas usam financiamento do governo para montar agroflorestas "Às vezes tem plantio, não tem árvore, rapaz desmata tudo. Vai virar o que? A água vai secar, vai fazer falta [...] Como que a gente fica? Como que vamos viver?". Os questionamentos do cacique Alicio Francisco ecoam em toda a aldeia Tupinambá do Acuípe de Cima, em Ilhéus (BA). Na comunidade, 11 famílias se reuniram para pegar um empréstimo de cerca de R$ 50 mil para plantar cacau com melhoramento genético e recuperar áreas de Mata Atlântica na região. O cultivo realizado pelos indígenas é o cabruca, em que o fruto se desenvolve na sombra das árvores. A técnica preserva a floresta, que é o bioma mais devastado do Brasil, segundo a Fundação SOS Mata Atlântica. De acordo com a instituição, atualmente, restam apenas 24% da mata nativa. Os agricultores da aldeia Tupinambá pretendem ampliar o plantio de agroflorestas, que unem diversas espécies produtivas, como o cacau, bananeiras, coqueiros, feijão e mandioca. Com isso, eles também vão recuperar áreas que foram desmatadas para pastagem. Tudo isso será feito com o dinheiro do financiamento do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), uma linha de crédito do governo que oferece condições especiais, como juros mais baixos e prazos maiores para pagamento do empréstimo. "A gente pensava que não tinha como indígenas pegarem um projeto desse bom", diz Adalberto Lopes, que faz parte do grupo. O crédito rural é um dos exemplos de como o financiamento climático está chegando no campo brasileiro. A equipe do g1 foi até a aldeia ver como ele contribui com a sustentabilidade na prática. Veja no vídeo acima. ➡️Esta reportagem faz parte do quinto episódio da série "PF: Prato do Futuro", onde o g1 mostra soluções para desafios da produção de alimentos no Brasil. Veja fotos da Aldeia Tupinambá do Acuípe de Cim Saiba mais: Pecuária que preserva: como o dinheiro do clima chega ao campo Quanto custa conter o aquecimento global e quem banca sustentabilidade no campo Crédito que não chega O financiamento climático é o dinheiro investido em projetos que ajudam a diminuir as emissões de gases poluentes e a preparar territórios e sistemas produtivos para lidar com os impactos do aquecimento global, como secas e enchentes. Esse é um dos temas centrais da COP30, a Conferência do Clima da ONU, em Belém. No evento, o foco dos países tem sido o financiamento para a conservação de florestas. Mas, no Brasil, investir na agropecuária sustentável também é essencial para atingir metas climáticas. Afinal, ela responde por 28% das emissões de poluentes no país, depois do desmatamento. O crédito rural é a principal fonte de recursos para financiar práticas sustentáveis na agropecuária, no Brasil, segundo a Climate Policy Initiative. Mas pequenos produtores e comunidades tradicionais ainda têm dificuldades para acessá-lo. Isso acontece inclusive com o Pronaf, por diversos motivos. Por exemplo, produtores que não sabem que ele existe, não têm documentos ou até mesmo por não entenderem realmente o que é. Como levar o 'dinheiro do clima' para mais gente Pensando na dificuldade que os produtores têm, o Instituto Conexões Sustentáveis (Conexsus) criou a iniciativa CredAmbiental. Foi por meio dela que o grupo de indígenas Tupinambá conseguiu o empréstimo. O projeto treina moradores das próprias comunidades para ajudar os produtores na solicitação do crédito. Essas pessoas, que são chamadas de "ativadores de crédito", explicam as regras do financiamento, reúnem documentos, negociam com o banco e elaboram o projeto que mostra como o dinheiro será usado e devolvido. “Os produtores pegavam o crédito e diziam que era algo que vinha do governo e não precisava pagar. Até hoje a gente atua muito em desconstruir essa informação”, explica Josué Castro, ativador de crédito. “Não é para pegar o dinheiro e gastar com carro velho, como antes se fazia. Ele tem que ser investido naquela atividade”, diz. Castro explica que os ativadores de crédito também visitam os produtores, os orientam e escrevem laudos atestando a efetividade daquele crédito. "Com isso, o produtor vai produzir mais e melhor”, afirma. Os ativadores de crédito recebem uma bolsa de 18 meses, para começar o trabalho com os beneficiários. Depois desse período, cada banco define com a Conexsus o valor a ser pago por contrato efetivado do Pronaf. Esse dinheiro é usado para pagar os ativadores e manter os cursos de capacitação, explica Fernando Moretti, líder de crédito da Conexsus. A Conexsus também trabalha com instituições locais que oferecem aulas sobre plantio sustentável e ensinam os agricultores como manter um negócio para gerar renda. “A gente não quer que o crédito seja um fator de endividamento. Ele precisa ser um fator de empoderamento”, afirma Fabíola Zerbini, diretora executiva da Conexsus e integrante da Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura. Com essa metodologia, 98% dos produtores assessorados pela Conexsus estão com os pagamentos em dia, segundo o instituto. No momento, 1.054 estão com o empréstimo do Pronaf, adquirido por meio da Conexsus. Indígenas da aldeia Tupinambá do Acuípe de Cima, em Ilhéus, juntamente do ativador de crédito Rodrigo Figueiredo e representante dos cursos técnicos na Bahia. Rafael Peixoto / g1 O governo federal lançou no ano passado o programa “Florestas Produtivas”, com proposta semelhante à da Conexsus. O programa do Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA) oferece capacitação em técnicas sustentáveis em lavouras experimentais e atendimento personalizado. Os agentes ajudam desde o diagnóstico da propriedade até a elaboração do projeto de crédito. “Quando eu financio uma agrofloresta, estou fazendo financiamento climático”, diz Moises Savian, secretário de Governança Fundiária, Desenvolvimento Territorial e Socioambiental do MDA. O projeto ainda está na fase inicial e atua em municípios do Pará, do Maranhão, do Amapá e do Acre. Os guardiões do campo nativo: como pequenos pecuaristas estão regenerando o Pampa Financiamento climático: quem banca o agro sustentável



Mega-Sena pode pagar R$ 3,5 milhões nesta terça-feira


18/11/2025 03:00 - g1.globo.com


Como funciona a Mega-sena O concurso 2.941 da Mega-Sena pode pagar um prêmio de R$ 3,5 milhões para os acertadores das seis dezenas. O sorteio ocorre às 21h desta terça-feira (18), em São Paulo. Clique aqui para seguir o canal de Loterias do g1 no WhatsApp No concurso da última sexta (14), uma aposta de Porto Alegre (RS) levou sozinha o prêmio de R$ 99 milhões. A aposta mínima para a Mega-Sena custa R$ 6 e pode ser realizada também pela internet, até as 20h – saiba como fazer a sua aposta online. A Mega tem três sorteios semanais: às terças, quintas e sábados. Mega-Sena Marcelo Brandt/G1 Para apostar na Mega-Sena As apostas podem ser realizadas até as 20h (horário de Brasília) em qualquer lotérica do país ou por meio do site e aplicativo Loterias Caixa, disponíveis em smartphones, computadores e outros dispositivos. Já os bolões digitais poderão ser comprados até as 20h30, exclusivamente pelo portal Loterias Online e pelo aplicativo. O pagamento da aposta online pode ser realizado via PIX, cartão de crédito ou pelo internet banking, para correntistas da Caixa. É preciso ter 18 anos ou mais para participar. Probabilidades A probabilidade de vencer em cada concurso varia de acordo com o número de dezenas jogadas e do tipo de aposta realizada. Para um jogo simples, com apenas seis dezenas, que custa R$ 6, a probabilidade de ganhar o prêmio milionário é de 1 em 50.063.860, segundo a Caixa. Já para uma aposta com 20 dezenas (limite máximo), com o preço de R$ 232.560,00, a probabilidade de acertar o prêmio é de 1 em 1.292, ainda de acordo com a instituição.



Mercado financeiro recebe com cautela compra do Banco Master pelo grupo Fictor


18/11/2025 00:52 - g1.globo.com

Fictor anuncia compra do Banco Master O anúncio da aquisição do Banco Master pelo grupo Fictor foi recebido com surpresa e desconfiança por integrantes do mercado e por pessoas que acompanham de perto o sistema financeiro do país. A desconfiança se dá pela pouca informação sobre o grupo Fictor e sua viabilidade financeira. No anúncio feito nesta segunda-feira, a holding afirmou que a compra se dará em parceria com um consórcio de investidores dos Emirados Árabes. Os Certificados de Depósito Bancário (CDBs) vendidos pelo Master precisam seguir sendo honrados. Caso não tenha recursos, o BC precisa optar pela liquidação. Nos últimos 45 dias, o Master vem negociando recursos com o Fundo Garantidor de Crédito. O Fundo Garantidor de Crédito foi criado em 1995 para proteger depositantes e investidores, o que dá estabilidade ao Sistema Financeiro Nacional. O FGC cobre individualmente até R$ 250 mil. Ha ainda entre as fontes ouvidas pelo blog o temor de que o novo negócio seja mais uma forma de pressão sobre o Banco Central. O diretor de Organização do Sistema Financeiro e Resolução, Renato Gomes, foi o responsável por chancelar a negativa do negócio entre o Master e o BRB, Banco de Brasília. Ele deixa a diretoria do BC no final de dezembro. Para analistas que acompanham de perto as tentativas de negócio, o caminho natural da análise da compra do Master pela Fictor Holding seria uma dificuldade muito maior de aprovação pelo BC.



Gás do Povo começará recarga gratuita de botijões de gás em 24 de novembro, diz ministério


17/11/2025 22:17 - g1.globo.com


Governo define valores de referência de botijões do programa 'Gás do Povo'; veja preços O Ministério de Minas e Energia (MME) informou nesta segunda-feira (17) que a operação nacional do programa Gás do Povo, que oferece recarga gratuita de botijões de gás de cozinha para famílias de baixa renda, começará em 24 de novembro. A implementação será gradual e, nesta primeira etapa, a previsão é atender 1 milhão de famílias em dez capitais: Salvador (BA); Fortaleza (CE); Goiânia (GO); Belo Horizonte (MG); Belém (PA); Recife (PE); Teresina (PI); Natal (RN); Porto Alegre (RS); e São Paulo (SP). A Caixa Econômica Federal operacionalizará o benefício, ou seja, será a responsável pela distribuição dos vales-cargas, cadastrando as revendedoras participantes e validando os meios de acesso do usuário. 📈 Até o final de março, o programa espera alcançar mais de 15 milhões de famílias. Governo lança programa que amplia acesso ao gás de cozinha Reprodução/TV Globo Entenda como funciona o programa Quem tem direito ao Vale Gás? Famílias inscritas no Cadastro Único (CadÚnico), que tenham renda de até meio salário mínimo (R$ 759), com prioridade para aquelas que recebem Bolsa Família (renda per capita de até R$ 218). Também é preciso que o registro no CadÚnico tenha sido atualizado nos últimos 24 meses. Quando o programa começa a valer? A previsão é que os primeiros botijões comecem a ser entregues na última quinzena de novembro. Porém, ainda não foi lançado um cronograma oficial. A expectativa é que, em março de 2026, o programa já esteja alcançando todos os beneficiários. Como vão ser as retiradas? A recarga gratuita do botijão de gás poderá ser realizada diretamente nas revendedoras que aderiram voluntariamente ao programa, sem intermediários, por meio de validação eletrônica na solução tecnológica utilizada pela revenda e fornecida pela Caixa. O responsável familiar poderá retirar o gás utilizando: Cartão com chip do Bolsa Família e senha; Cartão de débito de conta CAIXA e senha; CPF com código de validação enviado ao celular cadastrado. Quantos botijões posso retirar? A quantidade de auxílios anuais para botijões gratuitos será definida conforme o número de integrantes por família: família de duas ou três pessoas - quatro auxílios por ano; família de quatro ou mais pessoas - seis auxílios por ano. ➡️ Os auxílios não serão cumulativos. Qual a validade do benefício? A disponibilização do auxílio terá validade máxima a depender da quantidade de pessoas por família, contada desde a data que o voucher ficar disponível. Veja: família de duas ou três pessoas - três meses de validade; e família de quatro ou mais pessoas - dois meses de validade. Como identificar se uma revenda participa do programa? O programa prevê que a revenda que desejar participar do programa deverá obedecer as regras de identidade visual, como: Portarias de revenda; Botijões de GLP; Veículos de transporte; Materiais de comunicação. Além disso, o aplicativo do beneficiário mostrará os pontos de revenda mais credenciadas mais próximas de sua residência.



Fictor anuncia compra do Banco Master


17/11/2025 21:06 - g1.globo.com


Fictor anuncia compra do Banco Master A Fictor Holding Financeira — patrocinadora do Palmeiras — anunciou nesta segunda-feira (17) a aquisição do Banco Master. A operação inclui um aporte imediato de R$ 3 bilhões para reforçar a estrutura de capital da instituição, que passa por dificuldades financeiras. ➡️A Fictor Holding Financeira é um grupo de participações e gestão de empresas, que atua nos setores de serviços financeiros, indústria alimentícia e infraestrutura. O consórcio, liderado pela Fictor, contou com a participação de investidores dos Emirados Árabes Unidos. A operação ainda está sujeita à aprovação do Banco Central do Brasil (BC) e do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). Com a conclusão das etapas regulatórias, o consórcio adquirirá a totalidade das ações de Daniel Vorcaro — acionista controlador do Banco Master — e vai eleger um novo presidente para a instituição, afirmou a Fictor em comunicado. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça O pleito submetido ao BC prevê alterações na diretoria estatutária, formação de um novo conselho e mudança da denominação social para Banco Fictor. Em nota, o Master afirmou que o processo não contempla o Willbank e o Banco Master de Investimentos, que estão sendo negociados com grupos de investidores distintos. “A união dos atuais produtos com a capilaridade de distribuição da Fictor levará o novo banco ao protagonismo no cenário brasileiro, que tanto carece de novos players e de concorrência saudável. Quem sairá ganhando serão os clientes”, declarou, em comunicado, Daniel Vorcaro. Rafael Góis, sócio da Fictor Holding Financeira, afirmou que a operação representa o passo de entrada da Fictor no mercado financeiro brasileiro. "Seguimos alinhados às melhores práticas de governança, com foco na distribuição de produtos sólidos e desenhados para responder com precisão às demandas do mercado nacional. Mantemos o que sempre guiou nossa trajetória: investir na economia real”, disse Góis. BRB já tentou comprar O anúncio de compra por parte da Fictor vem apenas poucos meses depois da tentativa frustrada de compra por parte do Banco de Brasília (BRB). O BRB e o Master haviam anunciado a operação em março, mas o negócio foi barrado cinco meses depois pela diretoria colegiada do Banco Central — instância máxima do BC, composta pelo presidente da instituição, Gabriel Galípolo, e mais oito diretores. Segundo a decisão, divulgada em setembro, os dirigentes do BC negaram a operação por entenderem que o pedido não contemplava todos os requisitos necessários, indicando a ausência de documentos que comprovassem a "viabilidade econômico-financeira". A aprovação pelo BC seria o último passo para a conclusão do negócio, já que o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) havia dado o aval à operação em junho. A Câmara Legislativa do Distrito Federal também havia aprovado uma lei autorizando a compra – proposta e sancionada em tempo recorde pelo governador do DF, Ibaneis Rocha, defensor da transação. Anunciado em março, o acordo entre os bancos previa que o BRB, uma sociedade de capital e controlada majoritariamente pelo governo do Distrito Federal, adquirisse: 49% das ações ordinárias 100% das preferenciais e 58% do capital total do Master. À época, o BRB informou que teria solicitado ao BC a íntegra da decisão para "avaliar seus fundamentos e analisar as alternativas cabíveis". Também defendeu a aquisição como estratégica. BRB e Banco Master: relembre os capítulos da operação financeira *Com informações da agência de notícias Reuters Banco Master irá dividir suas operações de atacado e varejo Crédito: Divulgação



CEO da Azul é alvo de processo na CVM


17/11/2025 21:00 - g1.globo.com


O executivo John Rodgerson, CEO da Azul Divulgação/Azul O CEO da Azul, John Peter Rodgerson, tornou-se alvo de um processo da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) após conceder uma entrevista à imprensa na qual apresentou projeções financeiras da companhia. Para fundamentar a abertura do processo, a CVM cita uma entrevista de Rodgerson publicada em agosto de 2024. Na ocasião, o executivo projetou receita de R$ 20 bilhões para o ano e indicou a possibilidade de a Azul gerar R$ 1 bilhão adicional em 2025, em razão de um plano estratégico. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça As projeções otimistas do executivo foram feitas meses antes de a companhia aérea entrar com pedido de recuperação judicial nos Estados Unidos (leia mais abaixo). 🔎 Além disso, a legislação brasileira estabelece que informações capazes de influenciar decisões de investimento — o que pode incluir projeções financeiras, como estimativas de receita e lucro — são consideradas relevantes. Por isso, quando configuram esse tipo de informação, devem ser divulgadas de maneira ampla e simultânea ao mercado, preferencialmente por meio de comunicado oficial. Veja os vídeos em alta no g1: Veja os vídeos que estão em alta no g1 O chamado "processo administrativo sancionador", aberto contra Rodgerson, serve para apurar possíveis infrações às normas do mercado de capitais. Não se trata de um processo judicial, mas segue regras específicas para garantir direito de defesa e transparência. O caso ainda irá a julgamento na CVM. Procurada pelo g1, a Azul informou ter ciência do processo aberto pela CVM. A companhia reiterou seu compromisso com a transparência, com o cumprimento das legislações vigentes e afirmou que "permanece à disposição do Comissão para os esclarecimentos necessários". O vice-presidente de finanças da companhia aérea, Alexandre Malfitani, também é acusado no processo. Processo de recuperação judicial Nove meses após a entrevista de Rodgerson citada no processo da CVM, a Azul anunciou, em maio deste ano, que havia solicitado proteção sob o Capítulo 11 da Lei de Falências dos Estados Unidos — mecanismo semelhante à recuperação judicial no Brasil. A Justiça dos EUA aceitou o pedido no mesmo mês. Em comunicado divulgado na ocasião, a companhia explicou que o processo "permite às empresas operar e atender seus públicos de interesse normalmente, enquanto trabalham nos bastidores para ajustar sua estrutura financeira". O objetivo da companhia é reduzir o endividamento e gerar caixa. O processo inclui US$ 1,6 bilhão em financiamento e deve eliminar mais de US$ 2 bilhões (cerca de R$ 11,28 bilhões) em dívidas, além de prever US$ 950 milhões em novos aportes de capital na saída do processo. Veja as etapas da recuperação judicial da Azul até o momento. A primeira audiência de recuperação judicial aconteceu em 29 de maio, em Nova Iorque; Nela, o plano de recuperação judicial da empresa foi aprovado, e com isso, a Justiça autorizou um financiamento de US$ 1,6 bilhão; Segundo o vice-presidente institucional da Azul, a ideia é usar parte do capital para 'comprar' parte da dívida e outra parte para custear a operação no período; O plano prevê ainda redução de 35% da frota, que se trata de uma devolução de modelos de aeronaves antigos. De acordo com a empresa, eles já deixaram de ser usados; O plano de recuperação judicial da Azul contém 20 pedidos, que foram aceitos pela Justiça norte-americana; A empresa garante que o processo não vai afetar a operação da companhia e nem impactar clientes; Segundo a Azul, não haverá demissões; Objetivo geral é reduzir significativamente o endividamento e gerar caixa. Embraer E1 Azul Linhas Aéreas Azul/Divulgação



GWM Haval H6 ganha reconhecimento facial, tela maior e velocidade de Porsche; veja preços


17/11/2025 20:00 - g1.globo.com


GWM Haval H6 2026 fica mais minimalista A GWM renovou o design de toda a linha Haval H6 em um momento crucial: a marca perdeu a liderança entre os veículos híbridos mais vendidos do Brasil. De acordo com dados da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), os BYD Song (Pro e Plus) emplacaram 30.335 unidades em 2025, enquanto o Haval H6 registrou 25.373 vendas — 16,4% menos que o rival. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 Carros no WhatsApp Para tentar conter o avanço da rival conterrânea, a GWM atualizou o Haval H6 com uma nova dianteira, interior mais minimalista e melhorias tecnológicas. A marca também reajustou o preço de algumas versões do SUV híbrido. Veja os novos preços abaixo: Haval H6 HEV2 (R$ 223.000): traz um motor elétrico acoplado ao câmbio em um sistema híbrido convencional (HEV), que permite rodar curtas distâncias em modo elétrico. É um esquema semelhante ao usado por modelos como Toyota Corolla Cross e Honda Civic; Haval H6 PHEV19 (R$ 248.000): mantém o motor elétrico acoplado ao câmbio, mas usa uma bateria mais de dez vezes maior, aumentando a potência e autonomia em modo elétrico; Haval H6 PHEV35 (R$ 288.000): usa dois motores elétricos: um no câmbio e outro no eixo traseiro. Somados ao motor a combustão, formam um conjunto de três motores que oferece a maior potência da linha e, graças à bateria maior, supera 100 km no modo elétrico; Haval H6 GT (R$ 325.000): também usa dois motores elétricos no mesmo arranjo do PHEV35, garantindo potência e autonomia elétrica semelhantes. No entanto, ajustes específicos deixam o modelo com foco maior na esportividade. Toda a linha Haval H6 utiliza motor 1.5 turbo a combustão combinado a três níveis de eletrificação. Potência e torque permanecem inalterados, mas o PHEV35 recebeu uma bateria ligeiramente maior — de 34 para 35 kWh — o que motivou a mudança de nome de PHEV34 para PHEV35. A ficha técnica completa está no fim desta reportagem. Haval H6 HEV, PHEV19 e PHEV35 Quais as novidades? As alterações estão no visual, principalmente na dianteira. As versões HEV2, PHEV19 e PHEV35 ganharam uma grade com elementos mais robustos, criando a impressão de uma área menor para a entrada de ar. Já a versão GT manteve a grade mais aberta, favorecendo a refrigeração do motor. Outra novidade está na luz de rodagem diurna (DRL), que deixou de contornar apenas os faróis e agora se prolonga pela lateral, formando um desenho em cascata que parte da lente do conjunto óptico. Parte interna também ganha novo visual A GWM também fez mudanças no interior do Haval H6. O novo volante tem apenas dois pontos de ligação com o centro, conferindo um visual mais moderno e minimalista. Os detalhes brancos foram eliminados, dando lugar ao acabamento totalmente preto. No test-drive, que foi curto e realizado a alguns metros de um aeroporto em São Roque (SP), é possível perceber que o volante gera mais ruído — não ao girar, mas pelo próprio atrito da mão do motorista com o material, que é mais áspero. Ao g1, a GWM explicou que o novo material do volante oferece mais segurança por gerar maior atrito. No teste com o PHEV35, no entanto, não percebemos diferença significativa nesse aspecto. GWM Haval H6 PHEV35 Potência e torque Quanto ao desempenho, o modelo testado respondeu muito bem nas acelerações de 0 a 100 km/h, atingindo a marca em 4,9 segundos — o mesmo tempo do Porsche 718 Cayman. O esportivo alemão supera o H6 apenas na velocidade máxima: 275 km/h contra 180 km/h do PHEV35 testado. Em uma pista interna do aeroporto, com segurança e espaço suficientes para atingir velocidades mais altas, não foi difícil levar o Haval H6 ao seu limite de velocidade, estipulado eletronicamente tanto por segurança, quanto para evitar riscos ao conjunto de baterias. Com as baterias totalmente carregadas e o modo esportivo ativado, todos os motores entraram em ação, e o Haval H6 chegou a levantar ligeiramente a dianteira, cerca de dois graus. São 393 cv de potência e 78,7 kgfm de torque entregues quase instantaneamente. O motor elétrico inicia a arrancada e, após poucos metros, o motor a combustão completa a força do SUV. Por fim, a suspensão dos H6 foi recalibrada: está mais firma, mas continua a absorver bem os impactos. No teste, a pista era extremamente lisa, com apenas um pequeno obstáculo semelhante a uma lombada. Mesmo passando rápido, quase não sentimos o movimento das rodas. Ainda será necessário avaliar esse novo ajuste no asfalto mais esburacado, presente na maioria das ruas brasileiras, mas a primeira impressão foi positiva. Telas maiores trazem mapas da Huawei Entre as mudanças internas, a GWM reduziu partes móveis, como a tampa que cobria os porta-copos no console central. Acima dele, a central multimídia cresceu de 12 para 14,5 polegadas — mantendo a largura, mas aumentando a altura. GWM Haval H6 PHEV35 divulgação/GWM A mudança melhora a visualização do mapa, seja pela projeção de celulares Android ou iPhone, ou pelo sistema nativo do carro. Nesse caso, o mapa é fornecido pela Huawei, que adiciona recursos interessantes: cidades em 3D, prédios com janelas iluminadas e semáforos com contagem regressiva. Assim como no GWM Tank 300, os novos H6 permitem exibir o mapa diretamente no painel de instrumentos, liberando a tela principal para outras funções, como o controle de mídia. Outro destaque do software é o visual das funções extras. A interface lembra a de um tablet Android ou iPad, o que facilita a navegação para quem já usou esses dispositivos. É possível até adicionar widgets para ajustes rápidos. GWM Haval H6 PHEV35 divulgação/GWM SUV tem câmera apontada para o motorista Por fim, a GWM instalou uma câmera na coluna A — que separa o para-brisa da porta dianteira. Ela utiliza reconhecimento facial para identificar quem está ao volante, tecnologia semelhante à usada em smartphones. Com isso, é possível criar até três perfis diferentes. Cada perfil salva regulagens do banco, preferências de assistência e configurações da multimídia, ativando tudo automaticamente quando o motorista é reconhecido. Ao emprestar o carro, basta reassumir o volante para que tudo volte ao padrão. GWM Haval H6 PHEV35 divulgação/GWM Itens de série do Haval H6 Estes são os itens de série do Haval H6 HEV2, do H6 PHEV19 e PHEV35: Sensor de chuva; Teto solar panorâmico; Bancos dianteiros com ajustes elétricos e ventilação; Carregamento de celular por indução; 6 airbags; Piloto automático adaptativo com centralizador do carro na faixa; Câmera 360 graus; Wi-Fi nativo via rede 4G (3 GB por mês, grátis por dois anos); Ar-condicionado de duas zonas com purificador de ar; Projeção de dados de direção no para-brisas. Todos os itens acima estão no Haval H6 GT, que inclui: Emblema traseiro GT; Bancos em couro em formato específico e com emblema GT; Carroceria com caimento cupê, mais esportiva; Rodas pretas, com pinça de freio vermelha. Veja a ficha técnica:



INSS cria regra para devolver descontos indevidos a herdeiros de aposentados já falecidos; veja como pedir


17/11/2025 19:48 - g1.globo.com

Famílias de vítimas de fraude no INSS poderão pedir ressarcimento O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) publicou uma norma que permite a devolução de descontos indevidos feitos em benefícios de aposentados e pensionistas que já morreram. A medida atende casos ligados à fraude revelada pela Operação Sem Desconto, deflagrada em abril deste ano, que identificou cobranças irregulares feitas por entidades e associações por meio de filiações falsas. Segundo o INSS, cerca de 800 mil pessoas — cerca de R$ 700 milhões — que foram vítimas dessas cobranças já haviam falecido quando o esquema veio à tona. Advogado explica 'regra de ouro' para evitar golpes e fraudes no INSS: 'Só pagar depois de receber' A partir desta quarta-feira, familiares poderão solicitar o ressarcimento dos valores. Como será o pedido de devolução O detalhamento do procedimento será publicado ainda nesta sexta-feira (14), mas o INSS já adiantou como funcionará o processo. O pedido poderá ser feito tanto por pensionistas quanto por herdeiros, dependendo do tipo de benefício deixado pelo segurado. 1. Para pensionistas No caso de benefícios que viraram pensão por morte: O titular da pensão poderá pedir a devolução: pelo Meu INSS, pelo telefone 135, pelo PrevBarco, ou em agências dos Correios. O valor será dividido entre todos os pensionistas do mesmo benefício. 2. Para herdeiros No caso de benefícios de pessoas que não deixaram pensão: 1º passo — Reconhecimento como herdeiro Antes de pedir a devolução, o INSS precisa confirmar a condição de herdeiro. Para isso, no Meu INSS: Acesse “Consultar Descontos de Entidades Associativas”; Clique em “Consultar Descontos – Benefício de Pessoa Falecida – para o Sucessor ou Herdeiro”; Selecione “Pedir Análise”. Será necessário enviar: Escritura pública ou alvará judicial autorizando a contestação no processo de ressarcimento; Documento de identificação; Comprovante de endereço. A Central 135 também pode orientar. 2º passo — Solicitar a devolução Após o reconhecimento da condição de herdeiro, o pedido pode ser feito: pelo Meu INSS, pelo telefone 135, pelos Correios, ou pelo PrevBarco. No Meu INSS: Entre em “Consultar Pedidos”; Localize o protocolo “Cadastrar Sucessor/Herdeiro – Descontos de Entidades Associativas”; Clique em “Consultar Descontos de Entidades Associativas”; Verifique os descontos, marque quais não foram autorizados e envie a declaração. O que mostra o levantamento do INSS 98% dos beneficiários que responderam ao INSS afirmaram não reconhecer os descontos; Desde abril, já foram devolvidos R$ 2,5 bilhões a 3,75 milhões de aposentados e pensionistas; Na semana passada, o governo prorrogou até fevereiro de 2026 o prazo para contestação dos descontos indevidos.



Fraude no INSS: mais de 1 milhão ainda pode receber dinheiro de volta; veja como fazer


17/11/2025 15:57 - g1.globo.com


Mais de 1 milhão de pessoas que contestaram os descontos indevidos do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) ainda podem ser ressarcidos. Segundo o instituto, esses segurados não aderiram ao acordo de devolução e podem buscar os canais de atendimento do INSS para ter o dinheiro de volta. (Entenda mais abaixo) 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça Desde a abertura do sistema, em maio, mais de 6,1 milhões de pessoas contestaram os descontos feitos pelas entidades associativas. Até agora, 3,7 milhões de aposentados e pensionistas já conseguiram reaver os recursos, em um total de R$ 2,5 bilhões. Vale lembrar que, para conseguir receber os recursos, o segurado que contestou algum desconto precisa aderir ao acordo de devolução pelo aplicativo Meu INSS ou pessoalmente, nas agências de Correios. Veja os vídeos em alta no g1: Veja os vídeos que estão em alta no g1 ➡️O acordo permite que aposentados e pensionistas que tiveram descontos indevidos recebam o valor de volta sem precisar entrar na Justiça. A adesão é gratuita e dispensa o envio de documentos adicionais. (Veja mais abaixo como aderir ao acordo) Na última semana, o governo prorrogou por mais três meses o prazo para aposentados e pensionistas contestarem descontos indevidos nos benefícios do INSS, após estimar que cerca de três milhões de pessoas ainda não procuraram o órgão para receber os recursos de volta. O prazo agora vai até 14 de fevereiro de 2026. "Observou-se que havia um contingente que, por desinformação ou porque ainda não teve tempo, não pediu o dinheiro de volta. Então houve esse consenso de que era melhor ampliar por mais três meses", afirmou o ministro da Previdência Social, Wolney Queiroz, na semana passada. Veja como contestar descontos e aderir ao acordo de devolução Como contestar os descontos? Acesse o aplicativo Meu INSS e faça login com a sua conta gov.br. Se ainda não tiver o app instalado no celular, veja aqui como baixar. Clique na opção “Consultar Descontos de Entidades Associativas”. O aplicativo vai mostrar quais associações realizaram os descontos em seus benefícios e os valores descontados, entre março de 2020 e de 2025. A partir disso, marque se autorizou o desconto ou não, para cada uma das entidades listadas. Informe um celular e e-mail para contato. Em seguida, declare se os dados são verdadeiros. Clique no botão "enviar declarações" para finalizar. Será exibida uma mensagem de que o pedido foi realizado com sucesso e que as entidades associativas têm até 15 dias úteis para responder a contestação. Como aderir ao acordo de devolução? Entre no aplicativo Meu INSS e faça login com a sua conta gov.br. Se ainda não tiver o app instalado no celular, veja aqui como baixar. Vá até a opção "Consultar pedidos", e clique em "Cumprir exigência". É preciso repetir o processo para todos os pedidos feitos, se houver mais de um. Role a tela até o último comentário, leia as informações com atenção. Depois, clique no campo "Aceito receber" e selecione "Sim". Clique em "Enviar". ⚠️ATENÇÃO: caso o segurado prefira, ele também pode fazer a adesão ao acordo de devolução presencialmente, em uma agência dos Correios. Pedido de adesão é feito pelo aplicativo do INSS INSS/Divulgação Relembre o ocorrido No início deste ano, a Polícia Federal e a Controladoria-Geral da União (CGU) deflagaram a Operação Sem Desconto, um sistema de fraude que descontava valores mensais de aposentados e pensionistas do INSS, como se eles tivessem se tornado membros de associações de aposentados, quando, na verdade, não haviam se associado nem autorizado os descontos. As associações ofereciam serviços sem ter estrutura, como desconto em academias e planos de saúde, e falsificavam as assinaturas dos beneficiários do INSS, explicou o ministro da CGU, Vinícius Carvalho, em coletiva. ➡️Seis servidores públicos foram afastados de suas funções, entre eles o presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, que foi demitido em seguida. A contestação dos descontos começou em maio deste ano, enquanto o ressarcimento teve início em julho.



Heranças que foram para o governo: veja lista de 179 bens incorporados pela União e por prefeituras nos últimos 5 anos


17/11/2025 15:19 - g1.globo.com


Saiba quais são os bens que prefeituras e união incorporam de quem não tem herdeiros Os bens de pessoas que morrem sem deixar herdeiros viram patrimônio público. É a chamada herança vacante, que acontece após um processo que envolve um aviso público para buscar eventuais sucessores e uma espera de no mínimo seis anos. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça Quando o bem está em uma área que, quando a pessoa morreu, era da União, ele vai para o governo federal. Nos demais casos, vai para a prefeitura da cidade. Herança jacente e herança vacante: entenda como o patrimônio de quem morre sem deixar herdeiros é incorporado pelo Poder Público Especialistas afirmam que não existe um balanço de quantos bens a União e as prefeituras dos mais de 5 mil municípios do país incorporaram de pessoas que morreram sem deixar herdeiros. O g1 pediu ao governo federal e às prefeituras das 27 capitais as listas de bens incorporados nos últimos cinco anos. A União e 13 prefeituras responderam. Ao todo, foram identificados 179 bens, entre apartamentos, fazendas, chácaras, casas, terrenos e até uma conta bancária de R$ 431 mil. Veja, abaixo, quais são eles, onde ficam, de quem eram e, nos casos em que a informação foi disponibilizada pelos órgãos públicos, o valor à época da incorporação, ou clique aqui para saber mais sobre alguns deles, como apartamentos em Copacabana e no Recife e um castelinho em São Paulo. 🗒️Tem alguma sugestão de reportagem? Mande para o g1 Veja a lista de imóveis abaixo: Fachada do Casarão de Recife (PE), imóvel particular que foi incorporado ao patrimônio público Edson Holanda/Prefeitura do Recife



Embrapa lança selo para certificar carne bovina sustentável na COP30


17/11/2025 14:56 - g1.globo.com


Os guardiões do campo nativo: como pequenos pecuaristas estão regenerando o Pampa A Embrapa lançou durante a COP30, no domingo (16), a certificação Carne Baixo Carbono (CBC), criada para reconhecer produtores rurais que adotam práticas agropecuárias capazes de reduzir emissões de gases de efeito estufa. A certificação foi desenvolvida e lançada em parceria com a MBRF e a ONG Amigos da Terra – Amazônia Brasileira. Ela reúne critérios técnicos e indicadores usados para monitorar propriedades que adotam sistemas de intensificação sustentável, como integração lavoura-pecuária (ILP), pastagens de alta produtividade, recuperação de áreas degradadas e manejo eficiente do solo e da água. Segundo a Embrapa, essas práticas aumentam a captura de carbono no solo e na vegetação, diminuem o impacto climático da pecuária e tornam o uso da terra mais eficiente, reduzindo a pressão sobre novas áreas com vegetação nativa. Leia também: Financiamento climático: como pecuaristas do RS recuperam o Pampa Quanto custa conter o aquecimento global e quem banca sustentabilidade no campo Veja como acontece a captura de carbono. Bruna Azevedo e Luisa Rivas | Arte g1 Com o selo, o consumidor passa a ter a garantia de que a carne foi produzida seguindo critérios ambientais rigorosos e processos auditáveis. Dados do inventário nacional de emissões mostram que a pecuária bovina responde por cerca de 20% das emissões totais de CO₂ equivalente no país. Boi emite metano pelo arroto. Bruna Azevedo e Luisa Rivas | Arte g1 Natália Grossi, analista da Amigos da Terra–, afirma que a iniciativa contribui para acelerar a adoção de tecnologias previstas no Plano ABC+, política do governo federal para mitigação e adaptação climática. “O protocolo CBC é um pacote técnico muito completo e ganha ainda mais relevância com esta certificação, podendo posicionar o Brasil como liderança global em agricultura sustentável”, diz. Ela destaca que os benefícios aos produtores vão além da agenda ambiental. “Incluem pastos mais produtivos, valorização da carne, acesso a mercados mais exigentes e aumento da resiliência da fazenda — com solos mais férteis e menos vulneráveis às mudanças climáticas.” O que o arroto do boi tem a ver com o aquecimento global? Para a presidente da Embrapa, Silvia Massruhá, o selo representa um avanço na consolidação de uma cadeia de carne bovina de baixo carbono “transparente, auditável e capaz de gerar valor tanto para o produtor quanto para o consumidor”. Segundo ela, o protocolo traduz em critérios mensuráveis o compromisso com a redução de emissões e a valorização de produtores que já aplicam boas práticas, como recuperação de pastagens e manejo eficiente da água e do solo. O selo será aplicado pela MBRF, empresa global de alimentos com portfólio multiproteínas e responsável pelo Programa Verde+, lançado em 2020. Pecuária integrada gera benefícios para o meio ambiente Bruna Azevedo e Luisa Rivas | Arte g1 O diretor de Sustentabilidade da companhia, Paulo Pianez, afirma que a certificação valida os esforços da empresa. “Promovemos ações contínuas para uma pecuária de baixo carbono, 100% monitorada, livre de desmatamento e inclusiva. A Carne Baixo Carbono destaca a importância da integração entre ciência e campo.” Massruhá reforça que a parceria entre Embrapa e MBRF marca “a consolidação de uma pecuária mais sustentável e alinhada aos desafios climáticos globais”, resultado da união entre ciência, setor público e iniciativa privada. A expectativa da Embrapa é que, com a ampliação do uso do protocolo e maior adesão de produtores, o Selo Carne Baixo Carbono se consolide como um marco na transição para uma pecuária de menor impacto climático, contribuindo para as metas de descarbonização do Brasil no âmbito do Acordo de Paris. Projeto agro - boi Gustavo Wanderley/g1 Como indígenas usam financiamento do governo para montar agroflorestas



Feriado nacional: veja se você é obrigado a trabalhar no Dia da Consciência Negra


17/11/2025 14:23 - g1.globo.com


Dia da Consciência Negra é feriado ou ponto facultativo? Veja regras trabalhistas Na próxima quinta-feira (20) é celebrado o Dia Nacional da Consciência Negra, data que marca a morte do líder quilombola Zumbi dos Palmares. O feriado nacional pode gerar uma “emenda” para alguns trabalhadores. (Entenda mais abaixo) Desde 2023, o Dia da Consciência Negra, em 20 de novembro, é feriado nacional. A mudança foi aprovada pelo Congresso e sancionada em dezembro de 2023 pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça Em 2024, pela primeira vez, todos os 26 estados, os 5.570 municípios brasileiros e o Distrito Federal celebraram o feriado do Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra. Antes, o dia era reconhecido como feriado em seis estados e aproximadamente 1,2 mil cidades. Ou seja: a folga dependia de lei municipal ou estadual. Apesar ser um feriado nacional, não é todo mundo que acaba sendo beneficiado. A legislação trabalhista autoriza o funcionamento das atividades em setores que são classificados como essenciais. (confira quais abaixo) ⚠️ Mas atenção: quem for escalado para trabalhar na data tem direitos assegurados, como a remuneração em dobro ou um dia de folga compensatória. Veja os vídeos em alta no g1: Veja os vídeos que estão em alta no g1 O g1 conversou com advogados especialistas em direito trabalhista para te ajudar a entender mais sobre o assunto. Abaixo, você vai descobrir: 🤔 Meu chefe pode me obrigar a trabalhar durante o feriado? ⚖️ Quais são os meus direitos? 💰 Remuneração em dobro ou folga? Quem define? ❌ Faltei ao trabalho, apesar de ter sido escalado. Posso ser demitido por justa causa? ➡️ Quem pode emendar o feriado? ⚠️ As regras são diferentes para empregado fixo e temporário? ✍🏼 Como funciona no caso do trabalhador intermitente? 📆 Quais são os próximos feriados de 2025? 1. Meu chefe pode me obrigar a trabalhar durante o feriado? Sim. Apesar do artigo 70 da CLT proibir atividades profissionais durante feriados nacionais, a legislação abre exceções para serviços considerados essenciais, como setores de indústria, comércio, transportes, comunicações, serviços funerários, atividades ligadas à segurança, entre outros. Além disso, o empregador pode solicitar que o funcionário trabalhe durante o feriado quando houver uma Convenção Coletiva de Trabalho, que é um acordo antecipado feito entre empregadores e sindicatos. 2. Quais são os meus direitos? Para quem é obrigado a trabalhar no feriado, a legislação garante o pagamento da remuneração em dobro ou compensação com folga em outro dia. " Havendo banco de horas também poderão ser lançadas estas horas de trabalho, nos termos do acordo individual ou coletivo", explica Ana Gabriela Burlamaqui, advogada trabalhista e sócia do A. C Burlamaqui Consultores. Em 2024, pela primeira vez, o Dia da Consciência Negra foi celebrado como feriado nacional em todo o país. Frederico Dávila/TV Globo 3. Remuneração em dobro ou folga? Quem define? A definição do tipo de compensação (seja através do pagamento em dobro ou concessão de folga compensatória) geralmente é determinada durante o acordo que feito entre empregador e sindicato. Na ausência da Convenção Coletiva de Trabalho, a decisão pode ser negociada entre empregador e funcionário. No entanto, é importante que as duas partes estejam de acordo e que a compensação escolhida esteja em conformidade com a legislação. "O empregador não pode decidir de forma unilateral. Se houver um acordo ou convenção coletiva prevendo a compensação por folga, essa regra prevalece; caso não exista, o pagamento em dobro pelo trabalho no feriado é obrigatório", afirma Elisa Alonso, advogada trabalhista e sócia do RCA Advogados. 4. Faltei ao trabalho, apesar de ter sido escalado. Posso ser demitido por justa causa? Depende. A falta pode ser entendida como insubordinação, que é a desobediência a um superior. "Mas a dispensa por justa causa, em geral, não decorre de um fato isolado, mas de um comportamento faltoso de forma reiterada", afirma Ana Gabriela Burlamaqui, advogada trabalhista. Com isso, a demissão por justa causa geralmente segue um processo que deve incluir uma soma de advertências escritas e tentativas de correção de comportamento. Em caso de expediente normal, o empregado poderá sofrer outras penalidades administrativas como o desconto do dia não trabalhado, que será considerado falta injustificada. "A falta injustificada deve ser repreendida, no entanto, para fins de justa causa necessário que outros sejam analisados, como a recorrência da conduta, o impacto causado à empresa e a função desempenhada pelo empregado, por exemplo", completa a advogada trabalhista Elisa Alonso. 5. Quem pode emendar o feriado? Por cair em uma quinta-feira, o Dia Nacional da Consciência Negra vai permitir que muitos trabalhadores "emendem" o feriado com o fim de semana, tirando quatro dias seguidos de folga. Apesar disso, é importante destacar que a sexta-feira (21) não é feriado e, sim, um dia de trabalho regular. Assim, essa possibilidade de "emenda" não é uma realidade de todos os trabalhadores: depende das políticas de cada empresa, no caso de funcionários de instituições privadas, e de decisões dos governos municipais, estaduais ou federal, para os servidores públicos. Veja: 🏢 EMPRESAS PRIVADAS - "Não há, na legislação trabalhista vigente, obrigatoriedade do empregador em conceder a 'emenda de feriado' aos seus empregados", afirma a advogada trabalhista Vanessa Carvalho. "Entretanto, é possível e bastante comum que este tema seja objeto de negociação entre as partes, empregadores e empregados", continua a especialista, que é sócia do escritório Miguel Neto Advogados. Uma opção para o empregador é pedir uma compensação do dia da emenda em gestão de banco de horas, um sábado ou com até duas horas a mais nos dias de semana. Já algumas empresas concedem folga na emenda do feriado de forma espontânea. Nestes casos, não são permitidos descontos do dia não trabalhado, e nem exigir sua compensação. 🏛️ FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS - Para os servidores federais, sexta-feira (21) não será ponto facultativo, de acordo com o calendário divulgado pelo governo no fim do ano passado. Para funcionários municipais e estaduais, a adoção do feriado depende de decisão de cada governo local. Em São Paulo, por exemplo, a prefeitura determinou a suspensão do expediente dos servidores públicos, que deverão compensar posteriormente as horas não trabalhadas. Nesses dias, a administração pública da capital pode instituir plantões, caso necessário. Vale lembrar que os serviços essenciais continuam funcionando normalmente, sem alteração na jornada de trabalho. 6. As regras são diferentes para empregado fixo e temporário? As regras básicas sobre trabalho em feriados aplicam-se tanto a empregados fixos quanto temporários, incluindo o direito ao pagamento em dobro ou folga compensatória. No entanto, contratados por meio de vínculo de trabalho temporário podem ter pré-condições específicas. 7. Como funciona no caso do trabalhador intermitente? Para o trabalhador que é contratado em regime de trabalho intermitente (previsão legal inserida na CLT pela Reforma Trabalhista de 2017), o pagamento em feriados deve ser acordado no momento da admissão. O contrato deve especificar o valor da hora de trabalho, que já deve considerar os adicionais devidos por trabalho em feriados ou horas extras. Dessa forma, o trabalhador intermitente receberá o valor que foi combinado para os dias trabalhados, incluindo feriados, aponta o advogado Luís Nicoli. 8. Quais são os próximos feriados de 2025? Depois de novembro, o próximo feriado nacional será o Natal, em 25 de dezembro, que cai numa quinta-feira, oferecendo possibilidade de emenda para quem folga na sexta, sábado ou domingo. A véspera de Ano Novo, em 31 de dezembro, também cai numa quinta-feira e é ponto facultativo a partir das 13h, permitindo emenda para quem folga em 1º de janeiro ou sai mais cedo do trabalho. O g1 preparou um calendário com todos os pontos facultativos e feriados nacionais de 2025. Confira: LEIA TAMBÉM As melhores datas para tirar férias em 2026: veja como emendar feriados e ganhar até seis dias de descanso Feriados de 2026: quase todos caem em dias úteis e viram folga prolongada; veja como aproveitar VEJA MAIS EM: Feriados de 2026: quase todos caem em dias úteis e viram folga prolongada Por que milhões seguem fora do mercado há anos?



Empresas de criptoativos no exterior que prestam serviços no país terão de enviar informações à Receita Federal


17/11/2025 13:32 - g1.globo.com


Receita vai cobrar dados de empresas de cripto no exterior A Secretaria da Receita Federal informou que atualizou nesta segunda-feira (17) sua regulamentação de criptoativos para adaptá-la ao padrão internacional adotado pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), grupo de nações desenvolvidas. De acordo com o órgão, a medida dá cumprimento ao compromisso assumido por mais de 70 jurisdições, inclusive pelo Brasil, com base na Convenção Multilateral de Assistência Mútua Administrativa em Matéria Tributária. "A novidade é que a obrigatoriedade de prestação de informação alcança as Prestadoras de Serviço de Criptoativo domiciliadas no exterior que prestam serviços no Brasil, conforme estabelecido pela Lei nº 14.754, de 12 de dezembro de 2023, garantindo que a transparência fiscal se estenda a operações intermediadas por entidades internacionais", informou o Fisco. Para Leonardo Roesler, advogado tributarista e sócio do RCA Advogados, a principal alteração para o usuário é o aumento da transparência fiscal de suas operações com a adesão das "exchanges internacionais" ao sistema de reporte do Fisco. "Isso significa que a Receita Federal terá uma visão muito mais completa e detalhada do patrimônio e das movimentações de criptoativos detidos por contribuintes brasileiros no exterior, mitigando a assimetria de informação que existia anteriormente", disse Leonardo Roesler, do RCA Advogados. Além disso, a partir de janeiro de 2026, as prestadoras de serviços de criptoativos também deverão cumprir os procedimentos de diligência conforme estabelecido pela OCDE para evitar o uso de criptoativos para lavagem de dinheiro e movimentação de recursos de organizações criminosas. "Com isso, a Receita Federal intensifica a cooperação com as administrações tributárias dos demais países que adotam o padrão da OCDE, no combate à evasão, à lavagem de dinheiro e ao financiamento de atividades criminosas", acrescentou o governo. Na semana passada, o Banco Central estabeleceu regras para a autorização e a prestação de serviços de ativos virtuais (criptoativos), como as criptomoedas, para proteger os clientes e evitar lavagem de dinheiro. Fraudes financeiras: vêm crescendo os esquemas de pirâmide e golpes envolvendo criptomoedas Mohamed Hassan para Pixabay A Receita Federal esclareceu que nada muda para: prestadoras de serviços de criptoativos no Brasil (“exchanges” brasileiras), todos os meses, independentemente de valor; e pessoas físicas ou jurídicas usuárias de criptoativo, somente se realizarem operações sem a intermediação de “exchanges” brasileiras (em valor superior a R$ 35 mil no mês, quando antes era R$ 30 mil). As informações serão prestadas pela Declaração de Criptoativos – DeCripto, acesso por meio do Centro Virtual de Atendimento - e-CAC da Receita Federal, em substituição ao modelo atual, a partir de julho de 2026. O modelo atual vigorará até 30 de junho de 2026.



JBS e Mantiqueira compram produtora de ovos Hickman's Egg Ranch nos EUA


17/11/2025 13:22 - g1.globo.com


A JBS disse na noite de sexta-feira (14) que a sua joint venture com a Mantiqueira Alimentos, a Mantiqueira USA, firmou um acordo para comprar a produtora de ovos Hickman's Egg Ranch nos Estados Unidos, sem dar detalhes financeiros sobre a operação. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça Conforme comunicado ao mercado, a empresa disse que a compra deverá ser concluída antes do final do ano. "A aquisição representa um marco significativo da Mantiqueira USA em sua estratégia de longo prazo para construir uma presença forte e escalável no mercado de ovos dos Estados Unidos", disse. Veja os vídeos que estão em alta no g1 A Hickman's Egg Ranch é uma das 20 maiores empresas de ovos dos Estados Unidos, acrescentou. JBS entra no segmento de ovos A JBS , maior produtora de frangos e carne bovina do mundo, anunciou em janeiro o ingresso no segmento de ovos com um investimento para ter 50% de direito a voto da Mantiqueira Alimentos, em negócio que avalia toda a empresa em R$ 1,9 bilhão. Com o investimento, a JBS terá o controle compartilhado da Mantiqueira com o sócio-fundador, Leandro Pinto. A Mantiqueira Alimentos possui mais de 3 mil funcionários, capacidade estática de 17,5 milhões de aves em postura e recria, 4 bilhões de ovos produzidos por ano e foco em produção de ovos de galinhas livres desde 2020, de acordo com a JBS. Em 2024, ela foi a 10° maior produtora de ovos do mundo, sendo a maior da América Latina, segundo ranking da WATT Poultry International, revista especializada no setor avícola, com sede nos Estados Unidos. Com instalações produtivas em seis Estados, a empresa também exporta para América do Sul, Ásia, África e Oriente Médio. A JBS destacou ainda que, nos últimos anos, a Mantiqueira investiu no fortalecimento de suas marcas, como "Happy Eggs" e a "Fazenda da Toca". *Com informações da agência de notícias Reuters JBS Uberaba; vagas JBS/Divulgação



Petrobras faz nova descoberta de petróleo na Bacia de Campos


17/11/2025 12:12 - g1.globo.com


Petrobras faz nova descoberta de petróleo na Bacia de Campos, no litoral do RJ A Petrobras anunciou nesta segunda-feira (17) a descoberta de petróleo de alta qualidade em uma área do pós-sal na Bacia de Campos, no litoral do Rio de Janeiro. O petróleo foi identificado no bloco Sudoeste de Tartaruga Verde, em um poço exploratório localizado a 108 quilômetros da costa de Campos dos Goytacazes (RJ), em uma área com 734 metros de profundidade. 🔎 O pós-sal é a camada de rochas situada acima do sal, onde o petróleo está em profundidades menores e costuma ser mais simples de extrair. Já o pré-sal fica abaixo de uma espessa camada de sal, em regiões muito mais profundas, concentrando grandes volumes de petróleo de alta qualidade. Segundo a estatal, a perfuração já foi concluída e os primeiros testes — que envolveram análises elétricas, indícios de gás e coleta de fluidos — confirmaram a presença de óleo. Agora, o material será enviado para análise em laboratório, etapa que permitirá avaliar a qualidade do reservatório e estimar o potencial de produção da área. O bloco Sudoeste de Tartaruga Verde foi adquirido pela Petrobras em 2018, durante a 5ª Rodada de Partilha de Produção, com a Pré-Sal Petróleo S.A. (PPSA) como gestora do contrato. A Petrobras opera o bloco com 100% de participação. A Bacia de Campos é uma área marítima entre o Rio de Janeiro e o Espírito Santo que abriga alguns dos principais campos de petróleo do país. Por décadas, foi uma região estratégica para a Petrobras, responsável por uma parcela significativa da produção nacional. Mesmo com o avanço do pré-sal, a região segue como um polo relevante para exploração e desenvolvimento de novos poços. Bacia de Campos Petrobras Novas explorações A descoberta anterior da estatal ocorreu no pré-sal da Bacia de Santos, em maio deste ano. O poço fica no bloco Aram, a 248 quilômetros da cidade de Santos (SP), em uma área com 1.952 metros de profundidade. Foi a segunda descoberta de petróleo de alta qualidade no mesmo bloco da Bacia de Santos somente este ano. O avanço na Margem Equatorial marca o capítulo mais recente e relevante da exploração de petróleo pela Petrobras. Em outubro, a companhia recebeu do Ibama a licença para perfurar um poço exploratório em águas profundas na região da Foz do Amazonas, apontada como uma das novas fronteiras de petróleo e gás do país. Segundo o Ibama, a licença foi emitida após uma série de melhorias no projeto da Petrobras. A empresa afirma ter comprovado a “robustez de toda a estrutura de proteção ambiental” que será utilizada na perfuração. A Petrobras também ressaltou que novas fronteiras de exploração são essenciais para “garantir a segurança energética do país e os recursos necessários para uma transição energética justa”. O bloco FZA-M-059 está localizado a cerca de 500 km da foz do Rio Amazonas e 175 km da costa, em uma área de mar aberto. A perfuração deve começar de imediato e tem previsão de durar cinco meses. Infográfico mostra o local em que a Petrobras vai explorar petróleo na bacia da Foz do Amazonas. Arte/g1 A expectativa é que a área possa se tornar um “novo pré-sal”, com reservas capazes de sustentar a produção de 1,1 milhão de barris por dia — volume superior ao dos dois maiores campos atuais. Tupi produz cerca de 1 milhão de barris por dia e Búzios, 800 mil. No entanto, o projeto enfrenta críticas de ativistas por envolver riscos ambientais em uma região sensível e pouco estudada e pela possível ameaça às comunidades que dependem da pesca. Antes da aprovação, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, em diferentes ocasiões, que a exploração na região será feita com responsabilidade e que o Brasil não está preparado para abrir mão dos combustíveis fósseis, assim como nenhum outro país no mundo. Edifício-sede da Petrobras, no centro do Rio Marcos Serra Lima/g1 Veja os vídeos em alta no g1 Veja os vídeos que estão em alta no g1



No primeiro tombo em dois anos, 'prévia do PIB' do Banco Central indica retração de 0,9% no 3º trimestre


17/11/2025 12:01 - g1.globo.com

Copom mantém a taxa básica de juros em 15% ao ano O Banco Central (BC) informou nesta segunda-feira (17) que o Índice de Atividade Econômica (IBC-Br), considerado a "prévia" do Produto Interno Bruto (PIB), registrou queda de 0,9% no terceiro trimestre deste ano. O resultado pelo BC foi calculado após ajuste sazonal — uma espécie de "compensação" para comparar períodos diferentes. A comparação foi feita com o segundo trimestre de 2025. O dado divulgado nesta segunda-feira pelo Banco Central mostra a primeira contração da economia trimestral em dois anos. A última queda do indicador de atividade do BC foi no terceiro trimestre de 2023, quando foi registrado um recuo de 0,5%. A primeira queda do índice de atividade econômica da autoridade monetária acontece em meio a uma puxada na taxa de juros para conter a inflação. Atualmente, a Selic está em 15% ao ao, o maior nível em quase dois anos. Analistas projetam início do ciclo de queda do juro em janeiro de 2026. Os dados do BC uma contração da atividade nos três setores da economia no terceiro trimestre deste ano, sendo o maior deles na agropecuária. Veja abaixo o desempenho setor por setor: Agropecuária: - 4,5% Indústria: -1% Serviços: -0,3% O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país e serve para medir a evolução da economia. O resultado oficial do período, medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), será divulgado em 4 de dezembro. ▶️O mercado financeiro estima uma taxa de crescimento do PIB 2,16% em 2025, contra 3,4% no ano passado. O BC projeta uma expansão de 2% neste ano. Se o PIB cresce, significa que a economia vai bem e produz mais. Se o PIB cai, quer dizer que a economia está encolhendo. Ou seja, o consumo e o investimento total é menor. Entretanto, nem sempre crescimento do PIB equivale a bem-estar social. Desaceleração da atividade ▶️A desaceleração da atividade econômica é algo buscado pelo Banco Central para tentar conter as pressões inflacionárias e trazer as projeções para a meta de 3% ao ano. Para isso, o seu principal instrumento é a taxa básica de juros. Atualmente, a Selic está em 15% ao ano — o maior patamar em quase 20 anos. "Endossando o cenário esperado do Comitê até aqui, há uma moderação gradual da atividade em curso, certa diminuição da inflação corrente e alguma redução nas expectativas de inflação", informou o Banco Central, na semana passada, por meio da ata do Copom. ▶️Na ata da última reunião do Copom, o BC também informou que o chamado "hiato do produto" segue positivo. Isso quer dizer que a economia continua operando acima do seu potencial de crescimento sem pressionar a inflação. Mês de setembro De acordo com o Banco Central, em setembro deste ano, na comparação com o mês anterior, o IBC-Br registrou uma contração de 0,2%. Com isso, houve piora na comparação com agosto, quando o indicador teve um crescimento de 0,4%. Na comparação com setembro de 2024, a chamada prévia do PIB do BC teve alta de 2% (sem ajuste sazonal). Ainda segundo o Banco Central, o IBC-Br apresentou crescimento de 2,6% na comparação com os nove primeiros meses de 2024. E, em 12 meses até setembro, a expansão foi de 3%. Nesses casos, o índice foi calculado sem ajuste sazonal. PIB x IBC-Br Os resultados do IBC-Br são considerados a "prévia do PIB". Porém, o cálculo do Banco Central é diferente do cálculo do IBGE. O indicador do BC incorpora estimativas para a agropecuária, a indústria e o setor de serviços, além dos impostos, mas não considera o lado da demanda (incorporado no cálculo do PIB do IBGE). O IBC-Br é uma das ferramentas usadas pelo BC para definir a taxa básica de juros do país. Com o maior crescimento da economia, por exemplo, pode haver mais pressão inflacionária, o que contribuiria para conter a queda dos juros.



Dólar sobe e fecha a R$ 5,33 com atenção a dados do Brasil e dos EUA; Ibovespa recua


17/11/2025 12:00 - g1.globo.com


Entenda o que faz o preço do dólar subir ou cair O dólar fechou em alta de 0,66% nesta segunda-feira (17), cotado a R$ 5,3314. Já o Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, encerrou em queda de 0,47%, aos 156.993 pontos. Os investidores iniciaram a semana atentos à divulgação de dados relevantes nos Estados Unidos, após longo período de paralisação do governo. Esses indicadores serão fundamentais para ajustar as projeções sobre a política de juros americana. No Brasil, o mercado acompanhou a divulgação do IBC-Br, considerado uma prévia do PIB, além das estimativas apresentadas no boletim Focus. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça ▶️ Nos EUA, a retomada das divulgações ocorre após o fim da paralisação de 43 dias do governo, a mais longa da história, que havia interrompido relatórios importantes como emprego e inflação. Hoje, foram publicados dados sobre os gastos com construção referentes a agosto, que totalizaram US$ 2,17 trilhões no mês, alta de 0,2% em relação ao valor revisado do mês anterior. ▶️ Durante o dia, o mercado também ficou atento a discursos de dirigentes do Federal Reserve. O vice-presidente do Fed, Philip Jefferson, afirmou hoje que o banco central americano deve agir com cautela em relação a novos cortes na taxa de juros. ▶️ No Brasil, a semana será mais curta por causa do feriado de 20 de novembro, e a expectativa gira em torno da possibilidade de um acordo comercial com os EUA, após anúncio de redução de tarifas sobre produtos como carne bovina e café. ▶️ Entre os destaques desta segunda-feira, estão a divulgação do IBC-Br, indicador que funciona como prévia do PIB, e do boletim Focus. O IBC-Br mostrou queda de 0,9% no terceiro trimestre, enquanto o Focus trouxe, pela primeira vez no ano, projeção de cumprimento da meta de inflação para 2025. Veja a seguir como esses fatores influenciam o mercado. 💲Dólar a Acumulado da semana: +0,66%; Acumulado do mês: -0,90%; Acumulado do ano: -13,73%. 📈Ibovespa Acumulado da semana: -0,47%; Acumulado do mês: +4,98%; Acumulado do ano: +30,52%. Agenda econômica Boletim Focus Pela primeira vez no ano, o mercado financeiro projeta que a meta de inflação para 2025 será cumprida. A estimativa caiu de 4,55% para 4,46%, ficando abaixo do teto definido pelo governo. A previsão faz parte do boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira pelo Banco Central, com base em pesquisa feita na última semana com mais de 100 instituições financeiras. ➡️ A revisão ocorreu após a divulgação do IPCA de outubro, que registrou alta de 0,09%, a menor para o mês em 27 anos. Economistas esperavam um índice maior, de 0,26%. Veja as projeções de inflação para os próximos anos: 2026: 4,20% 2027: 3,80% 2028: 3,50% A expectativa para o crescimento do PIB em 2025 segue em 2,16%, e para 2026, em 1,78%. Economistas também mantiveram a projeção para a taxa básica de juros: 2025: 15% ao ano (nível atual) 2026: 12,25% ao ano Quanto ao dólar, a estimativa para o fim de 2025 recuou de R$ 5,41 para R$ 5,40. Para 2026, permanece em R$ 5,50. Prévia do PIB Seguindo na agenda de divulgações do BC, a instituições divulgou que o Índice de Atividade Econômica (IBC-Br), considerado uma prévia do PIB, caiu 0,9% no terceiro trimestre deste ano. O cálculo foi feito após ajuste sazonal, que permite comparar períodos diferentes, e considera a variação em relação ao segundo trimestre de 2025. Esse é o primeiro recuo trimestral do indicador em dois anos. A última queda havia ocorrido no terceiro trimestre de 2023, quando o índice caiu 0,5%. ▶️ A redução na atividade econômica faz parte da estratégia do Banco Central para conter pressões inflacionárias e aproximar as projeções da meta de 3% ao ano. O principal instrumento para isso é a taxa básica de juros, atualmente em 15% ao ano — o maior nível em quase duas décadas. ▶️ Na ata da última reunião do Copom, o BC informou que o chamado “hiato do produto” segue positivo, indicando que a economia ainda opera acima do seu potencial sem gerar pressão adicional sobre os preços. Gastos com construção nos EUA Os gastos com construção nos EUA totalizaram US$ 2,17 trilhões em agosto, com alta de 0,2% em relação ao valor revisado do mês anterior, segundo relatório divulgado nesta segunda-feira pelo Departamento do Censo americano — após mais de 40 dias de paralisação do governo. Na comparação anual, houve queda de 1,6%. Os gastos com construção privada chegaram a US$ 1,65 trilhão, 0,3% acima do número revisado de julho. A construção residencial subiu 0,8%, totalizando US$ 914,8 bilhões, enquanto a construção não residencial recuou 0,3%, para US$ 737,3 bilhões. Já os gastos com construção pública somaram US$ 517,3 bilhões, praticamente estáveis em relação ao mês anterior. Discursos de membros do Fed O vice-presidente do Federal Reserve, Philip Jefferson, afirmou nesta segunda-feira que o banco central americano deve agir com cautela em relação a novos cortes na taxa de juros. Segundo ele, é necessário “proceder lentamente” enquanto a política monetária se aproxima de um nível que não pressiona mais a inflação para baixo. Em discurso preparado para um evento do Fed de Kansas City, Jefferson disse que o corte de 0,25 ponto percentual realizado no mês passado foi adequado, diante dos riscos para o mercado de trabalho e da percepção de que as pressões inflacionárias “diminuíram um pouco recentemente”. “A postura atual da política monetária ainda é um pouco restritiva, mas nós a aproximamos de seu nível neutro, que não restringe nem estimula a economia. [...] A evolução do equilíbrio de riscos ressalta a necessidade de prosseguirmos lentamente à medida que nos aproximamos da taxa neutra." Jefferson também comentou sobre o mercado de trabalho, que, segundo ele, está “meio lento”. As empresas estariam hesitantes em contratar, diante das incertezas sobre a política econômica e do avanço da inteligência artificial, que pode substituir parte das funções. Ele ainda alertou que a falta de dados oficiais, causada pela paralisação do governo, dificulta a análise econômica antes da próxima reunião do Fed, marcada para 9 e 10 de dezembro. Bolsas globais Em Wall Street, os mercados americanos iniciam a semana com atenção voltada para a divulgação de resultados de grandes empresas, como Nvidia, e para o retorno dos dados econômicos oficiais, após o fim da paralisação do governo. O Dow Jones recuou 0,18%, aos 46.590,49 pontos. O S&P 500 caiu 0,91%, aos 6.672,50 pontos, enquanto o Nasdaq Composite teve perdas de 0,84%, aos 22.708,08 pontos. Já as bolsas europeias fecharam em queda nesta segunda-feira, refletindo a instabilidade da semana anterior. Investidores seguem cautelosos diante das dúvidas sobre o impacto da inteligência artificial na economia e sobre o ritmo de crescimento global. No fechamento, os principais índices da região registraram perdas: o STOXX 600 caiu 0,53%, o DAX da Alemanha recuou 1,20%, o FTSE 100 do Reino Unido perdeu 0,24% e o CAC 40 da França teve queda de 0,63%. Enquanto isso, os mercados asiáticos fecharam em queda, influenciados por tensões diplomáticas entre China e Japão. A declaração da primeira-ministra Sanae Takaichi sobre um possível ataque chinês a Taiwan gerou tensões entre os dois países, levando investidores a realizarem lucros após recentes altas. Na Ásia, os índices encerraram o dia com resultados mistos: o Nikkei, em Tóquio, caiu 0,1%; o Hang Seng, em Hong Kong, recuou 0,71%; o SSEC, em Xangai, perdeu 0,46%; e o CSI300, que reúne grandes empresas chinesas, caiu 0,65%. Já o Kospi, na Coreia do Sul, subiu 1,94%; o Taiex, em Taiwan, avançou 0,18%; e o Straits Times, em Cingapura, teve queda de 0,15%. *Com informações da agência de notícias Reuters. Notas de dólar. Dado Ruvic/ Reuters



Boletim Focus: pela 1ª vez neste ano, mercado financeiro estima que não haverá estouro da meta de inflação em 2025


17/11/2025 11:25 - g1.globo.com


Os economistas do mercado financeiro reduziram a estimativa de inflação de 2025 de 4,55% para 4,46%. A expectativa faz parte do boletim "Focus", divulgado nesta segunda-feira (17) pelo Banco Central (BC), com base em pesquisa realizada com mais de 100 instituições financeiras na última semana. É a primeira vez desde dezembro do ano passado que a projeção dos economistas dos bancos para 2025 fica abaixo do teto de 4,5% do sistema de metas de inflação. Desde o início de 2025, com a adoção do sistema de meta contínua, o objetivo é manter a inflação em 3%, sendo considerado dentro da meta se variar entre 1,5% e 4,5%. Isso quer dizer que, se confirmada a expectativa, não haverá "estouro" da meta de inflação neste ano fechado. No ano de 2024 fechado, e em doze meses até junho deste ano, a inflação ficou acima do teto do sistema de metas. ➡️A revisão na expectativa do mercado para um patamar abaixo do teto da meta aconteceu após a divulgação do IPCA de outubro, que somou 0,09%. Foi a menor taxa para o mês em 27 anos, algo que surpreendeu os economistas dos bancos (que projetavam um índice maior, de 0,26% no mês passado). O resultado foi influenciado, principalmente, pela queda de preço da energia elétrica residencial, que ficou 2,39% mais barata em outubro. Isso aconteceu porque a bandeira tarifária da vermelha patamar 2, para o patamar 1, com cobrança extra menor. Inflação perde força em outubro e fecha em 0,09% A contenção das expectativas de inflação também é resultado do elevado patamar da taxa de juros, atualmente em 15% ao ano - o maior nível em quase 20 anos. De acordo com o BC, as decisões sobre a taxa de juros demoram de seis a 18 meses para terem impacto pleno na economia, o chamado "horizonte relevante" para a política de juros. Deste modo, a convergência das expectativas de inflação para abaixo do teto do sistema de metas, em 2025, é resultado de decisões sobre a taxa de juros tomadas também nos últimos anos. Até o fim de 2024, o Banco Central era chefiado por Roberto Campos Neto, indicado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, assim como a maior parte da diretoria da instituição. Gabriel Galípolo, indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), assumiu o comando da instituição somente em 2025. E a partir deste momento, os indicados por Lula também passaram a ser maioria na diretoria do BC. A melhora nas contas públicas na parcial deste ano também é outro fator citado por analistas para a contenção da inflação. 🔎 Por que isso importa? Quanto maior a inflação, menor o poder de compra da população — especialmente entre quem recebe salários mais baixos. Isso ocorre porque os preços sobem, mas os salários não acompanham esse aumento. Veja a expectativa de inflação do mercado para os próximos anos: ➡️ Para 2026, a projeção permaneceu em 4,20% ; ➡️ Para 2027, a expectativa ficou estável em 3,80%; ➡️ Para 2028, a previsão continuou em 3,50%. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça Inflação x vida real: por que os preços do dia a dia podem subir muito mais do que o IPCA Inflação e preço dos alimentos: na foto, consumidores em feira livre no bairro do KM18 em Osasco na Grande São Paulo, nesta quinta-feira (06)c ALOISIO MAURICIO/FOTOARENA/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO Produto Interno Bruto A projeção do mercado para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2025 permaneceu estável em 2,16%. Para 2026, a projeção de crescimento do PIB continuou em 1,78%. ➡️ O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país e é utilizado para medir o desempenho da economia. Taxa de juros Economistas do mercado financeiro mantiveram a projeção para a taxa básica de juros em 2025. Para o fechamento de 2025, a projeção permanece em 15% ao ano — atual nível da taxa básica de juros. Para o fim de 2026, a projeção continuou em 12,25% ao ano. Para o fechamento de 2027, a projeção do mercado permaneceu em 10,50% ao ano. Outras estimativas Veja abaixo outras estimativas do mercado financeiro, segundo o BC: Dólar: a projeção para a taxa de câmbio no fim de 2025 caiu de R$ 5,41 para R$ 5,40. Para o encerramento de 2026, a estimativa continuou R$ 5,50. Balança comercial: a projeção de superávit da balança comercial em 2025 ficou estável em cerca de US$ 62 bilhões. Para 2026, a estimativa de saldo positivo continuou em aproximadamente e US$ 66 bilhões. Investimento estrangeiro: a previsão para a entrada de investimentos estrangeiros diretos no Brasil em 2025 foi mantida em US$ 70 bilhões. Para 2026, a estimativa também permaneceu inalterada, em US$ 70 bilhões.



Uber e iFood começam integração entre apps em meio a 'guerra do delivery'


17/11/2025 09:01 - g1.globo.com


Uber e iFood começam integração entre apps em meio a 'guerra do delivery' A competição acirrada pelo mercado brasileiro de delivery ganha um novo capítulo nesta segunda-feira (17), com o início da integração entre os apps da Uber e do iFood. Como funcionará? Na primeira fase, usuários do iFood poderão pedir corridas da Uber diretamente pelo aplicativo. A partir de dezembro, a Uber também passará a exibir no seu app as entregas de refeição, mercado e outros itens feitas pelo iFood. Nesta segunda, o recurso começa a aparecer para usuários em Belo Horizonte. Ele será expandido para outras cidades até o fim de janeiro de 2026 (veja o cronograma mais abaixo neste texto). A parceria representa, de certa forma, a volta da Uber ao segmento de entregas de refeição após mais de três anos. O aplicativo Uber Eats, que competia diretamente com o iFood, foi encerrado em março de 2022. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça Uber e iFood Reuters/Unsplash ‘Guerra do delivery’ A integração entre iFood e Uber ocorre em um momento em que o setor de delivery vive uma disputa acirrada, com a chegada da Keeta, da chinesa Meituan, e o retorno da 99Food. A 99Food operou por quatro anos no Brasil e retorna como opção de delivery dentro do app da 99. Controlada desde 2018 pela chinesa Didi Chuxing, a empresa prometeu investir R$ 2 bilhões no país até junho de 2026. Já a Keeta começou a operar no Brasil no fim de outubro, lançando seu aplicativo piloto em Santos e São Vicente, no litoral de São Paulo. A nova plataforma promete aplicar US$ 1 bilhão (cerca de R$ 5,4 bilhões) em cinco anos. A Rappi também anunciou novos investimentos: serão R$ 1,4 bilhão para ampliar a base de restaurantes e expandir sua operação de 50 cidades para 300. LEIA MAIS: Google testa alerta na tela contra golpes em chamadas de vídeo 'Me sinto valorizado': como é o trabalho de quem cria agentes de IA Agentes de IA viram aposta das empresas, e quem domina a tecnologia pode ganhar até R$ 20 Reação à concorrência? Apesar do cenário, tanto o iFood quanto a Uber dizem que a parceria não é uma resposta aos novos rivais. “Nossa conversa começou em setembro do ano passado, quando nem se falava de outras empresas aqui no Brasil”, afirma Diego Barreto, CEO do iFood, ao g1. Segundo Barreto, a integração foi motivada pela estratégia comum das duas empresas de reunir mais serviços em um só lugar. “Essa é uma lógica nossa e também da Uber. Não tem nada a ver com competição.” Para Silvia Penna, diretora-geral da Uber no Brasil, a união facilita a vida dos consumidores e aumenta o engajamento nas plataformas. “O importante é garantir que os clientes estão satisfeitos com o nosso serviço e que temos soluções para todas as demandas”, resume. Com tantas opções, Barreto diz que os consumidores decidirão seu app delivery considerando a qualidade do serviço, oferta de opções e força das marcas. “iFood e Uber representam isso nos seus respectivos segmentos”, diz ele. Integração entre os apps do iFood e da Uber Divulgação O que muda para o usuário? Os aplicativos vão ganhar abas dedicadas: uma da Uber dentro do iFood e outra do iFood dentro da Uber. A mudança será automática e não exigirá nenhuma ação do usuário. As duas empresas também vão lançar uma assinatura conjunta de fidelidade por R$ 21,90 ao mês. Hoje, o Clube iFood custa R$ 12,90 e o Uber One, R$ 19,90. Segundo Barreto, do iFood, a assinatura unificada dá acesso a mais descontos e fretes gratuitos, oferecendo “benefício econômico na mensalidade e na combinação dos programas”. Veja o cronograma da integração entre Uber e iFood: Novembro: usuários de Belo Horizonte passam a ter acesso à Uber no app do iFood. Dezembro: usuários de São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Curitiba, Fortaleza, Campinas, Goiânia, Recife, Porto Alegre e Salvador ganham acesso à Uber no app do iFood. consumidores de Belo Horizonte passam a ter acesso ao iFood no app da Uber; em seguida, o recurso chega às outras capitais. Janeiro de 2026: expansão completa para todas as cidades onde Uber e iFood atuam. Ataque no WhatsApp pode roubar senhas de usuários; veja como se proteger



Abono salarial PIS/Pasep: veja as novas regras para 2026 e quem pode perder o direito ao benefício


17/11/2025 07:02 - g1.globo.com


PIS/Pasep: veja as novas regras para 2026 O abono salarial do PIS/Pasep, pago anualmente pelo governo federal a trabalhadores com carteira assinada, terá novas regras a partir de 2026. ➡️ O abono salarial é um benefício no valor de até um salário-mínimo concedido anualmente a trabalhadores da iniciativa privada (PIS) e a servidores públicos (Pasep) que trabalharam durante ao menos 30 dias do ano-base (dois anos antes) e que receberam até dois salários mínimos por mês. O limite de renda para ter direito ao benefício deixará de ser calculado com base em dois salários mínimos e passará a ser corrigido pela inflação, segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). Na prática, isso deve restringir gradativamente quem tem direito ao pagamento. (Entenda mais abaixo) A mudança, que integra o pacote fiscal aprovado pelo Congresso no final de 2024, visa reduzir gastos públicos e tornar o programa mais direcionado às pessoas de renda mais baixa. Entenda nesta reportagem: Como ficam as novas regras? Por que as regras mudaram? Veja o calendário de pagamentos Como ficam as novas regras? Antes da aprovação do pacote fiscal pelo governo, tinham direito a receber o valor funcionários da iniciativa privada (PIS) e servidores públicos (Pasep) que trabalharam durante pelo menos 30 dias no ano-base (dois anos antes) e receberam até dois salários mínimos por mês. Em 2025, o pagamento do PIS/Pasep ainda seguiu as regras antigas. Receberam o benefício os trabalhadores que, no ano-base 2023, tiveram remuneração média de até dois salários mínimos — o equivalente a R$ 2.640. O valor pago foi proporcional ao tempo trabalhado e calculado com base no salário mínimo vigente no momento do pagamento: de R$ 1.518 para quem trabalhou os 12 meses. Agora, a PEC estabeleceu uma regra de transição que, na prática, deve restringir gradativamente quem tem direito ao benefício: ➡️ A partir de 2026, o cálculo para saber quem terá direito ao benefício será diferente. Em vez de acompanhar o aumento do salário mínimo, o limite de renda será ajustado anualmente conforme a inflação. Assim, a tendência é que, a cada ano, menos pessoas se enquadrem nos pré-requisitos para receber o benefício. A previsão do governo é que, até 2035, só tenha direito ao valor os trabalhadores que ganharam no máximo um salário mínimo e meio por mês no ano-base. Conforme a PEC, o salário mínimo continuará tendo um ganho real (acima da inflação, seguindo as regras do arcabouço fiscal) durante esse período de transição, mas a concessão do PIS-Pasep não vai acompanhar esses aumentos. 🔎 Enquanto a correção anual do salário mínimo é feita pela variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) mais ganho real do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos anteriores (e com o novo teto de reajuste). O valor para acesso ao abono salarial será corrigido apenas pelo INPC. Por que as regras mudaram? Atualmente, o reajuste do salário mínimo considera a inflação e crescimento da economia. Isso faz com que o aumento do piso nacional seja, em geral, maior que a variação dos preços. Ou seja, se o limite do PIS/Pasep continuasse vinculado ao salário mínimo, o número de pessoas com direito ao benefício aumentaria a cada reajuste, elevando também os gastos do governo. Ao adotar a inflação como referência, o governo mantém o benefício corrigido pelo custo de vida, mas evita um crescimento acelerado das despesas. Segundo o governo, a intenção é preservar o abono para quem realmente ganha menos, garantindo a sustentabilidade do programa no longo prazo. Apesar das mudanças, os requisitos para receber o abono continuam os mesmos. Para ter direito ao PIS/Pasep, o trabalhador precisa: Estar inscrito no programa há pelo menos cinco anos; Ter trabalhado com carteira assinada por, no mínimo, 30 dias no ano-base; Ter recebido até o limite de renda estipulado para o ano; E ter os dados informados corretamente pelo empregador na RAIS ou no eSocial. O benefício é pago a trabalhadores da iniciativa privada (PIS) e a servidores públicos (Pasep) que cumpram essas condições. Calendário de pagamentos A expectativa é que o calendário de pagamentos de 2026 seja definido ainda em dezembro deste ano pelo Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat). Em 2025, o Ministério do Trabalho e Emprego destinou R$ 30,7 bilhões para o pagamento do PIS/Pasep a cerca de 25,8 milhões de trabalhadores com direito ao abono salarial. O último grupo, formado por nascidos em novembro e dezembro, recebeu em 15 de agosto, mas um lote extra foi liberado em 15 de outubro para quem teve os dados enviados fora do prazo. Todos os beneficiários poderão sacar os valores até 29 de dezembro de 2025. Os trabalhadores podem verificar se têm direito ao benefício pelo aplicativo da Carteira de Trabalho Digital, siga o passo a passo: Certifique-se de que o aplicativo esteja atualizado; Acesse o sistema com seu número de CPF e a senha utilizada no portal gov.br; Toque em "Benefícios" e, em seguida, em "Abono Salarial". A tela seguinte irá informar se o trabalhador está ou não habilitado para receber o benefício. Vale lembrar que trabalhadores do setor privado também podem consultar a situação do benefício e a data de pagamento nos aplicativos Caixa Trabalhador e Caixa Tem. PIS-Pasep José Cruz/Agência Brasil



Educação Financeira #318: vale a pena comprar um carro novo que vai sair de linha?


17/11/2025 05:00 - g1.globo.com


O Renault Clio, carro novo mais barato do Brasil, custa atualmente R$ 78.690. Por esse preço, muita gente considera migrar para um seminovo ou usado. Mas, dependendo do momento, é possível encontrar descontos significativos em modelos zero quilômetro que estão prestes a sair de linha. As promoções em veículos próximos da descontinuação podem variar de R$ 30 mil a até R$ 60 mil, como foi o caso da Volkswagen Amarok: em 2014 unidades do modelo antigo chegaram a ter R$ 60 mil de desconto em concessionárias, por conta da chegada de uma nova geração. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 Carros no WhatsApp No entanto, esse tipo de oferta sempre levanta dúvidas: vale a pena comprar um carro que vai deixar de ser produzido? Quais são os cuidados necessários antes de fechar negócio? Neste episódio do podcast Educação Financeira, o especialista Reinaldo Domingos, presidente da Associação Brasileira de Profissionais de Educação Financeira, explica o que muda quando um carro é descontinuado — e quando essa compra pode fazer sentido. Ouça também nos tocadores Spotify Amazon Apple Podcasts Google Podcasts Castbox Deezer Logo podcast Educação Financeira Comunicação/Globo O que são podcasts? Podcasts são episódios de programas de áudio distribuídos pela internet e que podem ser apreciados em diversas plataformas — inclusive no g1, no ge.com e no gshow, de modo gratuito. Os conteúdos podem ser ouvidos sob demanda, ou seja, quando e como você quiser! Geralmente, os podcasts costumam abordar um tema específico e de aprofundamento na tentativa de construir um público fiel. Veja os vídeos que estão em alta no g1



Quanto custa conter o aquecimento global e quem banca sustentabilidade no campo


16/11/2025 11:59 - g1.globo.com


Financiamento climático: quem banca o agro sustentável O preço para conter o aquecimento global é gigantesco: US$ 8 trilhões por ano, até 2035. Este é o valor que o mundo precisa para impedir que a temperatura do planeta aumente mais de 1,5 °C até lá. Ele leva em consideração o investimento necessário para produzir alimentos de forma mais sustentável, recuperar florestas, criar fontes de energia limpa e uma série de outras ações para reduzir a emissão de gases poluentes à atmosfera. ➡️Esta reportagem faz parte do quinto episódio da série "PF: Prato do Futuro", onde o g1 mostra soluções para desafios da produção de alimentos no Brasil. O valor foi calculado pelo Grupo de Especialistas Independentes de Alto Nível em Financiamento Climático, da London School of Economics. Ele foi apresentado na Conferência do Clima da ONU (COP) de 2024, no Azerbaijão. Agora, o tema do financiamento climático volta à mesa de debates da COP 30, em Belém, e um dos grandes desafios é como os países vão conseguir esses trilhões. Enquanto isso não é definido, o Brasil já vem criando os seus próprios caminhos. No campo, o investimento em práticas agropecuárias sustentáveis tem sido impulsionado, em grande parte, pelo crédito rural — ou seja, por empréstimos bancários. E um dos grandes desafios é fazer com que esse dinheiro consiga chegar a pequenos produtores e comunidades tradicionais. O g1 foi à Bahia e ao Rio Grande do Sul para mostrar dois exemplos onde essas barreiras foram superadas. Na reportagem a seguir, saiba mais sobre: quanto as nações estão dispostas a pagar; quem financia a agricultura sustentável no Brasil; as barreiras que pequenos produtores enfrentam; qual é a participação da filantropia e dos fundos climáticos. Quanto as nações estão dispostas a pagar Os especialistas da London School não têm um cálculo sobre o quanto o Brasil precisa para fazer a transição climática, mas eles estimam que nações emergentes e em desenvolvimento vão precisar, juntas, de cerca de US$ 3,5 trilhões por ano, até 2035. Uma das discussões mais antigas das Conferências do Clima é como países ricos, como Inglaterra, França, Alemanha, Estados Unidos, vão ajudar os mais pobres a cumprir metas de despoluição. Isso porque eles são considerados "devedores climáticos" por terem se industrializado primeiro e enriquecido a partir do uso intensivo de combustíveis poluentes, como carvão e petróleo. 💵Um dos acordos firmados após a COP 2024 é que os países ricos direcionem, pelo menos, US$ 300 bilhões para as nações em desenvolvimento, até 2035. No mesmo período, todos os países devem fazer um esforço para que esse volume chegue a US$ 1,3 trilhão, explica o sócio-diretor da Agroicone, Rodrigo Lima, que participa dos debates de financiamento nas conferências da ONU. Ele ressalta que há um consenso entre as lideranças mundiais de que esse dinheiro não virá apenas de doações, mas, principalmente, de empréstimos. "A grande discussão agora é como esses recursos vão chegar aos países com juros menores que os praticados no mercado", diz Paulo Camuri, gerente de Ciências do Clima do Imaflora. Um exemplo dessa tendência do financiamento climático é o Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF), proposto pelo Brasil, que pretende usar um modelo de investimento de renda fixa para gerar recursos destinados à conservação de florestas tropicais (entenda aqui). Os guardiões do campo nativo: como pequenos pecuaristas estão regenerando o Pampa Quem financia agricultura sustentável no Brasil Enquanto o mundo ainda discute como vai financiar as nações em desenvolvimento, dados da ONG Climate Policy Initiative (CPI) mostram que o Brasil tem bancado a maior parte das ações climáticas voltadas para o uso da terra, ou seja, na agropecuária sustentável e na preservação de florestas (veja os números abaixo). "Na ausência de uma ação climática global mais contundente, grande parte do investimento acaba acontecendo a nível nacional. Isso mostra que o mundo não tem conseguido criar estruturas adequadas para atacar a crise climática", diz Juliano Assunção, diretor-executivo da CPI. O relatório da ONG também detalha os dados por tipo de instrumento financeiro. Nele, o crédito rural aparece como a principal fonte dos recursos, respondendo por 58% do total. O que mostra que a maior parte do financiamento climático voltado ao uso da terra no Brasil tem sido bancada por empréstimos contratados por produtores rurais. Esse dinheiro tem sido direcionado para técnicas de baixo carbono – como plantio direto, integração de lavoura-pecuária-floresta, agroecologia, agrofloresta –, além de recuperação de pastagens degradadas. Brasil ainda tem pouco crédito para sustentabilidade 🌱 Hoje é o governo federal quem define a quantidade de dinheiro e os tipos de empréstimos voltados para os produtores rurais. Essas informações são atualizadas todos os anos por meio do Plano Safra. Ele tem algumas linhas diretamente voltadas para agropecuária sustentável, como o RenovAgro, que, por muitos anos, foi chamado de Plano ABC. Tem também modalidades específicas dentro do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) – que atende pequenos produtores – como o Pronaf Floresta, Bioeconomia e Agroecologia. No entanto, alguns estudos mostram que essas linhas representam pouco dentro de todo o crédito rural liberado no Brasil. Um levantamento da consultoria Agroicone aponta que os empréstimos contratados para investimentos em sustentabilidade chegaram a R$ 69,2 bilhões na safra 2024/25, o que representou apenas 23,2% de todo o crédito rural liberado no período. Gustavo Lobo, pesquisador da consultoria, explica que esse valor inclui tanto os empréstimos direcionados para práticas de baixo carbono, como outros que não têm esse objetivo, mas que foram aplicados neste fim. A consultoria rastreou os dados pelo Banco Central. As barreiras que pequenos produtores enfrentam Um dos maiores desafios para destravar o financiamento climático no Brasil é ampliar o acesso ao crédito para pequenos produtores e comunidades tradicionais. "A maior parte do crédito rural ainda não chega aos pequenos produtores, extrativistas, pescadores, quilombolas e povos indígenas — justamente os que mais cuidam dos territórios e produzem com base na sociobiodiversidade", afirma a diretora-executiva do Fundo Casa Socioambiental, Cristina Orpheo. As linhas do Pronaf, que atende esse público, têm juros menores que os empréstimos convencionais, mas respondem por 17% do crédito subvencionado pelo governo federal. O restante vai para médios e grandes produtores, segundo dados do Banco Central. Travas para acessar os bancos 💰 Além de menos recursos, os pequenos também esbarram na própria indisposição dos bancos, diz Paulo Camuri, do Imaflora. "Os bancos, em geral, priorizam grandes projetos, como aqueles que envolvem empréstimos elevados, onde o custo para ele ir lá na propriedade verificar como o dinheiro está sendo usado vai compensar para ele", exemplifica Camuri. "[Os agricultores] brincam que você chega no banco, só tem um cardápio: que é boi, palanque e cerca", diz Moises Savian, secretário de Governança Fundiária, Desenvolvimento Territorial e Socioambiental do MDA. Mas existem ainda barreiras bem anteriores à ida ao banco. Isso porque muitos pequenos produtores não sabem nem mesmo o que é crédito rural ou não têm nem conta bancária ou documentos básicos, como RG ou CPF, conta Fabíola Zerbine, diretora-executiva do Instituto Conexões Sustentáveis (Conexsus). A ONG tem, inclusive, uma iniciativa chamada CredAmbiental que ajuda agricultores familiares e povos tradicionais a acessarem o Pronaf. ➡️O projeto treina moradores das próprias comunidades para se tornarem "ativadores de crédito", ou seja, pessoas que entendem das regras de financiamento, que reúnem documentos, negociam com os bancos e elaboram projetos sobre como o dinheiro será usado e devolvido. O g1 foi conhecer de perto a iniciativa em uma comunidade indígena Tupinambá, em Ilhéus (BA), que conseguiu acessar o Pronaf Floresta para cultivar cacau e reflorestar a Mata Atlântica (veja abaixo). Como indígenas usam financiamento do governo para montar agroflorestas O projeto também dá suporte a comunidades sobre o uso consciente do dinheiro, o que tem dado resultado. Segundo Zerbini, 98% das pessoas que participam do CredAmbiental estão em dia com os empréstimos. “A gente não quer que o crédito seja um fator de endividamento. Ele precisa ser um fator de empoderamento”, diz Zerbini. O que vem da filantropia e de fundos climáticos A diretora-executiva do Fundo Casa Socioambiental, Cristina Orpheo, afirma que o crédito rural é importante, "mas ele tem limites quando se fala em inclusão e justiça socioambiental". Para ela, é muito importante que povos tradicionais e pequenos produtores recebam mais investimentos diretos, que não exijam reembolso, como doações e incentivos públicos e privados. "Isso é importante para que eles possam construir uma capacidade mínima de produção, de gestão, para depois, mais estruturados e confiantes, entrarem em um financiamento", diz Orpheo. Dados da Climate Policy Initiative mostram que a filantropia representa cerca de 0,06% das fontes de financiamento climático em agropecuária e florestas. O Fundo Casa Socioambiental capta, por exemplo, recursos de fora do Brasil, principalmente de fundações filantrópicas, para investir em projetos de sustentabilidade. "O ideal seria combinar esses dois mecanismos financeiros: crédito acessível, sim, mas também recursos diretos, flexíveis e de longo prazo", acrescenta. Alguns fundos climáticos também oferecem recursos que não exigem devolução para projetos de sustentabilidade. Hoje, eles representam cerca de 0,2% de todo o financiamento para o uso da terra. Um exemplo é o Fundo Amazônia, do governo federal, que capta doações para investimentos não reembolsáveis no combate ao desmatamento e à conservação da Amazônia Legal, e que também tem apoiado projetos que envolvem a produção de alimentos de comunidades tradicionais. Criado em 2008, o Fundo Amazônia foi paralisado em 2019. E a sua retomada, em 2023, foi um dos fatores que contribuiu para a queda do desmatamento no bioma este ano. O governo também tem o Fundo Clima, que foi criado em 2009, com o objetivo de financiar projetos de mitigação e adaptação climática. ➡️As ações de mitigação têm o objetivo de reduzir emissões de gases poluentes, enquanto as de adaptação, de preparar territórios para extremos climáticos, como secas e enchentes. No entanto, menos de 1% do Fundo Clima é formado por recursos não reembolsáveis, segundo dados do Sistema Integrado de Planejamento e Orçamento (Siop), consolidados pelo Observatório do Clima. Esse dinheiro, que gira em torno de R$ 4,5 milhões, é gerido pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA). Já o restante dos recursos, que correspondem a R$ 24 bilhões, são administrados pelo BNDES e direcionados para empréstimos. A maior parte vai para a indústria (57%) e infraestrutura (38%), e o restante para o comércio (4%) e a agropecuária (1%). As empresas de grande e médio porte recebem 98% desses empréstimos.



Pecuária que preserva, cacau que refloresta: como o dinheiro do clima chega ao campo


16/11/2025 11:59 - g1.globo.com


Os guardiões do campo nativo: como pequenos pecuaristas estão regenerando o Pampa "A gente vê essas catástrofes que estão ocorrendo... muitas vezes é (por) não preservar a natureza", diz o pecuarista familiar Antônio Bonoto, que vive no Pampa gaúcho, em Alegrete (RS). A mais de 3 mil km dali, no meio da Mata Atlântica, em Ilhéus (BA), a mesma ideia ecoa na voz do cacique Tupinambá Alicio Francisco: "Não desmata a cabeceira de água, que é a nossa vida. A gente, sem água, como é que nós vamos viver?". Os dois fazem parte de comunidades rurais que conseguiram recursos para preservar o meio ambiente, mostrando, na prática, como o financiamento climático está chegando no campo brasileiro. ➡️Esta reportagem faz parte do quinto episódio da série "PF: Prato do Futuro", onde o g1 mostra soluções para desafios da produção de alimentos no Brasil. O financiamento climático é o dinheiro investido em projetos que ajudam a diminuir as emissões de gases poluentes e a preparar territórios e sistemas produtivos para lidar com os impactos do aquecimento global, como secas e enchentes. Esse é um dos temas centrais da COP30, a Conferência do Clima da ONU, em Belém. No evento, o foco dos países tem sido o financiamento para a conservação de florestas. Mas, no Brasil, investir na agropecuária sustentável também é essencial para atingir metas climáticas. Afinal, ela responde por 28% das emissões de poluentes no país, depois do desmatamento. Para isso, um dos desafios é fazer com que o "dinheiro do clima" chegue a pequenos produtores, grupo que hoje tem mais dificuldades para acessar recursos, seja por meio de incentivos e doações ou empréstimos. No Sul e no Nordeste, o g1 conheceu alguns caminhos. Nas cidades de Alegrete e Lavras do Sul (RS), pequenos pecuaristas recebem assistência técnica gratuita para recuperar a vegetação do Pampa, a partir de recursos de uma lei ambiental do estado (veja no vídeo acima). Em Ilhéus, a comunidade da Aldeia Tupinambá do Acuípe de Cima conseguiu um empréstimo pelo Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), do governo federal, para cultivar cacau reflorestando a Mata Atlântica (veja no vídeo abaixo). Como indígenas usam financiamento do governo para montar agroflorestas Quanto custa conter o aquecimento global e quem banca sustentabilidade no campo Recuperando o Pampa Gaúcho Imagem de uma propriedade em Lavras do Sul (RS) que teve o apoio do projeto de Recuperação de Biomas, que ensina pequenos pecuaristas a regenerarem a vegetação do Pampa. Giaccomo Voccio/g1 O projeto que o g1 conheceu no Sul foi criado pela Federação dos Trabalhadores na Agricultura do RS (Fetag-RS), em 2018, com o objetivo de ensinar técnicas de regeneração do Pampa a pecuaristas familiares. 🔎 Entre 2015 e 2024, o Pampa perdeu 13.000 km² de vegetação nativa. Isso é praticamente nove vezes a cidade de São Paulo. O projeto recebe recursos por meio de uma lei estadual de Reposição Florestal Obrigatória (RFO), que determina que empresas que desmatam compensem o impacto com o plantio de mudas, a compra de unidades de conservação para doação ao estado, etc. Mas há uma opção específica para as empresas que constroem obras de interesse público, como estradas e aeroportos: a de investir em projetos de sustentabilidade aprovados pelo governo do RS. Um deles é justamente a iniciativa da Fetag. Uma das empresas com dívidas ambientais que financia o projeto é a companhia de energia CPFL. “Para fazer a manutenção das nossas redes elétricas e implantar novos empreendimentos, a gente precisa, muitas vezes, suprimir vegetação”, diz Robson Tanaka, gerente de meio ambiente da companhia. A CPFL libera recursos para a Fetag, normalmente, a cada três meses, mediante prestação de contas. O projeto começa com um pagamento inicial, mas as próximas parcelas são pagas após o envio de relatórios à CPFL e ao governo estadual que comprovem como o dinheiro foi usado no trimestre anterior. A empresa também faz vistorias nas propriedades, enquanto o governo estadual emite o laudo final comparando o antes e o depois da área. Nessa última etapa, a propriedade precisa ter tido um aumento no número de espécies nativas e na qualidade do solo. “Se tu identificou 20, 30 espécies naturais do bioma Pampa na primeira visita, o projeto, no mínimo, vai ter que sair com 40 espécies”, explica José Mário Araújo Mafaldo, engenheiro agrônomo da Fetag/RS. Desde 2019, o projeto já recuperou 7.070 hectares de campo nativo. Veja fotos do Pampa gaúcho O que a pecuária familiar tem a ver com preservação? 🐂 Boa parte da vegetação nativa que foi destruída no Pampa nos últimos 10 anos deu lugar a plantações de soja, segundo a rede MapBiomas. Muitos produtores rurais têm sido atraídos para essa atividade em busca de maior rentabilidade, abandonando atividades tradicionais, como a pecuária familiar. O Pampa, inclusive, tem uma peculiaridade quando se trata de pecuária porque ele é um bioma formado por pastos naturais, ou seja, por espécies de gramíneas e leguminosas que servem de alimentação para os animais, explica o pesquisador da Embrapa Marcos Borba. É por isso que é menos comum que o pequeno pecuarista da região desmate uma grande área, como acontece no cultivo da soja. Mas a pecuária também pode degradar o solo e eliminar espécies nativas se o produtor não cuidar da terra. Um exemplo prático é que as plantas mais consumidas pelo gado tendem a desaparecer ou diminuir no Pampa, explica Borba. Com o tempo, as espécies que não servem de alimento acabam se sobressaindo no campo, e o pecuarista passa a enxergá-las como indesejadas, o que é um erro, destaca o pesquisador. “Muitas plantas que os produtores costumam considerar como ‘invasoras’ no Pampa têm funções estratégicas. Muitas ajudam na entrada da água no solo e reciclam nutrientes por meio de suas raízes profundas”, exemplifica Borba. É por isso que, durante o projeto, os técnicos fazem um trabalho de conscientização dos produtores sobre a importância de cada planta no bioma. O Pampa abriga mais de 3 mil espécies de plantas, cerca de 450 gramíneas e aproximadamente leguminosas. Da esquerda para à direita: orelha de rato; pega pega, boiadeira da coxilha. Giaccomo Voccio/g1 Além disso, eles ensinam as formas corretas de rotação do gado para o descanso do solo e técnicas de adubação para recuperar espécies. “Faz dois anos e meio que a gente está no projeto. Antes, a gente via o solo se degradando. Hoje a gente pode observar o campo com mais vigor”, diz o pecuarista familiar Anderson Soares Ribeiro. Indígenas que plantam para preservar Agrofloresta na aldeia Tupinambá do Acuípe de Cima Rafael Peixoto / g1 A aldeia indígena Tupinambá do Acuípe de Cima, na Bahia, reuniu 11 famílias que, juntas, conseguiram cerca de R$ 50 mil para plantar cacau com melhoramento genético. O cultivo realizado pelos indígenas é o cabruca, em que o fruto se desenvolve na sombra da Mata Atlântica. A técnica preserva a floresta, que é o bioma mais devastado do Brasil, segundo a Fundação SOS Mata Atlântica. De acordo com a instituição, atualmente, restam apenas 24% da mata nativa. Os indígenas da aldeia Tupinambá também pretendem ampliar o plantio de agroflorestas, que unem diversas espécies produtivas, como o cacau, bananeiras, coqueiros, feijão e mandioca. Com isso, eles vão recuperar áreas que foram desmatadas para pastagem. Tudo isso será possível por causa do financiamento do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), uma linha de crédito do governo que oferece condições especiais, como juros mais baixos e prazos maiores para pagamento do empréstimo. “A gente pensava que não tinha como indígenas pegarem um projeto bom desse”, conta Alberto Lopes, um dos beneficiários do programa. Indígenas da aldeia Tupinambá do Acuípe de Cima, em Ilhéus, juntamente do ativador de crédito Rodrigo Figueiredo e representante dos cursos técnicos na Bahia. Rafael Peixoto / g1 O crédito rural é a principal fonte de recursos para financiar práticas sustentáveis na agropecuária, no Brasil, segundo a Climate Policy Initiative. Mas pequenos produtores e comunidades tradicionais ainda têm dificuldades para acessá-lo. Isso acontece inclusive com o Pronaf, por diversos motivos. Por exemplo, produtores que não sabem que ele existe, não têm documentos ou até mesmo por não entenderem realmente o que é. Como levar crédito para mais gente Pensando na dificuldade que os produtores têm, o Instituto Conexões Sustentáveis (Conexsus) criou a iniciativa CredAmbiental. Foi por meio dela que o grupo de indígenas Tupinambá conseguiu o empréstimo. O projeto treina moradores das próprias comunidades para ajudar os produtores na solicitação do crédito. Essas pessoas, que são chamadas de "ativadores de crédito", explicam as regras do financiamento, reúnem documentos, negociam com o banco e elaboram o projeto que mostra como o dinheiro será usado e devolvido. “Os produtores pegavam o crédito e diziam que era algo que vinha do governo e não precisava pagar. Até hoje a gente atua muito em desconstruir essa informação”, explica Josué Castro, ativador de crédito. “Não é para pegar o dinheiro e gastar com carro velho, como antes se fazia. Ele tem que ser investido naquela atividade”, diz. Castro explica que os ativadores de crédito também visitam os produtores, os orientam e escrevem laudos atestando a efetividade daquele crédito. "Com isso, o produtor vai produzir mais e melhor”, afirma. Os ativadores de crédito recebem uma bolsa de 18 meses, para começar o trabalho com os beneficiários. Depois desse período, cada banco define com a Conexsus o valor a ser pago por contrato efetivado do Pronaf. Esse dinheiro é usado para pagar os ativadores e manter os cursos de capacitação, explica Fernando Moretti, líder de crédito da Conexsus. A Conexsus também trabalha com instituições locais que oferecem aulas sobre plantio sustentável e ensinam os agricultores como manter um negócio para gerar renda. “A gente não quer que o crédito seja um fator de endividamento. Ele precisa ser um fator de empoderamento”, afirma Fabíola Zerbini, diretora executiva da Conexsus e integrante da Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura. Com essa metodologia, 98% dos produtores assessorados pela Conexsus estão com os pagamentos em dia, segundo o instituto. No momento, 1.054 estão com o empréstimo do Pronaf, adquirido por meio da Conexsus. Cacau plantado na agrofloresta da aldeia Tupinambá do Acuípe de Cima Rafael Peixoto / g1 O governo federal lançou no ano passado o programa “Florestas Produtivas”, com proposta semelhante à da Conexsus. O programa do Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA) oferece capacitação em técnicas sustentáveis em lavouras experimentais e atendimento personalizado. Os agentes ajudam desde o diagnóstico da propriedade até a elaboração do projeto de crédito. “Quando eu financio uma agrofloresta, estou fazendo financiamento climático”, diz Moises Savian, secretário de Governança Fundiária, Desenvolvimento Territorial e Socioambiental do MDA. O projeto ainda está na fase inicial e atua em municípios do Pará, do Maranhão, do Amapá e do Acre. Veja fotos da Aldeia Tupinambá do Acuípe de Cim Financiamento climático: quem banca o agro sustentável



Mercado de tuias e ciprestes aquece no final do ano


16/11/2025 10:30 - g1.globo.com


Pés de ciprestes italianos cultivados na propriedade de Mara Regina Stangari, em Herculândia (SP) Reprodução/TV TEM Os pés de ciprestes italianos transformam qualquer lugar em uma cena de filme. Em Herculândia (SP), são mais de 30 mil árvores cultivadas com muito cuidado pela produtora Mara Regina Stangari, que há mais de 30 anos trabalha com a espécie de planta. Além de bonito, o cipreste é muito usado em projetos de paisagismo e também serve como quebra-vento em áreas rurais. O processo de cultivo também exige atenção para que a planta chegue até o cliente em bom estado. “A gente vai trocando de embalagem conforme a planta cresce, tudo para garantir que ela chegue bonita e firme na casa do cliente, do jeitinho que sai daqui, toda enraizada. É só cortar a embalagem, colocar na cova e ela segue linda, sem problema nenhum”, comenta Mara. Para manter tudo saudável, o cuidado precisa ser diário. A área onde as plantas ficam é sempre limpa, adubada e irrigada por gotejamento, que deixa a terra sempre molhada, para isso, Mara explica que todas as plantas contam com um sistema que libera dois litros de água por hora. “Cipreste não gosta de muita água, só de umidade. E tem que manter limpo, porque o mato rouba o que a planta precisa para crescer. Acabou um talhão, a gente já vai pro outro”, explica Mara. Em uma outra propriedade, Márcio Sérgio Longhi cultiva tuia holandesa, uma espécie de pinheiro usado para árvores de Natal. Ele consegue vender mais de duzentas mudas por mês e complementa a renda da família. “O pessoal quer enfeitar e muita gente tá voltando pro natural, que tem mais vida. Depois do Natal, é só colocar no sol e cuidar direitinho, que ela dura muitos anos”, diz. Empresário Márcio Sérgio Longhi cultivando tuia holandesa em sua propriedade Reprodução/TV TEM Veja a reportagem exibida no programa em 16/11/2025: Mercado de tuias e ciprestes aquece no final do ano Acesse + TV TEM | Programação | Vídeos | Redes sociais Confira as últimas notícias do Nosso Campo



Falta de mão de obra no campo preocupa produtores rurais


16/11/2025 10:30 - g1.globo.com


Falta de mão de obra no campo afeta produtores do interior de SP TV TEM/Reprodução Parte da fazenda administrada por Ione Gomes é composta por um mar de seringueiras. São 80 mil pés espalhados pela propriedade, que exigem intensa mão de obra durante o período de safra. No entanto, de uns anos pra cá, Ione enfrenta o mesmo desafio que tem atingido produtores de diferentes regiões: a falta de mão de obra no campo. A propriedade também cultiva laranja e, para a colheita, uma empresa será contratada. Mas, a manutenção do laranjal é feita pelos próprios funcionários da fazenda. O mesmo problema enfrentado por Ione também preocupa o produtor rural Mário Santesso. Ele cultiva 5 mil pés de tomate e colhe de 200 a 300 caixas por semana. A lavoura, porém, é mantida por apenas seis trabalhadores, um número abaixo do ideal. Com a escassez de profissionais, muitos produtores têm apostado na tecnologia para driblar o problema. Em uma indústria de cabines e vidros agrícolas de Ibirá (SP), máquinas de última geração estão ajudando a reduzir os impactos da falta de funcionários. Veja a reportagem exibida no programa em 16/11/2025: Falta de mão de obra no campo preocupa produtores rurais Acesse + TV TEM | Programação | Vídeos | Redes sociais Confira as últimas notícias do Nosso Campo



O turismo rural feito no ritmo das pedaladas


16/11/2025 10:30 - g1.globo.com


Grupo de ciclistas percorre estradas rurais entre Cabreúva (SP) e Itupeva (SP). TV TEM/Reprodução Entre estradas de terra e fazendas centenárias, um grupo de amigos de Cabreúva (SP) transforma o ciclismo em uma viagem pela história do interior paulista. As rotas, traçadas com a ajuda de imagens de satélite, cruzam propriedades rurais, rios e vilarejos que ainda guardam lembranças do ciclo do café. Um dos pontos preferidos do grupo é o Armazém do Limoeiro, construído em 1901. Hoje, o espaço funciona como café, mas mantém balcões e estruturas originais da antiga fazenda. “Era um lugar de encontro da comunidade, com capela e farmácia”, lembra o gerente Ivan Diniz. O trajeto segue até Itupeva (SP), passando por subidas e trechos de mata. No vilarejo conhecido como Quilombinho — onde antes se escondiam pessoas escravizadas fugidas — funciona um café mantido por ciclistas da região. O local fica próximo a áreas ligadas à artista Tarsila do Amaral, o que reforça o caráter histórico do pedal. De São Paulo, ciclistas como a médica Márcia Cardinari viajam aos fins de semana para participar dos percursos. “São até 80 quilômetros só por terra, cercados de paisagem e história”, conta. Entre o esforço das subidas e o som das rodas na terra batida, o grupo encontra no ciclismo uma forma de desacelerar, contemplar e se reconectar com o que o interior tem de mais genuíno. Veja a reportagem exibida no programa em 16/11/2025: O turismo rural feito no ritmo das pedaladas Acesse + TV TEM | Programação | Vídeos | Redes sociais Confira as últimas notícias do Nosso Campo



A proposta ambiciosa que fez o 'pai do Pix' deixar o Banco Central


16/11/2025 10:15 - g1.globo.com


Pix completa cinco anos Depois de 23 anos no Banco Central (BC), Carlos Eduardo Brandt, que liderou o time que desenvolveu o Pix, resolveu há três meses deixar a instituição — e o Brasil. Trocou Brasília por Washington. A carreira no BC era coisa de família. O pai e o avô de Brandt também foram servidores da instituição. Mas, nessas duas décadas em que ele esteve na autarquia, criada em 1964, o Banco Central do Brasil assumiu um protagonismo inédito. E Brandt também. Em 2021, foi o único brasileiro na lista da Bloomberg das 50 pessoas que definiram os rumos dos negócios globais naquele ano. O Pix havia acabado de completar um ano e tinha dobrado a base de usuários, de 56 milhões para 113 milhões de pessoas, chamando atenção do mundo. Desde então, o modelo de pagamentos instantâneo brasileiro, que completa cinco anos em funcionamento neste domingo (16), se tornou referência internacional e, hoje, é o elemento mais visível de um grande ecossistema que o país desenvolveu no segmento de pagamentos digitais. Hoje, o Pix tem 161,7 milhões de usuários pessoas físicas e 16,3 milhões de pessoas jurídicas. Nestes cinco anos, movimentou R$ 85 trilhões, ou sete vezes o Produto Interno Bruto brasileiro, mostra estudo da fintech Ebanx com base em dados públicos. A análise aponta que o sistema de pagamento já é mais popular que o cartão de crédito e é usado por 93% da população adulta do país. A estimativa é que o sistema atinja ainda neste ano 7,9 bilhões de transações por mês ainda neste ano e que o valor total movimentado por ano chegue a R$ 35,3 trilhões, um aumento de 34% em relação a 2024. Os números que atestam o sucesso estrondoso do Pix e a onda de inovação brasileira que que ele representa levaram o Fundo Monetário Internacional (FMI) a oferecer uma vaga para Brandt na área de pagamentos e infraestruturas de mercados, onde ele atua desde agosto. Pix como referência internacional O FMI é uma organização global com 191 países, mais conhecido na América Latina pelos empréstimos com contrapartidas amargas, como cortes de gastos públicos, feitos no passado a países em apuros financeiros. Mas ele também tem entre as atribuições oferecer assistência técnica aos membros e promover cooperação entre eles. E foi com essa perspectiva em mente que Brandt considerou a proposta interessante. "A minha percepção foi de que eu poderia contribuir com outros países e numa escala global", diz ele à BBC News Brasil. A ideia era usar o conhecimento acumulado com a experiência brasileira para ajudar a melhorar o sistema financeiro internacional — por exemplo, buscando soluções para simplificar a realização de pagamentos instantâneos entre países, assunto sobre o qual o brasileiro tem se debruçado desde que assumiu o novo trabalho. Esse é um mundo labiríntico, com obstáculos que vão desde a operação com moedas diferentes até as particularidades da regulamentação financeira de cada país e questões de segurança internacional. "Cada país tem sua legislação, mas também existem os padrões internacionais que todos têm que seguir. É um quebra cabeça um pouco mais complexo", ele ressalta. Brandt tem observado de perto iniciativas como o projeto de interligação financeira dos 16 países da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) e o Nexus, do Banco de Compensações Internacionais (BIS, na sigla em inglês), que propõe interligar sistemas de pagamentos de diversos países e permitir transações entre eles de forma instantânea. O Nexus já foi apelidado de "Pix internacional" e está sendo implementado inicialmente em cinco nações asiáticas: Índia, Malásia, Filipinas, Singapura e Tailândia. O objetivo, segundo ele, é "tentar apoiar na medida que for possível essa agenda de pagamentos entre países", para facilitar tanto as trocas entre pessoas quanto as trocas comerciais. Nessa seara, também está incluída a nova fronteira das finanças globais, as chamadas Central Bank Digital Currencies (CBDC), ou moedas digitais dos Bancos Centrais, que estão sendo desenvolvidas em dezenas países com tecnologia semelhante à das criptomoedas com a promessa de simplificar ainda mais as transações financeiras. Pix se tornou referência internacional de sistema de pagamento digital Marcello Casal Jr/Agência Brasil/Arquivo via BBC Big techs vs. Pix Os efeitos de iniciativas como essas seriam parecidos com os do Pix, mas em escala maior: redução de custo para consumidores, desburocratização, aumento de eficiência. Em uma fala recente sobre as CBDCs, o diretor do departamento de mercados monetários e de capitais do FMI, Tobias Adrian, comentou que imigrantes que enviam dinheiro para a família em seus respectivos países hoje pagam tarifas altas às empresas que fazem remessas de recursos entre países, desembolsando em média 6,5% do valor enviado em taxas. "Para fazer o sistema financeiro global dar certo, precisamos nos unir e fazer os pagamentos globais darem certo. Parte dos US$ 45 bilhões de dólares pagos anualmente aos provedores de remessas poderiam voltar para os bolsos dos pobres", afirmou na ocasião. Como no exemplo citado pelo diretor do FMI, a simplificação do sistema global de pagamentos implica na perda de bilhões de dólares por quem hoje ganha com a intermediação financeira, como bancos e, mais recentemente, as grandes empresas de tecnologia. Esse efeito é potencializado em um cenário de popularização do modelo brasileiro construído em torno do Pix, em que o Banco Central, e não uma empresa privada, desenvolveu, implantou e opera o sistema. Essa é, aliás, uma das grandes particularidades do sistema de pagamentos brasileiro. Como apontou a BBC News Brasil em reportagem recente, o modelo adotado em países como a Índia, apesar do sucesso, também inspira preocupação. No exemplo do UPI indiano, a participação de empresas privadas como operadoras do sistema acabou levando à concentração da etapa final da cadeia de pagamentos instantâneos nas mãos de multinacionais como Google e Walmart. O modelo brasileiro, por outro lado, favoreceu o fortalecimento do mercado doméstico e garantiu autonomia ao país, objetivos que, como contou Brandt à reportagem, já estavam na perspectiva do Banco Central quando a equipe desenhou o Pix. "Uma das coisas que norteou muito a definição do Banco Central como orquestrador foi a visão de que, para se alcançar um ecossistema de pagamentos que fosse realmente inclusivo, o mais apropriado seria ter um agente neutro", Brandt argumenta. "E o agente neutro por excelência, no caso brasileiro, é o Banco Central, que é o regulador e não tem nenhum tipo de objetivo de lucro." É um exemplo prático do que ficou conhecido como "infraestrutura pública digital", a ideia de que algumas soluções na área de tecnologia — como a digitalização da economia — são de interesse público e, por isso, não deveriam ser controladas pela iniciativa privada. Em 2023, a Organização das Nações Unidas (ONU) lançou uma campanha para impulsionar a adoção dessa infraestrutura em diversos países. O Brasil aderiu à iniciativa e compartilhou suas experiências, entre elas, a da nova carteira de identidade nacional (CIN), vinculada à plataforma gov.br, e da Rede Nacional de Dados de Saúde, que objetiva reunir e compartilhar os dados do setor de saúde em todo o país. "O Pix entra como essa infraestrutura pública digital, ou seja, é um bem público de que a sociedade precisa e que não pode estar dependente de uma solução privada", diz Brandt. "O Brasil é uma referência mundial, mas vários outros países também têm essa visão e incorporaram essa iniciativa [das infraestruturas públicas digitais]", comenta. A ideia tem ganhado tração internacionalmente, mas parece não agradar o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. O Pix recentemente entrou na mira do governo americano, que em julho o colocou na lista de assuntos que seriam investigados pelo Escritório do Representante Comercial dos Estados Unidos (USTR, na sigla em inglês) como prática comercial desleal. Uma das razões apontadas para a investida seria o impacto do sistema de pagamentos brasileiro no bolso das big techs, as grandes empresas de tecnologia, que deixam de ganhar dinheiro por conta da forma como ele foi desenhado. Questionado sobre o assunto pela reportagem, Brandt evita polêmicas e diz que, em sua visão, "as infraestruturas digitais públicas são um jogo de ganha-ganha". "Porque, à medida que você tem um processo de digitalização da economia, você tem um processo de digitalização amplo, em diversos segmentos", ele argumenta, emendando que essa dinâmica também pode abrir novas oportunidades de negócios para as empresas de tecnologia. Sobre a investigação contra o Pix, que ainda está em curso, o brasileiro afirma que "cada governo é livre para tentar identificar e formar sua convicção em relação a cada configuração" no setor de pagamentos. E completa: "O que eu tenho a dizer é que o Banco Central do Brasil foi muito convicto naquilo que foi feito, sempre foi muito baseado em objetivos públicos que pudessem se traduzir em benefícios à sociedade brasileira". 'Laboratório global' de finanças digitais O Pix é a ponta mais visível de uma grande rede de inovação na área de finanças digitais construída no decorrer da última década que acabou tornando o Brasil referência internacional no segmento de finanças digitais. Em um relatório recente, o fundo de investimento em capital de risco Valor Capital Group, que atua nos EUA e na América Latina, se dedicou a analisar a experiência brasileira nesse sentido, destacando que "o Brasil oferece um exemplo concreto de como uma infraestrutura digital coordenada e inclusiva pode acelerar o progresso". Referindo-se ao país como um "laboratório global de finanças digitais", o texto lista, além do Pix, iniciativas como o Open Finance, o sistema desenvolvido para permitir o compartilhamento seguro de dados financeiros de clientes entre diferentes instituições financeiras e o sistema unificado de identificação digital do governo federal, o gov.br. Ex-funcionário de carreira do Banco Central, Carlos Eduardo Brandt liderou time que desenvolveu o Pix Reprodução/LinkedIn via BBC



Brasil está entre os 10 países com mais azeites premiados do mundo em 2025


16/11/2025 09:01 - g1.globo.com


Azeitonas verdes e pretas: nascem na mesma árvore? O gosto é diferente? Veja curiosidades O Brasil está entre os 10 países com mais azeites premiados do mundo e tem a terceira empresa mais reconhecida pelo setor na edição de 2025 da Evoo World Ranking, divulgada na sexta-feira (14). O ranking classifica os azeites, as fazendas e os países que mais ganharam prêmios em concursos, ao longo de um ano. Na lista de 2025, o Brasil aparece em 6º lugar na classificação por país, resultado de 264 prêmios em 21 concursos, ficando atrás de grandes produtores como Itália, Espanha, Turquia, Grécia e Portugal. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça Lista da Evoo World Ranking é referente a 2025. Arte/g1 Em 2024, o Brasil havia entrado, pela primeira vez, no Top 5, mas, neste ano, perdeu a posição para Portugal. Apesar do reconhecimento, o Brasil não é um grande produtor de azeite. Cerca de 99% do consumo nacional é atendido por produtores estrangeiros, principalmente por portugueses e espanhóis. Por outro lado, a pouca produção nacional que existe tem se destacado pela alta qualidade. Fazendas premiadas O Brasil também foi destaque na lista por empresas. A fazenda gaúcha Estância das Oliveiras conquistou o 3º lugar, atrás da turca Nova Vera Gida ve Tarim San. Tic e da portuguesa Gallo Worldwide. Lista de 2025 da Evoo World Ranking. Arte/g1 “Se alguém me dissesse, há 25 anos, quando plantei as primeiras oliveiras para ter um azeite honesto na mesa da família, que um dia estaríamos no pódio mundial, seria muito difícil de acreditar”, afirma Lucídio Goelzer, fundador da Estância das Oliveiras. Em 2023, o g1 visitou a fazenda premiada para mostrar o passo a passo da produção de azeite (veja vídeo abaixo). Caroço da azeitona também tem azeite e oliveira só dá frutos quando passa frio Ranking por tipo de azeite Na classificação por tipo de azeite, a Estância das Oliveiras também foi destaque e teve sete dos seus produtos classificados entre os 100 melhores do mundo. Em seguida, está a Essenza Agroecológico, em Santo Antônio do Pinhal (SP), que teve três azeites ranqueados, e as Fazendas do Azeite Sabiá, na mesma cidade, que apareceu com um produto na lista. Nenhum deles apareceu entre os dez primeiros lugares, somente da 22ª colocação para a frente. Os oito primeiros lugares ficaram com azeites da Espanha, seguidos por um de Portugal, no 9º lugar, e um da Turquia, em 10º. Lista de 2025 da Evoo World Ranking. Arte/g1 Sobre o ranking A Evoo World Ranking foi criada pela Associação Mundial de Jornalistas e Escritores de Vinhos, Licores e outros (WAWWJ) para promover os melhores azeites extravirgens do mundo. Para montar o ranking, a WAWWJ classifica as marcas de azeite que mais ganharam prêmios em concursos ao longo de um ano. Classificações de livros ou revistas que não sejam competições internacionais, bem como concursos realizados parcial ou totalmente de forma virtual, não são incluídos. As competições são classificadas por continente e país, sendo o Mario Solinas, do Conselho Internacional do Azeite, a mais importante. Elas também são organizadas por continente (ou sub-região do mundo), número de amostras e países participantes. A Evoo World Ranking foi criada pela Associação Mundial de Jornalistas e Escritores de Vinhos, Licores e outros (WAWWJ) para promover os melhores azeites extravirgens do mundo. Racool_studio



Alho produzido no ES ganha versão livre de doenças e com dentes maiores


16/11/2025 07:01 - g1.globo.com


Projeto que começou há dois anos produz alho com mais qualidade no ES A colheita das novas variedades de alho começou em propriedades do Espírito Santo e já apresenta resultados que animam os produtores: tamanho maior, dentes grandes e livre de doenças. O produto melhorado, para oferecer mais produtividade e agregar valor ao agricultor, é fruto de um projeto que começou há dois anos com o apoio do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper) e da Embrapa, e está transformando o cultivo do alho no estado. 📲 Clique aqui para seguir o canal do g1 ES no WhatsApp Um dos produtores que aderiu à iniciativa é Rosemiro Schmidt, de Rio Claro, interior de Santa Maria de Jetibá, na Região Serrana do estado. Ele faz parte da terceira geração de uma família que aposta na produção de alho. “Isso já tem uma longa caminhada. Meus avós produziam alho, meus pais produziam alho, e a gente tá continuando a mesma caminhada”, contou Rosemiro. Mesmo com tanta experiência, o agricultor resolveu inovar. As sementes usadas na plantação da família passaram por um processo de "limpeza" em laboratório, realizado pela Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), em Brasília, com o objetivo de eliminar vírus e doenças do alho. Alho produzido no Espírito Santo ganha versão livre de doenças e com dentes maiores Reprodução/ TV Gazeta LEIA TAMBÉM: ARÁBICA: Como aumentar a produção de café? Veja variedades para dobrar a colheita 'ZERO DENTES': padrão buscado por compradores mundiais ganhou os pastos do ES Segundo Andrea Costa, pesquisadora do Incaper, o processo é feito em várias etapas. "Eles fazem um processo de termoterapia, aumentando a temperatura dos bulbos para eliminar os vírus. Depois, o material é levado para cultura de tecido, onde é multiplicado, vai para casas de vegetação e, por fim, para o campo. Ou seja, o alho não tem doença, não tem vírus, e apresenta tamanho maior do que o comum", explicou. A pesquisadora destaca que não houve modificação genética. O resultado vem apenas da limpeza e seleção do material. A técnica ajuda os produtores a obterem um alho mais resistente e com produtividade maior. “Nós estamos aqui no Espírito Santo trabalhando com esses alhos desde 2023. As cabeças são maiores, os dentes também, e o agricultor consegue uma produtividade muito maior por hectare”, disse Andrea. Alho produzido no Espírito Santo ganha versão livre de doenças e com dentes maiores Reprodução/ TV Gazeta 🧄 Rosemiro e a esposa, Sanderli, plantaram três variedades pela primeira vez: Roxão, Amarante e Ouro Branco. A colheita começou em setembro. "A qualidade é assim, os dentes, menos dente, graúdo, porque o outro alho da região, ele dá cabeça, bulbo grande, só que ele dá muitos dentes. E esse daqui, ele já dá uma cabeça grande, com menos dente", contou o produtor. Além de Santa Maria de Jetibá, produtores de Domingos Martins receberam as novas sementes no início do projeto. Agora, o cultivo está sendo testado em outras regiões do estado, como Muqui, Linhares e Colatina, para avaliar o comportamento das variedades em climas mais quentes e úmidos. Alho produzido no Espírito Santo ganha versão livre de doenças e com dentes maiores Reprodução/ TV Gazeta De acordo com o engenheiro agrônomo Protaze Magevski, o alho livre de vírus agrega valor à produção capixaba. “Esse alho livre de vírus, ele veio para agregar valor à produção. É um alho que apresenta um calibre maior, potencializa um alcance no mercado, menor competição, porque vai concorrer com um produto importado e não vai ter concorrência interna”, avaliou. Alho produzido no Espírito Santo ganha versão livre de doenças e com dentes maiores Reprodução/ TV Gazeta Depois da colheita, o alho passa por um período de secagem de até um mês antes de seguir para feiras e supermercados. As novas variedades ainda estão em fase de avaliação, mas os primeiros resultados já animam produtores e pesquisadores. "Com os plantios consecutivos, ele pode voltar a ser infectado, mas o programa do Incaper garante que os agricultores tenham acesso contínuo a alhos livres de vírus", completou Andrea Costa. *Com informações de Alberto Borém. Vídeos: tudo sobre o Espírito Santo Veja o plantão de últimas notícias do g1 Espírito Santo



PIX completa 5 anos: como o sistema mudou os pagamentos e quais são os próximos desafios


16/11/2025 03:00 - g1.globo.com


Com novas medidas do BC contra golpes, mais de 245 milhões de chaves PIX são canceladas O PIX, sistema de pagamentos instantâneos do Banco Central do Brasil (BC), completa cinco anos neste domingo (16). Nesse período, a ferramenta — que reúne cerca de 890 milhões de chaves cadastradas e já faz parte da rotina de mais de 170 milhões de brasileiros — conseguiu aumentar o acesso ao sistema financeiro e estimular a concorrência entre instituições, alcançando a marca de R$ 85,5 trilhões em recursos movimentados entre 16 de novembro de 2020 até 30 de setembro de 2025. (Veja mais abaixo) 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça Desde o seu lançamento, o PIX conseguiu ampliar sua lista de funcionalidades: permite desde transferências instantâneas — sua principal função —, até o pagamento automático de contas recorrentes, o agendamento de pagamentos futuros, o PIX por aproximação, entre outros. (Veja mais abaixo) O tamanho do crescimento aparece nos números: só em 2024, o PIX movimentou mais de R$ 26 trilhões — valor equivalente a quase dois PIBs e meio do Brasil. Veja abaixo: PIX movimenta mais que o PIB do Brasil Arte/g1 Ao completar meia década, a expectativa do BC é que o PIX continue em expansão, impulsionado por projetos que devem integrar de forma ainda mais profunda o sistema de pagamentos, crédito e, no futuro, operações internacionais. Relembre nesta reportagem a evolução do sistema de pagamentos instantâneos e veja quais são os principais desafios do BC à frente. Inclusão financeira e mudanças de comportamento De acordo com Renato Gomes, diretor de Organização do Sistema Financeiro e Resolução do BC, o PIX nasceu para preencher uma lacuna nos pagamentos entre pessoas, e superou expectativas com a velocidade da adoção pelo público. “Acho que a surpresa vem do fato de que ele permitiu novos modelos de negócio e possibilitou que as pessoas empreendessem de maneiras que antes não estavam no radar", diz o diretor, reiterando que o sistema também aumentou a inclusão financeira do país. 🛒 É o caso, por exemplo, de vendas feitas pelo WhatsApp ou por redes sociais, em que o cliente envia o comprovante na hora. Esse aumento na atividade de trabalhadores informais também mostra como o sistema dinamizou a economia e ampliou oportunidades para pequenos empreendedores. A economista Carla Beni, professora da Fundação Getulio Vargas (FGV) e integrante do Conselho Regional de Economia de São Paulo (Corecon-SP), reforça que essa expansão ocorreu porque o PIX simplificou e barateou o acesso aos pagamentos digitais. Para ela, o amplo alcance transformou o sistema em um mecanismo de participação econômica, especialmente para quem antes tinha contato limitado com serviços bancários. “Ele é usado por todas as faixas etárias, níveis de instrução e condições financeiras.” Os dados do BC mostram esse retrato: adultos em idade produtiva concentram mais de três quartos das transações — principalmente nas faixas entre 20 e 49 anos. Já na separação por regiões, o Sudeste lidera o volume de operações, seguido pelo Nordeste. Veja abaixo: Retrato do PIX Arte/g1 A popularização do sistema também provocou mudanças no uso de dinheiro físico. Desde 2020, o número de saques caiu 35%, e a circulação de espécie perdeu espaço para a conveniência das transferências instantâneas. Segundo o BC, a mudança ainda trouxe alívio financeiro ao comércio: aceitar PIX custa, em média, apenas um quarto do valor cobrado ao varejo nas operações com cartão de débito e crédito. Somente no segundo trimestre de 2025, o BC contabilizou 19,3 bilhões pagamentos via PIX; O número é 53,5% superior ao total de transações com cartões (crédito, débito e pré-pago), que somaram 12,6 bilhões no período; e 335% acima das cobranças por boleto, convênio e débito direto, que totalizaram 4,4 bilhões (veja mais abaixo). Evolução dos meios de pagamento por trimestre no Brasil Arte/g1 Evolução das funcionalidades A evolução do PIX desde o seu lançamento também trouxe uma mudança no comportamento dos usuários: se no início a maior parte das operações acontecia apenas entre pessoas físicas, hoje o uso no comércio e em serviços representa uma fatia significativa das transações. Essa transformação foi impulsionada por um conjunto de inovações no sistema, sendo elas: 📩 PIX Cobrança: passou a cumprir o papel do boleto, permitindo que empresas e prestadores de serviço emitam e recebam pagamentos de forma mais rápida, com conciliação automática e comunicação direta com o cliente. 💵 PIX Saque e PIX Troco: lojas e outros estabelecimentos passaram a funcionar como pontos de saque, o que descentraliza o acesso ao dinheiro e ainda reduz custos para o comércio ao incentivar o uso de pagamentos eletrônicos. 📅 PIX Agendado: facilitou pagamentos periódicos e transferências com datas fixas, ganhando relevância entre empregadores, autônomos e profissionais liberais pela previsibilidade e organização financeira. 📱 PIX por Aproximação: disponível inicialmente apenas para Android, trouxe a experiência de pagamentos por contato físico, semelhante aos cartões por aproximação, para o ambiente digital. 🔄 PIX Automático: promete transformar os pagamentos recorrentes ao democratizar o equivalente ao débito automático, antes concentrado em grandes instituições, e facilitar cobranças de serviços contínuos. 🌐 Integração com o Open Finance: ampliou o alcance das transações digitais, permitindo iniciar pagamentos por diferentes plataformas, especialmente em compras online e via celular. Golpes, fraudes e a corrida pela segurança A evolução do sistema de pagamentos também trouxe a necessidade do aprimoramento de uma agenda de segurança. Só em 2024, por exemplo, o BC registrou R$ 6,5 bilhões em perdas por fraudes pelo PIX, um aumento de 80% em relação ao ano anterior. Já neste ano, o BC registrou o maior ataque hacker do país, que desviou R$ 800 milhões de bancos e empresas ligadas ao sistema PIX. Diante disso, a instituição precisou aumentar o seu arsenal de proteção. Segundo Gomes, direto do BC, uma das medidas mais recentes é a chamada coincidência cadastral, que exige que os dados das chaves coincidam com as informações da Receita Federal, reduzindo a abertura de contas com identidades falsas. “O manual de penalidades também foi reforçado, tornando mais severas as sanções para instituições que não seguem as regras de segurança. Intermediários tecnológicos passaram a operar com limites restritos até cumprirem todas as exigências de credenciamento, e novos mecanismos de alerta para transações suspeitas estão em desenvolvimento.” Outro pilar é o Mecanismo Especial de Devolução (MED). Em 2024, mais de 1,13 milhão de devoluções foram concluídas, somando quase R$ 400 milhões. Mesmo assim, a recuperação é limitada, porque os fraudadores dispersam os valores em diversas contas logo após o golpe. ⚠️ Na prática, o MED permite que a vítima do golpe — seja por coação, golpe digital ou erro da instituição — acione seu banco, que bloqueia o valor na conta recebedora e tem até sete dias para analisar o caso e decidir sobre a devolução. De acordo com a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), os associados investem cerca de R$ 5 bilhões por ano para garantir transações seguras aos seus clientes. Para aumentar a eficiência em segurança, o BC deve lançar ainda neste mês o MED 2.0, projetado justamente para enfrentar o principal gargalo do modelo atual: o rastreamento restrito à primeira conta que recebe o dinheiro. A nova versão permitirá mapear o percurso dos recursos em múltiplas camadas, reconstruindo toda a “árvore” de transações e facilitando o bloqueio antes que os valores desapareçam. “O botão do MED, já presente nos aplicativos, continuará como porta de entrada para o pedido. Mas ainda é essencial que o usuário entenda que se trata de uma ferramenta exclusiva para casos de fraude — e não para disputas comerciais”, reforça Gomes. Novas funcionalidades no horizonte Além dos avanços no MED, o BC também deve trazer, em breve, o bloqueio de chaves. “A funcionalidade permitirá ao usuário impedir a criação de novas chaves associadas ao CPF, reduzindo o risco de contas abertas de forma fraudulenta”, explica Renato Gomes, diretor do BC. O diretor reforça, ainda, que a agenda de proteção também inclui definir, de forma objetiva, os critérios de suspeita de fraude, o que deve padronizar a atuação das instituições e trazer mais previsibilidade ao usuário. Ainda na agenda, o BC também tem novas funcionalidades no horizonte — algumas com potencial para mudar a própria relação entre pagamentos e crédito, caso do PIX Parcelado. Ele permite que quem estiver recebendo (lojista) tenha acesso a todo o valor instantaneamente, mas quem estiver pagando (comprador) poderá parcelá-lo. 🔎 A funcionalidade já é oferecida por diferentes instituições financeiras, cada uma com suas próprias condições. O próximo passo do BC é padronizar as regras, a fim de simplificar o uso para o consumidor e estimular a competição entre os bancos. 📅 Após sucessivos adiamentos, a autoridade monetária informou que a regulamentação deve ser divulgada ainda em novembro. Outro avanço em estudo é o Pix Duplicata, criado para facilitar o pagamento de duplicatas eletrônicas. A expectativa é que a ferramenta reduza a dependência do boleto em transações entre empresas, tornando os processos mais simples, rápidos e baratos. A internacionalização do PIX também faz parte da agenda. A ideia é permitir que o modelo brasileiro seja usado em operações fora do país. ✈️ Hoje, algumas instituições já oferecem soluções próprias para pagamentos internacionais no PIX, mas ainda não há uma regulamentação unificada do BC — semelhante ao que ocorre com o PIX Parcelado. Pessoa segurando celular na área Pix de aplicativo bancário Bruno Peres/Agência Brasil



Por que suco de laranja brasileiro é maior beneficiado do recuo parcial de Trump (e o que Brasil ainda espera das negociações)


15/11/2025 21:31 - g1.globo.com


Donald Trump fala sobre redução das tarifas O vice-presidente Geraldo Alckmin detalhou neste sábado (15/11) o impacto para o Brasil da redução das tarifas de importação aplicadas pelos Estados Unidos a alguns produtos, anunciada no dia anterior pelo governo Donald Trump. A decisão, porém, beneficia apenas parcialmente o país, já que manteve a tarifa adicional de 40% aplicada sobre boa parte das exportações brasileiras a partir de agosto, o chamado "tarifaço". O que foi retirado foi apenas a aplicação de uma alíquota de 10%, anunciada em abril para diversos países, inclusive o Brasil. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça Essa redução geral impactou alguns produtos. Entre eles, estão itens produzidos aqui, como o café, vários cortes de carne bovina, açaí, castanha-do-pará, tapioca, mandioca e frutas como banana, laranja e côco, dentre outros. Com a medida, o percentual das exportações brasileiras isentas de qualquer tarifa extra adotada na gestão Trump passou de 23% para 26%, disse Alckmin, o que representa, no total, cerca de US$ 10 bilhões em vendas aos EUA. LEIA MAIS: Tarifa menor: Entenda a medida de Trump e por que ela foi vista com ressalvas 'Piorou para o Brasil', dizem exportadores de café após redução de taxa Laranja Sheraz Shaikh/Unsplash O principal item beneficiado foi o suco de laranja, cujas exportações para os americanos somam cerca de US$ 1,2 bilhão ao ano. Vão para os EUA cerca de 40% de todo suco brasileiro enviado ao exterior, cuja produção se concentra no Estado de São Paulo. O produto já estava isento da tarifa de 40% sobre o Brasil - ao lado de itens como petróleo e aviões. Agora, o suco ficou livre também da taxa de 10%. Já o café, por exemplo, continuará taxado em 40%. "Nós vamos continuar trabalhando para reduzir mais. Realmente, no caso do café, não tem sentido, a tarifa ainda é alta, e o Brasil é o maior fornecedor de café para os Estados Unidos", destacou Alckmin, ao conceder coletiva a jornalistas no Palácio do Planalto. O vice-presidente, que é também ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, é um dos que está à frente da negociação com os Estados Unidos para redução das tarifas de 40% sobre o Brasil, ao lado do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e do ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira. Há expectativa de que os três viajem aos Estados Unidos após a Cúpula do Clima, a COP 30, que acontece este mês em Belém. No entanto, Alckmin afirmou neste domingo que não há nada marcado ainda. "Vamos agora aguardar os próximos passos. Mas nós estamos otimistas que a gente vai ter novos avanços". O anúncio de sexta-feira não faz diretamente parte dessas negociações que estão sendo travadas entre Brasil e EUA sobre as tarifas aplicadas especificamente sobre produtos brasileiros e anunciadas em julho. Elas foram adotadas em resposta ao julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro, aliado ideológico de Trump, e incluem uma tarifa extra de 40% sobre boa parte dos produtos brasileiros exportados aos Estados Unidos, somada às taxas recíprocas de 10% anunciadas em abril — levando, portanto, as taxas sobre alguns produtos brasileiros a 50%. LEIA MAIS: Veja a lista de produtos com redução de tarifas pelos EUA Decisão retira tarifa de 10%, e sobretaxa de 40% para o Brasil continua 'Essa redução não tem nada a ver com as negociações entre Brasil e EUA', diz especialista Até o momento, Lula não se manifestou publicamente sobre a decisão do governo americano de retirar as tarifas de 10% sobre alguns produtos agropecuários. Desde o breve encontro entre Lula e Trump na Assembleia Geral das Nações Unidas em setembro, os dois países se reaproximaram e reabriram as conversas sobre as tarifas. Os dois presidentes se reuniram pessoalmente na Malásia no fim de outubro para tratar do tema. Nesta semana, o ministro de Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, e o secretário de Estado americano, Marco Rubio, reuniram-se em duas ocasiões para discutir o tema, primeiro no Canadá e depois em Washington. Após os encontros, Vieira disse acreditar ser possível chegar a um acordo ainda neste mês, o que levaria a negociações mais amplas adiante. "[Um acordo] que estabelecesse um mapa do caminho para uma negociação, que poderia durar dois ou três meses, para então se concluir definitivamente todas as questões entre os dois países", disse Vieira. Segundo o ministro, durante uma reunião virtual em 4 de novembro, foi apresentada uma proposta aos americanos, que seria "uma resposta à primeira proposta que eles apresentaram, em 16 de outubro". Foi uma referência ao primeiro encontro com Rubio, na Casa Branca, para dar início ao processo de negociação. Vieira ressaltou que a resposta americana pode vir nos próximos dias. O presidente Donald Trump, em 10 de novembro de 2025 REUTERS/Kevin Lamarque Impacto no bolso dos americanos explica recuo de Trump A decisão de suspender parte das tarifas de 10%, anunciadas em abril, foi publicada em uma ordem executiva na sexta-feira, assinada por Trump. Na ordem executiva, Trump afirma que decidiu mudar o escopo de produtos sobre os quais essas taxas são cobradas após receber informações e recomendações de autoridades que monitoram a aplicação destas medidas, além de considerar o andamento das negociações com outros países, a demanda interna por certos produtos e a capacidade de produção americana destes itens. No documento, diz que a mudança será aplicada a uma série de produtos listados em um anexo e que ela entrará em vigor "em relação às mercadorias que entrarem para consumo, ou forem retiradas do armazém para consumo, a partir das 00h01 [no horário local] do dia 13 de novembro de 2025". Na terça-feira (11/11), Trump havia mencionado em entrevista à Fox News uma possível redução em tarifas sobre o café, sem citar quais países seriam beneficiados. Seu governo vem enfrentando crescente pressão devido ao aumento da inflação no país. O preço do café acumula neste ano uma forte inflação nos EUA, e a tarifa imposta sobre a produção brasileira estava agravando esse cenário — causando preocupação em Trump por pressioná-lo em uma frente importante para seu eleitorado, a economia. Segundo um cálculo da BBC News Brasil a partir de dados oficiais do MDIC, em setembro, a quantidade de café brasileiro enviada aos EUA caiu quase pela metade (-47%) em relação ao mesmo mês de 2024. Na primeira conversa travada com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para tratar das tarifas, no início de outubro, o presidente americano admitiu que os EUA estava "sentindo falta" de alguns produtos brasileiros afetados pelas tarifas, e citou especificamente o café, segundo apurou a BBC News Brasil na época. Saca de café em fazenda perto de Brasília em 15 de julho de 2025 Adriano Machado/Reuters O Brasil também é o quarto maior fornecedor de mangas e goiabas (que estão juntos na nomenclatura de mercadorias usada no comércio exterior) para os americanos, tendo embarcado cerca de US$ 56 milhões desses produtos ao país em 2024. O México é o principal fornecedor, com US$ 550 milhões, seguido do Peru (US$ 96,9 milhões) e do Equador (US$ 56 milhões), segundo o Observatório de Complexidade Econômica. Os EUA cultivam manga em Estados como Flórida, Califórnia e Havaí, mas boa parte do consumo interno é suprido com importações. O mesmo vale para a goiaba, com cultivo modesto na Flórida, no Havaí e em Porto Rico. Produtores brasileiros de manga foram duramente afetados pelas tarifas americanas, com produção encalhada diante do cancelamento de pedidos, como mostrou a BBC News Brasil. O Brasil é ainda o maior exportador de carne bovina do mundo e responde por 23% das importações americanas do produto, segundo cálculo da Genial Investimentos. Os EUA são o segundo maior mercado para o produto brasileiro, atrás apenas da China. Mas, ao contrário do café e de frutas como a manga, no caso da carne os EUA são também um grande produtor. No entanto, o país enfrenta uma queda histórica na oferta de carne bovina. Atualmente, os EUA têm o menor número de cabeças de gado em 74 anos, depois que os pecuaristas reduziram a produção após vários anos de seca e preços baixos. Paralelamente, a demanda dos consumidores se manteve firme, fazendo com que os preços nos supermercados aumentassem. A suspensão das tarifas sobre a carne também deve beneficiar a Argentina, que responde por 2,1% das importações americanas e é governada por Javier Milei, aliado de Trump. No início de novembro, Trump disse que compraria mais carne argentina para baratear o produto no mercado americano, o que deixou produtores nacionais enfurecidos. Trump sempre afirmou que suas tarifas não levariam ao aumento de preços para os consumidores americanos, mas as isenções recentes sinalizam uma mudança de postura. Economistas já haviam alertado que as empresas repassariam o custo das tarifas de importação, gerando preços mais altos para os consumidores. Embora a inflação tenha permanecido mais moderada do que muitos analistas previam em setembro, a maioria dos itens monitorados no relatório de inflação do Departamento do Trabalho apresentou aumento, com os alimentos subindo 2,7% em relação ao ano passado.



Entenda a redução de tarifas por Trump e por que ela foi vista com ressalvas no Brasil


15/11/2025 18:55 - g1.globo.com


Entenda a redução de tarifas por Trump e por que ela foi vista com ressalvas no Brasil Os Estados Unidos anunciaram na noite da última sexta-feira (14) a redução das tarifas de importação de cerca de 200 produtos brasileiros. A medida foi comemorada por representantes do governo brasileiro, mas não agradou parte dos exportadores e da indústria, que consideram que o país continua em desvantagem competitiva em relação aos seus principais concorrentes. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça Segundo o Ministério da Agricultura, a decisão envolve apenas as chamadas tarifas de reciprocidade — no caso do Brasil, uma taxa de 10% imposta pelo republicano em abril deste ano. Isso fez com, que no caso do suco de laranja, por exemplo, a tarifa voltasse a ser zero. Em outros, como o café, caiu de 50% para 40% – e esse é um dos motivos pelos quais o recuo foi visto com ressalvas. Nesta reportagem, você vai entender: O que os EUA decidiram sobre as tarifas impostas ao Brasil? Por que a redução não agradou todos os exportadores e a indústria? A redução das tarifas tem relação com o encontro entre Trump e Lula? O que acontece agora? Consulte a lista de produtos que tiveram tarifa reduzida O que os EUA decidiram sobre as tarifas impostas ao Brasil? A Casa Branca anunciou, na noite de sexta-feira (14), uma redução das tarifas de importação de cerca de 200 produtos. Entre os produtos, estão alguns dos mais vendidos pelo Brasil aos norte-americanos, como o café, o suco de laranja, a carne bovina e frutas como manga, banana e açaí. A redução foi das chamadas tarifas de reciprocidade, impostas pelo presidente dos EUA, Donald Trump, a diversos países em abril. No caso brasileiro, a alíquota era de 10%. O governo brasileiro informou que, com a decisão de Trump desta sexta, o percentual das exportações brasileiras para os Estados Unidos não sujeitas a tarifas adicionais passou de 23% para 26%. 💵Com isso, cerca de US$ 10 bilhões das exportações brasileiras para os EUA estão isentas de tarifas. Por que a redução foi vista com ressalvas no Brasil? A redução de tarifas foi vista com ressalvas porque a sobretaxa de 40% sobre as exportações brasileiras, anunciada no fim de julho por Donald Trump em razão do que o presidente norte-americano considerou uma perseguição a Jair Bolsonaro (PL), segue em vigor. O presidente da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec), Roberto Perosa, disse que a decisão dos EUA é "uma boa sinalização para o mercado brasileiro", mas "motivo de comemoração comedida". A Confederação Nacional da Indústria (CNI) disse que, de 80 produtos agrícolas beneficiados pela redução, só quatro – três tipos de suco de laranja e a castanha-do-pará – ficam isentos de taxas. Os outros 76 produtos, incluindo carne bovina e café, continuam sujeitos à taxa de 40%. "É muito importante negociar quanto antes um acordo para o produto brasileiro voltar a competir em condições melhores no principal destino das exportações industriais brasileiras", disse Ricardo Alban, presidente da CNI. Além disso, como a redução foi aplicada também a outros países que também tinham a tarifa de 10%, mas não a de 40%, passaram a ficar mais competitivos em relação ao Brasil, segundo exportadores. No caso do café, a Colômbia – o principal concorrente do Brasil no mercado norte-americano, segundo o setor – passou a ter 0% de tarifa, enquanto o Brasil permanece com os 40%. "Melhorou para os nossos concorrentes e piorou para o Brasil", disse o diretor-geral do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), Marcos Matos, ao g1. E nem todos os produtos foram beneficiados pelo corte. A Associação Brasileira dos Produtores Exportadores de Frutas e Derivados (Abrafrutas) diz que a uva — segunda fruta brasileira mais exportada para os EUA — ficou de fora. "Mais de US$ 40 milhões foram enviados no ano passado só para os Estados Unidos, de uva. Então vai afetar", disse o diretor-executivo da Abrafrutas, Eduardo Brandão. Em entrevista a jornalistas neste sábado (15), o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, afirmou que a redução das taxas está "na direção correta", mas admitiu que ainda existe uma "distorção" que "precisa ser corrigida". A redução das tarifas tem relação com o encontro entre Trump e Lula? Em entrevista a jornalistas na última sexta-feira (14), Trump indicou que a redução das taxas veio para corrigir o forte avanço visto nos preços de alguns produtos nos EUA. "Os preços do café estavam um pouco altos. Agora, ficarão mais baixos em um período muito curto", afirmou. Na ordem executiva para reduzir as tarifas, Trump não se referiu a nenhum país e disse que a decisão foi tomada após considerar informações sobre o andamento das negociações com vários países, a demanda interna e a capacidade doméstica de produção de alguns produtos. Ao comentar as tarifas, Alckmin disse que as conversas de Lula (PT) com Trump, assim como as do chanceler brasileiro Mauro Vieira com o secretário do comércio norte-americano, Marco Rubio, foram importantes para as negociações entre os dois países. "Por que teve essa medida? Justamente porque o consumidor norte-americano, a indústria norte-americana, o varejo norte-americano estão reclamando", diz Felippe Serigati, doutor em economia, coordenador do Mestrado Profissional em Agronegócio do FGVAgro. "Essa redução não tem nada a ver com as negociações do Brasil. Gerou uma externalidade positiva para alguns produtos brasileiros, e alguns que estavam precisando, em destaque as frutas tropicais, mas essa redução não tem nada a ver com as negociações entre o Brasil e os Estados Unidos." O que acontece agora? Segundo Alckmin, o governo brasileiro continuará trabalhando para reduzir as tarifas impostas por Trump. "Há uma distorção que precisa ser corrigida. Todo mundo teve 10% a menos. Só que, no caso do Brasil, que tinha 50%, ficou com 40%, que é muito alto. Você teve um setor muito atendido que foi o suco de laranja. Era 10% e zerou. Isso é US$ 1,2 bilhão. Então zerou, ficou sem nenhum imposto. O café também reduziu 10%, mas tem concorrente que reduziu 20%. Então esse é o empenho que tem que ser feito agora para melhorar a competitividade", completou Alckmin. Trump, por sua vez, descartou novos cortes das taxas à frente. Questionado por repórteres na noite de sexta-feira (14) sobre possíveis novas mudanças, o republicano respondeu: "Não acho que será necessário". Consulte a lista de produtos que tiveram a tarifa reduzida O presidente Donald Trump, em 10 de novembro de 2025 REUTERS/Kevin Lamarque



Indústria diz que Brasil continua em desvantagem mesmo com redução de tarifa pelos EUA


15/11/2025 18:28 - g1.globo.com


Estados Unidos revogam tarifas de importação sobre alguns produtos O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Ricardo Alban, afirma que a decisão dos Estados Unidos de retirar tarifas recíprocas de 10% para produtos agrícolas expõe a urgência de o Brasil avançar na negociação para remover a taxa extra de 40% aplicada aos produtos brasileiros. “Países que não enfrentam essa sobretaxa terão mais vantagens que o Brasil para vender aos americanos”, afirmou Alban. " "É muito importante negociar quanto antes um acordo para o produto brasileiro voltar a competir em condições melhores no principal destino das exportações industriais brasileiras", declarou também. Contexto: Os EUA reduziram as tarifas de importação de vários produtos alimentícios, incluindo café, carne, açaí e manga, na noite de sexta-feira (14). Dessa forma, para o Brasil, as taxas caíram de 50% para 40%; O Brasil e os EUA vinham articulando, nas últimas semanas, uma flexibilização do "tarifaço". A negociação ganhou força com um encontro entre Trump e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em outubro, na Malásia; e Vale destacar que alguns setores do agro brasileiro, como o do café, esperavam que a tarifa fosse zerada. Grão da xícara de café Dilvugação/Roasters Specialty Coffee Segundo o CNI, a lista de produtos isentos dos 10% inclui 238 produtos como carne, café, hortaliças, cera de carnaúba, frutas cítricas, castanha-do-Pará, suco de laranja, fertilizantes e produtos químicos agrícolas. Desses, o Brasil exportou 80 produtos no último ano. Em 2024, essas exportações somaram US$ 4,6 bilhões — cerca de 11% de tudo o que o país vendeu ao mercado americano no período. Para a Confederação, quatro produtos passam a ser isentos de tarifas adicionais, três tipos de suco de laranja e castanha-do-Pará. Os outros 76, antes taxados em 50%, permanecem com os 40% específicos ao Brasil, com destaque para café não torrado, cortes de carne bovina e cera de carnaúba.



Alckmin: Redução de tarifas dos EUA está na 'direção correta'


15/11/2025 15:16 - g1.globo.com

Alckmin: Redução de tarifas dos EUA está na 'direção correta' Presidente Donald Trump tirou taxa de 10% sobre produtos como café, carne e frutas, mas manteve sobretaxa de 40% ao Brasil. O vice-presidente Geraldo Alckmin falou neste sábado (15) sobre a redução de tarifas anunciada por Donald Trump.. Medida tira taxa global de 10% para cerca de 200 produtos, mas manteve a sobretaxa de 40% ao Brasil. Entenda.. Governo brasileiro considerou positiva a redução, mas segue atento aos produtos que continuam taxados.. Exportadores de café dizem que a medida, na verdade, piora a situação do Brasil. Outros setores veem avanço.



Tarifaço: Alckmin diz que redução de taxas pelos EUA está na 'direção correta', mas 'distorção' ainda precisa ser corrigida


15/11/2025 14:55 - g1.globo.com


Redução 'positiva' e na 'direção correta', diz Alckmin após EUA baixarem taxa de importação O vice-presidente e ministro da Indústria, Geraldo Alckmin, classificou neste sábado (15) como "positiva" e na "direção correta" a redução de taxas pelo governo de Donald Trump. Ele afirmou que o governo "continuará trabalhando" para que as tarifas caiam ainda mais. Os Estados Unidos reduziram as tarifas de importação de cerca de 200 produtos alimentícios, incluindo café, carne, açaí e manga, na noite desta sexta-feira (14). Para o Brasil, as taxas, de maneira geral, caíram de 50% para 40%. Para Alckmin, a tarifa de 40% para uma série de produtos brasileiros, como o café, ainda é uma "distorção", que precisa ser "corrigida" com as negociações. "A última ordem executiva do presidente Trump foi positiva e na direção correta", afirmou. "Foi positiva. Vamos continuar trabalhando. Conversa do presidente Lula com Trump foi importante no sentido da negociação e, também, a conversa do chanceler Mauro Vieira com o secretário Marco Rubio", acrescentou o vice-presidente. "Há uma distorção que precisa ser corrigida. Todo mundo teve 10% a menos. Só que, no caso do Brasil, que tinha 50%, ficou com 40%, que é muito alto. Você teve um setor muito atendido que foi o suco de laranja. Era 10% e zerou. Isso é US$ 1,2 bilhão. Então zerou, ficou sem nenhum imposto. O café também reduziu 10%, mas tem concorrente que reduziu 20%. Então esse é o empenho que tem que ser feito agora para melhorar a competitividade", completou Alckmin. 🔎O governo brasileiro informou que, com a decisão de Trump desta sexta, o percentual das exportações brasileiras para os Estados Unidos não sujeitas a tarifas adicionais passou de 23% para 26%. 💵Com isso, cerca de US$ 10 bilhões das exportações brasileiras para os EUA estão isentas de tarifas. De acordo com a Confederação Nacional da Indústria (CNI), a medida de Trump se aplica a 80 itens agrícolas vendidos pelo Brasil aos Estados Unidos. Porém, somente quatro produtos – três tipos de suco de laranja e castanha do pará – ficam isentos de taxas. Conforme a entidade, os outros 76 itens, que incluem carne bovina e café, tiveram redução de tarifas, mas ainda vão enfrentar 40% de taxa para entrar no mercado americano. Ordem de Trump abrange só taxas de reciprocidade Num primeiro momento, exportadores brasileiros tiveram dúvidas sobre o tamanho da redução. Posteriormente, o Ministério da Agricultura esclareceu que a ordem abrange apenas as chamadas taxas de reciprocidade, impostas a diversos países pelo presidente Donald Trump, em abril. No caso do Brasil, elas foram de 10%. Em julho, no entanto, o presidente dos EUA anunciou uma tarifa adicional, de 40%, para compra de produtos brasileiros, que continua valendo, segundo o governo. EUA não consideram novos cortes 'Essa redução não tem nada a ver com as negociações entre Brasil e EUA', diz especialista Alguns setores do agro brasileiro, como o do café, esperavam que a tarifa fosse zerada. ☕O café brasileiro estava sendo taxado em 50% nos EUA. Com o anúncio de sexta, a tarifa caiu para 40%, mas grandes concorrentes, como a Colômbia e o Vietnã, tiveram a sua tarifa zerada, o que dificulta a competição. Brasil e os EUA vinham articulando, nas últimas semanas, uma flexibilização do "tarifaço". A negociação ganhou força com um encontro entre Trump e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em outubro, na Malásia. O secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, e o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, se encontraram na última quinta para discutir o assunto. Após a reunião, Vieira disse que esperava uma resposta dos EUA sobre um "mapa do caminho" para nortear negociações. No fim desta sexta, porém, Trump afirmou que não acredita que sejam necessários novos cortes de taxas. “Acabamos de fazer um pequeno recuo”, disse a repórteres. “Os preços do café estavam um pouco altos; agora, em muito pouco tempo, eles estarão mais baixos", completou. O Brasil é o maior fornecedor de café para os EUA e um dos principais de carne, e ambos os produtos enfrentam forte alta nos preços no mercado norte-americano, o que pressiona o governo Trump. Em nota, a Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA) lamentou o fato de o governo dos EUA não ter excluído "integralmente" as tarifas sobre o item. "Tal situação, de manutenção de elevada posição tarifária imposta ao Brasil, amplia as distorções no comércio e tende a intensificar, no curto prazo, a queda nas exportações de cafés especiais aos Estados Unidos", afirmou a entidade em nota. Alckmin fala em coletiva Reprodução



Supergoiabeira produz goiabas de até 1kg em Goiás


15/11/2025 12:51 - g1.globo.com


Supergoiabeira produz goiabas de até 1kg Um mistério e, ao mesmo tempo, uma bênção. Assim uma goiana define o pé de goiaba que possui no quintal da sua casa, em Formosa, no Entorno do Distrito Federal. A árvore produz frutos enormes o ano inteiro, que chegam a pesar até 1 kg. A assistente fiscal Valdivina Muniz Ferreira, de 42 anos, conhecida como Val, conta que ela e o marido, Eurilson da Silva Neves, de 50 anos, ganharam a muda há cerca de 8 anos, de uma amiga dela, que, por sua vez, recebeu a plantinha da Embrapa de Brasília. Desde então, a goiabeira é só fartura, produzindo goiabas de 300 gramas em diante. ✅ Clique aqui e siga o perfil do g1 Goiás no WhatsApp "Além dessa muda minha, ela fez mais mudas, só que nem todas dão fruto como a minha dá. Até hoje, das mudas que ela fez, a minha foi a maior. É um mistério. E uma bênção também", explica Val. Val Muniz e Eurilson da Silva Neves plantaram a muda há cerca de 8 anos e sempre colheram frutos enormes Arquivo pessoal/ Val Muniz Val explica que as goiabas são da polpa branca, que está sempre doce e crocante. Ela e o esposo comem in natura mesmo porque, segundo ela, a variedade não serve para suco e doces. A quantidade de frutos é tão grande que ela e o esposo dão para amigos e familiares. "Esta semana mesmo eu colhi uma que deu 750 gramas. Meu marido levou para o colega do trabalho", contou. Fruto de 1,040 kg foi o maior que a goiabeira deu até hoje Arquivo pessoal/ Val Muniz LEIA TAMBÉM Tema de música e paixão dos moradores de Goiânia: conheça cinco frutas do Cerrado e suas qualidades nutricionais Avenida com jabuticabeiras dando frutos atrai visitantes em Goiás; vídeos Melhor amiga dos sapos: Menina brinca com animais e impressiona nas redes sociais Val explica que a goiabeira rende frutos em todas as épocas do ano e que ela e o marido regam duas vezes por dia. Ela não sabe dizer com precisão, mas acredita que o tempo entre o surgimento até o amadurecimento de cada fruta é de cerca de dois meses. Benefícios nutricionais Além de saborosa, a goiaba branca possui diversos benefícios nutricionais. A nutricionista Lívia Alves, de Goiânia, explica que a fruta é rica em fibras, que ajuda a manter o funcionamento do intestino mais equilibrado. "Essas fibras presentes na fruta também auxiliam no controle da glicemia, favorecendo uma sensação de saciedade muito natural", detalha. Segundo a especialista, a fruta também tem vitamina C, fundamental na proteção do sistema imunológico, ajudando o organismo a responde melhor contra infecções. "A vitamina C também melhora a absorção do ferro, presente em outros alimentos, o que contribui para a prevenção de anemia", disse Lívia, acrescentando que a goiaba também tem potássio, mineral essencial para o equilíbrio da pressão arterial e bom funcionamento dos músculos e do coração. 📱 Veja outras notícias da região no g1



Herança jacente: quem fica com o patrimônio das pessoas que morrem sem deixar herdeiros?


15/11/2025 11:14 - g1.globo.com


Saiba quais são os bens que prefeituras e união incorporam de quem não tem herdeiros Ao menos 179 imóveis foram incorporados ao patrimônio público da União e de municípios de 14 estados entre 2020 e 2025, segundo levantamento do g1. Juntos, os bens somam R$ 219 milhões e incluem apartamentos a poucos metros das praias de Copacabana e Ipanema, no Rio de Janeiro, e do Pina, em Pernambuco. CONHEÇA OS CASOS: os bens de quem morre sem herdeiros e ficam com o governo federal e as prefeituras Esses imóveis pertenciam a pessoas que morreram sem deixar herdeiros nem testamento. Pela lei, quando isso acontece, o patrimônio passa por um processo judicial que determina a destinação dos bens — e, se ninguém se habilitar como sucessor, eles são transferidos para o poder público — procedimento chamado de herança jacente e vacante. 🔎 A herança jacente é declarada quando não há herdeiros até o quarto grau de parentesco — ou seja, pais, filhos, tios, sobrinhos e primos de primeiro grau. Depois de esgotadas as buscas e decorrido o prazo legal, o bem vira vacante, ou seja, é transferido para o município ou para a União. A procuradora e advogada Priscilla Paoliello de Sarti, autora do livro A Herança Jacente e Vacante: Aspectos práticos, desafios e possíveis soluções para a sua efetivação, explica que o fenômeno deve se tornar mais frequente. “A gente verifica um aumento desses casos decorrentes do envelhecimento da população, da queda na taxa de natalidade e das famílias unipessoais, de uma pessoa só, que não deixam herdeiros. É um contexto que tende a aumentar essas hipóteses de herança vacante”, afirma. Veja as perguntas e respostas: Para quem vão os bens? Por que o governo fica com o patrimônio dos falecidos? Quais são as fases do processo até o patrimônio ser público? Quem tem direito à herança? Quem pode cuidar do imóvel durante o processo? O Estado pode usar o imóvel como quiser? Como o juiz tenta encontrar herdeiros? O processo é o mesmo para todos os bens? O que acontece se um herdeiro aparecer depois? Arte - Como um bem sem herdeiros vira patrimônio público Arte/g1 Para quem vão os bens? Apartamentos da Rua Cinco de Julho, em Copacabana (RJ), incorporados ao patrimônio da cidade Reprodução Após a morte, se a pessoa que morreu não tiver cônjuge, filhos, pais vivos ou outros herdeiros, o Código Civil determina que os bens fiquem incorporados ao patrimônio da cidade em que morava. “A data da morte vai fixar essa competência também”, explica a professora de Direito Civil na PUC-SP, procuradora do município de São Paulo aposentada, Déborah Lambach. A regra é territorial: se o bem está em uma cidade, vai para o município; se está no Distrito Federal, fica com o DF; e se está em território federal, é incorporado à União. Quando os bens passam à União, ficam sob gestão da Secretaria do Patrimônio da União (SPU). Hoje, o Brasil não tem mais territórios federais — só o Distrito Federal e os estados com seus municípios. Volte ao índice. Por que o governo fica com o patrimônio dos falecidos? O Estado passa a ser o destinatário final do patrimônio de quem morre sem deixar herdeiros nem testamento porque o Código Civil determina que ele deve dar destinação pública aos bens sem dono. Déborah explica que o poder público atua como sucessor excepcional do falecido, garantindo que o patrimônio não fique sem administração nem uso social. “O Estado não pode renunciar. Ele é chamado pela lei a suceder quem não tem herdeiro, porque o ordenamento jurídico não admite bens sem dono”, afirma. Isso significa que, quando todos os herdeiros são desconhecidos, inexistentes ou renunciam à herança, o poder público assume a responsabilidade de representar, administrar e dar finalidade social aos bens. “O poder público tem essa responsabilidade, esse dever legal com a comunidade. A pessoa que estava ali naquele município construiu um patrimônio, então seria uma forma de cuidado — tanto pra devolver pros herdeiros, quanto pra sociedade”, explica Lambach. Volte ao índice. Quais são as fases do processo até o patrimônio ser público? Quando alguém morre sem deixar testamento nem herdeiros conhecidos, começa um processo chamado herança jacente. É quando a Justiça tenta descobrir se há familiares que possam herdar os bens. Nessa fase, o juiz nomeia um curador, que fica responsável por cuidar do que foi deixado e buscar informações sobre possíveis herdeiros. “A primeira providência é o juiz nomear um curador para aquela herança. Esse curador vai até o local, se é um imóvel, e procura amealhar informações sobre aquela pessoa”, explica a professora Déborah Regina Lambach. Em seguida, são publicados editais para busca de herdeiros. Se em um ano ninguém se apresentar, a herança é declarada vacante — o patrimônio passa ao domínio público, mas ainda de forma provisória. Cinco anos após a data da morte, se nenhum herdeiro aparecer, os bens são incorporados definitivamente ao poder público — à União, ao Distrito Federal ou ao município, conforme a localização. Volte ao índice. Quem tem direito à herança? Na primeira fase do processo — chamada de herança jacente, quando o Estado guarda os bens enquanto procura os herdeiros — têm direito à herança, segundo o Código Civil, os parentes até o quarto grau. Isso inclui: 1º grau: filhos e pais; 2º grau: avós e netos; 3º grau: tios e sobrinhos; 4º grau: primos. A sucessão segue uma ordem de prioridade, conhecida como “ordem de vocação sucessória”, que começa pelos descendentes e vai até os colaterais. “Morreu alguém, é como se fosse um trem, o juiz vai no primeiro vagão, onde estão os descendentes — os filhos. Se não houver filhos, passamos para o segundo vagão, onde estão os ascendentes — pais e mães. Se também não houver, vamos para o terceiro vagão, que são os cônjuges ou companheiros. E, por fim, o quarto vagão, onde ficam os colaterais, como irmãos, tios e primos. É preciso respeitar essa ordem de vocação” , explica Lambach. Se nenhum desses grupos for localizado, o patrimônio permanece sob guarda judicial até que, passado os cinco anos da morte, seja declarado vacante e incorporado ao poder público. Após incorporado, apenas pais, filhos ou companheiros podem requisitar o patrimônio ao Tesouro do munícipio. Volte ao índice. Quem pode cuidar do imóvel durante o processo? Na prática, o curador pode ser um advogado nomeado pelo juiz ou um representante do município. “Qualquer pessoa de confiança do juízo. Em regra, é um advogado que o juiz nomeia”, explica a procuradora Priscilla Paoliello de Sarti. O cargo é temporário e remunerado ao final do processo, já que o curador assume a responsabilidade de administrar o bem e prestar contas à Justiça. O papel do curador acaba quando o bem passa a ser público, quando a secretaria do patrimônio do município ou a União decide o que vai ser feito com o imóvel. Volte ao índice. O Estado pode usar o imóvel como quiser? Nos municípios, a administração é feita por procuradorias ou secretarias de patrimônio e finanças, que decidem o destino: podem usar o imóvel em programas públicos, ceder, alugar ou vender em licitação. “O bem é incorporado ao patrimônio do município e depois ele é destinado para atividades públicas de interesse local”, explica a procuradora Priscilla Paoliello. Qualquer ocupação irregular pode gerar ação de reintegração de posse. Volte ao índice. Como o juiz tenta encontrar herdeiros? Quem tem esse papel no decorrer do processo é o curador do imóvel. “Esse curador vai até o local — se é um imóvel — e procura amealhar informações sobre aquela pessoa. Hoje a gente pode até pedir acesso à parte digital, e-mails, perfis de Instagram, Facebook, tudo isso é possível judicialmente. Também se conversa com vizinhos", explica a professora de Direito Civil na PUC-SP. "O curador tenta obter o maior número de informações, faz um arrolamento dos bens, manda ofício para bancos. E, se a pessoa é estrangeira, vai uma carta rogatória para o país, a gente fala com as embaixadas, sempre por meio de documento judicial.” Volte ao índice. O processo é o mesmo para todos os bens? Sim. A regra vale para imóveis, dinheiro em conta, veículos, ações e até bens de valor afetivo. O curador é responsável por cuidar de tudo até a decisão judicial. Itens como obras de arte e objetos pessoais só podem ser vendidos após a vacância, com autorização do juiz. Volte ao índice. O que acontece se um herdeiro aparecer depois? Depois que o bem é incorporado ao poder público, apenas filhos, pais, avós ou cônjuges podem reivindicar o patrimônio. Se comprovarem o vínculo, podem propor uma ação de petição de herança, que tramita nas varas de Fazenda Pública. Volte ao índice.



Apartamentos na praia, fazendas, conta bancária: os bens de quem morre sem herdeiros e ficam com o governo federal e as prefeituras


15/11/2025 11:14 - g1.globo.com


Saiba quais são os bens que prefeituras e união incorporam de quem não tem herdeiros Apartamentos a poucos metros da praia, fazendas e residências de várias regiões do país passaram a fazer parte do patrimônio público depois que seus donos morreram sem deixar herdeiros. Levantamento do g1 mostra que, entre 2020 e 2025, ao menos 179 imóveis nessa situação passaram à administração da União ou de prefeituras de cidades em 14 estados. Juntos, os bens identificados pelo g1 somam cerca de R$ 219 milhões. 🔎 A herança é chamada de “vacante” quando não há herdeiros até o quarto grau de parentesco — pais, filhos, tios, sobrinhos e primos de primeiro grau — e, após esgotadas as buscas, o patrimônio é transferido para o poder público. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça Os imóveis foram identificados pelo g1 a partir de pedidos feitos via Lei de Acesso à Informação (LAI) à União e às 27 capitais das unidades federativas. As respostas permitiram mapear bens localizados em 14 estados: Alagoas, Ceará, Espírito Santo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Pará, Pernambuco, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Roraima, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo. 🗒️Tem alguma sugestão de reportagem? Mande para o g1 Segundo a procuradora e advogada Priscilla Paoliello de Sarti, autora do livro "A Herança Jacente e Vacante", o fenômeno deve se tornar mais comum. “A gente verifica um aumento desses casos decorrentes do envelhecimento da população, da queda na taxa de natalidade e das famílias unipessoais, de uma pessoa só, que não deixam herdeiros. É um contexto que tende a aumentar essas hipóteses de herança vacante”, afirma. Veja a seguir alguns dos casos identificados pela reportagem: Castelinho da Rua Apa, apartamentos na praia, fazendas: os imóveis sem herdeiros encoporados pela União ou estados. Reprodução Dois apartamentos em Copacabana e R$ 431 mil no banco A aposentada Yvonne Martins Gurjão, funcionária pública da Caixa Econômica Federal, morreu em setembro de 2016, aos 93 anos, sem deixar herdeiros nem testamento. O inventário revelou dois apartamentos em Copacabana, ambos a cerca de 600 metros da praia — um na Rua Barata Ribeiro e outro na Rua Cinco de Julho — e R$ 431 mil em conta bancária. Apartamentos da Rua Cinco de Julho, em Copacabana (RJ), incorporados ao patrimônio da cidade Reprodução O processo judicial se arrastou por quase nove anos. A disputa começou quando Juliana Ribeiro do Nascimento, filha da ex-empregada doméstica da família, alegou ter sido criada por Yvonne “como se fosse neta”. Nos autos, disse ter recebido da idosa apoio financeiro e afetivo por toda a vida. Outra mulher, Léa Espíndola de Almeida, identificada como prima distante, também se manifestou no processo, mas, segundo a Justiça, não comprovou vínculo familiar. Em 2020, a Prefeitura do Rio de Janeiro foi nomeada curadora dos bens, e, após a publicação de editais, a Justiça declarou a herança vacante em outubro de 2024. A Prefeitura do Rio informou ao g1 que os dois apartamentos — localizados na Rua Barata Ribeiro e na Rua Cinco de Julho, em Copacabana — estão em fase de avaliação para licitação de alienação, ou seja, serão leiloados. Não há informações sobre o uso atual dos imóveis. O g1 não localizou Léa e tentou contato com Juliana, mas não obteve retorno até a publicação desta reportagem. Entenda como o patrimônio de quem morre e não deixa herdeiros vai para o poder público Disputa por imóveis de polonesa termina com bens incorporados ao Rio Apartamentos da Rua Barata Ribeiro, em Copacabana (RJ), incorporados ao patrimônio da cidade Reprodução A polonesa Grazyna Rokicka, falecida em 1998, deixou quatro imóveis em Copacabana — três na Rua Barata Ribeiro e um na Rua República do Peru. Após a morte, o locatário Eliseu Bandeira Sobrinho permaneceu nos endereços e, anos depois, entrou na Justiça alegando posse dos bens desde 2008, em tentativa de usucapião. A Justiça, porém, rejeitou o pedido, reconheceu que ele não era herdeiro legítimo e determinou a transferência dos imóveis ao município em 2022. O g1 não localizou a defesa de Sobrinho. Fazenda visitada por Dom Pedro II é incorporada à União no Paraná Fazenda Baronesa, em Palmeiras (PR) José Fernando Ogura/AEN - Casa Civil do PR Em Palmeira (PR), a Fazenda Baronesa, com 17 km², foi incorporada ao patrimônio da União após a morte de Moisés Erichsen. Avaliada em R$ 17,2 milhões, a área passou à administração da 2ª Companhia do 5º Batalhão de Suprimento (2ª Cia Sup/5º B Sup), unidade do Exército sediada na cidade. Em 1880, a fazenda recebeu a visita do imperador Dom Pedro II durante uma viagem oficial pelo Paraná, conforme descrito pelo Exército em seus acervos históricos. Casarão centenário no Recife No Recife, dois imóveis da professora aposentada Maria da Conceição Guedes Pereira, morta aos 102 anos em 2013, foram incorporados ao patrimônio da cidade e da União. Um deles, na Avenida Rosa e Silva, está sendo reformado pela prefeitura para se tornar um Centro de Convivência para Idosos. Fachada do Casarão de Recife (PE), imóvel particular que foi incorporado ao patrimônio público Edson Holanda/Prefeitura do Recife Segundo o Ministério Público de Pernambuco (MPPE), Maria da Conceição havia manifestado em vida o desejo de que o local fosse usado para acolhimento de idosos. “Ela confidenciou o desejo de que o imóvel fosse transformado em ambiente para o acolhimento e assistência de idosos”, afirmou a promotora Luciana Dantas, da 30ª Promotoria de Justiça da Capital. As obras começaram em maio de 2025, e a entrega está prevista até o fim do ano. O outro imóvel, a 260 metros da Praia de Pina, está incorporado ao patrimônio da União. Casa à 260 metros da Praia de Pina (PE) incorporado ao patrimônio da União Reprodução/Google Maps O ‘Castelinho’ da Rua Apa, em São Paulo Em São Paulo (SP), o histórico Castelinho da Rua Apa, avaliado em cerca de R$ 3 milhões, também foi incorporado ao patrimônio público. Construído em 1912 por arquitetos franceses, o imóvel ficou marcado pelo assassinato de mãe e dois filhos em 1937. Abandonado por décadas, o prédio foi cedido à ONG Clube de Mães do Brasil, que oferece assistência a moradores em situação de rua e pessoas em vulnerabilidade social. Castelinho da Rua Apa foi restaurado Rogério de Santis/Futura Press/Estadão Conteúdo Quem fica com o patrimônio e o que é feito dele? Arte - Como um bem sem herdeiros vira patrimônio público Arte/g1 Quando alguém morre sem deixar testamento nem herdeiros, a Justiça abre um processo de herança jacente. Um curador é nomeado para administrar os bens e buscar possíveis familiares. “Esse curador vai até o local, conversa com vizinhos, consulta bancos e até redes sociais, para tentar identificar possíveis herdeiros”, explica a professora Déborah Lambach, da PUC-SP Se em um ano ninguém se habilitar, a herança é declarada vacante. Cinco anos após a morte, os bens são incorporados definitivamente ao poder público — à União, ao Distrito Federal ou ao município, conforme o local onde estão Nos municípios, a administração é feita por procuradorias ou secretarias de patrimônio, que decidem o destino dos bens: podem ser usados em programas públicos, cedidos, alugados ou vendidos em leilão.



'Piorou para o Brasil', dizem exportadores de café após redução de tarifa recíproca pelos EUA; setores de carnes e frutas veem avanço


15/11/2025 10:51 - g1.globo.com


Tarifa de 40% sobre o café 'continua proibitiva', diz presidente do Cecafé. Após comemoração inicial, exportadores brasileiros de carne, café e frutas adotaram um tom mais cauteloso e até pessimista em relação à redução das tarifas de importação pelos Estados Unidos. Na sexta-feira (14), os EUA reduziram a tarifa recíproca de 10% para cerca de 200 produtos, mas mantiveram a sobretaxa de 40% ao Brasil. "Melhorou para os nossos concorrentes e piorou para o Brasil", disse o diretor-geral do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), Marcos Matos, ao g1. O café brasileiro estava sendo taxado em 50% nos EUA. Com o anúncio de sexta, a tarifa caiu para 40%, mas grandes concorrentes, como a Colômbia e o Vietnã, tiveram a sua tarifa zerada, explicou Matos. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça "Muitos já tinham acordo bilateral formado, outros estavam com 10% como a Colômbia e a Etiópia", disse o diretor. À GloboNews, o presidente do Cecafé, Márcio Ferreira, reafirmou a preocupação do setor. "[A taxa de] 40%, se ficar, continua proibitiva e não muda nada. O Brasil continua totalmente fora do jogo". "Nós perdemos espaço e os nossos concorrentes assumiram esse espaço. E isso pode ser e tende a ser irreversível. Cada dia que passa aumenta o nosso drama", declarou Matos, do Cecafé . Os Estados Unidos são o principal comprador de café do Brasil e respondem por cerca de 16% de tudo o que o país exporta, segundo o Ministério da Agricultura. Com o tarifaço, as importações americanas de café brasileiro caíram pela metade (51,5%) entre agosto e outubro – meses de vigência da taxa de 50% –, em relação ao mesmo período de 2024, informou o Cecafé. "Sem a isenção total para o Brasil, isso não terá tanta importância, pois ainda é proibitivo importar café para os EUA", disse um importador de café com sede na Califórnia à agência de notícias Reuters. LISTA: veja todos os produtos com redução de tarifas pelos EUA Repercussão: exportadores de carne comemoraram A Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA) se pronunciou neste sábado (14) lamentando que a decisão de Trump não incluiu a sobretaxa de 40%. "Tal situação amplia as distorções no comércio e tende a intensificar, no curto prazo, a queda nas exportações de cafés especiais aos Estados Unidos", afirmou a entidade. Entre agosto a outubro, as exportações de cafés especiais caíram cerca de 55% em quantidade, em relação a igual período de 2024. Casa Branca anuncia suspensão de tarifa de 10% sobre o Brasil De acordo com a Confederação Nacional da Indústria (CNI), a medida de Trump se aplica a 80 itens agrícolas vendidos pelo Brasil aos Estados Unidos. Porém, somente quatro produtos – três tipos de suco de laranja e castanha do pará – ficaram isentos de taxas. Carnes e frutas Já o presidente da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec), Roberto Perosa, afirmou que a decisão dos EUA é "uma boa sinalização para o mercado brasileiro". "Os Estados Unidos são o nosso segundo maior mercado para a exportação de carne bovina e estava fazendo falta". "É um motivo de comemoração comedida, mas com uma perspectiva muito positiva para que a gente possa ter a retirada total das tarifas", disse Perosa. A Associação Brasileira dos Produtores Exportadores de Frutas e Derivados (Abrafrutas) viu a medida como "um avanço relevante para o setor", mas disse que se preocupa com o fato de a uva, segunda fruta brasileira mais exportada para os EUA, ter ficado de fora da lista das exceções. "Mais de US$ 40 milhões foram enviados no ano passado só para os Estados Unidos, de uva. Então vai afetar", disse o diretor-executivo da Abrafrutas, Eduardo Brandão. O Brasil exporta uva para os EUA a partir de setembro, quando a colheita começa. Segundo a associação, as exportações da fruta para o país caíram 73% em valor e quase 68% em quantidade, no terceiro trimestre deste ano, em relação ao mesmo período de 2024. Repercussão no governo O embaixador Celso Amorim, assessor especial do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, classificaram a medida como uma boa notícia, mas ressaltaram estarem atentos também a itens que entraram no tarifaço e ainda não foram flexibilizados. Ao g1, Celso Amorim destacou que a decisão possui "uma racionalidade própria" relativa à situação da inflação americana, mas viu influência do bom clima entre Lula e Trump. Em uma rede social, o ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa, disse que a decisão "reforça a força do nosso país no cenário internacional". Para a GloboNews, o ministro Carlos Fávaro afirmou que se reuniu com sua equipe do ministério da Agricultura para avaliar a nova decisão de Trump. "Voltamos à boa diplomacia, ao diálogo, à amizade de 200 anos. O diálogo voltou", disse. Segundo o ministro, o governo ainda está observando na minúcia o que foi suspenso de fato e estão atentos também para madeira e mel. Caso não tenham sido incluídos ainda, o ministro que vai ficar para outro momento próximo. Trump diz não considerar novos cortes Brasil e os EUA vinham articulando, nas últimas semanas, uma flexibilização do "tarifaço". A negociação ganhou força com um encontro entre Trump e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em outubro, na Malásia. O secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, e o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, se encontraram na última quinta para discutir o assunto. Após a reunião, Vieira disse que esperava uma resposta dos EUA sobre um "mapa do caminho" para nortear negociações. No fim desta sexta, porém, Trump afirmou que não acredita que sejam necessários novos cortes de taxas. “Acabamos de fazer um pequeno recuo”, disse a repórteres “Os preços do café estavam um pouco altos; agora, em muito pouco tempo, eles estarão mais baixos.” Pressão da inflação sobre Trump O Brasil é o maior fornecedor de café para os EUA e um dos principais de carne, e ambos os produtos enfrentam forte alta nos preços no mercado norte-americano, o que pressiona o governo Trump. Sem dar detalhes, Trump adiantou que reduziria a tarifa sobre o café, em entrevista à Fox News, na última terça-feira (12). Dias antes, determinou uma investigação sobre frigoríficos que atuam nos EUA, acusando-os de subir o preço da carne artificialmente. Na ordem executiva desta sexta, Trump não se referiu especificamente a nenhum país. Ele afirmou que recebeu informações de autoridades que, sob sua orientação, monitoram as circunstâncias da ordem que estabeleceu o tarifaço. "Depois de considerar as informações e recomendações que esses funcionários me forneceram, o andamento das negociações com vários parceiros comerciais, a demanda interna atual por determinados produtos e a capacidade doméstica atual de produzi-los, entre outros fatores, determinei que é necessário e apropriado modificar ainda mais o escopo dos produtos sujeitos à tarifa recíproca." A redução vale para mercadorias importadas e retiradas em armazém desde a quinta-feira (13). Ao divulgar a medida, a Casa Branca atualizou a lista de produtos que têm algum grau de redução de tarifas, acrescentando carne e café, entre outros. Até então, a relação incluía somente itens já tinham recebido o benefício em julho, como o suco de laranja, que também tem peso nas vendas do Brasil para os EUA. Grão de café Mike Kenneally/Unplash



Funcionários do Nubank divulgam manifesto contra fim do home office; entenda


15/11/2025 07:00 - g1.globo.com


Funcionários relatam impactos do fim do remoto no Nubank Funcionários do Nubank divulgaram um manifesto na última quarta-feira (12), afirmando que a mudança para o modelo híbrido vai exigir uma reorganização profunda na vida pessoal e profissional de cada um. De acordo com os relatos, muitos teriam aceitado as vagas no banco por conta do regime de home office, e organizaram a vida familiar e financeira em outras cidades, inclusive comprando imóveis e assinando contratos de aluguel. Trabalhadores alegam que a exigência de retorno presencial pode dificultar a rotina familiar, especialmente para quem cuida de filhos, pais ou outros familiares, tornando mais difícil cumprir os novos requisitos da instituição. Esses pontos dominaram a plenária virtual organizada pelo Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região, realizada na última quarta-feira (12), que reuniu quase 300 participantes. O encontro trouxe críticas à forma como a mudança foi comunicada, questionamentos sobre falta de diálogo e preocupação com demissões por justa causa. O manifesto também cita estudos e aponta impacto maior sobre cuidadores de pessoas com deficiência. Além disso, afirma que deslocamentos para grandes centros urbanos podem reduzir a renda disponível e afetar a qualidade de vida. Entenda o caso A plenária foi realizada após o Nubank anunciar que vai adotar o modelo híbrido de trabalho. O plano prevê dois dias presenciais por semana a partir de julho de 2026 e três dias a partir de janeiro de 2027. A medida valerá para cerca de 70% do quadro e substituirá o formato atual, que exige apenas uma semana presencial por trimestre. A mudança gerou reação imediata. No mesmo dia do anúncio, em reunião com o CEO David Vélez, 12 funcionários foram demitidos por justa causa . Em comentários feitos por meio do LinkedIn, Vélez teria indicado que esses colaboradores teriam sido desligados por terem extrapolado os limites aceitáveis do ambiente profissional. Durante a plenária, trabalhadores afirmaram que as demissões impactaram principalmente pessoas de grupos minorizados, o que aumentou a mobilização. Em nota oficial enviada ao g1, o Nubank afirmou que mantém "canais e rituais abertos para o livre debate entre seus funcionários, mas não tolera desrespeito ou violações de conduta". "O Nubank não comenta casos individuais de desligamento", completou o banco. Logo do Nubank na Bolsa de Valores de Nova York. Brendan McDermid/ Reuters O que dizem os funcionários? Segundo relatos ao sindicato, a mudança para o modelo híbrido não foi negociada e há receio entre trabalhadores, que temem demissões caso não aceitem o aditivo contratual. Outro ponto recorrente foi o formulário de exceções, usado pelo Nubank para analisar casos específicos. Segundo relatos, o processo só está disponível para cargos com certo nível de senioridade, e algumas áreas não têm acesso à ferramenta. Entre as reivindicações dos trabalhadores está a reversão da política de retorno ao presencial e uma maior transparência sobre os critérios para concessão de exceções. Os funcionários também pedem a suspensão de advertências e punições aplicadas após manifestações contrárias à decisão. A reintegração dos 14 demitidos é considerada condição mínima para iniciar negociações. Os trabalhadores ainda defendem a construção de um acordo coletivo com regras claras e estáveis, garantindo previsibilidade para quem foi contratado em regime remoto. Defender home office nas redes custou o emprego deles O que acontece agora? O sindicato orientou trabalhadores a registrarem denúncias pelos canais oficiais, com garantia de sigilo, e anunciou que uma nova reunião será feita com a direção do Nubank em 19 de novembro. A entidade informou que pode entrar com ação judicial caso não haja avanço nas negociações, além de pleitear novas plenárias, consolidar relatos para envio ao RH e, se necessário, buscar mediação em órgãos públicos. O que diz o Nubank? Segundo o Sindicato, o Nubank ainda não apresentou um posicionamento sobre as demissões e os temas discutidos na plenária. Em nota enviada ao g1, no entanto, o Nubank afirmou que mantém o diálogo "aberto e transparente". "O Nubank esclarece que mantém diálogo aberto e transparente com todas as entidades representativas apropriadas", afirmou em nota. A instituição também afirmou que a transição para o modelo híbrido foi planejada para combinar “o melhor do presencial e do remoto”, reiterando que as alterações terão implementação gradual. Ainda segundo o banco, a mudança busca "fortalecer a cultura, aumentar colaboração e acelerar inovação, com base em estudos internos e comparações com empresas de alta performance". O Nubank informou que oferecerá suporte à realocação e analisará exceções para casos específicos, mas reforçou que o trabalho presencial será o novo padrão para a maior parte das equipes, destacando que continua a avaliar todos os feedbacks recebidos pelos funcionários. O banco ainda afirmou que está investindo em novos escritórios no Brasil e no exterior e reiterou que o período de transição permitirá ajustes individuais antes da implementação completa. Por que tantos profissionais preferem se demitir a deixar o home office? A sede do Nubank em São Paulo. Getty Images via BBC



Quanto custa viver no Brasil? Inflação e câmbio pressionam orçamento das famílias; entenda


15/11/2025 07:00 - g1.globo.com


A recente melhora na renda das famílias brasileiras ainda não foi suficiente para aliviar a percepção sobre a economia e o orçamento no fim do mês — e muitos brasileiros, principalmente das classes B, C, D e E continuam a destinar uma parte significativa do salário para cobrir despesas básicas. (Entenda mais abaixo) Um levantamento realizado pelo g1 comparou os gastos dos consumidores com uma cesta de itens similares no Brasil, nos Estados Unidos e em Portugal. A escolha dos itens considerou produtos comuns nos três países. Os dados têm caráter apenas ilustrativo, já que a comparação não leva em conta o consumo médio das famílias, nem a média geral de preços dos produtos. Veja os vídeos em alta no g1: Veja os vídeos que estão em alta no g1 Veja abaixo: Comparação de gastos em países diferentes. Arte/g1 Ascensão social está mais difícil para os mais pobres, diz estudo Os dados indicam que, enquanto um brasileiro que ganha um salário mínimo por mês gastaria cerca de 13,22% do orçamento com os itens selecionados, um trabalhador que ganha um salário mínimo em Portugal destinaria aproximadamente 5,13% do total. Nos EUA, esse percentual é ainda menor: 4,08%. Segundo especialistas, essa diferença pode ser atribuída a diversos fatores – entre eles, a inflação ainda alta no Brasil e a taxa de câmbio que, mesmo em desvalorização no ano, continua a pressionar parte dos preços por aqui. (Entenda mais abaixo) Como o poder de compra tem evoluído no Brasil? Segundo os especialistas consultados pelo g1, apesar da melhora no rendimento dos brasileiros vista nos últimos meses, a inflação elevada e o alto nível de incertezas econômicas continuam a limitar o avanço da renda real. Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostram que o valor recebido pelos brasileiros já descontada a inflação ficou em R$ 3.540 no terceiro trimestre deste ano – alta de 4% ante o mesmo período de 2024. Já o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do país, alcançou 4,68% em 12 meses, ainda acima do intervalo de tolerância da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), de 4,5%. Segundo Bertha Rohenkohl, economista e líder de pesquisa do projeto Our World In Data (OWID), embora o Brasil seja classificado pelo Banco Mundial como um país de renda média alta, seu Produto Interno Bruto (PIB) per capita ainda é menor que em economias mais desenvolvidas e até de alguns vizinhos sul-americanos. “Ao juntar dados [de renda e preços], vemos que os brasileiros têm renda média mais baixa do que os habitantes de países ricos, e que, embora os preços internos também sejam menores, essa diferença não é suficiente para compensar a distância na renda”, diz. De acordo com o economista sênior do Banco Mundial, Hugo Ñopo, embora o salário mínimo real (descontada a inflação) do Brasil tenha crescido 91% entre 2001 e 2015, esse cenário mudou nos anos seguintes. “A inflação corroeu o poder de compra das famílias entre 2016 e 2021, com os preços gerais chegando a ficar 36% mais altos. A inflação dos alimentos atingiu 46% no período”, diz. “Como consequência, a renda real das famílias nos 40% mais pobres era menor em 2021 do que em 2016”, completa Ñopo. Em anos recentes, o avanço dos preços continuou a corroer o poder de compra dos brasileiros, principalmente das famílias de renda mais baixa. Segundo Rohenkohl, esse avanço da inflação foi puxado principalmente por alimentos, gasolina e pela valorização do dólar. Assim, ao comparar a trajetória do Brasil com a de outros países desde 2010, é possível ver que o país enfrentou preços mais altos do que muitas outras economias. “Se a renda média não cresceu muito nos últimos anos, como sugerem os dados de PIB per capita, o aumento dos preços sugere que o custo de vida no Brasil está encarecendo”, diz. Como comparar? Comparar o custo de vida entre os países é complexo porque envolve uma porção de dados econômicos. Para isso, o projeto Our World In Data (OWID), que conta com pesquisadores da Universidade de Oxford, formatou o Índice de Nível de Preços (PLI, na sigla em inglês). O indicador considera as Paridades de Poder de Compra (PPP, na sigla em inglês), calculadas pelo Banco Mundial, que mostram o quanto é preciso gastar em cada país para comprar a mesma cesta de bens e serviços de um país de referência — geralmente os Estados Unidos. As PPPs são importantes para comparações internacionais de indicadores econômicos, como PIB per capita, consumo e produtividade, além das diferentes moedas de cada local. Os dados do PLI mostram que os preços médios de bens e serviços no Brasil são mais caros do que o visto em mais da metade (52%) dos 192 países avaliados. Os dados comparam os preços em relação aos Estados Unidos, que é o país usado como referência pelo indicador. Veja abaixo a relação entre a média de preços e o PIB per capita nas maiores economias de cada um dos continentes: Média de preços e PIB per capita. Arte/g1 Em geral, países mais ricos costumam ter preços mais elevados. No caso Brasil, no entanto, isso nem sempre se confirma: a média dos preços algumas vezes se iguala ou até supera a de países com o PIB per capita mais alto. Entre os países que têm preços mais baixos que os do Brasil, apesar do PIB mais elevado, estão: Armênia, Bulgária, República Dominicana, Cazaquistão, Malásia, Romênia, Rússia, Tailândia, Turquia, entre outros. “Isso mostra que as pessoas nesses países conseguem comprar mais com o que ganham. As diferenças no poder de compra das famílias acontecem por causa da forma como a economia é organizada, das políticas adotadas pelo governo e da produtividade de cada país”, diz Marko Rissanen, gerente do Programa de Preços e Comparações Internacionais do Banco Mundial. O especialista destaca que entre os fatores que explicam essas diferenças no poder de compra estão: O quanto as pessoas ganham e como a riqueza é distribuída entre as classes sociais — fatores que influenciam a capacidade de consumo; Características do mercado de trabalho, como níveis salariais e padrões de emprego; Quanto as famílias conseguem poupar e o quanto decidem destinar para o consumo; Políticas governamentais, como impostos e políticas de transferência de renda, que impactam o orçamento das famílias, principalmente de baixa renda; e Características mais profundas da economia, como produtividade, setores que formam a atividade econômica e comércio internacional; Por fim, Rohenkohl alerta que é preciso cautela ao comparar países. Isso porque o cálculo do Índice de Nível de Preços (PLI, na sigla em inglês) usa dados do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) de 2021 – última pesquisa disponível do Banco Mundial. “Após esse ano, os valores passam a refletir mais projeções do que mudanças reais nos preços. Por fim, bom lembrar que esses preços são para os produtos que entram na cesta do PIB, e não captam diretamente o preço de consumo ou o custo de vida das famílias”, explica. O que esperar à frente? Os economistas consultados pelo g1 destacam, ainda, que a percepção de que está mais caro viver no Brasil deve continuar nos próximos anos. “Mesmo com melhora na renda, ainda existe grande desigualdade econômica e de riqueza, o que também explica a diferença de poder de compra entre países”, afirma o professor de economia da Fundação Getulio Vargas (FGV), Joelson Sampaio. Rohenkohl, do OWID, explica que além da produtividade – especialmente no setor de serviços – a taxa de câmbio também é outro fator que pode influenciar os preços. Neste ano, apesar de o dólar acumular uma desvalorização de mais de 10%, a moeda segue em patamares acima do período pré-pandemia. Desde 2019 até o pregão da última sexta-feira (14), por exemplo, a moeda norte-americana subiu 32,1%, para R$ 5,2967. A economista destaca que os preços ainda elevados e as incertezas econômicas também têm limitado o crescimento da renda real pelo mundo, e o Brasil não foge à regra. “Além disso, tributação, subsídios, tarifas de importação e concorrência doméstica também influenciam os preços finais ao consumidor”, conclui. Supermercado Joédson Alves/Agência Brasil



Trump descarta nova redução de tarifas: 'Não acho que será necessário'


15/11/2025 00:23 - g1.globo.com


Estados Unidos revogam tarifas de importação sobre alguns produtos Após a Casa Branca anunciar a redução de tarifas de importação de café, carne, banana e outros produtos, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta sexta-feira (14) que não vê necessidade de novos cortes em taxas. O republicano foi questionado por repórteres, a bordo do Air Force One, sobre possíveis novas mudanças. Ele respondeu: “Não acho que será necessário”. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça “Acabamos de fazer um pequeno recuo”, afirmou. “Os preços do café estavam um pouco altos. Agora, ficarão mais baixos em um período muito curto.” Os EUA anunciaram nesta sexta a redução de tarifas de uma série de produtos. O Ministério da Agricultura brasileiro esclareceu que a ordem abrange apenas as chamadas taxas de reciprocidade, impostas a diversos países por Trump, em abril. No caso do Brasil, elas foram de 10%. Em julho, no entanto, o presidente dos EUA anunciou uma tarifa adicional de 40% para compra de produtos brasileiros, que continua valendo, segundo o ministério. Veja a lista de produtos com redução de tarifas pelos EUA Pressão da inflação sobre Trump O Brasil é o maior fornecedor de café para os EUA e um dos principais de carne, e ambos os produtos enfrentam forte alta nos preços no mercado norte-americano, o que pressiona o governo Trump. Brasil e os EUA vinham articulando, nas últimas semanas, uma flexibilização do "tarifaço". A negociação ganhou força com um encontro entre Trump e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em outubro, na Malásia. Sem dar detalhes, Trump chegou a mencionar que reduziria a tarifa sobre o café, em entrevista à Fox News, na última terça-feira (12). O secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, e o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, se encontraram na última quinta para discutir o assunto. Na ordem executiva desta sexta, Trump não se referiu especificamente a nenhum país. Ele afirmou que recebeu informações de autoridades que, sob sua orientação, monitoram as circunstâncias da ordem que estabeleceu o tarifaço. "Depois de considerar as informações e recomendações que esses funcionários me forneceram, o andamento das negociações com vários parceiros comerciais, a demanda interna atual por determinados produtos e a capacidade doméstica atual de produzi-los, entre outros fatores, determinei que é necessário e apropriado modificar ainda mais o escopo dos produtos sujeitos à tarifa recíproca", disse. Segundo o governo americano, a redução vale para mercadorias importadas e retiradas em armazém desde a quinta-feira (13). Ao divulgar a medida, a Casa Branca atualizou a lista de produtos que têm algum grau de isenção de tarifas, entre eles a carne e o café. Uma parte desses produtos já tinham recebido o benefício em julho, entre eles o suco de laranja, que também tem peso nas vendas do Brasil para os EUA. Veja a abaixo a tabela atualizada. Exportadores comemoram O embaixador Celso Amorim, assessor especial do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, classificaram a medida como uma boa notícia, mas ressaltaram estarem atentos também a itens que entraram no tarifaço e ainda não foram flexibilizados. A Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec) comemorou a medida. "A redução tarifária devolve previsibilidade ao setor e cria condições mais adequadas para o bom funcionamento do comércio", divulgou, em nota. "Os Estados Unidos são o segundo maior mercado da carne bovina do Brasil, com peso relevante para todo o fluxo de exportações. A decisão norte-americana fortalece essa relação e abre espaço para uma retomada mais equilibrada e estável das vendas", completou a Abiec. O Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), que destacou a dúvida sobre o percentual de redução da tarifa, diz que "está em contato com seus pares americanos (...) para analisar, cuidadosamente, a situação e termos noção do real cenário que se apresenta". O presidente Donald Trump, em 10 de novembro de 2025 REUTERS/Kevin Lamarque



Mega-Sena, concurso 2.940: aposta simples leva sozinha prêmio de R$ 99 milhões


15/11/2025 00:06 - g1.globo.com


G1 | Loterias - Mega-Sena 2940 O sorteio do concurso 2.940 da Mega-Sena foi realizado na noite desta sexta-feira (14), em São Paulo. Uma aposta de Porto Alegre (RS) acertou as seis dezenas e levou sozinha o prêmio de R$ 99.085.707,38. Clique aqui para seguir o canal de Loterias do g1 no WhatsApp Veja os números sorteados: 07 - 08 - 09 - 13 - 22 - 53 Segundo a Caixa, o ganhador fez uma aposta simples, de seis números, em uma lotérica da cidade. 5 acertos - 170 apostas ganhadoras: R$ 28.007,64 4 acertos - 13.794 apostas ganhadoras: R$ 568,96 O próximo sorteio da Mega será na terça-feira (18). Mega-Sena, concurso 2.940 Reprodução/Caixa Como funciona a Mega-sena Para apostar na Mega-Sena As apostas podem ser realizadas até as 20h (horário de Brasília) em qualquer lotérica do país ou por meio do site e aplicativo Loterias Caixa, disponíveis em smartphones, computadores e outros dispositivos. Já os bolões digitais poderão ser comprados até as 20h30, exclusivamente pelo portal Loterias Online e pelo aplicativo. O pagamento da aposta online pode ser realizado via PIX, cartão de crédito ou pelo internet banking, para correntistas da Caixa. É preciso ter 18 anos ou mais para participar. Probabilidades A probabilidade de vencer em cada concurso varia de acordo com o número de dezenas jogadas e do tipo de aposta realizada. Para um jogo simples, com apenas seis dezenas, que custa R$ 6, a probabilidade de ganhar o prêmio milionário é de 1 em 50.063.860, segundo a Caixa. Já para uma aposta com 20 dezenas (limite máximo), com o preço de R$ 232.560,00, a probabilidade de acertar o prêmio é de 1 em 1.292, ainda de acordo com a instituição. Bilhetes da Mega-Sena, em imagem de arquivo Marcelo Brandt/G1



Inflação e eleições: por que Trump decidiu reduzir tarifas sobre café, carne e frutas?


15/11/2025 00:03 - g1.globo.com


Estados Unidos revogam tarifas de importação sobre alguns produtos O governo de Donald Trump anunciou nesta sexta-feira (14) a redução das tarifas sobre café, carne, açaí, frutas e outros produtos importados pelos Estados Unidos. A decisão afeta diretamente exportadores do agronegócio brasileiro, que têm o mercado norte-americano como um dos principais destinos. O Brasil é, por exemplo, o maior fornecedor de café aos EUA e está entre os principais exportadores de carne para o país. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça Desde agosto, produtos brasileiros importados pelos EUA estão sujeitos a uma sobretaxa de 50%. O chamado "tarifaço" foi aplicado em duas etapas: a primeira, em abril, quando foram impostas as chamadas tarifas recíprocas de 10%; a segunda, em agosto, com uma taxa adicional de 40% — e uma longa lista de itens isentos. Segundo o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), a medida anunciada nesta sexta pelo governo dos EUA elimina apenas as tarifas recíprocas, de 10%. Dessa forma, no caso do Brasil, as tarifas adicionais de 40% seguem em vigor para os itens listados. (veja a lista completa abaixo) Mas o que motivou o republicano a recuar sobre as tarifas? O comunicado emitido pela Casa Branca não especifica o motivo da decisão. Mas dois fatores principais estão por trás da medida: inflação e eleições nos EUA. Segundo a agência de notícias Reuters, a redução das taxas de importação faz parte do esforço de Trump e de seus principais assessores para enfrentar a crescente preocupação dos americanos com os preços altos nos supermercados. A decisão representa também uma mudança significativa para Trump: até agora, ele defendia que suas tarifas de importação não contribuíam para a inflação. O resultado de duas eleições estaduais, no entanto, acendeu um alerta para o presidente — que já está de olho nas eleições de meio de mandato. Os democratas, opositores de Trump, venceram neste mês disputas estaduais na Virgínia e em Nova Jersey, além das eleições na cidade de Nova York. Nessas regiões, o debate sobre preços acessíveis foi um tema central. Dados do Bureau of Labor Statistics, departamento de estatísticas dos EUA, mostram que os preços médios no varejo do café torrado e moído subiram mais de 40% no último ano até setembro. No mesmo período, os preços da carne moída e das bananas aumentaram 11,5% e 8,6%, respectivamente, bem acima da taxa geral de inflação, que ficou em cerca de 3%. De acordo com o jornal norte-americano Wall Street Journal, a alta nos preços dos alimentos nos supermercados tem pesado especialmente para americanos de baixa e média renda, que costumam destinar uma parte maior de sua renda à alimentação. A publicação também apontou esse como um dos motivos da derrota do partido de Trump nas eleições regionais deste mês. Negociações com o Brasil Brasil e os EUA vinham articulando, nas últimas semanas, uma flexibilização do "tarifaço". A negociação ganhou força com um encontro entre Trump e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em outubro, na Malásia. Sem dar detalhes, Trump chegou a mencionar que reduziria a tarifa sobre o café, em entrevista à Fox News, na última terça-feira (12). O secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, e o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, se encontraram na última quinta para discutir o assunto. Na ordem executiva desta sexta, Trump não se referiu especificamente a nenhum país. Ele afirmou que recebeu informações de autoridades que, sob sua orientação, monitoram as circunstâncias da ordem que estabeleceu o tarifaço. "Depois de considerar as informações e recomendações que esses funcionários me forneceram, o andamento das negociações com vários parceiros comerciais, a demanda interna atual por determinados produtos e a capacidade doméstica atual de produzi-los, entre outros fatores, determinei que é necessário e apropriado modificar ainda mais o escopo dos produtos sujeitos à tarifa recíproca", disse. Medida é retroativa e tem lista específica de produtos Segundo o governo americano, a redução anunciada hoje vale para mercadorias importadas e retiradas em armazém desde a quinta-feira (13). Ao divulgar a medida, a Casa Branca atualizou a lista de produtos que têm algum grau de isenção de tarifas, entre eles a carne e o café. Exportadores comemoram O embaixador Celso Amorim, assessor especial do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, classificaram a medida como uma boa notícia, mas ressaltaram estarem atentos também a itens que entraram no tarifaço e ainda não foram flexibilizados. A Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec) comemorou a medida. "A redução tarifária devolve previsibilidade ao setor e cria condições mais adequadas para o bom funcionamento do comércio", divulgou, em nota. "Os Estados Unidos são o segundo maior mercado da carne bovina do Brasil, com peso relevante para todo o fluxo de exportações. A decisão norte-americana fortalece essa relação e abre espaço para uma retomada mais equilibrada e estável das vendas", completou a Abiec. O Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), que destacou a dúvida sobre o percentual de redução da tarifa, diz que "está em contato com seus pares americanos (...) para analisar, cuidadosamente, a situação e termos noção do real cenário que se apresenta". Trump dá entrevista a bordo do Air Force One antes de chegar à Malásia, neste sábado (25). Evelyn Hockstein/Reuters



Defesa de Cid é pega de surpresa por pedido da PF para ele ser incluído em programa de proteção à testemunha


14/11/2025 23:59 - g1.globo.com

Mauro Cid é o primeiro condenado da trama golpista a começar a cumprir a pena A defesa do tenente-coronel Mauro Cid afirmou ao g1 que foi pega de surpresa pela sugestão da Polícia Federal (PF) para que o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL) seja incluído no programa federal de proteção a testemunhas. Segundo os advogados, o acordo de colaboração firmado com a Procuradoria-Geral da República (PGR) prevê que Cid possa receber proteção da PF se necessário, mas nunca mencionou sua inclusão — nem a de familiares — no programa formal de proteção. A Polícia Federal enviou ao Supremo Tribunal Federal (STF) um informe no qual afirma que, para garantir a integridade física do réu e de seus familiares, “revela-se possível a inclusão destes no Programa Federal de Assistência a Vítimas e Testemunhas Ameaçadas”. A PF não informou se Cid ou parentes sofreram ameaças, nem detalhou os motivos que embasaram a recomendação. A sugestão será analisada pela PGR, responsável por emitir parecer. A decisão final caberá ao ministro Alexandre de Moraes, relator dos processos penais sobre a trama golpista. O que é o programa de proteção a testemunhas? O programa federal de proteção é um conjunto de medidas para garantir segurança física e psicológica de pessoas ameaçadas em razão de colaboração com investigações ou processos criminais. Ele pode incluir: • mudança de endereço; • sigilo de informações; • medidas de proteção física; • apoio psicológico; • ações para preservação da rotina familiar. A inclusão depende de análise técnica e decisão judicial. O acordo de delação Cid firmou delação premiada no processo que investiga a atuação de uma organização criminosa liderada por Jair Bolsonaro para tentar se manter no poder após a derrota eleitoral de 2022. Por colaborar, ele recebeu a pena mais branda entre os condenados pela Primeira Turma do STF. O colegiado fixou: • 2 anos de reclusão em regime aberto; • cumprimento de medidas restritivas; • manutenção dos benefícios do acordo. No regime aberto, Cid: • deve permanecer em casa e só pode sair com autorização judicial; • está proibido de deixar o país.



Decisão de Trump retira tarifa de 10%, e sobretaxa de 40% para o Brasil continua, diz governo


14/11/2025 23:45 - g1.globo.com

Redução da tarifa dos EUA exclui alíquota recíproca de 10%, diz governo brasileiro A redução anunciada pelo governo dos Estados Unidos sobre tarifas aplicadas a produtos brasileiros é de 10 pontos percentuais, informou ao g1 o secretário de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, Luís Rua. Segundo ele, Washington confirmou oficialmente que a queda se limita à tarifa adicional de 10% imposta em abril. Assim, fica mantida a sobretaxa de 40% sobre as exportações brasileiras. A Casa Branca publicou nesta sexta-feira (14) uma ordem executiva reduzindo tarifas para café, carne, açaí e algumas frutas tropicais frescas ou congeladas. O texto, porém, não explicava de quanto seria a redução — o governo brasileiro agora esclarece o alcance da medida. O que muda Desde agosto, produtos do Brasil estavam sujeitos a um tarifaço de 50%, resultado de duas ações de Donald Trump: Abril: sobretaxa de 10%; Agosto: sobretaxa adicional de 40%, totalizando 50%. Com a ordem executiva desta sexta, só os 10% iniciais caem. A alíquota final, portanto, passa a ser: 40% de tarifa sobre os produtos elegíveis. A medida vale para mercadorias importadas e retiradas de armazém nos EUA desde quinta-feira (13). Contexto das negociações Brasil e Estados Unidos negociavam há semanas uma flexibilização do tarifaço. O tema ganhou força após o encontro entre Donald Trump e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em outubro, na Malásia. Os EUA enfrentam alta de preços da carne e do café, agravada pelas tarifas impostas sobre o Brasil — que é o maior fornecedor de café ao mercado norte-americano e um dos principais exportadores de carne. Exportadores comemoram A Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec) celebrou a decisão. “A redução tarifária devolve previsibilidade ao setor e cria condições mais adequadas para o bom funcionamento do comércio”, disse a entidade. “Os Estados Unidos são o segundo maior mercado da carne bovina do Brasil. A decisão norte-americana fortalece essa relação e abre espaço para uma retomada mais equilibrada e estável das vendas.”



Veja a lista de produtos com redução de tarifas pelos EUA


14/11/2025 22:36 - g1.globo.com

EUA reduzem tarifas de café, carne e açaí brasileiros; dúvida é de quanto será redução O governo dos Estados Unidos anunciou nesta sexta-feira (14) que café, carne, açaí, algumas frutas tropicais frescas ou congeladas tiveram as tarifas de reciprocidade reduzidas por meio de uma ordem executiva da Casa Branca. Entre os produtos estão carnes, banana, coco, açaí, castanha-do-pará, tomate, laranja –a lista divulgada pelo governo dos EUA tem, pelo menos, 826 produtos. O Ministério da Agricultura brasileiro esclareceu que a ordem abrange apenas as chamadas taxas de reciprocidade, impostas a diversos países pelo presidente Donald Trump, em abril. No caso do Brasil, elas foram de 10%. Em julho, no entanto, o presidente dos EUA anunciou uma tarifa adicional, de 40%, para compra de produtos brasileiros, que continua valendo, segundo o ministério. Confira a lista de produtos que tiveram redução de tarifas: Na ordem executiva desta sexta, Trump afirmou que recebeu informações de autoridades que, sob sua orientação, monitoram as circunstâncias da ordem que estabeleceu o tarifaço. "Depois de considerar as informações e recomendações que esses funcionários me forneceram, o andamento das negociações com vários parceiros comerciais, a demanda interna atual por determinados produtos e a capacidade doméstica atual de produzi-los, entre outros fatores, determinei que é necessário e apropriado modificar ainda mais o escopo dos produtos sujeitos à tarifa recíproca." Articulação pela redução Brasil e os EUA vinham articulando, nas últimas semanas, uma flexibilização do "tarifaço". A negociação ganhou força com um encontro entre Trump e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em outubro, na Malásia. Na quarta-feira (13), o ministro de relações exteriores, Mauro Vieira, encontrou com o secretário de Estado americano, Marco Rubio. Ele disse que o Brasil aguarda uma resposta dos Estados Unidos sobre um “mapa do caminho” para orientar as negociações bilaterais destinadas a solucionar as pendências comerciais entre os dois países. EUA reduzem tarifa para café, carne, banana e açaí



Exportadores brasileiros de carne comemoram redução de tarifa: 'Estava fazendo falta exportar para os EUA'


14/11/2025 22:16 - g1.globo.com

Estados Unidos revogam tarifas de importação sobre alguns produtos Exportadores brasileiros de carne consideraram positiva a decisão dos Estados Unidos de reduzir a tarifa para este e outros produtos alimentícios. O setor de frutas, por outro lado, expressou preocupação com produtos que não foram contemplados pela medida. Segundo a ordem publicada nesta sexta-feira (14) pelo presidente Donald Trump, a compra de produtos brasileiros pelos EUA passa a ter uma sobretaxa de 40%, em vez de 50%. Num primeiro momento, os exportadores brasileiros tiveram dúvidas sobre o tamanho da redução. Posteriormente, o Ministério da Agricultura esclareceu que a ordem abrange a taxa de reciprocidade, imposta por Trumo a diversos países, em abril. No caso do Brasil, ela era de 10%. Mas continua valendo a sobretaxa de 40%, divulgada pelos EUA em julho, para produtos brasileiros, segundo o governo. No fim da noite, Trump afirmou que não vê necessidade de novas reduções. Café, carne, manga: veja todos os produtos com tarifa reduzida A Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec) comemorou a mudança. "Os Estados Unidos são o nosso segundo maior mercado para exportação de carne bovina. E estava fazendo falta exportar para os EUA em um volume adequado", afirmou o presidente da Abiec, Roberto Perosa, à GloboNews. "A medida reforça a confiança no diálogo técnico entre os dois países e reconhece a importância da carne do Brasil, marcada pela qualidade, pela regularidade e pela contribuição para a segurança alimentar mundial", disse a Abiec, em nota. "A redução tarifária devolve previsibilidade ao setor e cria condições mais adequadas para o bom funcionamento do comércio". Segundo o governo americano, a redução vale para mercadorias importadas e retiradas em armazém desde a última quinta-feira (13). Uva fica de fora O embaixador Celso Amorim, assessor especial do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, classificaram a medida anunciada pelo governo de Donald Trump como uma boa notícia, mas ressaltaram estarem atentos também aos itens que entraram no tarifaço e ainda não foram flexibilizados. A Associação Brasileira dos Produtores Exportadores de Frutas e Derivados (Abrafrutas) viu a medida como "um avanço relevante para o setor", mas diz que se preocupa com "o fato de a uva, segunda fruta brasileira mais exportada para os EUA", ter ficado de fora da lista das exceções. "A exclusão ocorre em um momento sensível: no 3º trimestre deste ano, as exportações de uva para os Estados Unidos registraram uma queda de 73% em valor e quase 68% em volume em relação ao mesmo período de 2024, evidenciando os desafios enfrentados pelos produtores e exportadores nacionais", disse a associação. Café esperava tarifa zero O Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé) divulgou, na última quarta-feira (12), que representantes da indústria cafeeira dos EUA informaram que a Casa Branca avaliava retirar as tarifas sobre o produto brasileiro. Brasil e os EUA vinham articulando, nas últimas semanas, uma flexibilização do "tarifaço". A negociação ganhou força com um encontro entre Trump e o presidente Lula, em outubro, na Malásia. O secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, e o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, se encontraram na última quinta (13) para discutir o assunto. Após a reunião, o brasileiro disse que esperava uma resposta dos EUA nos próximos dias sobre um "mapa do caminho" para nortear negociações. O café estava na seção 3 da ordem executiva assinada por Trump, que inclui recursos naturais não produzidos pelos EUA. O objetivo do Cecafé era que o produto passasse para a seção 2, que permite a importação com tarifa zero. Até a última atualização desta reportagem, a associação não tinha comentado o fato de que as taxas foram reduzidas de 50% para 40%, e não zeradas. O peso do Brasil O país é o maior fornecedor de café para os EUA e um dos principais de carne, produtos que estão sobre forte inflação no mercado americano, o que pressiona Trump. Desde que o tarifaço de 50% entrou em vigor, em agosto, as vendas de café e de carne para o mercado norte-americano foram bastante reduzidas. Leia também: Tarifaço derruba importação de café brasileiro pelos EUA em mais de 50% Sem EUA, exportação de carne mira novos mercados e bate recorde Veja a lista de produtos que tiveram tarifa reduzida Ministro da Agricultura comemora redução das tarifas para produtos agrícolas



Trump reduz tarifas sobre café, carne e frutas, produtos exportados pelo Brasil


14/11/2025 21:45 - g1.globo.com

Estados Unidos revogam tarifas de importação sobre alguns produtos Os Estados Unidos reduziram as tarifas de importação de cerca de 200 produtos alimentícios, incluindo café, carne, açaí e manga, na noite desta sexta-feira (14). Para o Brasil, as taxas caíram de 50% para 40%. Num primeiro momento, exportadores brasileiros tiveram dúvidas sobre o tamanho da redução. Posteriormente, o Ministério da Agricultura esclareceu que a ordem abrange apenas as chamadas taxas de reciprocidade, impostas a diversos países pelo presidente Donald Trump, em abril. No caso do Brasil, elas foram de 10%. Em julho, no entanto, o presidente dos EUA anunciou uma tarifa adicional, de 40%, para compra de produtos brasileiros, que continua valendo, segundo o governo. LISTA: veja todos os produtos com redução de tarifas pelos EUA Repercussão: exportadores de carne comemoram Trump diz não considerar novos cortes Alguns setores do agro brasileiro, como o do café, esperavam que a tarifa fosse zerada. Brasil e os EUA vinham articulando, nas últimas semanas, uma flexibilização do "tarifaço". A negociação ganhou força com um encontro entre Trump e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em outubro, na Malásia. O secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, e o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, se encontraram na última quinta para discutir o assunto. Após a reunião, Vieira disse que esperava uma resposta dos EUA sobre um "mapa do caminho" para nortear negociações. No fim desta sexta, porém, Trump afirmou que não acredita que sejam necessários novos cortes de taxas. “Acabamos de fazer um pequeno recuo”, disse a repórteres “Os preços do café estavam um pouco altos; agora, em muito pouco tempo, eles estarão mais baixos.” Pressão da inflação sobre Trump O Brasil é o maior fornecedor de café para os EUA e um dos principais de carne, e ambos os produtos enfrentam forte alta nos preços no mercado norte-americano, o que pressiona o governo Trump. Sem dar detalhes, Trump adiantou que reduziria a tarifa sobre o café, em entrevista à Fox News, na última terça-feira (12). Dias antes, determinou uma investigação sobre frigoríficos que atuam nos EUA, acusando-os de subir o preço da carne artificialmente. Na ordem executiva desta sexta, Trump não se referiu especificamente a nenhum país. Ele afirmou que recebeu informações de autoridades que, sob sua orientação, monitoram as circunstâncias da ordem que estabeleceu o tarifaço. "Depois de considerar as informações e recomendações que esses funcionários me forneceram, o andamento das negociações com vários parceiros comerciais, a demanda interna atual por determinados produtos e a capacidade doméstica atual de produzi-los, entre outros fatores, determinei que é necessário e apropriado modificar ainda mais o escopo dos produtos sujeitos à tarifa recíproca." A redução vale para mercadorias importadas e retiradas em armazém desde a quinta-feira (13). Ao divulgar a medida, a Casa Branca atualizou a lista de produtos que têm algum grau de redução de tarifas, acrescentando carne e café, entre outros. Até então, a relação incluía somente itens já tinham recebido o benefício em julho, como o suco de laranja, que também tem peso nas vendas do Brasil para os EUA. Veja a abaixo a tabela atualizada. Repercussão O embaixador Celso Amorim, assessor especial do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, classificaram a medida como uma boa notícia, mas ressaltaram estarem atentos também a itens que entraram no tarifaço e ainda não foram flexibilizados. A Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec) comemorou a medida. "Os Estados Unidos são o segundo maior mercado da carne bovina do Brasil, com peso relevante para todo o fluxo de exportações. A decisão norte-americana fortalece essa relação e abre espaço para uma retomada mais equilibrada e estável das vendas", disse a Abiec, em nota. A Associação Brasileira dos Produtores Exportadores de Frutas e Derivados (Abrafrutas) viu a novidade como "um avanço relevante para o setor", mas se preocupa com "o fato de a uva, segunda fruta brasileira mais exportada para os EUA", ter ficado de fora da lista das exceções.



Ministério define regras para investimentos em minerais estratégicos e espera captar R$ 5,2 bilhões ao ano


14/11/2025 17:18 - g1.globo.com


O Ministério de Minas e Energia (MME) publicou nesta sexta-feira (14) uma portaria com regras para emissão de títulos (debêntures) para projetos de exploração de minerais estratégicos para ações de transição energética. A portaria da pasta também trata das chamadas terras raras. O investimento total esperado é de R$ 5,2 bilhões por ano, sendo R$ 3,7 bilhões em transformação mineral. 🔎Debêntures são títulos de dívida emitidos por empresas não financeiras. Já os minerais críticos são recursos de importância estratégica para a economia. São essenciais para a fabricação de baterias, turbinas eólicas, painéis solares e eletrônicos. 🔎As terras raras, por sua vez, são um grupo de 17 elementos químicos com propriedades magnéticas e ópticas. Professor Rômulo Simões da UFPA explica um pouco mais sobre os minerais críticos. De acordo com a norma do MME, entre os recursos que serão explorados estão: cobalto; cobre; lítio; níquel; e os elementos químicos das chamadas terras raras. Segundo o governo, a portaria tem o objetivo de atrair investimentos privados, estimular a agregação de valor e fortalecer a indústria de transformação mineral. A medida deve beneficiar projetos estratégicos de sulfato de níquel e cobalto em São Paulo (SP) e Pará (PA), além de plantas de carbonato de lítio em Minas Gerais (MG). Isso, conforme o MME, pode impulsionar o desenvolvimento e as cadeias de baterias e armazenamento de energia. A estimativa da pasta é que até 49% dos recursos captados poderão ser destinados às etapas de lavra e desenvolvimento de minas, se estiverem vinculadas a projetos de transformação mineral. Interesse dos EUA por minerais críticos brasileiros expõe desafio de explorar reservas fundamentais à indústria de tecnologia Reprodução/TV Globo



Brasil tem 11 azeites entre os 100 mais premiados do mundo em 2025


14/11/2025 16:59 - g1.globo.com


Azeitonas verdes e pretas: nascem na mesma árvore? O gosto é diferente? Veja curiosidades Onze azeites brasileiros estão entre os 100 mais premiados do mundo, segundo a lista de 2025 da Evoo World Ranking, divulgada nesta sexta-feira (14). O ranking classifica as marcas que mais ganharam concursos ao longo de um ano. A Fazenda Estância das Oliveiras, que fica em Viamão (RS), foi destaque entre as fazendas brasileiras, com sete azeites de oliva reconhecidos no Top 100. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça Lista de 2025 da Evoo World Ranking. Arte/g1 Em seguida, está Essenza Agroecológico, em Santo Antônio do Pinhal (SP), que teve três azeites ranqueados, e as Fazendas do Azeite Sabiá, na mesma cidade, que apareceu com um produto na lista (veja abaixo). Nenhum deles apareceu entre os dez primeiros lugares, somente da 22ª colocação para a frente. Os oito primeiros lugares ficaram com azeites da Espanha, seguidos por um de Portugal, no 9º lugar, e um da Turquia, em 10º. Governo já proibiu lotes de 25 marcas de azeite em 2025; veja quais são e o que fazer caso tenha comprado Fazendas mais premiadas Azeites da fazenda Estância das Oliveiras. Divulgação Além de classificar os azeites, a Evoo tem um ranking somente das empresas mais premiadas do mundo. Nele, a Estância das Oliveiras foi destaque e conquistou o 3º lugar, atrás de uma empresa da Turquia, a Nova Vera Gida ve Tarim San. Tic, e de uma de Portugal, a Gallo Worldwide. Em 2023, o g1 visitou a Estância das Oliveiras, comandada pelo produtor André Sittoni Goelzer, para mostrar o passo a passo da produção de azeite. Veja vídeo abaixo. Caroço da azeitona também tem azeite e oliveira só dá frutos quando passa frio Ranking por país Na lista dos países mais premiados, o Brasil aparece no 6º lugar atrás da Itália, Espanha, Turquia, Grécia e Portugal. Em 2024, o Brasil havia entrado, pela primeira vez, no Top 5, mas, neste ano, perdeu o lugar para Portugal. Sobre o ranking A Evoo World Ranking foi criada pela Associação Mundial de Jornalistas e Escritores de Vinhos, Licores e outros (WAWWJ) para promover os melhores azeites extravirgens do mundo. Para montar o ranking, a WAWWJ classifica as marcas de azeite que mais ganharam prêmios em concursos ao longo de um ano. Classificações de livros ou revistas que não sejam competições internacionais, bem como concursos realizados parcial ou totalmente de forma virtual, não são incluídos. As competições são classificadas por continente e país, sendo o Mario Solinas, do Conselho Internacional do Azeite, a mais importante. Elas também são organizadas por continente (ou sub-região do mundo), número de amostras e países participantes.



Hapvida: entenda o que aconteceu com as ações da companhia


14/11/2025 15:19 - g1.globo.com


Após apresentar um resultado corporativo pior do que o esperado pelo mercado financeiro na última quarta-feira (12), as ações da Hapvida desabaram no pregão da véspera — sinalizando uma forte pressão vendedora nos papéis da companhia. A empresa é a maior operadora de saúde da América Latina, com 15,9 milhões de beneficiários. 🤔 Mas o que isso significa? A forte queda de uma ação na bolsa de valores representa um maior volume de oferta do que de demanda — ou seja, significa que havia mais investidores tentando vender os papéis da empresa que tinham na carteira do que gente tentando comprar. A queda nas ações veio após a companhia anunciar um lucro líquido de R$ 338 milhões no terceiro trimestre deste ano, uma alta de 12,7% em comparação ao registrado no mesmo período do ano anterior. Já o resultado operacional da empresa — medido pelo Ebitda, sigla em inglês para "lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização" — ficou em R$ 746,4 milhões no mesmo período, uma queda de 17,6% na mesma base de comparação. Veja os vídeos em alta no g1: Veja os vídeos que estão em alta no g1 O resultado, segundo analistas do Itaú BBA, veio pior do que o esperado, e indicou uma dinâmica mais desafiadora para a operação da empresa à frente. "Esse desempenho ruim também se deveu a fatores que não são necessariamente temporários, como a expansão da própria rede da empresa e dos cronogramas médicos", explicaram os analistas Vinicius Figueiredo, Lucca Marquezini e Felipe Amancio em relatório do Itaú BBA divulgado na quarta-feira. Ainda segundo os analistas, esses fatores podem aumentar o custo que a Hapvida tem por beneficiário por um longo período de tempo — o que pode exigir que a empresa tenha um número elevado de novos clientes para conseguir atingir a meta de lucro estimada pelo mercado. Em uma teleconferência promovida pela Hapvida na quinta-feira (13), representantes da companhia reconheceram que o desempenho entre julho e setembro ficou abaixo do esperado. Além de um lucro operacional menor do que o esperado, a empresa também registrou o menor número de novos clientes no período, tíquete médio abaixo do previsto e um aumento de sinistros. A Hapvida — que terminou uma megafusão com a NotreDame Intermédica no ano passado, criando um dos maiores ecossistemas de saúde da América Latina — é uma empresa do setor de saúde suplementar, que vende planos de saúde e odontológicos e opera com rede própria. O resultado, considerado fraco pelos acionistas, resultou em um tombo de mais de 40% nos papéis da companhia na última quinta-feira. Hospital da Hapvida NotreDame Intermédica na Avenida do Contorno, em BH Divulgação Programa de recompra de ações Após a forte queda nos papéis, o conselho de administração da Hapvida divulgou um comunicado aos investidores na noite de quinta-feira (13), informando que aprovou um novo programa de recompra de ações, visando até 70 milhões de papéis da companhia. 🤔Um programa de recompra de ações é quando uma empresa decide comprar de volta suas próprias ações no mercado. Normalmente, essa compra é feita pelo próprio caixa da companhia, dentro de um limite previamente estipulado pelo conselho. Segundo a Hapvida informou em comunicado, a recompra dos papéis teria como objetivo "maximizar a geração de valores para os acionistas por meio de uma administração eficiente da sua estrutura de capital" — ou seja, a empresa vai usar seus recursos de forma a aumentar o valor entregue aos acionistas. O programa terá duração de 18 meses. As ações recompradas, segundo a companhia, serão mantidas em tesouraria ou canceladas, sem redução do capital social.



Como cultivar a pitomba, uma das frutas típicas do Nordeste


14/11/2025 14:25 - g1.globo.com

Você conhece a pitomba? Redonda, bem amarela e com um sabor que mistura o doce e o azedinho, ela é uma das frutas típicas do Nordeste que desperta curiosidade de muitos brasileiros. O Matheus Cavalcante, de Arcoverde (PE), que perguntou ao Globo Rural se existe alguma cartilha sobre o tema. Existe sim! Uma cartilha técnica produzida pela Epamig, a Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais, detalha as características da árvore, a pitombeira, descreve os frutos e explica os principais aspectos da pitomba — incluindo informações sobre cultivo, manejo e potencial de uso. A cartilha está disponível gratuitamente e pode ajudar produtores, estudantes ou qualquer pessoa interessada em conhecer melhor essa fruta tão presente na cultura nordestina. 📲 Acesse aqui.



Após pressão de credores, Justiça suspende falência da Oi e empresa volta para recuperação judicial


14/11/2025 13:45 - g1.globo.com


Após pressão, Justiça suspende falência da Oi e volta para recuperação judicial A Justiça do Rio de Janeiro suspendeu, nesta sexta-feira (14), os efeitos da falência da Oi decretada na última segunda-feira (11). A decisão, assinada pela desembargadora Mônica Maria Costa, da 1ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJ-RJ), atende a um pedido do Itaú, um dos maiores credores da operadora. Com a suspensão da falência, o processo volta ao modelo de recuperação judicial, com continuidade do plano aprovado pelos credores em 2024 e com uma liquidação organizada dos ativos do grupo. Esse formato é considerado menos prejudicial tanto aos credores quanto à prestação dos serviços da companhia. (Veja mais abaixo). Por que a falência foi suspensa? No recurso apresentado, o Itaú afirmou que a Oi não conseguiu cumprir o plano de recuperação judicial por não ter vendido ativos importantes — as chamadas Unidades Produtivas Isoladas (UPIs). Para o banco, decretar a falência agora causaria “prejuízos potencialmente mais graves não apenas aos credores, mas ao interesse público”, já que a empresa ainda presta serviços essenciais. Ao analisar o caso, a desembargadora concordou que havia motivos suficientes para suspender a falência. Segundo ela, os argumentos do Itaú são consistentes, e a manutenção da falência poderia gerar prejuízos maiores à sociedade. "A decretação de falência representa solução socialmente danosa, com efeitos adversos sobre a continuidade dos serviços prestados e o emprego de centenas de trabalhadores", disse. A desembargadora também destacou que manter a recuperação judicial permite uma venda “organizada e planejada dos ativos”, evitando perda de valor e aumentando as chances de pagamento aos credores. "A liquidação ordenada dos ativos empresariais [...] permite a transferência organizada da operação a novos investidores, preservando a utilidade social da atividade e viabilizando, ao mesmo tempo, a maximização do retorno econômico aos credores", afirmou a desembargadora. Administração judicial é mantida A decisão desta sexta-feira também devolve aos administradores judiciais — os escritórios Wald Administração de Falências e Preserva-Ação, representados por Bruno Rezende — a responsabilidade de acompanhar a execução do plano e a reorganização da empresa. O escritório havia sido afastado na decisão que decretou a falência no início da semana. Rezende continuará acumulando as funções de administrador e gestor judicial. A determinação ainda prorroga a suspensão das dívidas extraconcursais (que ficam fora da recuperação judicial) da Oi, tanto vencidas quanto futuras. A magistrada lembrou ainda que a Oi já passou por duas recuperações judiciais desde 2016 e que um novo pedido de ajustes no plano, apresentado em 2025, ainda está em análise. Para ela, é cedo para decretar falência enquanto existirem alternativas de reestruturação. União e Anatel devem ser intimadas Além da suspensão da falência e do retorno ao processo de recuperação judicial, a decisão também determinou a intimação da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e da União no caso. A desembargadora Mônica Maria Costa atendeu a um pedido do Ministério Público (MP), que defendeu que os dois órgãos precisam se manifestar sobre alternativas para garantir os serviços essenciais prestados pela Oi. O MP cobrou que a União avalie medidas de intervenção econômica — inclusive considerando um eventual aporte emergencial de recursos públicos — e que a Anatel apresente planos concretos para assegurar a manutenção das operações, especialmente em contratos deficitários que hoje dependem da Oi. Com a intimação, os dois entes deverão informar ao Tribunal se têm estudos, soluções ou ações em curso para evitar interrupções nos serviços e mitigar riscos ao interesse público. Além de telefonia, a Oi presta serviços essenciais de telecomunicações, tais como sistemas de tráfego aéreo, rede das lotéricas e linhas de emergência como polícia, bombeiros e defesa civil. A operadora também garante o funcionamento de orelhões e linhas fixas em locais onde outras empresas não atuam, oferecendo acesso básico à comunicação em comunidades rurais e isoladas. R$ 1,7 bilhão em dívidas A Oi teve a falência decretada na última segunda-feira (10) pela 7ª Vara Empresarial do TJ-RJ, após protagonizar uma das maiores recuperações judiciais da história do país. A decisão veio após o administrador judicial, Bruno Rezende, pedir o reconhecimento da insolvência na última sexta-feira (7). Em outubro, o valor devido a fornecedores fora do processo de recuperação somava R$ 1,7 bilhão — meio bilhão a mais que em junho. A juíza Simone Gastesi Chevrand, que assinou a decisão, informou no documento que, apesar da falência decretada, a companhia deveria continuar a operar, de forma provisória, serviços essenciais. A ideia era que essa manutenção provisória das atividades da Oi acontecesse até que a empresa conseguisse fazer a transição integral dos serviços que presta a outras operadoras. O objetivo era evitar danos aos clientes, e manter empregos, salários e encargos. A decisão também determinava que a Oi fizesse uma liquidação ordenada dos seus ativos — ou seja, vendesse seus ativos de forma estruturada e responsável, com o objetivo de maximizar o valor pago aos credores, manter empregos e garantir a continuidade dos serviços até que a transição fosse concluída. Qual é a diferença entre falência e recuperação judicial? A recuperação judicial é uma medida voltada para preservar a operação da empresa e evitar a falência. Ou seja, quando a Justiça aprova um pedido de recuperação judicial, ela permite que a companhia faça uma reestruturação de suas dívidas e reorganize suas finanças e administração. A ideia é dar condições para que a empresa consiga apresentar um plano de recuperação aos credores, trazendo propostas de pagamento e dando um prazo para o cumprimento de suas obrigações. Além disso, o processo também permite que a empresa continue a operar, desde que com a fiscalização da Justiça. Já a falência acontece quando a empresa não consegue mais pagar as suas dívidas e não tem mais condições de se recuperar. Nesse caso, a Justiça transforma o processo de recuperação judicial em falência e determina que a empresa venda seus ativos para conseguir quitar seus compromissos. Max Mustrangi, CEO da Excellance e especialista em reestruturação, avalia que a reversão da falência da empresa de telecomunicações atende sobretudo aos bancos. “A Oi já se mostrou inviável por quase uma década. A empresa não consegue gerar caixa nem para manter suas operações e, com isso, acumula mais dívidas, o que impede o pagamento das dívidas antigas. Mesmo vendendo ativos, o dinheiro não é suficiente.” Ele explica que, na recuperação judicial, os bancos teriam prioridade logo após os trabalhadores, mas na falência eles vão para o fim da fila. Quando isso acontece, os honorários da administração judicial vêm primeiro, seguidos das dívidas trabalhistas, fiscais e concursais, consumindo quase tudo. Segundo ele, os bancos sabem que dificilmente recuperarão seus créditos. “Não é que a empresa tenha solução. Ela não consegue se reestruturar, não há mais possibilidades. O que existe agora é uma batalha para mitigar danos.” Procurada, a Oi não manifestou posicionamento até a atualização desta reportagem. Logo da Oi visto em loja de São Paulo Paulo Whitaker/Reuters



Desemprego cai em dois estados brasileiros no 3º trimestre de 2025, diz IBGE


14/11/2025 12:01 - g1.globo.com


A taxa de desemprego ficou em 5,6% no terceiro semestre do ano Apenas dois estados brasileiros apresentaram uma queda mais significativa na taxa de desemprego no terceiro trimestre deste ano, indicou a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua Trimestral, divulgada nesta sexta-feira (14) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Segundo o instituto, as maiores quedas foram observadas em Roraima, onde a taxa de desemprego caiu de 5,9% nos três meses encerrado em junho para 4,7% no terceiro trimestre, um recuo de 1,2 ponto percentual (p.p.). Já em Tocantins, a desocupação saiu de 5,3% para 3,8%, queda de 1,5 p.p.. As demais unidades da federação registraram oscilações menores. Veja abaixo. O IBGE ainda informou que a média geral de desemprego no Brasil foi de 5,6%, o menor patamar registrado pelo índice para o período desde o início da série histórica, em 2012. 🔎 O IBGE considera desocupadas as pessoas que não têm trabalho, mas estão ativamente procurando uma oportunidade, mesmo critério usado em padrões internacionais. Segundo o analista William Kratochwill, o terceiro trimestre costuma ser um período de ajuste no mercado de trabalho, para que as empresas se preparem para as demandas do fim do ano. “A taxa de desocupação diminuiu devido a um aumento marginal, não significativo, da ocupação e esse aumento promoveu a diminuição do tempo de procura”, explicou. Desemprego é maior entre mulheres e pessoas pretas A pesquisa do IBGE divulgada nesta sexta-feira também comparou os níveis de desemprego segundo gênero, cor ou raça e nível de escolaridade. Segundo o instituto, enquanto a taxa de desocupação entre mulheres ficou em 6,9% no trimestre encerrado em setembro, o desemprego entre homens ficou em 4,5% no período — uma diferença de 2,4 pontos percentuais. Já na comparação por cor ou raça, a desocupação é maior entre pessoas pretas e pardas. Veja abaixo: Brancos: 4,4% (abaixo da média nacional) Pretos: 6,9% (acima da média) Pardos: 6,3% (acima da média) Em relação aos níveis de instrução, o nível de desemprego é maior entre os trabalhadores que têm ensino médio incompleto: a taxa ficou em 9,8% no terceiro trimestre deste ano. Veja a comparação por nível de instrução: Ensino médio incompleto: 9,8% (maior taxa entre os grupos) Superior incompleto: 5,8% Superior completo: 3,0% (menor taxa) Maranhão tem maior taxa de informalidade A informalidade no Brasil ficou em 37,8% no 3º trimestre de 2025, mas o cenário é muito mais crítico em alguns estados, especialmente no Maranhão, que registrou a maior taxa do país, chegando a 57% da população ocupada sem registro. Em seguida vêm Pará (56,5%) e Piauí (52,7%). Os menores índices estão em Santa Catarina (24,9%), Distrito Federal (26,9%) e São Paulo (29,3%). Segundo o IBGE, a informalidade foi estável em relação ao trimestre anterior, com uma queda entre trabalhadores domésticos informais compensada pelo aumento de informais no setor público. O analista William Kratochwill reforça que os estados mais pobres, como o Maranhão, sofrem mais com a informalidade devido à baixa escolaridade e menor renda média da população. O destaque do Maranhão também se repete em outros indicadores. Entre os empregados do setor privado, 51,9% têm carteira assinada no estado, o menor percentual do país. No total nacional, o índice é de 74,4%, com Santa Catarina na liderança (88%). O Maranhão também figura entre os estados com maior proporção de trabalhadores por conta própria, parte de um grupo que representa 25,3% da população ocupada no Brasil. 🔎 Trabalho por conta própria é quando a pessoa trabalha para si mesma. Esse tipo de ocupação pode ser formal (com CNPJ) ou informal (sem registro). Já a informalidade é uma condição do trabalho e inclui todos que atuam sem proteção legal, como empregados sem carteira assinada, trabalhadores por conta própria sem CNPJ, empregadores informais e familiares que ajudam sem remuneração. Rendimento cresce no Sul e Centro-Oeste No terceiro trimestre de 2025, o rendimento médio real do trabalho ficou em R$ 3.507, praticamente estável em relação ao trimestre anterior, mas acima do valor de um ano antes. As únicas regiões com aumento significativo na comparação trimestral foram Sul e Centro-Oeste, cujos rendimentos ultrapassaram R$ 4 mil. Na comparação anual, Nordeste, Sul e Centro-Oeste mostraram crescimento. Já a massa de rendimento real, que soma todos os ganhos dos trabalhadores, alcançou R$ 354,6 bilhões, estável frente ao trimestre anterior, mas maior que no mesmo período de 2024. O Sudeste registrou a maior massa de renda da série, com R$ 176 bilhões. Santa Catarina tem taxa de desemprego abaixo da média nacional. Foto: Roberto Zacarias/SECOM Veja os vídeos em alta no g1: Veja os vídeos que estão em alta no g1



Ibovespa fecha em alta e acumula ganho de 2,39% na semana; dólar recua


14/11/2025 12:00 - g1.globo.com


Entenda o que faz o preço do dólar subir ou cair O Ibovespa fechou em alta de 0,36% nesta sexta-feira (14), aos 157.734 pontos. Com o resultado, acumulou valorização de 2,39% na semana. Já o dólar fechou o dia em leve queda de 0,02%, cotado a R$ 5,2967. A valorização da bolsa foi sustentada pelas ações da Petrobras, que avançaram em linha com a alta do preço do petróleo no mercado internacional. Além disso, os investidores reagiram aos dados de desemprego no Brasil e acompanharam declarações de dirigentes do Fed nos EUA. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça ▶️ No Brasil, o IBGE informou que a taxa de desemprego caiu em 2 estados brasileiros no terceiro trimestre de 2025. Além disso, a média geral de desemprego no país foi de 5,6%, o menor patamar registrado pelo índice para o período desde o início da série histórica, em 2012. ▶️ A Petrobras ajudou a manter o Ibovespa no azul diante da alta de mais de 2% no preço do petróleo no mercado internacional. As ações ordinárias da estatal (PETR3) subiram 0,81% e as preferenciais (PETR4), 0,95%. ▶️ Nos Estados Unidos, os mercados acompanharam discursos de dirigentes do Federal Reserve. Jeffrey Schmid, presidente do Fed em Kansas City, declarou que o nível atual de juros é “moderadamente restritivo e está exatamente onde acredito que deve estar”. ▶️ O país ainda se reorganiza após o fim do shutdown de 43 dias, encerrado na quarta-feira (12) com a sanção do projeto de lei pelo presidente Donald Trump. A paralisação provocou um apagão de dados oficiais, o que dificulta a atuação do Fed na definição da política de juros. ▶️ Embora o fim da paralisação permita o retorno dos servidores, a normalização total das operações — assim como a divulgação de novos indicadores econômicos — pode levar dias ou até semanas em alguns órgãos. Veja a seguir como esses fatores influenciam o mercado. 💲Dólar a Acumulado da semana: -0,74%; Acumulado do mês: -1,54%; Acumulado do ano: -14,29%. 📈Ibovespa Acumulado da semana: +2,39%; Acumulado do mês: +5,48%; Acumulado do ano: +31,14%. Agenda econômica Desemprego nos estados A taxa de desemprego caiu em 2 estados brasileiros no terceiro trimestre de 2025, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua Trimestral, divulgada nesta sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Segundo o instituto, nas demais unidades da federação, o índice de desocupação ficou estável. Os maiores índices foram registrados em Pernambuco (10,0%), Amapá (8,7%) e Bahia (8,5%); os menores, em Santa Catarina (2,3%), Mato Grosso (2,3%) e Rondônia (2,6%). O levantamento também mostra queda no número de pessoas procurando trabalho em todas as faixas de tempo analisadas na comparação com o mesmo período de 2024. Duas delas — procura entre 1 mês e menos de 1 ano e entre 1 e menos de 2 anos — registraram os menores contingentes para um terceiro trimestre desde o início da série, em 2012. A busca por menos de um mês e por dois anos ou mais também chegou aos menores níveis desde 2015. Nesta última faixa, o recuo foi de 17,8% em um ano. Índice Geral de Preços-10 (IGP-10) O Índice Geral de Preços-10 (IGP-10), calculado pela Fundação Getulio Vargas (FGV), registrou alta de 0,18% em novembro, após avanço de 0,08% em outubro. O resultado veio exatamente dentro das estimativas do mercado. No acumulado do ano, o indicador ainda mostra deflação de 0,80%, enquanto, nos últimos 12 meses, apresenta leve alta de 0,34%. Segundo a FGV, a principal influência para o aumento foi a aceleração nos preços da indústria de transformação, medida pelo Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que responde por 60% do IGP-10. Esse subíndice subiu 0,15%, revertendo a queda de 0,04% no mês anterior. Entre os destaques, bovinos avançaram 2,94% após recuo de 1,40%, soja em grão passou a subir 1,23% ante queda de 1,22%, e carne bovina acelerou para 2,14%, frente a 1,63%. O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), com peso de 30% no cálculo, desacelerou para 0,21%, após alta de 0,48% em outubro. Três das oito categorias tiveram queda, incluindo Habitação (-0,16%) e Transportes (0,13%). Já o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), que representa 10% do IGP-10, avançou 0,30%, acima dos 0,21% do mês anterior. Bolsas globais Em Wall Street, os mercados operavam com a cautela antes da divulgação dos dados econômicos represados, depois que o presidente Donald Trump assinou um projeto de lei que pôs fim à mais longa paralisação do governo na história do país. Esses dados econômicos são importantes para orientar as decisões do Fed — embora alguns relatórios, como os de emprego e inflação, possam não ser divulgados. O Dow Jones caiu 0,65%, para 47.147,48 pontos, e o S&P 500 recuou 0,05%, para 6.734,11 pontos. Já o Nasdaq avançou 0,13%, para 22.900,59 pontos. As bolsas europeias fecharam em queda, também refletindo o impacto do fim da paralisação nos EUA e assimilando dados de produção industrial da União Europeia. O STOXX 600 recuou 0,61%, o CAC 40 (França) caiu 0,11%, enquanto o DAX (Alemanha) perdeu 1,39% e o FTSE 100 (Reino Unido) teve baixa de 1,05%. Por fim, os mercados asiáticos fecharam em alta, impulsionados pelo setor de novas energias na China e pela expectativa de dados econômicos importantes que serão divulgados na sexta-feira, como vendas no varejo e produção industrial. O índice de Xangai atingiu seu maior nível desde 2015, enquanto Hong Kong alcançou a maior alta em um mês. No fechamento, Xangai subiu 0,73%, a 4.029 pontos, e o CSI300 avançou 1,21%, a 4.702 pontos. Hong Kong ganhou 0,56%, a 27.073 pontos, e Tóquio teve alta de 0,43%, a 51.281 pontos. Seul subiu 0,49%, Taiwan caiu 0,16% e Cingapura avançou 0,15%. *Com informações da agência de notícias Reuters. Cotação do dólar mostra menor confiança na economia brasileira devido a gastos e dívidas do governo Jornal Nacional/ Reprodução



FMU: entenda a briga judicial e o que pode acontecer com os alunos em eventual caso de falência


14/11/2025 07:00 - g1.globo.com


As famílias fundadoras da FMU (Faculdades Metropolitanas Unidas) entraram neste mês com um pedido na Justiça para transformar o processo de recuperação judicial da instituição em falência. Apesar de não serem mais proprietários da faculdade, os ex-donos possuem 18 imóveis onde funcionam os centros universitários. Na ação, eles afirmam que a atual gestão está com pagamentos de aluguéis atrasados, em uma dívida que chega à casa dos R$ 40 milhões desde o início do processo de reestruturação (entenda o caso mais abaixo). 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça A universidade tem, atualmente, cerca de 60 mil alunos e mais de 100 cursos, incluindo graduação, pós e MBA. O pedido de falência feito pelos fundadores será avaliado pela 1ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais, do Tribunal de Justiça de São Paulo. Não há data certa para uma decisão. Procurada pelo g1, a FMU, que pertence ao fundo de investimento Farallon desde 2020, não se posicionou sobre o assunto até a última atualização desta reportagem. Veja os vídeos em alta no g1: Veja os vídeos que estão em alta no g1 Mas o que acontece caso a FMU entre, de fato, em processo de falência? Se a Justiça aceitar o pedido, a universidade será administrada por um gestor judicial indicado pelo juiz. Esse profissional ficará encarregado de encerrar contratos e negociar a venda de bens do grupo, destinados ao pagamento das dívidas com os credores. Segundo advogados consultados pelo g1, entre os ativos do grupo educacional está justamente a chamada “carteira de alunos”, que, na prática, pode ser transferida para outra instituição. “Em caso de falência, outra instituição pode assumir os alunos para que eles não seja prejudicados, em uma operação que funciona como a compra da 'carteira'", explica Bruno Boris, sócio-fundador do escritório Bruno Boris Advogados. O real impacto para os estudantes, no entanto, dependeria de como um eventual processo de falência fosse conduzido. No caso de uma solução organizada — com venda ou transferência de cursos —, os alunos poderiam continuar em outra instituição, que assumiria as turmas e validaria as disciplinas já concluídas, diz Rodrigo Macedo, sócio e especialista em Recuperação Judicial e Falência na Andrade Silva Advogados. “Se houver interrupção abrupta das aulas, o aluno mantém seus direitos contratuais, mas deverá exigi-los junto à massa falida”, explica. “Massa falida” é o conjunto de bens administrado pelo gestor judicial para quitar dívidas com os credores, conforme a ordem de prioridade prevista em lei. O advogado destaca que o direito à informação é fundamental para os alunos em um eventual processo de falência. Eles devem ser informados sobre a continuidade ou transferência dos cursos e ter acesso completo ao acervo acadêmico, incluindo histórico, programas das disciplinas, TCCs e diplomas. O que diz o pedido de falência Segundo as famílias Alves da Silva e Fioravante, fundadoras da FMU, o não pagamento das dívidas de aluguel pela atual gestão ocorreria de forma “deliberada, injustificável e ilícita”. O documento afirma ainda que a FMU enfrenta uma “insolvência estrutural disfarçada sob o manto da recuperação judicial”. Dessa forma, ao justificar o pedido de falência, os ex-proprietários da universidade alegam que o processo de recuperação judicial, em vigor desde março deste ano, representa um "instrumento de postergação do inevitável". Qual é a diferença entre falência e recuperação judicial? A recuperação judicial, na qual a FMU está desde março deste ano, busca preservar a operação da empresa e evitar a falência. 🔎 Ou seja, quando a Justiça aprova um pedido de recuperação judicial, ela permite que a companhia faça uma reestruturação de suas dívidas e reorganize suas finanças e administração. No caso da instituição, foram reportadas dívidas de R$ 130 milhões. No processo, a empresa apresenta um plano de recuperação aos credores, trazendo propostas de pagamento e dando um prazo para o cumprimento de suas obrigações. Os principais credores da FMU são justamente as famílias fundadoras. A recuperação judicial também permite que a empresa continue a operar, desde que com a fiscalização da Justiça. Já a falência acontece quando a empresa não consegue mais pagar as suas dívidas e não tem mais condições de se recuperar. Nesse caso, a Justiça transforma o processo de recuperação judicial em falência e determina que a companhia venda seus ativos para conseguir quitar seus compromissos. O pedido de falência feito pelas famílias fundadoras da FMU, em meio à alegação de dívidas com aluguéis, ainda precisa ser avaliado pela Justiça. O caso está na 1ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais, do Tribunal de Justiça de São Paulo. “Falência não significa automaticamente ‘fechar as portas’. A lei permite que, mesmo na falência, as atividades continuem por um período, se isso ajudar a preservar valor e viabilizar a venda da operação em bloco — por um preço mais vantajoso”, diz Macedo, da Andrade Silva Advogados. “No caso de uma universidade, esse valor está justamente na base de alunos, nos cursos autorizados pelo MEC, no corpo docente e na marca. Isso tende a favorecer uma saída organizada, como a venda da operação para outro grupo educacional”, acrescenta. Negociação em andamento O advogado João Ricardo Pacca, representante das famílias fundadoras, afirma que elas estão dispostas a negociar. “Já houve várias concessões, mas ainda estamos longe de um acordo”, diz, acrescentando que uma redução temporária no valor do aluguel estaria em discussão. Segundo Pacca, a dívida total da FMU ligada aos imóveis dos antigos proprietários chega a R$ 300 milhões, dos quais R$ 40 milhões foram acumulados desde o início da recuperação judicial. O montante inclui também débitos de IPTU. A instituição foi vendida pelos fundadores ao Grupo Laureate em 2013. Desde 2020, está sob controle da gestora Farellon. João Ricardo Pacca afirma que a falta de pagamento dos aluguéis começou poucos meses após a primeira venda. Segundo o advogado, o impasse pode levar a um processo de despejo, paralelo ao pedido de conversão da recuperação judicial em falência. “Se o aluguel não for pago, os proprietários podem pedir o despejo. Caso a inadimplência persista mesmo após a recuperação judicial e não haja acordo, essa é a única saída”, afirma. Uma assembleia de credores está marcada para os dias 19 e 26 de novembro, dentro do processo de recuperação. Nessas reuniões, credores e instituição vão discutir o plano de reestruturação da FMU. Recuperação judicial A FMU entrou com pedido de recuperação judicial em 13 de março, para negociar dívidas de R$ 130 milhões. Na ocasião, a instituição informou ao g1 que o processo seria para "assegurar condições favoráveis para a manutenção do crescimento sustentável da operação". Entre as justificativas, o grupo afirmou que sofreu impactos diretos da pandemia de Covid-19, "com destaque para o aumento da inflação no país desde 2021 e a queda na renda da população". Segundo a FMU, o cenário elevou a inadimplência, a evasão escolar e reduziu o número de matrículas. "Diante desses contratempos, o recurso à recuperação judicial é a melhor alternativa para a FMU readequar sua estrutura de capital e, ao mesmo tempo, seguir com seus planos de crescimento", disse, em nota. O juiz Marcelo Stabel de Carvalho, da 1ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais, deferiu o pedido em 14 de março. A partir dessa decisão, ficaram suspensas as cobranças contra a FMU, e a instituição iniciou a elaboração do plano de reestruturação financeira. Campus Santo Amaro da FMU, na Zona Sul de São Paulo Reprodução/Google Street View