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Relembre o icônico Volkswagen Fusca de Pepe Mujica


13/05/2025 19:26 - g1.globo.com


O ex-presidente do Uruguai faleceu nesta terça-feira (13) aos 89 anos. Ele via o Fusca como um símbolo de austeridade presidencial. Encontro de Lula com Pepe Mujica no Uruguai, em 2023 Ricardo Stuckert/PR O ex-presidente do Uruguai, José “Pepe” Mujica, faleceu nesta terça-feira (13) aos 89 anos. Mujica se destacou não apenas como presidente do Uruguai, mas também por sua simplicidade e falta de ostentação. Ele nunca teve um veículo extravagante, optando por um Volkswagen Fusca 1987, que prometeu nunca vender. “Sempre gostei de Fuscas”, disse Mujica em uma entrevista ao programa de rádio “Fala o presidente” em 2014. O ex-presidente uruguaio via o Fusca como um símbolo de austeridade presidencial. Mesmo quando um xeque árabe ofereceu US$ 1 milhão pelo modelo azul, Mujica recusou. A proposta foi feita durante a cúpula G77+China, em 2014, em Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia. Além dessa oferta, o ex-embaixador do México, Felipe Enríquez, também ofereceu 10 picapes 4x4 em troca do famoso Fusca azul. “Com o passar dos anos, nos apaixonamos pelos Fuscas, até hoje”, afirmou Mujica, sempre falando no plural. “Na verdade, temos dois, um que já não anda e este que usamos desde que somos presidentes, presente de amigos.” Pepe Mujica em seu fusca azul Natacha Pisarenko/AP Afinal, qual é o Fusca de Mujica? Embora a origem do veículo não seja comprovada (se brasileira ou mexicana), o clássico da Volkswagen foi produzido no Brasil de 1959 a 1986, e de 1993 a 1996, com a versão final Itamar. O modelo de Mujica tem motor de 1.600 cilindradas, entregando 67 cv de potência e 14 kgfm de torque. A velocidade máxima é de 144 km/h e a aceleração de 0 a 100 km/h ocorre em 17 segundos. Quando saiu da fábrica, o carro tinha consumo médio de gasolina de 7 km/l na cidade e 9 km/l na estrada, com um tanque de 45 litros, proporcionando uma autonomia de 405 km. A transmissão é de quatro velocidades. Este VW Fusca tem 4,20 m de comprimento, 1,54 m de largura e 1,48 m de altura. O bagageiro, localizado na dianteira, tem capacidade de 150 litros. Lula a bordo do Fusca Em 25 de janeiro de 2023, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva se encontrou com José Pepe Mujica no Uruguai e pegou carona no icônico modelo azul claro. O rolezinho ocorreu na zona rural de Montevidéu, capital do Uruguai, na chácara do ex-líder uruguaio. A conversa dos dois demorou certa de duas horas, das 16h30 às 18h30. De acordo com quatro ministros brasileiros que acompanharam o encontro (Fernando Haddad, Mauro Vieira, Luciana Santos e Márcio Macêdo), os dois políticos conversaram sobre política em geral.



Virginia diz que usa conta fornecida pela empresa para fazer propaganda de bets


13/05/2025 18:48 - g1.globo.com


Influenciadora deu depoimento para a CPI das Bets. Segundo ela, as contas são fornecidas diretamente pela empresa responsável pelas plataformas de apostas. Durante depoimento na CPI das Bets, nesta terça-feira (13), a influenciadora digital Virginia Fonseca admitiu que os vídeos de divulgação de apostas que publica em suas redes sociais não são feitos usando sua própria conta de jogadora. Segundo ela, as contas são fornecidas diretamente pela empresa responsável pelas plataformas de apostas. Questionada pela senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS), Virginia esclareceu que as contas utilizadas para gravações não são contas pessoais, mas sim contas criadas pela empresa especificamente para a publicidade. "Não posto no feed. Posto uma vez por semana apenas. O contrato é esse. [Posto] em stories", afirmou Virginia. A influenciadora confirmou que as gravações são feitas usando uma conta fornecida com login e senha, destacando que não se trata de uma conta falsa, mas de um perfil criado para as campanhas publicitárias. "É uma conta que eles mandam senha. É uma conta feita para eu jogar. Não é uma conta fake", explicou. Ela também ressaltou que, embora a conta não seja a mesma que os seguidores utilizam, o aplicativo é o mesmo disponível para o público. "O mesmo aplicativo que eu divulgo é o que eles jogam", afirmou. Virginia também confirmou que chegou a jogar nas duas plataformas que divulgou e que, atualmente, mantém uma conta de apostadora na Blaze, com quem ainda possui contrato de publicidade vigente. No entanto, esclareceu que seu contrato era de exclusividade e que não podia divulgar outras casas de apostas. Indagada sobre se sempre deixava claro que os vídeos eram apenas entretenimento, a influenciadora afirmou: "Sempre deixei claro que é um jogo, para jogar e se divertir". A influencer e apresentadora Virginia Fonseca depõe à CPI das Bets, no Senado, no dia 13 de maio de 2025 Edilson Rodrigues/Agência Senado Publicidade com briefing prévio Em outra parte do depoimento, Virginia disse que segue estritamente o que é solicitado pela empresa, sem participar de processos internos ou estratégias das casas de apostas. "Eu não participo de nada, eles me mandam um briefing e eu faço o meu trabalho de publicidade", disse. O senador Izalci (PL-DF) questionou se havia alguma ação da parte dela para mitigar os impactos negativos das apostas. Virginia respondeu que sua responsabilidade é cumprir o contrato de publicidade e fazer as entregas necessárias, mas destacou que sempre alerta para os riscos. "Eu alerto na publicidade", afirmou. 'Reflexiva' Após o episódio, Virginia demonstrou arrependimento pelo tom exaltado em alguns momentos da sessão e pediu desculpas publicamente: "Quero pedir desculpas, mais uma vez, por ter me estressado. Esse vídeo, eu tinha acabado de fechar com a Esportes da Sorte, não tinha exigências do Conar. Na época, não tinha essas coisas do Conar. Vou sair daqui reflexiva, não sabia desses dados. Peço desculpas, mais uma vez, pela exaltação", disse a influenciadora. O depoimento de Virginia foi acompanhado com grande atenção nas redes sociais, especialmente pelo público jovem que a acompanha. A CPI segue investigando como influenciadores digitais promovem plataformas de apostas online e os possíveis impactos sociais dessas práticas.



Governo resgatou mais de 2 mil pessoas em condições de trabalho análogas à escravidão em 2024


13/05/2025 18:00 - g1.globo.com


No ano passado, 30% dos resgates ocorreram em áreas urbanas. Cerca de R$ 9,3 milhões em verbas trabalhistas e rescisórias foram pagos às vítimas. Ministério do Trabalho resgata 16 trabalhadores por condições análogas à escravidão em fazendas do Sul de MG Divulgação / Ministério do Trabalho Em 2024, cerca de 2.186 pessoas foram resgatadas no Brasil em situação de trabalho análogas à escravidão. Os dados são da Secretaria de Inspeção do Trabalho (SIT), do Ministério do Trabalho e Emprego. O número representa uma queda de 34% em relação a 2023, quando 3.332 pessoas foram retiradas dessas situações — o maior número desde 2009. Foram mais de 1 mil ações fiscais específicas de combate ao trabalho escravo contemporâneo ao longo de 2024, que garantiram R$ 9,3 milhões em pagamentos de verbas rescisórias e trabalhistas às vítimas. Ao todo 5.741 pessoas foram alcançadas pelas fiscalizações, incluindo aqueles que, embora não estivessem em condições degradantes, tiveram outros direitos verificados e assegurados pela atuação dos auditores-fiscais do trabalho. As fiscalizações ocorreram em todo o território nacional, tanto pelo Grupo Especial de Fiscalização Móvel (GEFM), quanto pelas unidades regionais do Ministério do Trabalho nos estados. Em 2024, de acordo com a Classificação Nacional das Atividades Econômicas (CNAE), as áreas com maior número de resgatados foram: ➡️ Construção de edifícios; ➡️ Cultivo de café; ➡️ Cultivo de cebola; ➡️ Serviço de preparação de terreno, cultivo e colheita; ➡️ Horticultura, exceto morango. No ano, o destaque foi o crescimento significativo na quantidade de trabalhadores resgatados em áreas urbanas, que representaram 30% do total de pessoas em condições análogas à escravidão identificadas em 2024. No âmbito doméstico, a Inspeção do Trabalho realizou 22 ações fiscais específicas, resultando no resgate de 19 trabalhadores. Em nota, o Ministério informou que está desenvolvendo uma agenda específica para trabalhadoras domésticas e mulheres, considerando as vulnerabilidades sociais específicas enfrentadas por elas. Os estados com o maior número de ações fiscais em 2024 foram: São Paulo, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Paraná, Espírito Santo e Rio de Janeiro. Já os estados com maior número de trabalhadores e trabalhadoras resgatadas, no ano de 2024, foram: Minas Gerais, São Paulo, Bahia, Goiás, Pernambuco e Mato Grosso do Sul. Em 2025, até o momento 419 pessoas foram resgatadas, com o pagamento de R$ 828.148,19 em verbas trabalhistas e rescisórias. O número está em constante atualização no banco de dados da Inspeção do Trabalho. 📞 Denúncias seguem em alta A Inspeção do Trabalho recebeu 3.127 denúncias de condições análogas à escravidão em 2024, por meio do sistema Ipê. Isso representa uma leve diminuição em relação a 2023, quando foram contabilizados 3.924 casos — o maior número já registrado. Mesmo com a redução, o volume ainda é significativamente superior ao observado até 2021, quando o número não passava de mil casos. Desde 2014, o número de denúncias cresceu de forma acentuada, saindo de 271 registros naquele ano para os mais de 3 mil atuais. O salto mais expressivo ocorreu a partir de 2020, com aumento contínuo até atingir o pico em 2023. Em 2024, os estados com maior número de denúncias foram: São Paulo – 597 Minas Gerais – 542 Rio de Janeiro – 248 Goiás – 167 Paraná – 149 Rio Grande do Sul – 148 Bahia – 143 Santa Catarina – 129 Pernambuco – 115 Ceará – 106 Ainda no ano passado, o Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania informou que o Brasil registrou o maior número de denúncias de trabalho escravo e análogo à escravidão da história do país. Foram recebidas 3.959 denúncias em 12 meses, 15,4% a mais que em 2023 e o maior número desde que o Disque 100 foi criado, em 2011. ➡️ 30 anos de combate ao trabalho escravo Trabalho escravo: mais de 65 mil pessoas foram resgatadas nos últimos 30 anos no Brasil O ano de 2025 marca os 30 anos do reconhecimento oficial, pelo governo brasileiro, da existência de trabalho escravo contemporâneo no país. Desde então, mais de 66 mil trabalhadores foram resgatados, e R$ 157 milhões foram pagos em verbas rescisórias desde o início da série histórica em 2003. Não é possível contabilizar a quantia de anos anteriores, pois o seguro-desemprego do trabalhador resgatado foi implementado somente naquele ano. Os resgates são realizados pelo Grupo Especial de Fiscalização Móvel, coordenado pelo Ministério do Trabalho, além das unidades regionais do órgão nos estados. A atuação da Inspeção do Trabalho envolve: Coordenação de ações de fiscalização; Resgate e garantia de direitos às vítimas; Cobrança administrativa dos empregadores; Emissão do seguro-desemprego especial para trabalhadores resgatados; Aplicação de autos de infração e inserção de nomes no Cadastro de Empregadores – a "lista suja". Veja abaixo o número de trabalhadores resgatados em condições análogas à escravidão ano a ano: O Código Penal define como trabalho análogo à escravidão aquele que é "caracterizado pela submissão de alguém a trabalhos forçados ou a jornada exaustiva, quer sujeitando-o a condições degradantes de trabalho, quer restringindo, por qualquer meio, sua locomoção em razão de dívida contraída com o empregador ou seu preposto". Todo trabalhador resgatado por um auditor-fiscal do Trabalho tem, por lei, direito ao benefício chamado Seguro-Desemprego do Trabalhador Resgatado (SDTR), que é pago em três parcelas no valor de um salário-mínimo cada. Esse benefício, somado à garantia dos direitos trabalhistas cobrados dos empregadores, busca oferecer condições básicas para que o trabalhador ou trabalhadora possa recomeçar sua vida após sofrer uma grave violação de direitos. Além disso, a pessoa resgatada é encaminhada à rede de Assistência Social, onde recebe acolhimento e é direcionada para as políticas públicas mais adequadas ao seu perfil e necessidades específicas. ⚠️ COMO DENUNCIAR? Existe um canal específico para denúncias de trabalho análogo à escravidão: é o Sistema Ipê, disponível pela internet. O denunciante não precisa se identificar, basta acessar o sistema e inserir o maior número possível de informações. A ideia é que a fiscalização possa, a partir dessas informações do denunciante, analisar se o caso de fato configura trabalho análogo à escravidão e realizar as verificações no local. LEIA MAIS 'Lista suja' do trabalho escravo é atualizada; veja os novos nomes Prefeito e 5 vereadores eleitos em 2024 estão na lista suja do trabalho escravo Saiba o que é trabalho escravo Prefeito e cinco vereadores eleitos em 2024 estão na 'lista suja' do trabalho escravo



'Rei do ovo' brasileiro conclui compra de granja nos EUA


13/05/2025 17:14 - g1.globo.com


A conclusão do negócio aconteceu poucas semanas após a empresa fechar um novo acordo na Europa. Ricardo Faria é chamado de 'rei do ovo' no Brasil Arquivo pessoal A Global Eggs, controlada pelo empresário brasileiro Ricardo Faria, concluiu a compra da granja norte-americana Hillandale Farms por US$1,1 bilhão, na segunda-feira (12). A aquisição já havia sido anunciada no final de março. A Global Eggs está sediada em Luxemburgo e também opera a Granja Faria no Brasil. Saiba também: Quem é o 'rei do ovo' e bilionário Ricardo Faria A conclusão do negócio aconteceu poucas semanas após a empresa fechar um novo acordo na Europa, disse Faria à Reuters na terça-feira. No mês passado, a Global Eggs assinou um acordo para adquirir a empresa espanhola Granja Legaria, que possui cerca de 350.000 aves. Faria não divulgou o valor do negócio. A Global Eggs, agora, se concentrará em aumentar sua produção nos EUA. A Hillandale está entre as cinco maiores produtoras de ovos dos EUA e atualmente cria cerca de 20 milhões de galinhas poedeiras. "Nosso compromisso com o consumidor americano é aumentar o rebanho em um milhão de aves por ano", disse Faria, conhecido como o "rei do ovo". Além disso, a corporação estaria em negociações com outros produtores de ovos na Europa. Em novembro passado, a Global Eggs adquiriu o Grupo Hevo, da Espanha. "Estamos muito satisfeitos com a Europa e muito otimistas com nossa operação nos EUA", disse ele. Leia também: Por que o tomate e o ovo estão tão caros? Ovo caipira, orgânico, 'cage free': saiba diferenciar os tipos (spoiler: não é pela cor da casca) Ovo caipira, orgânico, convencional e enriquecido: g1 explica as diferenças



Argentina vai zerar imposto de importação sobre celulares: 'custa o dobro que no Brasil e EUA'


13/05/2025 15:33 - g1.globo.com


Governo argentino também quer baixar preços ao reduzir os impostos internos sobre televisores e aparelhos de ar-condicionado importados. Presidente da Argentina, Javier Milei. Ciro De Luca/ Reuters O governo argentino vai eliminar as tarifas de importação sobre celulares, informou o porta-voz presidencial do país, Manuel Adorni, nesta terça-feira (13). A ideia é que a eliminação das tarifas seja feita em duas etapas. "Na primeira [etapa], vamos baixar as taxas de 16% para 8%, com efeito imediato a partir da publicação do decreto, que deve acontecer ao final desta semana. Na segunda etapa, eliminaremos os impostos por completo, com efeito a partir de 15 de janeiro de 2026", afirmou Adorni durante entrevista a jornalistas na Casa Rosada. "Hoje, um celular com tecnologia 5G na Argentina custa o dobro do que no Brasil e nos Estados Unidos. É tão ridícula a situação que havia gente que pagava um avião e um hotel para comprar algo tão básico como um celular em outro país. E ainda assim saía mais barato do que comprá-lo na Argentina", disse Adorni. O porta-voz da presidência afirmou ainda que um celular de alto padrão na Argentina custa US$ 2.566, comparando-o com os preços vistos em outras regiões do mundo. Entre elas, citou: Madrid (Espanha): US$ 1.260 Santiago (Chile): US$ 1.147 Londres (Inglaterra): US$ 1.143 Nova York (EUA): US$ 1.011 Ainda de acordo com Adorni, o governo também pretende baixar os impostos internos sobre celulares, televisores e aparelhos de ar-condicionado importados, de 19% para 9,5% e zerar as taxas sobre produtos feitos na Terra do Fogo — região no extremo sul da América do Sul, compartilhada pela Argentina e pelo Chile. Por fim, outro anúncio feito pelo porta-voz da presidência argentina é a redução dos impostos de importação sobre consoles de videogame, de 35% para 20%. Com a redução desses impostos, a expectativa do governo argentino é os preços dos produtos eletrônicos importados reduzam pelo menos 30%. "Isso vai equiparar a Argentina com o resto de seus países vizinhos", disse Adorni, destacando que há expectativa de que a medida também diminua o contrabando e o roubo de celulares — a exemplo do que já aconteceu com os números de roubo de automóveis depois da redução de impostos e da desregulação de autopeças. "Como prometeu o presidente Javier Milei no começo de seu governo, à medida que se consolide o superávit fiscal, continuaremos a baixar impostos", afirmou. Questionado sobre se o governo estaria negociando as tarifas de importação impostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, o porta-voz da presidência afirmou apenas que o "único desejo" do governo é a melhor relação bilateral com "todos os países do planeta terra", reiterando que o país tem uma relação direta com os EUA. PIB da Argentina tem queda de 1,7% em 2024, primeiro ano de Javier Milei Redução de impostos Durante o discurso de um ano de governo, o presidente argentino, Javier Milei, chegou a prometer uma reforma tributária com o intuito de reduzir os impostos nacionais do país em 90%, além de uma série de reformas estruturais para a Argentina. "Vamos colocar sobre a mesa uma agenda de reformas profundas. [...] Uma reforma tributária, uma reforma previdenciária, uma verdadeira reforma trabalhista, uma reforma para leis de segurança nacional, uma profunda reforma penal, uma reforma política e outras tantas reformas que o país precisa há décadas", disse à época.



'Brasil tem bênção e maldição ao mesmo tempo', diz professor sobre relação do país com a China


13/05/2025 15:09 - g1.globo.com


Em visita à China, presidente do Brasil se encontrou com Xi Jinping nesta terça-feira (13). Na China, Luiz Inácio Lula da Silva se encontrou com Xi Jinping nesta terça-feira (13). O encontro aconteceu um dia após Estados Unidos e China anunciaram, em conjunto, uma trégua de 90 dias nas tarifas recíprocas entre os dois países depois de meses de uma escalada na disputa tarifária. Para o professor Marcus Vinicius de Freitas, para o Brasil, este é um "momento é bom, mas também complicado", nas suas palavras. Em entrevista ao podcast O Assunto, ele lembra algo que os chineses gostam de dizer: quando dois elefantes brigam, quem sofre é o solo — e o solo, no sentido deste embate entre Estados Unidos e China, é o mundo inteiro. Ouça no player acima a partir do minuto 33. "O Brasil tem uma bênção e uma maldição ao mesmo tempo. Porque a bênção é no sentido de que muitos dos produtos que os Estados Unidos exportam para a China, o Brasil pode ser um substituto." "E a maldição é que os EUA podem querer retribuir ou tornar a situação do Brasil mais difícil e mais complicada justamente por essa possibilidade de o Brasil ser um substituto à altura ou imediato dos Estados Unidos", complementa ele, que é professor visitante da Universidade de Relações Exteriores da China. Para Marcus Vinicius, a China pretende ter com o Brasil uma relação de longo prazo. Ele complementa afirmando que os dois países tem uma sinergia que outras nações não teriam. "Então o Brasil pode ser e deve ser um parceiro importante para a China. A gente não pode esquecer que o BRICS dá uma folhagem diferente para o Brasil como país emergente, uma vez que o Brasil jamais teria a mesma voz ativa que tem no BRICS dentro do G7, por exemplo, para o qual o Brasil nunca foi convidado." "Então a China olha para o Brasil numa expectativa de construir uma parceria de longo prazo." Ouça a íntegra do episodio aqui. O que você precisa saber: 90 DIAS: EUA e China chegam a um acordo sobre tarifaço, com redução das taxas SUÍÇA: Representantes dos dois países se encontraram na Europa VALDO CRUZ: Acordo entre China e EUA é boa notícia para o Brasil e para os mercados MERCADOS: Dólar e bolsa sobem no Brasil com anúncio de acordo ENTENDA: Acordo não derruba a 'taxa das blusinhas' de Trump Trégua entre EUA e China afasta risco de recessão? Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante a cerimônia de boas-vindas, no Grande Palácio do Povo. Ricardo Stuckert/ Presidência da República



Lula na China: veja setores em que Brasil pode aumentar vendas para o país asiático


13/05/2025 14:56 - g1.globo.com


Governo avalia que pode vender mais 400 produtos para a China em meio a 'tarifaço' de Trump. Durante visita, Lula disse que Brasil e o país asiático nunca estiveram 'tão próximos'. Brasil pretende ampliar exportação de alumínio para a China Getty Images via BBC Levantamento da Agência Brasileira de Promoção de Exportações (Apex) indica que o Brasil pode aumentar em 400 itens a lista de produtos vendidos para a China e aproveitar o atual cenário internacional para ampliar o valor das exportações para o país asiático. A China é o principal parceiro comercial do Brasil, à frente de Estados Unidos e Argentina. Dados da Apex mostram que o fluxo comercial entre Brasil e China se manteve estável entre 2023 e 2024, mas as importações brasileiras de produtos chineses aumentaram 20%. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está na China e se reuniu nesta terça-feira (13) com o presidente Xi Jinping. No encontro, Lula disse que Brasil e China "nunca" estiveram "tão próximos" e afirmou que a relação entre os dois países "nunca foi tão necessária". Veja abaixo as áreas em que, segundo a Apex, o Brasil pode aumentar exportações para a China, quantos produtos e alguns exemplos: ⛓️Área: Artigos manufaturados, classificados principalmente pelo material Quantos produtos: 113 Exemplos: ferro-gusa, alumínio, couro, pérolas, cobre 🧲Área: Matérias em bruto e não comestíveis (exceto combustíveis) Quantos produtos: 61 Exemplos: minérios de ferro e de cobre, soja e celulose 🥩 Área: Produtos alimentícios e animais vivos Quantos produtos: 46 Exemplos: carnes bovina, de aves e suína, milho, trigo, açúcares e melaços 🛢️Área: Combustíveis minerais, lubrificantes e materiais relacionados Quantos produtos: 5 Exemplos: petróleo bruto, combustíveis e produtos residuais de petróleo 🧪Área: outros Quantos produtos: 164 Exemplos: polímeros de etileno, produtos químicos, medicamentos, motores de pistão, máquinas, aparelhos elétricos, calçados 'Tarifaço' de Trump Presidente Lula critica guerra comercial imposta pelos EUA, na China A viagem de Lula à China e a declaração sobre guerras comerciais vêm num contexto em que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, impôs o chamado "tarifaço", isto é, uma série de tarifas a produtos importados vendidos no mercado americano, provocando instabilidade no comércio global e uma guerra comercial com a China. O argumento de Trump é que é preciso proteger os produtores locais do que ele costuma chamar de "roubo" de outros países. Nesse cenário, a embaixada dos EUA no Brasil, por exemplo, divulgou um comunicado no qual citou o Brasil entre os países que "sufocam" parte da economia americana, acrescentando que Trump não permitirá que EUA sejam "explorados". Diante desse contexto, especialistas em relações internacionais e diplomatas têm dito que o Brasil deve atuar em duas frentes: negociar alternativas com a Casa Branca; ampliar as relações com outros parceiros comerciais. Importação de produtos chineses aumentou China deve investir R$ 27 bi no Brasil: veja os setores Dados da Apex mostram que o fluxo comercial entre Brasil e China (somadas as exportações e as importações) se manteve estável entre 2023 e 2024, na casa dos US$ 158 bilhões. As exportações brasileiras para a China, contudo, diminuíram de US$ 104,3 bilhões para US$ 94,3 bilhões, enquanto as importações de produtos chineses aumentaram de US$ 53,1 bilhões para US$ 63,6 bilhões. O saldo da chamada balança comercial é positivo para o Brasil, isto é, o país mais exporta que importa em valor agregado. Porém, esse saldo caiu 40% entre 2023 e 2024, passando de US$ 51,1 bilhões para US$ 30,7 bilhões. Comparação com os EUA Dados também obtidos pela Apex mostram que, no caso dos Estados Unidos, segundo maior parceiro comercial, o Brasil exportou no ano passado o equivalente a US$ 40,3 bilhões e importou US$ 40,6 bilhões, o que gerou um saldo negativo para o Brasil de US$ 283 milhões. A corrente comercial, com base nesses resultados, foi de US$ 81,02 bilhões em 2024, segundo a Apex, metade da corrente comercial registrada entre Brasil e China.



Agro do Brasil abre novos mercados na China; veja quais produtos começarão a ser exportados


13/05/2025 14:13 - g1.globo.com


Miúdos de frango, patos e peru estão entre os novos mercados. Assinatura de acordos foi realizada nesta terça-feira (13). Ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, ao lado do ministro da Agricultura e Assuntos Rurais da China, Han Jun; Lucas Costa/Mapa O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, assinou nesta terça-feira (13) novos acordos comerciais com a China que vão abrir novos mercados para cinco produtos do agro brasileiro. Alguns deles envolvem o setor de aves, como miúdos de frango (coração, fígado e moela), carnes de peru e de pato, informou a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). O protocolo assinado nessa área prevê inspeção, quarentena e requisito de segurança para a exportação desses produtos para a China. Outro acordo assinado – e negociado há bastante tempo pelo Brasil – foi a liberação para a exportação de Grãos Secos de Destilaria (DDG, na sigla em inglês), um subproduto da produção de etanol de milho usado na alimentação de animais, cuja produção tem crescido no Brasil. Além disso, o Brasil vai começar a exportar farelo de amendoim para a China. “Foram cinco produtos abertos para o nosso agronegócio, que se somam aos pescados, abertos agora no fim de abril. Um impacto estimado em aproximadamente US$ 20 bilhões”, destacou o secretário de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, Luis Rua. “Estamos celebrando mais uma conquista para o Brasil. A abertura das três proteínas de carne de aves pode representar mais de R$ 1 bilhão em receita cambial para o nosso país”, destacou o presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Ricardo Santin. Os acordos incluem ainda a extensão de um acordo para lançamento de mais dois satélites para captação de imagens para uso ambiental e agrícola, e um projeto de parceria para troca de tecnologia em recuperação de áreas degradadas. Delivery, carros elétricos: veja onde a China pretende investir R$ 27 bilhões no Brasil Lula e Xi Jinping defendem comércio justo em meio a tarifas dos EUA



Veja a notificação do INSS para quem foi vítima de fraude de descontos irregulares


13/05/2025 14:05 - g1.globo.com


Segurados deverão reconhecer se autorizaram o desconto ou não. A notificação será feita exclusivamente pelo aplicativo Meu INSS. Notificação do INSS sobre descontos irregulares Reprodução O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) notificou nesta terça-feira (13) os 9 milhões de aposentados e pensionistas que tiveram descontos em seus benefícios nos últimos anos e que, portanto, podem ter sido prejudicados pela fraude dos descontos irregulares. A partir de quarta (14), essas pessoas terão de informar se as operações foram autorizadas por elas ou não para receberem o ressarcimento dos valores. (saiba mais abaixo) 🚨A notificação foi feita exclusivamente pelo aplicativo Meu INSS. Não haverá contato por telefone ou mensagem SMS. A mensagem divulgada é a seguinte: “Aviso importante para você. Foi identificado desconto de entidade associativa em seu benefício. A partir de amanhã você poderá informar se autorizou ou não através do Meu INSS ou ligue 135." Em caso de dúvidas, os cidadãos podem ligar na central de atendimento do órgão, pelo canal telefônico 135, que funciona de segunda a sábado, das 7h às 22h. O INSS também notificou os demais aposentados e pensionistas que não tiveram descontos irregulares. A mensagem é a seguinte: “Fique tranquilo, nenhum desconto foi feito em seu benefício! O governo federal descobriu a fraude dos descontos associativos não autorizados e seguirá trabalhando para proteger você e seu benefício!" Notificação do INSS para quem não teve descontos identificados Reprodução/INSS Veja abaixo como baixar o app oficial e, em seguida, entenda mais detalhes sobre os próximos passos sobre os descontos irregulares. Como baixar o app Meu INSS O aplicativo Meu INSS está disponível para Android e iOS. Além do telefone 135 e do site, ele é um meio para os cidadãos consultarem seus benefícios do INSS sem a necessidade de deslocamento para uma das agências. Ao baixar o aplicativo no celular, o beneficiário precisa aceitar os termos de uso; Em seguida, deve "entrar com gov.br", preenchendo com CPF e senha cadastrados na conta oficial do governo. Se você não tem conta gov.br, veja aqui como fazer; Por fim, é só clicar em "autorizar" para deixar que o aplicativo acesse os seus dados pessoais. O usuário terá acesso a todos os serviços disponíveis e ao histórico das informações do beneficiário. Como será a notificação dos descontos irregulares O INSS enviou a notificação para os segurados que tiveram descontos associativos nesta terça-feira (13), exclusivamente pelo aplicativo Meu INSS. A mensagem divulgada é a seguinte: “Aviso importante para você. Foi identificado desconto de entidade associativa em seu benefício. A partir de amanhã você poderá informar se autorizou ou não através do Meu INSS ou ligue 135." Na quarta-feira (14), os segurados notificados poderão verificar qual associação realizou o desconto e o valor descontado, por meio do serviço "Consultar descontos de entidades associativas", pelo app Meu INSS ou pela central de atendimento 135. A consulta analisará dados sobre eventuais descontos em benefícios pagos entre os dias 1º de março de 2020 e 31 de março de 2025. A partir das informações divulgadas, o associado deverá reconhecer se, de fato, autorizou a cobrança, ou se é o caso de um desconto irregular, fruto de fraude, para cada uma das entidades exibidas. Inicialmente, não será necessário incluir documentos ou comprovantes para afirmar que não autorizou a cobrança. Como será o processo de ressarcimento Quando o segurado preencher no sistema que não autorizou o desconto, o INSS vai gerar automaticamente uma cobrança para a associação que recebeu o dinheiro, pelo novo Portal de Desconto de Mensalidades Associativas (PDMA), com ciência automática. A empresa, então, terá 15 dias úteis para: comprovar o vínculo com o segurado, juntando no sistema três informações: documento de identidade do associado com foto, termo de filiação sindical ou associativa e termo de autorização de desconto no benefício; ou comprovar a restituição do valor descontado diretamente ao beneficiário, em relação ao período questionado; ou informar que o desconto é o objeto de ação judicial, apresentando os dados necessários. O beneficiário será informado da resposta da entidade sobre os seus descontos por meio dos canais de atendimento disponibilizados pelo INSS e ainda poderá contestar a decisão, dessa vez apresentando os motivos e documentos comprobatórios da discordância. Caso a associação não consiga comprovar o vínculo, ela será obrigada a restituir os descontos ao segurado. O INSS vai enviar à entidade, pelo PMDA, uma Guia de Recolhimento da União (GRU) para que ela pague os valores descontados indevidamente, corrigidos pela inflação. Essa guia deverá ser anexada ao processo do requerimento e o INSS, então, vai repassar o dinheiro ao segurado em sua conta cadastrada para recebimento do benefício. A devolução será entre os dias 26 de maio e 6 de junho. Regras para ressarcir aposentados roubados podem gerar prejuízos ainda maiores ao INSS INSS notificará lesados por fraude no dia 14 de maio



INSS diz ter enviado notificações a todos aposentados que tiveram descontos de entidades


13/05/2025 14:03 - g1.globo.com


Segurados devem reconhecer se autorizaram o desconto ou não. Notificação foi feita exclusivamente pelo aplicativo Meu INSS. Mensagem foi enviada a 9,4 milhões de pessoas. Notificação do INSS sobre descontos irregulares Reprodução O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) informou nesta terça-feira (13) que enviou notificações a 9,4 milhões de aposentados e pensionistas que tiveram descontos de entidades associativas em seus benefícios nos últimos anos e que, portanto, podem ter sido prejudicados pela fraude dos descontos irregulares. "Notificações no sininho do Meu INSS já integralmente processadas. Total de notificações cadastradas: 9.429.003", informou a autarquia previdenciária. A partir de quarta (14), essas pessoas terão de informar se as operações foram autorizadas por elas ou não para receberem o ressarcimento dos valores. 🚨A notificação foi feita exclusivamente pelo aplicativo Meu INSS. Não houve e não haverá contato por telefone ou mensagem SMS. A mensagem divulgada foi a seguinte: “Aviso importante para você. Foi identificado desconto de entidade associativa em seu benefício. A partir de amanhã você poderá informar se autorizou ou não através do Meu INSS ou ligue 135." Em caso de dúvidas, os cidadãos podem ligar na central de atendimento do órgão, pelo canal telefônico 135, que funciona de segunda a sábado, das 7h às 22h. Veja abaixo como baixar o app oficial e, em seguida, entenda mais detalhes sobre como será a notificação do INSS sobre os descontos irregulares. Como baixar o app Meu INSS O aplicativo Meu INSS está disponível para Android e iOS. Além do telefone 135 e do site, ele é um meio para os cidadãos consultarem seus benefícios do INSS sem a necessidade de deslocamento para uma das agências. Ao baixar o aplicativo no celular, o beneficiário precisa aceitar os termos de uso; Em seguida, deve "entrar com gov.br", preenchendo com CPF e senha cadastrados na conta oficial do governo. Se você não tem conta gov.br, veja aqui como fazer; Por fim, é só clicar em "autorizar" para deixar que o aplicativo acesse os seus dados pessoais. O usuário terá acesso a todos os serviços disponíveis e ao histórico das informações do beneficiário. Como é a notificação dos descontos irregulares O INSS enviou a notificação para os segurados que tiveram descontos associativos nesta terça-feira (13), exclusivamente pelo aplicativo Meu INSS. A mensagem divulgada será a seguinte: “Aviso importante para você. Foi identificado desconto de entidade associativa em seu benefício. A partir de amanhã você poderá informar se autorizou ou não através do Meu INSS ou ligue 135." Na quarta-feira (14), os segurados notificados poderão verificar qual associação realizou o desconto e o valor descontado, por meio do serviço "Consultar descontos de entidades associativas", pelo app Meu INSS ou pela central de atendimento 135. A consulta analisa dados sobre eventuais descontos em benefícios pagos entre os dias 1º de março de 2020 e 31 de março de 2025. A partir das informações divulgadas, o associado deverá reconhecer se, de fato, autorizou a cobrança, ou se é o caso de um desconto irregular, fruto de fraude, para cada uma das entidades exibidas. Inicialmente, não será necessário incluir documentos ou comprovantes para afirmar que não autorizou a cobrança. Como será o processo de ressarcimento Quando o segurado preencher no sistema que não autorizou o desconto, o INSS vai gerar automaticamente uma cobrança para a associação que recebeu o dinheiro, pelo novo Portal de Desconto de Mensalidades Associativas (PDMA), com ciência automática. A empresa, então, terá 15 dias úteis para: comprovar o vínculo com o segurado, juntando no sistema três informações: documento de identidade do associado com foto, termo de filiação sindical ou associativa e termo de autorização de desconto no benefício; ou comprovar a restituição do valor descontado diretamente ao beneficiário, em relação ao período questionado; ou informar que o desconto é o objeto de ação judicial, apresentando os dados necessários. O beneficiário será informado da resposta da entidade sobre os seus descontos por meio dos canais de atendimento disponibilizados pelo INSS e ainda poderá contestar a decisão, dessa vez apresentando os motivos e documentos comprobatórios da discordância. Caso a associação não consiga comprovar o vínculo, ela será obrigada a restituir os descontos ao segurado. O INSS vai enviar à entidade, pelo PMDA, uma Guia de Recolhimento da União (GRU) para que ela pague os valores descontados indevidamente, corrigidos pela inflação. Essa guia deverá ser anexada ao processo do requerimento e o INSS, então, vai repassar o dinheiro ao segurado em sua conta cadastrada para recebimento do benefício. A devolução será entre os dias 26 de maio e 6 de junho. Regras para ressarcir aposentados roubados podem gerar prejuízos ainda maiores ao INSS INSS notificará lesados por fraude no dia 14 de maio



Cafés na Espanha passam a cobrar pelo tempo que cliente fica na mesa


13/05/2025 14:02 - g1.globo.com


Em Madri e Barcelona, em alguns estabelecimentos o valor da conta agora dependente de quanto tempo o cliente fica na mesa. Café na Plaza Mayor, em Madri: em alguns locais, conta tem ficado mais cara para quem fica mais tempo GETTY IMAGES Beber um café sem pressa ou trabalhar com o laptop em um bar por horas a fio está virando tarefa complicada em cidades espanholas como Madri ou Barcelona. Alguns estabelecimentos estão limitando o tempo que o cliente pode ocupar uma mesa e o preço de uma xícara de café pode até dobrar de preço, dependendo de quanto tempo a pessoa ficar sentada. Um bar de Barcelona, que está em uma das áreas mais turísticas da cidade e perto da praia, avisa aos clientes que um cafezinho no terraço custa 1,30 euro mas se o tempo para beber for superior a 30 minutos, o preço sobe para 2,50 euros e se a pessoa quiser passar mais de uma hora no Caffè Perfetto saboreando a mesma bebida e ocupando uma mesa, terá que pagar 4 euros (equivalente a cerca de R$26). O post que mostrou a foto dessas regras viralizou no país e recebeu até agora quase mil likes e teve mais de 100 comentários. Tem internauta que concorda com a norma que foi imposta pela cafeteria. Post com tabela de preços de cafeteria na Espanha viraliza Reprodução / g1 "O pagamento baseado no tempo é o mesmo princípio dos estacionamentos aplicados aos restaurantes", defende um. Enquanto outra usuária acha um absurdo e pergunta se o local não tem vergonha de fazer isso. O dono do bar se defende e explica por que tomou essa decisão. "Decidi colocar esse aviso nas mesas para conscientizar. Uma pessoa não pode ficar muito tempo sem consumir, se não os negócios não dão lucro", disse Massimo em uma entrevista ao jornal espanhol Diario.es. Maria Moreno Albiol, autora do polêmico post, disse à BBC Brasil que Barcelona está sofrendo um processo de gentrificação e turistificação que tem efeitos como esses. "Somos nós, moradores e trabalhadores do bairro que sofremos as consequências disso." A espanhola revela que costumava frequentar essa cafeteria antigamente, quando era um bar normal. "Como agora a maioria dos estabelecimentos da região da Barceloneta viraram vitrines para atender os turistas, não voltarei mais nesse bar. Não só pelo preço do café, mas porque muitos deles não são mais acessíveis aos trabalhadores do bairro. Os preços estão exorbitantes, assim como a moradia na cidade", lamenta. Leia também: Guia Michelin 2025: veja os quatro novos restaurantes premiados no Brasil Segundo destino mais popular do mundo A Espanha quebrou o seu recorde de visitantes no ano passado ao receber quase 94 milhões de turistas estrangeiros. Em 2025, os números seguem em alta, no primeiro trimestre deste ano, o país recebeu 5,7% de viajantes a mais do que nos três primeiros meses de 2024, de acordo com o Instituto Nacional de Estadística espanhol. O país ibérico é o segundo destino mais visitado do planeta e só perde para a França. Por conta disso, quem entende o comportamento de alguns estabelecimentos de cobrarem mais pelo tempo de uso das mesas é Jorge R. Fernández, proprietário do restaurante Sifo, em Barcelona. "Isso está acontecendo em alguns lugares que sofrem com o turismo massivo, a maior calamidade das grandes cidades hoje em dia. Não vejo isso como um fato isolado. Essa atitude faz parte de um conjunto de decisões que o mercado acabou adotando pelo grande fluxo de turistas", revela. Por enquanto, em Madri a situação ainda não chegou tão longe mas em bairros mais turísticos há vários lugares que limitam o tempo de uso das suas mesas aos clientes que usam laptop. No bairro de Lavapiés, uma aconchegante cafeteria coloca um pequeno aviso onde é possível ler que as pessoas podem usar as mesas com laptop durante duas horas mas só de segunda a sexta-feira, já nos fins de semana sentar com o computador ali é proibido. "Limitamos porque recebemos muita gente e se uma pessoa fica horas sentada, nós perdemos clientes e por isso tivemos que colocar esses avisos. Se o local está cheio e tem gente esperando, lamentavelmente tenho que dizer às pessoas que precisam sair depois de certo período sem consumir", diz uma das atendentes desse café que prefere não se identificar. De acordo com a Organização de Consumidores e Usuários da Catalunha (OCU), a prática de determinar um tempo máximo de permanência ou um consumo mínimo nas mesas é considerado legal, desde que essa limitação seja informada antes do cliente sentar e que a advertência esteja em um lugar visível. Veja qual cidade brasileira entrou na lista dos '10 destinos em alta' Tendência do momento? Thais Cardoso é analista de sistemas e trabalha diariamente de casa mas de vez em quando gosta de mudar de ares e trabalhar em cafeterias no centro de Madri. "Eu sempre consumo e não fico várias horas sem comprar nada quando estou nesse tipo de lugar. Algumas vezes eles dizem que não podemos usar mesas individuais e oferecem as coletivas para quem está com laptop", explica a paulista. Cardoso que mora na capital espanhola há seis anos acredita que essa seja uma tendência que veio para ficar. "Isso está acontecendo principalmente em cafés mais concorridos. Sinceramente não acho legal que coloquem limite de tempo, mas entendo os motivos", lamenta a brasileira. Na região de Callao, em um dos rooftops mais famosos da capital espanhola, um símbolo grudado atrás do caixa de uma cafeteria avisa que ali o uso de laptops em suas mesas é proibido. "Um café aqui custa três euros. Se uma pessoa ficar duas horas sentada e só beber um, quanto vamos ganhar por dia? Na verdade, não proibimos realmente desde que as pessoas não abusem. O trabalho remoto está bem visto pelas empresas que não precisam pagar aluguel de escritório para os seus funcionários mas os restaurantes e bares também precisam sobreviver", diz o gerente dessa cafeteria. Embora a tendência dos cafés cronometrados esteja ganhando força na Espanha, o conceito não é exatamente novo. Em Moscou, o café Ziferblat adota esse modelo há 12 anos. No local, os clientes não pagam pelas bebidas ou pelo uso do espaço, mas sim pelo tempo que passam ali dentro: 3,5 rublos por minuto (aproximadamente R$ 0,25). Veja também: Café fake apreendido não é alimento: entenda o que pode ser vendido como café pela lei Como ler rótulos de cafés e o que levar em conta na hora de escolher o produto Umedecer o coador e a medida ideal: aprenda a fazer café com os melhores baristas



Valores a receber: ainda há R$ 9,1 bilhões esquecidos nos bancos; veja como consultar e sacar valores


13/05/2025 13:28 - g1.globo.com


Em 2024, Congresso autorizou o governo a recolher os recursos, mas Fazenda afirma que processo não está em andamento. Consulta só pode ser feita no site do Banco Central. Cédulas de dinheiro, em imagem de arquivo Marcello Casal Jr/Agência Brasil O Banco Central informou nesta terça-feira (13) que ainda existem, nas instituições financeiras, R$ 9,13 bilhões em "recursos esquecidos" pelos clientes. O balanço considera valores contabilizados em março. O sistema do BC permite consultar se pessoas físicas (inclusive falecidas) e empresas deixaram valores para trás em bancos, consórcios ou outras instituições. O prazo oficial para buscar os recursos teria, em tese, acabado em 16 de outubro de 2024. Entretanto, recentemente, o Ministério da Fazenda informou que não há prazo para clientes resgatarem os valores nas instituições financeiras. Como consultar o dinheiro esquecido G1 em 1 Minuto: Como consultar dinheiro esquecido nos bancos O único site no qual é possível fazer a consulta e saber como solicitar a devolução dos valores para pessoas jurídicas ou físicas, incluindo falecidas, é o https://valoresareceber.bcb.gov.br . 🔑Via sistema do Banco Central, os valores só serão liberados para aqueles que fornecerem uma chave PIX para a devolução. 📞Caso não tenha uma chave cadastrada, é preciso entrar em contato com a instituição para combinar a forma de recebimento. Outra opção é criar uma chave e retornar ao sistema para fazer a solicitação. 💰No caso de valores a receber de pessoas falecidas, é preciso ser herdeiro, testamentário, inventariante ou representante legal para consultá-los. Também é necessário preencher um termo de responsabilidade. Após a consulta, é preciso entrar em contato com as instituições nas quais há valores a receber e verificar os procedimentos. Nova ferramenta de segurança Em fevereiro, o Banco Central mudou a verificação de segurança do Sistema Valores a Receber para evitar fraudes. 📱O acesso continua a ser feito com a conta gov.br nível prata ou ouro. Mas o aplicativo passou a exigir duas etapas de verificação de segurança. 📲Quem não tem o gov.br no celular, precisa primeiro baixar o aplicativo. Depois, é necessário preencher as informações e fazer a validação facial para liberar as duas etapas. 🗝O acesso ao sistema de valores é com o CPF e a senha. Em seguida, o sistema vai pedir um código de acesso que precisa ser gerado no aplicativo.



Ibovespa bate os 139 mil pontos pela 1ª vez na história, após ata do Copom e trégua do tarifaço; dólar cai


13/05/2025 12:00 - g1.globo.com


Na véspera, a moeda norte-americana teve alta de 0,53%, cotada a R$ 5,6849. Já a bolsa encerrou em alta de 0,04%, aos 136.563 pontos. B3, bolsa de valores brasileira. Divulgação/ B3 O Ibovespa ultrapassou os 139 mil pontos pela primeira vez na história durante o pregão desta terça-feira (13). O principal índice de ações da bolsa brasileira opera em alta, com avaliação da ata do Comitê de Política Monetária (Copom) sobre os juros no Brasil e dos efeitos da trégua tarifária entre Estados Unidos e China. O dólar, por sua vez, opera em baixa, sendo negociado a R$ 5,60, com uma queda de mais de 1,40%. Na ata, o Copom avaliou que o processo de elevação dos juros no Brasil já tem contribuído e "seguirá contribuindo para a moderação de crescimento". Na semana passada, o BC elevou a taxa Selic pela sexta vez consecutiva, para 14,75% ao ano, o maior patamar em quase duas décadas. Além disso, o comitê ainda indicou que o ambiente de expectativas desancoradas de inflação — ou seja, um ambiente em que as projeções para o índice de preços coletadas no mercado financeiro estão acima da meta do BC — vai exigir um juro maior por mais tempo. O colegiado ainda afirmou que se manterá vigilante e que a "calibragem" (o ritmo) da alta do juro seguirá guiada pelo objetivo de trazer a inflação para as metas. 🔎 A lógica é a seguinte: juros mais altos desestimulam o consumo, pois fica mais caro fazer empréstimos ou compras a prazo. Ao reduzir o consumo, a demanda por produtos diminui, o que ajuda a controlar a inflação, que ocorre quando a oferta não acompanha a demanda. Também continua no radar dos investidores o acordo entre EUA e China sobre as chamadas "tarifas recíprocas" implementadas pelo presidente americano Donald Trump. No fim de semana, as duas potências concordaram em diminuir significativamente as taxas sobre produtos de importação durante 90 dias. As taxas dos EUA sobre as importações chinesas cairão de 145% para 30%. As tarifas da China sobre os produtos americanos serão reduzidas de 125% para 10%. Soma-se a isso o resultado do índice de preços ao consumidor dos EUA (CPI, na sigla em inglês), que veio abaixo do esperado pelo mercado e ajudou a reforçar a perspectiva de que o ciclo de aperto monetário norte-americano pode estar chegando ao fim. (entenda mais abaixo) Veja abaixo o resumo dos mercados. Entenda o que faz o preço do dólar subir ou cair 💲Dólar Às 16h13, o dólar caía 1,46%, cotado a R$ 5,6021. Na mínima do dia, chegou a R$ 5,5946. Veja mais cotações. Na segunda-feira (12), a moeda americana fechou em alta de 0,53%, cotada a R$ 5,6849. Com o resultado, acumulou: alta de 0,53% na semana; avanço de 0,14% no mês; e perda de 8,01% no ano. a 📈Ibovespa No mesmo horário, o Ibovespa operava em alta de 1,92%, aos 139.184 pontos, na máxima do dia. Na véspera, o índice fechou em alta de 0,04%, aos 136.563 pontos, renovando o maior patamar desde agosto. Com o resultado, o índice acumulou: alta de 0,04% na semana; avanço de 1,11% no mês; e ganho de 13,53% no ano. O que está mexendo com os mercados? No Brasil, a ata do Copom divulgada nesta terça-feira (13) mostra que as decisões do BC seguirão guiadas pelo objetivo de trazer a inflação brasileira para as metas, o que é visto com bons olhos pelos investidores. O BC informou que o impacto da elevação da taxa básica de juros no mercado de trabalho já está sendo observada e deve se intensificar. Em março, por exemplo, foram criadas 71,6 mil vagas formais de emprego, com queda de 71% frente ao mesmo período do ano passado. Diante desse cenário de desaceleração, os economistas do mercado financeiro passaram a projetar estabilidade na taxa Selic até o fim de 2025, de acordo com o relatório "Focus" do BC divulgado nesta segunda (12). Até então, eles estimavam uma nova elevação em meados de junho, para 15% ao ano. Os analistas também reduziram, pela quarta semana consecutiva, a expectativa de inflação de 2025, de 5,53% para 5,51%. Mesmo com a redução, no entanto, o índice continuaria bem acima do teto da meta, que é de 4,5%. As incertezas internacionais, no entanto, continuam a pesar para o Copom. Segundo o economista e relações institucionais da Polo Capital, Arnaldo Lima, a ata "trouxe um diagnóstico ainda mais severo sobre o cenário externo". "Destaca-se a avaliação de que, embora o Brasil possa estar relativamente menos exposto aos efeitos diretos das tarifas norte-americanas do que outras economias, segue fortemente impactado por um ambiente global adverso", afirmou, em nota. Acordo entre China e EUA No ambiente externo, o acordo entre EUA e China sobre tarifas continua repercutindo. O anúncio foi bem recebido pelo mercado financeiro, o que fez o dólar ganhar força nesta segunda (12) e os mercados de ações se recuperarem. 🔎 O mercado entende que o aumento das tarifas sobre produtos importados pelos EUA pode elevar os preços finais e os custos de produção, pressionando a inflação e reduzindo o consumo — o que pode levar a uma desaceleração da maior economia do mundo ou até mesmo a uma recessão global. Assim, a leitura é que a trégua tarifária entre os dois países diminui esses riscos. Quando Trump anunciou as primeiras "tarifas recíprocas" a mais de 180 países, no que ele chamou de "Dia da Libertação", no início de abril, as bolsas norte-americanas registraram as maiores quedas em um único dia desde 2020, ano em que o planeta enfrentava a pandemia de Covid-19. Agora, a redução das tarifas representou um alívio para os investidores. As principais bolsas de Nova York dispararam após o anúncio. As ações chinesas também decolaram e fecharam em alta. O acordo teve um resultado mais positivo do que muitos analistas esperavam. "Eu achava que as tarifas seriam reduzidas para algo em torno de 50%", disse Zhiwei Zhang, economista-chefe da Pinpoint Asset Management em Hong Kong, à Reuters. "Obviamente, esta é uma notícia muito positiva para as economias de ambos os países e para a economia global, e deixa os investidores muito menos preocupados com os danos às cadeias de suprimentos globais no curto prazo", acrescentou Zhang. No entanto, analistas também alertaram para ter cautela com o otimismo, já que várias tarifas dos EUA contra produtos da China e de muitos outros países continuam em vigor. Nesta terça-feira, o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) apontou que os preços nos EUA tiveram leve alta em abril, de 0,2%, após uma queda de 0,1% em março. "Esta é uma redução substancial da tensão. No entanto, os EUA ainda impõem tarifas muito mais altas à China", ponderou Mark Williams, economista-chefe para a Ásia da Capital Economics. "Não há garantia de que a trégua de 90 dias dará lugar a um cessar-fogo duradouro."



BC diz que juro alto já contribui para desaceleração da atividade e que impacto na geração de empregos deve se aprofundar


13/05/2025 11:11 - g1.globo.com


Análises constam na ata da última reunião do Copom, realizada na semana passada, quando a taxa básica de juros da economia foi elevada para 14,75% ao ano — o maior nível em quase duas décadas. O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central avaliou nesta terça-feira (13) que o processo de elevação dos juros, promovido nos últimos meses para conter a inflação, já tem contribuído e "seguirá contribuindo para a moderação de crescimento". A informação consta na ata da última reunião do Copom, realizada na semana passada, quando a taxa básica de juros da economia foi elevada para 14,75% ao ano — o maior nível em quase duas décadas. Foi a sexta alta seguida. Copom eleva taxa básica de juros para 14,75%, o maior nível em quase 20 anos O BC informou, ainda, que o impacto da elevação da taxa básica de juros no mercado de trabalho, que já está sendo observada, deve se intensificar. Em março, por exemplo, foram criadas 71,6 mil vagas formais de emprego, com queda de 71% frente ao mesmo período do ano passado. "Ressaltou-se que a inflexão no mercado de trabalho também é parte do mecanismo de política monetária [alta do juro] e deve se aprofundar ao longo do tempo, de modo compatível com um cenário de política monetária restritiva", acrescentou o Banco Central. O BC tem dito claramente que uma desaceleração, ou seja, um ritmo menor de crescimento da economia, faz parte da estratégia de conter a inflação no país. Avalia que isso é um "elemento necessário para a convergência da inflação à meta". Na última reunião do Copom, na semana passada, ao contrário de encontros anteriores, o Banco Central não deu indicações de que deve continuar subindo a taxa Selic. O BC informou apenas que se manterá vigilante e a "calibragem" (ritmo) do aperto monetário apropriado (alta do juro) seguirá guiada pelo objetivo de trazer a inflação para as metas. Na última semana, segundo pesquisa divulgada nesta segunda-feira pelo próprio BC, o mercado financeiro deixou de acreditar em novos aumentos da taxa Selic neste ano. Os analistas, agora, projetam manutenção do juro em 14,75% ao ano até o fim de 2025. O mercado financeiro também projeta um ritmo menor de crescimento da economia neste ano. Os economistas estimam uma expansão de 2% em 2025, contra uma alta de 3,4% no ano passado. Banco Central é o responsável por definir a taxa de juros Flickr do Banco Central Entenda como age o BC 🔎A taxa básica de juros da economia é o principal instrumento do BC para tentar conter as pressões inflacionárias, que tem efeitos, principalmente, sobre a população mais pobre. Para definir os juros, a instituição atua com base no sistema de metas. Se as projeções estão em linha com as metas, pode baixar os juros. Se estão acima, tende a manter ou subir a Selic. Desde o início de 2025, com o início do sistema de meta contínua, o objetivo de 3% será considerado cumprido se a inflação oscilar entre 1,5% e 4,5%. Ao definir a taxa de juros, o BC olha para o futuro, ou seja, para as projeções de inflação, e não para a variação corrente dos preços, ou seja, dos últimos meses. Isso ocorre porque as mudanças na taxa Selic demoram de seis a 18 meses para ter impacto pleno na economia. Neste momento, por exemplo, a instituição já está mirando na meta considerando o segundo semestre de 2026. Para 2025, 2026, 2027 e 2028, a projeção do mercado para a inflação oficial está em 5,51% (com estouro da meta), 4,5%, 4% e em 3,80%. Ou seja, acima da meta central de 3%, buscada pelo BC. Na ata do Copom, divulgada nesta terça-feira, o BC informou que está projetando uma inflação oficial de 4,8% neste ano e de 3,6% em 2026. O BC admitiu recentemente que a meta de inflação pode ser novamente descumprida em junho deste ano, ao completar seis meses seguidos acima do teto de 4,5%. Veja outros recados do Copom O cenário prospectivo (esperado) de inflação segue "desafiador" em diversas dimensões. "As expectativas de inflação, medidas por diferentes instrumentos e obtidas de diferentes grupos de agentes, mantiveram-se acima da meta de inflação em todos os horizontes, tornando o cenário de inflação mais adverso". Acrescentou, ainda, que o "cenário de inflação de curto prazo segue adverso", com a inflação de serviços acima do nível compatível com o cumprimento da meta. O cenário externo mostra-se "adverso e particularmente incerto". O BC observa que o choque de tarifas e o choque de incerteza, apesar de todas as tentativas de mensuração, ainda são de impacto bastante incerto. Nesta segunda-feira (12), após semanas de tensão, os EUA e a China anunciaram que concordaram em reduzir temporariamente as chamadas "tarifas recíprocas" entre os dois países durante 90 dias. O Copom avaliou que o crédito consignado ao setor privado, com garantia do FGTS, modalidade que teve início em março, terá algum "impacto sobre o crescimento", mas "majoritariamente por meio de uma elevação de renda disponível a partir da troca de dívidas". "Ainda há muita incerteza sobre qual será o efeito total do programa, que ainda se encontra em período inicial, então o Comitê acompanhará os dados atentamente para refinar os impactos estimados sobre o mercado de crédito e sobre a atividade", concluiu. O BC reforçou que um estímulo significativo (sobre a demanda) nos últimos anos adveio da política fiscal, ou seja, sobre a alta de gastos do governo. "O Comitê avalia que uma política fiscal que contribua para a redução do prêmio de risco e atue de forma contracíclica contribui para a convergência da inflação à meta", avaliou.



Keeta, a delivery chinesa que quer desafiar o IFood e o 99Food no Brasil


13/05/2025 10:47 - g1.globo.com


O anúncio da plataforma chinesa é o segundo investimento bilionário no setor de delivery de comidas no Brasil em um mês. App de delivery chinês Keeta está chegando no Brasil Getty Images via BBC A empresa chinesa Meituan anunciou na segunda-feira (12) que vai investir US$ 1 bilhão (R$ 5,6 bilhões) no Brasil nos próximos cinco anos para lançar a sua marca de delivery Keeta. O anúncio foi feito em um seminário empresarial China-Brasil que acontece na capital chinesa, onde se encontra o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva em visita oficial. "O Brasil é um mercado enorme com grande potencial", disse Wang Xing, fundador e CEO da Meituan, segundo o jornal chinês Daily China. "A Keeta visa aprimorar a experiência do consumidor, apoiar o crescimento de restaurantes locais e criar mais oportunidades de emprego." Segundo o anúncio, a Keeta construirá uma rede nacional de delivery de comida no Brasil e fornecerá aos parceiros locais um conjunto de ferramentas digitais e de marketing para expandir seus negócios. "A globalização é uma das estratégias de longo prazo da Meituan", disse Wang. "Estamos entusiasmados em levar nossa experiência em entrega de comida e tecnologia avançada para novos mercados como o Brasil, assim como fizemos na Ásia-Pacífico e no Oriente Médio. Estamos ansiosos para oferecer mais opções aos consumidores brasileiros e contribuir para o desenvolvimento econômico do país." Presidente Lula critica guerra comercial imposta pelos EUA, na China A Keeta opera atualmente em Hong Kong, na China, onde ajudou restaurantes parceiros a dobrar vendas desde o lançamento, há dois anos, segundo o jornal chinês. A marca também estreou na Arábia Saudita em setembro de 2024, onde agora cobre as principais cidades do país. A Meituan é uma das maiores empresa de delivery de refeições no mundo. Ela tem 770 milhões de usuários ativos na China. A empresa está listada na Bolsa de Hong Kong e teve receita de US$ 46 bilhões em 2024. Na China, a empresa realiza entrega também com drones. O anúncio da plataforma chinesa é o segundo investimento bilionário no setor de delivery de comidas no Brasil em um mês. Em abril, o grupo 99 — que foi fundado no Brasil mas comprado pelo grupo chinês Didi Chuxing — anunciou que pretende investir R$ 1 bilhão para expandir sua operação de logística no Brasil e retomar o 99Food, serviço de delivery que funcionou no Brasil mas havia sido encerrado em 2023. O 99 e agora a Keeta desafiam o domínio do iFood, app controlado grupo holandês Prosus, e que está presente em cerca de 1,5 mil cidades, com 55 milhões de clientes cadastrados e 380 mil estabelecimentos. LEIA TAMBÉM: Saiba como a GWM vai usar o novo investimento de R$ 6 bilhões anunciado para o Brasil 4 curiosidades sobre a gigante chinesa de fast food que anunciou investimento bilionário no Brasil



'Relação entre Brasil e China nunca foi tão necessária', diz Lula em Pequim ao lado de Xi Jinping


13/05/2025 10:33 - g1.globo.com


Lula criticou guerra comercial, defendeu papel da OMC e reiterou críticas às guerras em Gaza e na Ucrânia. Na segunda, Brasil anunciou R$ 27 bilhões em investimentos vindos da China. Lula e Xi Jinping defendem comércio justo em meio a tarifas dos EUA O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira (13), após reunião em Pequim com o presidente Xi Jinping, que a relação entre Brasil e China "nunca foi tão necessária". A declaração ocorre um dia após o governo brasileiro anunciar que a China fará novos investimentos no país, que somam cerca de R$ 27 bilhões. Os aportes envolvem áreas como energia limpa, carros elétricos, mineração e delivery. "Há anos, a ordem internacional já demanda reformas profundas. Nos últimos meses, o mundo se tornou mais imprevisível, mais instável e mais fragmentados. China e Brasil estão determinados a unir suas vozes contra o unilateralismo e o protecionismo", disse Lula. E completou: "Guerras comerciais não têm vencedores. Elas elevam os preços, deprimem as economias e corroem a renda dos mais vulneráveis em todos os países. O presidente Xi Jinping e eu defendemos um comércio justo e baseado nas regras da Organização Mundial do Comércio." As falas de Lula contra a guerra comercial acontecem um dia após Estados Unidos e China anunciarem trégua de 90 dias na escalada de tarifas e sobretaxas adotada pelo governo Donald Trump – e retaliada por Xi Jinping. O Brasil também tenta negociar a redução ou a extinção de tarifas adicionais aplicadas pelo governo Trump ao país, sobretudo nas exportações de aço e alumínio. "Não é exagero dizer que, apesar dos mais de 15 mil quilômetros que nos separam, nunca estivemos tão próximos", disse Lula sobre a relação com a China. Xi Jinping e Lula na China Ricardo Stuckert / Presidência da República Este foi o terceiro encontro presencial entre Lula e Xi Jinping desde o início do mandato do brasileiro, em 2023 – e o segundo em território chinês. Em discurso antes de Lula, Xi Jinping também destacou a importância da relação entre os dois países, considerada estratégica por ele. O líder chinês criticou as guerras comerciais e declarou que China e Brasil concordam que ninguém sai ganhando neste tipo de disputa. "China e Brasil vão defender juntos o livre comércio e o sistema multilateral", declarou. Xi também mencionou o apoio de China e Brasil para mediar um acordo de paz entre Rússia e Ucrânia. A proposta dos dois países, contudo, até o momento não foi executada. A Rússia deseja retomar as negociações na Turquia. Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante a cerimônia de boas-vindas, no Grande Palácio do Povo. Ricardo Stuckert/ Presidência da República Críticas às guerras Lula usou o discurso ao lado de Xi Jinping para reiterar as críticas que vem fazendo às guerras na Ucrânia e na Faixa de Gaza. "Superar a insensatez dos conflitos armados também é pre-condição para o desenvolvimento. Os entendimentos comuns entre Brasil e China para uma resolução política para crise na Ucrânia oferecem base para um diálogo abrangente que permita o retorno da paz à Europa", disse. "A humanidade se apequena diante das atrocidades cometidas em Gaza. Não haverá paz sem um Estado da Palestina independente e viável vivendo lado a lado com o Estado de Israel. Somente uma ONU reformada poderá cumprir ideais de paz, direitos humanos consagrados em 1945", seguiu. Após a reunião e a declaração à imprensa dos presidentes, Brasil e China divulgaram duas notas conjuntas, uma delas sobre a guerra na Ucrânia. Os dois países saudaram a disposição de Rússia e Ucrânia de retomarem as negociações de paz e se colocaram à disposição para auxiliar nas discussões. A outra nota reforçou pontos abordados pelos presidentes nos discursos, como as críticas às guerras tarifárias e comerciais, parcerias na área de infraestrutura e combate à fome, necessidade de reforma da Organização das Nações Unidas e o fortalecimento da relação entre Brasil e China. A nota informa que o Brasil "adere firmemente ao princípio de uma Só China" e "reconhece que só existe uma China no mundo e que Taiwan é uma parte inseparável do território chinês". Para a China, Taiwan é uma província rebelde que ainda faz parte de seu território. Já para o governo taiwanês, a ilha é um Estado independente, com sua própria Constituição e, por décadas, se considerou o legítimo governo da China no exílio. Acordos comerciais Nesta terça, em Pequim, representantes do Brasil e da China assinaram também 20 protocolos e memorandos em áreas como agricultura, estratégia aeroespacial, ciência e tecnologia. Na segunda, o governo anunciou R$ 27 bilhões em investimentos da China em diversas áreas no Brasil. Segundo a Agência Brasileira de Promoção de Exportações (ApexBrasil), o valor inclui: R$ 6 bilhões da GAC, uma das maiores montadoras chinesas, para "expansão de suas operações" no Brasil; R$ 5 bilhões da Meituan, plataforma chinesa de delivery – que quer atuar no Brasil com o app "Keeta" e prevê gerar até 4 mil empregos diretos e 100 mil indiretos; R$ 3 bilhões da estatal chinesa de energia nuclear CGN para construir um "hub" de energia renovável (eólica e solar) no Piauí; até R$ 5 bilhões da Envision para construir um parque industrial "net-zero" (neutro em emissões de carbono) – o primeiro da América Latina, segundo a Apex; R$ 3,2 bilhões da rede de bebidas e sorvetes Mixue, que deve começar a operar no Brasil e espera gerar 25 mil empregos até 2030; R$ 2,4 bilhões do grupo minerador Baiyin Nonferrous, que anunciou a compra da mina de cobre Serrote, em Alagoas. Há na conta, ainda, investimentos previstos da DiDi (dona do 99), da Longsys (empresa chinesa de semicondutores) e de empresas do setor farmacêutico. E acordos para a promoção de produtos brasileiros na China em áreas como café, cinema e varejo. Missão oficial ao país asiático O presidente Lula viajou à China acompanhado de 11 ministros e do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), além de parlamentares, outras autoridades e cerca de 200 empresários. Antes de chegar à China, a comitiva passou também pela Rússia, onde Lula se reuniu com Vladimir Putin e pediu um cessar-fogo na Ucrânia. O presidente Lula e a primeira-dama Rosângela Lula da Silva no desembarque em Pequim Ricardo Stuckert/Presidência da República Ampliação do comércio A visita à China foi planejada para reforçar a parceria comercial. O país é o principal parceiro do Brasil, e o governo aposta em ampliar as exportações. A ApexBrasil identificou 400 oportunidades de negócios com os chineses, especialmente no agronegócio. Empresários brasileiros inauguraram um escritório em Pequim para facilitar a exportação de carnes ao mercado chinês. O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, também integra a comitiva e se reuniu com autoridades locais. Um dos objetivos da visita é reduzir burocracias no registro de produtos biotecnológicos.



Como 'cambistas de bets' movimentam mercado ilegal milionário e oferecem apostas até para menores


13/05/2025 10:19 - g1.globo.com


Driblando as restrições da regulamentação, um universo de apostas ilegais movimenta centenas de milhões de reais no país, permitindo acesso a qualquer um. Proliferação dos apps de bets é fenômeno relativamente recente no Brasil Bruno Peres/Agência Brasil À sombra do mercado legal de apostas esportivas, existe hoje no Brasil um universo de apostas ilegais que é alvo de uma CPI e que movimenta centenas de milhões de reais graças aos "cambistas de bets". Cambista é normalmente quem vende ingressos para eventos, como shows e partidas esportivas, ganhando em cima disso. No mercado das bets, os cambistas intermediam apostas para as casas ilegais e são uma alternativa para quem é proibido de apostar pelas vias legais, como menores de idade. As bets ilegais contam com os cambistas para receber as apostas e pagar os prêmios, e os cambistas recebem uma comissão por cada transação. E eles usam as redes sociais para anunciar seus serviços e as melhores ofertas. No Facebook, grupos com dezenas de milhares de pessoas oferecem apostas clandestinas durante todo o dia. Os cambistas atraem apostadores oferecendo prêmios maiores do que as casas legalizadas e bônus proibidos. No Instagram, páginas com milhares de seguidores também oferecem os serviços. Em alguns casos, usando até nomes semelhantes aos de casas legalizadas. As casas clandestinas promovidas pelos cambistas oferecem, por exemplo, um bônus de boas-vindas. A oferta de um valor inicial disponível para os apostadores foi vedada pela lei. A BBC News Brasil encontrou centenas de anúncios oferecendo apostas clandestinas nas plataformas da Meta, empresa que controla o Facebook e o Instagram. Na biblioteca de propaganda da empresa, que disponibiliza o conteúdo publicitário promovido em suas plataformas, só um destes perfis, o Cambistas 24 horas, tinha 110 anúncios veiculados. Após a reportagem questionar a Meta a respeito, as publicidades deixaram de aparecer nos arquivos. Em resposta, a empresa afirmou que os "anunciantes que desejam promover jogos de azar ou jogos online precisam solicitar permissão por escrito da Meta e fornecer provas de que as suas atividades estão licenciadas por um regulador ou estabelecidas como legítimas nos territórios nos quais desejam veicular esses conteúdos". Na maioria das vezes, as redes sociais servem de chamariz para outro ambiente digital onde as apostas são efetivamente concretizadas por meio dos cambistas, como sites clandestinos e aplicativos de mensagens como WhatsApp e Telegram. Bets: Governo amplia lista de eSports e games liberados para aposta online e inclui jogos Uma pesquisa recente do Ministério da Justiça de São Paulo (MJSP) mostrou que 10,5% dos adolescentes entrevistados apostaram no último ano. Com as restrições colocadas às casas regularizadas, as bets clandestinas e os cambistas se tornam a única maneira de adolescentes continuarem a jogar. Pela lei, além de menores de idade, técnicos de futebol, jogadores, árbitros e membros de órgãos de regulação são proibidos de apostar. As empresas também precisam impedir que uma pessoa comprometa sua renda com apostas ou que viciados em jogo apostem. O governo busca também realizar um cadastro que incluirá quem for proibido de apostar por decisão judicial. Em abril, o governo anunciou que pretende proibir beneficiários dos programas Bolsa Família e do Benefício de Prestação Continuada (BPC) de apostarem em bets. As casas de apostas também costumam restringir apostas de clientes quando são observadas atividades suspeitas, como usar uma estratégia conhecida como "arbitragem", em que apostas são feitas em casas diferentes para lucrar com qualquer resultado. Desde que o mercado regulado de apostas esportivas começou a operar no Brasil em 1º de janeiro deste ano, as mais de 150 casas de apostas autorizadas a funcionar movimentam entre R$ 20 bilhões a R$ 30 bilhões todo mês, de acordo com uma estimativa recente do Banco Central. Bets ilegais: governo obriga bancos a denunciar contas suspeitas O subsecretário de Monitoramento e Fiscalização do Ministério da Fazenda, Fábio Macorin, diz que a busca por caminhos ilegais para contornar as restrições impostas pela regulamentação já era esperada. Mas diz que isso vem preocupando bastante pelas somas movimentadas de forma clandestina. Apenas nos primeiros dois meses de 2025, o Brasil registrou movimentação de aproximadamente R$ 350 milhões em apostas ilegais, segundo informação divulgada pelo site Aposta Legal. O levantamento identificou mais de 30 milhões de acessos a esses sites. "As regras são feitas para proteger os consumidores, mas há casos em que os impedimentos podem reforçar o mercado ilegal", afirma Macorim. No Facebook, grupos com dezenas milhares de pessoas oferecem apostas clandestinas durante todo o dia Reprodução A questão não é uma exclusividade do Brasil. Com uma regulamentação bastante rígida aplicada há anos no setor, a Argentina observou uma disparada na atuação dos chamados "cajeros", que cumprem a mesma função dos cambistas no país. A limitação de acesso aos sites regularizados vai além da limitação de idade. As casas de apostas também só podem ter clientes na região do país onde têm autorização para funcionar, por exemplo. Em 2024, uma pesquisa do Unicef, fundo das Nações Unidas para infância e juventude, mostrou que 8 entre cada 10 jovens da Argentina apostaram ou conhecem alguém que tenha feito uma aposta esportiva ao longo daquele ano. Destes, 30% disseram quem usaram cajeros ou intermediários para fazer sua aposta. Em setembro do ano passado, o suicídio de um jovem de 22 anos que havia começado a apostar aos 17 e gastou US$ 140 mil (R$ 830 mil) com o jogo chocou a Argentina. "É algo que está totalmente naturalizado no país, especialmente entre os homens. A idade média de início nas apostas está perto dos 13 anos", explica Lucía Fainboim, diretora da consultoria Bienestar Digital. "Há uma sensação de controle, já que muitos pensam que sabem o suficiente para ganhar." De acordo com Fainboim, a função de cajero costuma ser bem-vinda na sociedade argentina, já que muitas vezes representa uma forma de conseguir renda extra para as famílias. Além dos que anunciam pelas redes sociais, muitos fazem a função de intermediários das apostas para pessoas próximas que têm alguma limitação para jogar legalmente. Para o presidente da Associação Nacional de Jogos e Loterias (ANJL), Plínio Lemos Jorge, a rigidez na regulamentação criada por alguns países pode estimular a clandestinidade. "Se as exigências forem muito avançadas, o ilegal se sobrepôe ao legal, como nos casos de Portugal e Argentina", afirma Jorge. Espaço aberto para golpes Em um grupo monitorado ao longo de semanas pela reportagem, as denúncias de golpes foram comuns, com apostadores relatando perdas em um ambiente sem nenhuma garantia. Após depositarem as somas pedidas para "validar os bilhetes", como os jogos são normalmente chamados neste meio, os apostadores não conseguiam receber seus prêmios. Em diversos casos, os apostadores alegam que as casas exigiram um depósito de ao menos R$ 100 para que seus créditos pudessem ser retirados, mas, que, mesmo após a transferência, o valor continuava retido. No Reclame Aqui, páginas de casas não regularizadas e que anunciam com cambistas acumulam reclamações sobre não pagamento. Um levantamento realizado pela empresa de tecnologia Idwall, em parceria com a Opinion Box, revela que 18% dos apostadores brasileiros já foram vítimas de algum tipo de fraude em plataformas de apostas, o que corresponde a quase 10 milhões de pessoas. "Há uma ilusão por vários meios, como com a promessa de ganhos falsos", aponta Jorge. O presidente da ANJL afirma que o não pagamento de prêmios vem acontecendo com muita frequência, além do uso fraudulento da imagem de casas legalizadas para atrair potenciais vítimas. "A legitimidade dos sites regularizados está entre os maiores veículos de atração para as casas ilegais", afirma Jorge. No Instagram, a página Bet365br conta com 300 mil seguidores. O perfil divulga uma série de sorteios não regularizados, e promete "comissões de até 30%" para cambistas que desejem se ligar a casa, que usa o nome da britânica Bet365, que tem licença para operar no Brasil e é uma das maiores do mundo no setor. À reportagem, a empresa britânica afirmou que não possui ligação com a conta divulgada no Brasil. Papel dos influenciadores Há grande preocupação com perfis promovendo apostas ilegais. Nas redes, figuras famosas apresentando casas não regularizadas e ganhos exorbitantes são uma constante. Isso está sendo investigado no Senado pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Bets no Senado. Em depoimento à Comissão , o delegado Lucimério Barros Campos mostrou que casas de apostas ilegais e influenciadores mentem nas redes. Ele foi responsável pela Operação Game Over em Alagoas, realizada a partir de denúncias de pessoas que haviam perdido somas significativas de dinheiro em casas de apostas. O delegado explicou que bets ilegais usam intermediadores de pagamentos digitais, que recebem as apostas por meio de PIX dos apostadores e repassam para as casas. No depoimento, ele afirmou que as casas ilegais contratam influenciadores e permitem que eles usem contas falsas no aplicativo de jogo, para simularem que ganharam dinheiro com apostas e divulgarem aos seus seguidores. Assim, segundo o delegado, o influenciador ganharia dinheiro da casa de apostas para atrair mais apostadores e não apostando na plataforma. LEIA TAMBÉM: CPI das Bets deve ouvir influenciadora Virgínia Fonseca nesta terça-feira Governo publica nova lista de 'bets' autorizadas a atuar no Brasil até 2029 Na Argentina, no final de 2024, uma grande operação da Justiça acusou 14 influenciadores em razão da promoção dos serviços de cajeros. "Influenciadores são muito importantes, sendo a chave para a sedução. Se mostram exitosos e ganhando dinheiro, o que é muito tentador", afirma Fainboim. Segundo Macorín, deve haver uma evolução para a padronização da publicidade das casas regularizadas, já que "muitos influenciadores estão divulgando atividades ilícitas". Na sua visão, um avanço nos critérios sobre o que é permitido e está dentro das conformidades com o jogo regulamentado abre caminho para que os anúncios de apostas mitiguem a promoção de jogos irregulares. Atualmente, um projeto de lei é analisado na Câmara dos Deputados, e define regras para que influenciadores digitais façam propaganda de apostas on-line e cassinos digitais. A proposta é que uma certificação fique sob a responsabilidade do Ministério da Fazenda, e que inclua treinamento obrigatório sobre os riscos das apostas. Influenciadores que promoverem apostas sem a devida certificação ou sem esses avisos ficariam sujeitos à multa podendo variar de R$ 10 mil até R$ 1 milhão. Com a regulamentação e ações mais rigorosas no tema, Lemos aponta que os influenciadores estão mais preocupados em não promover apostas irregulares, mas reforça que ainda existe muita desinformação no meio. "Eles são facilmente ludibriados, inclusive com apresentação de licenças falsas de regularização por parte das casas ilegais", afirma. A ideia também é a de que as plataformas de redes sociais que veicularem publicidade ou promoções de apostas exijam dos influenciadores a certificação válida. Medidas de combate O governo Lula afirma que está atento ao tema e buscando reforçar o combate às apostas ilegais. Desde que a regulamentação entrou em vigor, foram abertos 177 processos em sites e perfis com irregularidades, enquanto cerca de 11 mil endereços de sites clandestinos foram derrubados no país. Segundo Macorin, quando a secretaria do monitoramento detecta alguma atividade irregular nas redes, pede a derrubada dos perfis à Meta através de um canal exclusivo. No entanto, ele aponta que não há um monitoramento específico por parte da empresa, que atua mediante denúncias. Quanto às verificações em espaços mais fechados, como grupos de Whatsapp e Telegram, Macorin reconhece que existem grandes limitações devido à privacidade destas plataformas, já que as conversas ocorrem em ambientes que não são públicos. Desta forma, a atuação legal fica limitada, já que a fiscalização regular não abrange a possibilidade de infiltração nestes casos. Lemos defende maior identificação dos meios de pagamento, com um controle maior a partir das transferências financeiras. Além disso, ele acredita que mais casos de punições aos que divulgam apostas ilegais podem ter um caráter didático e que desencorajem novos perfis de fazer o mesmo. "Assim, as pessoas irão entender que não é brincadeira, que é algo sério e que prejudica famílias", afirma.



Como a trégua entre EUA e China impacta as exportações de soja do Brasil


13/05/2025 08:30 - g1.globo.com


Os dois países decidiram reduzir as tarifas de importação por 90 dias. Brasil é o maior fornecedor do grão para a China, mas compete por este mercado com os EUA, segundo maior exportador. Entenda como a trégua entre EUA e China impacta as exportações de soja do Brasil Divulgação. As vendas de soja do Brasil para o mercado chinês cresceram no início do ano em meio às trocas de tarifas de importação de mais de 100% entre EUA e China. O Brasil é o maior fornecedor do grão para a China, mas compete por este mercado com os EUA, que é o segundo maior exportador para o país asiático. Na segunda-feira (12), porém, os EUA e a China decidiram dar uma trégua e reduziram as tarifas recíprocas por 90 dias. As taxas dos EUA sobre as importações chinesas passaram de 145% para 30%, enquanto a China reduziu de 125% para 10% a taxa sobre os produtos americanos. Segundo economistas ouvidos pelo g1: a pausa não deve diminuir as exportações de soja do Brasil para a China; isso porque os EUA não têm grão para vender no primeiro semestre. A safra do país começa em outubro; no entanto, os chineses devem aproveitar os 90 dias para fazer compras antecipadas dos EUA; e isso pode reduzir alguns ganhos de exportadores brasileiros (entenda abaixo). Brasil vai reduzir a exportação de soja para a China? "Não. Para a safra de 2025, a China vai continuar mantendo os fluxos normais de compra do Brasil", diz Rafael Silveira, analista de mercado da consultoria Safras & Mercado. "No primeiro semestre, a exportação brasileira vai se manter muito aquecida até porque não tem soja americana agora no mercado. O que tem de safra americana para exportar é velha e é muito pouco", detalha Silveira. Sazonalmente, o Brasil colhe e exporta mais soja no primeiro semestre, enquanto a safra e as vendas dos EUA acontecem na segunda metade do ano, mais especificamente a partir de outubro. No entanto, a China deve aproveitar a pausa de 90 dias para fazer compras antecipadas de soja dos EUA, mesmo que elas sejam entregues apenas no final do ano, explica Silveira. Segundo ele, a taxa de 10% deixa a soja americana mais cara para os chineses, mas a tarifa inicial de 125% "inviabilizava" qualquer compra de grãos dos EUA por parte da China. De qualquer forma, o novo cenário não deve reduzir o mercado de soja para o Brasil na China. Desde o primeiro governo Trump (2017-2021), inclusive, os chineses vem reduzindo a sua dependência dos grãos dos EUA. Qual é o impacto para o Brasil? Com a redução de tarifa entre EUA e China, a demanda extra da China por soja brasileira tende a diminuir, e o impacto direto disso é na redução dos prêmios de exportação pagos pela soja nacional. Esse prêmio é um valor adicionado (ágio) ou descontado (deságio) ao preço da soja negociado na bolsa de Chicago, explica o sócio-diretor da Cogo Inteligência em Agronegócio, Carlos Cogo. "O prêmio é definido diariamente em um mercado paralelo, que, embora tenha ligação direta com as oscilações do câmbio e dos contratos futuros de Chicago, obedece diretamente a fatores ligados à oferta e à demanda da soja brasileira, tanto internamente quanto externamente." "Os prêmios [da soja] nos portos brasileiros estavam subindo porque havia uma demanda extra de soja por parte da China. Isso vinha já acontecendo há mais de um mês. Os prêmios estavam positivos em plena colheita, o que não é normal", diz Cogo. "No dia de hoje [12 de maio], [em que houve acordo entre China e Estados Unidos] os prêmios começaram a declinar. Na verdade, começaram a declinar quando aqueceram as notícias de que eles estariam próximo a um acordo", acrescenta. Apesar do recuo dos prêmios, o preço da soja na bolsa de Chicago fechou com alta de 1,81% na segunda-feira (12). Silveira, do Safras, destaca que os prêmios de exportação da soja brasileira podem cair mais no segundo semestre. "Era pra ser uma situação contrária. Pelo que estava se desenvolvendo, nós teríamos prêmios nos portos muito mais altos", diz o analista do Safras. "A situação agora é que os prêmios podem reduzir frente a isso porque querendo ou não você tira um pouco de pressão da exportação brasileira. Não que a China vai deixar de comprar soja brasileira, mas você teria uma demanda adicional que pode não ocorrer", conclui Silveira. EUA e China firmam acordo para reduzir tarifas recíprocas



Acordo entre EUA e China: entenda os efeitos da trégua na economia, no comércio e no mercado


13/05/2025 06:00 - g1.globo.com


Países reduziram temporariamente as chamadas 'tarifas recíprocas' durante 90 dias. Segundo especialistas, a pausa é apenas temporária e o acordo pode mudar muito até o final do prazo. EUA e China acertam trégua na guerra tarifária O anúncio de uma trégua na guerra de tarifas entre Estados Unidos e China foi bem recebido por economistas e analistas do mercado financeiro, mas deve ter efeitos limitados e ainda incertos para destravar investimentos corporativos e o comércio internacional. Segundo especialistas ouvidos pelo g1, apesar do alívio das tensões entre as duas maiores economias do mundo, a trégua não é uma medida definitiva e pode mudar ao final do prazo de 90 dias. "É um prazo relativamente curto", diz Welber Barral, ex-secretário do comércio exterior e sócio-fundador da BMJ Consultores Associados. "São três meses para que os dois países tentem fazer um acordo maior, envolvendo o acesso a mercados e a outros temas, além de uma eventual redução de tarifa. Por enquanto, não teremos grandes efeitos nos mercados ou nos negócios", completa. O acordo, anunciado na madrugada desta segunda-feira (12), prevê que os dois países reduzam temporariamente as chamadas "tarifas recíprocas" por três meses. As tarifas dos EUA sobre as importações chinesas cairão de 145% para 30%. As taxas da China sobre os produtos americanos serão reduzidas de 125% para 10%. Trump chegou a afirmar que as taxas voltariam a subir sem um acordo, mas destacou que as tarifas sobre produtos chineses não devem retornar para o patamar de 145% após o fim da pausa. Veja abaixo o que analistas esperam como primeiros impactos do acordo na economia, no comércio exterior e no mercado financeiro. Welber Barral: 'Houve muita pressão interna' para Trump recuar na política tarifária Na economia Desde a campanha, Trump tinha como uma das principais medidas econômicas o aumento de tarifas para produtos importados. A agenda protecionista do republicano visa favorecer e priorizar a economia doméstica dos EUA, limitando a concorrência estrangeira. Mas altas taxas de importação podem acabar alterando a dinâmica do comércio entre economias importantes do mundo, além de encarecer os produtos e insumos de bens e serviços nos EUA. Se a inflação local para o consumidor aumentar, o Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) pode precisar iniciar um novo ciclo de alta de juros. A situação pode resultar em uma redução do consumo e uma desaceleração econômica, causando até uma recessão econômica no país. Além disso, há preocupações sobre o impacto desse ambiente de pressão inflacionária e juros elevados em outros países, potencialmente levando a uma desaceleração global. Mas Trump teve dois recuos importantes desde abril, quando anunciou o tarifaço. O primeiro foi a pausa de tarifas para os mais de 180 países afetados pelas tarifas recíprocas. Depois, a conciliação com a China. Segundo Leonardo Monoli, diretor de investimentos da Azimut Brasil Wealth Management, essa trégua acaba sendo um "teste decisivo" para o futuro das relações comerciais entre as duas maiores potências globais, e o mercado deve avaliar os impactos na economia do restante do mundo. "Parece que evitaram o pior cenário, de fracasso das negociações. Com isso, abrem um caminho para tentar algo positivo", afirma. "O presidente do Fed tem discurso nesta semana e, diante da nova conjuntura, será importante verificar como poderá validar uma mudança de cenário." No mercado financeiro Como sempre, quem reage primeiro é o mercado financeiro. O dólar voltou a ganhar força assim que investidores passaram a avaliar que os riscos da economia dos EUA se reduziram. Os títulos públicos norte-americanos (as Treasuries) subiram, houve um maior otimismo nas bolsas de valores do mundo todo, e até uma valorização das commodities. "É um acordo ainda recheado de detalhes a serem explicados, mas já é um avanço considerável e os mercados se mostram bastante aliviados desde o anúncio", diz o economista sênior do Inter, André Valério. Em geral, a trégua é vista como benigna, uma vez que diminui a incerteza sobre o crescimento da economia global, em especial a dos Estados Unidos. Os riscos de uma recessão e de uma estagflação (quando há inflação alta e crescimento econômico baixo) ficaram bem menores, e esse era um dos temores do Fed em sua última decisão de juros. "O movimento pode ser visto como uma correção do mercado, ajustando os excessos após reagir a uma desaceleração mais pronunciada do dólar, especialmente após o anúncio de tarifas", afirma Bruna Sene, analista de renda variável da Rico. Para os especialistas, ainda há bastante incerteza sobre qual será o acordo definitivo entre EUA e China após o "cessar-fogo tributário". Um retorno das desavenças pode trazer desconforto para o mercado ao longo dos próximos três meses, aumentando a volatilidade dos investimentos. "Os desafios estruturais permanecem. O mercado, embora animado, continuará demandando clareza e avanços concretos nas próximas semanas para sustentar o atual apetite por risco", explica Monoli, da Azimut. "O dólar apresenta recuperação inicial, mas ainda não deve significar uma retomada estrutural, refletindo a cautela dos investidores diante da complexidade das negociações." Para Sene, da Rico, o acordo não garante estabilidade a longo prazo, algo muito caro para investidores. Assim, a postura será mais analítica. "O acordo foi um passo importante, mas o tema ainda deve continuar gerando instabilidade, e isso exigirá um portfólio de investimentos mais equilibrado", diz a analista. Nas empresas e no comércio exterior Se o mercado financeiro promete parcimônia, as empresas e o comércio internacional serão ainda mais cuidadosos. Os especialistas avaliam que o acordo tende a gerar um otimismo apenas para o curtíssimo prazo. "Não veremos um grande efeito sobre as exportações e tudo vai depender do que os dois países acertarem nesses 90 dias", explica Barral, da BMJ. "Por enquanto, todo mundo vai esperar para ver". Parte do argumento de Trump para a imposição das tarifas sobre as importações de seus parceiros comerciais é a maior atração de negócios para os EUA. Para os especialistas, no entanto, a conta não fecha, uma vez que qualquer investimento nessa magnitude levaria anos — e milhares (ou milhões) de dólares para ser concluído. De acordo com o economista e professor da Fipecafi, Hudson Bessa, o anúncio de acordo entre os dois países melhorou o humor dos empresários e do mercado neste primeiro momento, já que uma conversa mais amigável entre os dois líderes "não é desprezível" no atual cenário. Para ele, porém, isso não significa um aumento dos investimentos ou das compras internacionais com contratos de longo prazo. "Esses 90 dias vieram como uma janela de oportunidade, em que os empresários tentarão evitar custos. Então, o que pode acontecer é que isso se traduza em um lampejo de melhora", afirma Bessa. "Assim, se virmos um aumento das compras internacionais ou investimentos nesse trimestre, por exemplo, o mercado precisará entender qual leitura fazer: se avaliarão pelo lado de que a economia dos EUA está melhorando ou se irão ver como uma compra por oportunidade, para evitar as tarifas", completa. Donald Trump, presidente dos EUA, e Xi Jinping, presidente da China, em foto de 29 de junho de 2019 Reuters/Kevin Lamarque



4 curiosidades sobre a gigante chinesa de fast food que anunciou investimento bilionário no Brasil


13/05/2025 06:00 - g1.globo.com


A empresa prevê um investimento de R$ 3,2 bilhões e estima a criação de até 25 mil empregos até o fim da década. China deve investir R$ 27 bi no Brasil: veja os setores A visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à China resultou em uma série de anúncios econômicos. Empresas chinesas prometeram investir R$ 27 bilhões em setores como energia, mobilidade, tecnologia e alimentação. Lula viajou ao país acompanhado de 11 ministros e do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), além de parlamentares, outras autoridades e cerca de 200 empresários. Ele deve se reunir com o presidente chinês Xi Jinping nesta terça-feira (13/5). Entre os anúncios, destaca-se a chegada da rede chinesa Mixue ao Brasil — sua primeira operação no país. A empresa prevê um investimento de R$ 3,2 bilhões e estima a criação de até 25 mil empregos até o fim da década. O aporte faz parte de um pacote mais amplo de aproximação econômica entre os dois países. Além da Mixue, também anunciaram planos de expansão no Brasil a montadora GWM, a gigante de energia CGN e o aplicativo de entregas Keeta, da Meituan. LEIA TAMBÉM Importação de produtos chineses pelo Brasil cresceu quase 20% em 2024, diz governo Petrobras tem lucro líquido de R$ 35,2 bilhões no 1º trimestre, alta de 48,6% Bolsas de Nova York disparam após acordo entre China e EUA sobre tarifaço A Mixue será a primeira grande rede chinesa de fast food a operar no país — o que pode abrir caminho para outras marcas asiáticas testarem o mercado latino-americano. A promessa de investimento e geração de empregos, no entanto, dependerá do desempenho da empresa em um mercado desafiador. A Seres, por exemplo, foi uma das montadoras chinesas que estrearam no Brasil nos últimos anos. Com vendas abaixo do esperado, a marca anunciou a suspensão temporária de suas operações após apenas um ano. Por outro lado, a BYD conseguiu emplacar no mercado brasileiro, especialmente no segmento de veículos eletrificados. Fundada em 1997, na província de Henan, a Mixue Ice Cream & Tea virou um fenômeno ao combinar preços baixíssimos com forte apelo visual. O nome completo da empresa, Mìxuě Bīngchéng, significa "cidade do gelo com mel e neve". A marca aposta em um mascote carismático, lojas coloridas e um jingle chiclete que toca em looping nas unidades. Hoje, a média de preços dos sorvetes e chás gira em torno de 6 iuanes (cerca de R$ 4,70) por produto. A seguir, quatro curiosidades sobre a gigante do sorvete e das bebidas geladas que está prestes a desembarcar no Brasil. 1. Começou como uma banca de raspadinhas A rede de fast food Mixue prevê um investimento de R$ 3,2 bilhões no Brasil. Getty Images via BBC A história da Mixue é uma história clássica de empreendedorismo. Zhang Hongchao, um estudante de 21 anos que cursava Finanças e Economia na Universidade de Henan, decidiu montar uma banca de doces. A primeira loja não deu certo, mas dois anos depois, em 1997, ele tentou novamente alavancar o negócio com uma barraca vendendo "raspadinha" de gelo. Ela era chamada Mixue Bingcheng, que significa "palácio de neve doce". Foi o início do sucesso. Dali em diante, começou o modelo de franquias com venda de sorvetes, chá, limonada, smoothies de frutas e café a preços muito baixos. 2. É maior que McDonald's e Starbucks O mascote Snow King é comparado ao Ronald McDonald na China. Getty Images via BBC Com mais de 45 mil unidades espalhadas pela China e outros 11 países — como Singapura e Tailândia — a Mixue já superou McDonald's, Starbucks e Subway em número de lojas, segundo dados da própria empresa. Para comparação: o McDonald's tem mais de 43 mil unidades no mundo, enquanto o Starbucks opera cerca de 40,5 mil. Apesar de ser conhecida como a maior rede chinesa de bubble tea (bebida à base de chá cremoso, misturado com frutas ou leite e bolinhas de sagu), sorvetes e bebidas geladas, a Mixue atua mais como fornecedora de matéria-prima do que como operadora direta das lojas. Quase todas as unidades são administradas por franqueados. O mascote Snow King é comparado ao Ronald McDonald na China. 3. Modelo de franquia A Mixue tem mais de 45 mil unidades espalhadas pela China e outros 11 países — como Singapura e Tailândia. Getty Images via BBC O modelo de expansão rápida se explica, em parte, pelas taxas mais baixas que a média do mercado. A empresa obtém parte relevante da receita com a venda de insumos e equipamentos para os franqueados. Com cardápio enxuto — focado em chás adocicados e sorvetes simples —, a Mixue mira o público jovem e oferece uma experiência marcante: lojas visualmente chamativas e uma trilha sonora que se repete à exaustão. Apesar da rápida expansão e da proposta de democratizar o consumo de bebidas geladas, a Mixue já enfrentou denúncias por irregularidades em segurança alimentar na China. Em março de 2023, uma investigação do The Beijing News revelou que unidades da rede em Nanquim, na província de Jiangsu, utilizavam ingredientes vencidos, adulteravam etiquetas de validade e contratavam funcionários sem registro formal, sem checagem de documentos ou certificados de saúde. Repórteres do jornal se infiltraram em duas lojas da franquia e constataram também o uso de alimentos descartados e práticas de corte de custos que contrariam a própria promessa da marca de "não pegar atalhos". Especialistas chineses ouvidos pelo jornal apontam que o modelo de negócios baseado em franquias e preços baixos pressiona por crescimento acelerado, mas enfraquece o controle de qualidade. Em resposta às denúncias, o Departamento de Supervisão de Mercado de Nanquim realizou inspeções nas lojas e determinou a correção das irregularidades. Valdo Cruz: Acordo entre China e EUA é boa notícia para o Brasil 4. Tem lucro bilionário Além do tamanho, o desempenho financeiro da empresa impressiona. Em 2022, a Mixue registrou lucro líquido de mais de US$ 300 milhões — um feito notável para uma rede de bebidas e sobremesas de baixo custo. O resultado reflete a capacidade de manter margens altas com produtos acessíveis e uma estratégia forte de marketing e redes sociais. Em março, a empresa lançou suas ações no mercado. As ações da Mixue dispararam mais de 40% na estreia da empresa na Bolsa de Valores de Hong Kong. A rede arrecadou US$ 444 milhões (cerca de R$ 2,3 bilhões) na maior oferta pública inicial de ações (IPO) do ano na cidade. As práticas da Mixue já foram alvo de sanções por trabalho infantil. De acordo com a legislação chinesa, menores de 16 anos não podem ser contratados. Em abril de 2022, uma loja da rede na cidade de Tiantai foi multada em 12,5 mil yuans por empregar uma menina de 15 anos. Poucos meses depois, em julho, outra unidade da Mixue, em Liaocheng, foi multada em 5 mil yuans pela mesma infração.



Saiba como a GWM vai usar o novo investimento de R$ 6 bilhões anunciado para o Brasil


13/05/2025 06:00 - g1.globo.com


Montadora chinesa anunciou seu segundo aporte financeiro no país, somando R$ 10 bilhões em investimentos. Marca vai expandir a capacidade da fábrica no interior paulista e produzirá mais carros a partir de lá. Fábrica da GWM em Iracemápolis, interior de São Paulo GWM A GWM anunciou nesta segunda-feira (12) uma nova rodada de investimentos no Brasil. São R$ 6 bilhões que se juntam a outros R$ 4 bilhões anunciados anteriormente. A informação surgiu durante a visita de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à China, após uma reunião do presidente com o fundador da GWM, Jack Wey. A montadora não detalhou os destinos do novo aporte, mas informou que ele será aplicado no Brasil entre 2027 e 2032. Sabe-se que serão duas vertentes principais: Ampliação da fábrica de Iracemápolis (SP), que está em construção; Acrescentar mais dois modelos à linha de produção no Brasil. Saiba mais abaixo. LEIA MAIS Fábrica da BYD no Brasil atrasa e só estará em pleno funcionamento no fim de 2026 Nissan vai demitir mais de 10 mil funcionários, diz imprensa japonesa Ford Mustang manual, edição limitada de R$ 600 mil, esgota em 1 hora Trabalhadores na fábrica da GWM em Iracemápolis GWM Ampliação da fábrica em Iracemápolis A fábrica de Iracemápolis (SP) pertencia à Mercedes-Benz, mas foi vendida à GWM em 2021. A montadora chinesa inicia a produção nacional em julho. Segundo Jack Wey, o novo aporte gerará pelo menos 800 novos empregos até o final deste ano, com capacidade de produzir até 50 mil veículos anualmente. Antes, estavam previstos 700 vagas e capacidade de 20 mil unidades por ano. "No futuro, nossa capacidade de produção aumentará gradualmente para 100 mil unidades por ano, expandindo-se para a América Latina e gerando mais de 2 mil empregos diretos", disse Wey. Três carros eletrificados produzidos no Brasil Parte do novo investimento será destinada à produção de mais dois carros na fábrica do interior paulista. O primeiro modelo, já anunciado anteriormente, é o SUV híbrido Haval H6. Agora, entram no portfólio o utilitário H9 e a picape média Poer. Desses, apenas o Haval H6 já é comercializado no Brasil, por importação, com preços variando entre R$ 220 mil e R$ 325 mil, dependendo da versão. O Haval H9 é um SUV de sete lugares, acomodando dois passageiros a mais que o H6. Ele possui um visual mais quadrado e robusto, com tração nas quatro rodas e uma grade frontal cromada. Na China, o Haval H9 está disponível com um motor 2.4 turbodiesel, que gera 184 cv de potência e 48,9 kgfm de torque, acoplado a um câmbio automático de nove marchas. A picape Poer compartilha o motor do H9, gerando a mesma potência e torque, conforme o modelo vendido na China. A diferença no visual está nas curvas, que lembram algumas linhas da Toyota Hilux. GWM Haval H9 (topo) e Poer (abaixo) divulgação/GWM GWM Ora 03 GT: veja o teste do g1, com pontos positivos e negativos do carro



Após acordo sobre tarifaço, EUA reduzem 'taxa das blusinhas' para produtos da China


13/05/2025 05:59 - g1.globo.com


Ordem executiva reduz tarifa de 120% para 54% e mantém a taxa mínima de US$ 100. Medida dos EUA é semelhante ao imposto de 20% sobre compras internacionais de até US$ 50 em vigor no Brasil. Temu e Shein Reuters Os Estados Unidos vão reduzir a "taxa das blusinhas" sobre produtos chineses de 120% para 54%, mantendo a taxa mínima de US$ 100. A nova tarifa passará a valer nesta quarta-feira (14) para itens avaliados em até US$ 800 enviados da China aos EUA por serviços postais. Marcas como Shein e Temu são as principais impactadas pela medida, que é semelhante ao imposto de importação de 20% aplicado pelo governo brasileiro sobre compras internacionais de até US$ 50, e que ficou conhecido no Brasil como "taxa das blusinhas". A ordem executiva que detalha a novidade foi divulgada pela Casa Branca nesta segunda-feira (12), após as negociações em Genebra, na Suíça, que reduziram por 90 dias o tarifaço entre China e EUA. Inicialmente, quando o acordo sobre o tarifaço foi divulgado, não havia menção à "taxa das blusinhas". Por isso, acreditava-se que elas estariam sujeitas aos 30% fixados para produtos chineses. O que é a "taxa das blusinhas" Trump amplia 'taxa das blusinhas' nos EUA e encarece produtos chineses A "taxa das blusinhas" aplicada pelos EUA, que entrou em vigor no início deste mês, colocou fim à brecha comercial norte-americana conhecida como "minimis", que permitia que pacotes de valor mais baixo vindos da China e de Hong Kong entrassem nos EUA livres de impostos. Com isso, as encomendas com valor de até US$ 800 (R$ 4,5 mil) passariam a ter um imposto de até 145% do seu valor ou uma taxa fixa de US$ 100 (R$ 563,94) por item. Segundo a Reuters, o número de remessas que entraram nos EUA livres de imposto aumentou exponencialmente nos últimos anos, chegando a quase 1,4 bilhão de pacotes em 2024. Além disso, mais de 90% de todos os pacotes chegavam aos EUA por meio dos "minimis", sendo quase 60% da China. A isenção ajudou empresas como Temu e Shein a ganhar popularidade nos EUA, vendendo gadgets, roupas e acessórios ultra baratos para os compradores americanos. A Amazon criou um serviço semelhante, o Amazon Haul, que também se beneficiou da política de minimis. Acordo reduz tarifas por 90 dias Os Estados Unidos e a China concordaram em reduzir temporariamente as chamadas "tarifas recíprocas" entre os dois países durante 90 dias. As tarifas dos EUA sobre as importações chinesas cairão de 145% para 30%. As taxas da China sobre os produtos americanos serão reduzidas de 125% para 10%. Representantes das duas potências se encontraram neste fim de semana em Genebra, na Suíça, para discutir as taxas sobre importações e anunciaram o acordo em conjunto na madrugada desta segunda-feira (12). Eles disseram que a redução das tarifas entrará em vigor até quarta-feira (14), mas não divulgaram a data exata. O secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, explicou que o acordo não inclui tarifas específicas para cada setor e que os EUA continuarão o "reequilíbrio estratégico" em áreas como medicamentos, semicondutores e aço, onde identificaram vulnerabilidades na cadeia de suprimentos. A guerra tarifária entre as duas maiores economias do mundo se intensificou após o anúncio das tarifas a mais de 180 países por Trump, no início de abril. Depois de uma escalada de aumentos de parte a parte, as taxas dos EUA contra os chineses chegaram a 145%, enquanto a China passou a cobrar 125% de produtos americanos. Exportações da China disparam em março, por conta de Tarifaço de Trump



EUA x China: a trégua - O Assunto #1465


13/05/2025 03:20 - g1.globo.com


Os dois países concordaram em reduzir temporariamente as chamadas 'tarifas recíprocas' durante 90 dias. Depois de meses de escalada na disputa tarifária, Estados Unidos e China anunciaram, em conjunto, uma trégua de 90 dias nas tarifas recíprocas entre os dois países. Assim, as tarifas dos EUA sobre as importações chinesas vão cair de 145% para 30%. E as taxas da China sobre os produtos americanos serão reduzidas de 125% para 10%. Para explicar como os dois lados chegaram ao acordo – divulgado após uma série de reuniões entre autoridades comerciais durante o fim de semana na Suíça -, Natuza Nery conversa com o economista Otaviano Canuto. Professor na Universidade George Washington, nos EUA, Canuto detalha como as tarifas de Donald Trump refletiram na economia americana. Ele, que foi vice-presidente do Banco Mundial e diretor-executivo do FMI, analisa se a trégua entre EUA e China afasta o temor de recessão. Direto da China, o professor Marcus Vinicius de Freitas detalha os efeitos do tarifaço no país asiático, e quais as respostas do governo de Pequim. Ele, que dá aulas na Universidade de Relações Exteriores da China, fala sobre como foram as negociações entre as duas partes. Marcus Vinicius fala ainda sobre o que esperar do encontro entre Lula e Xi Jinping, marcado para esta terça-feira, e o qual o status da relação entre Brasil e China. O que você precisa saber: 90 DIAS: EUA e China chegam a um acordo sobre tarifaço, com redução das taxas SUÍÇA: Representantes dos dois países se encontraram na Europa VALDO CRUZ: Acordo entre China e EUA é boa notícia para o Brasil e para os mercados MERCADOS: Dólar e bolsa sobem no Brasil com anúncio de acordo ENTENDA: Acordo não derruba a 'taxa das blusinhas' de Trump O podcast O Assunto é produzido por: Mônica Mariotti, Amanda Polato, Sarah Resende, Luiz Felipe Silva, Thiago Kaczuroski e Carlos Catelan. Apresentação: Natuza Nery. Trégua entre EUA e China afasta risco de recessão? O Assunto é o podcast diário produzido pelo g1, disponível em todas as plataformas de áudio e no YouTube. Desde a estreia, em agosto de 2019, o podcast O Assunto soma mais de 161 milhões de downloads em todas as plataformas de áudio. No YouTube, o podcast diário do g1 soma mais de 12,4 milhões de visualizações. Presidente dos EUA, Donald Trump, chega para pronunciamento na Casa Branca, em 12 de maio de 2025. Nathan Howard/ Reuters



INSS notifica vítimas de fraude nesta terça; veja como baixar o app e checar descontos irregulares


13/05/2025 03:00 - g1.globo.com


Segurados deverão reconhecer se autorizaram o desconto ou não. A notificação foi feita exclusivamente pelo aplicativo Meu INSS. Notificação do INSS sobre descontos irregulares Reprodução O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) notificou nesta terça-feira (13) os 9 milhões de aposentados e pensionistas que tiveram descontos em seus benefícios nos últimos anos e que, portanto, podem ter sido prejudicados pela fraude dos descontos irregulares. A partir de quarta (14), essas pessoas terão de informar se as operações foram autorizadas por elas ou não para receberem o ressarcimento dos valores. 🚨A notificação foi feita exclusivamente pelo aplicativo Meu INSS. Não haverá contato por telefone ou mensagem SMS. A mensagem divulgada é a seguinte: “Aviso importante para você. Foi identificado desconto de entidade associativa em seu benefício. A partir de amanhã você poderá informar se autorizou ou não através do Meu INSS ou ligue 135." Em caso de dúvidas, os cidadãos podem ligar na central de atendimento do órgão, pelo canal telefônico 135, que funciona de segunda a sábado, das 7h às 22h. O INSS também notificou os demais aposentados e pensionistas que não tiveram descontos irregulares. A mensagem é a seguinte: “Fique tranquilo, nenhum desconto foi feito em seu benefício! O governo federal descobriu a fraude dos descontos associativos não autorizados e seguirá trabalhando para proteger você e seu benefício!" Notificação do INSS para quem não teve descontos identificados Reprodução/INSS Veja abaixo como baixar o app oficial. Em seguida, entenda mais detalhes sobre como é a notificação do INSS sobre os descontos irregulares e como serão os ressarcimentos. Como baixar o app Meu INSS O aplicativo Meu INSS está disponível para Android e iOS. Além do telefone 135 e do site, ele é um meio para os cidadãos consultarem seus benefícios do INSS sem a necessidade de deslocamento para uma das agências. Ao baixar o aplicativo no celular, o beneficiário precisa aceitar os termos de uso; Em seguida, deve "entrar com gov.br", preenchendo com CPF e senha cadastrados na conta oficial do governo. Se você não tem conta gov.br, veja aqui como fazer; Por fim, é só clicar em "autorizar" para deixar que o aplicativo acesse os seus dados pessoais. O usuário terá acesso a todos os serviços disponíveis e ao histórico das informações do beneficiário. Como será a notificação dos descontos irregulares O INSS enviou a notificação para os segurados que tiveram descontos associativos nesta terça-feira (13), exclusivamente pelo aplicativo Meu INSS. A mensagem divulgada é a seguinte: “Aviso importante para você. Foi identificado desconto de entidade associativa em seu benefício. A partir de amanhã você poderá informar se autorizou ou não através do Meu INSS ou ligue 135." Na quarta-feira (14), os segurados notificados poderão verificar qual associação realizou o desconto e o valor descontado, por meio do serviço "Consultar descontos de entidades associativas", pelo app Meu INSS ou pela central de atendimento 135. A consulta analisará dados sobre eventuais descontos em benefícios pagos entre os dias 1º de março de 2020 e 31 de março de 2025. A partir das informações divulgadas, o associado deverá reconhecer se, de fato, autorizou a cobrança, ou se é o caso de um desconto irregular, fruto de fraude, para cada uma das entidades exibidas. Inicialmente, não será necessário incluir documentos ou comprovantes para afirmar que não autorizou a cobrança. Como será o processo de ressarcimento Quando o segurado preencher no sistema que não autorizou o desconto, o INSS vai gerar automaticamente uma cobrança para a associação que recebeu o dinheiro, pelo novo Portal de Desconto de Mensalidades Associativas (PDMA), com ciência automática. A empresa, então, terá 15 dias úteis para: comprovar o vínculo com o segurado, juntando no sistema três informações: documento de identidade do associado com foto, termo de filiação sindical ou associativa e termo de autorização de desconto no benefício; ou comprovar a restituição do valor descontado diretamente ao beneficiário, em relação ao período questionado; ou informar que o desconto é o objeto de ação judicial, apresentando os dados necessários. O beneficiário será informado da resposta da entidade sobre os seus descontos por meio dos canais de atendimento disponibilizados pelo INSS e ainda poderá contestar a decisão, dessa vez apresentando os motivos e documentos comprobatórios da discordância. Caso a associação não consiga comprovar o vínculo, ela será obrigada a restituir os descontos ao segurado. O INSS vai enviar à entidade, pelo PMDA, uma Guia de Recolhimento da União (GRU) para que ela pague os valores descontados indevidamente, corrigidos pela inflação. Essa guia deverá ser anexada ao processo do requerimento e o INSS, então, vai repassar o dinheiro ao segurado em sua conta cadastrada para recebimento do benefício. O governo ainda não informou, porém, a partir de qual data começará a devolução dos valores. Quem teve descontos irregulares em abril, após a identificação das fraudes, terá o dinheiro devolvido entre os dias 26 de maio e 6 de junho. Regras para ressarcir aposentados roubados podem gerar prejuízos ainda maiores ao INSS INSS notificará lesados por fraude no dia 14 de maio



Mega-Sena pode pagar R$ 55 milhões nesta terça-feira


13/05/2025 03:00 - g1.globo.com


Apostas podem ser feitas até as 19h em lotéricas ou pela internet. Mega-Sena Marcelo Brandt/G1 O concurso 2.862 da Mega-Sena pode pagar um prêmio de R$ 55 milhões para os acertadores das seis dezenas. O sorteio ocorre às 20h desta terça-feira (13), em São Paulo. No concurso do último sábado (10), ninguém levou o prêmio máximo. A aposta mínima para a Mega-Sena custa R$ 5 e pode ser realizada também pela internet, até as 19h – saiba como fazer a sua aposta online. A Mega-Sena tem três sorteios semanais: às terças, quintas e sábados. Entenda como funciona a Mega-Sena e qual a probabilidade de ganhar o prêmio Para apostar na Mega-Sena As apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília), em qualquer lotérica do país ou pela internet, no site da Caixa Econômica Federal – acessível por celular, computador ou outros dispositivos. É necessário fazer um cadastro, ser maior de idade (18 anos ou mais) e preencher o número do cartão de crédito. Probabilidades A probabilidade de vencer em cada concurso varia de acordo com o número de dezenas jogadas e do tipo de aposta realizada. Para a aposta simples, com apenas seis dezenas, que custa R$ 5, a probabilidade de ganhar o prêmio milionário é de 1 em 50.063.860, segundo a Caixa. Já para uma aposta com 15 dezenas (limite máximo), com o preço de R$ 22.522,50, a probabilidade de acertar o prêmio é de 1 em 10.003, ainda segundo a Caixa.



Comitiva de Lula na China assina acordo para parceria em combustível sustentável de aviões


13/05/2025 03:00 - g1.globo.com

Previsão é que o projeto seja desenvolvido em três fases, com produção inicial de 170 mil toneladas por ano entre 2025 e 2026. Comitiva do governo anunciou ainda outros investimentos durante viagem à China, na ordem de R$ 27 bilhões. O governo brasileiro, por meio da comitiva liderada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva na China, assinou nesta segunda-feira (12) um Memorando de Entendimentos (MoU) com a empresa Raízen Energia S.A e a companhia SAFPAC Ltd., de Hong Kong, para viabilizar a produção de combustível sustentável de aviação (SAF) na região Ásia-Pacífico. A previsão é que o projeto seja desenvolvido em três fases, com produção inicial de 170 mil toneladas por ano entre 2025 e 2026, passando para 285 mil toneladas anuais entre 2027 e 2029 e chegando a 500 mil toneladas por ano de 2030 a 2033. O acordo foi celebrado em meio às discussões sobre transição energética e contou com a presença do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira. Em viagem a Pequim, Lula critíca política protecionistas de Trump O memorando estabelece as bases para uma parceria estratégica que prevê o fornecimento de etanol produzido pela Raízen, incluindo o de segunda geração (feito a partir do bagaço da cana-de-açúcar), como matéria-prima para a produção de SAF através da tecnologia Alcohol-to-Jet (ATJ), que transforma etanol em querosene renovável para aviação. Embora ainda não envolva compromissos contratuais de compra e venda, o MoU marca um passo importante para aprofundar negociações comerciais e técnicas entre as empresas. Garantias e proteção de dados O acordo inclui cláusulas rigorosas de confidencialidade, válidas por três anos após seu encerramento. As partes se comprometeram a usar as informações compartilhadas exclusivamente para avaliar a viabilidade da parceria, proibindo a divulgação a terceiros, exceto para afiliados e representantes diretamente envolvidos no projeto. O documento também estabelece que nenhuma das partes poderá reivindicar propriedade intelectual sobre tecnologias, marcas ou dados estratégicos da outra. Em caso de descumprimento, está prevista a possibilidade de responsabilização por perdas e danos. Outros investimentos anunciados Durante a viagem à China, o governo Lula também anunciou um pacote de investimentos de cerca de R$ 27 bilhões em novos projetos no Brasil. Os investimentos chineses estão distribuídos em diferentes setores: Carros elétricos: R$ 6 bilhões da Great Wall Motors (GWM) para expansão no Brasil. Delivery: R$ 5 bilhões da Meituan para operar com o app "Keeta", gerando até 4 mil empregos diretos e 100 mil indiretos. Energia limpa: R$ 3 bilhões da CGN para construir um hub de energia renovável no Piauí. Indústria net-zero: Até R$ 5 bilhões da Envision para um parque industrial neutro em carbono, incluindo SAF e hidrogênio verde. Mineração: R$ 2,4 bilhões do grupo Baiyin Nonferrous para a compra da mina de cobre Serrote, em Alagoas. Bebidas: R$ 3,2 bilhões da Mixue para iniciar operações no Brasil, com previsão de 25 mil empregos até 2030. Tecnologia: R$ 650 milhões da Longsys para ampliação da produção de semicondutores em São Paulo e Amazonas. Transporte e mobilidade: A DiDi, que opera no Brasil por meio da 99, prevê construir 10 mil pontos de recarga para veículos elétricos. Farmacêutica: R$ 350 milhões da Nortec Química em parceria com empresas chinesas para construir uma plataforma de Insumos Farmacêuticos Ativos (IFAs) no Brasil. Expansão comercial e fortalecimento de laços A viagem de Lula à China busca fortalecer as relações comerciais entre os países, com foco na ampliação das exportações brasileiras. O governo brasileiro vê na guerra comercial entre Estados Unidos e China uma oportunidade para consolidar o Brasil como alternativa de fornecimento de produtos para o mercado chinês. A ApexBrasil mapeou cerca de 400 oportunidades de negócios entre os países, especialmente no setor agropecuário. O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, integra a comitiva para negociar a redução de burocracias no registro de produtos biotecnológicos, facilitando exportações para a China.



Veja o que o governo ainda precisa resolver para o ressarcimento da fraude do INSS


13/05/2025 03:00 - g1.globo.com


Governo ainda não definiu quando começará a devolver o dinheiro das vítimas. INSS começa a informar nesta terça-feira (13) cidadãos que tiveram descontos nas pensões e aposentadorias. Passadas quase três semanas da Operação Sem Desconto, que identificou fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), o governo federal ainda não informou quando começará a devolver o dinheiro às vítimas de descontos irregulares em pensões e aposentadorias. Os descontos foram feitos por entidades associativas sem autorização dos segurados do INSS. Polícia Federal e Controladoria-Geral da União (CGU) estimam que o esquema possa ter desviado R$ 6,3 bilhões entre 2019 e 2024. O governo busca informações para definir quando será feita a devolução do dinheiro. Veja o que ainda precisa ser decidido para que o ressarcimento tenha início. INSS ainda não tem previsão para começar a devolver o dinheiro da fraude nos benefícios Leia também: É #FAKE página que imita o g1 e promete indenização de R$ 2 mil a R$ 8 mil pelo INSS; trata-se de golpe É #FAKE mensagem que promete devolver dinheiro a vítimas de fraude no INSS Número de pessoas lesadas O governo ainda não tem o número exato de pessoas que tiveram descontos das entidades associativas sem autorização. O INSS projeta que 9 milhões de segurados tiveram descontos nas pensões e aposentadorias, porém é preciso separar quem autorizou e quem não autorizou a operação. Os investigadores suspeitam que cerca de 4 milhões tenham sido vítimas de fraudes. O INSS começa nesta terça-feira (13), por meio do aplicativo Meu INSS, a notificar as pessoas que tiveram descontos. A partir da quarta (14), os segurados informarão, via aplicativo, se autorizaram ou não o desconto. INSS começa a notificar aposentados amanhã sobre descontos Valor a ser devolvido Com a informação repassada pelos segurados, o governo saberá o valor aproximado que terá de ser devolvido. No entanto, não há um prazo para que as vítimas se manifestem, logo, essa informação será atualizada de forma constante. Nos casos em que o segurado informar que não autorizou o desconto, a entidade terá 15 dias úteis para provar o contrário com documentos que demonstrem o aval do segurado. Se não demonstrar que houve aval, a entidade terá mais 15 dias úteis pra fazer o pagamento do valor descontado. O INSS informou que repassará o dinheiro às vítimas na folha de pagamento do instituto. Veja o passo a passo das notificações do INSS Origem do dinheiro a ser devolvido O governo trabalha com diferentes fontes para devolver o dinheiro descontado de forma irregular. Parte da verba será obtida por meio da devolução feita pelas entidades. Caso a associação não faça o pagamento, o governo pretende usar seus próprios recursos para ressarcir as vítimas, cobrando a entidade na Justiça posteriormente. É preciso definir como os recursos do Tesouro Nacional serão usados e, neste caso, se serão considerados ou não no cumprimento da meta fiscal, por exemplo. O governo também trabalha com a possibilidade de utilizar dinheiro apreendido na Operação Sem Desconto e pediu à Justiça o bloqueio de R$ 2,56 bilhões em bens de 12 entidades apontadas na investigação como envolvidas no esquema. Inss Reprodução/TV Globo Cronograma de pagamento O INSS não informou até o momento uma data para o começo dos pagamentos. O governo busca as informações sobre número aproximado de pessoas lesadas e volume do dinheiro a ser devolvido para operacionalizar e divulgar um cronograma.



Petrobras tem lucro líquido de R$ 35,2 bilhões no 1º trimestre, alta de 48,6% na comparação anual


12/05/2025 21:45 - g1.globo.com


Fatores como o aumento da produção e a maior venda de petróleo impactaram positivamente os resultados, declarou a companhia. Valorização do real em relação ao dólar também ajudou. Edifício-sede da Petrobras, no centro do Rio Marcos Serra Lima/g1 A Petrobras registrou lucro líquido de R$ 35,2 bilhões no primeiro trimestre deste ano, aumento de 48,6% em relação aos R$ 23,7 bilhões no mesmo período de 2024, informou a estatal nesta segunda-feira (12). Os números vieram em linha com a expectativa de analistas do mercado. O resultado representa um salto também em comparação com os três meses imediatamente anteriores, quando a petroleira registrou prejuízo de R$ 17 bilhões. Na ocasião, as perdas da estatal foram puxadas pela valorização do dólar, que disparou frente ao real no fim do ano passado. Segundo a petroleira, fatores como o aumento da produção e a maior venda de petróleo impactaram positivamente os resultados neste primeiro trimestre. Além disso, o movimento contrário no câmbio — com a moeda brasileira avançando 7% ante o dólar no período — também ajudou, informou a companhia. A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, destacou que a produção da empresa aumentou 5,4% na comparação com os últimos três meses de 2024. "Assim, alcançamos um caixa de US$ 8,5 bilhões com as nossas operações, que nos permite investir para continuar gerando valor e remunerar os nossos acionistas", disse, em comunicado que acompanha a divulgação do balanço financeiro. “Iniciamos o ano de 2025 com resultados operacionais e financeiros robustos, que refletem a capacidade técnica da Petrobras em superar desafios e gerar valor para a sociedade brasileira", acrescentou. Petrobras tem lucro de R$ 35,2 bilhões, no primeiro trimestre Resultados financeiros Segundo os resultados financeiros divulgados nesta segunda, a companhia registrou uma forte geração de caixa, alcançando um EBITDA ajustado (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de R$ 61 bilhões. Já o EBITDA sem eventos exclusivos alcançou R$ 62,3 bilhões, um crescimento de 8% em comparação ao quarto trimestre de 2024. "A melhora do resultado reflete principalmente o aumento nos volumes de petróleo produzido e comercializado, além do cenário externo mais favorável caracterizado pelo aumento no crackspread de diesel [diferença de valor entre o preço do petróleo bruto e o preço do diesel refinado]", disse a petroleira em comunicado. O fluxo de caixa operacional (FCO), que representa a geração de caixa da companhia a partir de suas operações, foi de R$ 49,3 bilhões. Ao anunciar o resultado, a Petrobras também destacou que essa "é uma métrica fundamental para avaliação do desempenho de uma empresa". Enquanto isso, os investimentos atingiram R$ 23,7 bilhões, concentrados em projetos do pré-sal nos campos de Búzios e Atapu, acrescentou a estatal. "A Petrobras retornou à sociedade R$ 65,7 bilhões pagos em tributos no período", informou a petroleira. Dividendos aos acionistas A companhia também anunciou que seu conselho de administração aprovou o pagamento de dividendos e juros sobre capital próprio intercalares de R$ 11,72 bilhões. O valor corresponde a R$ 0,90916619 por ação ordinária e preferencial em circulação, como antecipação da remuneração aos acionistas relativa ao exercício de 2025. A companhia declarou que o pagamento proposto está alinhado à sua política de remuneração aos acionistas. As normas preveem que, em caso de endividamento bruto igual ou inferior a US$ 75 bilhões, a Petrobras deverá distribuir aos seus acionistas 45% de seu fluxo de caixa livre. Segundo o fato relevante divulgado pela petroleira, os pagamentos serão feitos em duas parcelas nos meses de agosto e setembro de 2025, sendo: primeira parcela de R$ 0,45458310 por ação ordinária e preferencial em circulação, paga em 20 de agosto de 2025. segunda parcela de R$ 0,45458309 por ação ordinária e preferencial em circulação, paga em 22 de setembro de 2025. No caso da segunda parcela, os pagamentos serão de R$ 0,30844749 sob a forma de dividendos e R$ 0,14613560 sob juros sobre capital próprio. Petrobras reduz preço do diesel a partir desta sexta-feira



Importação de produtos chineses pelo Brasil cresceu quase 20% em 2024, diz governo


12/05/2025 21:11 - g1.globo.com


Levantamento da Apex mostra que volume passou de US$ 53 bi em 2023 para US$ 63 bi em 2024. Lula está na China, e governo anunciou aumento de investimentos chineses no país. Lula foi recebido com pompa por Xi Jinping na China, em abril deste ano Ricardo Stuckert/Divulgação A importação de produtos chineses pelo Brasil cresceu quase 20% na comparação entre os anos de 2023 e 2024, segundo levantamento da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex). A China é o principal parceiro comercial do Brasil no mundo e, em meio ao cenário de "tarifaço" imposto pelo governo dos Estados Unidos, especialistas em comércio exterior e diplomatas apontam que o Brasil precisa agir em duas frentes: negociar com a Casa Branca e ampliar as relações com outros parceiros comerciais. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está na China e, nesta segunda-feira (12), o governo brasileiro informou que o país asiático pretende investir R$ 27 bilhões em novos projetos no Brasil. Esta é a terceira reunião entre Lula e o presidente chinês, Xi Jinping. A viagem à China ocorre após visita oficial à Rússia, onde Lula criticou as medidas norte-americanas e defendeu uma aproximação ao governo Vladmir Putin. O aceno a Moscou foi visto com incômodo por críticos do governo, que condenam a visita ao país europeu em meio à guerra na Ucrânia. Lula defende multilateralismo em fórum com empresários na China Entre os setores de investimentos estão o de delivery, com a plataforma Meituan; o de carros elétricos, com a montadora Great Wall Motors, o de energia limpa, com a estatal CGN; e o de mineração, com o grupo Baiyin Nonferrous. Relação comercial A relação comercial entre Brasil e China é superavitária para o Brasil, isto quer dizer que o país mais exporta em valor agregado que importa dos chineses. Veja abaixo nos números levantados pela Apex: Exportações do Brasil para China: 2023: US$ 104,3 bilhões; 2024: US$ 94,37 bilhões. Importação de produtos chineses: 2023: US$ 53,17 bilhões; 2024: US$ 63,6 bilhões. Com isso, a corrente comercial (somadas as exportações e as importações) registrou os seguintes resultados: 2023: US$ 157,47 bilhões; 2024: US$ 157,97 bilhões. Considerando o saldo das exportações brasileiras para a China menos as importações de produtos chineses, o resultado é positivo para o Brasil nos dois anos: 2023: US$ 51,13 bilhões (positivo para o Brasil); 2024: US$ 30,77 bilhões (positivo para o Brasil). 'Parceiros 'incontornáveis' Ao participar da cerimônia de encerramento do Fórum Empresarial Brasil-China, em Pequim, o presidente Lula disse nesta segunda-feira que Brasil e China são parceiros "incontornáveis". "Demos mais um passo para fortalecer nosso intercâmbio bilateral e criar oportunidades de comércio, investimento e desenvolvimento. China e Brasil são parceiros estratégicos e atores incontornáveis nos grandes temas globais", afirmou Lula na ocasião. Brasil pode vender mais 400 produtos para a China Outro levantamento, também feito pelo Apex, mostra que, considerando somente alguns países do Brics (Rússia, Índia, China e África do Sul), o Brasil tem cerca de 1,6 mil produtos que pode vender a mais para esses aliados em setores como proteína animal, alimentos processados e rochas ornamentais. Só no caso da China, conforme a Apex, o Brasil tem 400 produtos a oferecer para o país asiático. No atual contexto internacional, o estudo da Apex afirma que "a nova política tarifária do governo Trump nos EUA pode levar a uma maior aproximação comercial do Brasil com os países do grupo", isto é, do Brics.



Anac libera permissões de pousos e decolagens da Voepass para outras companhias em aeroportos de SP


12/05/2025 20:56 - g1.globo.com


Concessão de slots é válida até outubro. Sem poder operar, empresa de Ribeirão Preto não atingiu índice mínimo de voos exigido pela agência em Congonhas e Guarulhos. Balcão de atendimento da Voepass vazio no Aeroporto de Congonhas, na Zona Sul de São Paulo, no dia 11 de março de 2025 Joabe Marques e Felipe Pereira/TV Globo A Voepass, companhia aérea com sede em Ribeirão Preto (SP), perdeu temporariamente a permissão de realizar pousos e decolagens nos aeroportos de Guarulhos e de Congonhas, em São Paulo (SP). Isso porque a empresa ainda não conseguiu comprovar à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) que tem condições de realizar voos em segurança e, sem operar, não atingiu o índice mínimo de 80% de regularidade de voos para esses dois terminais. Faça parte do canal do g1 Ribeirão e Franca no WhatsApp Com isso, desde domingo (11), 28 slots - nome dado às cotas de operação das aeronaves em datas e horas específicas - foram disponibilizados temporariamente pela agência para utilização de outras companhias aéreas até 25 de outubro deste ano. A empresa atendia 16 destinos em voos comerciais e já foi considerada uma das maiores do país. Desde 11 de março, a companhia foi proibida de operar, depois que a Anac identificou falhas em aspectos de segurança e determinou a correção dessas irregularidades. Pista do Aeroporto Internacional de Cumbica, em Guarulhos Sidnei Barros/Prefeitura de Guarulhos Essa auditoria foi iniciada depois de um desastre aéreo que matou 62 pessoas em agosto de 2024 em Vinhedo (SP). O incidente agravou a crise financeira da companhia, que recentemente entrou com um pedido de recuperação judicial. Em 25 de março, a Anac decidiu manter os slots nos aeroportos de Guarulhos e de Congonhas, a pedido da companhia, mas não a isentou dos critérios de avaliação para definir seu índice de regularidade, o chamado waiver, critério usado para perda ou manutenção desses espaços. LEIA TAMBÉM Anac decide manter espaços de pouso e decolagem da Voepass nos aeroportos de Congonhas e Guarulhos Voepass anuncia demissões um mês após suspensão total de voos pela Anac Suspensão da Voepass completa um mês, e Anac avalia autorizar retomada das operações Segundo a Anac, a suspensão total dos voos da Voepass é uma medida cautelar que será mantida enquanto a empresa não comprovar que sanou as irregularidades apontadas. Anac presta esclarecimentos sobre acidente com avião da Voepass em 2024 Regularidade de voos e slots Os slots são as permissões que as companhias aéreas possuem para pousos e decolagens nos aeroportos. Para que possam utilizá-las, as companhias precisam manter, periodicamente, uma operação mínima dos voos programados. Esse índice de regularidade é medido basicamente em duas temporadas ao ano, que têm metas distintas para evitar distorções de sazonalidade e para garantir comparações anuais equilibradas: a summer (S), temporada de verão, com voos entre março e outubro a winter (W), temporada de inverno, com voos entre outubro e março. Segundo a Anac, a Voepass não atingiu os 80% previstos para a temporada de verão deste ano (S25) em Congonhas e Guarulhos, o que permite a realocação temporária dos slots para outras empresas. "De acordo com a regra de slots, quando uma empresa não mantém a regularidade, abre-se a possibilidade de operação dessas posições por outras empresas", comunicou a agência. De acordo com a agência, essa decisão não interfere na distribuição de slots das próximas temporadas, como a temporada de verão de 2026 (S26), quando a agência faz uma nova distribuição desses espaços para as companhias. "Os efeitos são temporários, sem reflexo na obtenção de históricos de slots para a temporada S26. No entanto, para a temporada S26, esses slots retornam para a Anac, que fará nova distribuição, com foco na atração de novas empresas." Veja mais notícias da região no g1 Ribeirão Preto e Franca VÍDEOS: Tudo sobre Ribeirão Preto, Franca e região



Em crise, Correios lançam proposta que prevê redução de jornada, suspensão de férias e fim do trabalho remoto


12/05/2025 19:51 - g1.globo.com


Estatal espera economizar R$ 1,5 bilhão em 2025 com as medidas. Objetivo é contornar o prejuízo de R$ 2,6 bilhões em 2024, déficit quatro vezes maior do que o registrado no ano anterior. Correios justificam o prejuízo que tiveram em 2024. Reprodução Os Correios divulgaram nesta segunda-feira (12) um plano estratégico de trabalho para contornar o prejuízo de R$ 2,6 bilhões obtido em 2024 e melhorar o fluxo de caixa da empresa. Entre as medidas anunciadas está o incentivo à redução de jornada de trabalho e, consequentemente, à redução do salário dos trabalhadores. O documento foi divulgado internamente e disponibilizado pela empresa. Caso o plano consiga alcançar todos os itens apresentados, os Correios esperam economizar R$ 1,5 bilhão em 2025. "Estamos diante de um desafio importante: a necessidade de reduzir despesas", afirma o texto. Para que a proposta funcione, a empresa espera contar com o apoio dos funcionários. São cerca de 86 mil profissionais que serão atingidos diretamente pelas medidas. "Neste momento, a contribuição de cada empregada e empregado, por menor que pareça, é valiosa. Juntos, temos todas as condições de superar os desafios e construir um futuro mais promissor e vitorioso para nossa equipe". Puxado pelos Correios, estatais têm pior déficit da série histórica As medidas tomadas pela empresa são: ➡️Revisão da estrutura dos Correios Sede: redução de pelo menos 20% do orçamento de funções (redução dos cargos comissionados); ➡️Incentivo à redução da jornada de trabalho: diminuição do horário de trabalho para 6 horas diárias e 34h semanais. Atualmente, são 8h diárias e 44h semanais. ➡️Suspensão temporária de férias: a partir de 1º de junho de 2025, referente ao período aquisitivo deste ano. As férias voltarão a ser usufruídas a partir de janeiro de 2026; ➡️Prorrogação das inscrições para o Programa de Desligamento Voluntário (PDV): até 18 de maio de 2025, mantendo os atuais requisitos de elegibilidade; ➡️Incentivo à transferência, voluntária e temporária, de agente de correios: o pagamento do adicional de atividade será o mais vantajoso para empregados; ➡️Convocação para o retorno ao regime de trabalho presencial: todos os empregados devem retornar ao trabalho presencial a partir de 23 de junho de 2025, com exceção daqueles protegidos por decisão judicial; ➡️Lançamento de novos formatos de planos de saúde: a escolha da rede credenciada será dialogada com as representações sindicais. A economia estimada será de 30%; ➡️Lançamento do marketplace próprio ainda em 2025; ➡️Captação de R$ 3,8 bilhões com o New Development Bank (NDB), para investimentos internos. Aumento de despesas No texto, a empresa estatal justifica o prejuízo que teve em 2024 e argumenta que a situação se deve aos impactos da "queda nas receitas com encomendas internacionais", conforme mostrou o g1 em abril. Porém, reconhece um aumento de despesas no período. Entre os aumentos significativos registrados ano passado estão os custos operacionais, que aumentaram R$ 716 milhões em relação ao ano anterior. Passando de R$ 15,2 bilhões para R$ 15,9 bilhões. Esse é o maior custo anual realizado pelos Correios desde 2017, quando a empresa gastou R$ 16 bilhões, diz o texto. A maior parte desse aumento de custos corresponde aos gastos com pessoal, que passou de R$ 9,6 bilhões em 2023 para R$ 10,3 bilhões em 2024. No relatório de Demonstrações Financeiras, os Correios justificaram que esse aumento se deveu ao Acordo Coletivo de Trabalho assinado com mais de 80 mil empregados (R$ 550 milhões). Além do reajuste do vale alimentação/refeição (R$ 41 milhões). Por isso, a empresa aponta a necessidade de apoio dos funcionários. 🔎Demonstrações financeiras são relatórios de contabilidade que mostram a situação financeira de uma empresa em um determinado período. Prejuízo de R$ 2,6 bilhões O déficit em 2024 é quatro vezes maior do que o registrado no ano anterior, quando o prejuízo foi de R$ 597 milhões. 🔎O termo "déficit" significa que o gasto somado foi maior que a receita que os Correios conseguiram gerar no ano. Na apresentação deste ano, os Correios reajustaram os dados de 2023 para melhor representar as normas contábeis e, assim, o resultado final do ano anterior acabou subindo para R$ 633 milhões. Correios registram prejuízo de R$ 2,6 bilhões em 2024, aponta relatório 💲Esta é a primeira vez, desde 2016, que os Correios apresentam um prejuízo bilionário em suas operações. À época, a empresa teve prejuízo de R$ 1,5 bilhão (R$ 2,3 bilhões em valores atualizados). Entre as justificativas dadas pela empresa para o resultado negativo, está o fato de que apenas 15% das 10.638 unidades de atendimento terem superávit — quando as receitas são maiores do que as despesas. "Ainda que 85% das unidades sejam consideradas deficitárias, os Correios garantem o acesso universal de todas e todos aos serviços postais, com tarifas justas, em cada um dos 5.567 municípios atendidos", ponderou os Correios. Investimentos Por outro lado, a empresa também justificou que houve um investimento de R$ 830 milhões ao longo de 2024, totalizando R$ 1,6 bilhões desde que a nova gestão assumiu. Nos últimos dois anos foram R$ 698 milhões na aquisição de novos veículos e outros R$ 600 milhões gastos em manutenção da infraestrutura operacional da empresa. Parte dos veículos adquiridos faz parte do plano estratégico da empresa, que estabelece um prazo de 5 anos para transição ecológica de suas atividades. Desta forma, apenas em 2024 foram adquiridos: 50 furgões elétricos; 3.996 bicicletas cargo com baú; e 2.306 bicicletas elétricas. A empresa ainda comprou 1.502 veículos para renovar a frota já existente. Apesar do prejuízo em 2024, a estatal reafirmou que manterá sua estratégia de investimentos que ampliem "soluções tecnológicas" e reduzam o impacto no meio ambiente. "A sustentabilidade continuará a ser tema central em nosso dia a dia. Esperamos evoluir ainda mais em nossos propósitos de caráter social e ambiental", afirmou a empresa. Fluxo de caixa Outra situação que afetou os Correios em 2024 e que tem trazido problemas para a empresa neste ano é a redução da liquidez financeira da empresa. De acordo com as Demonstrações Financeiras divulgadas na sexta-feira (9) passada, a empresa utilizou R$ 2.9 bilhões do dinheiro que estava no caixa e em aplicações financeiras, totalizando 92% do que estava aplicado em 2023. Na apresentação mais recente, a empresa afirmou que tinha apenas R$ 249 milhões nessas contas. Essa escassez de dinheiro faz com que os Correios atrasem repasses e pagamentos aos envolvidos no processo de geração de receita da empresa. Com isso, desde o começo de abril, transportadoras que prestam serviço para os Correios estão paralisadas ou trabalhando em um ritmo mais lento, o que resulta em uma demora maior para o envio e entrega de encomendas. No começo do ano, a empresa também atrasou o repasse da comissão das agências conveniadas – franqueados que prestam serviço de recebimento e despacho de encomendas.



Acordo entre EUA e China para reduzir tarifas não derruba a 'taxa das blusinhas' de Trump


12/05/2025 19:45 - g1.globo.com


Decreto colocava fim à isenção tributária de produtos vindos da China no início de abril, mas acordo reduz o imposto de 145% para 30%. Analistas creem que momento pode ser bom para empresas como Shein e Temu refazerem estoques nos EUA. Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Mike Stewart/ AP Photo O acordo entre EUA e China para redução das tarifas recíprocas, anunciado nesta segunda-feira (12), não menciona a chamada "supertaxa das blusinhas" imposta pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. No dia 2, uma ordem executiva foi assinada pelo republicano para colocar fim à brecha comercial norte-americana conhecida como "minimis", que permitia isenção de impostos para pacotes de valor mais baixo vindos da China e de Hong Kong. A medida é semelhante à decisão do governo brasileiro que colocou um imposto de importação de 20% sobre compras internacionais de até US$ 50 e que ficou conhecida no Brasil como "taxa das blusinhas". No caso dos EUA, as encomendas com valor de até US$ 800 (R$ 4,5 mil) passariam a ter um imposto de 145% do seu valor ou uma taxa fixa de US$ 100 (R$ 563,94) por item. E a expectativa era de que essa taxa aumente para US$ 200 (R$ 1,1 mil) após 1º de junho. Agora, o que se entende é que estarão sujeitas aos 30% fixados para produtos chineses. Segundo a Reuters, o número de remessas que entraram nos EUA livres de imposto aumentou exponencialmente nos últimos anos, chegando a quase 1,4 bilhão de pacotes em 2024. Além disso, mais de 90% de todos os pacotes chegavam aos EUA por meio dos "minimis" sendo quase 60% da China. A isenção ajudou empresas como Temu e Shein a ganhar popularidade nos EUA, vendendo gadgets, roupas e acessórios ultra baratos para os compradores americanos. A Amazon criou um serviço semelhante, o Amazon Haul, que também se beneficiou da política de minimis. A redução das tarifas deve ajudar a reabastecer os armazéns nos EUA a um custo menor. "Existem algumas mercadorias de valor baixo o suficiente que você pode adicionar 30% ao preço de varejo e ainda faz sentido", disse Hugo Pakula, especialista em alfândega e CEO da plataforma de automação comercial Tru Identity, à Reuters. Trump amplia 'taxa das blusinhas' nos EUA e encarece produtos chineses Acordo reduz tarifas por 90 dias Os Estados Unidos e a China concordaram em reduzir temporariamente as chamadas "tarifas recíprocas" entre os dois países durante 90 dias. As tarifas dos EUA sobre as importações chinesas cairão de 145% para 30%. As taxas da China sobre os produtos americanos serão reduzidas de 125% para 10%. Representantes das duas potências se encontraram neste fim de semana em Genebra, na Suíça, para discutir as taxas sobre importações e anunciaram o acordo em conjunto na madrugada desta segunda-feira (12). Eles disseram que a redução das tarifas entrará em vigor até quarta-feira (14), mas não divulgaram a data exata. O secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, explicou que o acordo não inclui tarifas específicas para cada setor e que os EUA continuarão o "reequilíbrio estratégico" em áreas como medicamentos, semicondutores e aço, onde identificaram vulnerabilidades na cadeia de suprimentos. A guerra tarifária entre as duas maiores economias do mundo se intensificou após o anúncio das tarifas a mais de 180 países por Trump, no início de abril. Depois de uma escalada de aumentos de parte a parte, as taxas dos EUA contra os chineses chegaram a 145%, enquanto a China passou a cobrar 125% de produtos americanos. Exportações da China disparam em março, por conta de Tarifaço de Trump



Novo leilão da Receita tem iPhone 13 por R$ 731 e MacBook por R$ 4 mil; veja como participar


12/05/2025 18:44 - g1.globo.com


Período de recebimento das propostas vai das 8h de 20 de maio até as 21h do dia 26. Sessão para lances está prevista para o dia 28 do mesmo mês. MacBook está em um dos lotes disponíveis no novo leilão da Receita Federal. Divulgação/ Receita Federal A Receita Federal em São Paulo realizará mais um leilão regional de mercadorias apreendidas ou abandonadas em 28 de maio. São 200 lotes no total, que incluem notebooks, smartphones, eletrodomésticos, fones de ouvido, carros, caminhões, pneus, bolsas, calçados, utensílios domésticos, entre outros. Segundo a Receita, o leilão será realizado de forma eletrônica e é destinado a pessoas físicas e jurídicas. O período para recebimento das propostas vai das 8h do dia 20 de maio até as 21h do dia 26. A sessão para lances está prevista para as 10h do dia 28 do mesmo mês (horários de Brasília). Os lances devem ser feitos para os lotes fechados — ou seja, um conjunto de determinados itens. Alguns dos lotes mais baratos custam a partir de R$ 150, com smartphones Xiaomi e torneira para banheira. Já o mais caro custa a partir de R$ 359,9 mil e possui quase 100 mil lâmpadas de LED. Outros destaques do leilão são: Do lote 149 ao 161, é possível adquirir iPhones 13 de 128 GB a partir de R$ 731; No lote 187, é possível adquirir um Honda Civic a partir de R$ 9 mil; No lote 191, é possível adquirir um Toyota Corolla modelo 2009 a partir de R$ 13,8 mil. No lote 36, é possível adquirir um MacBook Air A2337 13" a partir de R$ 4 mil. Do lote 37 ao 40, é possível adquirir smartphones Xiaomi Redmi por valores a partir de R$ 150. No lote 182, é possível adquirir dois sistemas para DJ da marca Pioneer, a partir de R$ 7,2 mil. Nos lotes 15 e 16, é possível adquirir 71 patinetes patinetes elétricos, a partir de R$ 69,4 mil. De acordo com o Fisco, os lotes estarão disponíveis para visitação entre 20 e 26 de maio, nas cidades de São Paulo, Barueri, Suzano, São Bernardo do Campo, Santo André, Campinas, Bauru, Santos, Guarujá, Araraquara, Sorocaba, Taubaté, Jacareí e Guarulhos. Os lotes poderão ser examinados de forma presencial, mediante agendamento, em dias de expediente normal. Os endereços e horários para visitação, bem como os contatos para agendamento, estão indicados no edital do leilão. A Receita ainda destacou que os bens arrematados por pessoas físicas não podem ser vendidos, assim como alguns lotes específicos adquiridos por pessoas jurídicas. Além disso, os licitantes terão 30 dias para retirada dos lotes arrematados. O pagamento das mercadorias é feito por meio de Documento de Arrecadação de Receitas Federais (Darf). Por fim, também alertou para que os contribuintes tenham cuidado para não cair em golpes. "A Receita Federal alerta para a realização de transmissões ao vivo (lives) fraudulentas que simulam leilões de mercadorias apreendidas em plataformas de compartilhamento de vídeos na Internet", afirmou o Fisco em nota oficial, indicando que a participação é feita exclusivamente pelo e-CAC. Veja como participar do leilão mais abaixo. Quem pode participar do leilão? Pessoas físicas podem participar do leilão sob os seguintes critérios: ser maior de 18 anos ou pessoa emancipada; ser inscrito no Cadastro de Pessoas Física (CPF); ter selo de confiabilidade Prata ou Ouro no sistema de identidade digital do Governo Federal. Já para pessoas jurídicas, os critérios são os seguintes: ter cadastro regular no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídica (CNPJ); ou, no caso do responsável da empresa ou de seu procurador, ter selo de confiabilidade Prata ou Ouro no sistema de identidade digital do governo federal. Como funcionam os leilões Como participar do leilão? Para participar do leilão apresentando um lance, o interessado precisa seguir os seguintes passos: entre 20 e 26 de maio, observando os horários estabelecidos pela Receita, acessar o Sistema de Leilão Eletrônico por meio do Centro Virtual de Atendimento ao Contribuinte (e-CAC); selecionar o edital do leilão em questão, de número 0800100/000003/2025 - SUPERINTENDÊNCIA REGIONAL DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL DA 8ª REGIÃO FISCAL; escolher o lote em que se quer fazer o lance e clicar em "incluir proposta"; aceitar os termos e condições apresentados pelo site da Receita; e incluir o valor proposto (que, necessariamente, deve ser maior do que o valor mínimo estabelecido pela Receita), e salvar.



Fábrica da BYD no Brasil atrasa e só estará em pleno funcionamento no fim de 2026


12/05/2025 18:40 - g1.globo.com


Cronograma da fábrica construída em Camaçari, na Bahia, envolvia produção já em 2024. Empresa diz que montagem dos primeiros veículos começa ainda este ano. Fábrica na Bahia será a primeira da BYD fora da Ásia Assessoria BYD A fábrica da BYD no Brasil só estará completamente funcional em dezembro de 2026. A informação é de Augusto Vasconcelos, gestor da Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre), no estado da Bahia. "A obra da fábrica foi atrasada, em razão de investigações, e existe um novo cronograma estabelecido, para que até dezembro de 2026, a fábrica esteja em pleno funcionamento e com a expectativa de geração de cerca de 10 mil postos de trabalho", afirmou em rede social. Mesmo com o adiamento da capacidade plena da fábrica para 2026, Vasconcelos apontou que, ainda neste ano, será iniciada a produção de forma reduzida e no esquema SKD, juntamente com a contratação de mão de obra para esse trabalho. “Já neste ano, em 2025, existe a expectativa de que carros estejam sendo produzidos e algumas contratações têm sido efetivadas. Não no contingente inicialmente divulgado”, complementa o político. 🔎 SKD é um dos tipos de montagem, em que veículos são enviados para a fábrica parcialmente desmontados, em uma espécie de kit para que sejam finalizados no destino. Mesmo não "nascendo" no Brasil, automóveis finalizados desta forma são considerados carros nacionais. Vasconcelos também informou que uma plataforma de capacitação do estado preparou 500 trabalhadores para atuarem na BYD, com mais vagas previstas para serem abertas futuramente. A BYD afirma que a montagem dos veículos será iniciada nos próximos meses, ainda em estágio inicial de sua capacidade, que seguirá crescendo aos poucos. "A estimativa é que sejam criados 20 mil postos de trabalho diretos e indiretos ao longo do projeto, consolidando a planta baiana como o maior polo industrial da BYD fora da China", diz a empresa em nota. Em março do ano passado, a própria BYD havia prometido que a fábrica, instalada na antiga planta da Ford, em Camaçari (BA), estaria em pleno funcionamento já em 2025. "Ao longo de 2025 nós teremos a fabricação completa aqui saindo dessa planta de Camaçari, da BYD, para todos os estados do Brasil e, certamente, para os países ao qual a BYD atua na América Latina”, afirmou Alexandre Baldy, vice-presidente sênior da BYD. Durante o anúncio, a companhia afirmou que a capacidade da fábrica será de 150 mil veículos por ano. Os carros planejados para fabricação no estado da Bahia são: BYD Dolphin; BYD Dolphin Mini; BYD Song Plus; BYD Yuan Plus. BYD Shark: veja 3 pontos positivos e 3 negativos do lançamento LEIA MAIS VÍDEO: Neta X é um SUV elétrico com bom preço, mas por que ele quase não vende? Veja a avaliação Nissan vai demitir mais de 10 mil funcionários, diz imprensa japonesa Ford aumenta preço nos EUA como consequência do tarifaço de Trump, diz agência A fábrica da BYD na Bahia é fruto de R$ 5,5 bilhões em investimentos anunciados pela companhia em 2023. O polo industrial da marca envolve três unidades no mesmo município de Camaçari. Além dos carros citados acima, a marca chinesa também produzirá: Caminhões e chassis para ônibus; Processamento de insumos para as baterias, como lítio e ferro fosfato. Trabalhadores chineses foram resgatados na fábrica da Bahia Em dezembro do ano passado, o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) fiscalizou a fábrica de Camaçari (BA) e resgatou 163 trabalhadores chineses, encontrados em trabalho análogo à escravidão na obra de construção da planta. Por meio de nota, a BYD informou que recebeu a notificação do Ministério do Trabalho e Emprego de que a construtora terceirizada Jinjang Construction Brazil Ltda havia cometido irregularidades e decidiu encerrar o contrato com a empreiteira. Os funcionários estavam distribuídos em quatro alojamentos principais. A fiscalização resultou em embargos e interdições, já que os espaços apresentavam situações degradantes para os trabalhadores. O MTE informou ter encontrado as seguintes irregularidades: Camas sem colchões ou com revestimentos inadequados; Falta de armários; Itens pessoais misturados com alimentos; Banheiros insuficientes e precários — em um caso, havia apenas um banheiro para 31 trabalhadores. Em audiência realizada em janeiro, a BYD e as três empresas contratadas para a construção da fábrica, informaram que todos os 163 trabalhadores chineses resgatados de trabalho análogo à escravidão receberam os valores referentes à rescisão dos contratos e retornaram para a China.



Aposentado pelo INSS, senador diz ter sofrido descontos irregulares por entidade investigada


12/05/2025 16:49 - g1.globo.com


Jayme Campos (União-MT) afirma não ter autorizado débitos, que somam cerca de R$ 1 mil. Parlamentar identificou irregularidade após operação da PF; defesa afirma que tomará 'todas as providências'. Senador Jayme Campos Andressa Anholete/Agência Senado O senador Jayme Campos (União-MT) afirmou nesta segunda-feira (12) que sofreu descontos irregulares em sua aposentadoria do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Aposentado pelo INSS, o parlamentar declarou ao g1 ter identificado descontos que se aproximam de R$ 1 mil — o valor exato, de acordo com a defesa do senador, ainda está sendo apurado. Segundo Jayme Campos, nenhum dos débitos foi autorizado previamente. Ele acredita ser uma das vítimas do esquema bilionário que desviou recursos de beneficiários do INSS entre 2019 e 2024. Investigações da Polícia Federal e da Controladoria-Geral da União (CGU) apontam que associações e entidades realizavam cadastros de aposentados sem autorização, com assinaturas falsas, para descontar mensalidades dos benefícios. A PF e a CGU afirmam que o prejuízo total pode chegar a R$ 6,3 bilhões no período investigado. Segundo o senador, os débitos em sua aposentadoria ocorreram entre março de 2024 e abril de 2025. Veja abaixo as imagens dos extratos da aposentadoria de Jayme Campos: Extrato da aposentadoria do senador Jayme Campos em abril de 2025, com o desconto indevido destacado em amarelo Reprodução Desconto no extrato da aposentadoria do senador Jayme Campos em março de 2024, com desconto indevido destacado Reprodução O parlamentar afirmou que não autorizou os descontos, identificados, de acordo com ele, sob a rubrica da entidade Caixa de Assistência dos Aposentados e Pensionistas (Caap). A Caap é uma das 11 associações investigadas pela PF e pela CGU no esquema de desvio de aposentadorias. Jayme Campos disse que somente tomou conhecimento dos débitos após a operação realizada pela PF no último dia 23. De acordo com ele, os descontos foram identificados por seu contador pessoal. "Após essa denúncia que houve de desvio, o contador foi verificar, porque nunca verifiquei. E ele falou: 'senador Jayme, estão descontando o senhor desde 2024'. Ele ainda teve a curiosidade de pegar o holerite", explicou Campos ao g1, que já havia mencionado os desvios a colegas em uma comissão do Senado na última semana. O senador, que também negou conhecer a entidade responsável pelo débito, afirmou que os descontos começaram com valores próximos a R$ 70 e subiram para mais de R$ 80 mensais. "Já estão descontando há algum tempo, e eu não tinha conhecimento", disse. Felipe Carapeba Elias, advogado do senador, afirmou que ainda estão "levantando" os valores descontados indevidamente do parlamentar e que todas as "providências serão tomadas". INSS deve usar estrutura dos Correios para fazer atendimento presencial de aposentados VALDO CRUZ: Fim dos 'descontos na folha' de aposentados do INSS divide o governo Lula Fraude do INSS: beneficiários dizem que descontos ilegais começaram antes de 2019; veja relatos INSS começa a notificar aposentados amanhã sobre descontos O esquema Segundo as investigações, as associações ofereciam serviços como desconto em academias e planos de saúde, mas não tinham estrutura para tal. Cobravam, então, mensalidades irregulares, descontadas dos benefícios de aposentados e pensionistas, sem a autorização deles. Há casos, de acordo com a PF e com a CGU, de associações que falsificaram assinaturas de beneficiários da Previdência. No rescaldo da operação, o então presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, foi afastado e, em seguida, demitido do cargo. Dias depois, o então ministro da Previdência, Carlos Lupi, pediu demissão. Outros cinco servidores públicos foram afastados de suas funções, a maioria ligada ao INSS. INSS ainda não tem previsão para começar a devolver o dinheiro da fraude nos benefícios



Nissan vai demitir mais 10 mil funcionários em nova fase de seu plano de reestruturação


12/05/2025 13:48 - g1.globo.com


No mês passado, a empresa alertou que provavelmente registraria um prejuízo líquido recorde de US$ 4,74 bilhões a US$ 5,08 bilhões. Nissan Divulgação | Nissan A Nissan Motor vai demitir mais de 10 mil pessoas em todo o mundo, elevando o número de cortes em massa para cerca de 20 mil ou 15% de sua força de trabalho. A informação foi antecipada pela emissora pública japonesa NHK nesta segunda-feira (12). O prejuízo anual (do ano fiscal finalizado em março) anunciado pela fabricante japonesa nesta terça-feira (13) é de US$ 4,5 bilhões (R$ 25 bilhões) No mês passado, a empresa alertou que provavelmente registraria um prejuízo líquido recorde de 700 bilhões a 750 bilhões de ienes (US$ 4,74 bilhões a US$ 5,08 bilhões), devido a encargos, sobretudo por possível impacto das tarifas dos Estados Unidos. LEIA MAIS: Ford Mustang manual, edição limitada de R$ 600 mil, esgota em 1 hora VÍDEO: Neta X é um SUV elétrico com bom preço, mas por que ele quase não vende? Veja a avaliação LISTA: venda de motos sobe quase 9% nos primeiros quatro meses de 2025; veja lista O presidente-executivo da Nissan, Ivan Espinosa, que assumiu no lugar de Makoto Uchida como no mês passado, está reestruturando as operações da Nissan e disse anteriormente que a empresa estava considerando medidas adicionais. A empresa, que enfrenta forte endividamento, tentou há alguns meses uma fusão com a Honda, mas o plano foi abortado e agora a Nissan atua em duro plano de reestruturação. Em nota, a fabricante se pronunciou sobre a nova fase: "A realidade é clara. Temos uma estrutura de custos muito elevada e, para complicar ainda mais as coisas, o ambiente do mercado mundial é volátil e imprevisível, o que torna o planejamento e o investimento um desafio cada vez maior", declarou à imprensa o CEO da Nissan, o mexicano Iván Espinosa. A Nissan, que tinha mais de 133 mil funcionários em março do ano passado, anunciou planos em novembro passado para cortar 9 mil empregos e reduzir a capacidade global em 20%. A empresa também disse que fecharia uma fábrica na Tailândia até junho e fecharia mais duas fábricas que não foram identificadas. Na sexta-feira (9), a empresa disse que havia decidido desistir de um plano para construir uma fábrica de US$ 1,1 bilhão, para a qual receberia subsídios do governo, para baterias de veículos elétricos na ilha de Kyushu, no sudoeste do Japão. g1 testa o novo VW Nivus: é melhor que os rivais? O valor do prejuízo anual está próximo do recorde registrado no exercício de 1999-2000 de 684 bilhões de ienes, que terminaram empurrando a empresa para uma associação com a montadora francesa Renault, uma operação turbulenta marcada por vários problemas, incluindo a detenção no Japão de Carlos Ghosn. A Nissan não publicou uma previsão de lucro líquido para o próximo exercício fiscal de 2025-26 e limitou-se a indicar que espera alcançar 12,5 trilhões de ienes em vendas. "A natureza incerta das medidas tarifárias dos Estados Unidos dificulta estimar de forma racional nossas previsões para todo o ano sobre os lucros operacionais e lucros líquidos. Não faríamos isso se não fosse necessário para sobreviver", argumentou Espinosa.



Exportação de ovos do Brasil aos EUA dispara mais de 800% entre janeiro e abril, diz associação


12/05/2025 13:19 - g1.globo.com


Alta aconteceu em relação a igual período de 2024, diz ABPA. EUA passaram a comprar ovos do Brasil para consumo humano em 2 de fevereiro. Antes, produto ia somente para a indústria americana. Surto de gripe aviária nos Estados Unidos faz exportação de ovos do Brasil disparar As exportações de ovos do Brasil para os Estados Unidos saltaram de 608 toneladas de janeiro e abril de 2024, para 5,5 mil toneladas a igual período deste ano, uma disparada de 816%. É o que informou a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) nesta segunda-feira (12). ➡️Os EUA passaram a comprar ovos do Brasil para consumo humano no dia 2 de fevereiro deste ano. ➡️Antes disso, os ovos que saíam do Brasil para o país eram destinados apenas à indústria americana, para fabricação de produtos pet. A forte expansão das importações de ovos por parte dos EUA ocorre em meio a surto de gripe aviária no país, que dizimou milhares de aves, e levou o preço dos ovos a níveis recordes. No Brasil, a situação está controlada, e não há registros de gripe aviária em granjas comerciais. Mesmo assim, o preço do ovo disparou de janeiro a março, puxado pelo período Quaresma e aumento do preço do milho. Em abril, porém, o preço começou a cair. Segundo o IBGE, a inflação do produto recuou 1,3% em relação a março, mas ainda acumula alta de 16,7% em 12 meses. Exportação de ovos do Brasil aos EUA dispara 816% entre janeiro e abril, diz associação. Jakub Kapusnak/Unplash Vendas para outros países No total, o Brasil exportou 13 mil toneladas de ovos entre janeiro e abril deste ano, alta de 133,8% em relação ao mesmo período do ano passado. A receita no período chegou a US$ 28,3 milhões, aumento de 152,6%, em relação ao mesmo período de 2024. Somente em abril, as vendas brasileiras de ovos totalizaram 4,3 mil toneladas, volume 271% superior ao registrado no mesmo período do ano passado. “O mês de abril mantém o ritmo positivo das exportações de ovos, com presença crescente do produto brasileiro em mercados de alto valor e rigor sanitário", destaca o presidente da ABPA, Ricardo Santin. A ampliação das vendas para os Estados Unidos e o Japão, por exemplo, reforça a confiança internacional na qualidade e na segurança da nossa produção”, acrescenta. Destaques de abril Entre os principais destinos, os Estados Unidos lideraram as importações de ovos do Brasil no mês, com 2,8 mil toneladas embarcadas e receita de US$ 6,3 milhões. O Japão aparece na sequência, com 371 toneladas (+298,9%) e receita de US$ 777 mil (+299,7%). Outros destaques: México: 242 toneladas embarcadas – país que retoma posição entre os principais compradores; Chile: 638 toneladas (-11,7%), com receita de US$ 1,58 milhão (-8,4%); Uruguai: 83 toneladas (+18,6%), com receita de US$ 406 mil (+61,6%); União Europeia: 22 toneladas (+64%), com receita de US$30 mil (-21,6%); Libéria: 15 toneladas (+36,7%) com receita de US$40 mil (+51,9%). “Estamos observando uma recomposição estratégica da pauta exportadora. Os embarques estão mais diversificados e com presença em mercados que demandam produtos com alto padrão de qualidade, abrindo caminho para a consolidação de fluxos duradouros”, analisa Santin. Ovo caipira, orgânico, convencional e enriquecido: g1 explica as diferenças



Bolsas de Nova York disparam após acordo entre China e EUA sobre tarifaço


12/05/2025 13:00 - g1.globo.com


Durante 90 dias, as taxas 'recíprocas' sobre as importações chinesas cairão de 145% para 30%; já as tarifas da China sobre os produtos americanos serão reduzidas de 125% para 10%. Entrada da Bolsa de Valores de Nova York (NYSE) em Wall Street, em 7 de abril de 2025 REUTERS/Kylie Cooper/Foto de arquivo/Foto de arquivo Os principais índices de ações dos Estados Unidos fecharam em forte alta nesta segunda-feira (12), por causa do acordo que o país estabeleceu com a China para reduzir o tarifaço implementado pelo presidente americano Donald Trump. O S&P 500, que reúne ações das principais empresas americanas listadas na bolsa, atingiu o seu maior nível desde o início de março, aos 5.844,17 pontos. 📉 Veja o desempenho das principais bolsas de Nova York: Dow Jones subiu 2,81%; S&P 500 subiu 3,26%; Nasdaq subiu 4,35%. As duas maiores economias do mundo concordaram em reduzir significativamente as chamadas "tarifas recíprocas" sobre produtos de importação durante 90 dias. (leia mais aqui) Neste período, as taxas dos EUA sobre as importações chinesas cairão de 145% para 30%. Já as tarifas da China sobre os produtos americanos serão reduzidas de 125% para 10%. Quando Trump anunciou as primeiras "tarifas recíprocas" a mais de 180 países, no que ele chamou de "Dia da Libertação", no início de abril, as bolsas norte-americanas registraram as maiores quedas em um único dia desde 2020, ano em que o planeta enfrentava a pandemia de Covid-19. 🔎 O mercado entende que o aumento das tarifas sobre produtos importados pelos EUA pode elevar os preços finais e os custos de produção, pressionando a inflação e reduzindo o consumo. Isso pode levar a uma desaceleração da maior economia do mundo ou até mesmo a uma recessão global. A diminuição das taxas, portanto, é vista com bons olhos pelos investidores porque afasta o temor de que a economia global esteja caminhando para uma recessão. "O mercado precisa se recalibrar para a situação anterior ao 'Dia da Libertação', e isso parece uma economia em crescimento muito construtiva", disse Thomas Hayes, presidente da Great Hill Capital LLC, à Reuters. No entanto, analistas também alertam para ter cautela com o otimismo. "Esta é uma redução substancial da tensão. No entanto, os EUA ainda impõem tarifas muito mais altas à China", ponderou Mark Williams, economista-chefe para a Ásia da Capital Economics. "Não há garantia de que a trégua de 90 dias dará lugar a um cessar-fogo duradouro." ▶️ Bolsas asiáticas Na China, as bolsas também dispararam após o acordo e fecharam em alta. O yuan subiu para 7,2001 por dólar, atingindo o maior valor em seis meses. 📉 Veja o desempenho das principais bolsas da China e de Hong Kong no fechamento: 🇨🇳 CSI 1000, da China, subiu 1,40%; 🇭🇰 Hang Seng, de Hong Kong, subiu 3,12%. O acordo foi mais longe do que muitos analistas esperavam. "Eu achava que as tarifas seriam reduzidas para algo em torno de 50%", disse Zhiwei Zhang, economista-chefe da Pinpoint Asset Management em Hong Kong, à Reuters. "Obviamente, essa é uma notícia muito positiva para as economias de ambos os países e para a economia global, e deixa os investidores muito menos preocupados com os danos às cadeias de suprimentos globais no curto prazo", acrescentou Zhang. As outras principais bolsas asiáticas, do Japão e da Coreia do Sul, já haviam fechado antes do anúncio. ▶️ Bolsas europeias As bolsas da Europa também encerraram em alta nesta segunda-feira. 📉 Veja o desempenho dos principais índices no fechamento: 🇩🇪 o DAX, da Alemanha, subiu 0,22%; 🇫🇷 o CAC 40, da França, subiu 1,37%; 🇬🇧 o FTSE 100, do Reino Unido, subiu 0,59%; 🇮🇹 o Itália 40, da Itália, subiu 1,48%; 🇪🇸 o IBEX 35, da Espanha, subiu 0,56%; 🇳🇱 o AEX, da Holanda, subiu 1,80%; 🇨🇭 o SMI, da Suíça, subiu 1,37%. China e EUA anunciam acordo para pausar tarifaço Relembre a guerra tarifária entre China e EUA A guerra tarifária entre as duas maiores economias do mundo se intensificou após o anúncio das tarifas prometidas por Trump, no início de abril. A China foi um dos países tarifados — e com uma das maiores taxas, de 34%. Essa taxa se somou aos 20% que já eram cobrados em tarifas sobre os produtos chineses anteriormente. Como resposta ao tarifaço, o governo chinês impôs, em 4 de abril, tarifas extras de 34% sobre todas as importações americanas. Os EUA decidiram retaliar, e Trump deu um prazo para a China: ou o país asiático retirava as tarifas até as 12h de 8 de abril, ou seria taxado em mais 50 pontos percentuais, levando o total das tarifas a 104%. A China não recuou e ainda afirmou que estava preparada para "revidar até o fim". Cumprindo a promessa, Trump confirmou a elevação das tarifas sobre os produtos chineses. A resposta chinesa veio na manhã de 9 de abril: o governo elevou as tarifas sobre produtos americanos de 34% para 84%, acompanhando o mesmo percentual de alta dos EUA. No mesmo dia, Trump anunciou que daria uma "pausa" no tarifaço contra os mais de 180 países, mas a China seria uma exceção. O presidente dos EUA subiu a taxação de produtos chineses para 125%. Em 10 de abril, a Casa Branca explicou que as taxas de 125% foram somadas a outra tarifa de 20% já aplicada anteriormente sobre a China, resultando numa alíquota total de 145%. Como resposta, em 11 de abril, os chineses elevaram as tarifas sobre os produtos americanos para 125%. Os Estados Unidos querem tirar da China as vantagens em tratados internacionais por ser considerado um país em desenvolvimento AP - Andy Wong



Dólar fecha em alta, após acordo entre EUA e China; Ibovespa sobe e renova maior patamar desde agosto


12/05/2025 12:00 - g1.globo.com


A moeda norte-americana teve alta de 0,53%, cotada a R$ 5,6849. Já a bolsa encerrou em alta de 0,04%, aos 136.563 pontos, renovando o maior nível em quase nove meses. Notas de dólar Luisa Gonzalez/ Reuters O dólar encerrou a sessão desta segunda-feira (12) em alta, a R$ 5,68, após o anúncio de um acordo entre os Estados Unidos e a China para reduzir os efeitos do tarifaço implementado pelo presidente americano Donald Trump. O Ibovespa, principal índice de ações da bolsa brasileira, também teve leve alta. As duas potências concordaram em diminuir significativamente as chamadas "tarifas recíprocas" sobre produtos de importação durante 90 dias. As taxas dos EUA sobre as importações chinesas cairão de 145% para 30%. As tarifas da China sobre os produtos americanos serão reduzidas de 125% para 10%. Após a notícia, o dólar ganhou força e subiu em relação a outras moedas importantes e os mercados de ações se recuperaram. A diminuição das taxas afasta o temor de que a economia global esteja caminhando para uma recessão. Por aqui, os investidores também estão de olho na divulgação da ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) nesta terça-feira (13). Na semana passada, o Banco Central (BC) decidiu elevar a taxa básica de juros pela sexta vez seguida, para 14,75% ao ano, o maior nível em quase duas décadas. O comunicado não deu indicações sobre os próximos passos, mas deixou a impressão de que o Copom pode parar de subir os juros. Por isso, o boletim Focus divulgado nesta segunda já aponta que os economistas do mercado financeiro não esperam mais movimentos da taxa Selic até o fim de 2025. Veja abaixo o resumo dos mercados. Entenda o que faz o preço do dólar subir ou cair 💲Dólar O dólar fechou em alta de 0,53%, cotado a R$ 5,6849. Na máxima do dia, chegou a R$ 5,7059. Veja mais cotações. Com o resultado, acumulou: alta de 0,53% na semana; avanço de 0,14% no mês; e perda de 8,01% no ano. No sexta-feira (9), a moeda americana fechou em baixa de 0,11%, aos R$ 5,6547. a 📈Ibovespa O Ibovespa fechou em alta de 0,04%, aos 136.563 pontos, renovando o maior patamar desde agosto. Com o resultado, o índice acumulou: alta de 0,04% na semana; avanço de 1,11% no mês; e ganho de 13,53% no ano. Na sexta, o índice fechou em alta de 0,21%, aos 136.512 pontos. O que está mexendo com os mercados? O acordo entre Estados Unidos e China sobre tarifas, anunciado nesta segunda-feira (12), foi bem recebido pelo mercado financeiro. 🔎 O mercado entende que o aumento das tarifas sobre produtos importados pelos EUA pode elevar os preços finais e os custos de produção, pressionando a inflação e reduzindo o consumo — o que pode levar a uma desaceleração da maior economia do mundo ou até mesmo a uma recessão global. Assim, a leitura é que a trégua tarifária entre os dois países diminui esses riscos. Quando Trump anunciou as primeiras "tarifas recíprocas" a mais de 180 países, no que ele chamou de "Dia da Libertação", no início de abril, as bolsas norte-americanas registraram as maiores quedas em um único dia desde 2020, ano em que o planeta enfrentava a pandemia de Covid-19. Agora, a redução das tarifas representou um alívio para os investidores. As principais bolsas de Nova York dispararam após o anúncio. O S&P 500, que reúne ações das principais empresas americanas listadas na bolsa, atingiu o seu maior nível desde o início de março. As ações chinesas também decolaram e fecharam em alta. O yuan subiu para 7,2001 por dólar, atingindo o maior valor em seis meses. O acordo teve um resultado mais positivo do que muitos analistas esperavam. "Eu achava que as tarifas seriam reduzidas para algo em torno de 50%", disse Zhiwei Zhang, economista-chefe da Pinpoint Asset Management em Hong Kong, à Reuters. "Obviamente, esta é uma notícia muito positiva para as economias de ambos os países e para a economia global, e deixa os investidores muito menos preocupados com os danos às cadeias de suprimentos globais no curto prazo", acrescentou Zhang. Na semana passada, o mercado já havia reagido positivamente ao anúncio de um acordo comercial entre EUA e Reino Unido sobre o tarifaço. Os EUA mantiveram uma tarifa de 10% sobre os produtos britânicos importados, enquanto o Reino Unido concordou em reduzir as taxas sobre os produtos norte-americanos de 5,1% para 1,8%, além de fornecer aos EUA maior acesso aos seus mercados. Trump também indicou que tem várias reuniões planejadas para os próximos dias, destacando que outros países também querem fazer um acordo com os norte-americanos. Ainda no cenário internacional, Índia e Paquistão declararam um cessar-fogo imediato após o aumento recente das tensões militares na área. A medida diminui o risco geopolítico no sul da Ásia e foi vista como um alívio por investidores que monitoram a estabilidade da região. E no Brasil? Por aqui, o mercado financeiro também está na expectativa da divulgação da ata da última reunião do Copom na terça-feira (13). Ela deve detalhar as discussões que levaram o BC a elevar a taxa Selic para 14,75% na semana passada. Apesar de não ter dado indicações sobre os próximos passos da política monetária, o Copom deixou a impressão de que pode parar de subir os juros, após as seis altas consecutivas. Com isso, analistas de bancos passaram a projetar uma estabilidade na taxa de juros da economia brasileira. Até então, eles estimavam uma nova elevação em meados de junho, para 15% ao ano, segundo o boletim Focus. Pela quarta semana consecutiva, os analistas do mercado financeiro também reduziram a expectativa de inflação de 2025, de 5,53% para 5,51%. Mesmo com a redução, no entanto, o índice continuaria bem acima do teto da meta, que é de 4,5%. Na sexta-feira (9), o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do Brasil, mostrou que os preços subiram 0,43% em abril. O resultado veio em linha com o esperado pelo mercado.



Acordo entre China e EUA é boa notícia para o Brasil e para os mercados


12/05/2025 12:00 - g1.globo.com

Equipe de Lula espera repercussões positivas na economia mundial, beneficiando o Brasil. Alckmin confia agora em acordo sobre aço e alumínio brasileiros. O acordo firmado por 90 dias entre Estados Unidos e China sobre a guerra comercial é uma boa notícia para o Brasil e investidores estrangeiros. A equipe do presidente Lula espera que uma volta da "normalidade" nas relações comerciais entre os dois países tenha repercussão positiva para a economia mundial – evitando uma recessão nos Estados Unidos e uma desaceleração na China, e beneficiando o Brasil nos dois casos. Os Estados Unidos concordaram em reduzir alíquotas de importação de 145% para 30%, enquanto China as reduziu de 125% para 10%. O Brasil espera também conseguir reduzir a alíquota sobre a exportação de aço e alumínio, hoje em 25%, para pelo menos 10%. No caso da tarifa recíproca geral de 10%, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, já sinalizou que não vai recuar. O Brasil já começa a trabalhar em abrir exceções para a regra imposta pelo norte-americano. Em Pequim, governo Lula anuncia R$ 27 bilhões de investimentos da China no Brasil China e EUA anunciam acordo para pausar tarifaço Na China, depois de uma passagem polêmica pela Rússia, o presidente Lula voltou a defender o multilateralismo e classificou a visita ao país asiático como a mais importante do ponto de vista comercial e geopolítico do seu terceiro mandato. Lula está acompanhado de ministros e empresários brasileiros de olho no fortalecimento dos laços comerciais com a China. Trump tem uma relação hostil com os dois países, que podem aproveitar esse momento para uma aliança mais intensa. Por sinal, a reunião prevista para esta terça (13) deve ser o terceiro encontro entre Lula e Xi Jinping no atual mandato do brasilero. Enquanto isso, até agora, Lula e Trump não conversaram. Presidente Lula está na China para encontros com empresários O brasileiro tem deixado claro que pretende aumentar a relação com os chineses– mas diz que não quer escolher entre China e Estados Unidos, e sim, manter um forte relacionamento com os dois países. A diferença é que a China abre as portas para o Brasil, enquanto Trump fecha. Essa segunda viagem de Lula à China foi preparada com grande antecedência, com ministros visitando o país asiático para negociar acordos comerciais, principalmente fazendo uma sinergia entre projetos do PAC e a Nova Rota da Seda chinesa. O Brasil, vale lembrar, não aderiu à Nova Rota da Seda – um ambicioso projeto de investimentos chineses para criar infraestrutura para facilitar as exportações e importações da China com o mundo.



Fim dos 'descontos na folha' de aposentados do INSS divide o governo Lula


12/05/2025 11:46 - g1.globo.com

Presidente do INSS defende que órgão não seja intermediário de descontos de associações nem de empréstimos consignados. A proposta de acabar com os descontos em folha de aposentados do INSS divide o governo Lula. A equipe econômica é a favor da extinção desses abatimentos. O próprio ex-ministro Carlos Lupi defendeu a medida antes de cair do cargo. O atual presidente do INSS, Gilberto Waller Jr., também encampou a ideia para impedir desgastes na imagem do órgão. Waller Jr. avalia que essa intermediação não deveria ser feita pelo INSS, mas sim pelo setor privado. Integrantes da ala política do governo e aliados de Lula no mundo sindical, no entanto, defendem manter os descontos que forem devidamente autorizados. E por dois motivos. Um: os descontos de associações ligadas a sindicatos foram uma forma de financiar essas entidades depois do fim do imposto sindical compulsório. Dois: no caso do crédito consignado, esses aliados de Lula dizem que a presença do INSS garante juros mais baixos para os aposentados, estimulando a economia e garantindo crédito barato para os segurados do INSS. Nos dois casos, esse grupo afirma que o melhor não é proibir os descontos, mas sim, criar um sistema imune a fraudes. INSS ainda não tem previsão para começar a devolver o dinheiro da fraude nos benefícios Embate com a oposição O governo segue tentando neutralizar os ataques da oposição – que está associando, nas redes sociais, o presidente Lula às fraudes nos descontos de segurados do INSS. O Planalto está em desvantagem por enquanto – mas decidiu reagir municiando deputados e senadores governistas com dados para mostrar que o esquema teria começado durante o governo Bolsonaro. Outra missão do governo Lula é evitar a instalação de uma CPMI do INSS. Em semana de Congresso esvaziado, com Davi Alcolumbre e Hugo Motta fora do país, a CPMI do INSS vai seguir servindo de palco para uma batalha entre oposição e governo sobre quem é o responsável pelas fraudes. “Não quero show de pirotecnia”, diz Lula sobre fraudes no INSS Até agora, nas redes sociais, os aliados do presidente Lula estão perdendo a batalha. A oposição vem conseguindo difundir a mensagem de que o governo atual permitiu que aposentados e pensionistas fossem roubados. Deputados do PT reagem e fazem ligações de dirigentes destas associações com o governo Bolsonaro, destacando que um dirigente investigado fez doação de campanha para o ex-presidente da República. Na avaliação dos investigadores, é um caso de responsabilidade compartilhada. O esquema fraudulento começou no governo Bolsonaro – mas prosseguiu no governo Lula, com a participação de servidores do órgão.



Mercado financeiro já não acredita mais em alta do juro básico neste ano


12/05/2025 11:38 - g1.globo.com

Já a projeção de inflação do mercado financeiro recuou pela quarta semana seguida, para 5,51%. Mesmo assim, segue bem acima do teto da meta, que é de 4,5%. Os economistas do mercado financeiro passaram a projetar estabilidade na taxa de juros da economia, a Selic, até o fim de 2025 - no atual patamar de 14,75% ao ano. Com isso, os analistas dos bancos deixaram de acreditar em um novo aumento do juro básico da economia, fixado pelo Banco Central no decorrer deste ano. Nova alta da Selic pode trazer problemas para quitar dívidas Até então, os analistas projetavam uma nova elevação em meados de junho, para 15% ao ano (algo que não acontece mais) quando se reúne novamente o Comitê de Política Monetária (Copom) - colegiado que define a Selic. As projeções, fruto de pesquisa com mais de 100 instituições financeiras na última semana, constam do relatório "Focus" divulgado nesta segunda-feira (12) pelo Banco Central (BC). Na semana passada, o BC elevou os juros pela sexta vez seguida, para 14,75% ao ano, o maior nível em quase duas décadas. E não deu indicações sobre os próximos passos. Para o fechamento de 2025, a projeção do mercado é de 14,75% ao ano. Para o fim de 2026, o mercado financeiro manteve a projeção em 12,50% ao ano. Para o fechamento de 2027, a projeção do mercado continuou em 10,50% ao ano. O BC fixa a taxa de juros olhando para frente, com base nas expectativas de inflação do mercado. Se elas estão acima da meta, o BC tende a manter o juro alto, ou elevá-los. Se estão em linha com as metas, pode reduzir a Selic. Neste momento, as expectativas de inflação estão acima das metas dos próximos anos, com a economia doméstica mostrando sinais de aquecimento. Entretanto, o cenário externo contribui para uma desaceleração do ritmo de expansão da economia, por conta do tarifaço do presidente norte-americano, Donald Trump — que freia o ritmo global de expansão (com tendência de impactar também o Brasil). Inflação Os analistas do mercado financeiro também reduziram a expectativa de inflação de 2025 pela quarta semana consecutiva. ➡️ Para a inflação de 2025, a estimativa do mercado passou de 5,53% para 5,51%. Mesmo com a redução, a expectativa continua bem acima do teto da meta, que é de 4,5%. ➡️Para 2026, a expectativa de inflação caiu de 4,51% para 4,50%. ➡️Para 2027, a expectativa continuou em 4%. ➡️Para 2028, a expectativa permaneceu 3,80%. Desde o início de 2025, com o início do sistema de meta contínua, o objetivo é de 3% – e será considerado cumprido se a inflação oscilar entre 1,5% e 4,5%. Pelo sistema de metas, o BC tem de calibrar os juros para tentar manter a inflação dentro do intervalo existente. Para isso, a instituição olha para frente, pois a Selic demora de seis a 18 meses para ter impacto pleno na economia. Neste momento, por exemplo, o BC já está mirando na expectativa de inflação calculada em 12 meses até meados de 2026. Desde janeiro, a inflação acumulada em doze meses é comparada com a meta e com o intervalo de tolerância. Se a inflação ficar fora do intervalo de tolerância por seis meses consecutivos, a meta é considerada descumprida. Caso a meta de inflação não seja atingida, o BC terá de escrever e enviar uma carta pública ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, explicando os motivos. Com o estouro da meta de inflação de 2024, o presidente do BC, Gabriel Galípolo, enviou carta ao ministro Haddad no início de janeiro – creditando o resultado a fatores como o forte atividade econômica, a queda do real e os extremos climáticos. O BC também admitiu recentemente que a meta de inflação pode ser novamente descumprida em junho deste ano, ao completar seis meses seguidos acima do teto de 4,5%. 🔎 Por que isso importa? Quanto maior a inflação, menor é o poder de compra das pessoas, principalmente das que recebem salários menores. Isso porque os preços dos produtos aumentam, sem que o salário acompanhe esse crescimento. Produto Interno Bruto Para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2025, a projeção do mercado ficou estável em 2%. ➡️O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país. O indicador serve para medir a evolução da economia. Já para 2026, a previsão de alta do PIB do mercado financeiro continuou em 1,70%. Outras estimativas Veja abaixo outras estimativas do mercado financeiro, segundo o BC: Dólar: a projeção para a taxa de câmbio para o fim de 2025 caiu de R$ 5,86 para R$ 5,85. Para o fim de 2026, a estimativa recuou de R$ 5,91 para R$ 5,90. Balança comercial: para o saldo da balança comercial (resultado do total de exportações menos as importações) em 2025, a projeção ficou estável em US$ 75 bilhões de superávit. Para 2026, a expectativa para o saldo positivo continuou em US$ 78,6 bilhões de superávit. Investimento estrangeiro: a previsão do relatório para a entrada de investimentos estrangeiros diretos no Brasil neste ano continuou em US$ 70 bilhões. Para 2026, a estimativa de ingresso permaneceu inalterada também em US$ 70 bilhões.



INSS deve usar estrutura dos Correios para fazer atendimento presencial de aposentados


12/05/2025 11:30 - g1.globo.com


Neste domingo, o vice-presidente e ministro de Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, afirmou que a Caixa avalia formas de oferecer esse atendimento. O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) pretende usar a estrutura dos Correios para fazer atendimento presencial de aposentados e pensionistas que foram vítimas do esquema de fraudes no instituto (leia mais abaixo). Neste domingo (11), o vice-presidente e ministro de Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, afirmou que a Caixa avalia formas de oferecer esse atendimento. Ex-presidente do INSS disse ao Congresso não ter indícios de fraudes dias antes de operação da PF Uma das formas de realizar esse atendimento, portanto, seria justamente aproveitar a estrutura física dos Correios, que está presente em todos os municípios brasileiros. Uma reunião nesta semana deve selar a iniciativa. Os órgãos já têm um acordo de cooperação técnica, o que facilita a viabilidade da parceria. "A nossa estrutura está à disposição do INSS para o que for necessário — que como empresa pública nós também cumprimos missão semelhante que é atender a população e o melhor tipo de atendimento possível aos brasileiros", afirmou o presidente dos Correios, Fabiano Silva dos Santos. Inss Reprodução/TV Globo Notificação Na semana passada, o INSS afirmou que cerca de 9 milhões de aposentados e pensionistas tiveram descontos em seus benefícios nos últimos anos. Essas pessoas terão de informar se os débitos foram autorizados por elas ou não para receberem o ressarcimento dos valores. Os investigadores suspeitam que cerca de 4 milhões tenham sido vítimas de fraudes. 🚨 Os aposentados que tiveram descontos deverão receber na próxima terça (13) uma notificação pelo aplicativo "Meu INSS". Não haverá contato por telefone nem mensagem SMS, informou o instituto. No dia seguinte à notificação, dois canais estarão disponíveis para que os segurados possam verificar qual associação realizou o desconto e o valor descontado: "Meu INSS" e a central de atendimento 135. O governo ainda prepara um plano para realizar o ressarcimento total, que envolve acionar as associações de aposentados na Justiça. A suspeita é que a maioria delas fosse de fachada e uma parte tenha pago propina para servidores do INSS.



Em Pequim, governo Lula anuncia R$ 27 bilhões de investimentos da China no Brasil


12/05/2025 10:37 - g1.globo.com


Cifra inclui intenção de empresas como GWM (automóveis), Longsys (semicondutores), Mixue (fast food) e Keeta (app de entregas). China é principal parceira comercial do Brasil. Lula defende multilateralismo em fórum com empresários na China O governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou, nesta segunda-feira (12), R$ 27 bilhões em novos investimentos da China no Brasil. O número foi citado pelo presidente da Agência Brasileira de Promoção de Exportações (ApexBrasil), Jorge Viana, após um fórum entre empresários brasileiros e chineses em Pequim. Segundo a Apex, o valor inclui: R$ 6 bilhões da GAC, uma das maiores montadoras chinesas, para "expansão de suas operações" no Brasil; R$ 5 bilhões da Meituan, plataforma chinesa de delivery – que quer atuar no Brasil com o app "Keeta" e prevê gerar até 4 mil empregos diretos e 100 mil indiretos; R$ 3 bilhões da estatal chinesa de energia nuclear CGN para construir um "hub" de energia renovável (eólica e solar) no Piauí; até R$ 5 bilhões da Envision para construir um parque industrial "net-zero" (neutro em emissões de carbono) – o primeiro da América Latina, segundo a Apex; R$ 3,2 bilhões da rede de bebidas e sorvetes Mixue, que deve começar a operar no Brasil e espera gerar 25 mil empregos até 2030; R$ 2,4 bilhões do grupo minerador Baiyin Nonferrous, que anunciou a compra da mina de cobre Serrote, em Alagoas. Há na conta, ainda, investimentos previstos da DiDi (dona do 99), da Longsys (empresa chinesa de semicondutores) e de empresas do setor farmacêutico. E acordos para a promoção de produtos brasileiros na China em áreas como café, cinema e varejo. O presidente Lula viajou ao país acompanhado de 11 ministros e do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), além de parlamentares, outras autoridades e cerca de 200 empresários. Nesta terça (13), Lula deve se reunir com o presidente chinês, Xi Jinping. Antes de chegar à China, a comitiva passou também pela Rússia, onde Lula se reuniu com Vladimir Putin e pediu um cessar-fogo na Ucrânia. "Na última década, a China saltou da 14ª para a 5ª posição no ranking de investimento direto no Brasil. Trata-se do principal investidor asiático em nosso país, com estoque de mais de US$ 54 bilhões", citou Lula após o evento. No discurso, Lula citou parcerias firmadas entre órgãos como Dataprev e Telebras, do governo brasileiro, e empresas de satélites e energia sustentável da China. E para além da questão comercial, falou também em "elevar o intercâmbio de turistas e ampliar as conexões aéreas entre os países". "A China tem sido tratada, muitas vezes, como se fosse uma inimiga do comércio mundial quando, na verdade, a China está se comportando como um exemplo de país que está tentando fazer negócios com os países que foram esquecidos nos últimos 30 anos por muitos outros países. É importante a gente lembrar", continuou. Redução das taxas e pausa de 90 dias: China e EUA chegam a acordo sobre tarifaço Lula disse ainda que, em seu primeiro mandato, o Brasil foi um dos primeiros países a reconhecer a China, então governada por Hu Jintao, como uma "economia de mercado" (em que o setor privado é predominante). E que, passados 20 anos, não se arrepende de ter feito esse reconhecimento. Segundo o governo, empresas chinesas aplicarão recursos no Brasil em uma série de áreas, desde indústrias a novas marcas de comércio e serviços. "Tem gente que reclama que o Brasil exporta para a China só produtos agrícolas e minério de ferro, ou seja, só commodities. E eu queria só dizer para as pessoas que pensam assim que para que a gente possa fazer investimento em produtos mais refinados, sofisticados, com mais ascensão tecnológica, é preciso a gente lembrar que durante muito tempo o Brasil deixou de investir em educação. É importante lembrar que a gente não vai conseguir ser competitivo no mundo tecnológico, no mundo digital, se a gente não investir na educação", disse Lula. "Nós temos que exportar agronégicio e utilizar o dinheiro que entra no Brasil para investir em educação. Para a gente ser competitivo com a China na produção de carro elétrico, de baterias, na construção de IA. Ninguém vai dar isso de graça para nós. Nós temos que buscar a confiança de parceiros para que eles possam compartilhar conosco aquilo que eles sabem fazer. É isso que nós estamos fazendo com a China", emendou. O presidente Lula e a primeira-dama Rosângela Lula da Silva no desembarque em Pequim Ricardo Stuckert/Presidência da República Ampliação do comércio A viagem de Lula à China foi pensada para fortalecer a negociação comercial entre os países. A China é o principal parceiro comercial do Brasil, e o governo brasileiro avalia que há espaço para ampliar as exportações para o país asiático. A avaliação tem relação direta com a guerra comercial entre os Estados Unidos e os chineses. Ministros e empresários acreditam que o Brasil pode surgir como "alternativa" para parte dos produtos americanos importados pela China. A ApexBrasil mapeou 400 oportunidades para ampliação dos negócios entre Brasil e China. As possibilidades estão espalhadas em uma série de setores, com especial destaque para o agronegócio. A agenda dos empresários brasileiros na China prevê eventos voltados ao agro. Em um deles, associações vão inaugurar um escritório, em Pequim, para facilitar negociações para a exportação de carnes do Brasil ao mercado chinês. Já o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, que também integra a comitiva de Lula a Pequim, deve participar de encontros com autoridades. A pasta afirma que um dos objetivos da visita é a conclusão de um acordo para reduzir burocracias no registro de produtos biotecnológicos. Ao longo da viagem de Lula à China, há expectativa de que os governos chinês e brasileiro assinem uma série de acordos bilaterais. Parte dos anúncios ocorrerá após encontro com Xi Jinping, na terça-feira. Será a terceira vez que o petista e o líder chinês se encontram desde que o presidente brasileiro voltou ao Planalto em 2023. O cronograma da viagem prevê, ainda, a participação do presidente brasileiro em uma reunião com representantes da Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac).



Trump diz que vai reduzir preços de medicamentos nos EUA em pelo menos 59%


12/05/2025 10:36 - g1.globo.com


Além disso, afirmou que os custos sobre gasolina, energia e mantimentos também irão diminuir. Trump na Casa Branca em 30 de abril de 2025 REUTERS/Evelyn Hockstein O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta segunda-feira (12) que vai reduzir os preços dos medicamentos no país em pelo menos 59%. Além disso, afirmou que os custos sobre gasolina, energia e mantimentos também irão diminuir. "Sem inflação!", escreveu em letras maiúsculas nas redes sociais. No domingo (11), o republicano já havia dito que iria assinar uma ordem executiva para reduzir de 30% a 80% os preços dos medicamentos e produtos farmacêuticos no país, implementando o que é conhecido como preço de "nação mais favorecida" ou preço de referência internacional, segundo a Reuters. A assinatura está marcada para as 9h desta segunda na Casa Branca. "Por muitos anos, o mundo se perguntou por que os medicamentos prescritos e os produtos farmacêuticos nos Estados Unidos da América eram tão mais caros do que em qualquer outra nação, às vezes cinco a dez vezes mais caros do que o mesmo medicamento, fabricado exatamente pelo mesmo laboratório", disse. "Sempre foi difícil de explicar e muito embaraçoso porque, na verdade, não havia uma resposta correta. As empresas farmacêuticas/de medicamentos diziam, por anos, que eram custos de pesquisa e desenvolvimento, e que todos esses custos eram, e seriam, sem razão alguma, suportados pelos 'otários' da América, sozinhos", continuou. Por isso, disse que iria publicar o decreto de redução dos preços de medicamentos nos EUA e que os custos "aumentarão em todo o mundo para equalizar". Segundo quatro lobistas ouvidos pela Reuters, que foram informados pela Casa Branca, as farmacêuticas esperavam uma ordem focada no programa de seguro saúde Medicare. As farmacêuticas esperam que a ordem se aplique a um universo de medicamentos além daqueles atualmente sujeitos à negociação sob a Lei de Redução da Inflação do ex-presidente Joe Biden. Por causa dessa lei, o Medicare negociou preços para 10 medicamentos, com implementação prevista para o próximo ano. Mais medicamentos devem ser negociados ainda este ano. "A fixação de preços pelo governo, de qualquer forma, é ruim para os pacientes americanos", disse Alex Schriver, porta-voz do principal grupo de lobby das empresas farmacêuticas dos EUA, a Pharmaceutical Research and Manufacturers of America, em um comunicado quando questionado sobre o decreto executivo planejado por Trump. China e EUA anunciam acordo para pausar tarifaço



Ações da China disparam e fecham em alta após acordo sobre tarifaço com os EUA; yuan se valoriza


12/05/2025 07:46 - g1.globo.com


Tarifas dos EUA sobre as importações chinesas cairão de 145% para 30%. Já as taxas da China sobre os produtos americanos serão reduzidas de 125% para 10%. Investidores chineses monitoram preços das ações em uma corretora em Pequim Mark Schiefelbein/AP As ações chinesas fecharam em alta e o yuan se fortaleceu nesta segunda-feira (12) depois que Estados Unidos e China anunciaram um acordo para reduzir as chamadas "tarifas recíprocas", em uma importante desescalada da guerra comercial que ameaçava a economia global. Durante 90 dias, as tarifas dos EUA sobre as importações chinesas cairão de 145% para 30%. Já as taxas da China sobre os produtos americanos serão reduzidas de 125% para 10%. (leia mais aqui) 📉 Veja o desempenho das principais bolsas da China e de Hong Kong no fechamento: 🇨🇳 CSI 1000, da China, subiu 1,40% 🇭🇰 Hang Seng, de Hong Kong, subiu 3,12% As outras principais bolsas asiáticas, do Japão e da Coreia do Sul, já haviam fechado antes do anúncio. O yuan subiu para 7,2001 por dólar, atingindo o maior valor em seis meses, enquanto sua versão offshore avançou mais de 0,5%. “O resultado superou muito as expectativas do mercado. Antes, a esperança era apenas de que os dois lados se sentassem para conversar, e o mercado estava muito fragilizado”, disse William Xin, presidente do fundo hedge Spring Mountain Pu Jiang Investment Management, em Xangai. “Agora há mais certeza. As ações chinesas e o yuan devem permanecer em alta por um tempo.” Acordo sobre tarifaço Representantes dos Estados Unidos e da China se encontraram neste fim de semana em Genebra, na Suíça, para discutir as taxas sobre importações e anunciaram o acordo em conjunto nesta segunda-feira (12). Eles disseram que a suspensão das tarifas entrará em vigor até 14 de maio, mas não divulgaram a data exata. "Ambos os países representaram muito bem seus interesses nacionais", afirmou o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent. "Temos um interesse comum em um comércio equilibrado, e os EUA continuarão caminhando nessa direção." Bessent explicou, porém, que o acordo não inclui tarifas específicas para cada setor e que os EUA continuarão o "reequilíbrio estratégico" em áreas como medicamentos, semicondutores e aço, onde identificaram vulnerabilidades na cadeia de suprimentos. Relembre a guerra tarifária entre China e EUA A guerra tarifária entre as duas maiores economias do mundo se intensificou após o anúncio das tarifas prometidas por Trump, no início de abril. A China foi um dos países tarifados — e com uma das maiores taxas, de 34%. Essa taxa se somou aos 20% que já eram cobrados em tarifas sobre os produtos chineses anteriormente. Como resposta ao tarifaço, o governo chinês impôs, em 4 de abril, tarifas extras de 34% sobre todas as importações americanas. Os EUA decidiram retaliar, e Trump deu um prazo para a China: ou o país asiático retirava as tarifas até as 12h de 8 de abril, ou seria taxado em mais 50 pontos percentuais, levando o total das tarifas a 104%. A China não recuou e ainda afirmou que estava preparada para "revidar até o fim". Cumprindo a promessa, Trump confirmou a elevação das tarifas sobre os produtos chineses. A resposta chinesa veio na manhã de 9 de abril: o governo elevou as tarifas sobre produtos americanos de 34% para 84%, acompanhando o mesmo percentual de alta dos EUA. No mesmo dia, Trump anunciou que daria uma "pausa" no tarifaço contra os mais de 180 países, mas a China seria uma exceção. O presidente dos EUA subiu a taxação de produtos chineses para 125%. Em 10 de abril, a Casa Branca explicou que as taxas de 125% foram somadas a outra tarifa de 20% já aplicada anteriormente sobre a China, resultando numa alíquota total de 145%. Como resposta, em 11 de abril, os chineses elevaram as tarifas sobre os produtos americanos para 125%.



EUA e China chegam a um acordo sobre tarifaço, com redução das taxas por 90 dias


12/05/2025 07:16 - g1.globo.com


Tarifas sobre as importações chinesas cairão de 145% para 30%. Já as taxas da China sobre os produtos americanos serão reduzidas de 125% para 10%. China e EUA anunciam acordo para pausar tarifaço Os Estados Unidos e a China concordaram em reduzir temporariamente as chamadas "tarifas recíprocas" entre os dois países durante 90 dias. As tarifas dos EUA sobre as importações chinesas cairão de 145% para 30%. As taxas da China sobre os produtos americanos serão reduzidas de 125% para 10%. Representantes das duas potências se encontraram neste fim de semana em Genebra, na Suíça, para discutir as taxas sobre importações e anunciaram o acordo em conjunto na madrugada desta segunda-feira (12). Eles disseram que a redução das tarifas entrará em vigor até quarta-feira (14), mas não divulgaram a data exata. "Ambos os países representaram muito bem seus interesses nacionais", afirmou o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent. "Temos um interesse comum em um comércio equilibrado, e os EUA continuarão caminhando nessa direção." "O consenso das delegações neste fim de semana é de que nenhum dos lados deseja um desacoplamento", continuou Bessent. "E o que havia ocorrido com essas tarifas altíssimas era o equivalente a um embargo e nenhum dos lados quer isso. Queremos o comércio." Bessent explicou, porém, que o acordo não inclui tarifas específicas para cada setor e que os EUA continuarão o "reequilíbrio estratégico" em áreas como medicamentos, semicondutores e aço, onde identificaram vulnerabilidades na cadeia de suprimentos. Ele acrescentou que acredita que os negociadores dos EUA e da China se reunirão novamente nas próximas semanas para discutir um acordo comercial mais detalhado, mas não deixou claro quando isso irá ocorrer. Em coletiva de imprensa pela manhã, Trump disse que não espera que as tarifas dos EUA sobre as importações chinesas retornem a 145% após o fim da pausa de 90 dias, e que acredita que Washington e Pequim chegarão a um acordo definitivo. O republicano também afirmou que a China já concordou em abrir o mercado para os EUA, mas que isso "levará um tempo para ser colocado no papel". Trump destacou ainda que, além dos acordos sobre tarifas já firmados com a China e com o Reino Unido, muitos outros "estão a caminho". No entanto, ameaçou aumentar as taxas para os países que se recusarem a apoiar sua proposta de reduzir os preços de medicamentos, assinada nesta segunda. A medida orienta que farmacêuticas diminuam os valores dos remédios nos EUA aos praticados "em outros países", segundo Trump. Reação do mercado A escalada das medidas tarifárias do presidente americano Donald Trump, com o objetivo de reduzir o déficit comercial dos EUA, abalou os mercados financeiros no mundo todo no mês passado. Após o anúncio de um acordo entre EUA e China, o dólar passou a subir em relação a outras moedas importantes e os mercados de ações se recuperaram, com a diminuição da possibilidade de recessão global por conta do tarifaço. Na China, os principais índices de ações fecharam em alta, e o yuan atingiu o maior valor em seis meses. Nos EUA, as bolsas de Nova York tinham fortes altas pela manhã. O acordo foi mais longe do que muitos analistas esperavam. "Eu achava que as tarifas seriam reduzidas para algo em torno de 50%", disse Zhiwei Zhang, economista-chefe da Pinpoint Asset Management em Hong Kong, à Reuters. "Obviamente, essa é uma notícia muito positiva para as economias de ambos os países e para a economia global, e deixa os investidores muito menos preocupados com os danos às cadeias de suprimentos globais no curto prazo", acrescentou Zhang. Trump diz que vai negociar novas tarifas com a China Relembre a guerra tarifária entre China e EUA A guerra tarifária entre as duas maiores economias do mundo se intensificou após o anúncio das tarifas prometidas por Trump, no início de abril. A China foi um dos países tarifados — e com uma das maiores taxas, de 34%. Essa taxa se somou aos 20% que já eram cobrados em tarifas sobre os produtos chineses anteriormente. Como resposta ao tarifaço, o governo chinês impôs, em 4 de abril, tarifas extras de 34% sobre todas as importações americanas. Os EUA decidiram retaliar, e Trump deu um prazo para a China: ou o país asiático retirava as tarifas até as 12h de 8 de abril, ou seria taxado em mais 50 pontos percentuais, levando o total das tarifas a 104%. A China não recuou e ainda afirmou que estava preparada para "revidar até o fim". Cumprindo a promessa, Trump confirmou a elevação das tarifas sobre os produtos chineses. A resposta chinesa veio na manhã de 9 de abril: o governo elevou as tarifas sobre produtos americanos de 34% para 84%, acompanhando o mesmo percentual de alta dos EUA. No mesmo dia, Trump anunciou que daria uma "pausa" no tarifaço contra os mais de 180 países, mas a China seria uma exceção. O presidente dos EUA subiu a taxação de produtos chineses para 125%. Em 10 de abril, a Casa Branca explicou que as taxas de 125% foram somadas a outra tarifa de 20% já aplicada anteriormente sobre a China, resultando numa alíquota total de 145%. Como resposta, em 11 de abril, os chineses elevaram as tarifas sobre os produtos americanos para 125%. Os Estados Unidos querem tirar da China as vantagens em tratados internacionais por ser considerado um país em desenvolvimento AP - Andy Wong



Imposto de Renda 2025: o que acontece se eu não declarar?


12/05/2025 03:00 - g1.globo.com


Quem não entregar a documentação dentro no prazo está sujeito ao pagamento de multa mínima de R$ 165,74, podendo chegar a 20% do imposto devido. Multa, nome sujo e CPF irregular. A lista de consequências para o contribuinte que não prestar contas à Receita Federal é grande e pode trazer dores de cabeça para aqueles que optarem por atrasar a entrega ou não enviarem a declaração do IR 2025. O prazo para declaração começou no dia 17 de março e vai até 30 de maio. Confira abaixo a lista de consequências para atrasos na entrega. LEIA MAIS Saiba tudo sobre o Imposto de Renda 2025 Veja como fazer a declaração pré-preenchida Veja quem é obrigado a declarar Veja como baixar o programa Veja o calendário dos lotes de restituição Imposto de Renda 2025: Receita começa a receber declarações pré-preenchidas Multa por atraso Segundo informações do Fisco, no caso de apresentação da declaração após o prazo previsto ou da não apresentação do documento, o contribuinte que é obrigado a declarar fica sujeito ao pagamento de multa por atraso, calculada da seguinte forma: Multa de 1% ao mês ou fração de atraso, calculado sobre o valor do imposto devido na declaração, ainda que integralmente pago, até um teto de 20%; Multa mínima de R$ 165,74 (apenas para quem estava "obrigado a declarar", mesmo sem imposto a pagar) Aqueles que não são obrigados a entregar a declaração de ajuste anual não estão sujeitos à cobrança dessa multa. São eles: Aposentados e assalariados que receberam abaixo de R$ 33.888,00 em 2024; Pessoas que têm doenças consideradas graves (nesses casos, é necessário apresentar laudo médico para solicitar a isenção); Pessoas com rendimentos de aposentadoria, pensão ou reforma. O atraso começa a ser contado pela Receita Federal a partir do primeiro dia após o fim do prazo de entrega. De acordo com o Fisco, aqueles que não fizerem a declaração e não pagarem a multa dentro do prazo de vencimento, também poderão ter a dedução desse valor nas restituições futuras, com os respectivos acréscimos legais. Para alertar os esquecidos, a Receita Federal costuma enviar notificações para cobrar os contribuintes das correções necessárias e do pagamento de multa pela ausência do envio. Nome sujo e CPF irregular Quando o contribuinte não presta contas à Receita, ele também tem o nome incluso no Cadastro Informativo de Créditos não Quitados do Setor Público Federal (Cadin) — um banco de dados onde estão registrados os nomes de pessoas que estão em débito para com órgãos e entidades federais. Você pode conferir se possui pendências aqui. Além de ter o nome incluído no cadastro de inadimplentes da Receita, o contribuinte ainda corre o risco de ter o CPF apontado como irregular pelo órgão. Se a Receita entende que o contribuinte atende os critérios de obrigatoriedade e identifica que não houve a entrega da declaração dentro do prazo, ela registra que o documento ainda está pendente e isso gera uma restrição no CPF. O Fisco reforça, no entanto, que suas normas não autorizam que outros órgãos públicos ou empresas privadas criem restrições ao cidadão apenas por estar com o CPF "pendente de regularização". Ainda assim, pessoas com o CPF irregular podem ter dificuldades em: Abrir ou movimentar contas bancárias e pedir empréstimos: isso porque, apesar de não existir um impedimento legal para esse tipo de movimentação financeira, os bancos têm autonomia para adotar políticas internas de análise de risco. Assim, um banco pode considerar a irregularidade do CPF como um fator negativo e pode negar a abertura da conta ou os empréstimos, por exemplo, com base em seus próprios critérios; Tirar o passaporte: segundo a Polícia Federal, o cidadão que estiver com o CPF pendente de regularização só consegue tirar o passaporte se não houver nenhum impedimento judicial ou qualquer outro impedimento; Participar de concursos públicos: apesar de as normas da Receita não autorizarem que outros órgãos públicos criem restrições ao cidadão apenas por estar nessa situação, alguns concursos públicos podem exigir que o CPF esteja em situação regular na hora da posse do cargo, como parte da documentação exigida; Comprar ou vender imóveis: o CPF pendente de regularização não impede legalmente a compra e venda de imóveis. Ainda assim, é possível que os cartórios ou as instituições financeiras exijam a comprovação de regularidade cadastral como parte da documentação exigida no processo de registro ou financiamento; entre outros. Dá prisão? De maneira geral, a não entrega da declaração não configura crime e a Receita Federal não tem competência legal para realizar prisões ou bloqueio de contas de contribuintes, por exemplo. Ou seja, não é porque o contribuinte deixou de entregar a declaração do Imposto de Renda que ele será preso. O que acontece é que, quando não há a entrega da declaração de Imposto de Renda nem o pagamento da multa de atraso, o contribuinte entra no radar do Fisco, que pode passar a fazer uma análise mais rigorosa de suas movimentações financeiras. A prisão como punição viria apenas na situação em que a Receita conclua que o contribuinte está atentando deliberadamente contra a legislação — como nos casos de fraude, sonegação fiscal ou mesmo de falsidade ideológica. Esses casos, no entanto, não acontecem automaticamente e dependem de um processo rigoroso e estruturado de análise por parte do Fisco para comprovação do crime — que inclui o cruzamento de dados e a cooperação com outros órgãos (como a Polícia Federal e o Ministério Público), por exemplo. Quem é obrigado a declarar o Imposto de Renda em 2025 quem recebeu rendimentos tributáveis acima de R$ 33.888,00 em 2024. O valor é um pouco maior do que o da declaração do IR do ano passado (R$ 30.639,90) por conta da ampliação da faixa de isenção; contribuintes que receberam rendimentos isentos, não-tributáveis ou tributados exclusivamente na fonte, cuja soma tenha sido superior a R$ 200 mil no ano passado; quem obteve, em qualquer mês de 2024, ganho de capital na alienação de bens ou direitos, sujeito à incidência do imposto, ou realizou operações em bolsas de valores, de mercadorias, de futuros e assemelhadas cuja soma foi superior a R$ 40 mil, ou com apuração de ganhos líquidos sujeitas à incidência do imposto; quem teve isenção de imposto sobre o ganho de capital na venda de imóveis residenciais, seguido de aquisição de outro imóvel residencial no prazo de 180 dias; quem teve, em 2024, receita bruta em valor superior a R$ 169.440,00 em atividade rural; quem tinha, até 31 de dezembro de 2024, a posse ou a propriedade de bens ou direitos, inclusive terra nua, de valor total superior a R$ 800 mil; quem passou para a condição de residente no Brasil em qualquer mês e se encontrava nessa condição até 31 de dezembro de 2024; quem optou por declarar os bens, direitos e obrigações detidos pela entidade controlada, direta ou indireta, no exterior como se fossem detidos diretamente pela pessoa física; possui trust no exterior; quem atualizou bens imóveis pagando ganho de capital diferenciado em dezembro/2024 (Lei nº 14.973/2024); quem auferiu rendimentos no exterior de aplicações financeiras e de lucros e dividendos; deseja atualizar bens no exterior.



EUA e China sinalizam avanços para reduzir tarifas após dois dias de negociações na Suíça


11/05/2025 17:04 - g1.globo.com


Detalhes do acordo devem ser divulgados nesta segunda (12). Secretário do Tesouro dos EUA e vice-primeiro-ministro chinês falam em 'progressos substanciais' e 'consenso importante'. O Secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, e o representante de comércio dos EUA, Jamieson Greer, falam à imprensa após negociações comerciais com a China em Genebra Martial Trezzini/Handout via Reuters Estados Unidos e China indicaram, neste domingo (11), que avançaram nas negociações para reduzir tarifas comerciais após a escalada das últimas semanas, em que as taxas passaram de 100%. Representantes dos dois países participaram de reuniões durante o fim de semana, em Genebra, na Suíça. Apesar das declarações otimistas, nenhuma medida concreta foi anunciada. "Estou feliz em informar que fizemos progressos substanciais entre os Estados Unidos e a China nas importantíssimas negociações comerciais", informou o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent. Segundo ele, detalhes sobre as conversas serão divulgados em uma declaração conjunta nesta segunda-feira (12). O vice-primeiro-ministro da China, He Lifeng, confirmou o progresso nas conversas, que ele chamou de "francas, aprofundadas e construtivas". Sem dar mais informações, Lifeng afirmou que ambos os lados chegaram a um "consenso importante". Além de Scott Bessent e He Lifeng, o representante comercial americano Jamieson Greer participou das reuniões. Neste domingo, Greer afirmou a repórteres que as diferenças entre as duas potências econômicas em questões comerciais "não são tão grandes quanto se pensava". "Foram dois dias muito construtivos. É importante entender a rapidez com que conseguimos chegar a um acordo." Escalada de tarifas Os EUA cobram uma tarifa de 145% sobre todas as importações chinesas, após uma escalada que começou no chamado "Dia da Libertação", quando Trump anunciou tarifas a mais de 180 países. A China, por sua vez, aplicou uma taxa de 125% sobre produtos americanos. Em sua primeira declaração sobre o encontro em Genebra, Trump afirmou na quinta (8) que acreditava em uma reunião "amigável" e em negociações "substanciais". Na sexta (9), acrescentou que tarifas de 80% sobre as importações de produtos chineses "pareciam corretas". No início do mês, o Ministério do Comércio da China declarou que estava avaliando uma proposta dos EUA para iniciar conversas sobre a guerra comercial, mas que os EUA precisavam "demonstrar sinceridade" e disposição para "corrigir suas práticas equivocadas e cancelar as tarifas unilaterais". Trump diz que vai negociar novas tarifas com a China Relembre a guerra tarifária entre China e EUA A guerra tarifária entre as duas maiores economias do mundo se intensificou após o anúncio das tarifas prometidas por Trump, no início de abril. A China foi um dos países tarifados — e com uma das maiores taxas, de 34%. Essa taxa se somou aos 20% que já eram cobrados em tarifas sobre os produtos chineses anteriormente. Como resposta ao tarifaço, o governo chinês impôs, em 4 de abril, tarifas extras de 34% sobre todas as importações americanas. Os EUA decidiram retaliar, e Trump deu um prazo para a China: ou o país asiático retirava as tarifas até as 12h de 8 de abril, ou seria taxado em mais 50 pontos percentuais, levando o total das tarifas a 104%. A China não recuou e ainda afirmou que estava preparada para "revidar até o fim". Cumprindo a promessa, Trump confirmou a elevação das tarifas sobre os produtos chineses. A resposta chinesa veio na manhã de 9 de abril: o governo elevou as tarifas sobre produtos americanos de 34% para 84%, acompanhando o mesmo percentual de alta dos EUA. No mesmo dia, Trump anunciou que daria uma "pausa" no tarifaço contra os mais de 180 países, mas a China seria uma exceção. O presidente dos EUA subiu a taxação de produtos chineses para 125%. Em 10 de abril, a Casa Branca explicou que as taxas de 125% foram somadas a outra tarifa de 20% já aplicada anteriormente sobre a China, resultando numa alíquota total de 145%. Como resposta, em 11 de abril, os chineses elevaram as tarifas sobre os produtos americanos para 125%.



E se o Brasil tivesse que escolher entre China ou Estados Unidos, como diz Trump?


11/05/2025 15:31 - g1.globo.com


Donald Trump diz que América Latina "talvez" tenha que escolher entre China ou Estados Unidos. Diplomatas e especialistas rejeitam a ideia. O presidente dos EUA, Donald Trump, participa de uma reunião bilateral com o presidente da China, Xi Jinping, durante a cúpula dos líderes do G20 em Osaka, Japão, 29 de junho de 2019. REUTERS/Kevin Lamarque/Foto de arquivo O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se encontra nesta semana com o presidente da China, Xi Jinping, em Pequim. Será o terceiro encontro oficial entre os dois desde que Lula assumiu o terceiro mandato, em janeiro de 2023. E ao mesmo tempo em que o governo dos dois países tratam a viagem como uma oportunidade de aprofundar as parcerias entre os dois países, a visita de Lula à China acontece em meio a um contexto internacional de turbulência. Estados Unidos e China estão em plena disputa por influência no mundo. O relatório anual da comunidade de inteligência dos Estados Unidos, divulgado neste ano, classificou a China como "a mais ampla e robusta ameaça militar à segurança nacional". E uma das regiões para onde as atenções estão se voltando nos últimos meses é a América Latina. Em abril, o presidente norte-americano Donald Trump disse em uma entrevista à versão em espanhol do canal Fox News que os países da região "talvez" tivessem que escolher entre os Estados Unidos ou a China. "Talvez, de uma certa maneira. Foi o que o Panamá fez, é o que outros estão fazendo e, talvez, pensando em fazer. Talvez. Sim, talvez deveriam fazer isso (escolher entre China e Estados Unidos)", disse Trump na entrevista. O presidente norte-americano não explicou em detalhes o que significaria, na prática, um país da América Latina ter que escolher entre os Estados Unidos e a China, mas um dos panos de fundo da atual disputa entre Estados Unidos e China na América Latina é econômico. Dados do Banco Mundial referentes a 2022 (ano mais recente disponível) apontam que os Estados Unidos ainda são o principal parceiro comercial da América Latina. Ao todo, os Estados Unidos são responsáveis por 41% das exportações da região para o mundo. Do outro lado, o país vende 30% de tudo o que a região importa. A China, no entanto, vem logo atrás. O país asiático é responsável por 12% das exportações da região e por 20% das importações. A diferença, no entanto, é que os chineses têm um saldo positivo no comércio com a América Latina, enquanto os norte-americanos têm um saldo negativo, pois compram mais do que vendem. Além da questão econômica, os norte-americanos vêm citando preocupações geopolíticas com o suposto aumento da presença chinesa na região. Um dos pontos de tensão mais recentes é o Canal do Panamá, cujo controle está com o Panamá, mas cuja influência chinesa foi questionada por Trump desde que assumiu seu segundo mandato. Canal do Panamá foi alvo de pressões norte-americanas para que empresas chinesas deixassem de controlar portos ao longo do corredor marítimo Getty Images/ via BBC A pressão norte-americana, aparentemente, deu resultado e o governo do Panamá anunciou que não iria renovar a parceria do país com a Iniciativa do Cinturão e Rota, um dos principais programas de investimento da China no exterior. Além disso, o grupo chinês que tinha a concessão de portos ao longo do canal vendeu suas operações a fundos norte-americanos. Mas e se a pressão feita no caso panamenho chegasse ao Brasil? Será que o país teria que escolher entre Estados Unidos e China? E se chegasse: a quem o Brasil deveria se alinhar? Lula desembarca na China de olho em oportunidades de negócios Autoridades e especialistas ouvidos pela BBC News Brasil afirmam que o cenário em que o Brasil se veria obrigado a escolher entre um país e outro é remoto por diversos fatores. Entre eles está a tradição diplomática do Brasil, que evita alinhamentos automáticos, e o fato de que, do ponto de vista econômico, dificilmente os Estados Unidos teria condições de absorver o fluxo de exportações brasileiras que vai para a China. Os presidentes do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, e da China, Xi Jinping, cumprimentam-se em Pequim durante cerimônia de assinatura de acordos comerciais entre os dois países, no dia 14 de abril de 2023 Ken Ishii/AFP Cenário remoto As relações do Brasil com a China e os Estados Unidos têm históricos muito distintos. O Brasil mantém relações diplomáticas com os Estados Unidos desde 1824, dois anos depois da proclamação da independência brasileira. Historicamente, os dois países tiveram momentos de maior proximidade e de distanciamento. A partir do final da Primeira Guerra Mundial, os Estados Unidos passam o Reino Unido como principal parceiro comercial brasileiro e as relações entre os dois se aprofundam. Com a China, no entanto, as relações diplomáticas são mais recentes. O Brasil retomou as relações com a China em 1974, ainda durante a Ditadura Militar. O movimento brasileiro seguiu a reaproximação conduzida pelo então presidente norte-americano, Richard Nixon, ao país asiático. Nos anos 1980, o então presidente José Sarney fez uma visita ao país, mas é a partir dos anos 2000 que as relações entre os dois países se aprofundam. Em 2004, o Brasil foi um dos primeiros países a reconhecer a China como uma economia de mercado. Em 2009, o país asiático passa os Estados Unidos e se torna o principal parceiro comercial do Brasil, posto que ocupa até hoje. Apesar de Trump não ter explicado os termos da "escolha" entre Estados Unidos e China, os especialistas ouvidos pela BBC News Brasil descartaram que ele pudesse estar falando em um cenário de guerra aberta entre os dois países. Isso ocorre por um motivo simples: China e Estados Unidos são potências nucleares e um conflito militar entre eles poderia levar a cenários catastróficos. Os especialistas apontam, portanto, que o mais provável é que Trump se refira ao cenário de guerra comercial e política que vem se travando entre os dois países. Trump, por exemplo, vem dando seguidas demonstrações de incômodo com a aproximação entre países do chamado Sul Global, como o Brasil e a China. Em uma crítica direta aos BRICS, grupo de países fundado por Brasil, China, Rússia e Índia, Trump ameaçou tomar reagir se o bloco tentasse adotar mecanismos para diminuir a utilização do dólar nas transações internacionais. Essa é uma das propostas em discussão pelo grupo há alguns anos. Trump não chegou a fazer ameaças diretas ao Brasil por conta de sua proximidade com a China, mas a ideia de que o Brasil se veja obrigado a escolher entre Estados Unidos ou China não é bem recebida entre diplomatas brasileiros, entre eles, ex-ministro das Relações Exteriores e atual assessor internacional da Presidência da República, Celso Amorim. Em abril, ele disse à BBC News Brasil que esse tipo de escolha não se aplicaria ao Brasil. "O Brasil não vai fazer essa escolha. Os Estados Unidos são muito importantes para nós e continuarão a ser. Queremos que eles continuem a ser. Mas outros países também são importantes. A China é, obviamente, mas outros países também, como a Índia e a União Europeia". Diplomata há mais de seis décadas, Amorim acompanhou diferentes momentos da política externa brasileira e reforça que, historicamente, o Brasil tenta evitar alinhamentos automáticos com potências. As exceções ocorreram nos anos 1940, quando o Brasil, pressionado pelos Estados Unidos, aderiu ao bloco dos países Aliados e entrou na Segunda Guerra Mundial contra o Eixo, formado por Alemanha, Itália e Japão. A outra exceção ocorreu entre 2019 e 2023, durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que aderiu, publicamente, a um alinhamento ideológico e político aos Estados Unidos, à época comandado por Donald Trump. Apesar de o período ter sido marcado por tensões entre o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e diplomatas chineses, o Brasil, no entanto, não desacelerou o seu fluxo comercial com o país asiático. "Historicamente, o Brasil busca uma posição de neutralidade e busca a posição de buscar relações benéficas e construtivas com todos os parceiros do mundo", diz à BBC News Brasil o ex-secretário de Comércio Exterior do Brasil entre 2007 e 2011, Welber Barral, que hoje atua como consultor internacional para empresas com negócios em diversos países, inclusive a China. 'Miopia' de Trump Para Barral, a ideia proposta por Trump, de que os países da América Latina teriam que escolher entre Estados Unidos ou China, é "míope" e não se aplicaria ao Brasil. O país não mantém acordos de livre comércio com nenhum dos dois, e ambos são considerados essenciais para a saúde da economia brasileira. "Essa frase é míope porque você não pode obrigar os países a fazerem essa escolha. Os países têm interesses divergentes ou diferentes. [No caso do Brasil] , ninguém vai comprar as exportações agrícolas brasileiras como a China compra", diz Barral à BBC News Brasil. De fato, os dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) comprovam que, atualmente, a participação da China nas exportações brasileiras dificilmente poderia ser substituída, no curto prazo, por outros países. Desde 2009, a China é o principal parceiro comercial do Brasil, superando os Estados Unidos. De acordo com os dados oficiais, em 2024, o Brasil exportou US$ 94 bilhões para a China. A maior parte desse volume é composta por commodities agrícolas como soja, minério de ferro e petróleo. Em favor da China, pesa ainda o fato de que o saldo entre exportações e importações é positivo para o Brasil. A diferença entre o que o Brasil vende e o que Brasil compra da China foi de US$ 30 bilhões. Com os Estados Unidos a situação é diferente. Em 2024, o Brasil exportou US$ 40,3 bilhões e importou US$ 40,6 bilhões, o que gerou um déficit de US$ 300 milhões em favor dos norte-americanos. Por outro lado, Barral também descarta um alinhamento brasileiro integral à China. Segundo ele, enquanto as exportações para a China beneficiam setores como o agronegócio, com forte impacto sobre a economia do interior do país, as exportações para os Estados Unidos beneficiam setores como a indústria, com forte impacto nas áreas urbanas do Brasil. "Quando você pega a exportação do Brasil para os Estados Unidos, ela é bastante mista [...] há um volume muito importante de produtos manufaturados, principalmente por conta de uma integração produtiva entre filiais de empresas americanas", diz Barral. Brasil é o maior exportador de soja do mundo e China é um maior comprador do produto brasileiro Ueslei Marcelino/Reuters/ via BBC Maurício Santoro, cientista político e professor de Relações Internacionais do Centro de Estudos Políticos-Estratégicos da Marinha do Brasil, diz que outro elemento que inviabilizaria um alinhamento exclusivo à China por parte do Brasil são os investimentos norte-americanos feitos no Brasil. "Se a gente olhar do ponto de vista do comércio exterior, o Brasil exporta muito mais para a China do que para os Estados Unidos. Mas, por outro lado, os americanos investem muito mais no Brasil do que os chineses". Os dados do MDIC comprovam a afirmação do professor. Entre 2010 e 2023, os Estados Unidos lideram o ranking de estoque de investimentos estrangeiros no Brasil, com US$ 270 bilhões. A China vem em quinto lugar, com US$ 50 bilhões. Do lado norte-americano, boa parte dos investimentos no Brasil são resultado de operações entre empresas do país com filiais em território brasileiro. Do lado chinês, parte desses investimentos, nos últimos anos, tem sido direcionado a projetos de infraestrutura. "Há certas tecnologias que os americanos possuem e os chineses não. Um exemplo é na área de semicondutores avançados ou equipamento militar, que o Brasil compra dos americanos e não dos chineses. E há outras tecnologias que a China oferece e os Estados Unidos, não, como o padrão 5G. Simplesmente, não é viável para o Brasil fazer essa escolha", explica. Além disso, diz Santoro, ambos os países fornecem tecnologias diferentes e necessárias ao Brasil. Para Santoro, o grande volume de investimentos norte-americanos no Brasil é um dos fatores que explica a reação classificada por ele como "comedida" do governo brasileiro em relação às tarifas impostas pelos Estados Unidos a produtos importados brasileiros. A tarifa para a maioria dos produtos ficou em 10%. Apesar de Lula ter prometido agir com "reciprocidade" caso os Estados Unidos impusessem tarifas a produtos brasileiros, até agora, nenhuma medida retaliatória foi de fato anunciada pelas autoridades nacionais. Capacidade de coerção Santoro aponta ainda que os Estados Unidos não teriam condições diplomáticas ou econômicas para impor esse tipo de "escolha" ao Brasil. "Talvez seja possível os Estados Unidos aplicarem mecanismos de coerção mais dura em algumas partes da América Latina como no México, na América Central ou no Caribe porque são países que dependem, realmente, dos Estados Unidos", diz Santoro. Segundo ele, a realidade é diferente para a América do Sul, o que inclui o Brasil. "A economia global mudou e os laços desses países com a China ou com a Europa se tornaram mais fortes. É uma política que não iria funcionar [...] Os EUA não têm capacidade, hoje, de coagir o Brasil a adotar uma determinada diplomacia com relação à China. E acho que seria contraproducente para os americanos", afirma Santoro. Para Welber Barral, tudo indica que o Brasil continuará a se manter neutro em meio à disputa entre Estados Unidos e China. "Não há o alinhamento automático da diplomacia brasileira. O que o Brasil vai continuar tentando fazer é manter-se num nível de neutralidade ou tentar ter uma boa relação com todos os países". Para ele, a postura adotada pelos Estados Unidos reflete o que ele chama de declínio do poder norte-americano. E segundo ele, os Estados Unidos erram ao tentar impor alinhamentos. "Os Estados Unidos, como uma potência em declínio, vão reagir e tentar manter sua zona de influência. A discussão é se as políticas que eles estão adotando hoje são inteligentes o suficiente para manter essa zona de influência. Muita gente vai dizer que não", diz Barral. Santoro avalia de forma semelhante. "Os Estados Unidos estão vendo a América Latina como um problema, como uma fonte de instabilidade por conta de imigração e do crime organizado. Os chineses veem a América Latina como oportunidade", diz.



Mega-Sena, concurso 2.861: prêmio acumula e vai a R$ 55 milhões


11/05/2025 12:05 - g1.globo.com


Veja as dezenas sorteadas: 02 - 21 - 27 - 46 - 51 - 53. Quina teve 55 apostas ganhadoras; cada uma vai levar R$ 72.740,95. Mega-Sena Marcelo Brandt/G1 O concurso 2.861 da Mega-Sena foi realizado na noite deste sábado (10) em São Paulo. Nenhuma aposta acertou as seis dezenas, e o prêmio para o próximo sorteio está estimado em R$ 55 milhões. Clique aqui para seguir o canal de Loterias do g1 no WhatsApp Veja os números sorteados: 02 - 21 - 27 - 46 - 51 - 53. 5 acertos - 55 apostas ganhadoras: R$ 72.740,95 4 acertos - 5.930 apostas ganhadoras: R$ 963,80 O próximo sorteio da Mega será na terça (13). Entenda como funciona a Mega-Sena e qual a probabilidade de ganhar o prêmio Para apostar na Mega-Sena As apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília), em qualquer lotérica do país ou pela internet, no site da Caixa Econômica Federal – acessível por celular, computador ou outros dispositivos. É necessário fazer um cadastro, ser maior de idade (18 anos ou mais) e preencher o número do cartão de crédito. Probabilidades A probabilidade de vencer em cada concurso varia de acordo com o número de dezenas jogadas e do tipo de aposta realizada. Para a aposta simples, com apenas seis dezenas, que custa R$ 5, a probabilidade de ganhar o prêmio milionário é de 1 em 50.063.860, segundo a Caixa. Já para uma aposta com 15 dezenas (limite máximo), com o preço de R$ 22.522,50, a probabilidade de acertar o prêmio é de 1 em 10.003, ainda segundo a Caixa.



Produtores colhem safra de atemoia, uma fruta doce e com casca rugosa


11/05/2025 10:30 - g1.globo.com


Em Jarinu (SP) uma família produz 300 toneladas da fruta por safra nos 20 hectares de plantação. A produção faz parte dos 70% que o Brasil exporta para Canadá e Inglaterra. Atemoia é o resultado do cruzamento entre a cherimólia e a fruta-do-conde TV TEM/Reprodução Olhando por fora não é uma fruta bonita, mas o que importa é o interior, que é saboroso e doce. A atemoia é o resultado do cruzamento entre a cherimóia e a fruta-do-conde. Em Jarinu (SP), uma família produz 300 toneladas por safra nos 20 hectares de plantação. Todo o processo é acompanhado pela engenheira agrônoma Sofia Santana, que conta que os cuidados começam ainda quando a árvore é apenas uma semente. “Fazemos tratamentos de nutrição, com algumas tecnologias importadas, para obter uma qualidade de fruta melhor, com cuidados que começam ainda nas sementes”, comenta. Esse cuidado faz com que os produtores tenham resultados positivos, principalmente na hora da colheita, graças à nutrição, como explica a engenheira. “A gente tem colhido frutas de até dois quilos. É uma seleção de árvores para as quais a gente mandou fazer as mudas. Nessas plantas, este ano, a gente já colheu uma fruta de um quilo e seiscentos gramas”, diz. Sofia comenta que o melhor caminho para a comercialização é o mercado externo, em vez do interno. "Quando a gente vende para o mercado externo, ela já está vendida, enquanto aqui no mercado interno vai para o Ceasa e pode ser vendida ou não. Então, a gente direciona para o mercado externo porque tem certeza de que será vendida", comenta. Com o mercado externo em alta demanda, o fruto já ganhou o status de "joia tropical" e tem 70% de sua produção exportada para países como Canadá e Inglaterra, com o preço do quilo variando entre dez e quinze reais. Veja a reportagem exibida no programa em 11/05/2025 Produtores colhem safra de atemoia, uma fruta doce e com casca rugosa VÍDEOS: veja as reportagens do Nosso Campo Acesse + TV TEM | Programação | Vídeos | Redes sociais Confira as últimas notícias do Nosso Campo



Milho com defesa natural: estudo da USP usa bactérias para combater lagarta e reduzir agrotóxicos


11/05/2025 09:00 - g1.globo.com


Bioinsumo promove o desenvolvimento da planta e a defesa contra a lagarta-de-cartucho, principal praga do cultivo do grão, afirmou pesquisadora. Campo de milho perto de Akron, Iowa, nos EUA em 28 de outubro de 2017 REUTERS/Lucas Jackson/File Photo Um estudo realizado por pesquisadores da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq/USP), de Piracicaba (SP), utiliza bactérias para conter o avanço da lagarta-de-cartucho, uma das principais pragas do milho, e diminuir o uso de agrotóxicos. 📲 Participe do canal do WhatsApp do g1 Piracicaba A pesquisa de mestrado e doutorado servirá como base para o desenvolvimento de um bioinsumo que, em alguns anos, estará disponível para aplicação nas lavouras, informou Diandra Achre, engenheira agrônoma e responsável pela pesquisa (saiba mais abaixo). Como funciona A planta do milho recebe bactérias que fazem parte da microbiota da lagarta-de-cartucho. Quando essas bactérias são aplicadas na planta, elas mudam de função: o que antes ajudava o inseto, agora ajuda o milho. Elas fazem a planta crescer melhor e ficar mais resistente a pragas e doenças. É como se o milho, com a ajuda das bactérias, ‘aprendesse’ a se proteger ao identificar sinais associados ao seu inimigo. "De uma forma bem simples, fazemos a transferência dessa bactéria para a planta e ela começa a ativar a resposta de defesa e, quando a lagarta chega, ela se alimenta daquela planta". Segundo a pesquisadora, isso pode fazer com que o inseto morra ou tenha seu ataque reduzido. Em laboratório, o trabalho resultou na mortalidade de até 100% das larvas e, em campo, uma redução de até 50% dos danos, explica Diandra. Explicação de como funciona o bioinsumo que ajuda planta do milho a combater lagarta-de-cartucho Diandra Achre Menos agrotóxicos A aplicação dessas bactérias é considerada um bioinsumo - produto de origem biológica para melhorar o cultivo de plantas ou criação de animais. O bioinsumo contribui para uma agricultura mais sustentável do ponto de vista ecológico e financeiro, pois permite a redução do uso de agrotóxicos e agroquímicos. Organofosforados, carbamatos e piretroides são os agrotóxicos mais utilizados nas lavouras de milho que teriam o uso reduzido, conta a pesquisadora. “Não só uma questão da redução [de agrotóxico], mas uma questão da diminuição da aplicação dele. Diminui o número de aplicações que você faz, vai reduzir o custo de aplicação, seja de combustível, de água, de tudo. Então, reduz os agrotóxicos, os agroquímicos e vai reduzir também o número de aplicações”, afirma Diandra. Pulverização aérea de agrotóxicos Agência Brasil Início da pesquisa Tudo começou com a vontade de Diandra Achre em entender o papel dos microrganismos presentes nos insetos, em especial na lagarta-de-cartucho. "Existem microrganismos no nosso corpo. Eles têm importância para nós. Para os insetos não é diferente. Os insetos têm os seus microrganismos, ele tem a sua microbiota, ele tem o seu ecossistema. Buscamos entender a função desses microrganismos para o inseto, mas de uma visão, agora, da interação desse inseto com a planta, porque há muitos insetos que se alimentam de plantas”, conta a pesquisadora. Para isso, ela teve apoio de pesquisadores e de outros departamentos da universidade. O trabalho uniu forças nas áreas de Microbiologia, Entomologia (estudo de insetos), Genética e Fisiologia Vegetal. O entendimento desse processo rendeu o mestrado e o doutorado da pesquisadora, mas não só: poderá virar um produto, para solucionar um problema real da agricultura. Área arborizada no campus da Esalq, em Piracicaba Carlos Alberto Coutinho Desenvolvimento do produto Diandra teve o incentivo financeiro da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo, a Fapesp, para abrir uma agtech, startup ligada ao agronegócio, especializada em desenvolvimento desse e de outros bioinsumos. Ela conta que o bioinsumo contra a lagarta-de-cartucho estará no mercado em questão de alguns anos. Segundo a pesquisadora, a startup tem trabalhado para finalizar a formulação do produto em si e feito estudos de escalonamento industrial e viabilidade econômica. VÍDEOS: tudo sobre Piracicaba e região Veja mais notícias da região no g1 Piracicaba Veja mais notícias do g1 Piracicaba e região



Flor de café conilon vira chá e pesquisadores estudam viabilidade do produto para o mercado


11/05/2025 07:00 - g1.globo.com


Estudos da Fazenda Experimental da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), em São Mateus, Norte do estado, ainda são iniciais e buscam analisar potencial de todas as partes do café. Pesquisadores estudam a possibilidade de fazer chá com flor de café Estudos realizado na fazenda experimental da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), em São Mateus, no Norte do estado, analisaram o potencial econômico de outras partes do pé do café conilon, além do grão. Um dos estudos constatou que até mesmo a flor do fruto pode ser utilizada para consumo, na forma de chá. 📲 Clique aqui para seguir o canal do g1 ES no WhatsApp A ideia dos pesquisadores é aproveitar um nicho de mercado artesanal a partir desse uso e, com isso, investir mais em pesquisa e sustentabilidade. O estudo vai continuar, até para que os pesquisadores possam entender melhor esse produto e saber da viabilidade de produção. De acordo com Fábio Parteli, professor e pesquisador da Ufes, o estudo ainda está em fase inicial, mas é visto com otimismo pelas equipes, que acompanham 50 tipos diferentes do fruto. Pesquisadores de fazenda experimental da Ufes em São Mateus, Espírito Santo, viram que é possível fazer chá da flor de café Reprodução/TV Gazeta A ideia é aproveitar o fato de o Espírito Santo ser o segundo maior produtor brasileiro de café para apostar em novidades no ramo. "É comum as pessoas, dona de casa e o empresário, passar próximo à lavoura de café e sentir aquele aroma. Eles comentam que o cheiro do café, quando ele flora, é bom, doce. Mas no Brasil não existe a tradição de tomar chá. Mas, eventualmente, as pessoas tomam o chá caseiro. Uma equipe também fez a caracterização do grão lá do Rio de Janeiro e já havia estudos sobre o chá feito da flor de café arábica. Nós propomos o desafio para ver se a flor do conilon também é boa para chá", disse Fábio Parteli. O professor apontou ainda que a pesquisa já foi enviada para a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), para ser melhor analisada. "Lá foi feita a prova de xícara, de chá, com outras pessoas. Foi feito análise de laboratório para ver o cheiro e saber identificar se realmente a flor de café vai produzir um bom chá. Então, mostrou que há um grande de potencial, que o produto é bom. O custo de colher flor de café ainda é um desafio, uma vez que é tudo novo, e a gente ainda não tem um mercado sólido, mas tem potencial". Imagem do chá sendo preparado. Ricardo Custódio / TG Fortalecimento do agronegócio O pé de café está presente na maioria das propriedades rurais do Espírito Santo. É a partir desse grão que vem o sustento de famílias como a do Gleison Oliosi, engenheiro agrônomo. "Todas as tecnologias, técnicas aprendidas aqui, a gente leva tanto para a propriedade familiar em Nova Venécia, quanto para os próprios vizinhos, conhecidos que pedem alguma dúvida, algum questionamento para gente", comentou. O doutorando em genética e melhoramento contou que cresceu acompanhando o pai na lavoura e decidiu se formar na área. Estudos também são feitos para tentar melhorar a produtividade. Um deles mede os impactos do sombreamento no cultivo. Florada de café no Espírito Santo Reprodução/TV Gazeta Parteli acredita que as variedades de café, como o conilon bicudo, ajudam para aumentar a produtividade. "A produtividade dele foi extraordinária, inclusive foi um pouco superior a um clone muito conhecido no Espírito Santo, que é o A1. Então, é um material muito bom, planta que não tomba, de galho grosso, vigorosa", explicou. LEIA TAMBÉM: Laboratório do Ifes identifica sabor, aroma, categorias do café e propõe a produtores do ES melhorias no cultivo Pesquisadores testam 'protetor solar' para proteger cafezais das altas temperaturas no ES Produtores de queijo estudam novas técnicas para não perderem selo de produto artesanal após mudança de regras do Ministério da Agricultura Já em outro estudo, o tipo de café guarani apresentou altos percentuais de cafeína. Um diferencial tem chamado a atenção da indústria. "No passado, quando nós registramos essa cultivar com alto teor de cafeína, algumas empresas até nos procuraram, pediram 500 sacas, mas falamos que era inicial. Mais recentemente, outra empresa pequena, que torra café conilon de qualidade, nos procurou e disponibilizamos brotos. Tiraram 200 mudas de café há um ano, então, provavelmente essa empresa capixaba de repente está lançando um produto com alto teor de cafeína", destacou. Apesar das análises feitas por esses profissionais, a maioria dessas variedades são descobertas no campo, pelos próprios produtores. Florada de café no Espírito Santo Reprodução/TV Gazeta São os agricultores que em vez de plantarem apenas mudas de estaca, que dão origem a plantas idênticas, plantam também sementes, que fazem surgir pés com características diferentes da planta-mãe. "O agricultor faz uma lavourinha de sementes, pega as melhores plantas e faz um pedacinho. E aí naquele pedacinho ele observa quais são as plantas que se destacam em vigor, arquitetura, tamanho de grão e, logicamente, no principal, que é a produtividade", afirmou. Na fazenda experimental da Ufes, também são mantidos um banco de germoplasmas, que funciona como um acervo a céu aberto com mais de 50 tipos diferentes de café. Depois que os produtores descobrem por conta própria os clones a partir das lavouras de sementes, isso chega ao conhecimento da universidade, que começa a estudar todas as características das plantas para confirmar a viabilidade do cultivo. Chá da flor de café pode ser feito com café conilon no Espírito Santo Reprodução/TV Gazeta VÍDEOS: tudo sobre o Espírito Santo Veja o plantão de últimas notícias do g1 Espírito Santo



VÍDEO: Neta X é um SUV elétrico com bom preço, mas por que ele quase não vende? Veja a avaliação


11/05/2025 06:00 - g1.globo.com


A marca, pouco (ou nada) conhecida no Brasil, vendeu apenas 42 carros no Brasil durante os quatro primeiros meses de 2025. Será possível reverter a situação? Neta X: veja os pontos positivos e negativos do SUV (que ainda vende pouquíssimo por aqui) O Neta X é SUV médio que oferece mais espaço no porta-malas que um Jeep Compass híbrido, que o elétrico BYD Yuan Plus e custa menos que alguns concorrentes, mesmo comparado a modelos movidos exclusivamente a gasolina. Então, por que ele vende tão pouco? A marca, pouco (ou nada) conhecida no Brasil, vendeu apenas 42 carros no Brasil durante os quatro primeiros meses de 2025, segundo dados da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave). A concorrente chinesa Zeekr, também novata e sem fama por aqui, vendeu 4,4 vezes mais. Foram 186 modelos emplacados no mesmo período. A líder é a BYD, que colocou 13.281 novos carros nas ruas durante os mesmos quatro meses de 2025. O g1 testou o Neta X 500 Luxury, versão topo de linha do SUV médio, para avaliar seus pontos fortes e fracos. Será possível reverter esse jogo? Neta X tem visual minimalista Neta X de frente g1 | Fábio Tito Mesmo com o Neta X mais barato que seus concorrentes dentro de fora do Brasil, no mercado internacional as vendas da marca também não decolaram e fizeram a companhia repensar muitos de seus planos, envolvendo até mesmo demissão de funcionários. Segundo Wilson Sun, presidente assistente da fabricante, Neta significa "espírito que nunca desiste". Essa persistência será necessária, realmente. Por aqui, o Neta X 500 Luxury briga com Jeep Compass, que é vendido por aqui em versão a combustão e híbrida plug-in. Ainda entram neste bolo o Toyota Corolla Cross, Volkswagen Taos, Hyundai Creta e Nissan Kicks, todos em versão topo de linha. A primeira diferença do Neta X é o visual minimalista, um alívio em meio a concorrentes com excesso de informações em adesivos. A BYD, por exemplo, costuma estampar o nome da marca por extenso, escrevendo “Build your Dreams” logo abaixo do vidro traseiro e coloca outros detalhes, como faz atualmente com as duas versões do Dolphin, Han, Seal e Yuan Plus. Até a GWM coloca o nome da marca em destaque na tampa traseira de modelos como Haval e Ora 03, indo até o Tank. Neste último, temos "GWM TANK" de um lado da traseira, "300" do outro, enquanto PHEV e Hi4-T juntos na parte inferior. No Neta X, o logo da marca está em uma cor que não contrasta com a pintura do carro, e a única adição na tampa do porta-malas é a letra X, representando o nome do modelo. Além do minimalismo, o restante do visual do carro não tem tanta personalidade. Não que seja ruim, mas não chama atenção, e as linhas laterais que podem ser reconhecidas como inspiradas em outros SUVs médios, como Nissan Kicks e Honda HR-V. Logo da Neta fica pouco visível na traseira do Neta X Fábio Tito/g1 Neta X é espaçoso e concentra comandos na central multimídia Os maiores pontos de destaque do Neta X estão no interior. O primeiro e mais visível é o acabamento. Há poucas partes com plástico duro e, em praticamente todos os cantos onde você pode colocar a mão, a fabricante utiliza couro ou tecido, sempre macios ao toque. Esse tipo de conforto ao toque não é exclusividade da Neta, mas se destaca por estar presente em um veículo próximo dos R$ 200 mil. Acabamento predominantemente em couro tende a aparecer apenas em carros mais caros. Interior do Neta X com 80% do acabamento em couro Fábio Tito/g1 Geralmente, um bom espaço para as pernas do passageiro significa um porta-malas menor. Não é o que ocorre com o Neta X, que oferece 508 litros para bagagens. Nesse aspecto, ele também supera o Jeep Compass (476 litros) e o BYD Yuan Plus (440 litros). Outro ponto de destaque é o espaço interno. São 2,77 metros de entre-eixos, com assoalho plano. Esse espaço é maior que o de seu único concorrente direto, o BYD Yuan Plus (2,72 metros), além de ser mais espaçoso que um Jeep Compass (2,63 metros). Com o banco do motorista ajustado para uma pessoa de 1,65 metro, há mais de dois palmos de espaço entre o joelho do passageiro e o assento à frente. Neta X tem bom espaço interno Fábio Tito/g1 Como nem todo carro é perfeito, o Neta X tem pontos negativos que precisam ser considerados. O primeiro deles é a quantidade exagerada de ajustes do veículo presentes apenas na central multimídia. Ela é espaçosa (15,6 polegadas), como todo bom carro chinês moderno, e tem resolução para fácil leitura de todo conteúdo, mas até o controle dos retrovisores laterais depende dela. Outros ajustes que deveriam estar em locais mais acessíveis, como os comandos dos faróis, os modos de condução e acionamento do teto solar, também estão na central multimídia. Imagine que, para ligar o farol, fechar o teto solar ou ajustar o retrovisor, você precisa tocar na tela, sair do GPS ou do controle de mídia, entrar nos ajustes, selecionar a função desejada e só então controlar o recurso do veículo — foram cerca de três toques na central multimídia, sempre retirando atenção da rodovia. Outro ponto negativo, embora menor, é a localização do câmbio. Ele está na haste que fica na coluna de direção, onde geralmente estão os ajustes do limpador de para-brisas. Esse é um local comum em carros dos Estados Unidos, mas não nos vendidos no Brasil. Central multimídia do Neta X concentra muitas funções, como controle dos espelhos e até dos faróis Fábio Tito/g1 Ainda na área do motorista, o painel de instrumentos é digital e tem 8,9 polegadas. Ele é moderno, como se espera de um carro atual, mas os indicadores são fixos — não há possibilidade de personalizar o conteúdo exibido. Uma das maiores vantagens desses painéis digitais é justamente a capacidade de exibir as informações mais relevantes para cada motorista. No Neta X, não há necessidade de mostrar constantemente todas as posições de marcha; bastaria destacar a “engatada”. Essas escolhas poderiam ser substituídas por outros dados, como ocorre em modelos concorrentes — inclusive em veículos bem mais baratos, como o Volkswagen Polo — mas não no Neta X. Por fim, o retrovisor central não possui a função de ofuscamento automático dos faróis dos carros que vêm atrás. Esse recurso, assim como a personalização do painel digital, já é comum até em veículos de menor preço, como o Volkswagen Nivus. Volante do Neta X não oferece controles, como de piloto automátivo adaptativo Fábio Tito/g1 Elétrico é esperto, mesmo com motor mais simples À primeira vista, a potência de 164 cv em um carro com mais de 1,7 mil quilos pode sugerir um desempenho tímido, especialmente em ultrapassagens na estrada. Esse seria o caso de um veículo a combustão, mas não se aplica a um elétrico. O torque instantâneo compensa a potência menor. Para ilustrar melhor: durante os testes, sempre conseguimos fazer o Neta X sair na frente das motos ao abrir o semáforo, além de nos proporcionar ultrapassagens seguras na estrada. Comparado a um SUV de porte semelhante, mas com motorização a combustão, o Neta X oferece um desempenho equivalente ao esperado de um motor 1.4 ou 1.6, ambos turbo. A suspensão é macia, como em quase todo carro chinês. Com elas o conforto em ambientes urbanos foi uma realidade, com o conjunto amortecendo bem os impactos de buracos, lombadas e valetas, que dificilmente causam maiores solavancos aos ocupantes. Por fim, o último ponto negativo do Neta X é o tempo de atuação da empresa no Brasil, já que a marca ainda não possui a mesma rede de concessionárias e assistência de uma BYD, Volkswagen, GM ou Fiat. Quem compra um carro neste momento inicial da marca precisa estar ciente de que pode enfrentar dificuldades para encontrar peças ou conseguir reparo especializado fora das capitais. No final das contas, o Neta X é vendido por R$ 214,9 mil e é tão ágil e arisco, ou até mais, que um Jeep Compass 4XE, versão híbrida do veículo americano, enquanto custa R$ 132,4 mil a menos — o Jeep é vendido por aqui por R$ 347,3 mil. O porta-malas é maior, assim como o do BYD Yuan Plus, que é R$ 20,9 mil mais caro. Outro concorrente eletrificado que o Neta X encontra no Brasil é o Toyota Corolla Cross. Ele tem sistema híbrido pleno, o que impede que o veículo possa circular no modo elétrico por grandes distâncias, como consegue o Compass 4XE, mas vem atraindo compradores no Brasil. Ele custa R$ 219.890 e é, neste momento, R$ 10 mais barato. O acabamento do Neta X é mais confortável que o desses concorrentes, além de oferecer mais espaço interno para as pernas. Por outro lado, a central multimídia concentra mais comandos do que deveria, e o painel de instrumentos digital carece de personalização. Neta precisa comer feijão para ir bem no Brasil O logo da Neta é um ideograma chinês que pode ser traduzido como "pessoas rodeadas pela natureza e esportividade". A montadora chinesa Neta Auto faz parte do grupo Hozon New Energy Automobile, um conglomerado que fornece tecnologia para o setor automotivo. Fundada em 2014, a Hozon registrou mais de 3 mil patentes. Quatro anos depois, lançou a Neta, que possui duas fábricas na China e uma na Tailândia. Desde 2018, a Neta lançou sete modelos mundialmente: GT (que chega até o final do ano), S (um sedã cupê), U (SUV compacto), L (SUV de porte médio) e V (outro utilitário compacto). Talvez, uma das saídas para a Neta seja mostrar a solidez da empresa, algo que não conseguiu até agora. Até a chegada das recentes gigantes chinesas ao mercado, havia muita desconfiança de que a montadora fosse simplesmente desaparecer. Com um carro bom e preço melhor que os adversários, a Neta precisa agora ser mais popular. Chave do Neta X é pequena como um estojo de maquiagem Fábio Tito/g1



'Entrei em pânico e gastei 400 dólares online': a reação de americanos às mudanças no frete de compras internacionais


10/05/2025 20:22 - g1.globo.com


Como os consumidores estão reagindo às mudanças no envio que significam que pacotes de baixo valor entrando nos EUA não evitam mais as tarifas. Deborah Grushkin diz que entrou em pânico ao saber do fim do valor mínimo isento de impostos para compras internacionais Deborah Grushkin No início deste ano, Deborah Grushkin, uma compradora online empolgada de Nova Jersey, estado no nordeste dos Estados Unidos, entrou em pânico. O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, havia assinado uma ordem para acabar com a entrada no país, livre de impostos e trâmites alfandegários, de pacotes vindos da China com valor inferior a US$ 800 (cerca de R$ 4.100). A medida — apoiada por varejistas tradicionais — vinha sendo debatida em Washington há anos, diante da explosão de encomendas que chegavam ao país abaixo desse limite. Vários países, incluindo o Brasil e o Reino Unido, estão considerando medidas semelhantes, impulsionados em parte pelo crescimento acelerado de plataformas como Shein e Temu. No Brasil, desde o ano passado, uma lei estabeleceu a taxação em 20% para compras internacionais de até 50 dólares (R$ 282) em plataformas internacionais como Shein, Shopee e AliExpress. A lei, que gerou polêmica, ficou popularmente conhecida como "taxa das blusinhas". Mas nos EUA, a decisão de Trump de encerrar essa isenção ao mesmo tempo em que impôs uma onda de novas tarifas comerciais — incluindo impostos de importação de pelo menos 145% sobre produtos chineses — representou um golpe duplo que pegou empresas e consumidores de surpresa. Marcas de comércio eletrônico baseadas nos EUA, que nasceram aproveitando esse sistema, alertam que as mudanças podem levar pequenas empresas à falência. Já consumidores como Deborah se preparam para aumentos de preços e escassez de produtos. Quando o prazo final de 2 de maio se aproximou, a americana de 36 anos correu para garantir cerca de 400 dólares (aproximadamente R$ 2.050) em itens da Shein — incluindo adesivos, camisetas, moletons, presentes para o Dia das Mães e 20 tubos de delineador líquido. "Senti como se fosse meu último momento de liberdade," diz ela. O uso das regras conhecidas como "de minimis" — que permitem que pacotes de baixo valor entrem no país sem tarifas, inspeção alfandegária ou outras exigências regulatórias — disparou na última década. A adesão cresceu especialmente durante o primeiro mandato de Donald Trump, quando ele aumentou as tarifas sobre diversos produtos chineses. Em 2023, essas remessas representaram mais de 7% das importações de consumo, ante menos de 0,01% dez anos antes. Só no ano passado, quase 1,4 bilhão de pacotes entraram no país usando essa isenção — o equivalente a mais de 3,7 milhões por dia. Defensores da isenção — incluindo empresas de transporte — argumentam que o sistema facilitou o comércio, resultando em preços mais baixos e mais opções para os consumidores. Já os que pedem mudanças — entre eles parlamentares dos dois partidos — dizem que empresas estão abusando de uma regra criada originalmente para facilitar o envio de presentes entre familiares e amigos. Eles alertam que o crescimento desse tipo de envio tem facilitado a entrada de produtos ilegais, falsificados ou que violam padrões de segurança e outras normas. Recentemente, Trump chamou o de minimis de "um golpe" e minimizou as preocupações com os custos mais altos: "Talvez as crianças tenham duas bonecas em vez de trinta", disse ele. No entanto, pesquisas indicam que as preocupações com suas políticas econômicas estão crescendo à medida que as mudanças começam a afetar o bolso da população. Krystal DuFrene acredita que é o consumidor quem acaba pagando a tarifa Krystal DuFrene Krystal DuFrene, uma aposentada de 57 anos do Mississippi, que depende de pagamentos de invalidez como sua principal fonte de renda, diz que tem nervosamente verificado os preços no Temu há semanas, recentemente cancelando um pedido de cortinas após ver o preço mais do que triplicar. Embora tenha encontrado o mesmo item pelo preço original na rede de armazéns da plataforma nos Estados Unidos, ela afirma que o custo das redes de pesca de seu marido mais que dobrou. "Eu não sei quem paga a tarifa, exceto o cliente", ela diz. "Em todo lugar está vendendo coisas baratas da China, então eu realmente prefiro poder pedir diretamente." Quando as regras sobre o de minimis mudaram na semana passada, o Temu anunciou que deixaria de vender mercadorias importadas da China nos Estados Unidos diretamente para os clientes pela sua plataforma, e que todas as vendas seriam agora realizadas por "vendedores locais", com os pedidos sendo cumpridos dentro dos Estados Unidos. Trump amplia 'taxa das blusinhas' nos EUA e encarece produtos chineses 'Fim de uma era' Os economistas Pablo Fajgelbaum e Amit Khandelwal estimaram que o fim do de minimis resultaria em custos adicionais de pelo menos US$ 10,9 bilhões (aproximadamente R$ 54 bilhões), que, segundo eles, seriam desproporcionalmente suportados por famílias de baixa renda e minorias. "De certa forma, parece o fim de uma era", diz Gee Davis, um autor de 40 anos do Missouri, que usou o Temu durante uma recente mudança de casa para comprar itens pequenos como um abridor de latas elétrico e organizadores de armários de cozinha. Gee Davis e sua colega de apartamento usaram o Temu para comprar novos organizadores de cozinha enquanto se mudavam Gee Davis Ela diz que foi um alívio poder pagar facilmente os itens extras e que as novas regras pareciam um "golpe financeiro" do governo para beneficiar grandes varejistas americanos estabelecidos, como Amazon e Walmart, que vendem produtos semelhantes — mas com uma margem de lucro maior. "Não acho certo ou justo que pequenos mimos sejam [restritos] apenas para pessoas mais ricas. Seria realmente desanimador se todos que estivessem abaixo de um certo limite de renda familiar simplesmente não pudessem mais comprar nada para si mesmos." Como em outras mudanças de políticas de Trump, ainda há dúvidas sobre o significado da mudança. O presidente já foi forçado a suspender a política uma vez antes, quando pacotes começaram a se acumular na fronteira. Lori Wallach, diretora da Rethink Trade, que apoia o fim do de minimis por questões de segurança do consumidor, diz que o fim da isenção é significativo "no papel", mas teme que a administração esteja tomando medidas que enfraquecerão sua implementação. Ela aponta para um aviso recente da alfândega, que disse que produtos afetados por muitas das novas tarifas poderiam entrar no país por meio do processo informal, uma medida que facilita alguns requisitos regulatórios. "Praticamente, porque tudo isso pode entrar por via informal, vai ser extremamente difícil coletar tarifas ou inspecionar realmente muito mais do que antes da mudança", diz ela. 'Uma mudança insuperável' A Alfândega e Proteção de Fronteiras negam que a medida enfraquecerá a fiscalização, observando que as empresas ainda são obrigadas a fornecer mais informações do que antes. As empresas indicaram que estão levando as mudanças a sério. A empresa de ternos sob medida Indochino afirmou que as mudanças no de minimis representam uma "ameaça significativa" para a viabilidade de seus negócios Washington Post/Getty Images Tanto Shein quanto Temu alertaram seus clientes no mês passado sobre o aumento de preços, enquanto a Temu afirma que está expandindo rapidamente sua rede de vendedores e armazéns nos Estados Unidos para proteger seus preços baixos. Outros grupos empresariais afirmam que muitas marcas americanas menores e menos conhecidas que fabricam no exterior para clientes dos EUA estão enfrentando dificuldades – e podem não sobreviver. "Se as tarifas não estivessem em vigor, seria como tomar um pouco de remédio amargo", diz Alex Beller, membro do conselho da Ecommerce Innovation Alliance, um grupo de lobby empresarial, e cofundador da Postscript, que trabalha com milhares de pequenas empresas no marketing por mensagens de texto. "Mas, combinadas com as outras tarifas, especialmente para marcas que fabricam na China, isso se torna uma mudança insuperável." Em uma carta ao governo no mês passado, a empresa de roupas masculinas Indochino, conhecida pelos seus ternos sob medida feitos sob encomenda na China, alertou que o fim do de minimis representaria uma "ameaça significativa para a viabilidade" de seus negócios e de outras empresas americanas de médio porte, como a dela. Steven Borelli é o CEO da empresa de roupas athleisure CUTS, que fabrica fora dos EUA, enviando produtos para um armazém no México, de onde os pacotes são enviados para os clientes nos EUA. Sua empresa tem pressionado para reduzir sua dependência da China, interrompendo os pedidos no país meses atrás. Ainda assim, ele afirma que agora está considerando aumentos de preços e cortes de empregos. Ele diz que sua empresa tem margem de manobra, pois atende a clientes de maior renda, mas espera que "milhares" de outras marcas desapareçam sem mudanças na situação. "Queremos mais tempo", diz ele. "A velocidade com que tudo está acontecendo é rápida demais para as empresas se ajustarem."



Tarifaço de Trump: EUA e China planejam retomar negociações sobre tarifas neste domingo


10/05/2025 19:36 - g1.globo.com


Autoridades terminaram o primeiro dia de reuniões na Suíça sem sinalizar qualquer progresso em direção à redução das taxas. Trump (presidente dos EUA) e Xi Jinping (presidente da China) AFP Estados Unidos e China fizeram neste sábado (10), na Suíça, o primeiro dia de negociações presenciais sobre a guerra comercial entre os dois países. Após oito horas de reunião em Genebra, não houve sinal de acordo para reduzir as tarifas de importação, que passaram de 100%. Os encontros continuam neste domingo (11). Participaram da reunião o vice-primeiro-ministro da China, He Lifeng, o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, e o representante comercial americano, Jamieson Greer. O presidente Donald Trump disse em uma rede social que a reunião foi “amigável e construtiva”, e que houve “grande progresso”. "Uma redefinição total foi negociada de forma amigável, mas construtiva. Queremos ver, para o bem da China e dos EUA, uma abertura da China aos negócios americanos", postou o presidente americano. Escalada de tarifas na guerra comercial entre EUA e China Atualmente, os EUA cobram uma tarifa de 145% sobre todas as importações chinesas, medida que se iniciou no chamado "Dia da Libertação", quando Trump distribuiu tarifas a mais de 180 países. A China, por sua vez, aplicou uma taxa de 125% contra os produtos americanos. (relembre a cronologia abaixo) Em sua primeira declaração sobre o encontro, Trump afirmou na quinta (8) que acreditava em uma reunião "amigável" e em negociações "substanciais". Na sexta, acrescentou que tarifas de 80% sobre as importações de produtos chineses "pareciam corretas". No início do mês, o Ministério do Comércio da China declarou que estava avaliando uma proposta dos EUA para iniciar conversas sobre a guerra comercial, mas que os EUA precisavam "demonstrar sinceridade" e disposição para "corrigir suas práticas equivocadas e cancelar as tarifas unilaterais". Trump diz que vai negociar novas tarifas com a China Relembre a guerra tarifária entre China e EUA A guerra tarifária entre as duas maiores economias do mundo se intensificou após o anúncio das tarifas recíprocas prometidas por Trump, no início de abril. No chamado "Dia da Libertação", o presidente dos EUA apresentou uma tabela das tarifas, de 10% a 50% para importados de 180 países. A China foi um dos países tarifados — e com uma das maiores taxas, de 34%. Essa taxa se somou aos 20% que já eram cobrados em tarifas sobre os produtos chineses anteriormente. Como resposta ao tarifaço, o governo chinês impôs, em 4 de abril, tarifas extras de 34% sobre todas as importações americanas. Os EUA decidiram retaliar a resposta, e Trump deu um prazo para a China: ou o país asiático retirava as tarifas até as 12h de 8 de abril, ou seria taxado em mais 50 pontos percentuais, levando o total das tarifas a 104%. A China não recuou e ainda afirmou que estava preparada para "revidar até o fim". Cumprindo a promessa de Trump, a Casa Branca confirmou a elevação em mais 50% das tarifas sobre os produtos chineses. Trump disse, porém, que acreditava que a China chegaria a um acordo com os EUA para evitar mais tarifas. A resposta chinesa veio na manhã de 9 de abril: o governo elevou as tarifas sobre os EUA de 34% para 84%, acompanhando o mesmo percentual de alta dos EUA. No mesmo dia, Trump anunciou que daria uma "pausa" no tarifaço contra os mais de 180 países, reduzindo de todas as tarifas para 10% por um prazo de 90 dias. Tarifas específicas já em vigor, como as de 25% sobre aço e alumínio, não são afetadas pela medida e continuam valendo. A exceção, porém, foi a China. Trump anunciou mais uma vez a elevação de tarifas sobre os produtos chineses, para 125%. Em 10 de abril, a Casa Branca explicou que as taxas de 125% foram somadas a outra tarifa de 20% já aplicada anteriormente sobre a China, resultando numa tarifa total de 145%. Como resposta, em 11 de abril, os chineses elevaram as tarifas sobre os produtos americanos para 125%.



Financeiras são proibidas pela Justiça de bloquear celular de clientes inadimplentes; entenda


10/05/2025 07:00 - g1.globo.com


Empresas exigiam que o smartphone fosse dado como garantia para empréstimos e obrigavam o consumidor a instalar um aplicativo que bloqueia várias funções em caso de não pagamento das parcelas. Método foi considerado ilegal. Unsplash A Justiça proibiu que financeiras ofereçam empréstimos com o celular como garantia e declarou ilegal o bloqueio remoto dos aparelhos em caso de inadimplência. A decisão foi anunciada na última quinta-feira (8) pela 2ª turma cível do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT). O julgamento foi unânime, tem efeito imediato e repercussão em todo o território nacional. A decisão foi uma resposta à ação coletiva realizada pelo Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) em conjunto com o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT). A ação teve como alvo duas empresas específicas: a SuperSim e a Socinal — financeiras voltadas para o público de baixa renda que oferecem empréstimos com celular como garantia. Segundo o Idec, essas empresas exigem que, ao assinar o contrato de empréstimo, o consumidor instale um aplicativo específico em seu celular. Esse aplicativo teria a função de bloquear várias funções em caso de não pagamento das parcelas. Além de proibir que as empresas exijam a instalação do aplicativo, o TJDFT determinou que esses aplicativos sejam retirados das lojas virtuais no prazo de 15 dias, sob pena de multa diária de R$ 100 mil, e indicou que uma multa de R$ 10 mil será aplicada para cada novo contrato firmado com cláusula semelhante. O Tribunal entendeu que a prática ofende direitos fundamentais dos consumidores, especialmente o direito à dignidade, à comunicação, ao trabalho e à informação. A decisão destaca que o público atingido é "hipervulnerável", composto majoritariamente por pessoas de baixa renda, que têm acesso limitado ao crédito formal e um grande risco de inadimplência. O TJDFT também pontuou que o bloqueio unilateral, sem autorização judicial ou notificação prévia, afronta o devido processo legal garantido pela Constituição Federal, e reconheceu que os juros cobrados por essas financeiras são abusivos. As taxas muitas vezes chegavam a 18,5% ao mês, mais do que o dobro da média divulgada pelo Banco Central do Brasil, de 6,41%. Para o Idec, a decisão é uma "vitória incontestável contra a crueldade disfarçada de inovação". "Essa prática abusiva, usada pela SuperSim como chantagem digital contra pessoas endividadas e vulneráveis, é inaceitável em qualquer sociedade que se diga minimamente justa", disse o órgão em nota oficial. Procurada, a SuperSim afirmou que irá recorrer da decisão do TJDFT. "A SuperSim informa que irá recorrer da decisão e ressalta que sempre atuou em conformidade com a legislação bancária e consumerista. Além disso, segue firme em seu propósito de contribuir com a inclusão financeira das classes C e D", disse a empresa em nota oficial. A Socinal não havia respondido às solicitações de contato até a publicação desta reportagem. Brasil sobe para 3º no ranking de maiores juros reais do mundo, após nova alta da Selic; veja lista Copom eleva Selic para 14,75% e FED mantém juros; Bruno Carazza comenta Vai e volta A batalha contra as práticas das duas financeiras por parte do MPDFT e do Idec já dura mais de dois anos — a primeira ação coletiva foi iniciada em novembro de 2022. Na época, além de pedirem que a SuperSim e a Socinal deixassem de firmar contratos de empréstimos que exigissem o celular dos clientes como garantia e solicitarem uma regra para que as duas empresas não criassem algo semelhante no futuro, os dois órgãos também pediram a condenação por danos morais coletivos no valor de R$ 40 milhões. A ação foi distribuída à 23ª vara cível de Brasília e, em decisão nacional publicada em julho de 2023, a juíza já havia dado uma determinação semelhante à vista nesta quinta-feira: proibiu que as financeiras bloqueassem o celular dos clientes e ordenou a retirada dos aplicativos das lojas virtuais, aplicando multas semelhantes para o descumprimento da decisão. Segundo o coordenador jurídico do Idec, Christian Printes, as duas empresas apresentaram suas defesas e entraram com três recursos (pedidos formais para que a decisão fosse reavaliada), mas não obtiveram sucesso. A sentença apenas não condenou as companhias ao pagamento de dano moral coletivo. "Dessa decisão, Idec e MPDFT recorreram ao TJDFT para tentar garantir a condenação das empresas ao pagamento do dano moral coletivo. Em paralelo, a SuperSim recorreu para reverter a condenação e continuar ofertando os empréstimos com garantia de celular", conta. Ainda segundo Printes, a SuperSim realizou um pedido ao desembargador Renato Rodovalho, da 2ª turma cível do TJDFT, relator do caso, para suspender os efeitos da sentença que a impossibilitava de oferecer contratos de empréstimo com garantia de celular — o que foi concedido em novembro de 2023. O Idec e o MPDFT recorreram, então, da decisão que suspendeu os efeitos da sentença e aguardaram o julgamento. Agora, mesmo após a decisão tomada na véspera, as duas empresas ainda podem recorrer.



VÍDEO: Novo Nivus GTS é esperto, mas toque esportivo e acabamento não chegam a encantar; veja teste


10/05/2025 06:00 - g1.globo.com


Modelo retoma linha esportiva da Volkswagen, com motor 1.4 turbo que aumenta a potência do SUV para 150 cv. Mas as mudanças são mais interessantes no ajuste de suspensão para direção mais arisca e nos freios a disco nas quatros rodas. Volkswagen Nivus GTS: veja como acelera a versão esportiva do SUV A chegada do Volkswagen Nivus GTS marca mais uma tentativa de emplacar uma das linhas esportivas mais icônicas da marca alemã no Brasil. Além da apresentação e preço (R$ 174,9 mil), a montadora promoveu um teste com seu novo SUV, para colocar essa "pimenta" extra à prova. O teste foi feito no Autódromo Capuava, em Indaiatuba. São 2.700 metros de asfalto como se espera de um lugar para correr bem acima dos 120 km/h. O g1 conta abaixo como foi acelerar na pista, e se ele possui o desempenho vigoroso necessário para honrar o sufixo GTS. LEIA MAIS Novo Volkswagen Nivus é um bom carro, mas preço não o ajuda a ser campeão de vendas Mustang ganha edição limitada com câmbio manual por R$ 600 mil; veja os destaques Fórmula E: como as inovações da categoria devem sair das pistas e chegar no seu carro elétrico Nivus anda bem, mas não como um GTS Volkswagen Nivus GTS divulgação/Volkswagen A experiência de dirigir acelerando e freando mais forte que em uma rua ou estrada, faz um carro esportivo mostrar a que veio. O Nivus GTS se comporta bem tanto em velocidade mais alta, quanto na facilidade para curvas aceleradas. Mas nas retomadas o Nivus GTS não brilhou. O motor 250 TSI 1.4 turbo flex gera 150 cv e 25,5 kgfm de torque. É um velho conhecido da Volkswagen, que está presente em outros modelos, como o T-Cross, Virtus e Taos. Acontece que nenhum deles é esportivo. A aceleração fica devendo em momentos em que o carro estava parado, como no verde do semáforo. Pé fundo no acelerador, o motor soava alto na cabine, mas a aceleração levava mais tempo do que o esperado. O novo motor do Nivus GTS é mais esperto e acerta um defeito do Nivus tradicional, equipado com um bloco 1.0 turbo do motor 200 TSI. Daí para ser potente e honrar o sufixo “GTS” há uma distância. A Volkswagen tem mais de uma linha de carros esportivos e que impressionam bem mais. É o caso do Jetta GLI, que traz motor 350 TSI. Esse, sim, é um baita motor: gera 231 cv, 81 cv a mais que o Nivus GTS. O torque do sedã oferece 35,69 kgfm, também mais que 10 kgfm maior que o SUV. Claro que o Nivus GTS está alguns degraus abaixo do Jetta GLI (inclusive no quesito preço, já que o sedã custa R$ 250.990), mas o motor 250 TSI é mais uma correção do que um extra de esportividade. O destaque do novo modelo da Volks é o acerto de suspensão mais rígida, que realmente tornaram o carro mais ágil e permitiram até um zigue-zague firme, sem a sensação de que o carro pudesse perder tração. A redução de apenas 0,2 centímetro na altura não deu a sensação de "carro colado na pista", mas faz sentido para deixar o veículo mais adaptado à qualidade do asfalto lunar que temos em muitas das cidades brasileiras. Outra novidade exclusiva do Nivus GTS, e que também foi muito bem-vinda, é a presença de freios a disco nas quatro rodas. Eles proporcionam um controle superior da frenagem. Durante os testes, houve circuito durante a noite, e o freio foi muito requisitado quando os cones de indicação das curvas eram pouco visíveis. Seja em momentos como esse ou não, os freios a disco foram bem em frenagens fortes que deixam o cheiro de borracha da pastilha subir. Por fim, ponto extra para a possibilidade de trocas manuais de marcha. O Nivus GTS tem o mesmo câmbio automático de seis velocidades das outras versões, mas adiciona borboletas atrás do volante. Com elas, o motorista ganha a liberdade, colocando mais torque quanto precisa com controle à mão. Aos mais puristas, pode não ser o bastante, já que o pedal da embreagem não está presente, o que escancara que o Nivus GTS vai brilhar mesmo é nas ruas e estradas, não em uma pista. Motor tem ronco artificial Volkswagen Nivus GTS André Fogaça/g1 Uma curiosidade do lançamento: parte do barulho que o motor do Nivus GTS faz dentro do carro é artificial. O conjunto emite som como se espera, mas um sistema de áudio chamado Soundaktor amplifica o som somente para quem está dirigindo ou seguindo como passageiro — por fora, quase não é possível escutar o "ronco" extra. O Soundaktor é essencialmente um alto-falante instalado entre o motor e a cabine, próximo ao para-brisa, que adiciona ruído para imitar o som de carros mais antigos. A Volkswagen utiliza esse sistema desde o Golf GTI de 2011, e até a Audi incorporou o componente no hatch S3. Esse ronco artificial só é ativado quando o modo esportivo está acionado no Nivus GTS. Nivus GTS é esportivo contido por fora Volkswagen Nivus GTS O Nivus GTS possui elementos típicos de carros esportivos como detalhes em cor vermelha, mas de forma discreta. A linha vermelha mais visível está localizada na parte inferior da grade do para-choques e é tão fina quanto um cordão de tênis. Durante os testes, estavam disponíveis modelos nas cores branca e escuras. Na segunda opção, a faixa vermelha era mais destacada pelo contraste. Emblemas GTS estão presentes na frente e nas laterais de forma sutil. Apenas na traseira, o emblema aparece com mais destaque, substituindo o nome “Nivus” por “GTS”. Outro detalhe comum em carros esportivos, como no concorrente Fastback Abarth, é a presença de uma ou mais saídas de escapamento. Enquanto no Fastback as saídas de escapamento são externas, com bocal cromado, no Nivus GTS há apenas uma, que fica escondida atrás do para-choques traseiro. Para visualizar o componente, é necessário se abaixar. Internamente, o esportivo discreto se torna mais evidente. Detalhes em vermelho são mais abundantes, especialmente nas costuras dos bancos, apoios de braço, câmbio, contorno das saídas de ar e volante. O acabamento preto realça ainda mais o vermelho. Volks economizou no acabamento e até faróis Volkswagen Nivus GTS por dentro No interior, o principal defeito é o acabamento. O plástico rígido, quase uma tradição dos modelos da Volks, está bastante presente, e as portas traseiras são inteiramente feitas desse material, sem variação de textura. Até mesmo o apoio de braço macio da frente desaparece para os passageiros da segunda fileira. Houve também a remoção dos faróis IQ.Light que estavam presentes no Polo GTS. Esse tipo de iluminação é inteligente e pode desviar a área iluminada de veículos que vêm na direção contrária, reduzindo o ofuscamento. Ele ajusta o projetor e pode responder ao ambiente, como em situações de neblina. Por fim, a ausência do freio de mão eletrônico pode não ser sentida por todos. Embora o freio manual ofereça uma sensação de maior controle para o motorista, ele é um detalhe que remete a veículos mais básicos e que não custam R$ 174,9 mil.



Preço do café aumenta 80% em 12 meses e tem maior inflação em 30 anos


10/05/2025 05:00 - g1.globo.com


Segundo o IBGE, essa é a maior alta do café moído, em 12 meses, desde a introdução do real. Problemas climáticos afetaram produção global. Preço do café mais que triplica em 5 anos no Brasil O preço do café moído já subiu 80,2% nos últimos 12 meses, segundo o o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado nesta sexta-feira (9). De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), essa é a maior inflação acumulada do café moído em 12 meses desde maio de 1995, quando o índice foi de 85,5%. A alta em 12 meses também é a maior desde a introdução do real. O cálculo do índice de maio de 1995 considera também os preços do mês de junho de 1994 – antes, portanto, da implementação da moeda. Nesse período, a fruta foi impactada pelo calor e a seca que atingiram o país, entre outros fatores que afetaram a produção (veja abaixo). O preço do café moído subiu 4,48% somente em abril. É uma desaceleração em relação aos meses anteriores – em março, por exemplo, a alta foi de 8,14%. Em fevereiro, a inflação do café foi de 10,77%, a maior subida mensal em 26 anos. Segundo o gerente do IPCA, Fernando Gonçalves, o preço segue influenciado pela tendência internacional de alta. “E o dólar também acaba encarecendo”, disse Gonçalves, segundo o Valor Online. Em fevereiro, a Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic) já havia alertado que os preços iam continuar subindo nos dois meses seguintes porque a indústria ainda não havia repassado todo o custo da compra de café em grão. 'Café fake': produto apreendido é feito de 'lixo' da lavoura e não tem café, diz governo Calor deixa o café 'estressado', pode derrubar a produção brasileira e encarecer a bebida O que fez o café subir tanto? Confira abaixo alguns fatores que prejudicaram a produção e elevaram os preços do café, segundo especialistas ouvidos pelo g1. ☕Calor e seca: no ano passado, o clima gerou um estresse na planta, que, para sobreviver, precisou abortar os frutos, ou seja, impedir o seu desenvolvimento. Mas problemas, como geadas e ondas de calor, vêm acontecendo há 4 anos no Brasil. No período, a indústria teve um aumento de custos de 224% com matéria-prima e, para os consumidores, o café ficou 110% mais caro. ☕Queda de oferta global: grandes produtores, como o Vietnã, enfrentaram problemas climáticos e sofreram quebra de safra. ☕Maior custo de logística: as guerras no Oriente Médio encareceram o embarque do café nas vendas internacionais, elevando também o preço dos contêineres, principal meio para a exportação. ☕Aumento do consumo: o café é a segunda bebida mais consumida no Brasil e no mundo, atrás apenas da água. Os produtores brasileiros têm aberto espaço em novos mercados internacionais, o que influencia na oferta da bebida internamente. A China, por exemplo, se tornou um novo mercado para o café brasileiro. Desde 2023, o país saiu da 20ª para a 6ª posição no ranking dos principais importadores de café do Brasil, que é o maior produtor e exportador mundial do grão. Produtores de café estão lucrando até 150% a mais com alta do grão; veja como estão gastando Cafezinho em risco: como sombra de árvores pode ser solução para aumento da temperatura



Mega-Sena pode pagar R$ 45 milhões neste sábado


10/05/2025 03:00 - g1.globo.com


Apostas podem ser feitas até as 19h em lotéricas ou pela internet. Mega-Sena Marcelo Brandt/G1 O concurso 2.861 da Mega-Sena pode pagar um prêmio de R$ 45 milhões para os acertadores das seis dezenas. O sorteio ocorre às 20h deste sábado (10), em São Paulo. No concurso da última quinta-feira (8), ninguém ganhou o prêmio máximo. A aposta mínima para a Mega-Sena custa R$ 5 e pode ser realizada também pela internet, até as 19h – saiba como fazer a sua aposta online. A Mega-Sena tem três sorteios semanais: às terças, quintas e sábados. Entenda como funciona a Mega-Sena e qual a probabilidade de ganhar o prêmio Para apostar na Mega-Sena As apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília), em qualquer lotérica do país ou pela internet, no site da Caixa Econômica Federal – acessível por celular, computador ou outros dispositivos. É necessário fazer um cadastro, ser maior de idade (18 anos ou mais) e preencher o número do cartão de crédito. Probabilidades A probabilidade de vencer em cada concurso varia de acordo com o número de dezenas jogadas e do tipo de aposta realizada. Para a aposta simples, com apenas seis dezenas, que custa R$ 5, a probabilidade de ganhar o prêmio milionário é de 1 em 50.063.860, segundo a Caixa. Já para uma aposta com 15 dezenas (limite máximo), com o preço de R$ 22.522,50, a probabilidade de acertar o prêmio é de 1 em 10.003, ainda segundo a Caixa.



Tarifaço de Trump: EUA e China têm encontro marcado neste sábado para negociar tarifas


10/05/2025 03:00 - g1.globo.com


Secretário do Tesouro e negociador-chefe de comércio dos EUA se encontrarão com o czar econômico da China, He Lifeng, para conversas que podem ser o primeiro passo para resolver suas disputas comerciais. Trump (presidente dos EUA) e Xi Jinping (presidente da China) AFP Os governos dos Estados Unidos e da China têm um encontro marcado para este sábado (10), em Genebra, na Suíça, para a primeira rodada de negociações sobre a guerra de tarifas recíprocas entre os dois países, iniciada pelo presidente americano Donald Trump. Scott Bessent, secretário do Tesouro dos EUA, e o negociador-chefe de comércio dos EUA, Jamieson Greer, se encontrarão com o czar econômico da China, He Lifeng, na Suíça, para conversas que podem ser o primeiro passo para resolver suas disputas comerciais. Atualmente, os EUA cobram uma tarifa de 145% sobre todas as importações chinesas, medida que se iniciou no chamado "Dia da Libertação" em que Trump distribuiu tarifas a mais de 180 países. A China, por sua vez, aplicou uma taxa de 125% contra os produtos americanos. (relembre a cronologia abaixo) Em sua primeira declaração sobre o encontro, Trump afirmou na quinta-feira (8) que acredita em uma reunião "amigável" e em negociações "substanciais". Já nesta sexta, disse que tarifas de 80% sobre as importações de produtos chineses "parecem corretas". Em sua conta na plataforma Truth Social, Trump mencionou que a decisão sobre reduzir o percentual cobrado em taxas pelos EUA sobre os produtos chineses "é do Scott B", referindo-se a Bessent. O presidente americano também escrevei que a China "deveria abrir seus mercados para os EUA". "Seria ótimo para eles!!! Mercados fechados não funcionam mais!!!". Essa foi a primeira vez que Trump mencionou um número específico ao falar sobre uma possível redução nas tarifas sobre a China. Ele já havia sinalizado em outras ocasiões que desejava uma trégua entre os dois países e uma redução nas taxas aplicadas entre eles. No início do mês, o Ministério do Comércio da China declarou que estava avaliando uma proposta dos EUA para iniciar conversas sobre a guerra comercial, mas que os EUA precisam "demonstrar sinceridade" e estarem dispostos a "corrigir suas práticas equivocadas e cancelar as tarifas unilaterais". LEIA MAIS Trump: Brasil 'sobrevive' e 'ficou rico' cobrando tarifas sobre os EUA Com tarifaço, Brasil pode ser grande destino de produtos chineses, mas precisará de preparo Resposta da China a tarifaço de Trump impulsiona nacionalismo chinês Relembre a guerra tarifária entre China EUA A guerra tarifária entre as duas maiores economias do mundo se intensificou, após o anúncio das tarifas recíprocas prometidas por Trump, no início de abril. No chamado "Dia da Libertação", o presidente dos EUA mostrou uma tabela das tarifas, de 10% a 50% para importados de 180 países. A China foi um dos países tarifados — e com uma das maiores taxas, de 34%. Essa taxa se somou aos 20% que já eram cobrados em tarifas sobre os produtos chineses anteriormente. Como resposta ao tarifaço, o governo chinês impôs, em 4 de abril, tarifas extras de 34% sobre todas as importações americanas. Os EUA decidiram retaliar a resposta, e Trump deu um prazo para a China: ou o país asiático retirava as tarifas até as 12h de 8 de abril, ou seria taxado em mais 50 pontos percentuais, levando o total das tarifas a 104%. A China não recuou e ainda afirmou que estava preparada para "revidar até o fim". Cumprindo a promessa de Trump, a Casa Branca confirmou a elevação em mais 50% das tarifas sobre os produtos chineses. Trump disse, porém, que acreditava que a China chegaria a um acordo com os EUA para evitar mais tarifas. A resposta chinesa veio na manhã de 9 de abril: o governo elevou as tarifas sobre os EUA de 34% para 84%, acompanhando o mesmo percentual de alta dos EUA. No mesmo dia, Trump anunciou que daria uma "pausa" no tarifaço contra os mais de 180 países, reduzindo de todas as tarifas para 10% por um prazo de 90 dias. Tarifas específicas já em vigor, como as de 25% sobre aço e alumínio, não são afetadas pela medida e continuam valendo. A exceção, porém, foi a China. Trump anunciou mais uma vez a elevação de tarifas sobre os produtos chineses, para 125%. Em 10 de abril, a Casa Branca explicou que as taxas de 125% foram somadas a outra tarifa de 20% já aplicada anteriormente sobre a China, resultando numa tarifa total de 145%. Como resposta, em 11 de abril, os chineses elevaram as tarifas sobre os produtos americanos para 125%.



Justiça derruba proibição do BRB assinar contrato definitivo com banco Master


10/05/2025 00:26 - g1.globo.com


Decisão, em segunda instância, é do começo da noite desta sexta-feira (9). Na terça (6), assinatura de contrato da negociação havia sido impedida pelo TJDFT. Agências do Banco Master e do Banco de Brasília. Banco Master/Divulgação e Paulo H. Carvalho/Agência Brasília A Justiça derrubou, em segunda instância, a proibição do Banco de Brasília (BRB) de assinar o contrato definitivo de compra do Banco Master. A decisão do desembargador João Egmont Leoncio Lopes é do começo da noite desta sexta-feira (9). Na última terça (6), o juiz Carlos Fernando dos Santos atendeu a um pedido do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) ajuizado no dia 28 de abril e determinou o impedimento da assinatura do contrato. Como cabia recurso, o BRB recorreu e derrubou a decisão inicial. "Ex positis, defiro o pedido de efeito suspensivo para suspender os efeitos da decisão agravada, revogando a liminar que determinou ao Banco de Brasília S/A – BRB não assinasse o contrato definitivo com a Master Holding Financeira S.A., a DV Holding Financeira S.A. e Daniel Bueno Vorcaro, relativamente à aquisição de parte do controle acionário das empresas que formam o Banco Master", diz a decisão do desembargador. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 DF no WhatsApp. Entenda as negociações Em 28 de março de 2025, o BRB anunciou a compra de 49% das ações ordinárias, 100% das ações preferenciais e 58% do capital total do Banco Master. A operação depende de aprovações do Banco Central do Brasil (BACEN) e do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE). A decisão judicial do TJDFT, de 6 de maio, mesmo impedindo a assinatura do contrato, permitia que o BRB continuasse com os procedimentos preparatórios para a aquisição do Banco Master. O BRB O Banco de Brasília S.A. (BRB) foi criado em dezembro de 1964 com o objetivo de ser um agente financeiro para captar os recursos necessários para o desenvolvimento do Distrito Federal. Em 1991, passou a ser um banco com as carteiras: comercial, câmbio, desenvolvimento e imobiliária. A empresa é uma sociedade de economia mista, de capital aberto, e o acionista majoritário é o Governo do Distrito Federal (71,92%). O BRB é uma instituição financeira com atuação no Distrito Federal e com agências no Rio de Janeiro, São Paulo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Minas Gerais, Bahia e Paraíba. O Banco Master Fundado em 1974 como corretora de valores e título imobiliários, o Banco Master teve a aprovação do Banco Central para operar como instituição financeira em 1990, ainda com o nome de Banco Máxima. Após a compra do Banco Vipal, a instituição foi renomeada como Banco Master, em 2021. LEIA TAMBÉM: CONIC: Ação na Justiça quer proibir festas LGBTQIA+; 'devastação moral', diz justificativa 'EU PODERIA ESTAR SEPULTANDO UM MENINO DE 15 ANOS', diz mãe de adolescente que está na UTI após ser agredido dentro de escola particular Economia brasileira gera saldo de 71.576 empregos com carteira, em março Leia mais notícias sobre a região no g1 DF.



Trump diz que EUA manterão tarifas de 10% mesmo após acordos comerciais


09/05/2025 21:26 - g1.globo.com


Segundo o republicano, em alguns casos poderá haver isenções, como quando países oferecerem condições comerciais 'significativas'. Presidente dos EUA, Donald Trump, na Casa Branca, em 5 de maio de 2025. Reuters/Leah Millis O presidente Donald Trump afirmou nesta sexta-feira (9) que os Estados Unidos manterão uma tarifa básica de 10% sobre produtos importados, mesmo após a assinatura de acordos comerciais. "Sempre teremos uma tarifa básica de 10%", disse, ao declarar que novos acordos serão anunciados nas próximas semanas. Segundo o republicano, em alguns casos poderá haver isenções, como quando países oferecerem condições comerciais "significativas". O governo dos EUA abriu negociações com diversas nações desde a implementação das "tarifas recíprocas". No início de abril, Trump anunciou taxas de 10% a 50% sobre mais de 180 nações, e dias depois suspendeu a medida por três meses para abrir negociações. O primeiro acordo foi anunciado nesta quinta-feira (8), com o Reino Unido. Os EUA mantiveram uma tarifa de 10% sobre os produtos britânicos importados, enquanto a região concordou em reduzir de 5,1% para 1,8% as taxas sobre itens americanos. Além disso, topou fornecer aos EUA maior acesso aos seus mercados. "Isso abre um mercado tremendo para nós", afirmou Trump a jornalistas na quinta-feira. Em uma publicação nas redes sociais, Trump afirmou que o acordo deve criar uma zona de comércio de alumínio e aço e levar a uma "cadeia de suprimentos farmacêuticos segura". Segundo o republicano, também irá aumentar a receita externa dos EUA em US$ 6 bilhões e criar US$ 5 bilhões em novas oportunidades de exportação. "Esse acordo mostra que, se você respeita os EUA e traz propostas sérias à mesa, os EUA estão abertos para negócios. Muito mais virão", disse o republicano na publicação. EUA e China anunciam reunião na Suíça para tratar de tarifas Tom mais ameno com a China Trump afirmou nesta sexta-feira que tarifas de 80% sobre a importação de produtos da China "parecem corretas", em um sinal de recuo na recente guerra tarifária entre os países. Ao longo das últimas semanas, os EUA anunciaram taxas de até 145% sobre produtos importados do gigante asiático. Pequim respondeu com alíquotas de até 125% sobre itens americanos. Ao contrário de outros países, cujo impacto do tarifaço foi limitado temporariamente a taxas de 10%, as tarifas elevadas sobre a China permanecem em vigor. O cenário, no entanto, pode mudar nos próximos dias. A mudança de tom de Trump ocorre justamente às vésperas de negociações presenciais entre os dois países, previstas para acontecerem na Suíça a partir deste sábado (10). O secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, e o negociador-chefe de comércio dos EUA, Jamieson Greere, vão se reunir com o vice-primeiro-ministro da China, He Lifeng, em Genebra, para conversas que podem representar o primeiro passo para um acerto em meio às disputas comerciais. * Com informações da agência de notícias Reuters



Gol vai propor a acionistas aumento de capital de até R$ 19,3 bilhões


09/05/2025 19:05 - g1.globo.com


Decisão ocorre no contexto do plano de recuperação judicial da companhia, que tramita nos Estados Unidos, em meio a dívidas de cerca de R$ 51 bilhões. Avião da Gol Ana Clara Marinho/g1 A companhia aérea Gol anunciou nesta sexta-feira (9) que seu conselho de administração aprovou uma proposta que será submetida à assembleia de acionistas para um aumento de capital entre R$ 5,34 bilhões e R$ 19,25 bilhões. Será uma uma das maiores operações desse tipo já realizadas no país. A decisão ocorre no contexto do plano de recuperação judicial da companhia, que tramita nos Estados Unidos. Segundo a Gol, o patrimônio líquido da empresa fechou fevereiro no vermelho em R$ 27,7 bilhões. Segundo fato relevante da empresa ao mercado nesta sexta-feira, o preço de emissão das ações no aumento de capital será de R$0,0002857142 por ação ordinária e R$ 0,01 por ação preferencial. O papel PN fechou na véspera cotado a R$1,19. Conforme fato relevante divulgado ao mercado nesta sexta, o preço de emissão das ações no aumento de capital será de: R$ 0,0002857142 por ação ordinária (com direito a voto dos acionistas); e R$ 0,01 por ação preferencial (sem direito a voto); Na véspera, o papel preferencial da companhia foi cotado a R$ 1,19. A Gol declarou que o plano de reestruturação financeira permitirá que sua dívida de cerca de R$ 51 bilhões seja "materialmente reduzida". Informou ainda que uma parcela de US$ 2,7 bilhões será convertida em ações por meio do aumento de capital. Gol entra com pedido de recuperação judicial nos EUA



Ex-piloto lança pão de queijo nos EUA e vira referência em 40 estados


09/05/2025 18:09 - g1.globo.com


Conheça a história da PaneBras USA e descubra onde encontrar essas delícias. Paulo Ferreira, dono da PaneBras USA, exibe o carro-chefe da marca: o pão de queijo Divulgação Só quem vive longe do Brasil sabe a falta que faz aquele pão de queijo, o pão francês e tantos outros produtos da nossa terra, como o açaí. A boa notícia é que, mesmo estando nos Estados Unidos, você pode usufruir dessas delícias e se sentir um pouco mais perto de casa. Depois de 32 anos como aviador no Brasil, Paulo Ferreira desembarcou nos Estados Unidos pensando somente em descansar e curtir a aposentadoria. Até que, um belo dia, o bichinho do empreendedorismo o picou e ele teve uma ideia ousada: vender pão de queijo e pão francês para um público que ainda mal conhecia a marca PaneBras do Brasil. O que começou com um convite inesperado de um amigo se transformou em uma das maiores distribuidoras de produtos brasileiros no país: a PaneBras USA. Um pouco dessa história... Aqui você descobre onde encontrar o pão de queijo e outras delícias da marca Divulgação A história começou em 2016, quando Paulo e sua mulher, Cynthia, decidiram dar ouvidos à proposta de um amigo, dono de uma das maiores fábricas de pão de queijo no Brasil. Naquele exato momento, o casal arregaçou as mangas e deixar de lado os planos de descansar em solo americano. Em pouco tempo, já estavam abrindo empresa, procurando galpão, comprando veículos refrigerados e desenvolvendo embalagens para dar vida à sua visão. Tudo isso antes mesmo do primeiro pedido. Tudo começou com o pão francês. Uma pesquisa de mercado indicava uma grande demanda, mas a realidade foi outra. Dos dois contêineres importados, um e meio acabou vencendo e indo para o lixo. As portas se fecharam, as desculpas apareciam e o investimento parecia afundar. Mas Paulo não desistiu. Criou uma rotina com a pequena equipe, analisando erros diariamente e reformulando a abordagem. Foi aí que o pão de queijo entrou em cena e virou o jogo. A marca PaneBras ainda era desconhecida até mesmo no Brasil, o que exigiu um trabalho incansável de divulgação. Paulo percorreu mercados, ofereceu degustações, montou fornos e estufas nos estabelecimentos e recusou propostas de consignação. “Eu sabia que tínhamos um produto de qualidade. Não era qualquer pão de queijo, era o pão de queijo que eu queria para a minha família”, conta. Com a certeza de que tinha um produto de excelência e muitos diferenciais, Paulo assumiu o volante da van, as entregas e as vendas. O casal trabalhava junto. Durante a semana planejavam, no fim de semana botavam o pé na estrada. Às vezes dormiam em postos de gasolina, improvisavam banho, dirigiam horas a fio. Tudo para manter a logística funcionando. A pandemia trouxe novos desafios, como o aumento explosivo no custo dos fretes marítimos. Mas também abriu uma oportunidade: expandir para o norte do país. Com dois fornos e duas estufas na caminhonete, Paulo viajou até Massachusetts com a missão de só voltar quando vendesse tudo. Conseguiu. Em duas semanas, vendeu os 11 pallets e deu início à expansão da PaneBras no norte dos Estados Unidos, com um novo centro de distribuição em Hartford, Connecticut. Uma parte da equipe da PaneBras USA Divulgação Muito tempo se passou e hoje a empresa atende mais de 40 estados do território americano. Está buscando expansão para o Canadá e Europa, com foco na comunidade brasileira e latina, mas também conquistando o paladar americano. Segundo Paulo, nos últimos 16 meses houve um aumento de 30% no consumo por parte dos americanos. Hoje, por exemplo, os produtos da PaneBras são líderes de vendas nas redes Sysco, Seabras, Stew Leonard's, Key Foods, Wild Fork, Bravo, Sea Word, Compare Foods, Unfi, Emporium 112, JL Market e Rede Mineirão. O diferencial da PaneBras USA Perguntamos a Paulo qual é o maior diferencial da PaneBras, e a resposta foi simples: amor. "E para ter amor, precisamos trabalhar com o que há de melhor", diz ele. O diferencial da PaneBras USA? Amor. "E, para ter amor, precisamos trabalhar com o que há de melhor", diz ele. Por isso, os produtos se destacam por serem mais saudáveis, com menos sal, mais queijo e sem aditivos químicos como o bromato de potássio que muitas empresas acabam usando, mesmo causando câncer. O atendimento personalizado e o suporte com equipamentos para assar os produtos nos pontos de venda também se tornaram marca registrada da empresa, tudo feito com muito cuidado e carinho com o cliente. “Nós não viemos aqui para trazer qualquer coisa. Nós viemos para trazer qualidade. E, quando tem qualidade, o cliente volta. Sempre volta”, completa Paulo, que continua à frente da operação, agora com equipe estruturada, frota própria, três centros de distribuição, 40 estados atendidos e uma missão clara: matar a saudade do Brasil. Descubra aqui onde encontrar o sabor brasileiro mais perto de você.



Globo Rural: informações adicionais das reportagens do dia 11/05/2025


09/05/2025 15:17 - g1.globo.com


Veja dicas de como cultivar uva. Cultivo de uva Felipe Dalla Valle/Secom RS A Embrapa lançou um material gratuito que reúne 500 perguntas e respostas sobre o cultivo da uva, voltado especialmente para agricultores e profissionais do setor. O conteúdo é baseado em dúvidas reais recebidas por técnicos da empresa e respondidas por especialistas da área. O livro traz informações práticas e técnicas sobre diferentes temas, como variedades da fruta, adubação, irrigação, controle de pragas e doenças, além de orientações sobre os cuidados necessários após a colheita. A publicação está disponível online e pode ser acessada gratuitamente. >> Acesse aqui <<<



Fraude no INSS: governo usará recursos bloqueados de associações para pagar aposentados, diz Haddad


09/05/2025 14:35 - g1.globo.com


AGU pediu o bloqueio de R$ 2,56 bilhões em bens de 12 entidades investigadas. Ministro não informou se será necessário uso de dinheiro público para complementar ressarcimentos. Haddad: Valor bloqueado será usado para pagar aposentados O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta sexta-feira (9) que o governo vai utilizar os recursos bloqueados de entidades associativas investigadas no esquema de fraude no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) para fazer o ressarcimento aos aposentados lesados. A Advocacia-Geral da União (AGU) informou nesta quinta-feira (8) que entrou com um pedido de bloqueio de R$ 2,56 bilhões em bens de 12 associações investigadas. "A notícia que tivemos da AGU é que um conjunto apreciável de recursos foi bloqueado das contas das associações que cometeram a fraude. Vamos fazer um balanço dessas iniciativas que a AGU está tomando. Quem tem que pagar a conta é quem cometeu o abuso, a fraude. Não é só responsabilidade penal, existe uma reponsabilidade civil também de ressarcimento a quem foi prejudicado", disse o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Questionado se o governo vai precisar utilizar recursos próprios para complementar o ressarcimento aos aposentados prejudicados, Haddad disse apenas que vai aguardar o "desenrolar das coisas". Ele participou nesta sexta de um evento na B3, em São Paulo (SP). Segundo a AGU, o valor dos descontos feitos indevidamente pode ser muito maior e será calculado ao longo da transcorrer do processo. Esse valor inicial foi calculado pela Empresa de Processamento de Dados da Previdência Social (Dataprev). A Polícia Federal e a Controladoria-Geral da União (CGU), por sua vez, dizem que o prejuízo pode chegar a R$ 6 bilhões, considerados os anos de 2019 a 2024. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad Divulgação/Ministério da Fazenda O que se sabe sobre a fraude Segundo a Polícia Federal (PF) e a Controladoria-Geral da União (CGU), as entidades investigadas ofereciam o pagamento de propina a servidores do INSS para obter dados dos beneficiários. Há registros de aposentados que, no mesmo dia, foram filiados a mais de uma entidade. A liberação de descontos "em lote" pelo INSS, sem autorização individual dos beneficiários, também foi identificada como um fator para a "explosão" de fraudes. O ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, pediu demissão na última sexta-feira (2). A avaliação, nos bastidores do governo, é que houve omissão de Lupi. Uma reportagem do Jornal Nacional revelou que o ministro recebeu os primeiros alertas em junho de 2023 e levou quase um ano para agir. Alessandro Stefanutto, que presidia o INSS e foi indicado ao cargo por Lupi, foi demitido após o escândalo ser revelado. Ele foi alvo de uma operação da PF para colher provas da fraude. Tarifaço dos EUA Sobre o tarifaço imposto pelo presidente norte-americano, Donald Trump, o ministro Fernando Haddad afirmou que não é razoável sobretaxar a América Latina — região com a qual os EUA têm superávit comercial (mais exportam do que importam). Nesta semana, Haddad se encontrou com o secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Scott Bessent, em Los Angeles. "Tarifar uma região que tem déficit não me parece muito razoável. Ele próprio [Scott Bessent] reconheceu que é uma anomalia taxar quem compra de você, mas falou que há espaço para sentar na mesa e negociar. Entendi que esse tipo de assunto não é tabu, e vai ser tratado com a devida responsabilidade e seriedade", concluiu Haddad. ▶️Em meados de março, entrou em vigor uma cobrança de tarifas de 25% sobre todas as importações de aço e alumínio nos Estados Unidos, um mês após assinatura de decreto pelo presidente Donald Trump. ▶️E, no início de abril, foram anunciadas tarifas extras a produtos importados de diversos países. ▶️A tarifa para os produtos brasileiros ficou em 10%, a exemplo dos produtos do Reino Unido, e abaixo dos 20% anunciados para a União Europeia e dos 34% para a China, por exemplo. ▶️No caso dos produtos chineses, as taxas impostas pelos Estados Unidos aumentarão para 145%, o que causou retaliações de Pequim. Em abril, a China anunciou mais uma medida reciproca, e as tarifas impostas pelo país aos EUA chegaram a 125%. Especialistas em relações internacionais ouvidos pela GloboNews avaliaram que o Brasil obteve "certa vantagem" – e um resultado "menos pior" que o imaginado – no "tarifaço" anunciado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.



BC comunica vazamento de dados de 50 chaves PIX de pessoas com conta na Cashway Tecnologia da Informação


09/05/2025 14:16 - g1.globo.com


Vazamento ocorreu em razão de 'falhas pontuais em sistemas dessa instituição', informou o Banco Central O Banco Central (BC) informou nesta sexta-feira (9) que ocorreu um incidente segurança com dados pessoais vinculados a chaves PIX de 50 pessoas com conta na Cashway Tecnologia da Informação, em razão de "falhas pontuais em sistemas dessa instituição". De acordo com o BC, não foram expostos dados sensíveis, tais como senhas, informações de movimentações ou saldos financeiros em contas transacionais, ou quaisquer outras informações sob sigilo bancário. "As informações obtidas são de natureza cadastral, que não permitem movimentação de recursos, nem acesso às contas ou a outras informações financeiras", acrescentou a instituição. Novo golpe do Pix usa a boa-fé dos correntistas reprodução/TV Globo O BC explicou, ainda, que as pessoas que tiveram seus dados cadastrais obtidos a partir do incidente serão notificadas exclusivamente por meio do aplicativo ou pelo internet banking de sua instituição de relacionamento. "Nem o BC nem as instituições participantes usarão quaisquer outros meios de comunicação aos usuários afetados, tais como aplicativos de mensagens, chamadas telefônicas, SMS ou e-mail", informou o Banco Central.



ANPD publica edital de concurso com 213 vagas e salário inicial de até R$ 9 mil; veja como participar


09/05/2025 13:23 - g1.globo.com


O processo seletivo está sendo organizado pelo Instituto Americano de Desenvolvimento (IADES). Os interessados podem se inscrever entres os dias 23 de maio a 15 de junho. O Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) vai preencher 213 vagas imediatas. Divulgação A Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) publicou nesta sexta-feira (09), o edital com as regras para o novo concurso público temporário. Estão sendo ofertadas 213 vagas imediatas de nível médio e superior, além de 1.704 oportunidades para formação de cadastro de reserva, com remuneração inicial de até R$ 9.047,00. ✅ Siga o canal do g1 Concursos no WhatsApp As oportunidades de nível superior são para atuar nas áreas de Direito, Tecnologia da Informação, Ciências Contábeis, Administração, Economia, Estatística, Relações Internacionais, entre outros. ➡️ VEJA O EDITAL COMPLETO Já as de nível médio, são para as atividades de apoio operacional (veja distribuição abaixo). O processo seletivo está sendo organizado pelo Instituto Americano de Desenvolvimento (IADES). A jornada de trabalho dos aprovados é de 40 horas semanais. O regime de trabalho adotado é presencial, com lotação na sede da Autoridade Nacional de Proteção de Dados em Brasília (DF). Os contratos temporários terão vigência de 1 ano, podendo ser prorrogados por igual período, desde que a prorrogação seja devidamente justificada. A previsão de duração é de até 5 anos. As vagas foram divididas em quatro áreas de conhecimento, assim distribuídas da seguinte forma: Do total de vagas a serem preenchidas, 20% são reservadas para negros (pretos e pardos) e indígenas, e 5% para pessoas com deficiência. Conforme o edital, o processo seletivo terá as seguintes etapas: Prova objetiva, de caráter eliminatório e classificatório, para todas as Atividades/perfis; Avaliação de títulos, de caráter unicamente classificatório; Procedimento de heteroidentificação, para os candidatos autodeclarados negros (pretos ou pardos); Avaliação biopsicossocial, para os candidatos autodeclarados pessoas com deficiência. As inscrições deverão ser feitas via internet. O prazo para inscrição começa às 10h do dia 23 de maio e vai até as 22h do dia 15 de junho. Os interessados devem acessar o site do Instituto Americano de Desenvolvimento (IADES). A taxa de inscrição varia conforme o cargo: R$ 80 para as Atividades/perfis de nível superior; R$ 40 para as Atividades/perfis de nível médio/técnico. Candidatos doadores de medula óssea em entidades reconhecidas pelo Ministério da Saúde e inscritos no CadÚnico podem solicitar isenção da taxa (veja o cronograma completo abaixo). As provas do processo seletivo serão aplicadas em Belo Horizonte (MG), Brasília (DF), Goiânia (GO), Rio de Janeiro (RJ), Salvador (BA) e São Paulo (SP), além das etapas da avaliação biopsicossocial e da heteroidentificação. As avaliações objetivas serão aplicadas em 17 de agosto, no turno da tarde e com a duração de 4 horas. O prazo de validade do concurso é de dois anos, contados a partir da data de publicação da homologação do resultado final, podendo ser prorrogado, uma única vez, pelo mesmo período. 🤔 Qual é o papel da ANPD? O órgão publico, vinculado ao Ministério da Justiça, é responsável por zelar pela proteção dos dados pessoais e por orientar, regulamentar e fiscalizar o cumprimento da Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD). 📆 Cronograma do concurso Inscrições: 23/05 a 15/06 Período para solicitar isenção da taxa de inscrição: 23/05 a 28/05 Data limite de pagamento das inscrições: 24/06 Divulgação dos locais de provas: 22/07 Aplicação das provas: 17/08 Divulgação dos gabaritos preliminares das provas objetivas: 18/08 Publicação do resultado final das provas objetivas: 9/09 Resultado final e homologação do processo seletivo: 23/10 LEIA TAMBÉM: Concurso do TCU é autorizado para preencher 60 vagas imediatas e formar cadastro reserva Polícia Federal abre concurso com 192 vagas e salários de até R$ 11 mil; veja como participar CNU 2025: veja os salários iniciais para as mais de 3 mil vagas ofertadas Veja dicas para estudar para concurso: Como estudar legislação para concurso? Veja dicas de como fazer uma boa redação para concurso



Trump sinaliza recuo e diz que tarifas de 80% sobre a China 'parecem corretas'


09/05/2025 13:12 - g1.globo.com


Segundo o presidente americano, a decisão sobre reduzir cabe ao secretário do Tesouro do país. Essa é a primeira vez que Trump fala sobre um possível número para as novas taxas. Presidente dos EUA, Donald Trump, na Casa Branca, em 5 de maio de 2025. Reuters/Leah Millis O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta sexta-feira (9) que tarifas de 80% sobre as importações vindas da China "parecem corretas", marcando um recuo na recente guerra tarifária entre os países. Em sua conta na plataforma Truth Social, Trump mencionou que a decisão sobre reduzir o percentual cobrado em taxas pelos EUA sobre os produtos chineses "é do Scott B", referindo-se ao secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent. O presidente americano também escrevei que a China "deveria abrir seus mercados para os EUA". "Seria ótimo para eles!!! Mercados fechados não funcionam mais!!!". Essa é a primeira vez que Trump menciona um número específico ao falar sobre uma possível redução nas tarifas sobre a China. Ele já havia sinalizado em outras ocasiões que desejava uma trégua entre os dois países e uma redução nas taxas aplicadas entre eles. Atualmente, os EUA cobram uma tarifa de 145% sobre todas as importações chinesas. A China, por sua vez, aplicou uma taxa de 125% contra os produtos americanos. Neste fim de semana, Scott Bessent e o negociador-chefe de comércio dos EUA, Jamieson Greer, se encontrarão com o czar econômico da China, He Lifeng, na Suíça, para conversas que podem ser o primeiro passo para resolver suas disputas comerciais. LEIA MAIS Trump: Brasil 'sobrevive' e 'ficou rico' cobrando tarifas sobre os EUA Com tarifaço, Brasil pode ser grande destino de produtos chineses, mas precisará de preparo Resposta da China a tarifaço de Trump impulsiona nacionalismo chinês Relembre a guerra tarifária entre China EUA A guerra tarifária entre as duas maiores economias do mundo se intensificou, após o anúncio das tarifas recíprocas prometidas por Trump, no início de abril. No chamado "Dia da Libertação", o presidente dos EUA mostrou uma tabela das tarifas, de 10% a 50% para importados de 180 países. A China foi um dos países tarifados — e com uma das maiores taxas, de 34%. Essa taxa se somou aos 20% que já eram cobrados em tarifas sobre os produtos chineses anteriormente. Como resposta ao tarifaço, o governo chinês impôs, em 4 de abril, tarifas extras de 34% sobre todas as importações americanas. Os EUA decidiram retaliar a resposta, e Trump deu um prazo para a China: ou o país asiático retirava as tarifas até as 12h de 8 de abril, ou seria taxado em mais 50 pontos percentuais, levando o total das tarifas a 104%. A China não recuou e ainda afirmou que estava preparada para "revidar até o fim". Cumprindo a promessa de Trump, a Casa Branca confirmou a elevação em mais 50% das tarifas sobre os produtos chineses. Trump disse, porém, que acreditava que a China chegaria a um acordo com os EUA para evitar mais tarifas. A resposta chinesa veio na manhã de 9 de abril: o governo elevou as tarifas sobre os EUA de 34% para 84%, acompanhando o mesmo percentual de alta dos EUA. No mesmo dia, Trump anunciou que daria uma "pausa" no tarifaço contra os mais de 180 países, reduzindo de todas as tarifas para 10% por um prazo de 90 dias. Tarifas específicas já em vigor, como as de 25% sobre aço e alumínio, não são afetadas pela medida e continuam valendo. A exceção, porém, foi a China. Trump anunciou mais uma vez a elevação de tarifas sobre os produtos chineses, para 125%. Em 10 de abril, a Casa Branca explicou que as taxas de 125% foram somadas a outra tarifa de 20% já aplicada anteriormente sobre a China, resultando numa tarifa total de 145%. Como resposta, em 11 de abril, os chineses elevaram as tarifas sobre os produtos americanos para 125%.



Em país cada vez mais urbano, quilombolas seguem morando mais no campo do que na cidade


09/05/2025 13:00 - g1.globo.com


62% dos quilombolas moram em áreas rurais, ante 87% no conjunto da população. Mesmo os indígenas têm uma população urbana maior que a rural, segundo o instituto. Para pesquisadora do IBGE, fato tem relação com a escravidão. Dirani Francisco Maia, moradora do Quilombo Kalunga, no nordeste de Goiás, em foto de 2019. Fábio Tito/G1 Num país cada vez mais urbano, os quilombolas seguem majoritariamente rurais, diferentemente do que acontece até mesmo com os indígenas, mostram dados do Censo 2022 divulgados nesta sexta-feira (9) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). ➡️ Dos 1.330.186 quilombolas do país, 62% moram no campo, e 38%, nas cidades e outras áreas urbanas. ➡️ Quilombolas são todos aqueles que se autodenominam assim, mesmo que não morem em quilombos. Para a pesquisadora do IBGE Marta de Oliveira Antunes, este resultado "tem a ver com o histórico da escravização, da ocupação pela escravização e como foi essa resistência organizada ao longo dos séculos". Fernando Souza Damasco, pesquisador do pesquisador do IBGE, o fato era "completamente desconhecido", já que o Censo de 2022 foi o primeiro a perguntar se as pessoas se identificam como quilombolas. E surpreende. “Era um elemento completamente desconhecido da sociedade brasileira. (...) É uma descoberta, nós temos ainda um grupo populacional no nosso país que é majoritariamente rural, e isso é um dado muito relevante. Às vezes achamos que o rural está em extinção." Para os pesquisadores do instituto, este dado passa a ser uma referência nova para todos os órgãos públicos que vão lidar com essa população e para o direcionamento de políticas públicas. Conheça os kalungas, do maior quilombo do país Quilombolas transformam plantas típicas do Cerrado em remédios, alimentos e cosméticos Mulheres são maioria nas áreas urbanas e homens, nas rurais Quando se analisa por gênero, as mulheres são maioria entre os quilombolas urbanos. Nas áreas rurais, os homens são maioria: ➡️Em áreas urbanas, a cada 92 homens quilombolas foram identificadas 100 mulheres quilombolas. Nas áreas rurais, eram 105 homens para cada 100 mulheres. Para Marta Antunes, do IBGE, o números mostram que as mulheres estão "em busca de melhores oportunidades, em busca de estudos e trabalho". Quilombolas têm pior acesso a serviços básicos Os dados mostram também que os quilombolas têm pior acesso a serviços como abastecimento de água, destinação do esgoto e coleta de lixo. 🚨 Em áreas rurais, dentro dos territórios delimitados, a precariedade no saneamento básico chega a 93,82%. Mesmo em situação urbana, o acesso a água em condições de maior precariedade é 3,4 vezes maior entre a população quilombola (9,21%) do que entre a população residente em situação urbana no Brasil (2,72%). O que mais o Censo mostrou sobre os quilombolas O Nordeste concentra quase 70% dos quilombolas, com grande destaque para os estados da Bahia e do Maranhão. Juntos, eles têm 50% dos quilombolas do país. Quase ⅓ dos quilombolas do Brasil estão na Amazônia Legal. 87% dessa população vive fora de territórios oficialmente delimitados Quilombolas são mais jovens que o conjunto da população Analfabetismo entre quilombolas é quase três vezes maior do que na população total do país



Ford Mustang manual, edição limitada de R$ 600 mil, esgota em 1 hora


09/05/2025 12:57 - g1.globo.com


As 200 unidades ofertadas para o mercado brasileiro renderam R$ 120 milhões para a Ford em apenas uma hora. Modelo tem motor 5.0 V8 de 492 cv Um carro em extinção: Ford Mustang manual é o último muscle car raiz O último muscle car com transmissão manual oferecido pela Ford, o Mustang GT Performance com câmbio de seis velocidades, esgotou em apenas 60 minutos. As 200 unidades destinadas ao mercado brasileiro renderam R$ 120 milhões para a Ford em uma hora. Segundo a Ford, a maioria dos compradores já possuía um Mustang, e esses clientes tiveram prioridade na lista de espera, reforçando o esforço da marca em recompensar seus clientes mais fiéis. "Sabíamos que a expectativa em torno do Mustang manual seria grande, devido à exclusividade e ao legado que esse modelo representa. Mesmo assim, a rapidez da venda surpreendeu, praticamente num ritmo de três carros por minuto", disse Dennis Rossini, gerente de marketing da Ford. As vendas foram restritas. Apenas concessionárias que já comercializaram algum Mustang em sua história puderam receber unidades para venda. Ford Mustang GT Performance manual divulgação/Ford O Mustang GT Performance manual é uma edição limitada com transmissão manual, celebrando os 60 anos da primeira geração do esportivo. Este modelo exclusivíssimo chegou ao Brasil na última segunda-feira (5) com apenas 200 unidades, a R$ 600 mil cada. Cada veículo é numerado, com um emblema exibindo seu número logo abaixo do câmbio. Além da transmissão manual e da numeração do veículo em uma placa, há outros detalhes exclusivos neste Mustang. O primeiro é a adição de duas faixas pretas que percorrem a carroceria, com frisos vermelhos dentro de cada uma. As pinças de freio Brembo são vermelhas, as rodas e o emblema do cavalo na grade dianteira têm cor bronze, e há um emblema comemorativo aos 60 anos do Mustang, localizado na parte externa da última coluna do carro. "O Mustang GT Performance Manual já nasce como um clássico. Ele tem um lugar de honra reservado na galeria de versões especiais do Mustang, tanto pela exclusividade como pelo que ele representa para os fãs do prazer de dirigir, permitindo uma interação direta com toda a potência e o ronco inigualável do motor V8", completou Rossini. Ford Mustang GT Performance manual foi vendido por R$ 600 mil Divulgação | Ford LEIA MAIS: Volkswagen Nivus GTS é anunciado por R$ 174.990; veja detalhes e ficha técnica Trump suaviza impacto de tarifas sobre setor automotivo dos EUA VÍDEO: Novo Nivus é um bom carro, mas preço não ajuda a ser campeão de vendas Tradição preservada O motor é o Coyote V8 5.0, presente em outras versões do Mustang. Na edição com transmissão manual de seis velocidades, ele oferece 492 cv de potência e 58 kgfm de torque. A velocidade máxima é de 250 km/h, e a aceleração de 0 a 100 km/h ocorre em 4,3 segundos. A transmissão manual inclui melhorias para aumentar a esportividade, permitindo trocas de marcha mais rápidas sem que o motorista precise tirar completamente o pé do acelerador. Este recurso só está disponível quando o motor está girando acima de 5.000 rpm. Nessas condições, o motorista pode pressionar apenas 40% do pedal do acelerador para realizar a troca de marcha corretamente. Ford Mustang GT Performance manual O Ford Mustang manual oferece cinco modos de condução, incluindo dois voltados para pista e dois adicionais: Launch Control e Rev Match. O Launch Control maximiza a potência do motor e evita que as rodas percam tração nas arrancadas, enquanto o Rev Match proporciona reduções de marcha mais suaves, minimizando os solavancos. Embora a transmissão manual remeta a uma era mais antiga da indústria automotiva, o Ford Mustang GT Performance manual possui painel de instrumentos digital de 12,4 polegadas e central multimídia de 13,2 polegadas, com reconhecimento de comandos por voz. O veículo também oferece espelhamento sem fio para celulares, que podem ser recarregados por indução. O sistema de som é desenvolvido pela B&O, com 900 watts de potência distribuídos por 12 alto-falantes e um subwoofer. Embora o freio seja eletrônico, há uma alavanca manual disponível para facilitar manobras de drift. O Ford Mustang GT Performance manual chega em um período em que a transmissão manual está cada vez mais rara nos carros vendidos no Brasil. Dos 781 modelos de carros produzidos por 33 marcas e homologados pelo Inmetro, apenas 86 possuem câmbio manual, onde as trocas de marcha são feitas exclusivamente pelo motorista. Em outras palavras, em 2025, apenas 11% dos carros vendidos oficialmente no Brasil têm transmissão manual. Ford Mustang GT Performance manual *Com informações de André Fogaça.



Dólar fecha em queda, de olho em inflação no Brasil e tarifaço de Trump; Ibovespa sobe ao maior nível desde agosto


09/05/2025 12:44 - g1.globo.com


A moeda norte-americana caiu 0,11%, cotada a R$ 5,6547. Já a bolsa encerrou em alta de 0,21%, aos 136.512 pontos, no maior nível desde agosto. Cédulas de dólar Pexels O dólar fechou a sessão desta sexta-feira (9) em queda, a R$ 5,65, conforme investidores repercutiam os novos dados de inflação no Brasil e a possibilidade de um esfriamento da política tarifária do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. O Ibovespa, principal índice acionário da bolsa de valores brasileira, a B3, fechou em alta e renovou o maior patamar desde agosto de 2024. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do Brasil, mostra que os preços subiram 0,43% em abril, conforme dados divulgados nesta sexta-feira (9) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado veio em linha com o esperado pelo mercado e reforça a última decisão do Comitê de Política Monetária (Copom), divulgada nesta semana. O colegiado aumentou a taxa básica de juros (Selic) em 0,50 ponto percentual, para 14,75% ao ano — o maior patamar em 20 anos. Também indicou que deve agir com cautela na próxima reunião, com mais "flexibilidade para incorporar os dados que impactem a dinâmica da inflação". Já no ambiente internacional, os sinais de alívio da guerra tarifária por parte de Trump continuaram a impulsionar os mercados. Na véspera, os EUA e o Reino Unido anunciaram um acordo comercial — o primeiro desde a implementação das "tarifas recíprocas". Já nesta sexta-feira, Trump chegou a afirmar que reduzir as tarifas de 145% para 80% sobre as importações chinesas "parece correto" e que a decisão ficará a cargo do secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent. Mais tarde, no entanto, a Casa Branca afirmou que Trump "permanece firme em sua decisão" de que os EUA não vão reduzir unilateralmente as tarifas sobre produtos chineses. "Esse foi um número que o presidente divulgou, e veremos o que acontece neste fim de semana", disse a secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, a jornalistas. Veja abaixo o resumo dos mercados. Entenda o que faz o preço do dólar subir ou cair 💲Dólar O dólar caiu 0,11%, cotado a R$ 5,6547. Na mínima do dia, chegou a R$ 5,6376. Veja mais cotações. Com o resultado, acumulou: alta de 0,02% na semana; recuo de 0,39% no mês; e perda de 8,50% no ano. No dia anterior, a moeda americana fechou em baixa de 1,47%, aos R$ 5,6611. a 📈Ibovespa Já o Ibovespa encerrou em alta de 0,21%, aos 136.512 pontos, no maior nível desde agosto. Com o resultado, o índice acumulou: alta de 1,02% na semana; avanço de 1,07% no mês; e ganho de 13,49% no ano. Na véspera, o índice fechou em alta de 2,12%, aos 136.231 pontos. O que está mexendo com os mercados? O anúncio de um acordo comercial entre EUA e Reino Unido e as sinalizações de que Trump conversa com outros países para aliviar a guerra das tarifas foram bem recebidos pelo mercado financeiro. Além de estabelecer medidas tarifárias, o tratado anunciado ontem também estabelece a criação de uma zona de comércio de alumínio e aço e de uma cadeia de suprimentos farmacêuticos segura. Segundo Trump, o acordo deve aumentar a receita externa dos EUA em US$ 6 bilhões e de criar US$ 5 bilhões em novas oportunidades de exportação. Em contrapartida, os EUA deverão baixar as tarifas para a indústria automobilística britânica de 27,5% para 10% e zerar os impostos sobre aço e alumínio. Apesar de este ter sido apenas o primeiro acordo comercial que os EUA conseguiram firmar com um de seus parceiros desde a imposição das "tarifas recíprocas" anunciadas em abril, Trump indicou que tem várias reuniões planejadas para os próximos dias, destacando que outros países também querem fazer um acordo com os norte-americanos. Neste fim de semana, o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, deve se reunir com seus pares chineses na Suíça — e há grande expectativa no mercado financeiro de que os dois países comecem as conversas para chegar a um acordo tarifário. Nesta sexta-feira, Trump chegou a afirmar que ficará a cargo dele a decisão de reduzir as tarifas sobre a China, mas adiantou que uma taxa de 80% "parece correta" e que o país asiático deveria "abrir seus mercados para os EUA". E no Brasil? Já no ambiente doméstico, ficou no radar a divulgação dos novos dados de inflação por parte do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O indicador mostrou uma alta de 0,43% em abril, em linha com o esperado. Entre os nove grupos de produtos e serviços pesquisados pelo IBGE, oito apresentaram alta no mês passado, com destaque para Alimentação e bebidas e Saúde e cuidados pessoais. O resultado é importante porque reforça o posicionamento do Copom que, nesta semana, subiu a Selic ao maior patamar em 20 anos, a 14,75% ao ano. Em comunicado, o colegiado justificou que a incerteza na economia dos EUA, principalmente devido à guerra comercial, é um dos principais fatores que pressionam a inflação no Brasil e levam à alta dos juros. Outro fator é a política fiscal no Brasil, ainda com despesas elevadas. "O ambiente externo mostra-se adverso e particularmente incerto em função da conjuntura e da política econômica nos Estados Unidos, principalmente acerca de sua política comercial e de seus efeitos. A política comercial alimenta incertezas sobre a economia global, notadamente acerca da magnitude da desaceleração econômica e sobre o efeito heterogêneo no cenário inflacionário entre os países, com repercussões relevantes sobre a condução da política monetária", escreveu o Copom. Por fim, o comitê destacou que o "cenário de elevada incerteza, aliado ao estágio avançado do ciclo de ajuste e seus impactos acumulados ainda por serem observados, demanda cautela adicional na atuação da política monetária e flexibilidade para incorporar os dados que impactem a dinâmica de inflação." Segundo Rafael Cardoso, economista-chefe do banco Daycoval, a principal novidade no comunicado está no balanço de riscos da instituição, que considerava mais os riscos econômicos brasileiros do que os internacionais até sua última reunião. "A inclusão da queda dos preços das commodities fez com que houvesse três riscos para cada lado, o que na opinião do BC além de ser riscos em quantidade igual, eles têm o mesmo peso e portanto o balanço passou a ser simétrico". Esse olhar mais atento ao cenário externo (que não recebe interferência dos juros no Brasil) e a falta de sinalização sobre possíveis novas altas nos juros indicam que pode haver uma pausa no ciclo de alta da Selic, explica Cardoso. Daniel Cunha, estrategista-chefe do BGC Liquidez, concorda e comenta que "não há dúvida de que o BC tem se empenhado em pavimentar o caminho para o fim do ciclo de alta nos juros". "A verdadeira questão, no entanto, era e ainda é se os dados sustentariam uma mudança para um ponto de fim mais cedo e mais baixo, ao invés de um ponto mais tarde e mais elevado", afirma Cunha.



Petrobras anuncia a descoberta de novo poço de petróleo na Bacia de Santos


09/05/2025 12:21 - g1.globo.com


O poço está localizado a 248 quilômetros da cidade de Santos (SP), no litoral paulista, e tem uma profundidade de 1.952 metros. Petrobras perde R$ 34 bilhões em valor de mercado após demissão de Jean Paul Prates Jornal Nacional/ Reprodução A Petrobras anunciou nesta sexta-feira (9) que encontrou petróleo "de excelente qualidade e sem contaminantes" no pré-sal da Bacia de Santos. O poço, identificado como 3-BRSA-1396D-SPS, pertence ao bloco Aram e está localizado a 248 quilômetros da cidade de Santos (SP), no litoral paulista, com uma profundidade de 1.952 metros abaixo d'água. Esta é a segunda descoberta de um poço de petróleo classificado como excelente no mesmo bloco da Bacia de Santos apenas neste ano. Novo poço de petróleo na Bacia de Santos. Arte/g1 Em março, a Petrobras informou que identificou indícios de petróleo no poço 4-BRSA-1395-SPS, a uma profundidade de 1.759 metros e a uma distância de 245 quilômetros da cidade de Santos. Agora, a empresa iniciará as análises laboratoriais necessárias para identificar e caracterizar as condições do poço encontrado, avaliando o potencial da área. A Petrobras também informou que, além dos estudos, outros dois poços serão perfurados e testados como parte do Plano de Avaliação e Descoberta (PAD). Leia a nota da Petrobras na íntegra: "A Petrobras informa que identificou a presença de petróleo de excelente qualidade e sem contaminantes no pré-sal da Bacia de Santos, em poço exploratório no bloco Aram. O poço 3-BRSA-1396D-SPS está localizado a 248 km da cidade de Santos-SP, em profundidade d’água de 1952 metros. A perfuração desse poço já foi concluída, tendo o intervalo portador de petróleo sido constatado através de perfis elétricos, indícios de gás e amostragem de fluido. É a segunda descoberta no mesmo bloco, seguindo o ótimo resultado já alcançado em outro poço exploratório no início do ano, onde encontramos petróleo de excelente qualidade. 'Estamos investindo fortemente na busca de novas reservas e os resultados estão vindo. Esse ano, já anunciamos descobertas também em Brava e em Búzios", afirma a presidente da Petrobras, Magda Chambriard. O consórcio dará início às análises laboratoriais para caracterizar as condições dos reservatórios e fluidos encontrados, que permitirão avaliar o potencial da área. Além disso, serão perfurados mais dois poços e realizado um teste de formação como parte do Plano de Avaliação de Descoberta (PAD). O PAD tem prazo final em 2027 e atividades adicionais de aquisição de dados poderão ser realizadas, conforme planejamento e obrigações contratuais estabelecidas junto à Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). O bloco Aram foi adquirido em março de 2020, na 6ª rodada de licitação da ANP, sob o regime de Partilha de Produção, tendo a Pré-Sal Petróleo S.A. (PPSA) como gestora. A Petrobras é a operadora do bloco e detém 80% de participação, em parceria com a empresa CNPC (20%)." Em conferência mundial, presidente da Petrobras defende exploração de petróleo no Amapá



Caderneta de poupança tem saída de R$ 52 bilhões até abril


09/05/2025 12:16 - g1.globo.com


Dado foi divulgado pelo BC nesta segunda. Saída de recursos acontece em meio à inflação e endividamento altos. Juro básico mais alto também faz poupança ficar menos atraente. A retirada de recursos das cadernetas de poupança superou o nível de depósitos em R$ 52,1 bilhões no acumulado de janeiro a abril deste ano, informou nesta sexta-feira (9) o Banco Central. De acordo com a instituição, nos quatro primeiros meses deste ano: os depósitos somaram R$ 1,35 trilhão; as retiradas totalizaram R$ 1,4 trilhão. Getty Images via BBC Os R$ 52,1 bilhões de retirada líquida são maiores do que o registrado no mesmo período do ano passado – quando houve a saída de R$ 23,8 bilhões da modalidade. No mesmo período de 2023, a retirada foi maior que a atual: R$ 57,5 bilhões de janeiro a abril. Veja a evasão de recursos da poupança mês a mês neste ano: janeiro: R$ 26,22 bilhões; fevereiro: R$ 8 bilhões; março: R$ 11,45 bilhões; abril: R$ 6,41 bilhões. Mercado imobiliário A retirada de recursos da caderneta de poupança afeta o financiamento imobiliário, pois a modalidade serve de base (funding) para os empréstimos para compra da casa própria. Em abril, o Banco Central informou que há um "consenso no mercado" de que o atual modelo de financiamento à casa própria, com base na poupança, está se esgotando. Por isso, informou a instituição, serão buscadas alternativas à poupança e, também, será feito um debate para saber quais características devem ter os contratos com a mudança do chamado "funding"— que tende a ser mais volátil (instável). Financiar imóvel fica mais difícil com o aumento dos saques da caderneta de poupança Cenário da economia A retirada de recursos da caderneta de poupança acontece em um cenário de inflação e de endividamento ainda altos, ao mesmo em que a taxa básica de juros está no maior nível desde 2006. Em março, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do país, subiu 0,56%. Já no acumulado em 12 meses, a inflação registra um avanço de 5,48%. O número está acima do teto da meta do Banco Central do Brasil (BC), que é de 3%. Indicadores também mostram que o endividamento da população segue elevado. Segundo o BC, ele somou 48,3% da renda acumulada nos doze meses até dezembro do ano passado. Juro alto reduz atratividade da poupança A alta taxa de juro básica da economia brasileira, a Selic, também ajuda a reduzir a atratividade da caderneta de poupança. Atualmente, para tentar conter a inflação, a Selic está em 14,75% ao ano, o maior patamar em quase duas décadas. Pelas regras da poupança, a aplicação segue com rendimento limitado. Isso ocorre porque, com as regras vigentes, quando a taxa Selic ultrapassa o patamar de 8,5% ao ano, o rendimento da poupança é de 0,5% ao mês, mais a variação da taxa referencial (TR, que é calculada pela média ponderada dos títulos públicos prefixados). De acordo com analistas ouvidos pelo g1, o retorno da poupança tem perdido para outras aplicações em renda fixa. Eles apontaram que investimentos no Tesouro Direto, em CDBs e também CDIs têm registrado melhor desempenho em um cenário de alta dos juros básicos da economia, e que a renda fixa deve continuar atrativa em 2025.



IPCA: preços sobem 0,43% em abril, puxados por alimentação e medicamentos


09/05/2025 12:00 - g1.globo.com


Resultado da inflação oficial do país mostra uma desaceleração em relação ao mês anterior. No acumulado de 12 meses, o avanço é de 5,53%. Inflação: preços sobem 0,43% em abril, puxados por alimentos e remédios O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do país, registrou uma alta de 0,43% em abril, conforme dados divulgados nesta sexta-feira (9) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado representa uma desaceleração em relação ao mês anterior, quando o IPCA havia subido 0,56%. No acumulado do ano, o índice registra uma alta de 2,48%. Na janela de 12 meses, o avanço é de 5,53%. A alta da inflação em abril foi impulsionada, principalmente, pelos grupos de Alimentação e bebidas — com destaque para os preços da Alimentação fora do domicílio —, e Saúde e Cuidados Pessoais, devido aos reajustes de até 5,09% nos preços dos medicamentos, válidos a partir de 31 de março. O resultado da inflação de abril veio em linha com as projeções do mercado financeiro, que esperavam um avanço entre 0,38% e 0,47%. Veja o resultado dos grupos do IPCA em abril Alimentação e bebidas: 0,82%; Habitação: 0,14%; Artigos de residência: 0,53%; Vestuário: 1,02%; Transportes: -0,38%; Saúde e cuidados pessoais: 1,18%; Despesas pessoais: 0,54%; Educação: 0,05%; Comunicação: 0,69%. Alimentos e medicamentos pesaram para a inflação do mês O grupo de Alimentação e bebidas apresentou uma desaceleração na inflação em abril, registrando alta de 0,82% (contra 1,17% em março). Mesmo assim, continua representando o maior impacto sobre a inflação geral, com um peso de 0,18 ponto percentual (p.p.). A Alimentação no domicílio foi a que mais subiu, com alta de 0,83%. Os maiores avanços vieram da batata-inglesa (18,29%), do tomate (14,32%) e do café moído (4,48%). Outros produtos, porém, tiveram queda, com destaque para a cenoura (-10,40%), arroz (-4,19%) e frutas (-0,59%). Na Alimentação fora do domicílio, os preços tiveram alta de 0,80%. Tanto o lanche (1,38%) quanto a refeição (0,48%) subiram. A maior alta percentual de abril foi registrada pelo grupo de Saúde e cuidados pessoais, com variação de 1,18% e um impacto de 0,16 p.p. sobre o índice geral. O avanço é resultado de um reajuste de até 5,09% nos preços dos Medicamentos, válido a partir de 31 de março. Além disso, os itens de higiene pessoal também tiveram uma alta significativa, de 1,09%. Outro destaque foi o grupo de Vestuário, que registrou alta de 1,02% e teve um impacto de 0,05 p.p. no índice geral. Os preços de roupas femininas, roupas masculinas e calçados e acessórios subiram. O único grupo a registrar queda em abril foi o de Transportes, com uma variação negativa de 0,38%. As passagens aéreas tiveram uma baixa significativa nos preços, de 14,15%. Todos os combustíveis também recuaram. O etanol teve queda de 0,82%; O gás veicular teve queda de 0,91%; O óleo diesel teve queda de 1,27%; A gasolina teve queda de 0,35%. INPC fica em 0,48% O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), utilizado como referência para reajustes do salário mínimo e que calcula a inflação para famílias de renda mais baixa, registrou uma alta de 0,48% em março. Em fevereiro, o índice havia subido 0,51%. Com isso, o INPC acumulou uma alta de 5,32% nos 12 meses até março de 2025. Medicamentos disponíveis na farmácia do barco-hospital São João XXIII, atracado em Novo Remanso, distrito de Itacoatiara (AM) Desirèe Assis/g1



Concurso de diplomata: Itamaraty autoriza edital com 50 vagas e salário de R$ 20,9 mil


09/05/2025 11:44 - g1.globo.com


Ao todo serão ofertadas 50 vagas no cargo de terceiro-secretário da carreira de diplomata. O Instituto Rio Branco vai publicar o edital do concurso. Palácio do Itamaraty Reprodução/ Agência Brasília O Ministério das Relações Exteriores autorizou a realização de um novo concurso para diplomata, com 50 vagas e salário inicial de R$ 20,9 mil. O cargo é de terceiro-secretário, que é o início da carreira de diplomacia. ✅ Siga o canal do g1 Concursos no WhatsApp O processo seletivo exige conhecimento em várias disciplinas e é considerado, atualmente, um dos mais difíceis e concorridos do país, afirma Jean Marcel Fernandes, coordenador do curso preparatório para concursos de diplomata do Gran Cursos Online. 👩‍💼 MAS, AFINAL, O QUE FAZ UM DIPLOMATA? - Os diplomatas são servidores públicos concursados que representam o Estado brasileiro, assim como seus cidadãos, no exterior. Eles negociam os interesses do país em conferências internacionais e atendem os cidadãos brasileiros nos consulados, entre outras funções. ✍️ E COMO É O CONCURSO? - No Brasil, o Concurso de Admissão à Carreira de Diplomata (CACD) é realizado todos os anos pelo Instituto Rio Branco (IRBr), academia diplomática brasileira subordinada ao Itamaraty. Em 2024, também foram abertas 50 oportunidades para a carreira. Agora, a autorização para o concurso deste ano foi publicada na última quinta-feira (08) no Diário Oficial da União. A primeira fase do concurso consistirá de prova objetiva, de caráter eliminatório, composta de questões de: Língua portuguesa; História do Brasil; História mundial; Geografia; Língua inglesa; Política internacional; Economia; Direito. Serão convocados para a segunda fase os candidatos mais bem classificados na primeira fase, em número a ser definido no edital, respeitadas as políticas de inclusão de pessoas negras e de pessoas com deficiência. A segunda etapa do concurso consistirá de provas escritas, de caráter eliminatório e classificatório, composta de questões de: Língua portuguesa; Língua inglesa; História do Brasil; Política internacional; Geografia; Economia; Direito; Língua espanhola ou francesa. Será estabelecida nota mínima para aprovação no conjunto das provas da segunda fase. A Diretora-Geral do Instituto Rio Branco será responsável pela publicação do edital do concurso. Conforme a publicação, o prazo de realização da primeira prova, com relação à data de publicação do edital do concurso, será reduzido para dois meses. A redução do prazo visa compatibilizar a conclusão do concurso com o planejamento de atividades do Ministério das Relações Exteriores e do Instituto Rio Branco para 2025 e 2026. Qualquer cidadão brasileiro nato com formação superior reconhecida pelo Ministério da Educação pode se tornar diplomata. Geralmente, são aprovados no concurso candidatos que se preparam por dois a três anos para as provas, afirma o professor Jean Marcel, que também é Ministro da Carreira de Diplomata e serve no Consulado-Geral do Brasil em Los Angeles. LEIA TAMBÉM: Concurso do TCU é autorizado para preencher 60 vagas imediatas e formar cadastro reserva Polícia Federal abre concurso com 192 vagas e salários de até R$ 11 mil; veja como participar CNU 2025: veja os salários iniciais para as mais de 3 mil vagas ofertadas Veja dicas para estudar para concurso: Como estudar legislação para concurso? Veja dicas de como fazer uma boa redação para concurso



INSS anuncia devolução de R$ 292 milhões para aposentados entre maio e junho


09/05/2025 11:31 - g1.globo.com

Instituto diz que valor se refere às mensalidades de abril, que foram descontadas mesmo após o bloqueio, porque a folha do mês já havia sido rodada O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) soltou um comunicado nesta sexta-feira (9) em que anuncia a devolução de R$ 292.699.250,33 para aposentados e pensionistas entre os dias 26 de maio e 6 de junho. Segundo o instituto, esse valor é referente às mensalidades de abril que, mesmo após o bloqueio, foram descontadas por sindicatos e associações, porque a folha do mês já havia sido rodada. "O dinheiro foi bloqueado pelo INSS e será devolvido aos beneficiários na folha de maio", afirmou o INSS. INSS vai notificar prejudicados por descontos irregulares na próxima semana O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) afirmou nesta quinta que vai notificar na terça-feira (13) os 9 milhões de aposentados e pensionistas que tiveram descontos em seus benefícios nos últimos anos e que, portanto, podem ter sido prejudicados pela fraude dos descontos irregulares. Essas pessoas terão de informar se as operações foram autorizadas por elas ou não para receberem o ressarcimento dos valores. LEIA TAMBÉM: Fraude no INSS: saiba como baixar o app oficial e como será a notificação dos descontos irregulares Fraude no INSS: AGU diz que 'engenharia criminosa' foi montada na gestão Bolsonaro e critica vídeo de 'lacração' feito por deputado Fraude no INSS: AGU pede bloqueio de R$ 2,56 bilhões de 12 entidades associativas investigadas Como ocorrerá a notificação 🚨A notificação será feita exclusivamente pelo aplicativo "Meu INSS". Não haverá contato por telefone, ou mensagem SMS. Em caso de dúvidas, os cidadãos podem ligar na central de atendimento do órgão, pelo canal telefônico 135. Quais os canais informação No dia seguinte à notificação, dois canais estarão disponíveis para que os segurados possam verificar qual associação realizou o desconto e o valor descontado: "Meu INSS" e a central de atendimento 135. Qual a cobertura do ressarcimento O ressarcimento será para os descontos realizados nos últimos cinco anos, a partir de março de 2020. O INSS, contudo, não informou a partir de qual data começará a devolução do dinheiro descontado de forma irregular (anterior a abril). Quais são as orientações para o segurados O sistema para reclamações ficará aberto indeterminadamente. Não há um prazo final para reclamar. Os segurados não devem autorizar ninguém a falar com o INSS em seu nome para evitar novos golpes. O contato deve ser direto. Em caso de problemas, uma alternativa será a central de atendimento 135, que estará disponível para que o cidadão entre em contato e o servidor do INSS acesse o "Meu INSS" dele. O cidadão poderá informar que teve desconto da associação "X" e o valor descontado. 🔎O cidadão não precisará incluir documentos ao informar o desconto irregular. Como será a cobrança O sistema do INSS automaticamente gerará uma cobrança para a associação responsável pelo desconto. O INSS defenderá o cidadão perante a associação. Qual será o prazo dado às associações A associação terá 15 dias úteis para comprovar o vínculo com o segurado, juntando no sistema três informações: comprovação de associação, autorização do desconto e documento de identidade do segurado. Qual será o prazo para pagamento pelas associações Caso a associação não comprove o vínculo, ela terá 15 dias úteis para realizar o pagamento ao INSS, que será repassado ao segurado por meio de folha suplementar. Como serão as sanções às associações Se a associação não realizar o pagamento ou não comprovar o vínculo, o caso será encaminhado à Advocacia-Geral da União (AGU) para medidas de ressarcimento. Todos os que reclamaram e não tiveram comprovação receberão o ressarcimento.



Venda de carne bovina do Brasil aos EUA dispara 500% em abril em meio a tarifaço de Trump


09/05/2025 08:01 - g1.globo.com


Para exportadores, alta foi 'grande surpresa'. Rebanho bovino dos EUA diminuiu, mas demanda por carne é alta. Venda de carne bovina do Brasil aos EUA dispara 500% em abril  As vendas de carne bovina do Brasil para os EUA dispararam 498% em abril, em relação a igual mês de 2024, uma alta que causou "grande surpresa" no setor. Foi o que disse o presidente da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec), Roberto Perosa, nesta quinta-feira (8). "Os Estados Unidos, apesar de já estarem vindo numa crescente, compraram um grande volume. Nós saímos de 8 mil toneladas em abril de 2024, para um volume em torno de 48 mil toneladas em abril de 2025", detalhou Perosa. A disparada ocorreu no mesmo mês em que o presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou um aumento das taxas de importação para os seus parceiros comerciais. O presidente da Abiec e o analista da consultoria Safras & Mercado Fernando Henrique Iglesias dizem que a alta nas vendas para os EUA aconteceu porque: a oferta de bois dos EUA está em seu menor nível em 80 anos; mas a demanda é muito alta: americano "come hambúrguer todo o dia", diz Perosa; a carne dos EUA está mais cara do que a brasileira, mesmo com as tarifas. As compras dos americanos já vinham crescendo em meses anteriores. De janeiro a abril, eles importaram 135,8 mil toneladas de carne do Brasil, um volume quase cinco vezes maior do que no mesmo período de 2024. Como ficaram as tarifas para a carne bovina brasileira Venda de carne bovina do Brasil aos EUA disparou em meio a tarifaço de Trump. Foto: Assessoria/Governo/Rondônia ➡️Com o anúncio, os importadores americanos estão pagando uma taxa de 36,4% para importar a carne brasileira. Isso porque a tarifa anterior era de 26,4%, mas Trump adicionou uma sobretaxa de 10%. ➡️Somente as carnes que entram nos EUA a partir de cotas estão sendo taxadas em 10%. "O Brasil participa de um grupo de outros 10 países que têm direito a uma cota de exportação de 65 mil toneladas com zero de tarifa. [A taxa] Era zero, mas agora passou para 10%. Mas essa cota, geralmente, se atinge até 15 de janeiro", explica Perosa. "Majoritariamente, é o Brasil que se apropria dessa cota porque os outros países não tem capacidade de se apropriar", acrescenta. 🚢Os EUA são o segundo maior destino das exportações de carne bovina brasileira, depois da China, que é o nosso maior comprador, de acordo com o Ministério da Agricultura. A Austrália, porém, é a maior fornecedora de carne para os EUA, seguida por Canadá, México e Brasil, segundo o Departamento de Agricultura dos EUA. Por que a exportação do Brasil para os EUA disparou? Perosa diz que o rebanho bovino dos EUA atingiu o seu menor nível em 80 anos, ao mesmo tempo em que a demanda por carne bovina no país continua em alta. "Nos Estados Unidos, eles comem hambúrguer todo os dias. Então, não dá para você falar 'olha, para de consumir hambúrguer'. É cultural", destaca Perosa. "Eu costumo fazer uma brincadeira que é a mesma coisa de você dizer no Brasil: 'a partir de hoje, ninguém mais come arroz e feijão'. Não tem como", compara. Segundo ele, a redução do rebanho bovino nos EUA aconteceu por uma série de fatores, como problemas climáticos, como secas intensas, e a migração de alguns produtores para atividades mais lucrativas do que a pecuária. Mas e as taxas? "Mesmo com uma tarifa de 36,4%, [...] o Brasil vai nadando de braçada nesse mercado norte-americano. Eles estão comprando grandes quantidades de carne realmente", diz Iglesias, do Safras. "A carne norte-americana está mais cara do que a do Brasil, mesmo com as tarifas. Para você ter uma ideia, uma arroba do boi gordo no Brasil está na média de US$ 54, US$ 55. Nos EUA está US$ 115, US$ 120 por arroba. Então, está bem mais caro produzir lá", destaca Iglesias. Perosa tem a mesma avaliação. "A carne própria americana está tão cara que, mesmo aumentando a tarifa em 10%, isso não está tendo impacto no volume de exportação [do Brasil]", diz o presidente da Abiec. Segundo ele, as exportações do Brasil para os EUA devem continuar em alta, mesmo com o protagonismo da Austrália como o maior fornecedor para os norte-americanos. "A Austrália fornece muita carne para os Estados Unidos, mas em um canal diferente do Brasil", diz Perosa. Segundo ele, os australianos vendem carnes que vão direto para as prateleiras dos EUA, ao passo que o Brasil fornece produtos para a indústria de carne processada. PF, prato do futuro: o rastreamento de bois com chip na Amazônia



ES registra morte em massa de abelhas e envenenamento por agrotóxicos é investigado


09/05/2025 07:01 - g1.globo.com


Insetos foram encontrados mortos em produções de Boa Esperança e São Mateus, no Norte do Espírito Santo. Veterinários foram até o local e coletaram animais mortos para entender se agrotóxicos podem estar ligados à causa da morte. Morte em massa de abelhas é investigada no ES Apicultores de Boa Esperança, no Norte do Espírito Santo, registraram mortandade de milhares de abelhas, quase 100% dos insetos em apiários da região desde segunda-feira (5). O Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Espírito Santo (Idaf) foi até a cidade com veterinários, na quarta (8). Uma das suspeitas levantadas pelo órgão é a possibilidade de intoxicação dos insetos por agrotóxicos. 📲 Clique aqui para seguir o canal do g1 ES no WhatsApp Caso semelhante aconteceu com apicultores de São Mateus, que fica a quase 60 quilômetros de distância de Boa Esperança. Eles também tiveram mortes de abelhas nas colmeias início deste ano. As equipes do Idaf coletaram o material para analisar a causa oficial da morte dos animais. Pesquisadores da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) também acompanham o caso. Enquanto isso, produtores apontaram prejuízo na colheita de mel e perdas na lavoura de café (por causa da falta de polinização), além os impactos negativos para o meio ambiente que a falta das abelhas pode representar. Cenário assusta apicultores Mortandade de abelhas em apiários de cidades do Norte do Espírito Santo é investigada Reprodução/TV Gazeta O apiário com colmeias vazias e quase 100% das abelhas mortas ao redor preocupou o produtor rural Carlucio Tambaroto, que possui 22 caixas com os insetos. "Foi um susto muito grande ter chegado aqui na propriedade e ver essa mortandade de abelhas", comentou o produtor. O cenário com várias abelhas mortas é o mesmo ao redor da produção de Carlucio, onde outras seis propriedades possuem, juntas, 50 caixas em uma área de cerca de 35 hectares. LEIA TAMBÉM: Menino autista do ES encontra no cultivo de abelhas um caminho para a socialização Quase 4 toneladas de carne e linguiça são apreendidas em abatedouro clandestino; uma pessoa é presa no ES; veja FOTOS VÍDEO: moradora denuncia envenenamento de pássaros em rua do ES; Ibama vai apurar Médicos veterinários do Idaf foram coletar material para investigar mortandade de abelhas no Espírito Santo Reprodução/Redes sociais Quem encontrou os insetos mortos foi o apicultor Aldo Batista durante uma visita de rotina. O homem tem um consórcio com os produtores de café e pimenta na cidade desde 2011. "Passamos para fazer uma averiguação normal e constatamos uma boa mortandade. O maior prejuízo aqui é ambiental. Porque isso aqui é um trabalho de criação de abelha e exploração da atividade", destacou. O apicultor destacou que o objetivo dos apiários é a reprodução das abelhas não só para o comércio de mel, mas também para a polinização, importantíssima para fazer o café florescer e produzir, por exemplo. Sem as abelhas, o produtor de café já calcula um prejuízo de 30% na produção de café conilon. "Se não tiver abelha para fazer o pólen do meu café eu já perco a produção do ano que vem. Vou ficar no prejuízo. É uma perda de 30% a 35%", comentou o produtor Carlucio. Apicultores de São Mateus, Espírito Santo, também registraram morte de abelhas Reprodução/TV Gazeta Em São Mateus, os apicultores também registraram mortandade de abelhas e levantaram a possibilidade do uso de agrotóxico nas lavouras vizinhas ser um dos fatores que podem ter levado à morte dos insetos. "Não só aqui na região de São Mateus, mas em outros municípios também, uns amigos meus estão reclamando que está acontecendo essa mortandade de abelhas. A gente acha que é o veneno, mas queríamos ter certeza", disse o produtor Doriedson Cosme. Importância para o meio ambiente O coordenador do Laboratório de Abelhas da Ufes de São Mateus, Vander Calmon Tostas, explicou o papel das abelhas para o ecossistema e levantou a possibilidade da causa da morte dos animais. "No geral, as abelhas são insetos polinizadores. Mais de 70% da Mata Atlântica é polinizada por abelhas. Essa foi uma mortandade de vários ninhos ao mesmo tempo, todas as abelhas morrendo de uma vez só. Quando isso acontece, geralmente existe algum tipo de agroquímico envolvido", apontou. Veterinários do Idaf coletaram abelhas mortas e vivas para identificar o que pode estar causando mortandade dos insetos no Espírito Santo Reprodução/TV Gazeta A médica veterinária do Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Espírito Santo, Gizele Lima, realizou a coleta de algumas abelhas ainda vivas e outras com sinais de morte recente na propriedade para análise. "A análise clínica da médica-veterinária já permite constatar que não se refere a doenças das abelhas, sobretudo por conta da ausência de pragas nas colmeias e mortalidade acima de 30% dos enxames. Diante disso, suspeita-se de eventual intoxicação. Porém, apenas com o resultado da análise será possível indicar a causa", destacou o Idaf. O Idaf estimou que em até 30 dias deve receber os resultados dos exames. "Caso não seja mesmo doença, pode ser algum caso de intoxicação. E intoxicação pode ser por qualquer princípio ativo. Só o laboratório consegue bater o martelo e apontar o diagnóstico", pontuou a veterinária. Ainda de acordo com o órgão, foram recebidas, entre julho de 2024 e maio de 2025, 11 notificações de mortandade de abelhas em cidades: Cachoeiro de Itapemirim e Linhares: suspeita de infestação pelo pequeno escaravelho das colmeias (Aethina tumida). Nova Venécia e Santa Teresa: intoxicação por agrotóxico. Nesses casos, o Idaf realizou uma investigação nas propriedades vizinhas, a fim de identificar eventual uso irregular, mas não foi possível constatar a vinculação com o caso. Ainda assim, o órgão orientou os produtores da região quanto às boas práticas de aplicação desses produtos e a possibilidade de aplicação de penalidade, em caso de reincidência e comprovada a irregularidade. Afonso Cláudio, Rio Bananal e Serra: não houve coleta devido ao prazo entre a ocorrência da mortalidade e a notificação ao Idaf. São Mateus, Boa Esperança e outra ocorrência em Santa Teresa, o Idaf aguarda o resultado das análises. Apicultores já registraram prejuízo na produção após mortandade de abelhas no Espírito Santo Reprodução/TV Gazeta VÍDEOS: tudo sobre o Espírito Santo d Veja o plantão de últimas notícias do g1 Espírito Santo



Café de torra extraforte, clara, média ou escura: entenda as diferenças


09/05/2025 06:00 - g1.globo.com


Veja qual deixa o café mais doce, mais azedo e como mascarar os defeitos do grão. Café de torra extraforte, clara, média ou escura: entenda as diferenças A torra do café é o principal parte do processo para a fabricação da bebida, afirma a agricultura Janaína Rocha. Existem 4 pontos principais de torra: a clara, média, escura e extraforte, segundo o técnico agrícola Denilson Fantin. Mas, afinal, qual a diferença entre elas? ☕Clara: usada em café de mais qualidade. Ela acentua a acidez do fruto e aflora todas as suas nuances. ☕Média: aplicada em cafés mais azedos, pois ajuda a disfarçar a sua acidez. Com ela, o grão fica caramelizado. ☕Escura: acentua ainda mais o caramelo do café, o deixando mais doce. ☕Extraforte: utilizada para grãos com defeitos, ajudando a mascará-los. Saiba mais: Entenda a diferença entre café extraforte, tradicional, gourmet e especial Café fake apreendido não é alimento: entenda o que pode ser vendido como café pela lei 'Café fake': saiba diferenciar café e pó sabor café na prateleira



Correios registram prejuízo de R$ 2,6 bilhões em 2024, aponta demonstrações financeiras


09/05/2025 05:50 - g1.globo.com


Este é o primeiro prejuízo bilionário da estatal desde 2016. Demonstrações financeiras foram publicadas nesta sexta-feira (9). Placa dos Correios. Reprodução A Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, os Correios, publicou no Diário Oficial da União desta sexta-feira (9) as demonstrações financeiras referentes ao ano de 2024 com um prejuízo de R$ 2,6 bilhões. Além disso, auditoria independente ressalvou dados contábeis da empresa (leia mais abaixo). O déficit em 2024 é quatro vezes maior do que o registrado no ano anterior, quando o prejuízo registrado foi de R$ 597 milhões. Na apresentação deste ano, os Correios reajustaram os dados de 2023 para melhor representar as normas contábeis e, assim, o resultado final do ano anterior acabou subindo para R$ 633 milhões. 🔎O termo "déficit" significa que o gasto somado foi maior que a receita que os Correios conseguiu gerar no ano. ➡️Esta é a primeira vez, desde 2016 que os Correios apresentam um prejuízo bilionário em suas operações. À época, a empresa teve prejuízo de R$ 1,5 bilhão (R$ 2,3 bilhões em valores atualizados). Entre as justificativas dadas pela empresa para o resultado negativo, está o fato de que apenas 15% das 10.638 unidades de atendimento terem superávit - quando as receitas são maiores do que as despesas. "Ainda que 85% das unidades sejam consideradas deficitárias, os Correios garantem o acesso universal de todas e todos aos serviços postais, com tarifas justas, em cada um dos 5.567 municípios atendidos", ponderou os Correios. Por outro lado, a empresa também justificou que houve um investimento de R$ 830 milhões ao longo de 2024, totalizando R$ 1,6 bilhões desde que a nova gestão assumiu. Nos últimos dois anos foram R$ 698 milhões na aquisição de novos veículos e outros R$ 600 milhões gastos em manutenção da infraestrutura operacional da empresa. Parte dos veículos adquiridos faz parte do plano estratégico da empresa de 5 anos para transição ecológica de suas atividades. Desta forma, apenas em 2024 foram adquiridos: 50 furgões elétricos; 3.996 bicicletas cargo com baú; e 2.306 bicicletas elétricas. A empresa ainda comprou 1.502 veículos para renovar a frota já existente. Apesar do prejuízo em 2024, a empresa reafirmou que manterá sua estratégia de investimentos que ampliem "soluções tecnológicas" e reduzam o impacto no meio ambiente. "A sustentabilidade continuará a ser tema central em nosso dia a dia. Esperamos evoluir ainda mais em nossos propósitos de caráter social e ambiental", afirmou a empresa. Impactos no resultado Entre os motivos que impactaram o resultado dos Correios está a redução da receita com a prestação de serviços. Neste ano, o total foi de R$ 18,9 bilhões contra R$ 19,2 bilhões em 2023, R$ 335 milhões a menos. Essa foi a menor receita desde 2020, quando a empresa registrou R$ 17,2 bilhões de receita. Por outro lado, os custos operacionais aumentaram R$ 716 milhões em relação ao ano anterior. Passando de R$ 15,2 bilhões para R$ 15,9 bilhões. Esse é o maior custo anual realizado pelos Correios desde 2017, quando a empresa gastou R$ 16 bilhões. A maior parte deste aumento dos custos operacionais da empresa está nos gastos com pessoal, que em 2023 era de R$ 9,6 bilhões e em 2024 foi de R$ 10,3 bilhões. Os Correios justificaram que o aumento se deveu ao Acordo Coletivo de Trabalho assinado com os mais de 80 mil empregados (R$ 550 milhões). E também ao reajuste do vale alimentação/refeição (R$ 41 milhões). Uma outra conta que sofreu forte impacto no resultado foram as despesas gerais e administrativas, que atingiram o maior valor histórico, totalizando R$ 4,7 bilhões em 2024. Um aumento de R$ 655 milhões em relação a 2023. Já o resultado financeiro da empresa, que registra as receitas com aplicações financeiras e as despesas, por exemplo, com empréstimos, também apresentou um resultado negativo de R$ 379 milhões. Em 2023, no resultado reapresentado, o valor total tinha sido positivo em R$ 44 milhões. No ano passado, os Correios gastaram R$ 846 milhões em despesas financeiras e tiveram uma receita de R$ 466 milhões. Opinião com ressalva A auditoria externa, feita Consult — Auditores Independentes, aplicou uma ressalva às demonstrações financeiras após identificar "fragilidades nos critérios utilizados e nos controles internos empresariais" para mensuração dos passivos contingentes — conta contábil que registra a possibilidade de perdas judiciais que uma empresa pode ter. Apesar da conta ter previsto uma perda de R$ 2,7 bilhões no passivo da empresa, afetando o resultado da empresa, a auditoria apontou que o valor pode ser inconsistente com a realidade. "Consequentemente, não foi possível, nas circunstâncias, ainda que por meio de procedimentos alternativos de auditoria, concluir sobre a adequação do saldo da provisão para contingências vinculadas aos processos, bem como os possíveis reflexos no resultado do exercício", justificou a auditoria. Prejuízo reduziu Em janeiro, quando o Ministério da Gestão e Inovação (MGI) apresentou o resultado do 3º trimestre das empresas estatais, os Correios estavam com um prejuízo de R$ 3,2 bilhões, que foi ligeiramente reduzido no último trimestre. Puxado pelos Correios, estatais têm pior déficit da série histórica Na época, o ministério afirmou que durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro os Correios deixaram de investir, encerraram contratos e perderam receita ao serem incluídos no Plano Nacional de Desestatização e que por isso vinham apresentado sucessivos lucros. Para justificar o prejuízo e reforçar um posicionamento contrário a privatização dos seus serviços, os Correios utilizaram de um lema que vem sendo utilizado durante o governo Lula logo na abertura do relatório de administração que aborda os resultados de 2024. "Os Correios são indispensáveis porque são públicos. Em um País continental como o Brasil, só uma empresa gigante, com vocação social, é capaz de conectar pessoas, viabilizar oportunidades de negócios e promover cidadania", justificou. Frustração de receitas Em abril, um estudo produzido pela empresa apontou uma frustração de receita de R$ 2,2 bilhões em função do fim da isenção de imposto sobre importações de até US$ 50. Presidente dos Correios, Fabiano Silva José Cruz/Agência Brasil Recentemente, o presidente da empresa, Fabiano Silva, afirmou ponderou que a mudança na lei em 2024 permitiu, ainda, que outras empresas de transportes façam o frete pelo Brasil de mercadorias internacionais, o que resultou na diminuição do domínio dos Correios sobre esse tipo de serviço. "A gente tinha uma participação nesse segmento internacional em torno de 98% de mercado, ou seja, quase dominante, quase exclusivo nesse mercado. No mês de janeiro, a gente está em torno de 30 e poucos por cento", criticou. Segundo o documento, antes de ela entrar em vigor, os Correios estimavam arrecadar R$ 5,9 bilhões com o transporte de mercadorias importadas em 2024. Entretanto, com o surgimento da lei, o total efetivamente arrecadado teria sido de R$ 3,7 bilhões, ou R$ 2,2 bilhões a menos. Entretanto o número foi ligeiramente maior. O relatório da administração apresentado junto com as demonstrações financeiras aponta que a receita com encomendas internacionais foi de R$ 3,9 bilhões, contra R$ 4,4 bilhões em 2024. "A essa altura [em referência a 2024], os operadores [as empresas que vendem, tipo Shein, Aliexpress e Amazon] avançaram na estruturação de operações próprias e, com isso, iniciou-se, também, um movimento de migração de carga para esses canais. Como efeito prático, os Correios começaram a perder participação no mercado", afirma o estudo. Busca por mais receitas Para ajudar a contornar a situação, os Correios assinaram em abril uma parceria para lançar um marketplace próprio com o objetivo de trazer novas receitas para a estatal. “Somos o primeiro e único marketplace brasileiro capaz de realizar entregas, com estrutura própria, em qualquer lugar do país, democratizando o acesso ao comércio digital”, afirmou Fabiano. Além disso, a empresa pretende licitar 200 lojas do "Correio Modular", que funciona como um estoque de armazenamento de encomendas dentro de lojas, dando mais dinamismo para que os clientes recebam os produtos transportados. Na mesma linha de ampliação logística com a finalidade de diminuir os custos com agências, os Correios pretendem credenciar 900 pontos de coleta em comércios já existentes, onde a população poderá deixar e buscar suas encomendas sem precisar ir até uma unidade oficial.



Fraude no INSS: saiba como baixar o app oficial e como será a notificação dos descontos irregulares


09/05/2025 03:01 - g1.globo.com


Órgão vai notificar os aposentados e pensionistas que podem ter sido prejudicados pela fraude na próxima terça-feira (13). Segurados deverão reconhecer se autorizaram o desconto ou não. Aplicativo "Meu INSS" Reprodução/TV Globo O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) afirmou que vai notificar, na terça-feira (13), os 9 milhões de aposentados e pensionistas que tiveram descontos em seus benefícios nos últimos anos e que, portanto, podem ter sido prejudicados pela fraude dos descontos irregulares. Essas pessoas terão de informar se as operações foram autorizadas por elas ou não para receberem o ressarcimento dos valores. 🚨A notificação será feita exclusivamente pelo aplicativo Meu INSS. Não haverá contato por telefone, ou mensagem SMS. Em caso de dúvidas, os cidadãos podem ligar na central de atendimento do órgão, pelo canal telefônico 135. Veja abaixo como baixar o app oficial e, em seguida, entenda como será a notificação do INSS sobre os descontos irregulares. Como baixar o app Meu INSS O aplicativo Meu INSS está disponível para Android e iOS. Além do telefone 135 e do site, ele é um meio para os cidadãos consultarem seus benefícios do INSS sem a necessidade de deslocamento para uma das agências. Ao baixar o aplicativo no celular, o beneficiário precisa aceitar os termos de uso; Em seguida, deve "entrar com gov.br", preenchendo com CPF e senha cadastrados na conta oficial do governo. Se você não tem conta gov.br, veja aqui como fazer; Por fim, é só clicar em "autorizar" para deixar que o aplicativo acesse os seus dados pessoais. O usuário terá acesso a todos os serviços disponíveis e ao histórico das informações do beneficiário. Como será a notificação dos descontos irregulares O INSS vai divulgar informações para os segurados que tiveram descontos associativos na próxima terça-feira (13), exclusivamente pelo aplicativo Meu INSS. No dia seguinte, quarta-feira (14), os segurados notificados poderão verificar qual associação realizou o desconto e o valor descontado, por meio de dois canais: o app Meu INSS e a central de atendimento 135. A partir dessas informações, o associado deverá reconhecer se, de fato, autorizou a cobrança, ou se é o caso de um desconto irregular, fruto de fraude. Não será necessário incluir documentos ou comprovantes para afirmar que não autorizou a cobrança, e não há um prazo para reclamar. Ressarcimentos O ressarcimento será para os descontos realizados nos últimos cinco anos, a partir de março de 2020. Caso o segurado preencha no sistema que não autorizou o desconto, o INSS vai gerar automaticamente uma cobrança para a associação que recebeu o dinheiro. A empresa, então, terá 15 dias úteis para comprovar o vínculo com o segurado, juntando no sistema três informações: comprovação de associação, autorização do desconto e documento de identidade do segurado. Caso a associação não comprove o vínculo, ela terá os mesmos 15 dias úteis para realizar o pagamento ao INSS, que será repassado ao segurado por meio de folha suplementar. Se a associação não fizer o pagamento, o caso será encaminhado à Advocacia-Geral da União (AGU) para medidas de ressarcimento. Segundo o governo, todos os segurados que reclamaram e não tiveram comprovação do vínculo receberão o dinheiro. A devolução será entre os dias 26 de maio e 6 de junho. INSS notificará lesados por fraude no dia 14 de maio



Como abrir uma conta gov.br


09/05/2025 03:00 - g1.globo.com


Cadastro dá acesso aos serviços digitais do governo. Confira o passo a passo para abrir a conta e como aumentar o seu nível de segurança. Como abrir uma conta gov.br A conta gov.br serve para identificar o cidadão e dar acesso a ele aos serviços públicos digitais do governo brasileiro, como a CNH Digital, a Carteira de Trabalho Digital e o Meu INSS. Na última versão do aplicativo, se o usuário inserir o CPF na tela inicial e for constatado que ele ainda não possui uma conta de acesso, é direcionado automaticamente para o fluxo de criação de contas, unificando o acesso às plataformas. Veja abaixo o passo a passo para abrir a conta gov.br e como aumentar o seu nível de segurança. Passo a passo para abrir conta gov.br A criação da conta gov.br é gratuita. Quem ainda não possui pode fazer o cadastro pelos seguintes caminhos: Site de acesso: https://sso.acesso.gov.br/ Aplicativo: link iOS ou link Android Conta gov.br dá acesso aos serviços digitais do governo Reprodução Ao acessar o site ou o aplicativo, o usuário precisa digitar o CPF no campo indicado na tela inicial e clicar em "Continuar". Se for constatado que o usuário ainda não possui uma conta de acesso, ele será direcionado automaticamente para criá-la. Caso já tenha, o sistema pedirá uma senha. Basta clicar em "Esqueci minha senha" e seguir os passos para recuperá-la, se não lembrar o código. Durante a abertura da conta, o sistema pedirá que o usuário leia e aceite os termos de uso. Ele também terá que informar dados pessoais como data de nascimento e nome da mãe. Ao final do processo, será necessário criar uma senha que atenda os critérios exigidos. Como aumentar o nível da conta gov.br? Saiba como ter login na plataforma gov.br do tipo 'prata' ou 'ouro' A conta gov.br dá acesso aos serviços digitais do governo como, por exemplo, INSS, carteira de trabalho digital, Receita Federal, eSocial, entre outros. A conta gov.br tem três níveis de segurança e acesso: bronze, prata e ouro. Ao ser criada via formulário online do INSS ou da Receita Federal, por exemplo, a conta gov.br costuma iniciar no nível bronze, que dá acesso apenas parcial aos serviços digitais do governo e cujo grau de segurança é considerado básico. Página em que é possível aumentar o selo de confiabilidade da conta Reprodução O login nível "prata" ou "ouro" exige maior nível de segurança, como reconhecimento facial, permitindo o acesso a bancos credenciados e a serviços mais sensíveis. Ao fazer o login no gov.br, o cidadão já é informado do nível da conta. Para aumentar o nível, basta seguir as instruções ou entrar em "Privacidade/Selos de Confiabilidade". No app, ao fazer o login no gov.br, o cidadão já é informado do nível da conta. Reprodução Como obter nível prata O nível prata é obtido por meio de: Validação dos seus dados com usuário e senha do SIGEPE, se você for servidor público federal; Reconhecimento facial pelo aplicativo gov.br para conferência da sua foto na base da Carteira Nacional de Habilitação (CNH); ou Validação dos seus dados via internet banking de um banco credenciado. Como obter nível ouro O nível máximo de segurança pode ser através de: Reconhecimento facial pelo aplicativo gov.br para conferência da sua foto na base da Justiça Eleitoral (TSE); Validação dos seus dados utilizando a biometria digital cadastrada na base da Justiça Eleitoral (TSE); Validação dos seus dados com Certificado Digital compatível com ICP-Brasil; Validação dos seus dados utilizando aplicativo gov.br pra ler o QR Code da Carteira de Identidade Nacional (CIN); ou Validação dos seus dados via Certificados em Nuvem. Conta Gov.br Reprodução/Globo



Mega-Sena, concurso 2.860: prêmio acumula e vai a R$ 45 milhões


08/05/2025 23:02 - g1.globo.com


Veja as dezenas sorteadas: 02 - 05 - 17 - 24 - 38 - 57. Quina teve 119 apostas ganhadoras; cada uma vai levar R$ 25.909,13. Mega-Sena Marcelo Brandt/Arquivo g1 O sorteio do concurso 2.860 da Mega-Sena foi realizado na noite desta quinta-feira (8), em São Paulo. Nenhuma aposta acertou as seis dezenas, e o prêmio para o próximo sorteio acumulou em R$ 45 milhões. Clique aqui para seguir o canal de Loterias do g1 no WhatsApp Veja os números sorteados: 02 - 05 - 17 - 24 - 38 - 57 5 acertos - 119 apostas ganhadoras: R$ 25.909,13 4 acertos - 6.632 apostas ganhadoras: R$ 664,13 O próximo sorteio da Mega será no sábado (10). Mega-Sena, concurso 2.860 Reprodução/Caixa Entenda como funciona a Mega-Sena e qual a probabilidade de ganhar o prêmio A Para apostar na Mega-Sena As apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília), em qualquer lotérica do país ou pela internet, no site da Caixa Econômica Federal – acessível por celular, computador ou outros dispositivos. É necessário fazer um cadastro, ser maior de idade (18 anos ou mais) e preencher o número do cartão de crédito. Probabilidades A probabilidade de vencer em cada concurso varia de acordo com o número de dezenas jogadas e do tipo de aposta realizada. Para a aposta simples, com apenas seis dezenas, que custa R$ 5, a probabilidade de ganhar o prêmio milionário é de 1 em 50.063.860, segundo a Caixa. Já para uma aposta com 15 dezenas (limite máximo), com o preço de R$ 22.522,50, a probabilidade de acertar o prêmio é de 1 em 10.003, ainda segundo a Caixa.



Sindicato dos servidores do IBGE repudia mapa-múndi invertido com Brasil no centro lançado pelo instituto: 'em vez de informar, distorce'


08/05/2025 22:49 - g1.globo.com


Comunicado diz que mapa não teve respaldo técnico reconhecido pelas convenções cartográficas internacionais. Presidente do IBGE afirmou que mapa-múndi invertido "estimula a reflexão sobre como nos vemos nesse novo mundo". Mapa-múndi com Brasil no centro IBGE O sindicato dos servidores do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) publicou um manifesto em que repudia o mapa-múndi invertido, com o Brasil no centro, lançado nesta quinta-feira (8) pelo instituto. O comunicado afirma que a iniciativa "em vez de informar, distorce". "Trata-se de uma iniciativa que, em vez de informar, distorce; em vez de representar a realidade com rigor, cria uma encenação simbólica que compromete a credibilidade construída pelo IBGE ao longo de décadas de trabalho sério, imparcial e respeitado globalmente", diz o comunicado da Coordenação do Núcleo Sindical Chile - ASSIBGE/SN que representa os trabalhadores da base do Complexo Chile/Horto do IBGE. A mensagem ainda diz que o mapa não teve respaldo técnico reconhecido pelas convenções cartográficas internacionais e que "o se vende como símbolo de autoestima nacional esconde um paradoxo desconfortável", pois o Brasil "ainda enfrenta graves mazelas sociais: desigualdade estrutural, carências educacionais, insegurança, informalidade, perda de competitividade". "Não se combate a realidade com ilusões gráficas. Colocar o Brasil no centro do mapa não resolve nada — e pode, inclusive, enfraquecer a seriedade de um projeto nacional que justamente busca enfrentar, e não ocultar, os desafios que temos pela frente." Lançamento polêmico No lançamento do mapa-múndi, o IBGE disse que o mapa destaca os países que integram os Brics, o Mercosul, as nações de língua portuguesa e o bioma amazônico. "A novidade busca ressaltar a posição atual de liderança do Brasil em importantes fóruns internacionais como o Brics e o Mercosul e na realização da COP 30 no ano de 2025", afirmou o presidente do instituto, Marcio Pochmann, em uma rede social. Pochmann também declarou que o mapa-múndi invertido "estimula a reflexão sobre como nos vemos nesse novo mundo em que as transformações ocorrem mais rapidamente e exigem um protagonismo brasileiro ainda maior". Pochmann está no centro de uma crise dentro do IBGE, órgão responsável por indicadores econômicos como o Produto Interno Bruto (PIB) e a inflação oficial. Em janeiro, mais de 600 servidores assinaram uma carta aberta acusando o presidente do instituto de autoritarismo. Técnicos temem a perda de credibilidade do órgão. Na época, Pochmann afirmou que os servidores que o criticam estariam mentindo. A fala agravou ainda mais a tensão interna. Lula defende indicação de Márcio Pochmann



Itaú Unibanco tem lucro de R$ 11,1 bilhões no 1º trimestre, alta de 13,9%


08/05/2025 21:52 - g1.globo.com


Resultado foi marcado pela melhora na margem financeira e rentabilidade. Por outro lado, houve aumento de provisões e retração da carteira de crédito. Fachada de agência do Itaú Unibanco Divulgação O Itaú Unibanco fechou o primeiro trimestre com lucro líquido recorrente gerencial de R$ 11,128 bilhões, um aumento de 13,9% em relação ao mesmo período de 2024, informou o banco nesta quinta-feira (8). Em relação ao trimestre anterior, o aumento foi de 2,2%. A média das projeções de analistas compiladas pela Lseg indicava um lucro de R$ 11 bilhões. O resultado foi marcado pela melhora na margem financeira e rentabilidade. Por outro lado, houve aumento de provisões e retração da carteira de crédito. A margem financeira totalizou R$ 30,322 bilhões, frente a R$ 26,880 bilhões um ano antes e R$ 29,388 bilhões no último trimestre. A margem com clientes avançou 13,9% na comparação anual e 3,2% em relação ao trimestre anterior, enquanto a margem com o mercado recuou 12,8% e subiu 2,2%, respectivamente, nas mesmas bases de comparação. O Itaú atribuiu a melhora na margem financeira com o mercado, na base trimestral, ao maior desempenho da mesa de trading. Para efeito de comparação, Santander Brasil e Bradesco registraram quedas de 51,1% e 45,1%, respectivamente, nessa linha do resultado. O retorno sobre o patrimônio líquido médio anualizado subiu para 22,5%, ante 21,9% no mesmo período de 2024 e 22,1% no quarto trimestre, superando os resultados do Santander (17,4%) e do Bradesco (14,4%). Nas operações no Brasil, o retorno sobre o patrimônio líquido (ROE, na sigla em inglês) do Itaú atingiu 23,7%, ante 22,7% e 23,4%, respectivamente. O custo do crédito subiu 2,1% em relação ao primeiro trimestre do ano passado, alcançando R$ 8,976 bilhões. Houve um aumento de 2,5% nas despesas de perda esperada e de 14% nos descontos concedidos, enquanto a recuperação de créditos baixados como prejuízo também cresceu 14%. Na comparação trimestral, o custo aumentou 3,8%, com a redução nas despesas de perda esperada sendo ofuscada pelo acréscimo de 16% nos descontos e pela queda de 19,6% na recuperação de créditos. O Itaú destacou no documento de balanço que a adoção da resolução do Conselho Monetário Nacional (CMN) relacionada à constituição de provisão para perda esperada associada ao risco de crédito (4.966), que passou a valer em janeiro, foi prospectiva, sem efeitos materiais no resultado. Copom eleva Selic para 14,75% e FED mantém juros; Bruno Carazza comenta Crédito acelerado A carteira de crédito total somou R$ 1,38 trilhão, acréscimo de 13,2% em 12 meses, mas queda de 1,7% quando comparado aos números do final de 2024, com o desempenho trimestral mostrando queda nos segmentos de micro, pequenas e médias empresas (-2%) e grandes empresas (-1,8%), além do efeito América Latina (-5,5%). "Excluindo o efeito da variação cambial das carteiras de médias, grandes empresas e América Latina, a carteira consolidada teria permanecido praticamente estável no trimestre", afirmou o banco. Assim como o Bradesco, o Itaú mostrou um ritmo de crescimento mais forte no crédito ano a ano em relação às previsões divulgadas pelo banco anteriormente para 2025, de expansão de 4,5% a 8,5%. No primeiro trimestre, a inadimplência acima de 90 dias consolidada, incluindo títulos e valores mobiliários, encolheu 0,1 ponto percentual na comparação trimestral, para 1,9%, menor patamar dos últimos 17 trimestres, com o índice de pessoas físicas caindo 0,2 ponto, a 3,6%, mínima histórica. O índice de inadimplência entre 15 e 90 dias, por sua vez, aumentou 0,2 ponto em relação ao final de 2024, com o Itaú citando efeito sazonal típico do período, quando há a concentração de gastos das famílias, mas também entrada em atraso de um cliente específico do segmento de grandes empresas. Receitas O Itaú reportou aumento na receita de prestação de serviços (+3,5%) e de operações de seguros (+13,8%) ano a ano, para R$ 11,232 bilhões e R$ 2,983 bilhões, mas a performance na comparação trimestral mostrou quedas de 4% e 1%, respectivamente. De acordo com o banco, houve redução nas receitas com administração de recursos, pois houve reconhecimento de "performance fee" no trimestre anterior. Além disso, citou, houve redução nas receitas de emissão de cartões e de pagamentos e recebimentos por sazonalidade. "A implantação da Resolução 4.966 trouxe impacto negativo nas tarifas de operações de crédito, pois passaram a ser diferidas e anteriormente eram reconhecidas no momento da contratação", acrescentou. O índice de Basileia consolidado recuou a 15,7%, de 16,5% no final de 2024 e 16,4% um ano antes, conforme o índice de capital nível I cedeu a 14,1% e o índice de capital principal encolheu para 12,6%. O índice de eficiência consolidado, por sua vez, atingiu 38,1%, o menor da série histórica O Itaú encerrou março com 2.795 agências e postos de atendimento bancário, de 2.928 unidades em dezembro do ano passado e 3.152 estabelecimentos um ano antes.



Trump prevê 'reunião amigável' com a China e diz que tarifas de 145% devem ser reduzidas


08/05/2025 19:31 - g1.globo.com


Altos funcionários dos países terão encontro na Suíça para negociar taxas neste sábado (10). 'Não dá para subir mais. Está em 145%, então sabemos que vai cair', disse o presidente dos EUA. Trump na Casa Branca em 30 de abril de 2025. REUTERS/Evelyn Hockstein O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta quinta-feira (8) que espera por negociações "substanciais" neste fim de semana sobre o comércio entre EUA e China, e indicou que as tarifas impostas a Pequim devem ser reduzidas. Ao longo das últimas semanas, os EUA anunciaram taxas de até 145% sobre produtos importados da China, em uma guerra tarifária promovida por Trump. Pequim respondeu com alíquotas de até 125% sobre itens americanos, em uma escalada de taxas, até então, sem sinais de recuo. Nesta semana, os dois países anunciaram o envio de altos funcionários à Suíça para negociações presenciais a partir deste sábado (10). O encontro bilateral ocorrerá entre o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, e o vice-primeiro-ministro da China, He Lifeng. Tanto o tom mais conciliador de Trump quanto as conversas previstas para este fim de semana são vistos como um primeiro passo para resolver a guerra comercial que tem impactado a economia global. Conforme indicou o republicano, os EUA poderiam reduzir tarifas para aliviar as tensões. "Não dá para subir mais. Está em 145%, então sabemos que vai cair", acrescentou Trump. "Acho que será uma reunião muito amigável. Eles estão ansiosos para fazer isso de uma maneira elegante." A equipe de Trump tem trabalhado em diversos acordos comerciais depois que o presidente suspendeu as tarifas recíprocas para a maioria dos países. A pausa nas taxas foi anunciada em meio a negociações e a uma guerra comercial que abalou os mercados financeiros e os relacionamentos dos EUA com aliados e adversários. China diz que está disposta a negociar com Trump, mas não aceita coação nem extorsão Ele ainda não suspendeu, porém, as tarifas sobre a China. Enquanto isso, a disputa entre Washington e Pequim levanta uma série de dúvidas sobre as consequências econômicas de uma guerra comercial prolongada entre os dois países. As declarações de Trump nesta quinta-feira foram feitas durante a apresentação de um novo acordo comercial entre EUA e Reino Unido, na Casa Branca. Na ocasião, Trump também disse acreditar que a China está muito interessada em chegar a um acordo. Ele afirmou que gostaria de ver o país abrir mais sua economia. "Acho que vamos ter um bom fim de semana com a China. Acho que eles têm muito a ganhar. Na verdade, acho que têm muito mais a ganhar do que nós", disse Trump. Ao ser questionado se conversaria com o presidente chinês Xi Jinping após as negociações, Trump respondeu: "Talvez, sim, com certeza". O presidente sempre expressou admiração por Xi, ao mesmo tempo em que aponta divergências comerciais e culpa a China pelo início da pandemia de Covid-19. O comércio tem sido uma preocupação constante do presidente. Trump afirmou que a China tem um "enorme superávit comercial" com os EUA e que quer ver essa situação mudar. "Gostaria de ver a China se abrir", disse. * Com informações da agência de notícias Reuters



Câmara aprova novo marco para concessões e parcerias público-privadas


08/05/2025 19:06 - g1.globo.com


Proposta é demanda do setor de infraestrutura que cobrava atualização de lei de 1995. Projeto segue para análise do Senado. Plenário da Câmara dos Deputados durante votação do projeto sobre parcerias público-privadas Kayo Magalhães/Câmara dos Deputados A Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (7) um projeto que altera a lei geral sobre concessões. O texto vai ao Senado. O projeto, relatado pelo deputado Arnaldo Jardim (Cidadania-SP), atende a uma demanda do setor de infraestrutura, que pede uma atualização na lei em vigor, que é de 1995. Desde então, novos mecanismos contratuais passaram a ser adotados, mas não tinham respaldo na lei. “Para termos maior segurança jurídica, precisamos de respaldo na legislação. Claro que a lei geral funcionou bem nesses anos, temos um dos maiores programas de concessão do mundo, mas, com o desenvolvimento da prática das concessões, a atualização é bem vinda", afirmou o especialista Fernando Vernalha. Vernalha participou da elaboração da proposta aprovada pela Câmara. O projeto permite que sejam estabelecidas medidas para reequilibrar o contrato de concessão economicamente de maneira cautelar nos casos em que fique reconhecido evento que impacte esse equilíbrio do contrato. Também fica estabelecido que a concessionária poderá suspender a execução de obras públicas quando o poder concedente deixar de cumprir parte de suas obrigações – entre as quais, está a de fazer aportes públicos para custear parte da execução da obra. O projeto estabelece ainda que as concessionárias poderão buscar renda alternativa através de projetos associados ou exploração de outras atividades rentáveis. A concessionária deverá deixar explícito no contrato se as novas receitas reduzirão as obrigações de pagamento do poder que concedeu a concessão, bem como se serão consideradas em aferições de equilíbrio econômico-financeiro do contrato. O projeto também incluiu novos critérios para definição de uma concessão, como: o menor aporte de recursos pelo concedente – nos casos de realização de obras ou aquisição de bens; o menor prazo para exploração do serviço público; maior percentual de receita ao poder concedente ou para o estabelecimento da tarifa. A lei atualmente já previa os critérios de menor tarifa do serviço público a ser prestado e maior oferta pela outorga da concessão. Nos casos de uso de mais de um critério, deve ser considerada a maior pontuação obtida. Segundo o advogado especialista em infraestrutura, João Paulo Pessoa, a alteração na lei acompanha práticas, em parte, já adotadas pelo mercado. "Algumas das alterações propostas já estão incorporadas por alguns entes, como o reequilíbrio cautelar, o compartilhamento de receitas acessórias, aporte público em concessões. Mas a previsão em lei tende a aumentar a segurança jurídica." Para ele, a atualização da lei reforça a modalidade de parcerias público-privadas para obras de infraestrutura no país. Pontos problemáticos Novo Programa de Aceleração do Crescimento do governo federal vai priorizar parcerias público-privadas O projeto também levantou preocupação por parte dos especialistas. Fernando Vernalha afirma que a possibilidade da concessão por adesão é uma nova modalidade que é difícil de ser operacionalizada em contrato. A concessão por adesão acontece nas hipóteses da administração pública ou um ente federado participar da licitação de outro. “É quando um município, por exemplo, pega carona na concessão de um município vizinho. Mas essa modalidade faz sentido para contratações mais singelas, não para contratação de serviços públicos complexos, como os objeto de uma concessão", diz Vernalha.



Bet do conclave: 1% das apostas acertam escolha do novo papa; Robert Francis Prevost assumirá o posto


08/05/2025 17:15 - g1.globo.com


Desde que Francisco morreu, as pessoas já poderiam apostar sobre quem seria o próximo papa. Na maioria dos dias, como nesta tarde, o cardeal Pietro Parolin era o nome mais cotado – ou seja, a grande parte das apostas estava errada. Apostas em Robert Prevost Polymarket 1% das apostas no site norte-americano Polymarket acertaram quem será o novo papa. Foi anunciado na tarde desta sexta-feira (8) que Robert Francis Prevost assumirá o posto (saiba que ele é mais abaixo). As apostas no nome dele movimentaram US$ 1,3 milhão (R$ 7,36 milhões). O site ainda não informou como ficará o rateio entre os apostadores. A plataforma postou nas redes sociais que um apostador colocou US$ 1 mil (R$ 5,6 mil) e fez US$ 64 mil (R$ 363,55 mil). Ele conquistou o valor fazendo duas apostas: Francis Prevost seria o papa; e Pietro Parolin - o nome mais cotado no Polymarket (veja mais abaixo) - não conquistaria o cargo. Apostador no Polymarket Reprodução/Twitter/Polymarket Desde que Francisco morreu, as pessoas já poderiam apostar sobre quem seria o próximo papa. Na maioria dos dias, como nesta tarde, o cardeal Pietro Parolin era o nome mais cotado – ou seja, a grande parte das apostas estava errada. Por volta das 13h10 (horário de Brasília), quando saiu uma fumaça branca da chaminé da Capela Sistina, Parolin estava com 60% das apostas. Quatro minutos depois, as apostas nele subiram para 69% (veja na imagem abaixo). Ele movimentou mais de US$ 2,5 milhões (R$ 14,16 milhões) em apostas. Ao todo, quase US$ 30 milhões (R$ 169,89 milhões) foram apostados na sessão do Polymarket sobre quem seria o próximo papa – sendo quase US$ 10 milhões (R$ 56,63 milhões) entre ontem, quando começou o conclave, e hoje. Na maioria dos dias, como nesta tarde, Pietro Parolin era o nome mais cotado – ou seja, a grande parte das apostas estava errada. Reprodução Vale destacar que, segundo Ricardo Magri, especialista em desenvolvimento de negócios iGaming na Empresa Brasileira de Apoio ao Compulsivo (EBAC), esse tipo de aposta é proibido no Brasil. “Isso passou a ocorrer a partir da regulamentação do setor no país, em 1º de janeiro de 2025, que limitou as apostas a duas categorias: eventos reais de temática esportiva e jogos virtuais com resultado aleatório.” Papa escolhido: veja o momento em que fumaça branca sai da chaminé da Capela Sistina Quem é Robert Francis Prevost Cardeal Robert Francis Prevost, dos EUA, em 30 de setembro de 2023. Foto AP/Riccardo De Luca Robert Prevost, de 69 anos, é prefeito do Dicastério para os Bispos e nome forte da linha franciscana no Vaticano. Nascido em Chicago, foi no Peru que construiu sua trajetória pastoral e ganhou visibilidade internacional. Missionário no país por mais de uma década, enfrentou o período turbulento do governo Fujimori e cobrou desculpas por injustiças cometidas. Estudou teologia nos EUA e direito canônico em Roma. Nomeado bispo de Chiclayo por Francisco em 2015, assumiu depois a liderança do Dicastério para os Bispos — órgão responsável pela escolha de novos bispos no mundo todo. Também presidiu a Comissão Pontifícia para a América Latina. Em 2023, tornou-se cardeal e passou a ser visto como possível continuador do legado de Francisco, com quem tem forte alinhamento. No mesmo ano, recebeu denúncias contra dois padres por abuso infantil. A diocese afirmou que Prevost seguiu os trâmites previstos pela lei canônica e enviou o caso ao Vaticano, onde segue em investigação.



Fraude no INSS: saiba como vai funcionar o ressarcimento dos aposentados e pensionistas; veja perguntas e respostas


08/05/2025 16:54 - g1.globo.com

Governo informou, em coletiva de imprensa, que, na semana que vem, notificará 9 milhões de cidadãos que tiveram descontos indevidos em seus benefícios. Na próxima terça-feira (13), o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) notificará 9 milhões de cidadãos que tiveram descontos em seus benefícios. Essas pessoas notificadas terão de informar se as operações foram autorizadas ou se foram prejudicados pelas fraudes 📲Essa notificação será feita exclusiva pelo aplicativo "Meu INSS". No fim do mês passado, a Polícia Federal e a Controladoria-Geral da União (CGU) deflagraram uma operação sobre desconto indevidos em benefícios de aposentados e pensionistas do INSS, que terminou com troca do comando no instituto e no Ministério da Previdência Social. No início da tarde desta quinta (8), o governo deu detalhes do cronograma para ressarcimento, estimado em R$ 6,3 bilhões entre 2019 e 2024. Nesta reportagem você vai saber: Como ocorrerá a notificação Quais os canais de informação Qual a cobertura do ressarcimento Quais são as orientações para o segurados Como será a cobrança Qual será o prazo dado às associações Como será o pagamento feito pela associação Como serão as sanções às associações INSS fala sobre devolução de dinheiro de aposentados Como ocorrerá a notificação Na próxima terça-feira (13), o INSS vai divulgar informações para os segurados que tiveram descontos associativos. Eles serão informados pela plataforma "Meu INSS" e não precisam se preocupar em correr atrás dessas informações. Quais os canais informação No dia seguinte à notificação, dois canais estarão disponíveis para que os segurados possam verificar qual associação realizou o desconto e o valor descontado: "Meu INSS" e a central de atendimento 135. Qual a cobertura do ressarcimento O ressarcimento será para os descontos realizados nos últimos cinco anos, a partir de março de 2020. O INSS, contudo, não informou a partir de qual data começará a devolução do dinheiro descontado de forma irregular. Quais são as orientações para o segurados O sistema para reclamações ficará aberto indeterminadamente. Não há um prazo final para reclamar. Os segurados não devem autorizar ninguém a falar com o INSS em seu nome para evitar novos golpes. O contato deve ser direto. Em caso de problemas, uma alternativa será a central de atendimento 135, que estará disponível para que o cidadão entre em contato e o servidor do INSS acesse o "Meu INSS" dele. O cidadão poderá informar que teve desconto da associação "X" e o valor descontado. 🔎O cidadão não precisará incluir documentos ao informar o desconto irregular. Como será a cobrança O sistema do INSS automaticamente gerará uma cobrança para a associação responsável pelo desconto. O INSS defenderá o cidadão perante a associação. Qual será o prazo dado às associações A associação terá 15 dias úteis para comprovar o vínculo com o segurado, juntando no sistema três informações: comprovação de associação, autorização do desconto e documento de identidade do segurado. Qual será o prazo para pagamento pelas associações Caso a associação não comprove o vínculo, ela terá 15 dias úteis para realizar o pagamento ao INSS, que será repassado ao segurado por meio de folha suplementar. Como serão as sanções às associações Se a associação não realizar o pagamento ou não comprovar o vínculo, o caso será encaminhado à Advocacia-Geral da União (AGU) para medidas de ressarcimento. Todos os que reclamaram e não tiveram comprovação receberão o ressarcimento.



Presidente do INSS e ministros detalham ressarcimento de aposentados vítimas de fraude


08/05/2025 16:30 - g1.globo.com

A partir de terça-feira (14), 9 milhões de cidadãos receberão um aviso no aplicativo Meu INSS. Presidente do INSS e ministros detalham ressarcimento de aposentados vítimas de fraude A partir de terça-feira (14), 9 milhões de cidadãos receberão um aviso no aplicativo Meu INSS. INSS vai notificar prejudicados sobre descontos irregulares na próxima terça-feira, dia 13 de maio;. O contato aos lesados pelas fraudes serão feitos exclusivamente pelo aplicativo oficial do órgão, o Meu INSS;. Os prejudicados serão notificados e, no dia seguinte, o INSS vai disponibilizar canais diretos para saber o valor descontado;. 27 milhões de aposentados e pensionistas que não foram prejudicados pelo esquema de descontos indevidos nos benefícios.



CNU 2025: veja os salários iniciais para as mais de 3 mil vagas ofertadas


08/05/2025 15:58 - g1.globo.com


Segunda edição do 'Enem dos concursos' deve ter edital publicado em julho, e as provas serão em duas etapas, em outubro e em dezembro. Confira o que já se sabe sobre a seleção. A ministra da Gestão, Esther Dweck, em coletiva de imprensa que apresentou a 2ª edição do CNU Adalberto Marques/Ministério da Gestão A segunda edição do Concurso Público Nacional Unificado, o CNU 2025, vai preencher 3.352 vagas de nível médio e superior em 35 órgãos do governo federal, com salários iniciais que variam entre R$ 4 mil e R$ 17 mil. Nesta quinta-feira (8), o Ministério da Gestão, responsável pela iniciativa, divulgou quanto os candidatos aprovados vão ganhar ao assumirem os cargos em 2026. Veja abaixo. ✅ Siga o canal do g1 Concursos no WhatsApp A realização do CNU 2025 foi anunciada no último dia 28 pela ministra Esther Dweck. Ela detalhou que o edital do concurso sairá em julho, e que as provas serão realizadas em duas etapas, em outubro e em dezembro. Veja o cronograma ao fim da reportagem. Lançado no ano passado, o chamado "Enem dos concursos" revolucionou a seleção de servidores públicos ao centralizar a disputa por vagas em diversos órgãos federais em uma só prova. Quase 1 milhão de candidatos participaram da primeira edição. Agora, mais uma vez, os participantes poderão fazer uma única inscrição para concorrer a vários cargos em diferentes órgãos públicos, ordenando-os por preferência no momento do cadastro. CNU 2025: veja o que se sabe e o que falta saber Mais de 3 mil vagas CNU 2025: lista de cargos, salários, cronograma e mais; veja o que se sabe Das oportunidades disponíveis na segunda edição, 2.844 são para nível superior e 508 para nível médio. (veja a tabela abaixo) O governo também informou que 2.180 das oportunidades são para início imediato, enquanto as outras 1.172 são para cadastro reserva, mas com expectativa de provimento no curto prazo, após a homologação dos resultados​. A maioria das vagas é para órgãos com sede em Brasília (DF), mas também há opções em outros estados: 315 vagas no Rio de Janeiro (INTO, INC, INCA e Biblioteca Nacional, entre outros órgãos), 65 em São Paulo (Fundacentro), 66 no Pará (Instituto Evandro Chagas e Centro Nacional de Primatas) e 20 em Pernambuco (Fundação Joaquim Nabuco). Cronograma Escolha da banca organizadora: prevista para o mês de junho; Publicação do edital: prevista para o mês de julho; Período de inscrição: previsto para o mês de julho; Aplicação da prova objetiva: 5 de outubro de 2025; Aplicação da prova discursiva: 7 de dezembro de 2025; Divulgação dos resultados: prevista para fevereiro de 2026.



Fraude no INSS: AGU diz que 'engenharia criminosa' foi montada na gestão Bolsonaro e critica vídeo de 'lacração' feito por deputado


08/05/2025 15:47 - g1.globo.com


Jorge Messias, advogado-geral da União, acusou o governo passado de não tomar providências a partir das primeiras denúncias de irregularidades. E disse que publicação de Nikolas Ferreira (PL-MG) teve objetivo de causar 'terror e pânico'. Ministro da AGU critica vídeo de 'lacração' de Nikolas Ferreira sobre fraudes no INSS O advogado-geral da União, Jorge Messias, afirmou nesta quinta-feira (8) que a "engenharia criminosa" que viabilizou descontos indevidos em aposentadorias e pensões pagas pelo INSS foi montada na gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Sem citar nomes, o chefe da Advocacia-Geral da União também criticou um vídeo de "lacração", nas palavras do ministro, divulgado por um deputado aliado do ex-presidente. Ele se referiu a uma postagem do deputado Nikolas Ferreira (PL-MG), que viralizou nas redes sociais nos últimos dias. Jorge Messias deu as declarações durante entrevista coletiva realizada no Palácio do Planalto sobre medidas tomadas pelo governo para ressarcimento de aposentados e pensionistas que foram vítimas do esquema fraudulento no INSS. "Está muito claro que uma tecnologia criminosa, um modelo criminoso, uma engenharia criminosa foi montada pelo governo anterior [de Jair Bolsonaro]. Foi montada nos estertores do governo anterior. Nós conseguimos desbaratar esta fraude. Mas quero dizer para vocês que não foi fácil, todos sabem a situação lamentável que encontramos no INSS, uma autarquia desmontada, sem servidores e sem sistema", afirmou Messias. Ele também acusou o governo Bolsonaro de desmontar a empresa pública DataPrev, que dá suporte tecnológico à Previdência Social, com o objetivo de privatizá-la. Na sequência, o chefe da AGU criticou o vídeo de Nikolas Ferreira e disse que o parlamentar deveria cobrar explicações dos integrantes da gestão Bolsonaro sobre providências que, para Jorge Messias, deveriam ter sido tomadas na gestão passada e não foram. "Eu vi que teve um deputado que fez um vídeo ontem [quarta-feira] com o objetivo de lacrar e causa terror e pânico na população. É importante que ele questione ao presidente que ele apoiou por que que colocou a DataPrev para vender e desmontou a empresa? Eu espero que ele pergunte ao antigo ministro por que que o Ministério da Previdência não adotou as providências necessárias para fazer investigação quando já havia indícios de denúncias de irregularidades de desconto", disse. "Eu quero que o deputado que fez o vídeo de lacração pergunte ao ministro da Casa Civil do governo anterior quais foram as providências adotadas quando o Congresso Nacional flexibilizou a regra e [viabilizou] a revalidação dos descontos", acrescentou Jorge Messias. O vídeo de Nikolas Governo discute como reagir a vídeo de Nikolas sobre o INSS Na última terça-feira (6), o deputado do PL publicou um vídeo em que culpa o governo Lula pelo esquema fraudulento no INSS. O vídeo, divulgado no Instagram, já foi reproduzido mais de 127 milhões de vezes na plataforma. Na gravação, o deputado resume informações que foram divulgadas nas últimas semanas sobre o caso e diz que esse é o maior escândalo de corrupção do país. O deputado distorce uma informação sobre o valor movimentado na fraude. Ele diz que “só em 2023, 35 mil reclamaram de fraude e o valor movimentado, R$ 90 bilhões”. Na verdade, essa foi a quantia de empréstimos consignados liberados para beneficiários do INSS em 2023. O que se sabe, até agora, é que a fraude nos descontos indevidos – feitos por entidades que diziam representar os aposentados – pode chegar a R$ 6 bilhões, segundo estimativa da Polícia Federal. Segundo as apurações da PF e da Controladoria-Geral da União (CGU), criminosos teriam realizado os descontos indevidos entre os anos de 2019, o primeiro do governo Jair Bolsonaro, e 2024, já na gestão do ex-presidente Lula. Reação do Planalto Após a publicação de Nikolas Ferreira, o Palácio do Planalto orientou integrantes do governo e parlamentares da base aliada a reagir à postagem do deputado bolsonarista. O objetivo da reação é evitar que se repita o que aconteceu com outro vídeo divulgado pelo parlamentar, sobre transações via PIX, que gerou prejuízos à imagem do governo Lula. Nesta quarta, em uma rede social, a ministra Gleisi Hoffmann (Relações Institucionais) postou uma resposta à publicação do deputado do PL. Gleisi destacou que, conforme as investigações, o esquema fraudulento teve início em 2019 e disse que só na gestão Lula órgãos de Estado, como a Polícia Federal e a Controladoria-Geral da União, tomaram providências para enfrentar o problema. Nesta quinta-feira, o ministro Vinícius Marques de Carvalho (CGU) também divulgou um vídeo nessa linha e com objetivo de responder à postagem de Nikolas. Jorge Messias, advogado-geral da União. Daniel Estevão / AscomAGU



INSS vai notificar prejudicados por descontos irregulares na próxima semana; contato será via app


08/05/2025 14:58 - g1.globo.com

A partir de terça-feira (14), 9 milhões de cidadãos receberão um aviso no aplicativo Meu INSS. Nesta terça, 27 milhões que não foram prejudicados serão avisados. Não haverá contato telefônico, nem via SMS. INSS notificará lesados por fraude no dia 14 de maio O presidente do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Gilberto Waller, afirmou que o órgão começou a enviar, nesta quinta-feira (8), avisos a 27 milhões de aposentados e pensionistas que não foram prejudicados pelo esquema de descontos indevidos nos benefícios. Na próxima terça-feira (13), o INSS irá notificar, exclusivamente pelo aplicativo oficial do órgão, o "Meu INSS", 9 milhões de cidadãos que tiveram descontos em seus benefícios. Eles deverão informar se as operações foram autorizadas, ou se foram prejudicados pelas fraudes. A notificação será a partir de um recorte de cinco anos. Ou seja, serão notificados cidadãos que tiveram descontos desde março de 2020. Waller garantiu que "haverá o ressarcimento de todos que reclamaram e não há comprovação da aprovação dos descontos". O presidente do INSS, porém, não informou quando começará a devolução do dinheiro. 🚨O contato será feito exclusivamente pelo aplicativo "Meu INSS". Não haverá contato por telefone, ou mensagem SMS. Em caso de dúvidas, os cidadãos podem ligar na central de atendimento do órgão, pelo canal telefônico 135. De acordo com Gilberto Waller, na próxima semana os prejudicados serão informados e, no dia seguinte, quarta-feira (14), o INSS vai disponibilizar canais diretos para que os aposentados e pensionistas tenham a informação de: qual foi a associação que efetuou os descontos irregulares; e qual o valor descontado. A partir dessas informações, o associado irá reconhecer se, de fato, autorizou a cobrança, ou se é o caso de um desconto irregular, fruto de fraude. Não será necessário incluir documentos ou comprovantes. Em seguida, o sistema vai gerar uma cobrança para a associação. O próprio INSS será o responsável por fazer a defesa do cidadão perante a empresa. Segundo Weller, o sistema ficará aberto por tempo indeterminado para que o cidadão informe a situação dos descontos, se regular ou irregular. INSS informa que terá apenas um canal de comunicação; veja detalhes Ministros do governo Lula concederam entrevista nesta quinta-feira (8) para atualizar os desdobramentos da operação "Sem Desconto", que identificou um esquema de descontos indevidos de pensões e aposentadorias pagas pelo órgão. Participaram da entrevista no Palácio do Planalto os ministros Jorge Messias (da Advocacia-Geral da União), Vinicius Marques de Carvalho (Controladoria-Geral da União) e Wolney Queiroz (Previdência Social), além do presidente do INSS, Gilberto Waller. O ministro da Previdência, Wolney Queiroz, afirmou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) determinou que o governo fosse "às últimas consequências na apuração das responsabilidades" e na responsabilização dos culpados pelo esquema de fraudes no INSS. "[O presidente Lula] Me pediu, e me determinou que fossem às últimas consequências, na apuração das responsabilidades, que fossem as últimas consequências na busca daqueles que são os culpados, e que cuidasse dos nossos aposentados para que nenhum aposentado, nenhum segurado do INSS, ficasse em qualquer tipo de prejuízo. Então, estamos com essa missão", disse o ministro. Segundo a investigação da Polícia Federal e da Controladoria-Geral da União (CGU), os descontos ilegais podem ter chegado a R$ 6,3 bilhões de 2019 a 2024. As investigações apontam que entidades como sindicatos "associavam" aposentados e pensionistas sem seu conhecimento e sua autorização, muitas vezes fraudando as assinaturas das vítimas. 🔎Com isso, faziam descontos mensais diretamente na folha de pagamento do INSS. Esse tipo de desconto em folha é permitido pela lei desde 1991, desde que haja consentimento expresso do aposentado. As entidades, em tese, oferecem serviços como assessoria jurídica e descontos em planos de saúde, farmácias e academias. LEIA MAIS: INSS determina bloqueio de novos descontos de empréstimos consignados Ministério da Previdência dispensa Guilherme Serrano, que foi presidente do INSS na gestão Bolsonaro Fraude no INSS gera onda de desinformação nas redes; governo alerta para risco de golpes Aprimorar sistema Presidente do INSS determina bloqueio de novos empréstimos consignados O governo discute há duas semanas medidas contra os fraudadores, formas de aprimorar os sistemas do INSS e um plano para ressarcir as vítimas. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que está em viagem à Rússia, já anunciou que determinou a cobrança dos prejuízos e a devolução do dinheiro. Lula demitiu o ministro da Previdência, Carlos Lupi (PDT), e o presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, um dos alvos da operação. Wolney Queiroz e Gilberto Waller foram nomeados como ministro e presidente do instituto, respectivamente. O que se sabe sobre a fraude Segundo a Polícia Federal (PF) e a Controladoria-Geral da União (CGU), as entidades investigadas ofereciam o pagamento de propina a servidores do INSS para obter dados dos beneficiários. Há registros de aposentados que, no mesmo dia, foram filiados a mais de uma entidade. A liberação de descontos "em lote" pelo INSS, sem autorização individual dos beneficiários, também foi identificada como um fator para a "explosão" de fraudes. O ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, pediu demissão na última sexta-feira (2). A avaliação do governo é que houve omissão de Lupi. Uma reportagem do Jornal Nacional revelou que o ministro recebeu os primeiros alertas em junho de 2023 e levou quase um ano para agir. Alessandro Stefanutto, que presidia o INSS e foi indicado ao cargo por Lupi, foi demitido após o escândalo ser revelado. Ele foi alvo de uma operação da PF para colher provas da fraude.



Bill Gates promete doar 99% de sua fortuna nos próximos 20 anos e critica Musk


08/05/2025 13:49 - g1.globo.com


Bilionário fundador da Microsoft disse que os mais pobres do mundo receberão US$ 200 bilhões por meio de sua fundação até 2045. Gates também criticou a postura de Elon Musk, homem mais rico do mundo, dizendo que ele está "matando as crianças mais pobres do mundo". Bill Gates Gates critica Elon Musk dizendo que ele está 'matando as crianças mais pobres' Bill Gates prometeu na quinta-feira (8) doar 99% sua fortuna pessoal, estimada em US$ 108 bilhões, cerca de R$ 615 bilhões, nos próximos 20 anos para a sua fundação de ajuda aos mais pobres, a Gates Foundation. O bilionário também disse que, com sua fortuna e outras doações do fundo mantido pela fundação, os mais pobres do mundo receberão cerca de US$ 200 bilhões, cerca de R$ 1,1 trilhão, até 2045. O anúncio é feito num momento em que governos ao redor do mundo estão reduzindo a ajuda internacional, o que Gates chamou de "trágico". Segundo o bilionário, esses cortes podem contribuir para um novo período de alta no número de mortes de crianças pelo mundo, depois de anos de queda em razão de investimentos em saúde, sobretudo. "Meu sonho é que, quando as pessoas leiam a palavra 'malária', elas se perguntem o que era isso", afirmou Gates em um evento de celebração dos 25 anos de sua fundação, falando sobre a razão de doar a alta quantia de dinheiro. Gates também criticou Elon Musk, homem mais rico do mundo, que comanda o órgão do governo americano responsável por cortar custos, como os programas de ajudas humanitárias. "A imagem do homem mais rico do mundo matando as crianças mais pobres do mundo não é bonita", disse o bilionário em entrevista ao Financial Times. Questionado se havia apelado a Musk recentemente para mudar de rumo, Gates disse que agora cabe ao Congresso decidir sobre o futuro dos gastos com ajuda humanitária dos EUA. No evento desta quinta, Gates afirmou que é "um grande admirados de muitas coisas que Elon faz", mas considera que o bilionário "não esteve em campo e conheceu esses funcionários da USAID (agência americana de ajuda humanitária que é uma das maiores do mundo) como eu". O fundador da Microsoft, no entanto, ponderou que a decisão sobre os cortes na USAID não cabe a Musk, mas sim ao Congresso dos EUA. Bill Gates detalhou como deve doar sua fortuna em 20 anos Reprodução O bilionário de 69 anos afirmou que está acelerando os planos para se desfazer de sua fortuna e encerrar a Fundação Gates em 31 de dezembro de 2045. “As pessoas dirão muitas coisas sobre mim quando eu morrer, mas estou determinado que ‘ele morreu rico’ não será uma delas”, escreveu Gates em uma postagem em seu site. “Existem problemas urgentes demais para eu manter recursos que poderiam ser usados para ajudar outras pessoas.” LEIA TAMBÉM Elon Musk é homem mais rico do mundo em 2025; veja o top 10 Schwarzenegger, Springsteen, criador de rede de burritos: os novatos na lista de bilionários da Forbes Quem é Eduardo Saverin, o brasileiro mais rico da lista de bilionários da Forbes Lista de bilionários da Forbes tem 55 brasileiros; conheça os mais ricos, e de onde vêm suas fortunas Bill Gates, cofundador da Microsoft Reprodução/Twitter Em uma crítica implícita ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pela redução da ajuda externa por parte dos Estados Unidos — maior doador do mundo —, a declaração de Gates disse que ele quer ajudar a evitar que recém-nascidos, crianças e mães morram de causas evitáveis, erradicar doenças como poliomielite, malária e sarampo, e reduzir a pobreza. “Não está claro se os países mais ricos do mundo continuarão a apoiar os mais pobres”, acrescentou, destacando cortes de doadores importantes como Reino Unido e França. Gates disse que, apesar da grande capacidade financeira da fundação, o progresso não seria possível sem o apoio dos governos. Ele elogiou a resposta de países africanos aos cortes na ajuda, onde alguns governos remanejaram seus orçamentos, mas disse que, por exemplo, a poliomielite não será erradicada sem financiamento dos EUA. Gates fez o anúncio no 25º aniversário da fundação, criada com sua então esposa Melinda French Gates em 2000, e posteriormente com a adesão do investidor Warren Buffett. “Eu percorri um longo caminho desde que era apenas um garoto iniciando uma empresa de software com meu amigo da escola”, disse ele. Lista de bilionários da Forbes 2025: saiba quem são as pessoas mais ricas do mundo Fundação já doou US$ 100 bilhões Desde a sua criação, a fundação já doou 100 bilhões de dólares, ajudando a salvar milhões de vidas e apoiando iniciativas como o grupo de vacinas Gavi e o Fundo Global de Combate à AIDS, Tuberculose e Malária. Ela será encerrada após gastar cerca de 99% da fortuna pessoal de Gates, segundo ele. Os fundadores esperavam originalmente que a fundação fosse encerrada décadas após suas mortes. Gates, que atualmente possui um patrimônio estimado em cerca de 108 bilhões de dólares, espera que a fundação gaste cerca de 200 bilhões até 2045, sendo o valor final dependente dos mercados e da inflação. A fundação já é um dos principais atores na saúde global, com um orçamento anual que chegará a 9 bilhões de dólares até 2026. A organização enfrentou críticas por seu enorme poder e influência na área, sem a devida prestação de contas, inclusive na Organização Mundial da Saúde (OMS). O próprio Gates também foi alvo de teorias da conspiração, especialmente durante a pandemia de Covid-19. Gates também conversou com o presidente Donald Trump várias vezes nos últimos meses sobre a importância de continuar investindo em saúde global. “Espero que outras pessoas ricas considerem o quanto poderiam acelerar o progresso para os mais pobres do mundo se aumentassem o ritmo e a escala de suas doações, porque é uma maneira profundamente impactante de retribuir à sociedade”, escreveu Gates. *Com informações da agência de notícias Reuters



IBGE lança mapa-múndi invertido com Brasil no centro; objetivo é 'ressaltar liderança' em fóruns internacionais, diz presidente


08/05/2025 13:22 - g1.globo.com


Marcio Pochmann, presidente do órgão, diz que mapa reflete protagonismo do país em blocos, como Brics e Mercosul, e na COP 30. Sua gestão no instituto tem enfrentado crises internas. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) lançou nesta quarta-feira (7) uma nova versão do mapa-múndi com o Brasil no centro. A imagem é chamada de "mapa invertido". Segundo o órgão, o mapa destaca os países que integram os Brics, o Mercosul, as nações de língua portuguesa e o bioma amazônico. Também estão sinalizadas cidades brasileiras ligadas a fóruns internacionais: o Rio de Janeiro, como capital dos Brics; Belém, como sede da COP 30; e o Ceará, onde ocorrerá o Triplo Fórum Internacional da Governança do Sul Global. "A novidade busca ressaltar a posição atual de liderança do Brasil em importantes fóruns internacionais como o Brics e o Mercosul e na realização da COP 30 no ano de 2025", afirmou o presidente do instituto, Marcio Pochmann, em uma rede social. Ele também declarou que o mapa-múndi invertido "estimula a reflexão sobre como nos vemos nesse novo mundo em que as transformações ocorrem mais rapidamente e exigem um protagonismo brasileiro ainda maior". Mapa-múndi com Brasil no centro IBGE Pochmann está no centro de uma crise dentro do IBGE, órgão responsável por indicadores econômicos como o Produto Interno Bruto (PIB) e a inflação oficial. Em janeiro, mais de 600 servidores assinaram uma carta aberta acusando o presidente do instituto de autoritarismo. Técnicos temem a perda de credibilidade do órgão. Na época, Pochmann afirmou que os servidores que o criticam estariam mentindo. A fala agravou ainda mais a tensão interna. Lula defende indicação de Márcio Pochmann O que são os Brics O Brics, citado por Pochmann, é um grupo formado por 11 países: Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul, Arábia Saudita, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia, Indonésia e Irã. Segundo o site oficial do grupo, ele "serve como foro de articulação político-diplomática de países do Sul Global e de cooperação nas mais diversas áreas". No fim do ano passado, o então eleito presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, exigiu que os países membros do Brics se comprometam a não criar uma nova moeda ou apoiar um substituto do dólar, sob pena de sofrerem tarifas de 100%. Em abril, diante da guerra comercial entre Estados Unidos e China, o governo chinês passou a pressionar por uma reunião extraordinária dos ministros de Comércio do Brics. O objetivo é discutir os impactos das tarifas norte-americanas. Para isso, a China tenta convencer o Brasil — que ocupa a presidência rotativa do grupo — a convocar o encontro. O que é o Mercosul O Mercosul é um bloco comercial criado para promover a integração regional. Foi formado originalmente por Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai. Mais tarde, a Venezuela foi incorporada, mas está suspensa por ruptura da ordem democrática. Em 2024, a Bolívia entrou oficialmente no grupo. Diante das novas barreiras comerciais impostas pelos EUA, o bloco tem buscado aproximação com a Europa. Após 25 anos de negociações, o Mercosul fechou, no fim de 2024, um acordo de livre comércio com a União Europeia. O tratado prevê a redução de tarifas e maior facilidade para investimentos. O acordo, no entanto, ainda precisa ser ratificado pelos parlamentos nacionais de todos os países do bloco para entrar em vigor. COP 30 será em Belém A COP 30, Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas, está prevista para novembro deste ano, em Belém (PA). O encontro deve discutir medidas para conter o avanço da crise climática global. A principal meta é implementar o Acordo de Paris, firmado em 2015, que estabelece o limite de 2°C no aquecimento global até o fim do século. Para isso, é considerado essencial ampliar os investimentos em preservação ambiental nos países em desenvolvimento. O objetivo é alcançar um volume de financiamento internacional de até US$ 1 trilhão por ano.



Rendimento mensal do brasileiro bate recorde e fica em R$ 3.057 em 2024, diz IBGE


08/05/2025 13:00 - g1.globo.com


Apesar da alta, a diferença entre o rendimento médio nos estados continua grande. Entre o Maranhão, que tem o menor rendimento mensal, e o Distrito Federal, que tem o maior, a diferença é de R$ 2.198. Rendimento dos brasileiros voltou a crescer em 2024 O rendimento médio de todas as fontes dos brasileiros foi de R$ 3.057 em 2024, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira (8). Esse é o maior número já registrado em toda série histórica, superando o recorde de 2014 (R$ 2.974). O cálculo desses valores é feito com base na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua. O levantamento analisa informações sobre os rendimentos provenientes de todos os trabalhos e de outras fontes. Em 2024, 66,1% do total de pessoas residentes no Brasil (equivalente a 143,4 milhões pessoas) possuíam algum tipo de rendimento. No ano anterior, eram 64,9%. Esses rendimentos podem ser de trabalho, ou outras fontes como: Aposentadoria e pensão; Aluguel e arrendamento; Pensão alimentícia, doação e mesada de não morador; Programas sociais do governo federal (BPC-LOAS, Bolsa Família, entre outros); Outros rendimentos, como: seguro desemprego e seguro defeso, rentabilidade de aplicações financeiras, bolsas de estudos, direitos autorais, exploração de patentes, entre outros. Segundo o analista do IBGE, Gustavo Geaquinto Fontes, o crescimento do rendimento médio de todas as fontes foi impulsionado principalmente pela renda de trabalho. O especialista analisa que embora a renda do trabalho tenha avançado, a participação na renda per capita aumentou pouco. “Apesar de programas sociais importantes do governo terem contribuído para esse crescimento, a renda do trabalho foi fundamental para o aumento de todas as fontes de renda, ampliando sua participação no rendimento domiciliar”, completa Fontes. O rendimento médio mensal real do trabalho no Brasil alcançou o maior valor já registrado na série histórica: R$ 3.225. O aumento representa uma alta de 3,7% em relação a 2023, que já havia mostrado um crescimento expressivo de 7,2%. Já o valor médio de outras fontes, como aposentadoria, pensão, aluguel e programas sociais, permaneceu praticamente inalterado em relação ao ano anterior, sendo estimado em R$ 1.915. Pessoas que declararam receber outros tipos de rendimentos, como seguro-desemprego, rentabilidades de aplicações financeiras ou bolsas de estudos, tiveram um valor médio de R$ 2.135, o mais elevado da série histórica para essa categoria. Comparado a 2023 (R$ 1.907), houve um crescimento de 12%. Um destaque é o crescimento dos rendimentos de programas sociais do governo, que atingiram R$ 836 em 2024, o maior da série histórica. Isso representa um aumento de 2,2% em comparação a 2023 (R$ 818), que até então detinha o maior valor. Em relação a 2019 (R$ 484), o crescimento foi de 72,7% no país. (entenda mais abaixo) Por fim, há uma grande diferença no rendimento médio de todas as fontes entre os estados. O menor valor foi registrado no Maranhão, com R$ 1.078, enquanto o maior foi no Distrito Federal, com R$ 3.276 — uma diferença de R$ 2.198. Os estados das regiões Norte e Nordeste tiveram os menores rendimentos em 2024, enquanto os estados do Sul e do Sudeste são a maioria entre aqueles que tiveram os maiores. (veja comparativo no gráfico abaixo) LEIA MAIS EM: Desigualdade no Brasil: rendimento mensal do 1% mais rico é 40 vezes maior que dos 40% mais pobres Bolsa Família diminui a desigualdade em regiões em que está mais presente, aponta IBGE O rendimento médio de todas as fontes dos brasileiros em 2024 tem o maior número já registrado em toda série histórica. Jornal Nacional/ Reprodução População que recebe programas sociais do governo cresce em 2024 Outro destaque da PNAD Contínua divulgada nesta quinta-feira (8) foi o aumento na proporção de pessoas residentes no país que recebem programas sociais do governo. Segundo o IBGE, esse percentual atingiu os 9,2% dos brasileiros em 2024 — um aumento de 0,6 ponto percentual (p.p.) em relação a 2023 e de 2,9 p.p. em comparação a 2019, período pré-pandemia. O levantamento mostra, também, um aumento significativo do valor médio dos rendimentos provenientes de programas sociais do governo, para R$ 836 — o maior valor da série histórica. O resultado ainda representa um crescimento de 2,2% em comparação a 2023 e de 72,7% em relação a 2019. De acordo com o analista do IBGE, Gustavo Geaquinto Fontes, parte da explicação para essa diferença entre o rendimento visto em 2019 em relação ao ano passado está na pandemia e no contexto político e macroeconômico vivido pelo país nos últimos anos. Na pandemia, quando inúmeras empresas precisaram fechar as portas ou paralisar suas operações, houve um drástico aumento na taxa de desemprego — que atingiu 13,3% no segundo trimestre de 2020 — e a criação de auxílios do governo para ajudar os trabalhadores afetados. Entre os principais programas criados estavam o Auxílio Emergencial e o Benefício Emergencial de Preservação do Emprego e da Renda (BEm), por exemplo, além do próprio Bolsa Família — que ficou em vigor até 2021, quando foi substituído pelo Auxílio Brasil. “Houve um aumento importante no Bolsa Família e Auxílio Brasil, que captamos como o mesmo programa, principalmente em 2022 e 2023”, diz Fontes. No segundo semestre de 2022, o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) criou mais uma série de benefícios — como o auxílio caminhoneiro e o auxílio taxista, por exemplo — para tentar mitigar os efeitos da alta dos combustíveis. Em 2023, já no novo mandato de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o governo transformou o Auxílio Brasil no Novo Bolsa Família, e aumentou o valor pago às famílias para R$ 600, além de incluir valores adicionais para crianças, adolescentes e gestantes. Também houve aumento no número de famílias que recebiam o benefício. O IBGE mostra que o percentual de domicílios que recebiam o Bolsa Família foi de 18,7% em 2024, uma queda de 0,3 p.p. em comparação a 2023, mas uma alta de 4,4 p.p. em relação a 2019 e de 11,5 p.p. ante 2020. Na relação entre 2024 e 2019, certamente o maior impacto aqui é do Bolsa Família, tanto pelo número total do contingente de beneficiários como pelo aumento do valor do benefício" País mostra melhora no índice de desigualdade Por fim, o IBGE também trouxe a medição do Índice de Gini do rendimento domiciliar per capita alcançou o menor valor da série histórica em 2024, com queda em todas as grandes regiões do país exceto o Sul. 🔎O Índice de Gini é uma forma de medir se a distribuição de renda de uma região é justa ou desigual. Nessa medida, quanto mais próximo de 1 for o índice, maior é a desigualdade na região avaliada. Da mesma forma, quanto mais próximo de 0 for o índice, mais justa é a região avaliada. Desigualdade no Brasil pelo Índice de Gini IBGE / Arte g1 De acordo com o instituto, alguns dos fatores que ajudam a explicar essa melhora são: o maior dinamismo do mercado de trabalho nos últimos anos, com um maior nível de ocupação e crescimento do rendimento médio do trabalho; os reajustes no salário mínimo; e o recebimento de benefícios de diferentes programas sociais do governo. Mesmo com a melhora do índice em 2024, no entanto, o país segue bastante desigual. Segundo Fontes, os maiores rendimentos do país recebiam, em média, 13,4 vezes mais do que os 40% da população com os menores rendimentos em 2024. “Houve um aumento do rendimento médio domiciliar per capita e houve uma melhoria na distribuição. Mas o Brasil ainda está, inegavelmente, bastante desigual se compararmos com diferentes indicadores”, conclui. Desemprego entre jovens no Brasil é mais que o dobro da taxa de grupo mais velho



TikTok Shop: rede social lança loja virtual no Brasil para concorrer com Amazon e Magalu


08/05/2025 12:39 - g1.globo.com


Nova funcionalidade integra vídeos, lives e e-commerce para usuários e vendedores. Celular sobre teclado de notebook com a logo do aplicativo TikTok Dado Ruvic/Illustration/REUTERS O TikTok lançou nesta quarta-feira (8) sua plataforma de comércio eletrônico no Brasil, o TikTok Shop. A novidade, que passa a concorrer com grandes varejistas como Amazon, Magalu e Americanas, promete transformar a forma como os usuários descobrem e compram produtos na rede social, ao adotar o conceito de "compra por descoberta". Segundo a empresa, a plataforma integra descoberta e compra dentro do próprio aplicativo, permitindo que marcas, vendedores e criadores usem o TikTok para impulsionar seus negócios. O serviço já está disponível em países como Estados Unidos, Reino Unido, França, Itália, Alemanha e Espanha. A proposta é que o usuário encontre e adquira produtos sem sair da rede social. O TikTok Shop oferece três formatos de venda: Vídeos e lives: permite comprar produtos marcados em vídeos curtos ou durante transmissões ao vivo no feed "Para Você"; Vitrine: usuários podem navegar e comprar produtos diretamente da vitrine de marcas e criadores, acessível nos perfis; Programa de afiliados: conecta criadores a vendedores por meio de comissões. Criadores monetizam ao indicar produtos, enquanto os vendedores definem o plano de parceria. TikTok Shop: rede social lança loja virtual no Brasil para concorrer com Amazon e Magalu Divulgação/TikTok A empresa afirma que a iniciativa também busca apoiar vendedores de todas as regiões do Brasil, conectando seus produtos a um público mais amplo e incentivando o fortalecimento de economias locais. Segundo a companhia, negócios de todos os portes poderão lançar e expandir suas operações pela plataforma. Influenciadora viraliza ao simular parto de bebê Reborn Globo inaugura transmissão experimental da DTV+, que deve revolucionar a TV aberta Google libera nova IA que gera vídeos a partir de textos