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Rotativo do cartão: portabilidade do saldo devedor ainda não é aceita pelos grandes bancos do país


22/10/2024 08:30 - g1.globo.com


A medida, que entrou em vigor há três meses, permite com que clientes transfiram dívidas do cartão de um banco para outro que lhe ofereça melhores condições de pagamento. A portabilidade do saldo devedor do cartão de crédito foi determinada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) em dezembro de 2023 Fecomércio-MT/Divulgação A portabilidade do saldo devedor do cartão de crédito rotativo não está sendo aceita pela maioria dos grandes bancos do Brasil. É o que aponta um levantamento do g1. A medida, que entrou em vigor em 1º de julho deste ano, permite com que clientes transfiram gratuitamente suas dívidas do cartão de um banco para outro que lhe ofereça melhores condições de pagamento. Esse processo deve ser feito de forma gratuita. O g1 procurou as seis maiores instituições financeiras do país para saber como cada uma realiza a portabilidade. Caixa, Nubank e Banco do Brasil afirmaram estar transferindo as dívidas, mas que não aceitam a portabilidade de outras instituições; O Itaú Unibanco foi o único que confirmou receber a portabilidade do saldo devedor do cartão de crédito rotativo, mas não deu detalhes sobre como funciona o processo; O Santander não se pronunciou até a última atualização desta reportagem; Já o Bradesco respondeu, sem dar detalhes do processo: "estamos realizando a portabilidade do crédito rotativo do cartão de acordo com as normas vigentes". A resolução da portabilidade foi determinada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) em dezembro do ano passado. O objetivo dela era facilitar o pagamento das dívidas do rotativo do cartão, que é uma das linhas mais caras oferecidas no mercado de crédito. Para se ter ideia, conforme o Banco Central (BC), a taxa média de juros rotativo em agosto deste ano foi de 14,85% no mês, enquanto a do parcelado foi de 9,02%. Segundo o BC, os bancos não são obrigados a aceitar a portabilidade de outras instituições. Isso acontece porque a instituição pode assumir um risco muito alto ao receber o débito de outro banco. Entretanto, a medida que nasceu com o propósito de ser mais uma alternativa de ajuda para quitar as dívidas do rotativo do cartão, pode deixar o consumidor na mão. Sem alternativa nas maiores instituições, os consumidores podem não conseguir taxas de juros mais baixas, por exemplo. (entenda mais abaixo) A Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs), representante do setor de meios eletrônicos de pagamento no país, respondeu em nota que todos os bancos associados estão fazendo esforços para cumprir as determinações do CMN. "Por se tratar de um processo novo e que, até pouco tempo, suscitava dúvidas quanto à correta implementação, é possível que pequenos ajustes estejam em curso por parte de alguns participantes", explicou a associação. "Todavia, a Abecs tem acompanhado o tema e, até o momento, não existem entraves à execução da portabilidade como regra geral." Nesta reportagem, você vai ver: O que é portabilidade do saldo devedor; Passo a passo de como fazer a portabilidade; Vantagens e pontos de atenção. Cartão de crédito: clientes poderão fazer portabilidade e fatura será mais clara LEIA MAIS Calculadora do rotativo: veja como os juros do cartão de crédito afetam o seu bolso Cartão de crédito rotativo: juros não poderão ultrapassar dívida original; entenda Rotativo do cartão: entenda como o novo limite pode influenciar oferta de crédito e inadimplência O que é portabilidade do saldo devedor A portabilidade do saldo devedor permite que clientes que possuem dívidas no cartão de crédito rotativo transfiram o débito de um banco para outro, que ofereça melhores condições de pagamento e produtos. A medida define que: 1️⃣ A proposta da nova instituição deve ser realizada por meio de uma operação de crédito consolidada, que contemple restruturação da dívida antiga. Isso significa que devem ser levadas em conta as novas condições de pagamento, como prazos, taxas de juros e custos operacionais; 2️⃣ Para garantir transparência e competitividade, a instituição credora original tem o direito de apresentar uma contraproposta ao cliente que deseja fazer a portabilidade. Mas esse plano deve oferecer o mesmo prazo de pagamento que a nova proposta recebida pelo cliente; "Isso garante que o cliente tenha um tempo para poder comparar os custos e condições dos dois bancos. Assim, o consumidor pode tomar uma decisão informada", explica Hugo Garbe, professor de economia do Mackenzie. 3️⃣ A portabilidade do crédito deve ser feita de forma gratuita. A ideia do projeto é que essa segunda instituição pudesse oferecer taxas de juros mais baixas para o consumidor interessado. Dessa forma, ele conseguiria pagar as parcelas, aumentando a possibilidade da quitação da dívida. Acontece que o BC não obriga o recebimento do crédito porque a instituição pode assumir um risco alto ao aceitar o débito de outro banco. Imaginava-se que o banco realizaria uma análise de crédito para verificar se o consumidor possui ou não alguma restrição, mas boa parte está sendo categórica em negar. "No Brasil, nós temos o livre mercado. Então, o governo pode criar regras para o sistema financeiro, mas não pode obrigar os bancos a trabalharem com determinado serviço", ressalta Renata Abalém, diretora jurídica do Instituto de Defesa do Consumidor e do Contribuinte. O fato de a portabilidade do saldo devedor do rotativo do cartão não estar sendo oferecida pelos bancos pode ser explicado por motivos como: falta de interesse em vender o débito dos clientes; (2) as instituições ainda estarem no processo de implementação; e até (3) falta de demanda dos consumidores. O terceiro motivo pode ser explicado pelo fato de o processo ser difícil de ser entendido pela população endividada. "A maioria dos consumidores que devem no cartão de crédito não tem condição de fazer a portabilidade sozinhos porque é muito difícil comparar a dívida de um banco para outro, entender os juros", analisa Renata Abalém. "Para mudar isso, é preciso que haja mais publicidade sobre o assunto, tanto em nível federal, quanto as próprias instituições financeiras precisam fazer isso." 🤔Se a portabilidade não é aceita pelos bancos, o que fazer para quitar as dívidas do rotativo do cartão? O recomendado é que os consumidores entrem em contato com os Procons de seu município — ou outros órgãos de defesa ao consumidor — para conseguir entender o comportamento das dívidas, verificar se os juros estão com aumentos abusivos e ter um direcionamento do que fazer em relação aos seus diretos: recorrer à Justiça ou buscar negociação com as instituições financeiras. Uma alternativa que sempre é válida: tentar trocar uma dívida cara por outra mais barata. No ato de renegociação com seu banco, o cliente pode procurar linhas de crédito com juros menores que o rotativo, para que o custo total da dívida seja mais baixo. 🤔Qual é a vantagem da portabilidade para os bancos? Na teoria, os bancos podem receber a portabilidade do saldo devedor do rotativo do cartão como uma estratégia para atrair ou fidelizar clientes. Além de menores taxas de juros, essas instituições podem oferecer outros produtos de acordo com o cliente, como investimentos, seguros ou cartão de crédito. Veja como funciona nova regra dos juros do rotativo do cartão de crédito Passo a passo de como fazer a portabilidade Segundo o BC, a solicitação de portabilidade de crédito por parte do cliente pode ser realizada online ou presencial, a depender dos procedimentos oferecidos por cada instituição financeira. Veja abaixo. Primeiro, o cliente deve solicitar informações sobre sua dívida — tais como o saldo devedor, o número de parcelas a vencer e as taxas de juros, por exemplo — na instituição financeira com a qual fez o empréstimo. No caso do rotativo, é a instituição emissora do cartão de crédito. Depois, com essas informações em mãos, ele deve negociar as condições da nova operação com uma instituição financeira interessada em conceder um novo crédito. Com a negociação feita, os recursos obtidos serão destinados a quitar o saldo devedor da operação original. Ou seja, a instituição que vai conceder o novo crédito transfere o dinheiro diretamente para a instituição anterior, quitando a dívida antecipadamente. Os custos relacionados à transferência de recursos não podem ser repassados ao cliente. Além disso, na portabilidade de pessoas físicas há uma restrição: o valor e o prazo da nova operação não podem ser superiores ao valor do saldo devedor e ao prazo restante da operação original. Vale ressaltar também que a instituição que havia concedido o crédito primeiro tem até cinco dias para eventualmente renegociar com seu cliente e oferecer condições mais vantajosas ou enviar as informações necessárias à instituição que está propondo o novo crédito para finalizar o pedido de portabilidade. Caso o cliente desista da portabilidade, ele deve formalizar a desistência com a instituição credora original, que vai comunicar o banco que havia proposto o novo crédito. Em nota, o BC afirmou que a resolução nº 5.057/2022 do CMN determina que as instituições financeiras devem “divulgar a seus clientes as informações necessárias para o exercício do direito à portabilidade, bem como os procedimentos para a sua solicitação, em local e formato visíveis ao público”. Confira abaixo o procedimento adotado pelos bancos procurados pelo g1: ▶️Itaú Unibanco Clientes que queiram transferir a dívida para outra instituição precisam solicitar um Documento Descrito de Crédito (DDC) ao Itaú, por meio da Central de Atendimento de Cartões ou chat no aplicativo. "Após o recebimento, o cliente deverá procurar o banco para o qual deseja transferir o saldo e avaliar as condições oferecidas para realizar a portabilidade. Caso o cliente esteja de acordo, há uma troca de informações entre os bancos para efetuar a transferência do saldo", informa o Itaú em nota. O Itaú foi o único banco contatado pelo g1 que afirmou receber a portabilidade de outras instituições financeiras, mas não deu detalhes sobre como funciona o processo. ▶️Banco do Brasil No Banco do Brasil (BB), o cliente também precisa solicitar o Documento Descritivo de Crédito (DDC) para dar início ao processo da portabilidade. É possível solicitar o documento em uma agência ou via Central de Relacionamento do BB. "Após solicitar o DDC e souber qual o saldo devedor passível de migração, o cliente entra em contato com a instituição para a qual deseja migrar seus saldos, e negocia a portabilidade. Após o acordo, a instituição envia o pedido ao BB via sistema. O Banco autorizará a portabilidade após o pagamento do saldo devedor pela instituição proponente", informa o BB em comunicado. ▶️Caixa e Nubank É o mesmo processo dos bancos anteriores: clientes devem solicitar à Caixa ou ao Nubank o DDC e apresentar os detalhes da operação de crédito para a instituição financeira que pretende transferir o saldo devedor. ▶️Bradesco O Bradesco respondeu sem dar detalhes do processo: "estamos realizando a portabilidade do crédito rotativo do cartão de acordo com as normas vigentes". Dessa forma, também não é possível entender se a instituição está aceitando a portabilidade de outros bancos. ▶️Santander O Santander não respondeu até o fechamento desta reportagem. Vantagens e pontos de atenção A portabilidade do saldo devedor do cartão de crédito rotativo traz — na teoria — a possibilidade de os consumidores conseguirem melhores condições de pagamento, como taxas de juros menores, parcelas com valor mais baixo e até isenção de determinadas taxas. Com isso, a quitação da dívida poderia ser mais acessível. Além disso, conforme o economista Hugo Garbe, alguns bancos poderiam oferecer benefícios extras ao cliente que faz a portabilidade, como programas de recompensas, cashback ou até isenção de anuidade, tornando a migração mais atrativa. Para quem encontrar uma instituição que aceite a portabilidade, Hugo Garbe também explica que o consumidor que deseja transferir crédito não deve ser inadimplente. "Nenhum banco aceita migração de saldo devedor de pessoas que possuam o nome sujo, mas isso não significa que o interessado precise ter uma condição financeira mais alta", ressalta. De acordo com o Banco Central, é fundamental que o cliente solicite o valor do Custo Efetivo Total (CET) com a instituição que está propondo o novo crédito antes mesmo de realizar a portabilidade. O CET corresponde a todas as despesas e encargos incidentes na operação de crédito. Essa, segundo o BC, é a forma mais fácil de comparar os valores cobrados pelas instituições. “Vale verificar também todas as condições do novo contrato, com relação a número de prestações, taxas de juros, tarifas, para confirmar que essa transferência seja realmente vantajosa”, informa o BC em seu site oficial. O BC também alerta que a instituição credora original deve obrigatoriamente informar ao cliente o valor do saldo devedor para quitação antecipada, sempre que lhe for solicitado, além de prestar esclarecimentos solicitados e fornecer ao cliente uma planilha de cálculo que possibilite que ele confira a evolução da sua dívida. “É obrigação da instituição fornecer ao cliente cópia do contrato, no momento da formalização da operação, assim como posteriormente, mediante solicitação”, diz a entidade. Caso a instituição não preste as informações requeridas para realização da portabilidade, o cliente pode recorrer à ouvidoria da instituição financeira ou à do próprio Banco Central.



Concurso dos Correios: além de entregas, o que faz um carteiro?


22/10/2024 08:00 - g1.globo.com


Cargo tem mais de 3 mil vagas e salário inicial de R$ 2,4 mil. Profissionais recebem capacitação para atingir metas e atuam desde a distribuição até a participação em campanhas promocionais. Carteiro; Correios, concurso Mauricio Prestes da Motta/Divulgação Quando se pensa em um carteiro, provavelmente a imagem que vem à mente é do profissional vestido de amarelo e azul, percorrendo a cidade para fazer entregas. Mas as responsabilidades da profissão vão muito além disso. O novo concurso dos Correios está com 3.099 vagas para agentes dos Correios, o nome formal dos carteiros. O salário inicial é de R$ 2.429,26 e qualquer pessoa que tenha o ensino médio completo pode concorrer às vagas. ✅ Siga o canal do g1 Concursos no WhatsApp Além da remuneração, os aprovados receberão benefícios como vale-alimentação, vale-transporte, auxílio-creche, plano de previdência complementar e plano de saúde. Conforme a descrição do edital, as responsabilidades dos carteiros incluem coletar, receber, triar, conferir, recondicionar, distribuir, anotar, dar baixa e devolver objetos postais, mensagens telegráficas, contratos especiais e outros produtos e serviços da empresa. 📬 As atribuições específicas envolvem ainda: pesquisar, rastrear, identificar e prestar contas dos objetos e documentos sob sua responsabilidade, utilizando equipamentos apropriados e cumprindo normas de segurança. Também é necessário operacionalizar o processo produtivo telemático relativo à distribuição, seguindo padrões e normas estabelecidos. De forma eventual e opcional, os agentes dos Correios podem participar de campanhas promocionais e sociais da empresa, divulgando produtos e serviços, sugerindo oportunidades de negócios e prestando informações sobre programas governamentais e o plano estratégico da empresa. Por fim, os carteiros executam atribuições relativas ao atendimento e vendas em unidades de pequeno porte, sempre seguindo os padrões e normas estabelecidos. LEIA MAIS Concurso dos Correios: veja o passo a passo de como se inscrever Saiba como enviar os documentos para negros, indígenas e PCDs Veja mapa e entenda como funciona a distribuição das 3,5 mil vagas Veja tudo o que se sabe sobre o Concurso dos Correios Correios lançam edital pra mais de 3 mil vagas com salários de até R$ 6 mil Metas e treinamento Assim como os demais funcionários dos Correios, os carteiros têm metas a cumprir. No caso deles, a meta é entregar todas as cartas e encomendas de seu setor no prazo, com os padrões de qualidade sendo estabelecidas e acompanhadas pelo Ministério das Comunicações. Como não é uma tarefa simples, os candidatos aprovados passarão por um treinamento antes de iniciarem as atividades, segundo os Correios. Esse treinamento visa fornecer práticas e métodos padronizados de trabalho, além de informações sobre o funcionamento institucional e o fluxo de trabalho das áreas de negócios e administrativas. A capacitação é coordenada pela Universidade Corporativa Correios. Saiba mais sobre o concurso O novo concurso dos Correios também está ofertando outras 412 para nível superior (cargo analista de Correios), cujo salário inicial é de R$ 6.872,48. As inscrições devem ser feitas até as 23h do dia 28 de outubro. As provas estão previstas para o dia 15 de dezembro e serão aplicadas em todos os estados brasileiros e no Distrito Federal, abrangendo até 306 localidades. O prazo de validade do concurso será de um ano, podendo ser prorrogado pelo mesmo período. Cronograma do concurso 📆 Inscrições: 10/10 até 28/10/2024 Solicitação de inscrição com isenção da taxa: 10/10 até 11/10/2024 Data limite de pagamento das inscrições: 29/10/2024 Convocação para provas: 06/12/2024 Divulgação dos locais de provas: 09/12/2024 Aplicação das provas: 15/12/2024 Veja dicas para estudar para concursos Veja dicas de como fazer uma boa redação para concurso



Domicílio Judicial Eletrônico: o que é o novo sistema obrigatório para MEIs


22/10/2024 07:30 - g1.globo.com


Ferramenta permite que os empresários acompanhem possíveis citações, intimações e outras comunicações de processos judiciais sem precisar acessar o sistema de cada tribunal. MEIs devem começar a usar o Domicílio Judicial Eletrônico CNJ/Divulgação Todas as empresas do país, inclusive os Microempreendedores Individuais (MEIs), precisam se cadastrar no Domicílio Judicial Eletrônico. 💻 É uma ferramenta on-line e gratuita do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) que concentra as comunicações de processos emitidas pelos tribunais brasileiros. Por meio dele, os empresários podem acompanhar possíveis citações, intimações e outras notificações processuais de forma simples e rápida, sem precisar acessar o sistema de cada tribunal. A iniciativa não deve ser confundida com o DET, o Domicílio Eletrônico Trabalhista, que é uma plataforma do governo por meio da qual empregadores recebem comunicados do Ministério do Trabalho. (leia mais aqui) LEIA MAIS Cartão MEI do governo ajuda a organizar finanças, mas pode gerar endividamento, dizem analistas Inicialmente, o CNJ abriu um período para as empresas se cadastrarem voluntariamente no Domicílio Judicial Eletrônico. Agora, esse registro está sendo feito pelo órgão de forma compulsória, automática. Mas isso não significa que não há mais nada a ser feito por parte dos empresários. Todos precisam acessar a plataforma para conferir se os dados cadastrados estão corretos e ficar atentos às notificações. (veja abaixo o passo a passo) ⚠️ É que, a partir do momento em que o cadastro compulsório é feito, o empreendedor é obrigado a responder as comunicações processuais que chegam pelo sistema. Quem não confirmar o recebimento de citações no prazo legal e não justificar a ausência pode receber multa de até 5% do valor da causa, alerta Dorotheo Barbosa Neto, juiz auxiliar da presidência do CNJ. "Serão enviadas pelo Domicílio somente as comunicações que precisam de resposta pessoal, como citações. No decorrer do processo, se o empresário tiver advogado, as demais intimações serão pelo Diário de Justiça Eletrônico, como ocorre normalmente", explica. MEIs devem usar apenas a plataforma federal para emitir notas fiscais Como se cadastrar Os empresários podem conferir neste link se o seu CNPJ já foi registrado no Domicílio Judicial Eletrônico. Mas, independentemente de o cadastro automático já ter sido feito, todos podem acessar a plataforma para atualizar os dados ou mesmo fazer o registro por conta própria, se for o caso. Este é o passo a passo: Acessar domicilio-eletronico.pdpj.jus.br; Fazer login na opção gov.br com seu certificado digital (e-CNPJ); Atualizar seus dados na plataforma; Verificar se há comunicações processuais destinadas ao CNPJ da empresa. Para fazer o cadastro compulsório, o Conselho Nacional de Justiça utiliza os dados do empresário disponíveis na Redesim, a rede de sistemas informatizados que serve para registrar e legalizar negócios no país. Em regra, todas as empresas legalizadas devem estar cadastradas na Redesim, segundo o Ministério do Empreendedorismo, já que o registro nesse sistema ocorre no momento da abertura do negócio nas juntas comerciais. Se, mesmo assim, o empreendedor não tiver registro na rede, o CNJ irá cadastrá-lo no Domicílio com as informações disponíveis na Receita Federal. Além do próprio dono do negócio, demais sócios, administradores e advogados da empresa também podem se cadastrar para receber as notificações na plataforma. Para ajudar os usuários, o Programa Justiça 4.0, criado para aproximar o sistema judiciário brasileiro da sociedade, com novas tecnologias, elaborou um manual, tutoriais em vídeo e até um curso sobre a nova ferramenta. DET será obrigatório para MEIs e empregadores domésticos a partir de agosto Cronograma de adesão Os cadastros no Domicílio Judicial Eletrônico começaram em 2023, para bancos e instituições financeiras. Em março deste ano, a adesão à ferramenta foi liberada para empresas privadas, de todos os tamanhos, inicialmente de forma voluntária. No fim de maio, o prazo para o cadastro voluntário terminou para grandes e médias companhias e, em 7 de agosto, o CNJ começou a registrá-las no sistema compulsoriamente, utilizando dados da Receita Federal. A adesão dos MEIs, micro e pequenas empresas vai funcionar da mesma forma. O prazo para o cadastro voluntário terminou no último dia 30 e, a partir disso, o CNJ já começou a registrar os empreendedores no sistema automaticamente. Grandes e médias empresas sediadas no Rio Grande do Sul também foram colocadas nessa etapa, por causa das fortes chuvas que atingiram o estado em maio. Em outubro, o CNJ pretende começar o cadastro de pessoas jurídicas de direito público (órgãos públicos). Para pessoas físicas, o registro no sistema é opcional. Os tribunais brasileiros têm até o dia 11 de novembro para ajustarem seus sistemas e passarem e enviar todas as comunicações processuais de vista pessoal por meio do Domicílio. Saiba mais sobre obrigações dos MEIs Entenda o novo valor de contribuição mensal dos MEIs em 2024



Apagão: por que crise de energia em Cuba não vem de hoje


22/10/2024 06:30 - g1.globo.com


Ilha está sofrendo desde a última sexta-feira com apagão; governo promete volta à normalidade entre esta segunda e terça-feira. Pessoas na rua na terceira noite de apagão nacional em Havana. Getty Images via BBC Desde sexta-feira (18), Cuba enfrenta um grande apagão que chegou a deixar cerca de 10 milhões de pessoas — praticamente toda a população — sem energia elétrica. Nesta segunda-feira (21), o governo afirmou que pouco a pouco a situação está sendo resolvida, com 56% da capital, Havana, voltando a ter energia. O ministro de Minas e Energia, Vicente de la O Levy, afirmou que o fornecimento de energia elétrica seria restabelecido para a maioria da população na noite desta segunda. "O último cliente poderá receber o serviço [a volta] na terça-feira", disse o ministro. Na última sexta-feira, a principal central elétrica da ilha falhou e todo o país ficou sem energia. LEIA TAMBÉM Argentina: pobreza dispara e atinge mais da metade da população China aposta em megapacote para alavancar PIB; saiba quais os reflexos para o Brasil Número de super-ricos dispara, e é preciso fortuna ainda maior para se tornar um 'ultrarrico' O fornecimento foi parcialmente restaurado no sábado, até entrar em colapso novamente. Enquanto os cubanos esperam a volta à normalidade, eles estão vendo a comida apodrecer nas geladeiras. “Faz três noites que estamos sem eletricidade e que a nossa comida está apodrecendo. Quatro dias sem eletricidade é um abuso para as crianças”, disse à agência Associated Press (AP) Mary Karla, mãe de três filhos que não quis revelar o sobrenome. Carros passam em frente ao Hotel Nacional, em Havana, com tudo às escuras. Reuters via BBC Sem eletricidade, os fogões elétricos também não funcionam, por isso algumas famílias estão cozinhando com lenha. Somando-se ao desconforto de estar no escuro, em muitas casas o abastecimento de água depende de bombas elétricas, por isso não há como limpar utensílios ou tomar banho. O comércio e as escolas precisaram fechar. Nos últimos dias, houve panelaços em diversos lugares e, em outros, pessoas bloquearam ruas com pilhas de lixo — como em San Miguel del Padrón, um bairro pobre nos arredores de Havana. Além do apagão, no domingo (20), o furacão Oscar atingiu o país. Agora transformado em tempestade tropical, teme-se que ele possa danificar a precária infraestrutura de distribuição de energia de Cuba. Apesar de uma dimensão avassaladora, o apagão de sexta é apenas mais um de uma série de episódios com problemas na energia. Há muito tempo, a luz tem sido cortada ou racionada no país. Neste ano, muitas residências cubanas já haviam ficado até oito horas por dia sem energia. No entanto, este apagão é considerado o pior que Cuba sofreu desde que o furacão Ian atingiu a ilha como uma tempestade de categoria 3 em 2022 e afetou instalações elétricas que levaram dias para serem consertadas pelo governo. As causas dos problemas recorrentes diferem, dependendo se você ouve a versão das autoridades cubanas ou de pessoas críticas ao governo. Infraestrutura obsoleta e demanda maior O apagão total ocorreu depois que a usina Antonio Guiteras — a maior da ilha — ficou fora de serviço por volta das 11h de sexta-feira, horário local. A falha colapsou todo o sistema da ilha. O presidente Miguel Díaz-Canel culpou o embargo que os Estados Unidos impõem à economia da ilha durante décadas, argumentando que o bloqueio impede a chegada de insumos e peças de reposição. O ministro das Relações Exteriores de Cuba, Bruno Rodríguez, mais tarde repetiu as palavras do presidente ao publicar no X (antigo Twitter) que "se o embargo acabar, não haverá apagões". "Desta forma, o governo dos Estados Unidos poderia apoiar o povo cubano... se quisesse". Cubanos fizeram panelaços em meio ao apagão. Getty Images via BBC As autoridades locais também atribuem os problemas à maior demanda de residências e empresas por aparelhos de ar condicionado. Sobre o atual apagão, o ministro O Levy também argumentou que a situação estaria melhor se não tivessem ocorrido mais dois apagões parciais enquanto as autoridades tentavam restaurar a energia no sábado. O ministro afirmou que México, Colômbia, Venezuela e Rússia, entre outros países, ofereceram ajuda. Escassez de combustíveis Para além do embargo e do aumento da demanda, o governo cubano apontou outro motivo por trás dos problemas. “A escassez de combustível é o fator mais importante”, disse o primeiro-ministro Manuel Marrero em um pronunciamento na TV. O presidente da União Elétrica Nacional, Alfredo López Valdés, também reconheceu que a ilha enfrenta uma situação difícil no que se refere à energia. Cuba depende das importações para abastecer as suas centrais elétricas dependentes do petróleo, em grande parte obsoletas. E a ilha foi atingida este ano por uma queda nos envios cruciais de combustível da Venezuela. Em 2000, o então presidente venezuelano Hugo Chávez assinou um acordo com Fidel Castro para fornecer cerca de 53 mil barris de petróleo por dia à ilha em troca do envio de missões médicas cubanas. O acordo continuou com Nicolás Maduro. Crise de energia em Cuba não vem de hoje. Getty Images via BBC Embora em maio tenha havido uma recuperação no envio de petróleo, nos últimos anos o envio de combustível venezuelano para Cuba caiu consideravelmente devido à crise que há anos afeta um dos grandes aliados da ilha. Também diminuiu o fluxo de combustível de outros grandes fornecedores, Rússia e México. Neste último caso, o país reduziu a exportação em meio às eleições. A nova presidente Claudia Sheinbaum não se posicionou ainda sobre se o fornecimento a Cuba continuará. Cuba vive 4º dia de apagão Críticas à política estatal No entanto, muitas vozes críticas às autoridades cubanas apontam outros problemas políticos e econômicos subjacentes à crise energética. É o caso do economista Pedro Monreal, que em suas redes sociais reagiu à manchete "Cuba no combate ao desafio energético" que o jornal oficial Granma trazia na capa. “Não é um desafio, é a ruína energética como resultado do falho planejamento centralizado imposto pelo poder político”, escreveu Monreal na rede social X. "É uma crise estrutural intensificada pelo fracasso na regulamentação e complicada por soluções ineficazes. É uma falência causada por decisões internas", acrescentou. Díaz-Canel atribuiu o apagão ao embargo dos EUA. Getty Images via BBC A jornalista cubana Monica Baró relatou em uma crônica no site Periodismo de Barrio que, embora os cubanos já estejam acostumados ao que chamam ironicamente de "alumbrones" (em tradução livre, algo como "acesões", uma brincadeira indicando que o tempo sem luz seria a regra), dessa vez foi diferente. “Meu pai tem 72 anos. Ele viveu todas as crises em Cuba. Poucas coisas conseguem impressioná-lo, mas esta noite ele está impressionado”. Baró relata que, já em 2022, o especialista em energia Jorge Piñón, diretor do Programa Energético para a América Latina e o Caribe da Universidade do Texas, previu um "colapso total do sistema elétrico cubano". Na entrevista à Rádio Martí, Piñón também questionou a "política de band-aid" do governo para resolver os problemas. "É necessária uma recapitalização estrutural", disse. 'Não há nada que sustente o país' Na última sexta-feira, as autoridades cubanas anunciaram o cancelamento de todas as atividades não essenciais. No caso das escolas, numa medida inédita, as aulas foram suspensas até quarta-feira. Na noite de domingo, em uma Havana completamente escura, apenas alguns negócios funcionavam, enquanto bares e residências eram alimentados por pequenos geradores movidos a combustível, informou a agência Reuters. Na sexta-feira (18/10), as autoridades cubanas anunciaram o cancelamento de todas as atividades não essenciais. Getty Images via BBC A maior parte da cidade de 2 milhões de habitantes ficou em silêncio. Os moradores jogavam dominó nas calçadas, ouviam música em aparelhos de rádio movidos a bateria e sentavam-se na soleira de suas portas. “Isso é uma loucura”, disse Eloy Fon, um aposentado de 80 anos que vive no centro de Havana, à agência de notícias AFP. “Isso mostra a fragilidade do nosso sistema elétrico… Não temos reservas, não há nada que sustente o país.” Foco de tensão Longos apagões já são há algum tempo fonte de tensão em Cuba. Em julho de 2021, milhares de manifestantes saíram às ruas para protestar contra os apagões que duraram dias em grande parte do país. Em março desse ano, centenas de pessoas na segunda maior cidade cubana, Santiago, organizaram um raro protesto público contra apagões crônicos e a escassez de alimentos. O governo cubano está cada vez mais consciente de que muitos na ilha perderam um pouco o medo de falar abertamente sobre os vários problemas que enfrentam diariamente. Díaz-Canel apareceu na televisão nacional no domingo à noite vestido com um uniforme militar verde oliva incentivando os cubanos a expressarem suas queixas com disciplina e civilidade. “Não vamos aceitar nem permitir que ninguém aja com vandalismo e muito menos perturbe a tranquilidade do nosso povo”, disse o presidente, que raramente é visto uniformizado. Enquanto isso, moradores de Havana Velha, como Anabel González, disseram à agência Reuters que os moradores estavam desesperados. “Meu celular está mudo e ao olhar para a minha geladeira, percebi que o pouco que eu tinha apodreceu”.



Entenda o que são as usinas que servem de ‘seguro’ para o sistema elétrico em situações extremas


22/10/2024 05:30 - g1.globo.com


Governo anunciou que não irá adotar o horário de verão este ano. Sem a medida, contratação de reserva pode ajudar a atender aos horários de pico. Temporal provocou queda de postes de energia Reprodução/RBS TV Ao anunciar que o país não deve ter horário de verão em 2024, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) recomendou que o governo contrate todos os anos novas usinas no modelo de “reserva de capacidade”. A medida, segundo o operador, é uma forma de assegurar o atendimento de energia quando o aumento do consumo e a redução da geração solar coincidem, no início da noite. “Identificamos a necessidade de contratação de recursos para o atendimento da ponta [de demanda] noturna. Ou seja, os leilões de reserva de capacidade. Então, o ONS recomendou ao ministério que faça esses leilões [...] todo ano para contratar potência para o sistema”, declarou o diretor de Planejamento do ONS, Alexandre Zucarato, em entrevista na última quarta-feira (16). Governo descarta volta do horário de verão neste ano Esse cenário de oscilação das fontes renováveis ao longo do dia ao mesmo tempo em que há maior demanda por energia é um dos fatores que levam o governo a avaliar a adoção do horário de verão —em estudo para 2025. Além do adiantamento dos relógios, a contratação de reserva pode ajudar a atender aos horários de pico. Ainda em 2024, o governo pretende realizar um leilão para contratar usinas no modelo de “reserva de capacidade” — que servem como um “seguro” para o sistema elétrico, em momentos de pico de demanda e secas, por exemplo. Leia nesta reportagem: O que é “reserva de capacidade"? Que tipo de usina pode ser contratada? Quem paga pelas usinas? O que é “reserva de capacidade”? O superintendente de Geração de Energia da estatal Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Bernardo Folly Aguiar, explica que o leilão de reserva é um certame de “ajuste”, focado na segurança do suprimento de energia. As usinas são contratadas para atender ao sistema em casos de necessidade, ajustando o equilíbrio do sistema quando há muita demanda ou pouca geração de energia. Há duas formas de se contratar capacidade: na forma de energia. Ou seja, se estiver faltando energia no sistema, se as usinas contratadas diretamente pelas distribuidoras não conseguirem suprir a demanda; na forma de potência. Quando é preciso suprir energia de forma instantânea, em momentos determinados. Ou seja, as usinas contratadas precisam estar disponíveis para entregar uma quantidade de energia em um determinado momento. “Estamos falando de um suprimento instantâneo. Então, é alguém que vai entregar naquele momento específico que o sistema precisa. Por exemplo, no momento de máximo consumo ou no instante em que a renovável gerou menos, entrou uma nuvem e o sol gerou menos, parou o vento”, explica Renato Haddad Machado, superintendente adjunto de Geração de Energia da EPE. Vista aérea, Usina Termelétrica Termopernambuco (PE) Divulgação/Neoenergia LEIA TAMBÉM Apagão em SP: governo cria linha de crédito para empreendedores que tiveram problemas com temporais Ações judiciais por conta de fornecimento de energia elétrica crescem 76% em 4 anos no Brasil Com alerta de novos temporais, ministro pede distribuidoras e Aneel 'de prontidão' para garantir energia em São Paulo Que tipo de usina pode ser contratada? Como a contratação serve para dar segurança ao sistema, as usinas devem gerar energia de forma constante. Por isso, usinas solares e eólicas não podem ser contratadas nessa modalidade, uma vez que geram a depender da incidência de sol e vento. Para o leilão de 2024, o governo deve contratar termelétricas e hidrelétricas. Embora a seca histórica no país coloque a disponibilidade das hidrelétricas em dúvida, a EPE ressalta que a diversidade de fontes é benéfica para o sistema. “Ela [a hidrelétrica] tem incertezas em relação à geração? Tem, muito em função da hidrologia e tal, mas outras fontes também têm incertezas”, disse Aguiar. A Associação Brasileira das Empresas Geradoras de Energia Elétrica (Abrage) conta 14 usinas hidrelétricas existentes que poderiam ser ampliadas para fornecer energia de reserva no leilão de 2024. "Parte dessas hidrelétricas que foram planejadas e executadas no passado já tem parte dos ativos construídos para fazer esse serviço. A gente entende, pelos estudos dos planos decenais passados, que elas são altamente competitivas, ou seja, podem fornecer esse serviço de potência com custo reduzido”, continuou o superintendente da EPE. O governo também aventou a contratação de baterias nesse leilão, para possibilitar o aproveitamento das fontes solar e eólica. No entanto, a tecnologia será contratada separadamente, em um leilão de baterias planejado para junho de 2025. Torres de energia eólica no litoral Norte do RN Augusto César Gomes Quem paga pelas usinas? Para remunerar as usinas de reserva, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) criou um encargo, chamado de Encargo de Potência para Reserva de Capacidade (ERCAP). O ERCAP vai cobrir os custos de contratação das usinas e será rateado entre todos os usuários do serviço, inclusive o consumidor residencial. O custo do encargo vai ser dividido de acordo com o consumo líquido medido em um mês. Dessa forma, o valor será proporcional ao maior consumo horário do mês. Como a Aneel antecipou a entrada em operação da usina termelétrica Termopernambuco, por causa da escassez hídrica, o ERCAP já vai ser cobrado a partir de novembro deste ano. A usina, como as demais contratadas em 2021, só entraria em operação em 2026.



Geração, transmissão, distribuição: veja papel de empresas e do governo na cadeia da energia elétrica


22/10/2024 05:30 - g1.globo.com

Com os temporais desta época do ano e as quedas de energia elétrica nas cidades, o consumidor se pergunta de quem deve cobrar quando fica sem luz. Com os temporais desta época do ano e as quedas de energia elétrica nas cidades, o consumidor se pergunta de quem deve cobrar quando fica sem luz. Outra questão que surge é qual é o papel de empresas e do governo na cadeia de energia: desde a geração até ela chegar ao interruptor dos estabelecimentos comerciais ou das casas das pessoas. 💡Basicamente, esse processo envolve três fases: a geração, a transmissão e a distribuição. Para garantir o bom funcionamento delas, tem que haver também a fiscalização, que permeia as demais. Por fim, o cidadão pode se perguntar como é usado o dinheiro pago na tarifa de energia elétrica. Veja detalhes abaixo: Geração A energia elétrica consumida nas residências, indústrias e comércios é gerada por usinas. No caso do Brasil, cerca de 50% de toda a energia consumida é gerada nas usinas hidrelétricas, movidas pela água de represas. As hidrelétricas pertencem a empresas privadas -- como a Eletrobras, vendida pelo governo em 2022. E também há usinas que pertencem a empresas públicas estaduais e federais. O governo federal detém participação na maior hidrelétrica da América do Sul, a usina de Itaipu, operada em parceria com o Paraguai. Além disso, também controla as usinas nucleares de Angra. Os dois empreendimentos estão sob o guarda-chuva da estatal ENBPar. No caso das usinas privadas, os contratos são de concessão. Ou seja, o governo federal, por meio de leilões organizados pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e pela Câmara de Comercialização de Energia (CCEE), concede a uma empresa o direito de explorar uma usina por tempo determinado. Geralmente, pelo contrato, a obrigação de construir a usina é da empresa vencedora. Mas não há só usinas hidrelétricas no Brasil. Outras com peso relevante no sistema elétrico são as eólicas (movidas a vento), as solares (ativadas pela luz do sol), e as termelétricas. As usinas termelétricas podem usar diversas fontes para queima e geração de calor, como biomassa, óleo combustível, gás natural e carvão mineral. As que usam combustíveis fósseis são mais poluentes. Já as usinas nucleares são uma espécie de termelétrica, mas geram energia por meio da fissão nuclear. Leia também: Privatização da Eletrobras: veja perguntas e respostas Cuidados durante temporais: o que fazer em casa, na rua, áreas de risco e mais em caso de emergências Ações judiciais por conta de fornecimento de energia elétrica crescem 76% em 4 anos no Brasil Transmissão A energia produzida pelas usinas, para chegar aos centros de consumo, passa por linhas de transmissão. Consistem em cabos, feitos de material que permite a condutividade elétrica, apoiados em grandes torres. Em razão de seu grande território, o Brasil tem uma das maiores redes de transmissão do mundo. A maioria das linhas de transmissão no Brasil faz parte do Sistema Interligado Nacional (SIN), que conecta quase todo o território brasileiro em uma grande rede de energia. O único estado ainda sem conexão ao SIN é Roraima. O SIN é coordenado pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), um órgão de natureza privada, sem fins lucrativos, que é responsável por operar o sistema de forma integrada, para otimizar o uso dos recursos energéticos e garantir o fornecimento contínuo de eletricidade. Distribuição Quando chega aos centros urbanos, por meio das linhas de transmissão, a energia elétrica é recebida pelas distribuidoras, que podem ser empresas privadas ou estatais, a depender da região. São essas empresas as responsáveis por repassar a energia ao consumidor final. São também as responsáveis pela manutenção da rede elétrica na cidade ou área que atende. Uma distribuidora que vem recebendo crítica da população é a Enel, que atua na cidade de São Paulo. Um temporal na semana passada levou a um apagão que deixou centenas de milhares de casas sem luz. Levou dias até que a energia fosse restabelecida. Para o que é usado o dinheiro pago na conta de luz? A conta de luz remunera a distribuidora pela energia comprada, mas também arca com encargos e subsídios para setores da economia. Os subsídios são uma das parcelas que mais pesam na conta de luz, representando 12,5% da conta de luz em 2024. Esse encargo custeia políticas como os descontos para fontes incentivadas, como eólica e solar, para o setor de irrigação e agricultura e outros. Saiba o que é pago na conta de luz: custo da compra de energia das usinas pela distribuidora custos de conexão ao sistema de transmissão encargos (como subsídios a setores, remuneração para usinas "reservas" para o sistema, pesquisa e desenvolvimento e outros) tributos contribuição para iluminação pública (um serviço atribuído à prefeitura, mas realizado pela distribuidora) Um dos encargos cobrados na conta de luz é a Taxa de Fiscalização de Serviços de Energia Elétrica (TFSEE), que custeia as atividades da Aneel. Fiscalização A Aneel é responsável por regular e fiscalizar os serviços de energia. Por falta de efetivo, a agência não consegue monitorar os serviços em cada estado e, para isso, celebra convênios com as agências reguladoras estaduais, como a Arsesp, de São Paulo. No segmento de distribuição, a agência mede a qualidade dos serviços prestados de acordo com três aspectos: 💡qualidade do serviço ou continuidade do fornecimento, que avalia a quantidade e a duração das interrupções no fornecimento de energia; 💡qualidade do produto ou qualidade da tensão, que mede variações em características técnicas das redes de distribuição; 💡qualidade comercial, que considera aspectos não técnicos como tempo de resposta das solicitações e atendimento das reclamações. A agência utiliza esses índices no momento de definir reajustes ou revisões de tarifa para as distribuidoras. Mas também pode aplicar penalidades, depois de verificar durante o processo de fiscalização o descumprimento das regras. As penalidades variam entre advertência, multa e até mesmo intervenção da Aneel e a cassação do contrato da distribuidora.



Mega-Sena pode pagar R$ 51 milhões nesta terça-feira


22/10/2024 03:00 - g1.globo.com


Apostas podem ser feitas até as 19h em lotéricas ou pela internet. Mega-Sena Marcelo Brandt/G1 O concurso 2.788 da Mega-Sena pode pagar um prêmio de R$ 51 milhões para os acertadores das seis dezenas. O sorteio ocorre às 20h desta terça-feira (22), em São Paulo. No concurso do último sábado (19), ninguém levou o prêmio máximo. A aposta mínima para a Mega-Sena custa R$ 5 e pode ser realizada também pela internet, até as 19h – saiba como fazer a sua aposta online. A Mega-Sena tem três sorteios semanais: às terças, quintas e sábados. Entenda como funciona a Mega-Sena e qual a probabilidade de ganhar o prêmio Para apostar na Mega-Sena As apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília), em qualquer lotérica do país ou pela internet, no site da Caixa Econômica Federal – acessível por celular, computador ou outros dispositivos. É necessário fazer um cadastro, ser maior de idade (18 anos ou mais) e preencher o número do cartão de crédito. Probabilidades A probabilidade de vencer em cada concurso varia de acordo com o número de dezenas jogadas e do tipo de aposta realizada. Para a aposta simples, com apenas seis dezenas, que custa R$ 5, a probabilidade de ganhar o prêmio milionário é de 1 em 50.063.860, segundo a Caixa. Já para uma aposta com 15 dezenas (limite máximo), com o preço de R$ 22.522,50, a probabilidade de acertar o prêmio é de 1 em 10.003, ainda segundo a Caixa.



Aneel intima Enel no processo sobre o apagão em São Paulo


21/10/2024 23:20 - g1.globo.com

A depender do resultado do processo, o contrato de concessão da Enel pode ser reincidido. Após temporal no dia 11, moradores de São Paulo ficaram cerca de 6 dias sem energia. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) intimou nesta segunda-feira (21) a empresa distribuidora de energia Enel no processo sobre o apagão na cidade de São Paulo. O processo na Aneel apura se houve, por parte da Enel, descumprimento do plano de contingência assumido pela distribuidora e reincidência no atendimento insatisfatório aos consumidores em situações de emergência. A depender do resultado do processo, o contrato de concessão da Enel pode ser rescindido. "A intimação da empresa integra relatório de falhas e transgressões, que inicia processo para avaliação de recomendação de caducidade a ser apreciada pela Diretoria da ANEEL e, depois, encaminhada ao Ministério de Minas e Energia (MME)", escreveu a Aneel em nota. Na semana que vem, será designado um relator na Aneel para o caso. E a Enel tem 15 dias, a contar dessa segunda, para enviar uma defesa. Seis dias após apagão na Grande SP, moradores e comerciantes ainda enfrentam falta de energia e instabilidades no fornecimento Apagão de dias Após um temporal na sexta-feira (11), moradores de São Paulo ficaram cerca de 6 dias sem energia. Somente na quinta-feira (17), a Enel informou que tinha normalizado a distribuição de energia para quase todas as residências da Grande SP. Ao todo, segundo a própria Enel, 3,1 milhões de endereços foram afetados.



EMS faz oferta à Hypera para criar maior laboratório farmacêutico do Brasil


21/10/2024 20:33 - g1.globo.com


Proposta é de compra de até 20% das ações da companhia a R$ 30 o papel. Hypera afirmou que irá tomar 'providências para avaliação diligente da proposta'. Farmacêutica EMS Divulgação A Hypera informou nesta segunda-feira (21) que recebeu proposta para unir negócios com a EMS, do grupo NC. O plano envolve uma oferta por até 20% das ações da companhia a R$ 30 o papel. O valor representa um prêmio de 14,67% em relação ao preço de fechamento da ação da Hypera nesta segunda, de R$ 26,16. Em carta à Hypera, a EMS diz que a oferta será lançada diretamente por seus acionistas controladores e que, após a combinação de negócios, a nova empresa será listada no Novo Mercado. A EMS, que afirma ser "o maior conglomerado farmacêutico do Brasil", propõe um conselho de administração com nove membros para a empresa combinada, sendo cinco indicados pela EMS. "Com base em estudos preliminares, a transação deverá resultar em ganhos expressivos de eficiência operacional e de capacidade de produção, ao mesmo tempo que reduzirá custos, expandindo as margens operacionais e aumentando a geração de caixa", afirmou a EMS em carta divulgada pela Hypera. LEIA TAMBÉM Nem Messi, nem Neymar: veja quem é o jogador mais bem pago em 2024; ranking China aposta em megapacote econômico para alavancar PIB; entenda os reflexos no Brasil Número de super-ricos dispara, e é preciso fortuna maior para se tornar um 'ultrarrico' A Hypera afirmou em fato relevante ao mercado que seu conselho de administração vai tomar "providências para avaliação diligente da proposta, incluindo a contratação de assessores externos". A EMS afirmou ainda que realizou análise concorrencial preliminar e que "não se antecipa necessidade de remédios concorrenciais" que impactem a potencial transação, apesar de o negócio reforçar a condição de ambas as empresas como maior grupo fabricante de medicamentos do país. "A companhia combinada também se beneficiará da captura de sinergias relevantes envolvendo ganhos operacionais, financeiros e tributários... deixando a companhia combinada mais bem preparada para impulsionar seu crescimento de maneira muito acelerada", disse a EMS, sem fazer projeções. Procurada pela Reuters, a associação de redes de farmácias Abrafarma afirmou apenas que não comenta sobre operações "que ainda não saíram do papel". A oferta da EMS foi confirmada pela Hypera no mesmo dia em que os principais executivos da companhia promoveram uma conferência com analistas para explicar um plano de otimização de capital de giro. O projeto carrega uma estratégia de redução de estoques nos clientes, que têm como objetivo cortar a linha de contas a receber para 60 dias — ante os 116 do final do primeiro semestre deste ano —, em meio ao cenário de juros elevados do país e queda do real ante o dólar. Considerado pela próprio presidente-executivo da Hypera, Breno de Oliveira, como uma "estratégia bastante agressiva" da companhia, a expectativa é que o plano gere ganhos para os acionistas no médio a longo prazos, afirmou. Ao comentar o anúncio, a EMS afirmou que sua oferta é uma "solução estratégica" para a Hypera atingir as metas anunciadas no seu plano de otimização de capital de giro. Segundo a EMS, a combinação das empresas vai resultar em uma "otimização do ciclo financeiro, com menor impacto nas vendas e na rentabilidade". Namoro antigo Essa não é a primeira vez que notícias em torno de uma possível consolidação envolvendo os maiores laboratórios farmacêuticos do país surgem na mídia. Em 2022, a Hypera discutiu a venda da companhia para o Grupo NC. Na época, a Hypera também chegou a discutir uma venda para a Eurofarma. O maior acionista da Hypera é o fundador João Alves de Queiroz Filho, com 21,38% do capital da companhia. A mexicana Maiorem detém outros 14,74%. O grupo Votorantim tem uma fatia de 5,1% na farmacêutica. A Hypera é dona de algumas das principais marcas de medicamentos que não precisam de receita do país, como Buscopan, Coristina e Neosaldina. Nos últimos anos, a empresa tem investido para ampliar sua base de moléculas de medicamentos genéricos e tem planos de ter uma fábrica piloto de medicamentos oncológicos em 2026. A Hypera teve lucro líquido em 2023 de R$ 1,65 bilhão, sob receita líquida de R$ 7,9 bilhões. Na oferta, o grupo NC afirma que a EMS teve faturamento líquido de R$ 7,95 bilhões no ano passado. Em 2022, a EMS teve lucro líquido consolidado de R$ 311,3 milhões, sob receita líquida de R$ 5,7 bilhões. Pouco antes das negociações das ações da Hypera serem suspensas para divulgação do fato relevante, os papéis da farmacêutica caíam cerca de 2,3%, após oscilarem entre altas e baixas influenciadas pelo anúncio da estratégia de otimização de capital e, posteriormente, notícia sobre a EMS. No fim do pregão desta segunda, as ações da Hypera subiram 1,91%, cotadas a R$ 26,16. O Ibovespa, principal índice de ações da bolsa de valores brasileira, recuou 0,11%. Importações sobem 8% no ano, com avanço de investimento das empresas em máquinas



Nem boi, nem frango: entenda por que preço da carne de porco caiu e ficou mais competitivo no mercado


21/10/2024 16:16 - g1.globo.com


Cotação da carcaça suína fechou parcial de outubro em queda. Alta no preço de insumos e oferta limitada explica movimento, segundo levantamento da Esalq/USP em Piracicaba (SP). Arquivo Secom Com queda nas cotações, a competitividade da carne de porco cresceu frente a de boi e de frango, principais concorrentes, na primeira quinzena de outubro. O levantamento parcial foi feito pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) do campus da Universidade de São Paulo (USP) em Piracicaba (SP). 🌽A oferta limitada de carne de boi, o aumento do preço dos insumos na avicultura, como milho e farelo, e, por consequência, a queda no poder de compra do produtor estão entre as explicações para a perda de competitividade. Entenda cenário, abaixo. 📲 Participe do canal do g1 Piracicaba no WhatsApp 📉A pesquisa aponta que, enquanto os preços da proteína suinícola registram leves quedas, as cotações das carnes bovina e de frango se valorizam. No atacado da Grande São Paulo, a carcaça especial suína é comercializada à média de R$ 12,98 o quilo até o dia 15 de outubro. O valor representa baixa de 0,6% na comparação com o mês anterior. "A pressão vem da menor liquidez interna da carne, observada entre o final de setembro e a primeira semana de outubro", ressalta o Cepea. Desvalorização da carne de frango está relacionada ao aumento do poder de compra da população na primeira quinzena de junho. Reprodução EPTV Alta nos insumos O levantamento do Cepea indica que o poder de compra de avicultores paulistas frente aos principais insumos utilizados na atividade segue em recuo em outubro, no comparativo com o mês anterior. Segundo o estudo, a piora se deve às altas nas cotações do milho e do farelo de soja combinadas à estabilidade no preço pago pelo frango vivo. "Frente ao milho, a relação de troca segue desfavorável pelo segundo mês consecutivo, e, para o derivado da soja, o poder de compra está diminuindo em outubro, depois de ter avançado entre julho, agosto e setembro", explicam os pesquisadores do Cepea. 🐔 No mercado de frango, com a oferta interna de carne mais controlada, compradores estão pouco ativos na aquisição de maiores lotes de animais por parte da indústria, ainda conforme explicam pesquisadores do Cepea. Preços da carne suína e do frango registram alta no início de agosto, conforme levantamento da USP Reprodução/TV TEM Boi Gordo Cepea A oferta limitada de animais prontos para abate provocaram aumentos de preços na maioria das regiões acompanhadas pelo Cepea. Na primeira quinzena de outubro, o Indicador do Boi Gordo Cepea fechou em R$ 299,25 no último dia 15 e acumulou alta de 9,1%. Levantamentos do Cepea apontaram negociações em São Paulo entre R$ 291 e R$ 310, no valores à vista; já descontado o Funrural no último dia 15 de outubro. "Negócios acima de R$ 290 têm sido captados também nos estados do Paraná, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e Goiás, sendo que nestes dois últimos estados há registros inclusive na casa dos R$ 300, segundo pesquisas do Cepea. No mercado de carne, a carcaça casada bovina com osso no atacado da Grande São Paulo acumulou acréscimo de 11,7% na primeira quinzena", pontuou o Cepea. Incêndio atinge área de mata ao lado de rodovia em Piracicaba e consome vegetação Vanderlei Duarte/EPTV Queimadas: entenda influência na alta da carne bovina As queimadas enfrentadas pelo Brasil desde agosto, que atingem principalmente áreas de agropecuária, têm influência indireta na alta de 8,88% da produção de carne bovina no acumulado do mês de setembro registrada na última sexta-feira (20). É o que aponta Thiago Bernardino de Carvalho, pesquisador da área de pecuária do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), do campus da Universidade de São Paulo (USP) em Piracicaba. Para Carvalho, a influência indireta está relacionada à alimentação do boi, advinda de algumas culturas atingidas pelas queimadas. A alta deve ser maior no início do ano, caso a estiagem se prolongue pelos próximos meses. “A seca vai impactar caso não tenha chuva no começo do ano e, aí, pode haver um encarecimento maior da carne”, diz o pesquisador. Queimadas influenciam na produção pecuária Juliana Sussai/Embrapa VÍDEOS: tudo sobre Piracicaba e região Veja mais notícias da região no g1 Piracicaba



​Campos Neto diz que reforma administrativa é importante para Banco Central reduzir taxa de juros


21/10/2024 14:19 - g1.globo.com


Para o presidente da autoridade monetária, uma reforma desse tipo sinaliza comprometimento com a política fiscal. Governo prepara medidas para reduzir despesas. Presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. Reuters/Brendan McDermid O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, disse nesta segunda-feira (21) que uma reforma administrativa pelo governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é importante para a redução da taxa de juros. Segundo Campos Neto, uma reforma administrativa sinaliza comprometimento com a política fiscal, com ajustes no lado das despesas do governo. “Acabei de ler a notícia, não sei se é oficial ou não, [mas] estão falando de reformas administrativas. Há uma expectativa de que depois das eleições veremos algumas medidas. Isso é muito importante para que nós no Banco Central sejamos capazes de reduzir as taxas [de juros] de forma sustentável", declarou. “Nossa missão é atingir a meta de inflação. E é muito difícil fazer isso quando há a percepção de que o fiscal não está ancorado”, acrescentou o presidente do BC em evento promovido pela 20-20 Investment Association, em São Paulo. O governo prepara medidas para ajustar as contas, depois de focar no equilíbrio fiscal por meio do aumento das receitas. Simone Tebet anuncia que 'chegou a hora' de revisão estrutural de gastos Na última semana, a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, disse que "chegou a hora" de levar a sério a revisão de gastos públicos no país. "Chegou a hora para levar a sério a revisão de gastos. Não é possível mais apenas pelo lado da receita resolver o fiscal. Arcabouço está de pé. Sem perspectiva de alteração", afirmou a ministra. A ministra não deu detalhes sobre quais gastos serão revisados pela equipe econômica, mas citou os supersalários do funcionalismo, que classificou como algo "imoral". Taxa de juros Atualmente, a taxa básica de juros da economia, a Selic, está em 10,75%. Em setembro, o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC elevou a taxa em 0,25 ponto percentual – o primeiro aumento do governo Lula. O órgão justificou a elevação afirmando que vem percebendo, no cenário interno, risco para alta da inflação. O Comitê também disse que o aumento da Selic é o início de um "ciclo". Os economistas do mercado financeiro estimam que os juros cheguem a 11,75% ao fim de 2024. A próxima reunião do Copom será realizada no início de novembro.



Leilão da Receita tem nova edição com iPhone por R$ 300 e carros por R$ 7.200


21/10/2024 14:08 - g1.globo.com


Propostas de valor começam no dia 25 de outubro e vão até 1° de novembro. Leilão acontece no dia 5. Fiato Palio Fire 2003, disponível no leilão da Receita Divulgação A Receita Federal em São Paulo vai realizar no dia 5 de novembro mais um leilão regional de mercadorias apreendidas ou abandonadas. São 129 lotes no total, que incluem celulares, produtos eletrônicos e de informática, acessórios, artigos esportivos, instrumentos musicais e itens de vestuário. Há também veículos, tanto para circulação quanto para sucata. Segundo a Receita, o leilão será realizado de forma eletrônica, com processo aberto para a participação de pessoas físicas e jurídicas. As propostas de valor podem ser enviadas das 8h de 25 de outubro até as 21h do dia 1° de novembro. A sessão para lances está prevista para 05 de novembro, às 10h (horários de Brasília). Os lances devem ser feitos para os lotes fechados — ou seja, um conjunto de determinados itens. O lote mais barato custa R$ 10 e contém resíduos de placas eletrônicas. Já o mais caro custa R$ 1,2 milhão e conta com milhares de displays para celulares. Outros destaques do leilão são: No lote 4, há um iPhone 11 a partir de R$ 300; No lote 101 há dois carros do modelo Fiat Palio a partir de R$ 7,2 mil; No lote 74, há um MacBook a partir de R$ 1 mil; No lote 77, há um notebook Dell a partir de R$ 300; No lote 88, há uma caminhonete Iveco Daily a partir de R$ 42 mil; Caminhonete Iveco Daily disponível no leilão da Receita Divulgação Segundo a Receita, os lotes estarão disponíveis para visitação de 25 de outubro a 1° de novembro. As visitas poderão ser feitas em dias úteis e apenas com agendamento. Os lotes estão espalhados pelas seguintes cidades de São Paulo: Barueri Bauru Guarulhos Jacareí Santo André São Bernardo do Campo São Paulo Sorocaba Suzano Taubaté Os endereços e horários para visitação, bem como contatos para agendamento, estão indicados no edital do leilão. A Receita Federal informou que os licitantes terão 30 dias para retirada dos lotes arrematados e que não se responsabiliza pelo envio das mercadorias. O órgão também ressalta que bens arrematados por pessoas físicas não podem ser vendidos, assim como alguns lotes específicos adquiridos por pessoas jurídicas. Quem pode participar do leilão? Pessoas físicas podem participar do leilão sob os seguintes critérios: ser maior de 18 anos ou pessoa emancipada; ser inscrito no Cadastro de Pessoas Física (CPF); ter selo de confiabilidade Prata ou Ouro no sistema de identidade digital do Governo Federal. Já para pessoas jurídicas, os critérios são os seguintes: ter cadastro regular no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídica (CNPJ); ou, no caso do responsável da empresa ou de seu procurador, ter selo de confiabilidade Prata ou Ouro no sistema de identidade digital do governo federal. Como funcionam os leilões Como participar do leilão? Para participar do leilão apresentando um lance, o interessado precisa seguir os seguintes passos: entre 25 de outubro e 1° de novembro, observando os horários estabelecidos pela Receita, acessar o Sistema de Leilão Eletrônico por meio do Centro Virtual de Atendimento ao Contribuinte (e-CAC); selecionar o edital do leilão em questão, de número 0800100/000005/2024 - SUPERINTENDÊNCIA REGIONAL DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL DA 8ª REGIÃO FISCAL; escolher o lote em que se quer fazer o lance e clicar em "incluir proposta"; aceitar os termos e condições apresentados pelo site da Receita; e incluir o valor proposto (que, necessariamente, deve ser maior do que o valor mínimo estabelecido pela Receita), e salvar.



Dólar inverte e fecha em queda, após falas do Campos Neto e com noticiário internacional no radar; Ibovespa cai


21/10/2024 12:06 - g1.globo.com


A moeda norte-americana caiu 0,14%, cotada a R$ 5,6903. Já o principal índice de ações da bolsa de valores brasileira encerrou com um recuo de 0,115, aos 130.362 pontos. Pixabay O dólar inverteu o sinal positivo visto na primeira metade do pregão e fechou em queda nesta segunda-feira (21). O maior apetite por risco veio após o presidente do Banco Central do Brasil (BC), Roberto Campos Neto, voltar a reforçar a importância das medidas fiscais para um afrouxamento da política monetária brasileira. Investidores ainda repercutiram os novos dados trazidos pelo Boletim Focus — relatório que reúne as projeções dos economistas para os principais indicadores econômicos do país —, que elevou a expectativa de inflação neste ano para 4,5%, no limite da meta. No exterior, notícias sobre a economia chinesa continuaram no radar do mercado, após o governo local ter reduzido mais uma vez suas taxas de juros. Outras divulgações marcadas para esta semana no Brasil e no mundo também devem ficar nos holofotes ao longo desta semana. O Ibovespa, principal índice acionário da bolsa de valores brasileira, encerrou em queda. Veja abaixo o resumo dos mercados. MOTIVOS: Ibovespa tem melhor mês desde novembro, mas dólar não segue o entusiasmo DÓLAR: Qual o melhor momento para comprar a moeda? Dólar Ao final da sessão, o dólar recuou 0,14%, cotado a R$ 5,6903. Na máxima do dia, chegou a R$ 5,7351. Veja mais cotações. Com o resultado, acumulou: recuo de 0,14% na semana; avanço de 4,47% no mês; ganho de 17,27% no ano. Na última sexta-feira (18), a moeda norte-americana subiu 0,68%, a R$ 5,6983. O Ibovespa Já o ibovespa encerrou com um recuo de 0,11%, aos 130.362 pontos. Com o resultado, acumulou: queda de 0,11% na semana; perdas de 1,10% no mês; recuo de 2,85% no ano. Na sexta, o índice caiu 0,22%, aos 130.499 pontos. O que está mexendo com os mercados? A participação do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, em um evento da Investment Association, em São Paulo, ficou na mira dos investidores nesta segunda-feira. Durante o evento, o banqueiro central voltou a reforçar que a adoção de metas fiscais pelo governo é importante para que a instituição consiga baixar os juros, destacando que pessoas estão questionando a transparência das contas públicas e que uma percepção de choque fiscal pode gerar impacto positivo sobre as avaliações do mercado. "Estavam falando sobre reforma administrativa, havia uma expectativa de que depois das eleições nós veríamos algumas medidas. Isso é muito importante para nós no Banco Central podermos baixar as taxas de forma sustentável", disse Campos Neto. "Nossa missão é atingir a meta de inflação, e é muito difícil fazer isso quando há uma percepção de que o fiscal não está ancorado", completou o banqueiro central. Campos Neto ainda falou que o mercado de crédito segue expandindo em concessões e com reduções de taxas e disse que o mercado de trabalho apertado pode trazer preocupações para a inflação e, consequentemente, para a condução dos juros. As falas do presidente do BC vêm apenas duas semanas antes da próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) e aumentam a pressão sobre o governo em relação às contas públicas. LEIA MAIS Haddad diz que pode revisar alta do PIB mais uma vez, e que reforma sobre a renda pode ficar para 2025 Na agenda, o mercado ainda repercutiu a nova edição do Boletim Focus, que mostrou uma nova alta nas expectativas de inflação do mercado financeiro para este ano. A previsão foi de 4,39% na semana passada para 4,50% nesta segunda-feira, na 3ª alta consecutiva das projeções. A meta de inflação do BC para 2024 é de 3%, e para ser considerada formalmente cumprida deve ficar em um intervalo entre 1,50% e 4,50%, no máximo. Assim, se as expectativas do mercado se concretizarem, a inflação pode encerrar o ano no limite da meta. Vale lembrar que novos dados de inflação são esperados para esta semana e também devem ficar no radar dos investidores. Também houve um aumento nas projeções para o PIB brasileira neste ano. Agora, o Focus apresenta uma estimativa de crescimento de 3,05% para a economia. Enquanto isso, a taxa de câmbio esperada até o final do ano é de R$ 5,42. A projeção para a Selic, taxa básica de juros da economia, permaneceu inalterada, em 11,75% ao ano. Hoje, os juros estão em 10,75%, depois do BC iniciar um novo ciclo de altas em sua última reunião, em setembro. O mercado espera novas altas, à medida que a economia brasileira mostra um crescimento acima do esperado, o que pode pressionar a inflação pelo lado da demanda. Cenário Internacional Já no exterior, o Banco Popular da China (PBoC) voltou a reduzir suas taxas de juros, para tentar estimular a economia enfraquecida do país. Na semana passada, o resultado do PIB mostrou que o país está desacelerando. A segunda maior economia do mundo cresceu 4,6% no segundo trimestre em relação ao mesmo período do ano passado. Apesar do avanço, foi menor do que o registrado no segundo trimestre, quando o crescimento foi de 4,7%, abaixo do que previa a maioria dos economistas. Na tentativa de reverter esse cenário, o BC chinês cortou as taxas básicas de juros (LPR), que é a referência para a maioria dos empréstimos no país, em 0,25 ponto percentual, em linha com o que o Governador Pan Gongsheng (autoridade do banco) já havia sinalizado. Em relatório, analistas da XP Investimentos destacam que Gongsheng também pode reduzir a porcentagem de reservas obrigatórias para os bancos comerciais no quarto trimestre. "Recentemente, o PBoC e o Ministério da Habitação introduziram uma série de medidas para aliviar os encargos financeiros dos proprietários e recuperar a confiança do público". "Em setembro, o banco central da China iniciou as suas medidas de estímulo mais agressivas desde a pandemia, incluindo medidas para apoiar o setor imobiliário em dificuldades e impulsionar o consumo. Estas medidas deverão impulsionar a atividade no curto prazo, embora a recuperação econômica continue lenta", destaca a XP. VEJA MAIS: China aposta em megapacote econômico para PIB chegar aos 5%; saiba quais os reflexos para o Brasil Ainda no cenário internacional, o mercado também segue de olho na corrida presidencial norte-americana e no desenrolar do conflito no Oriente Médio. Na semana, a expectativa é pela divulgação de novos dados de atividade econômica nos EUA e balanços corporativos de gigantes de tecnologia. O evento semestral do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial, que reúnem autoridades políticas e econômicas do mundo inteiro para discutir questões atuais, também deve ser monitorado pelos investidores.



Boletim Focus: mercado eleva expectativa de inflação em 2024 para 4,5%, no limite da meta


21/10/2024 11:39 - g1.globo.com


Há uma semana, economistas esperavam que inflação fechasse o acumulado do ano em 4,39%. Meta é de 3% ao ano, mas é considerada cumprida em intervalo entre 1,5% e 4,5%. O mercado financeiro elevou a expectativa de inflação para 4,5% em 2024 --no limite da meta estabelecida pelo governo. Os dados constam no "Boletim Focus" do Banco Central, divulgado nesta segunda-feira (21). Na última semana, os economistas previam uma inflação de 4,39% no ano. A alta nesta segunda (21) segue a trajetória de aumento das expectativas do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) pelo mercado financeiro. A meta do governo para a inflação em 2024 é de 3%, podendo variar 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Dessa forma, a estimativa de 4,5% está no limite da meta. Análise: O que esperar da inflação no Brasil?  O Boletim Focus é um relatório do Banco Central, que divulga as expectativas das instituições financeiras para os principais indicadores do mercado, como inflação e crescimento econômico. Em setembro, o Banco Central revisou a sua própria estimativa para o ano. Segundo o BC, o IPCA deve fechar 2024 em 4,3% -- também próximo do limite da meta de inflação. O Banco Central usa a taxa básica de juros da economia, a Selic, como um instrumento para calibrar a inflação. Com uma tendência de alta nos preços, os juros também tendem a aumentar. No relatório desta segunda-feira (21), os economistas do mercado financeiro mantiveram a expectativa de juros em 11,75% ao fim de 2024. Hoje, a Selic está em 10,75%. No início de novembro, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central se reúne para deliberar sobre a taxa de juros. Demais indicadores O mercado financeiro também elevou a estimativa de crescimento econômico neste ano, de 3,01% para 3,05% de alta no Produto Interno Bruto (PIB ). Veja os demais indicadores: Câmbio: o dólar deve fechar 2024 a R$ 5,42, segundo o relatório do BC. Na semana passada, a expectativa era de R$ 5,40; Balança comercial: o saldo entre exportações e importações deve ficar positivo em US$ 78 bilhões no ano. Contudo, houve uma redução nas expectativas: na semana passada, a previsão era de US$ 80 bilhões; Investimento estrangeiro: já a entrada de investimento estrangeiro no país deve ser de US$ 72 bilhões — alta de R$ 1,5 bilhão em relação à semana passada.



Entenda a diferença entre café extraforte, tradicional, gourmet e especial


21/10/2024 08:30 - g1.globo.com


Tipos são classificados por sabor: os mais amargos costumam ser os extrafortes e tradicionais. Já o especial é mais suave e só pode ser feito com grãos de frutos maduros. De onde vem o que eu bebo: o café especial que faz o Brasil ser premiado no exterior Café não é tudo igual. Mas, para começar a entender as diferenças, é importante saber que: a legislação brasileira proíbe que todos os cafés fabricados no país tenham mais de 1% de impurezas (como galhos, folhas e cascas) e matérias estranhas (como sementes de outras plantas, pedras e areia). ☕O único tipo de café que não pode ter nenhuma impureza e/ou matéria estranha é o especial. Além disso, essa bebida só pode ser feita com grãos de frutos maduros (sim, café vem de uma fruta!) e que estejam em perfeito estado: ou seja, não podem estar quebrados, fermentados ou verdes. Já os outros tipos de café, como o extra-forte e o tradicional, além de conter grãos maduros, aceitam a presença de sementes de frutos que não estavam em seu melhor ponto de maturação: como os que foram colhidos antes do tempo, ou os que passaram mais tempo do que o ideal no pé de café. ⚠️Isso não significa que os cafés que não são especiais são ruins ou que fazem mal à saúde. Se eles tiverem um selo da Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic) em sua embalagem, significa que o produto foi certificado quanto à sua qualidade e quanto aos limites aceitáveis de impurezas e matéria estranha. Leia também: País do chá, China descobre o café, e Brasil pega carona em 'hype' que tem até delivery por drones Café a R$ 40 o quilo: como a seca histórica está ajudando a deixar o produto mais caro Café é a 2ª bebida consumida pelos brasileiros depois da água. Marcos Serra Lima ☕ Amargo X suave Por ser feito com grãos maduros, o café especial é uma bebida mais suave, doce e limpa. Já o extraforte e o tradicional são bem amargos porque a indústria faz uma torra forte desses grãos para disfarçar os defeitos. Já os cafés "gourmet" e "superior" são intermediários entre os tipos acima. Eles são menos amargos que os extrafortes e tradicionais, mas não tão suaves e doces quanto os especiais. (entenda melhor abaixo). Passada essa primeira parte, vamos aprofundar... ⬇️ O Brasil tem, hoje, duas instituições que certificam a qualidade dos cafés: a Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic), que certifica os tipos extraforte, tradicional, superior, gourmet e especial. e a Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA), que só classifica o café especial. Selo da Abic Selo da Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic) Divulgação Para classificar um café como extraforte, tradicional, superior, gourmet ou especial, a Abic faz uma avaliação sensorial da bebida. Ou seja, degustadores profissionais avaliam o produto de acordo com o seu aroma, acidez, corpo, adstringência, amargor, além da fragrância do pó. A partir dessa análise, a Abic faz a seguinte classificação: Extraforte Amargor: alto; Doçura: baixa a muito baixa; Acidez: baixa a muito baixa; Notas sensoriais: pode apresentar aromas moderados a fortes de tostado, especiarias, chocolate, madeira e herbal, não necessariamente todos juntos. Tradicional Amargor: alto; Doçura: baixa a muito baixa; Acidez: baixa a muito baixa; Notas sensoriais: pode apresentar aromas moderados a fortes de tostado, especiarias, chocolate, madeira e herbal, não necessariamente todos juntos. Superior Amargor: equilibrado a baixo; Doçura: equilibrada a baixa; Acidez: equilibrada a baixa; Notas sensoriais: pode apresentar aromas de caramelo, cereal, tostado, amendoado, chocolate, leve frutado, especiarias, amadeirado (cedro, carvalho), não necessariamente todos juntos. Gourmet Amargor: baixo; Doçura: equilibrada a alta; Acidez: equilibrada a alta; Notas sensoriais: pode apresentar aromas leves de florais e frutados, e mais intensos de caramelo, mel, amêndoas, não necessariamente todos juntos e obrigatórios, mas de intensidade alta e perceptível. Especial Além de ter o selo da Abic, o café especial é certificado, antes, pela Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA), explica Vinicius Estrela, que é diretor-executivo da BSCA. A entidade é responsável por atestar a qualidade dos grãos antes deles serem torrados. Lembra que o especial não pode ter nenhum grão com defeito? É a BSCA que dá essa certificação (entenda no próximo tópico). Amargor: muito baixo; Doçura: alta a muito alta; Qualidade da Acidez: alta a muito alta; Notas sensoriais: pode apresentar aromas intensos, frutados, florais, baunilha e até levemente alcoólico e especiarias, não necessariamente todos juntos e obrigatórios, mas de intensidade alta e perceptível. ➡️Todos os tipos acima podem ser feitos com cafés arábica, canéfora ou uma mistura das duas espécies. ➡️Para ter a certificação, as indústrias de café são auditadas pela Abic quanto às boas práticas de fabricação do produto. Selo BSCA Exemplo de um selo da BSCA Divulgação Antes de fazer a análise sensorial, a Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA) envia amostras de grãos de cafés para laboratórios para garantir que a colheita que veio do campo não tem nenhuma imperfeição. Esse laboratório vai analisar o grão de acordo com o seu tipo, cor, aspecto, peneira e torra. Se passar no teste, ele segue para a análise sensorial, que vai avaliar a doçura, acidez, o corpo e sabor da bebida com notas de 0 a 100. Somente as bebidas acima de 80 pontos são consideradas especiais. A gradação de 80 a 100 pontos é mais complexa de entender. Abaixo, o diretor-executivo da BSCA, Vinicius Estrela, dá alguns exemplos. Cafés de 80 a 84 pontos "Esses cafés apresentam doçura, uma uniformidade no sabor e algum atributo sensorial mais marcante, como, por exemplo, o de chocolate", diz Estrela. Cafés de 87 a 89 pontos Nessas bebidas, o degustador vai sentir mais de um ou dois sabores. "É um café com mais complexidade. Você vai conseguir sentir, por exemplo, [sabor de] chocolate, rapadura, fruta vermelha...ela vai ter muito mais descritores do que os cafés de 80 a 84 pontos", acrescenta Estrela. Cafés acima de 90 Apresentam algum sabor único ou raro. "Ou ele vai ter uma finalização super-rara. Por exemplo: você toma o café, e ele se comporta de um jeito na sua boca e, depois de 23 segundos, aparece um outro sabor", exemplifica Estrela. ➡️Por fim: os cafés especiais também podem ser feitos com grãos arábica, canéfora ou uma mistura das duas espécies.



Alta dos preços dos imóveis limita poder de compra e empurra classe média para apartamentos menores; entenda


21/10/2024 08:03 - g1.globo.com


Recomposição de preços vista no setor imobiliário é puxada pelo aumento dos custos de construção, e tem moldado novos perfis e demandas pelo país. Foto de PhotoMIX Company Dois ou três quartos, com uma ou mais suítes. Sala, cozinha, banheiro e uma — se der sorte, duas — vagas na garagem. Mesmo com o aumento de lançamentos e a volta do crescimento no setor imobiliário, o perfil dos chamados “apartamentos intermediários”, aqueles que têm metragens acima de 45m² e abaixo de 100m², tem mudado pelo país. Parte desse cenário é explicado pelo aumento dos preços, puxado por uma recomposição de custos que perdura no setor desde o ano passado, e que tem limitado o poder de compra da classe média, principal público desse tipo de imóvel. Além disso, segundo especialistas consultados pelo g1, isso também explica a outra mudança que tem acontecido no mercado: a maior demanda por apartamentos menores. Isso porque em meio ao alto custo dos imóveis, uma parcela maior de famílias da classe média acaba optando por metragens menores — e, consequentemente, mais baratas. As incorporadoras, por sua vez, também passam por um processo contínuo de adaptação para atender as demandas desse público, que exigem novas tecnologias e diferenciais no condomínio. Entenda nesta reportagem qual o atual cenário do mercado imobiliário no país, e como isso tem afetado a oferta e a demanda pelos apartamentos intermediários. LEIA MAIS Financiamento de imóveis pela Caixa: entenda o que muda e quando muda Veja como pedir o financiamento imobiliário, e saiba o que pode facilitar a aprovação Portabilidade do financiamento imobiliário: entenda o que é e como fazer Caixa muda regras para financiamento de imóveis O atual cenário do mercado imobiliário no Brasil Depois de ter registrado uma melhora nas vendas ao longo do ano passado, o mercado imobiliário segue aquecido em 2024. Dados da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), por exemplo, indicam que o setor totalizou 149.487 lançamentos no primeiro semestre deste ano, um aumento de 5,7% em relação aos primeiros seis meses de 2023. As vendas do segmento não ficam para trás, com 180.162 unidades residenciais vendidas no período, alta de 15,2% na mesma base de comparação. E esse cenário também é corroborado pelos dados de financiamentos imobiliários: de acordo com informações da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), o volume de créditos cedidos com recursos do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) somou R$ 18,4 bilhões em agosto deste ano, no melhor patamar para o mês desde 2021. O movimento, segundo especialistas, vem na esteira do desempenho econômico melhor do que o esperado — com um crescimento maior do que o projetado para o Produto Interno Bruto (PIB) e um mercado de trabalho aquecido no país. Aumento de preços e adaptação do mercado Outra característica marcante do atual período para o mercado imobiliário tem sido o aumento de preços dos imóveis, que, por sua vez, é puxado pela alta do custo de construção. Dados do Índice Nacional de Custos da Construção, divulgado mensalmente pelo Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getulio Vargas (FGV), mostram que o indicador registrou uma alta de 0,61% em setembro, já tendo acumulado um avanço de 5,23% em 12 meses. Nesse sentido, ainda que o mercado de trabalho aquecido tenha reduzido os níveis de desemprego e melhorado os indicadores de rendimento real do país, a percepção do mercado é que a recuperação dos salários ainda é insuficiente para acompanhar o aumento dos preços dos empreendimentos. Segundo a diretora-geral de incorporação e vendas da MPD Engenharia, Débora Bertini, ao mesmo tempo em que o setor imobiliário continua a receber uma demanda pelos apartamentos intermediários, há um esforço do segmento para readequar as demandas recebidas para a realidade financeira das famílias. “Não adianta a gente só acertar o produto, também temos que pensar na modelagem financeira para as pessoas conseguirem adquirir essas unidades. Precisamos nos adaptar para desenhar o melhor fluxo financeiro para cada comprador”, explica a executiva. Ainda de acordo com os especialistas, esse movimento também explica a adaptação do mercado em oferecer um volume maior de apartamentos menores e com outros diferenciais. (entenda mais abaixo) Para o vice-presidente do Secovi-DF, Rogério Oliveira, o poder aquisitivo da classe média — que é o principal público comprador dos apartamentos intermediários — não acompanhou a elevação de preços, e tem pressionado essas pessoas a buscarem alternativas. “Essa perda do poder de compra está empurrando as pessoas que compravam imóveis de médio padrão para apartamentos mais econômicos. E a consequência é a tendência de as construtoras também buscarem mais lançamentos nesse segmento”, diz. Preferência por metragens menores e diferenciais no condomínio Ainda que os indicadores de lançamentos e vendas mostrem um aumento na maioria das metragens, incluindo aqueles imóveis entre 45m² e 100m², a leitura dos especialistas é que há uma preferência por apartamentos menores, tanto do lado da oferta quanto do lado da demanda. Dados do Secovi-SP, por exemplo, indicaram que enquanto foram lançadas 1.123 unidades com faixa de área útil entre 45m² e 130m² em agosto deste ano, o lançamento de imóveis com metragens menores do que 45m² totalizou 7.805 unidades — mais do que o quíntuplo. Parte desse crescimento reflete as mudanças recentes vistas no programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV), que aumentaram subsídios, reduziram juros e subiram o valor máximo do imóvel que pode ser comprado. Esses empreendimentos ainda costumam ter um maior número de unidades, o que ajuda a explicar a alta significativa de imóveis disponíveis no segmento. O presidente do Secovi-SP, Ely Wertheim, explica ainda que, especificamente em São Paulo, também pesa o antigo plano diretor da cidade, que determinava que prédios precisam, no entorno de linhas de transporte público, ser mais altos, ter apartamentos menores (de até 50m²) e, no máximo, uma vaga de garagem por unidade. “A legislação do plano diretor [anterior] penalizava a construção e a demanda dessas unidades [maiores]. E não dá para fabricar algo que o público não compra”, diz. Ainda assim, para o mercado, a preferência por apartamentos menores e bem localizados é uma tendência, e não é algo exclusivo da capital paulista. “O conceito de imóveis menores, bem localizados e atualizados é uma forte realidade do mercado imobiliário hoje. Esses empreendimentos costumam ter maior praticidade, menor custo condominial e bastante tecnologia”, afirma o vice-presidente do Secovi Rio, Leonardo Schneider. Nesse caso, mesmo com metragens menores, esses apartamentos ainda são considerados de médio e alto padrão, exatamente por conta dos diferenciais que oferecem — que vão desde lavanderias coletivas e espaços para coworking, até mercados dentro do condomínio e aplicativos inteligentes. Caixa Econômica altera regras para financiamento de imóveis; entenda O que esperar à frente? Ainda que a principal tendência seja a demanda por apartamentos menores, especialistas dizem que os diferenciais têm sido cada vez mais incorporados às demandas do consumidor, e já fazem parte de lançamentos de apartamentos de várias metragens. Esse cenário, dizem, deve ajudar o setor a continuar crescendo em todos os segmentos. “Tirando um pouco da parte financeira, a gente ainda vê uma busca pelos imóveis intermediários, mas com provocações diferentes do que víamos antigamente”, diz Bertini, da MPD. Entre os diferenciais, os especialistas citam: Vagas para carregamento de bicicletas e carros elétricos; Lavanderia coletiva; Espaços de coworking; Espaço de delivery, com elevadores de comida ou área com guarda volumes protegidos com senha, e até geladeiras para recebimento dos pedidos; Diversificação da área de lazer e de pets; Espaços mais abertos e menos compartimentados no desenho dos apartamentos, com opção de depósitos externos para a unidade; entre outros. Para Oliveira, do Secovi-DF, a demanda por apartamentos com metragens maiores e que se enquadrem no médio e alto padrão também deve continuar a crescer, com a procura persistente das famílias de classes e rendas mais altas. No Distrito Federal, por exemplo, que tem uma renda média per capita maior do que a vista no restante do país, do total de lançamentos feitos neste ano até setembro (3.561), a maior parte foram de unidades que têm entre 45,01m² e 100m², com 1.975 imóveis. “São famílias que não precisam de incentivos do governo e que buscam imóveis nos segmentos de médio e alto padrão. Essa também é uma tendência que deve continuar”, completa Oliveira.



'A desigualdade desafia tudo, desafia o contrato fundamental das sociedades', diz Nobel de Economia


20/10/2024 11:49 - g1.globo.com


Coautor de livros aclamados como 'Por que as nações fracassam', o economista James A. Robinson conversou com a BBC sobre a América Latina e os desafios globais em torno da desigualdade. O economista e cientista político britânico James A. Robinson foi um dos três vencedores do Prêmio Nobel de Economia de 2024 Universidade de Chicago O economista James A. Robinson, que ganhou na segunda-feira (14/10) o Prêmio Nobel de Economia, ao lado de Daron Acemoglu e Simon Johnson, disse que não esperava por isso. "Estou um pouco em choque", afirmou. Robinson e seus colegas foram reconhecidos por seus estudos empíricos e teóricos para entender as disparidades na prosperidade entre as nações e sua análise da desigualdade. Professor de estudos de conflitos globais e diretor do Instituto Pearson para o Estudo e Resolução de Conflitos Globais da Universidade de Chicago, nos EUA, ele se destacou por sua influente pesquisa sobre a relação entre o poder político, as instituições e a prosperidade. O economista de 64 anos desenvolveu um interesse particular pelo estudo da África Subsaariana e da América Latina. Isso o levou a ministrar cursos na Universidade dos Andes, em Bogotá, entre 1994 e 2022, e a realizar trabalhos de campo em países como Bolívia, Colômbia e Haiti, entre muitos outros. Em parceria com Daron Acemoglu, Robinson publicou livros aclamados, como Origens Econômicas da Ditadura e da Democracia, Por que as nações fracassam: As origens do poder, da prosperidade e da pobreza e O corredor estreito: Estados, sociedades e o destino da liberdade. Robinson conversou com a BBC News Mundo, serviço de notícias em espanhol da BBC, sobre a América Latina e os desafios que a região enfrenta. A Fundação Nobel da Suécia entregou o prêmio a Daron Acemoglu, Simon Johnson e James A. Robinson Getty Images via BBC BBC News Mundo - Parabéns pelo prêmio. Você passou três décadas pesquisando o tema da desigualdade na esfera econômica, mas também social e política. Qual considera a principal contribuição da sua pesquisa? James A. Robinson - A maior parte do nosso trabalho tem se concentrado em tentar entender a desigualdade, tentar entender por que o mundo está dividido entre países que são prósperos e outros que são pobres. Nos perguntamos como surgiu historicamente esta diferença, e como se manteve apesar das enormes consequências para o bem-estar humano. Esse tem sido o foco principal da nossa pesquisa nos últimos 30 anos. Especificamente, tentamos entender como as instituições estabelecem as regras que influenciam a prosperidade e a pobreza em diferentes sociedades. BBC News Mundo - E, nas últimas décadas, a desigualdade melhorou? Houve progresso ou ainda estamos estagnados? Robinson - Observamos grandes melhorias nos níveis de pobreza em algumas partes do mundo, como a China, mas isso não aconteceu em outras regiões, como a África Subsaariana e a América Latina. E em países como os Estados Unidos, vemos ameaças à inclusão social e à prosperidade. Ainda há enormes desafios para a criação de sociedades mais inclusivas, prósperas e democráticas no mundo. Robinson realizou pesquisas na América Latina, em países como Colômbia, Chile e Bolívia Universidade de Chicago BBC News Mundo - Você mencionou a América Latina. Quais são os principais desafios que a região enfrenta atualmente? Robinson - Trabalhei muito na América Latina, em países como Colômbia, Chile e Bolívia. Me parece bastante oportuno que o prêmio seja concedido nestes dias em que se recorda a chegada de Cristóvão Colombo e seu encontro com os povos indígenas latino-americanos. A nossa pesquisa mostra que a pobreza e a desigualdade na América Latina estão profundamente enraizadas no colonialismo, na exploração dos povos indígenas e na existência da escravidão. Essas desigualdades se autorreproduzem de várias maneiras atualmente. A América Latina tem grandes problemas de inclusão, marginalização e exploração. É por isso que é pobre, e ainda está tentando encontrar uma saída. Por outro lado, grande parte do nosso trabalho analisa como os Estados Unidos diferem historicamente desses padrões. BBC News Mundo - Houve algum progresso na região em relação às questões de inclusão social? Robinson - Houve progresso em países como o Chile nas últimas décadas, desde o colapso da ditadura. Podemos pensar na Costa Rica ou em países como a Bolívia no sentido da ascensão dos povos indígenas. Mas outras partes da América Latina seguiram na direção oposta. Pense em países como a Venezuela ou a Argentina, que seguem padrões complicados, ou a Nicarágua e a consolidação de uma autocracia no país. BBC News Mundo - Você vê uma grande ameaça à democracia na América Latina devido à profunda desigualdade que existe na região? Há pesquisas que mostram que as pessoas estão dispostas a sacrificar a democracia em favor de líderes considerados populistas. Robinson - A democracia é um sistema relativamente novo na América Latina. Pense na América Central, que só conseguiu criar sistemas mais democráticos a partir da década de 1990. Um dos problemas é que foram feitas muitas promessas às pessoas na América Latina sobre a democracia, prometeram a elas que seus problemas acabariam e, obviamente, isso não era verdade. A democracia tem sido decepcionante na América Latina, as pessoas se desesperam e buscam outras soluções. É que leva tempo para criar instituições democráticas que trabalhem para mudar a vida das pessoas. Veja o que está acontecendo em El Salvador com o presidente Nayib Bukele. Há um motivo pelo qual as pessoas votam nele. Elas votam nele porque há muita insegurança. Pense no presidente Andrés Manuel López Obrador, estes são tempos difíceis. Mas, por outro lado, pode-se dizer que existe uma verdadeira democracia no México. Essa foi a decisão popular e devemos reconhecer que leva tempo para que a democracia funcione e mude a vida das pessoas. A Colômbia provavelmente teve uma das suas eleições mais democráticas quando o presidente Gustavo Petro chegou ao poder, mas não é fácil, há muitos desafios pela frente. 'Foram feitas muitas promessas às pessoas na América Latina sobre a democracia', diz Robinson Universidade de Chicago BBC News Mundo - Há mais de uma década, você publicou o aclamado livro Por que as nações fracassam. O que mudou nos últimos anos desde que vocês fizeram essa análise? Robinson - Eu vejo o mundo da mesma maneira. No entanto, no prólogo do livro, falamos sobre a "Primavera Árabe" e seu potencial para criar mais inclusão no Oriente Médio. Mas vimos que isso fracassou completamente. Este é um exemplo interessante de como é difícil mudar o mundo no sentido da criação de instituições mais inclusivas. BBC News Mundo - Como você disse, é muito difícil construir um mundo mais inclusivo e reduzir a desigualdade. Qual o melhor caminho para avançar em direção a esse objetivo? Robinson - Trata-se de construir instituições políticas e econômicas mais inclusivas. Este é o problema na América Latina, na África Subsaariana, nos Estados Unidos e em muitos outros lugares. Ainda há muitos elementos do que chamamos de instituições extrativistas, em vez de instituições inclusivas. Nos Estados Unidos, persistem os altos níveis de pobreza, um grande aumento na desigualdade e um declínio na mobilidade social. Eu moro em Chicago, e você vê isso todos os dias. Portanto, trata-se de incluir as pessoas e dar a elas oportunidades na esfera política e econômica. BBC News Mundo - Analisando os desafios que este século nos traz a nível global, o que vem pela frente? Robinson - A desigualdade desafia tudo, desafia o contrato fundamental das sociedades. É muito difícil ter uma sociedade culturalmente democrática quando há níveis enormes de desigualdade. Nobel de Economia vai para pesquisadores que estudam diferença na prosperidade das nações; Bruno Carazza comenta



Pesquisadores estudam novas espécies de insetos e como eles podem afetar as lavouras com doenças


20/10/2024 11:00 - g1.globo.com


A Secretaria de Agricultura do Espírito Santo investiu mais de R$ 1 milhão para pesquisadores realizarem estudos práticos no campo e ajudarem produtores a lidar com novas pragas nas lavouras de café. Produtores do Incaper estudam como novas pragas e insetos podem afetar lavouras de café Pesquisadores do Espírito Santo descobriram novas espécies de insetos que podem causar danos às lavouras de café. Estudos práticos tentam entender como elas podem provocar doenças e disseminar pragas nas plantações, o que levaria prejuízo ao campo. Essas descobertas recentes, junto com outras doenças já conhecidas dos agricultores, como o cancro dos ramos e o verme do solo, ainda geram dúvidas sobre a forma adequada de proteger as lavouras. 📲 Clique aqui para seguir o canal do g1 ES no WhatsApp Por isso, pesquisadores do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper) querem entender qual é o potencial risco que os insetos podem oferecer para os produtores. "A Secretaria de Agricultura do estado aportou no Incaper, na Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) e no Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes) um quantitativo de mais de R$ 1 milhão para fazer pesquisas práticas aplicadas a solução em um curto espaço de tempo para o produtor. Então, a gente está nesse trabalho agora, de pesquisas. De imediato, não temos respostas como controlar, mas temos sugestões de evitar disseminação", apontou o o pesquisador do Incaper e doutor em fitopalogia, Inorbert de Melo. Planta de café com cancro dos ramos em produção do Espírito Santo Reprodução/TV Gazeta O cancro dos ramos é um fungo que deixa as folhas do café amareladas e a planta fica com o formato de uma taça. Até mesma a curvatura da folha muda e a casca se rompe. Além do café, as principais plantas hospedeiras são: banana, cacau, algodão, entre outros. A partir desses sintomas, os produtores conseguem identificar a doença que leva à morte da planta. Segundo o pesquisador do Incaper, o cancro dos ramos é o principal desafio fitopatológico que a cafeicultura de conilon já enfrentou. "É uma doença recente no estado, ou seja, a gente tá no início de estudos. Ela mostra sintomas bem típicos em clones suscetíveis. Todos os clones vão manifestar a doença? Não, apenas alguns. Mas quando manifesta, alguns sintomas são bem típicos. A folha começa a ficar retorcida no sentido que você consegue ver a parte debaixo dela. Numa folha sadia você olha de qualquer ângulo e não vê a parte debaixo. A planta também começa a ficar amarelada com sintomas de deficiência nutricional", destacou o pesquisador. Já o verme de solo, seus principais sintomas estão na raiz, que ficam mais grossas e expõem todas as células, o que prejudica o desenvolvimento da planta e danifica o solo. Verme do solo encontrado em produção de café no Espírito Santo Reprodução/TV Gazeta O pesquisador pontuou também que uma vez que o solo é infestado com esse verme, nunca mais ele vai conseguir retirar esse verme do local. Será preciso aprender a conviver com ele. "Para ter certeza que é nematoide, obrigatoriamente o produtor vai ter que olhar as raízes da planta. No Espírito Santo existem duas espécies que são mais agressivas aos cafeeiros no Brasil. Essas duas espécies já estão presentes no estado. Para ter certeza que aquela planta está morrendo e o problema é nematoide, o produtor precisa olhar para ver se tem raízes grossas ou raízes absorventes, que são raízes mais finas que também começam a apresentar pequenos engrossamentos", disse. Além dessas doenças que surgiram nas plantações de café, pragas ainda sem tratamento preocupam produtores. Uma delas é a broca de ramo, um besouro que faz um furo que impede a passagem de nutrientes e água. "A gente conhece o inseto, sabe como é o comportamento dele, mas a gente não tem ainda uma indicação de manejo", explicou o pesquisador do Incaper e doutor em entomologia, Renan Queiroz. Broca do ramo em plantação de café no Espírito Santo Reprodução/TV Gazeta Tem ainda a cochonilha branca de calda, um inseto sugador que impede o desenvolvimento da planta. "O nome cauda vem porque no final do corpo do inseto tem dois apêndices, como se fossem duas antenas. Então, é muito fácil do produtor identificar. A colchonilha é sugador de seiva e, ao sugar a planta, impede o crescimento normal", pontuou o pesquisador. LEIA TAMBÉM: Pesquisa quer descobrir espécies de café que se adaptam em cada região para diminuir perdas por pragas e aumentar a produtividade Seca derruba pela metade a produção de pimenta-do-reino e colheita de café está comprometida no ES Colchonilha branca de cauda em plantação de café no Espírito Santo Reprodução/TV Gazeta Os agrônomos do Incaper explicam que para as novas doenças e pragas, os estudos são recentes e, por isso, o produtor precisa ficar atento aos sinais que a planta dá, com um monitoramento constante. "O produtor tem que ir continuamente e observar se essas pragas estão presentes e qual é o nível que está essa praga. Porque a gente fala mais da colchonilha branca de cauda que a gente teve ano passado. Como o produtor não conhecia, não sabia identificar. E quando o produtor acordou para esse problema, já estava muito grande em várias áreas do Norte do Espírito Santo até o Sul da Bahia", destacou. Outros insetos Seis novas espécies de insetos foram descobertas na Região Serrana do Espírito Santo por pesquisadores do projeto "Entomofauna do Espírito Santo", do Incaper. E acenderam o alerta dos produtores. Até então desconhecidas pela ciência, as espécies de mirídeos (popularmente conhecidos como percevejos) foram coletadas em ambiente de Mata Atlântica, nos municípios de Venda Nova do Imigrante, Domingos Martins e Santa Maria de Jetibá. Pesquisadores descobrem 6 novas espécies de insetos Divulgação/Incaper Elas foram descritas em artigo científico publicado neste mês, na revista internacional "Zootaxa", editada na Nova Zelândia. Segundo o pesquisador coordenador do estudo, David Martins, as espécies ainda não têm potencial de causar grandes danos à agricultura. Mas como são novas descobertas, mais estudos são necessários para entender o comportamento dos insetos. "Elas são de ocorrência baixa nos ambientes, razão que até então não tinham ainda sido observadas. Por serem raras e só agora terem sido conhecidas, não sabemos as funções que elas desempenham no ambiente. Mas posso afirmar que elas não causam danos às culturas de importância econômica, pois, se assim fosse, elas já teriam sido notadas nos ambientes onde vivem, principalmente, nos agrícolas e florestais. A importância delas é mais ecológica e devem desempenhar alguma função na natureza que ainda desconhecemos. A descoberta dessas espécies pela ciência contribuem para o maior conhecimento da biodiversidade dos ambientes de Mata Atlântica do país e, sobretudo, do Estado do Espírito Santo", afirmou. As novas espécies pertencem a três Subfamílias da Família Miridae: Bryocorinae, Cylapinae e Deraeocorinae. Os mirídeos desempenham papéis essenciais nos ecossistemas, atuando como predadores de insetos, pragas e vetores de viroses. Segundo o pesquisador, a descoberta dessas novas espécies pode ajudar a entender melhor as interações ecológicas e os equilíbrios nos habitats onde foram encontradas. "No âmbito da agricultura, mirídeos predadores têm potencial como agentes de controle biológico de pragas, enquanto os fitófagos podem causar danos a culturas. Algumas espécies podem até transmitir vírus a outras plantas. Mirídeos que se alimentam de pulgões, por exemplo, ajudam a proteger plantas cultivadas. Estudos aprofundados sobre essas novas espécies podem levar ao desenvolvimento de estratégias agrícolas mais eficazes e sustentáveis”, avaliou Martins. Além disso, vários mirídeos são sensíveis a mudanças ambientais, servindo como bioindicadores. A presença ou ausência dessas novas espécies pode refletir a qualidade do ambiente e as mudanças nos ecossistemas locais. VÍDEOS: tudo sobre o Espírito Santo Veja o plantão de últimas notícias do g1 Espírito Santo



Charretes e carroças resistem e ainda fazem sucesso


20/10/2024 10:30 - g1.globo.com


Veículo acompanhou a história e mantém viva a tradição do homem do campo. Charretes e carroças resistem e ainda fazem sucesso Reprodução/TV TEM A charrete é um dos transportes mais antigos que existem. Com ela, a história percorreu estradas e ruas em cidades e, principalmente, no campo — onde até hoje exerce uma função fundamental. 📲 Participe do canal do g1 Sorocaba e Jundiaí no WhatsApp Em Urânia (SP), um casal mantém viva a tradição de ir até a cidade sobre o banco do veículo puxado pela força animal. João Geromine e Neusa Lacerda são moradores do sítio e produzem café, queijos, leite e ovos. Eles levam para a cidade, mas não vão de carro nem de ônibus: vão na charrete. A rotina de ir até a cidade é feita há 40 anos pelo casal. Antes de ter a charrete, o trajeto era feito a pé. “Ela facilitou bastante. Seja chuva, sol ou frio, a gente nunca deixou de ir para a cidade”, comenta Neusa. As peças de uma charrete são milimetricamente feitas para que funcionem perfeitamente nas estradas. De acordo com o dono de uma oficina que fabrica este tipo de veículo, Artur Pigari Cruz, a charrete é um meio de locomoção que possui adeptos dentro e fora do Brasil. “A indústria atualmente produz as charretes que são para passeio rural, para passeio no campo; as carroças que são para trabalho; e os trolés, que são com capota e quatro rodas, mais específicos para hotel fazenda, desfiles e cavalgadas. A gente tem um grande público aqui dentro do estado e principalmente fora do Brasil”, comenta Artur. Veja a reportagem exibida no programa em 20/10/2024: Charretes e carroças resistem e ainda fazem sucesso VÍDEOS: veja as reportagens do Nosso Campo Acesse + TV TEM | Programação | Vídeos | Redes sociais Confira as últimas notícias do Nosso Campo



Receita Nosso Campo: aprenda a fazer um enroladinho de berinjela


20/10/2024 10:30 - g1.globo.com


O Nosso Campo deste domingo (20) ensina a preparar um delicioso enroladinho de berinjela. Saiba como fazer. Aprenda a fazer um enroladinho de berinjela Reprodução/TV TEM O Nosso Campo deste domingo (20) ensina a preparar uma deliciosa receita de enroladinho de berinjela. Saiba como fazer: Aprenda a fazer um enroladinho de berinjela 📲 Participe do canal do g1 Sorocaba e Jundiaí no WhatsApp Ingredientes: 2 berinjelas; 2 cebolas médias picada em cubinhos; 4 tomates italianos grandes; 200 ml de azeite; Sal; Pimenta do reino; ½ xícara de manjericão picado; ½ xícara de hortelã; 1 xícara de uva passa; 10 fatias de pão de forma picado; Queijo parmesão ralado. Modo de preparo: Primeiro, lave bem as berinjelas. Depois , fatie-as de cima para baixo, mantendo um padrão nem muito grosso nem muito fino. Em seguida, aqueça uma panela ou frigideira com um fio de azeite e coloque as berinjelas para selar; Adicione mais um fio de azeite e junte a cebola picada até que ela fique transparente. Coloque os tomates, um pouco de pimenta e sal, deixando o tomate murchar. Acrescente também um pouco de manjericão e reserve; Em uma vasilha, misture o pão picado, as uvas passas, um pouco de manjericão e a hortelã, sempre misturando com as mãos e apertando. Adicione também um pouco de azeite para umidificar o pão, além de pimenta-do-reino e sal a gosto; Depois disso, pegue uma forma retangular e passe azeite no fundo. Pegue uma fatia de berinjela e, com uma colher, coloque um pouco do recheio feito com o pão em uma das extremidades da fatia. Vá enrolando e repita isso com todas as fatias; Por fim, coloque-as na forma e cubra com o recheio de tomate, garantindo que todas as fatias estejam cobertas. Acrescente o restante do parmesão e manjericão; Leve ao forno por cerca de 10 a 15 minutos a 240º e sirva em seguida. Bom apetite! VÍDEOS: veja as reportagens do Nosso Campo Acesse + TV TEM | Programação | Vídeos | Redes sociais Confira as últimas notícias do Nosso Campo



Procura por tuias aumenta perto do fim do ano


20/10/2024 10:30 - g1.globo.com


Seja pequena ou grande, o uso da planta como árvore de Natal garante aos produtores um aumento da renda nos últimos meses do ano. Procura por tuias aumenta perto do fim do ano Reprodução/TV TEM Faltam pouco mais de dois meses para as festas de fim de ano, o que indica que estamos entrando na época das tuias – plantas rústicas, muitas vezes chamadas de “pinheirinhos", e que são bastante procuradas para a decoração de Natal. 📲 Participe do canal do g1 Sorocaba e Jundiaí no WhatsApp A tuia é rústica, bonita e possui cheiro marcante. Tolerar seu plantio em vasos favorece a utilização em um número maior de projetos de paisagismo. Embora seja originária de temperaturas frias, ela se adapta bem às condições do Brasil. Quando o final do ano se aproxima, a demanda por essas plantas aumenta e, se há um lugar conhecido pela produção de tuias, é o município de Herculândia (SP). A cidade conta com muitos viveiros, e os produtores sempre se preparam para os últimos meses do ano. As tuias maiores podem enfeitar entradas de fazendas e demais propriedades, enquanto as menores podem decorar jardins e o interior de casas. De uma forma ou de outra, é o uso da planta como árvore de Natal que garante aos produtores o aumento da renda nesta época. Existem vários tipos de tuias, como a Holandesa, o Cipestre Italiano (Toscano) e a Kaizuka, por exemplo. Elas podem chegar a 12 metros de altura e, para atingirem determinados tamanhos, leva tempo. Para grandes resultados, a espera pode chegar a até oito anos. No entanto, seu cultivo não exige muitos cuidados, o que é um ponto bem considerado para aqueles que desejam investir em uma árvore natalina natural. Nos viveiros de Herculândia, a produção de tuias enfrentou a estiagem nos últimos meses. O fornecimento artificial de água encareceu a produção, e o preço das plantas aumentou. Em alguns casos, chegou a ficar 20% mais cara em relação ao ano passado. Uma das variedades mais vendidas é a Tuia-Holandesa, que não cresce tanto como outras e, por isso, é muito usada como decoração interna. Após as festas natalinas, as mudas ainda podem ser reaproveitadas, tanto dentro de um vaso quanto diretamente no solo. Veja a reportagem exibida no programa em 20/10/2024: Procura por tuias aumenta perto do fim do ano VÍDEOS: veja as reportagens do Nosso Campo Acesse + TV TEM | Programação | Vídeos | Redes sociais Confira as últimas notícias do Nosso Campo



Arrendar é saída para quem quer produzir sem ser dono de terra


20/10/2024 10:30 - g1.globo.com


Arrendamento pode ser uma solução econômica aos que estão começando no ramo da agricultura. Na região de Araçatuba (SP), o procedimento é feito entre uma usina e um plantador de cana-de-açúcar. Arrendamento de terra pode ser pontapé na agricultura TV TEM/Reprodução Ter um pedaço de terra como propriedade pode ser um pontapé maior àqueles que estão procurando um começo no ramo da agricultura. No entanto, os terrenos não custam pouco e, por isso, o arrendamento poder uma solução mais econômica. 📲 Participe do canal do g1 Sorocaba e Jundiaí no WhatsApp Na vida de Claudemir Trevelim, o cultivo da cana-de-açúcar tem sido feito em um local de 1,8 mil hectares, situado na região de Araçatuba (SP). Porém, apenas 5% pertence a ele, enquanto todo o resto, dividido com terceiros, é arrendado para uma usina. "Geralmente, durante o processo, eu levanto a área, conheço seu dono e acertamos o contrato com a usina. Ela faz um repasse da área para mim, enquanto paga o arrendamento para o proprietário. Quando chega na época de cultivo da cana, eles descontam todo o pagamento de renda que ela fez ao dono. O vínculo é direto com a empresa", explica. A responsabilidade de Claudemir é plantar e cuidar do canavial, deixando tudo para a colheita, feita pela usina. Seu lucro é medido por tonelada e, além disso, é descontada uma taxa de 20%, correspondente ao arrendamento feito pela empresa. Veja a reportagem exibida no programa em 20/10/2024: Arrendar é saída para quem quer produzir sem ser dono de terra VÍDEOS: veja as reportagens do Nosso Campo Acesse + TV TEM | Programação | Vídeos | Redes sociais Confira as últimas notícias do Nosso Campo



Nem Messi, nem Neymar: veja quem é o jogador mais bem pago em 2024; ranking


20/10/2024 08:00 - g1.globo.com


Aos 39 anos, Cristiano Ronaldo lidera a lista da revista Forbes pelo 2º ano consecutivo. Dois brasileiros estão entre os 10 atletas com maiores ganhos no mundo. Karim Benzema, Kylian Mbappé, Cristiano Ronaldo, Lionel Messi e Neymar. Reuters Pelo segundo ano consecutivo, Cristiano Ronaldo é o jogador de futebol mais bem pago do planeta, conforme ranking da revista Forbes divulgado nesta semana. O astro de 39 anos deve ganhar, ao longo de 2024, nada menos que US$ 285 milhões (R$ 1,6 bilhão). Só a atuação dele pela equipe saudita Al Nassr irá render US$ 220 milhões (R$ 1,2 bilhão). Os outros US$ 65 milhões (R$ 368 milhões) têm origem fora de campo, o que inclui patrocínios e outros empreendimentos comerciais. Essa é a sexta vez na última década que Cristiano Ronaldo lidera o ranking de atletas de futebol mais bem remunerados da Forbes. (veja os top 10 mais abaixo) LEIA TAMBÉM Zuckerberg desbanca Bezos e se torna o 2º mais rico do mundo em lista da Bloomberg Olimpíadas de Paris: veja os atletas com maiores salários Alice Walton volta a ser a mulher mais rica do mundo; saiba de onde vem a fortuna A segunda posição ficou com um velho conhecido de Cristiano em disputas individuais: Lionel Messi. O craque argentino, que hoje atua pelo Inter Miami na liga norte-americana de futebol (MLS), deve encerrar o ano US$ 135 milhões (R$ 765 milhões) mais rico. Em terceiro, está Neymar. Dono da camisa 10 da seleção brasileira, o jogador da equipe saudita Al Hilal tem ganho estimado em US$ 110 milhões (R$ 623 milhões) em 2024, sendo US$ 80 milhões (R$ 453 milhões) por sua atuação no clube — mesmo há um ano se recuperando de lesão. Quanto ganham os jogadores mais bem pagos do mundo? O outro brasileiro que integra a lista dos dez jogadores mais bem pagos do mundo é Vinicius Jr. O atacante do Real Madrid ocupa a 7ª posição do ranking, enquanto vê sua fortuna crescer US$ 55 milhões (R$ 311,6 milhões) só neste ano. Quando observadas as ligas de futebol, a mais presente no top 10 atletas que mais ganham é a da Arábia Saudita. São quatro astros atuando no país: Cristiano Ronaldo (Al Nassr), Neymar (Al Hilal), Karim Benzema (Al Ittihad) e Sadio Mané (Al Nassr). Veja abaixo a remuneração dos 10 jogadores mais bem pagos do mundo: 1️⃣ Cristiano Ronaldo: US$ 285 milhões Idade: 39 Clube: Al Nassr Nacionalidade: Portugal Em campo: US$ 220 milhões Fora de campo: US$ 65 milhões Cristiano Ronaldo em partida pelo Al Nassr. Reuters 2️⃣ Lionel Messi: US$ 135 milhões Idade: 37 Clube: Inter Miami Nacionalidade: Argentina Em campo: US$ 60 milhões Fora de campo: US$ 75 milhões Lionel Messi em partida pela seleção da Argentina. Reuters 3️⃣ Neymar: US$ 110 milhões Idade: 32 Clube: Al Hilal Nacionalidade: Brasil Em campo: US$ 80 milhões Fora de campo: US$ 30 milhões Neymar é apresentado no Al-Hilal antes de jogo de estreia, em 19 de agosto de 2023 Ahmed Yosri/Reuters 4️⃣ Karim Benzema: US$ 104 milhões Idade: 36 Clube: Al Ittihad Nacionalidade: França Em campo: US$ 100 milhões Fora de campo: US$ 4 milhões Karim Benzema em partida pelo Al Ittihad. Reuters 5️⃣ Kylian Mbappé: US$ 90 milhões Idade: 25 Clube: Real Madrid Nacionalidade: França Em campo: US$ 70 milhões Fora de campo: US$ 20 milhões Kylian Mbappé em partida pelo Real Madrid. Reuters 6️⃣ Erling Haaland: US$ 60 milhões Idade: 24 Clube: Manchester City Nacionalidade: Noruega Em campo: US$ 46 milhões Fora de campo: US$ 14 milhões Haaland em partida do Manchester City. Molly Darlington/Reuters 7️⃣ Vinicius Jr.: US$ 55 milhões Idade: 24 Clube: Real Madrid Nacionalidade: Brasil Em campo: US$ 40 milhões Fora de campo: US$ 15 milhões Vini Jr. em partida pelo Real Madrid. Molly Darlington/Reuters 8️⃣ Mohamed Salah: US$ 53 milhões Idade: 32 Clube: Liverpool Nacionalidade: Egito Em campo: US$ 35 milhões Fora de campo: US$ 18 milhões Mohamed Salah em partida pelo Liverpool. Reuters 9️⃣ Sadio Mané: US$ 52 milhões Idade: 32 Clube: Al Nassr Nacionalidade: Senegal Em campo: US$ 48 milhões Fora de campo: US$ 4 milhões Sadio Mané em partida pelo Al Nassr. Reuters 🔟 Kevin De Bruyne: US$ 39 milhões Idade: 33 Clube: Manchester City Nacionalidade: Bélgica Em campo: US$ 35 milhões Fora de campo: US$ 4 milhões Kevin De Bruyne em partida pelo Manchester City. Reuters



Mulheres que andam de moto dobram em 20 anos, mas os velhos perrengues persistem; veja relatos


20/10/2024 08:00 - g1.globo.com


Elas relatam problemas com assédio e machismo enquanto estão de moto, mas todas as entrevistadas afirmam que a paixão pelas duas rodas alimenta o prazer de pilotar. Tatiana Moura (esq.) e Bruna Baseggio (dir.) andam de moto desde cedo g1 Em setembro, um levantamento feito pela Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran) mostrou que o número de mulheres donas de motos praticamente dobrou nos últimos 20 anos. São 34,2 milhões de motos na base de dados do Registro Nacional de Veículos Automotores (Renavam), das quais 28,4% têm mulheres como suas proprietárias. Ainda que represente menos que um terço da frota, o número é 78,5% maior que o registrado em 2000. O público feminino era de apenas 15,9% dos proprietários de veículos de duas rodas. Os números de habilitações também cresceram. As mulheres passaram de 6,04 milhões de habilitadas na categoria A ou AB para 9,8 milhões entre 2014 e 2024. Os dados de 2024 vão de janeiro a agosto, e podem já estar defasados. Ainda que o número seja maior, velhos problemas persistem: são relatos de assédio, preconceito e agressividade no trânsito, vindos particularmente de homens. O g1 conversou com algumas delas e traz os relatos abaixo. Ter mais mulheres andando de moto no trânsito das cidades, porém, não elimina os problemas que elas enfrentam no dia a dia. Os casos mais comuns são de assédio e desrespeito por parte de motoristas e até outros motociclistas, todos homens. LEIA MAIS Veja quais são as 5 motos mais econômicas do Brasil Veja quais são as 5 motos mais caras do Brasil Pedágio 'Free Flow': como ficam as motos com as novas regras de cobrança automática? 'Você é solteira?' Bruna Baseggio é proprietária da Juma Entregas. Por necessidade profissional, utilizou uma bicicleta dos 16 aos 18 anos. Quando chegou à maioridade, trocou o veículo por uma Honda Biz. “Sempre fui apaixonada por motos. Com 17 anos eu ganhei uma Biz e aos 18 tirei minha CNH para fazer entrega de documentos em Rolim de Moura (RO). Depois de um tempo eu fui para a capital (Porto Velho) com minha irmã e passei a fazer as entregas por lá antes de criar minha empresa”, diz Baseggio. A paixão por motos vem também da praticidade, já que as motos tendem a sair na frente dos carros no semáforo e agilizam o trajeto. Desde o início, a Juma Entregas focou em qualquer trabalho que não fosse de alimentos. “Você precisa de mais cuidado, e algumas vezes a pessoa pede a comida, esquece que fez o pedido e vai dormir. Some e nem atende mais o telefone”, aponta. Bruna Baseggio anda de moto desde cedo Bruna Baseggio/arquivo pessoal Em um meio dominado por homens, a empresa viu o número de mulheres na rua crescer durante a pandemia de Covid-19. Sua empresa passou por crescimento expressivo: de 400 entregas diárias, passou para 1 mil chamados. “Nessa época, muitas mulheres se cadastraram para fazer entrega e encontraram outros meios para poder continuar recebendo o dinheiro, que não estava mais vindo”, diz a empresária. “Eu até prefiro cadastrar uma mulher na empresa, por ser mais cuidadosa com as entregas e mais cautelosa na hora de pilotar. O crescimento é recente, dos últimos anos e eu vejo que as meninas acima de 35 anos começaram a pilotar com cada vez mais frequência, até preferindo o trabalho de entrega do que outras profissões”, comenta Bruna. Mas, nas conversas com as entregadoras, notou que ainda há bastante evolução a seguir para que esse seja um mercado mais adequado às mulheres. Os relatos são de clientes que, depois de atendidos, mandaram mensagens às motociclistas com cantadas. "A entregadora vai lá atender e geralmente a ela pega o telefone para ligar, confirmar dados ou endereço. Daí eles [os clientes] começam a mandar mensagem depois como 'oi, e aí, você é casada ou solteira?'", relatou Bruna. 'Preconceito muito grande' “Nós, mulheres, sofremos um preconceito muito grande por sermos motociclistas”, comenta Tatiana Moura, profissional de relações públicas, começou nas duas rodas também cedo. “Sinto muito isso, especialmente quando paro num semáforo, e tem dois ou três homens com suas motos. Eles sempre saem arrancando, e fazendo mais barulho com o motor, apenas para se exibir para a mulher na moto.” Tatiana começou a guiar aos 18 anos, quando tirou sua CNH. Ela conta que passou bastante tempo com motos emprestadas de amigos, do meu irmão mais velho e do namorado. Tinha medo de acidentes nas grandes cidades. Desde então, seu sonho é ter uma Harley-Davidson, e até hoje ela persegue esse objetivo. Tatiana Moura com sua Yamaha Factor 150 Tatiana Moura/arquivo pessoal Hoje, o machismo aparece como desestimulante, e acontece independentemente do tamanho ou potência da motocicleta que está com o homem. Ela ainda aponta que nas cidades maiores, o problema do preconceito é maior. Comenta já ter levado cantada em semáforo e em vias de alta velocidade. “Já teve um homem de moto que parou no semáforo, pediu pra abrir a viseira e viu que eu era mulher. A primeira coisa que ele pediu depois foi meu WhatsApp. É meio escroto, sabe?”, comenta. “Os caras assediam muito. Não dá para entender o motivo, mas a diferença acontece justamente por ser mulher”, relataTatiana. 'Não dá para ser mansa' Daniela Karasawa aponta que a questão dos sexos no trânsito é uma competição de forças contínua. “Na estrada, com carros maiores e caminhões, a situação é complicada. O motorista vê que é uma mulher na moto, com moto pequena, e joga a carreta pra cima”, aponta. “Meu marido fala que sou outra pessoa quando estou dirigindo a moto, ele fala que sou muito brava. É bem isso, mas é mais por autodefesa. Não dá para ser mansa, delicada dirigindo uma moto”, comenta Daniela Beleze Karasawa. A engenheira de dados e software conta que a moto surgiu na sua vida por acaso. “Em 1997 ou 1998, eu participei de um concurso em programa de TV e ganhei uma moto, uma C 100 Dream da Honda. Segui andando por muitos anos com ela”, explica. Mas a falta de segurança fez Daniela rever seus planos, principalmente depois de virar mãe. Atualmente, ela pensa em deixar a moto como um segundo veículo, e deixar a pilotagem para dias de eventos. “Eu tenho uma perspectiva de, assim que meu menino estiver maior, ter uma moto para fazer coisas do dia a dia e até levá-lo para escola”, comenta. "Acho muito legal essa faixa azul em São Paulo. Ela agiliza o corredor e acaba, indiretamente, aliviando essa competição em alguns momentos", diz a engenheira. Niela Mecânica fala sobre o sucesso nas redes sociais Todas vêm mais mulheres de moto As entrevistadas notaram o maior número de mulheres andando de moto, apontado pelo Senatran no levantamento. Para Tatiana Moura, o crescimento é ainda mais visível no interior paulista, onde mora. “Na capital (São Paulo) é muito raro ver uma mulher na moto, e esse cenário não vem mudando muito, mas, no interior, noto quase metade do público sendo feminino. Em São Paulo, sinto que as mulheres são só 10% do público”, aponta. Daniela Karasawa concorda, principalmente pela ampliação de renda que permite as mulheres comprarem suas próprias motos. “Mais mulheres me abordam pela tatuagem que tenho, de um pistão e uma biela no braço. Isso não acontecia anos atrás. De qualquer forma, a gente reconhece mais meninas na rua”, diz a engenheira Daniela. A indústria, óbvio, também não deixou escapar essa tendência. A Honda, por exemplo, que detém 69% do mercado brasileiro de motos, prevê que o público de sua scooter Elite 125 seja composto por 60% de mulheres em todo o Brasil. “A tendência destaca mudanças sociais e culturais, com foco em transporte, lazer e economia. Também reflete a praticidade do uso da motocicleta para deslocamento, como ferramenta de trabalho e o empoderamento feminino, que busca por mais autonomia”, comenta, Marcelo Boaroto, gerente do departamento da Experiência do Cliente da Yamaha. A Yamaha não compartilhou o peso de cada gênero em suas motos, mas comentou que hoje existe um programa de capacitação de mulheres para o mundo das duas rodas, focando na mecânica dos veículos. O nome deste curso é Programa Mecânica Yamaha para Mulheres. “Na primeira edição, foram mais de 800 participantes, em 68 concessionárias, em todo o país. Com isso, as motocicletas se sentem mais seguras e aptas a realizar verificações diárias de uso e desgaste, garantindo mais autonomia e confiança no acompanhamento das manutenções e serviços realizados nas concessionárias Yamaha.”, comenta Boaroto.



Mega-Sena, concurso 2.787: prêmio acumula e vai a R$ 51 milhões


19/10/2024 23:11 - g1.globo.com


Veja os números sorteados: 08 - 10 - 23 - 34 - 36 - 50. Quina teve 90 apostas ganhadoras; cada uma vai levar R$ 48.723,85. Mega-Sena Marcelo Brandt/G1 O sorteio do concurso 2.787 da Mega-Sena foi realizado na noite deste sábado (19), em São Paulo. Nenhuma aposta acertou as seis dezenas, e o prêmio para o próximo sorteio acumulou em R$ 51 milhões. Clique aqui para seguir o canal de Loterias do g1 no WhatsApp Veja os números sorteados: 08 - 10 - 23 - 34 - 36 - 50 5 acertos - 90 apostas ganhadoras: R$ 48.723,85 4 acertos - 6.537 apostas ganhadoras: R$ 958,31 O próximo sorteio da Mega será na terça-feira (22). Mega-Sena, concurso 2.787: resultado Reprodução/TV Globo Entenda como funciona a Mega-Sena e qual a probabilidade de ganhar o prêmio Para apostar na Mega-Sena As apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília), em qualquer lotérica do país ou pela internet, no site da Caixa Econômica Federal – acessível por celular, computador ou outros dispositivos. É necessário fazer um cadastro, ser maior de idade (18 anos ou mais) e preencher o número do cartão de crédito. Probabilidades A probabilidade de vencer em cada concurso varia de acordo com o número de dezenas jogadas e do tipo de aposta realizada. Para a aposta simples, com apenas seis dezenas, que custa R$ 5, a probabilidade de ganhar o prêmio milionário é de 1 em 50.063.860, segundo a Caixa. Já para uma aposta com 15 dezenas (limite máximo), com o preço de R$ 22.522,50, a probabilidade de acertar o prêmio é de 1 em 10.003, ainda segundo a Caixa.



+Milionária, concurso 191: prêmio acumula e vai a R$ 18 milhões


19/10/2024 23:03 - g1.globo.com


Uma aposta que acertou 5 dezenas e 2 trevos vai levar R$ 211.553,20. +Milionária Rafael Leal /g1 O sorteio do concurso 191 da +Milionária foi realizado na noite deste sábado (19), em São Paulo, e nenhuma aposta acertou a combinação de seis dezenas e dois trevos. Com isso, o prêmio para o próximo sorteio acumulou em R$ 18 milhões. Clique aqui para seguir o canal de Loterias do g1 no WhatsApp Veja os números sorteados: Dezenas: 04 - 08 - 27 - 38 - 42 - 46 Trevos: 04 - 06 +Milionária, concurso 191: resultado Reprodução/TV Globo De acordo com a Caixa Econômica Federal, uma aposta que acertou 5 dezenas e 2 trevos vai levar R$ 211.553,20. Os outros ganhadores foram: 5 acertos + 1 ou nenhum trevo - 17 aposta ganhadora: R$ 5.530,80 4 acertos + 2 trevos - 43 apostas ganhadoras: R$ 1.639,95 4 acertos + 1 ou nenhum trevo - 717 apostas ganhadoras: R$ 140,50 3 acertos + 2 trevos - 948 apostas ganhadoras: R$ 50,00 3 acertos + 1 trevo - 8.112 apostas ganhadoras: R$ 24,00 2 acertos + 2 trevos - 6.886 apostas ganhadoras: R$ 12,00 2 acertos + 1 trevo - 62.886 apostas ganhadoras: R$ 6,00 O próximo sorteio da +Milionária será na quarta-feira (23). +Milionária: veja como jogar na loteria da Caixa AaA Sobre a +Milionária As chances de vencer na loteria são ainda menores do que na Mega-Sena tradicional: para levar o prêmio máximo, é preciso acertar seis dezenas e dois “trevos”. (veja no vídeo mais abaixo) O valor de uma aposta simples é de R$ 6. Com ela, o apostador pode escolher 6 números de 50 disponíveis e mais 2 trevos, dentre os seis disponíveis. Para apostas múltiplas, é possível escolher de seis a 12 números e de dois a seis trevos, com preços que chegam a R$ 83,1 mil. A +Milionária teve seu primeiro sorteio em maio de 2022. Na época, a Caixa informou que ela foi a primeira modalidade "a oferecer prêmio mínimo de dois dígitos de milhões". Cada concurso distribui o valor mínimo de R$ 10 milhões. Saiba mais aqui. Além disso, a +Milionária se destaca por ter dez faixas de premiação. São elas: 6 acertos + 2 trevos 6 acertos + 1 ou nenhum trevo 5 acertos + 2 trevos 5 acertos + 1 ou nenhum trevo 4 acertos + 2 trevos 4 acertos + 1 ou nenhum trevo 3 acertos + 2 trevos 3 acertos + 1 trevo 2 acertos + 2 trevos 2 acertos + 1 trevo



CVM acusa oito ex-executivos da Americanas de insider trading


19/10/2024 18:40 - g1.globo.com


Entre os acusados estão o ex-CEO Miguel Gutierrez e a ex-diretora Anna Christina Ramos Saicali, apontados pelo MPF como 1º e 2º escalão do suposto esquema financeiro. Americanas é um dos principais varejistas do país Reuters A Comissão de Valores Mobiliários (CVM), órgão federal responsável pela regulação do mercado de capitais no Brasil, informou nesta sexta-feira (18) que concluiu as investigações sobre o uso indevido de informação privilegiada (insider trading) no mercado financeiro por parte de ex-executivos das Americanas. Segundo a comissão, durante a investigação foram enviados ofícios a corretoras de valores mobiliários solicitando documentos cadastrais de investidores, evidências de transmissões de ordens de compra e venda de ativos de emissão da Americanas S.A., e notas de corretagem. Também foram analisados negócios, e realizadas oitivas de investidores. ➡️ Insider trading ou uso indevido de informação privilegiada: de acordo com o artigo 13 da resolução 44 da Comissão de Valores Imobiliários, que trata desta infração, é vedada a utilização de informação relevante ainda não divulgada, por qualquer pessoa que a ela tenha tido acesso, com a finalidade de auferir vantagem, para si ou para outrem, mediante negociação de valores mobiliários. Com troca de informações e documentos junto ao alto regulador da bolsa de valores (BSM), a investigação chegou a oito ex-gestores das Americanas. São eles: Os diretores estatutários Miguel Gutierrez, Marcio Cruz Meirelles, José Timotheo de Barros e Ana Christina Ramos Saicali; Os diretores-executivos não estatutários Fabio da Silva Abrate, Marcelo da Silva Nunes e João Guerra Neto; Além do superintendente de contabilidade Fellipe Arantes Lourenço Bernardazzi. Miguel Gutierrez é o ex-CEO da empresa. Junto com a ex-diretora Anna Christina Ramos Saicali, a dupla foi apontada pelo Ministério Público Federal como o 1º e 2º escalão, respectivamente, do esquema de fraude fiscal da empresa, descoberto no início do ano passado. (relembre o caso adiante) Ministério Público Federal desenha "hierarquia da fraude" em esquema investigado na Americanas. Ministério Público Federal Gutierrez passou a viver na Espanha desde que o escândalo da Americanas estourou, em janeiro de 2023, e foi preso em Madri em junho deste ano. Acabou sendo solto na audiência de custódia e obrigado a cumprir uma série de obrigações com a Justiça espanhola. Já Anna Saicali embarcou para Portugal em 15 de junho e retornou dias depois, após ter a prisão revogada pela justiça brasileira. Agora, todos eles deverão apresentar suas defesas junto à CVM. Estão em andamento outros dois inquéritos administrativos investigatórios, dois processos administrativos sancionadores (com acusações formuladas) e 10 processos administrativos com procimentos de análise informacional. As investigações fazem parte do desdobramento da força-tarefa criada para investigar as ilegalidades contábeis dentro da rede varejista que entrou com pedido de recuperação judicial em janeiro de 2023 depois que descobriu um rombo contábil de R$ 20 bilhões. LEIA MAIS MPF desenha ‘hierarquia da fraude’ das Americanas; esquema tinha 5 níveis Ex-CEO da Americanas, Miguel Gutierrez pedia documentos por pen drive para se proteger, diz MPF MPF pede extradição de ex-CEO das Americanas Relembre o caso Americanas A gigante varejista Americanas informou um rombo contábil bilionário no dia 11 de janeiro de 2023. Naquele momento, a companhia disse que havia identificado "inconsistências em lançamentos contábeis" nos balanços corporativos no valor de quase R$ 20 bilhões. Sergio Rial, então presidente da empresa e quem assumiu após a saída de Miguel, decidiu deixar o comando do negócio após apenas nove dias no comando. Os investidores — pessoa física e institucionais — iniciaram uma corrida para se desfazer dos papéis. Isso fez com que as ações da companhia despencassem quase 80% em um único dia, e a fuga continuou nos pregões seguintes. Em uma conferência após sua demissão, Rial disse "a primeira grande conclusão é que não estamos falando de um número que está fora do balanço. Só que ele não está registrado de forma apropriada ao longo dos últimos anos", disse. No dia 19 de janeiro, a Americanas pediu a recuperação judicial na Justiça do Rio de Janeiro e teve suas ações retiradas da B3. A primeira versão do plano de recuperação foi apresentada em março, mas a empresa só teve um plano aprovado no último dia 19 de dezembro, exatamente 11 meses depois. A dívida final apresentada no plano foi de mais de R$ 50 bilhões, sendo uma dívida trabalhista de R$ 82,9 milhões e uma fraude de resultado de R$ 25,2 bilhões ao final de 2022.



Quanto mais ardida, maior o benefício: cientistas investigam o efeito das pimentas no nosso corpo


19/10/2024 17:56 - g1.globo.com


O Globo Repórter desta sexta-feira (18) revelou os resultados da pesquisa inédita da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade Estadual de Campinas. Cientistas investigam o efeito da ardência das pimentas no nosso corpo O Globo Repórter desta sexta-feira (18) revelou uma pesquisa inédita da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade Estadual de Campinas, que investiga as propriedades da ardência das pimentas vermelhas🌶️. A dedo-de-moça, pimenta mais usada no Brasil para fabricação de molhos, e a malagueta, a mais cultivada, entraram na mira dos pesquisadores. Os estudos revelaram que quanto maior a ardência, maior o benefício para a saúde. Saiba mais abaixo. O estudo Cientistas investigam o efeito das pimentas no nosso corpo Reprodução/TV Globo Os pesquisadores cortaram os frutos, separaram as sementes e moeram cada um deles. Aparelhos sofisticados indicaram a presença forte de 11 componentes que fazem bem para o organismo. Entre eles estão os flavonoides e o resveratrol, antioxidantes e anti-inflamatórios que ajudam a neutralizar os radicais livres e previnem o envelhecimento precoce das células. Outro destaque é a capsaicina, a principal responsável pela picância das pimentas. “Quanto mais ardida, maior a quantidade, por exemplo, de resveratrol, que é encontrado também em amendoim, vinho, suco de uva. Nós temos aí a possibilidade de proteção cardíaca e de melhora em algumas doenças cognitivas", explica Rodrigo Catharino, professor de ciências farmacêuticas - Unicamp. A pimenta malagueta (com tamanho menor) ainda se mostrou de 10 a 100 vezes mais ardida que a dedo de moça (com tamanho maior). Pimenta malagueta é de 10 a 100 vezes mais ardida que a dedo de moça Reprodução/TV Globo Consumo em excesso pode causar riscos Apesar dos benefícios, os cientistas alertam que esses são componentes fortes e nunca devem ser consumidos em grandes quantidades. Para quem tem sensibilidade, mesmo um pouco pode ser perigoso: "A capsaicina, ao mesmo tempo que traz sensações de prazer e recompensa, também pode causar hipersensibilidade, podendo gerar problemas como alergia e choque anafilático", afirma o pesquisador da Unicamp. Especialista alerta para uso em excesso de pimentas Reprodução/TV Globo Da redução do sal à proteção do coração: conheça os segredos e poderes dos temperos Veja a íntegra do programa abaixo: Edição de 19/10/2024 Confira as últimas reportagens do Globo Repórter:



BYD Shark, primeira picape híbrida plug-in do Brasil, chega por R$ 379.800


19/10/2024 15:49 - g1.globo.com


Com 437 cv de potência, picape híbrida de porte médio tem ainda o título da mais potente do Brasil. BYD Shark Imagem: divulgação/BYD A BYD lançou neste sábado (19) a Shark, primeira picape híbrida plug-in do mercado brasileiro e a caminhonete mais potente do país, por R$ 379.800. Ela chega para brigar com as picapes médias tradicionais, como a Volkswagen Amarok, Ford Ranger, Chevrolet S10 e Toyota Hilux. A Ranger Maverick é um modelo híbrido, mas não é plug-in, em que a bateria pode ser carregada na tomada. LEIA MAIS LISTA: veja as 5 motos mais baratas para pegar estrada Como funcionam os airbags de moto? Veja equipamentos, preços e um modelo com a tecnologia Pedágio 'Free Flow': como ficam as motos com as novas regras de cobrança automática? BYD Shark Imagem: divulgação/BYD Motorização A picape híbrida possui 437 cv de potência e 65 kgfm de torque. A potência é proveniente de uma combinação entre o motor 1.5 turbo de quatro cilindros que desenvolve 192 cv junto com dois motores elétricos. O primeiro motor elétrico entrega 228 cv e 31,6 kgfm de torque, enquanto o traseiro é responsável por mais 201 cv e 34,7 kgfm. O conjunto faz com que a picape acelere de 0 a 100 km/h em apenas 5,7 segundos. Até o lançamento da BYD Shark, a Ford Ranger Raptor era a picape média mais potente do segmento, com seu motor 3.0 V6 a gasolina que entrega 397 cv. Já a Ford Maverick tem motor 2.5 e um conjunto elétrico que, combinados, entrega 194 cv de potência e 28,5 kgfm. A proposta da Maverick não é a de proporcionar tanta esportividade quanto a Shark, e ela tem comportamento mais parecido com um carro de passeio. BYD Shark Imagem: divulgação/BYD A bateria da BYD Shark é de 29,6 kWh. Com esse pack de baterias, a picape consegue autonomia de até 100 quilômetros no modo puramente elétrico. Contando com o motor a combustão, a autonomia total é de 840 km — menor que a Maverick, que pode chegar a 895 km na cidade. Em pontos de carregamento rápido, com alta voltagem, a bateria pode ser recarregada de 30% a 80% em até 20 minutos. Contudo, nos carregadores domésticos, ela demora 9 horas para recarregar. A explicação está na entrada de apenas 6,6 kWh da picape, o que é uma potência ligeiramente baixa perto de outros carros híbridos, que costumam receber mais de 7 kWh das tomadas convencionais (com corrente alternada). BYD Shark Imagem: divulgação/BYD O g1 teve um contato preliminar com a BYD Shark em agosto, ainda em São Paulo, no Festival Interlagos. Na pista do autódromo, o comportamento da suspensão está dentro da medida do esperado para uma picape. A rolagem da carroceria, apesar de ser um carro pesado (2.710 kg), não assustou. A suspensão merece elogios, sobretudo porque o sistema de amortecimento tem suspensão independente nas quatro rodas, enquanto as picapes tradicionais ainda carregam o obsoleto sistema de feixe de mola (que suporta mais peso, mas traz muita instabilidade). O tamanho e o peso não impedem de extrair uma tocada esportiva e divertida com a Shark, o que pode fazer muitos consumidores repensarem suas opções por picapes com os tradicionais propulsores a diesel. Compare as fichas técnicas da Shark e suas concorrentes: Caçamba Dois pontos negativos da picape ficam para a sua capacidade de carga e de reboque. São apenas 790 kg para a caçamba, enquanto as rivais a diesel carregam, com facilidade, mais de uma tonelada. A versão mexicana da picape tem mais capacidade de carga que a brasileira, com 835 kg. Porém, em termos de volume, ela fica na média com seus 1.435 kg. E a capacidade de reboque fica abaixo da média, com 2.500 kg. A concorrência reboca cargas superiores a 3.000 kg. BYD Shark Imagem: divulgação/BYD Interior Assim como a maioria dos carros da BYD, o que salta aos olhos no primeiro contato com a picape é a tela multimídia giratória de 12,8 polegadas no centro do painel. Dentre as picapes da concorrência, a BYD Shark é a única a carregar uma multimídia que pode ficar tanto na horizontal quanto na vertical. Na lista de equipamentos, há ainda painel de instrumentos digital, bancos de couro com ajustes elétricos, partida por botão, carregador de celular por indução e o ADAS (Advanced Driver Assistance System, do inglês Sistema Avançado de Assistência ao Condutor), que traz uma série de recursos que auxiliam o motorista a dirigir de forma mais segura. BYD Shark Imagem: divulgação/BYD A BYD não seguiu a estética do minimalismo, como outras marcas de carros elétricos (Tesla) costumam fazer. Assim, o consumidor pode acessar os controles de ar-condicionado e muitos outros através dos botões físicos ou por meio da multimídia. Os bancos de couro são elogiáveis pelo formato e pelo bom aspecto do couro. Os painéis de porta e a parte superior do painel também são de material sensível ao toque, o que não é comum para picapes desta categoria. Conclusões Os episódios dessa novela de picapes no Brasil está ficando mais interessante a cada lançamento. Se o consumidor tradicional de picapes vai aceitar trocar o convencional motor diesel pelo conjunto híbrido, ainda não sabemos. Veja abaixo o preço da picape da BYD, e como ele se encaixa no mercado. Ford Maverick Hybrid: R$ 239.500; Chevrolet S10 High Country: R$ 311.990; Ford Ranger Limited: R$ 351.990; Toyota Hilux GR-Sport: R$ 371.390; Ford Ranger Raptor: R$ 475.000; BYD Shark: R$ 379.800 G1 testou o novo BYD Yuan Pro



Argentina: como uma província falida está enfrentando os amplos cortes feitos por Javier Milei


19/10/2024 06:00 - g1.globo.com


Em La Rioja, foi criada uma moeda emergencial chamada 'chacho'. A medida foi adotada em meio à falência do território, que sofreu os impactos do fim da transferência de recursos pelo governo argentino. Vendedor mostra notas de 'chachos' em uma casa de câmbio para convertê-las em pesos argentinos, em La Rioja. AP Photo/Natália Díaz Parecem dinheiro, cabem nas carteiras como dinheiro e o governador promete que serão usadas como dinheiro. Mas essas notas coloridas (veja imagem acima) não são nem pesos argentinos nem os requisitados dólares americanos — moeda preferida de quem vive na Argentina. São, na verdade, “chachos”, uma moeda emergencial criada pelo governador de La Rioja, uma província do noroeste do país. O território entrou em falência quando o presidente Javier Milei cortou as transferências de recursos para as províncias, parte de um programa de austeridade sem precedentes. “Quem poderia imaginar que um dia eu iria querer ganhar pesos?”, disse Lucía Vera, uma professora de música. Ela fez a declaração ao sair de uma academia cheia de funcionários públicos que esperavam para receber seu bônus mensal de chachos no valor de 50 mil pesos (cerca de US$ 40). Na capital La Rioja, adesivos informam ao público que os “chachos são bem-vindos”. As frases são vistas em redes de supermercados, postos de gasolina e até em restaurantes elegantes e salões de beleza. O governo local garante uma taxa de câmbio de 1 para 1 com pesos e aceita chachos para pagamento de impostos e contas de serviços públicos. LEIA TAMBÉM Argentina: pobreza dispara e atinge mais da metade da população Fim da euforia? Como está a economia argentina com o governo Milei Inflação argentina fica em 3,5% em setembro e acumula 209% em 12 meses Mas existem desvantagens: os chachos não podem ser usados ​​fora de La Rioja e apenas empresas registradas podem trocá-los por pesos. A troca pode ser feita em pontos estabelecidos pelo governo. “Preciso de dinheiro de verdade”, disse Adriana Parcas, uma vendedora ambulante de 22 anos que paga seus fornecedores em pesos. Ela havia acabado de recusar a venda a dois clientes que queriam comprar perfumes com chachos. As notas trazem o rosto de Ángel Vicente “Chacho” Peñaloza, líder famoso por defender La Rioja numa batalha do século 19 contra as autoridades nacionais em Buenos Aires. Um QR Code na nota leva a um site que expõe Milei por se recusar a transferir a parcela de fundos federais para a província. 'Recebemos chachos', diz placa em um açougue na província de La Rioja, na Argentina. Associated Press Após assumir o governo, em dezembro de 2023, Milei rapidamente impôs um choque fiscal como tentativa de reverter décadas de gastos populistas que deixaram a Argentina com déficits monumentais. Os cortes apertaram as 23 províncias do país, mas desencadearam uma crise total em La Rioja, onde a folha de pagamento pública representa dois terços de todos os trabalhadores registados e onde os impostos redistribuídos pelo governo federal sustentam 90% do orçamento. Com menos de 384,6 mil habitantes e pouca indústria além de nogueiras e oliveiras, La Rioja recebeu mais fundos federais discricionários do que qualquer outra província no ano passado, exceto Buenos Aires, onde vivem 17,6 milhões de pessoas. No entanto, a taxa de pobreza na província é de 66%, resultado, segundo críticos, de um sistema clientelista há muito utilizado para apaziguar grupos de interesse em detrimento da eficiência. Posição ousada Enquanto as reformas de Milei forçaram outras províncias a apertar o cinto e a despedir milhares de funcionários, o governador Ricardo Quintela – uma figura influente no movimento peronista há muito dominante na Argentina e um dos mais ferrenhos críticos de Milei – se recusou a absorver o descontentamento com a austeridade. “Não vou tirar o prato de comida do povo de Rioja para pagar uma dívida que o governo nacional tem”, disse Quintela à Associated Press, que retratou o seu plano de impressão de chachos como uma posição ousada frente a 10 meses de queda dos salários, aumento do desemprego e aprofundamento da miséria sob o governo de Milei. La Rioja se declarou inadimplente no pagamento da dívida em fevereiro e agosto. Em setembro, um juiz federal de Nova York ordenou que a província pagasse quase US$ 40 milhões em indenizações a detentores de títulos norte-americanos e britânicos. A Suprema Corte da Argentina está analisando o caso da recusa da província de cobrar dos consumidores preços altos de energia elétrica após Milei ter retirado os subsídios. “Digamos que existe um caminho diferente daquele traçado pelo atual presidente”, disse Quintela. Para ele, Milei está propondo um caminho bastante difícil "pela crueldade das políticas que aplica”. Ele parecia convencido, em um momento em que os índices de aprovação de Milei caíram abaixo dos 50% desde que o economista radical assumiu o poder. Mas, como dizem Milei e os seus aliados, a alternativa de Quintela oferece pouco mais do que um regresso ao terreno peronista habitual de gastos desenfreados – e insolvência – que levou à crise total que o seu governo herdou. “Vocês estavam acostumados a ter a gravata amarrada e os sapatos engraxados. Agora, vocês que têm que fazer o nó”, disse o secretário de imprensa de Milei, Eduardo Serenellini, aos líderes empresariais em uma recente visita à província. “Quando o dinheiro acaba, acaba." Serenellini pegou uma nota de chacho e a sacudiu como um fiapo. Vendedor de ovos mostra seus ganhos em 'chachos' após um dia de trabalho na província de La Rioja, na Argentina. Associated Press Sem resgate A manobra do governador Quintela na remota província teve pouco efeito nas finanças federais da Argentina. Mas isso poderá mudar se mais províncias com falta de dinheiro seguirem o exemplo, como aconteceu durante a terrível crise financeira do país em 2001. À época, um plano de austeridade igualmente brutal fez mais de uma dúzia de províncias imprimirem às pressas suas próprias moedas paralelas. No entanto, ao contrário de duas décadas atrás, quando o ex-presidente peronista Néstor Kirchner colocou fim ao caos ao trocar as moedas provisórias “patacones”, “cecacores” e “bocanfores” por pesos, o presidente Javier Milei se recusou a resgatar La Rioja. “Não seremos cúmplices de pessoas irresponsáveis ​​que procuram enganar as pessoas com a falsificação de papéis”, afirmou Milei em uma entrevista recente ao canal de TV argentino Todo Noticias. Mas o presidente reconheceu que não poderia impedir La Rioja de fazer o que queria, considerando que a constituição da Argentina permite esse tipo de solução financeira. Emissão de chachos O chacho entrou em circulação em agosto, após o Legislativo de La Rioja aprovar planos para emitir 22,5 bilhões de pesos da moeda para ajudar a cobrir até 30% dos salários do setor público. Com o rendimento médio de La Rioja abaixo de US$ 200 por mês e lojas fechando devido à falta de clientes, as autoridades distribuíram chachos no valor de 8,4 mil milhões de pesos em bônus mensais em agosto e setembro. A medida busca estimular a economia local e ajudar os trabalhadores a lidar com uma inflação na casa dos 230%. Para incentivar o uso do chacho, as autoridades prometem pagar juros de 17% sobre as notas mantidas até o vencimento, em 31 de dezembro. “Quanto mais nos aproximamos do vencimento, mais a confiança no chacho se consolida”, disse Carlos Nardillo Giraud, assessor do tesoureiro provincial. Açougueiro aceita 'chachos' como forma de pagamento em La Rioja, na Argentina. Associated Press A maioria dos funcionários públicos entrevistados nas filas de chacho que se espalhavam pelas calçadas de La Rioja disseram que queriam se livrar dessas contas o mais rápido possível. “O chacho é uma alternativa para pessoas que não conseguem chegar ao fim do mês”, disse Daniela Parra, professora de física de 30 anos, com os braços cheios de chachos e pronta gastar tudo no supermercado. "Mas não sabemos o que vai acontecer no próximo mês." Nas ruas, os comerciantes dizem que se sentem em um beco sem saída. Não aceitar os chachos significa afastar clientes com novo poder de compra em plena recessão. Mas aceitar a moeda significa encher o caixa com dinheiro sem valor para fornecedores estrangeiros. “É um sistema onde você é forçado a depender [do governo]”, disse Juan Keulian, diretor do Centro de Comércio e Indústria de La Rioja. “Não há opção em um lugar como este.”



LISTA: veja as 5 scooters mais baratas do Brasil para andar com conforto


19/10/2024 06:00 - g1.globo.com


Scooters e cubs são ideais para cidades, com baixo consumo de combustível, espaço para mochila e câmbio automático ou semiautomático. Scooters e cubs mais baratas do Brasil g1 O mercado de compra e venda de motos segue bastante acelerado no Brasil, com previsão de ultrapassar a marca de 1,8 milhão de unidades emplacadas em 2024, segundo a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave). Os modelos mais econômicos representam a maior parte deste número. Conforme a federação, as scooters e cubs são a segunda categoria mais procurada no país, com 35,26% das vendas de janeiro e setembro de 2024. Elas só perdem das city (como Honda CG e Yamaha a YBR), que têm 40,53% das vendas. E estão muito à frente das trail (como Honda Bros e Yamaha XTZ). Para ajudar na procura de iniciantes no mundo das motos ou quem procura por um modelo perfeito para as cidades, o g1 listou as cinco scooters e cubs mais baratas à venda no Brasil. Todas seguem à risca o modelo abaixo: 👞 Carenagem frontal para proteger o sapato; ⚖️ Menor peso; 🎒 Espaço sob o banco para compras ou até mochilas (com exceção da Honda Pop 110i); 🛵 Maior facilidade na hora de pilotar em grandes centros; ⛽ Baixo consumo de combustível; 🛞 Rodas maiores nos modelos cub; ⚙️ Câmbio automático do tipo CVT nas scooters. Veja abaixo as imagens e preços. Comparativo de scooters: Shineray Urban encara a Honda ADV LEIA MAIS Veja as 5 motos mais baratas para pegar estrada Como funcionam os airbags de moto? Veja equipamentos e preços Veja quais são as 5 motos mais caras do Brasil 5. Honda Elite 125: R$ 12.966 Honda Elite 125 Motor: OHC, monocilíndrico 4 tempos com 123,9 cc Potência: 8,2 cv a 6.250 rpm Torque: 1,06 kgfm a 5.000 rpm Câmbio: automática (CVT) Partida: Elétrica Combustível: Gasolina De nossa lista, o modelo mais caro é o único representando as scooters propriamente ditas. A Honda Elite 125 entrega a posição de pilotagem totalmente sentada, com as pernas juntas na parte interna e protegidas de vento ou detritos da rua. Ela tem porta-objetos frontal, mas deixa de lado a porta USB presente na Biz. Por outro lado, na Elite já são encontrados freio combinado (CBS), freio de estacionamento e sistema que desliga a moto após 3 segundos sem aceleração. Chamado de "idling stop", esse sistema permite reduzir a emissão de poluentes, além de entregar maior economia de combustível. Ele só é ativado quando o motor alcança certa temperatura, religando o conjunto motriz de forma automática assim que o acelerador é utilizado. 4. Honda Biz 125 ES: R$ 12.000 Honda Biz 125 Motor: OHC, monocilíndrico 4 tempos com 123,9 cc; Potência: 9,53 cv a 7.500 rpm; Torque: 1,03 kgfm a 6.000 rpm; Câmbio: semiautomático de 4 velocidades; Partida: Elétrica; Combustível: Flex. A Honda Biz 125 ES é a cub flex mais barata do Brasil. O modelo substituiu recentemente a versão 110, e traz alguns confortos importantes para o uso urbano, como porta USB-C logo abaixo do guidão, painel digital, porta-objetos na parte frontal e gancho retrátil para sacolas. Sob o banco, a Biz 125 oferece espaço para um capacete ou uma mochila. A Biz é a scooter ou cub mais vendida do Brasil, com 213.054 unidades emplacadas entre janeiro e setembro de 2024 e representando 42,88% do segmento. A liderança dela é tão folgada, que suas vendas são 73% superiores à segunda colocada — a Honda Pop 110i, que emplacou 122.703 unidades. 3. Shineray Rio 125 EFI: R$ 11.590 Shineray Rio 125 EFI Motor: OHC, monocilíndrico 4 tempos com 123,67 cc; Potência: 8 cv a 8.000 rpm; Torque: 0,917 kgfm a 6.000 rpm; Câmbio: semiautomático de 4 velocidades; Partida: Elétrica; Combustível: Gasolina. A Shineray Rio 125 EFI é muito semelhante ao que oferece a Jet 125 SS (que vem a seguir), mas com injeção eletrônica. As motos compartilham muitos pontos, como painel digital, baú sob o assento com espaço para um capacete e que oferece tomada USB, além do próprio visual de cub, sem plataforma para apoiar os pés e pilotar com as pernas juntas. As maiores diferenças estão na presença de luzes de rodagem diurnas (DRL), setas em LED e visual mais agressivo, com ângulos mais retos para a carenagem da Rio 125 EFI. Por fim, o visual da Rio entrega maior modernidade. 2. Shineray Jet 125 SS: R$ 10.090 Shineray Jet 125 SS Motor: OHC, monocilíndrico 4 tempos com 123,67 cc; Potência: 7,2 cv a 7.500 rpm; Torque: 0,816 kgfm a 6.000 rpm; Câmbio: semiautomático de 4 velocidades; Partida: Elétrica e pedal; Combustível: Gasolina. A Shineray Jet 125 SS é o modelo cub mais barato do Brasil quando você busca uma moto com baú sob o assento. O local comporta um capacete e ainda oferece uma porta USB para recarga de celular ou outros aparelhos. Mesmo no pódio das motos mais baratas do Brasil, o painel da Jet 125 SS é totalmente digital. Nele são exibidos o velocímetro, conta-giros, odômetro, nível de combustível, tensão da bateria e até a marcha engatada. 1. Honda Pop 110i ES: R$ 9.690 Honda Pop 110i ES Motor: OHC, monocilíndrico 4 tempos com 109,5 cc; Potência: 8,43 cv a 7.250 rpm; Torque: 0,945 kgfm a 5.000 rpm; Câmbio: semiautomático de 4 velocidades; Partida: Elétrica; Combustível: Gasolina. A moto cub mais barata do Brasil, quando você considera apenas modelos acima de 50 cilindradas, é a Honda Pop 110i ES. Ela continua sendo a porta de entrada da marca japonesa e passou recentemente por mudanças importantes, como a introdução de partida elétrica, injeção eletrônica e adoção de câmbio semiautomático. Ele é o mesmo presente na Biz. Além do preço baixo, o maior chamariz da Honda Pop 110i ES é a economia de combustível. A Honda afirma que este modelo alcança os 49,1 km/l. No ranking das scooters e cubs mais vendidas do Brasil, a Pop 110 aparece em segundo lugar com 122.703 unidades emplacadas entre janeiro e setembro deste ano. O topo do pódio é da "prima" Biz, também da Honda.



Ilhas, minas e fazendas de R$ 2 bilhões: quem são e quanto faturam os corretores de excentricidades para ricaços


19/10/2024 05:00 - g1.globo.com


Corretores podem faturar comissões multimilionárias, caso fechem negócio em propriedades exóticas e supervalorizadas. Entenda os requisitos e desafios do setor. Conheça os corretores que lucram com a venda de ilhas, minas e fazendas Ilhas luxuosas, fazendas que prometem lucros extraordinários, coberturas com vista para o Cristo Redentor, e até minas de ouro. O mercado de excentricidades para milionários não impressiona só pelo catálogo refinado, mas também pelo alto investimento. E não são só os proprietários e compradores que saem ganhando. Os corretores especializados, responsáveis pela intermediação das compras, vendas ou locações de luxo faturam alto com as comissões, uma porcentagem sobre o valor da negociação que remunera o trabalho. Os profissionais atendem a um público ultraexclusivo. O corretor Welerson Antunes ganhou fama ao anunciar uma ilha de R$ 10 milhões na represa de Itumbiara, e faz parte dessa "nata" de vendedores. No perfil dele, é possível encontrar anúncios de ilhas marítimas, mansões, minas e fazendas equipadas. Uma delas é avaliada em R$ 2 bilhões, o que poderia lhe garantir um faturamento de até R$ 120 milhões em comissão. Ilhas luxuosas fazem sucesso entre empresários e famosos que buscam privacidade no Brasil Where in Rio/ Reprodução É que, normalmente, o percentual de corretagem é de 6% sobre o valor do imóvel, podendo variar conforme o estado do imóvel e outros pormenores da negociação. (entenda mais abaixo) "Alguns não gostam de pagar [comissão, acham que a nossa vida é fácil (...) Agora, podemos negociar o valor com os clientes, sem a obrigação de seguir a tabela do Creci, isso facilita muito o trabalho", explica o corretor. Frédéric Cockenpot, dono de uma imobiliária em Ipanema, no Rio de Janeiro, conta que esse percentual costuma ser de 5% no estado. Por lá, a maior procura é por coberturas de luxo e ilhas privativas. "São paradisíacas, com construções que vão do moderno ao clássico. Quem compra está em busca de privacidade", conta. Uma das propriedades mais caras já vendidas pelo corretor custou US$ 12 milhões, em 2021. Na conversão atual, esse valor é equivalente a R$ 68 milhões. A comissão, nos tempos atuais, poderia chegar a R$ 3,4 milhões. Na imobiliária Frédéric Cockenpot são anunciadas coberturas de luxo e ilhas no Rio de Janeiro Where in Rio/ Reprodução Na imobiliária de Frédéric os ganhos são distribuídos entre os corretores que captam os imóveis e cuidam dos clientes compradores, além de profissionais que ajudam na parte burocrática, envolvendo a reunião de documentos e transações. Mas atuar no ramo de excentricidades para milionários não é tão glamoroso quanto parece, afirmam os dois corretores ouvidos pelo g1. Os valores altos fazem com que as negociações sejam lentas, podendo se arrastar por meses. Além disso, por motivos de segurança, compradores e proprietários valorizam a discrição, fator que dificulta a divulgação dos imóveis. Abaixo, os corretores explicam como fazem para descolar clientes, apesar do mercado restrito. Você também vai saber: 🏝️ O que preciso para ser um corretor de luxo? 💰 Quanto dá para faturar? ⚠️ Com o que devo ficar de olho? O que preciso para ser um corretor de luxo? A base para atuar como corretor imobiliário é: Ter formação em Técnico em Transações Imobiliárias, Ciências Imobiliárias ou Gestão de Negócios Imobiliários; Registrar o estágio no Conselho Regional de Corretores de Imóveis (CRECI); Ter inscrição definitiva no CRECI do seu estado. Já para entrar no ramo de alto padrão, é preciso mais. Persistência, persuasão e contatos são alguns desses requisitos, afirmam os corretores. Antes de abrir a própria imobiliária no Rio, Frederic manteve por mais de cinco anos uma lavanderia de roupas de grife. Foi com o comércio — e seu público endinheirado — que ele conseguiu os seus primeiros clientes. Frederic nasceu na Bélgica, mas se mudou para o Brasil em 2007, após perceber as possibilidades de negócios. Hoje, cerca de 70% dos seus clientes são estrangeiros. Entre eles, empresários e famosos que desejam viver no país. '"Obviamente, o fato de falar francês e inglês me ajudou a atrair e conquistar a confiança dos clientes estrangeiros. É que o mercado brasileiro tem muitas particularidades, diferente do europeu". Por outro lado, Welerson é especialista na venda de propriedades rurais. Ele atribui o sucesso ao contato precoce com donos de fazendas. Desde a infância, o corretor acompanhava o pai na fiscalização de febre aftosa em fazendas de Minas Gerais. Na adolescência, até chegou a trabalhar em um garimpo. A chance de entrar em uma imobiliária de luxo apareceu em Governador Valadares (MG), graças à indicação de um conhecido. "Sempre trabalhei com propriedades de valores altos, mas isso se consolidou quando me mudei para Brasília. Lá, entrei em um ramo ainda mais exótico, com ilhas e fazendas de grande porte”, lembra o corretor. Welerson Antunes, especialista em vendas de propriedades rurais e ilhas, atua há mais de 30 anos no setor Welerson Antunes/ Arquivo Pessoal Quanto dá para faturar? As comissões dos corretores imobiliários no Brasil mudam de acordo com o tipo de imóvel e a região. Normalmente, elas variam de 5% a 10% do valor total da propriedade. Na tabela do Conselho Regional dos Corretores de Imóveis São Paulo, por exemplo, é estabelecido: 6% e 8% para imóveis urbanos ou industriais; 6% a 10% para imóveis rurais; 5% para venda judicial. Cada estado tem seu próprio CRECI, que cuida da fiscalização e regulamentação dos vendedores de imóveis. É importante lembrar que os percentuais não são fixos e podem ser negociados entre corretores, compradores e proprietários. No caso das ilhas e minas, não há uma comissão fixa pelos órgãos reguladores. Sendo assim, os corretores podem adotar padrões similares aos dos outros tipos de imóveis (clique aqui para saber mais sobre a venda de ilhas marítimas e fluviais). Welerson, por exemplo, negocia porcentagens que vão de 3% a 8% do valor da venda. "Eu recebo de 3% a 6%. Mas, mesmo 3% de uma fazenda de R$ 1 bilhão, já é um bom valor", explica o corretor. As comissões dos corretores variam de 5% a 10%, dependendo do tipo de imóvel e estado Where in Rio/ Reprodução Com o que devo ficar de olho? A promessa de altas comissões chama atenção das pessoas para o mercado imobiliário de luxo. Mas atuar nele não é tão fácil quanto parece. Quem deseja entrar nesse ramo encara vários desafios, como: desconfiança de clientes, passar semanas ou até meses sem vender nada, restrições na divulgação dos imóveis e lidar com as particularidades do mercado brasileiro. Saiba mais adiante. 🧐 Desconfiança Em um mercado onde os valores das propriedades podem chegar a bilhões de reais, os envolvidos (proprietários e compradores) tendem a ser criteriosos quanto à escolha dos profissionais que irão intermediar as negociações. Nesse sentido, a recomendação boca a boca é uma das formas mais eficazes de se consolidar no mercado e atrair novos clientes. E, mesmo com indicações, novatos na área precisam construir essa reputação. Welerson conta que iniciou a carreira com propriedades rurais menores e levou anos para trabalhar com ilhas e fazendas de grande porte. 📊 Vendas instáveis Os valores vultosos, a documentação criteriosa e a especificidade dos compradores — que costumam buscar propriedades com características exóticas — resultam na demora para fechar negócio e na oscilação constante do número de vendas. Corretores dizem que não há um número fixo de acordos mensais. Com isso, alguns meses costumam ser mais lucrativos, enquanto outros podem ser fechados no zero. É um fenômeno que ocorre menos com os imóveis mais acessíveis. Para não passar sufoco, antes de entrar de vez no ramo, é preciso ter uma reserva financeira para cobrir as despesas durante os períodos de baixa nas vendas. "Você cria o seu salário. Tem mês que não vende, mas as despesas continuam. Por isso, tem que ter uma reserva financeira de pelo menos 12 meses", aconselha Welerson. 🔒 Privacidade e marketing offline Uma das principais dificuldades dos corretores é encontrar clientes. Tanto compradores como proprietários procuram ser discretos para negociar seus imóveis, para manter suas fortunas longe dos holofotes. Muitos imóveis de alto padrão não são anunciados publicamente para evitar a exposição, o que deixa o trabalho de conectar os interessados bem mais difícil. “Tem imóveis que eu fico doido para anunciar, mas é preciso entender que, se você faz um negócio com discrição, o cliente vai te indicar para outros", conta Welerson. O mesmo acontece na imobiliária de Frederic, em que cerca de 20% dos imóveis não são anunciados nos sites ou nas redes sociais. O marketing offline se torna uma ferramenta valiosa: a promoção é feita de forma sigilosa e direcionada ao público-alvo, sem comprometer a privacidade. 🏘️ Particularidades do Brasil Diferente do que acontece em outros países, é comum que uma mesma propriedade seja anunciada por várias imobiliárias no Brasil. Com imóveis de grande valor, há uma diferença considerável de preços e condições de venda. Por isso, é comum haver confusão entre os clientes, especialmente de estrangeiros acostumados com o sistema de exclusividade. A variação de preços entre bairros no país também causa desentendimentos. O valor do metro quadrado pode triplicar de uma região para outra, segundo Frédéric. Outro ponto de diferença é o processo de pagamento: no Brasil, o sinal de compra é pago diretamente ao vendedor, enquanto na Europa e nos EUA, esse valor é depositado em uma conta intermediária, outro ponto que pode causar estranheza aos compradores internacionais. Frédéric Cockenpot abriu uma imobiliária especializada em alto padrão no Rio de Janeiro Where in Rio/ Reprodução Conheça a profissão que atraiu ex-BBB e atores com promessa de faturamento alto Assista Sobrevivente de trabalho escravo em vinícolas vira agente fiscal e ampara outras vítimas Short friday: sair mais cedo do trabalho às sextas já é realidade em algumas empresas 'CLT Premium': o que é o termo que virou trend e que pode revolucionar o mercado



Da redução do sal à proteção do coração: conheça os segredos e poderes dos temperos


19/10/2024 04:40 - g1.globo.com


Alecrim, manjericão, baunilha, cravo, canela. O Globo Repórter desta sexta-feira (18) fez uma aventura por uma diversidade de sabores que trazem benefícios para a saúde. Edição de 18/10/2024 Alecrim, manjericão, baunilha, alho... Os temperos realçam o sabor dos alimentos, encantam os olhos e ainda podem fazer bem para a saúde. Na Idade Média, e até antes dela, a principal função das ervas, sementes e raízes de gosto e perfume forte era encobrir o que já não cheirava bem. Hoje, as especiarias desbravaram mundos e estão nos pratos brasileiros. O Globo Repórter desta sexta-feira (18) explorou o mundo dos temperos e revelou os poderes e benefícios deles. Saiba mais abaixo. Pimentas🌶️ Conheça os principais tipos de pimentas O universo das pimentas é repleto de variedades. Entre as mais populares estão: biquinho (super versátil, sabor leve e não arde), cumari (é das mais apreciadas no Norte e no Nordeste do Brasil) e bode (todo mundo já viu na garrafinha, em conserva de azeite). Pimenta bode na garrafa em conserva de azeite Reprodução/TV Globo E há as muito ardidas, que, pelo nome, já dá para imaginar o estrago, como Escorpião de Trindade, Ferrão do Diabo e Furacão de Naga. Entre tantos tipos, fica difícil diferenciar uma da outra. Mas uma é praticamente inconfundível: Carolina Reaper, uma das mais ardidas do mundo, é considerada uma pimenta “nuclear”. "Pimentas nucleares são todas que ultrapassam um milhão de unidades na escala de Scoville", diz Emerson Ceschi, produtor de pimentas. Carolina Reaper, uma das pimentas mais ardidas do mundo Reprodução/TV Globo As pimentas ainda podem ser usadas para a produção de molhos e geleias. Molhos e geleias com pimenta Reprodução/TV Globo Ainda de acordo com pesquisadores que investigam as propriedades da ardência das pimentas vermelhas quanto mais ardida, maior o benefício para a saúde. ⚠️Mas os cientistas alertam: esses são componentes fortes e nunca devem ser consumidos em grandes quantidades. "Nós temos a possibilidade de proteção cardíaca e de melhora em algumas doenças cognitivas", explica Rodrigo Catharino, professor de ciências farmacêuticas - Unicamp. Pesquisadores investigam as propriedades da ardência das pimentas vermelhas Reprodução/TV Globo Aliados de uma alimentação balanceada Como os temperos podem ser aliados de uma alimentação balanceada? Quando se fala de temperos, opções como manjericão, alecrim e orégano podem ser importantes aliados para uma alimentação balanceada. A diarista Odésia Rodrigues serve de exemplo para muita gente. Após descobrir que tinha pressão alta, ela decidiu seguir os conselhos médicos e foi aprendendo a reduzindo o sal, compensando com temperos naturais para dar sabor à comida. "Minha pressão era 14, já chegou até os 18, e agora tá 12 por oito. Você dorme melhor, come melhor... Tudo muda na vida da gente com a alimentação. Tem que estar de bem com a vida o tempo todo, tem que viver e com saúde", diz. Odésia Rodrigues Reprodução/TV Globo As propriedades do alho negro 🧄 Descubra as propriedades do alho negro Os temperos mais consumidos no Brasil, cebola e alho, têm suas origens na Ásia. Uma ideia que veio do Japão transforma o alho em um outro ainda mais sofisticado: o alho negro. É o mesmo alho comum , porém maturado em estufas. O amadurecimento intenso faz com que o alho perca a acidez, fique doce e negro, tornando-se um alimento extremamente rico. O alho negro é tradicionalmente usado pelos japoneses para prevenir doenças como hipertensão e câncer. Mas não é só isso: o professor da Unicamp diz que a ciência comprova esses e outros benefícios. "Ele protege o coração, ajuda em relação a diabetes. Hoje, o câncer de pulmão é um alvo específico para vários dos compostos que eu tenho dentro do alho. Ou seja, é um alimento extremamente rico", destaca Rodrigo Catharino, professor de ciências farmacêuticas - Unicamp. As propriedades do alho negro Reprodução/TV Globo A força do grão de mostarda Mostarda faz bem à saúde? Estudo revela benefícios inéditos Pesquisadores da Unicamp também revelam resultados inéditos sobre a força do grão de mostarda: "Ele tem antioxidantes, um potencial de antibiótico natural, é anti-inflamatório, antidiabético e também anti-hipertensivo. Ele atua na regulação da pressão arterial", explica Gabriela Boscariol Rasera, cientista de alimentos. Ainda segundo os estudos, a melhor forma de consumir mostarda é em grãos germinados. Segundo os cientistas, a melhor forma de consumir mostarda é em grãos germinados Reprodução/TV Globo Uma das especiarias mais caras do mundo Vanilla Pompona: a flor da baunilha que é uma das especiarias mais caras do mundo O programa também destacou uma das especiarias mais caras do mundo: a flor de baunilha Vanilla Pompona. O professor Emerson Pansarin explica que a flor e o perfume têm a função de atrair insetos para a polinização. "A baunilha natural hoje é bem cara no mercado internacional. A mais popular chega a R$ 6 mil o quilo." Vanilla Pompona Reprodução/TV Globo A mais usada vem do México. Mas o Brasil tem muito mais variedades: 40 espécies nativas da Mata Atlântica e da Amazônia. A Embrapa avalia que só 1% dos produtos com aroma de baunilha sejam feitos com o extrato natural. Essa especiaria ainda é usada para a criação de pratos inesperados, com o macarrão. Macarrão com massa de baunilha Reprodução/TV Globo Confira as últimas reportagens do Globo Repórter:



Mega-Sena pode pagar R$ 42 milhões neste sábado; +Milionária pode chegar a R$ 17 milhões


19/10/2024 03:00 - g1.globo.com


Apostas podem ser feitas até as 19h em lotéricas ou pela internet. Mega-Sena Marcelo Brandt/G1 Aposta única da Mega-Sena custa R$ 5 e apostas podem ser feitas até as 19h Marcelo Brandt/G1 A Caixa Econômica Federal promove neste sábado (19), a partir das 20h, os sorteios dos concursos 2.787 da Mega-Sena e 191 da +Milionária. A +Milionária tem prêmio estimado em R$ 17 milhões. As chances de vencer na loteria são menores do que na Mega-Sena: para levar a bolada, é preciso acertar seis dezenas e dois trevos. (veja no vídeo mais abaixo) O valor de uma aposta simples é de R$ 6. Com ela, o apostador pode escolher 6 números de 50 disponíveis e mais 2 trevos, dentre os seis disponíveis. Para apostas múltiplas, é possível escolher de seis a 12 números e de dois a seis trevos, com preços que podem chegar a R$ 83.160,00. A +Milionária se destaca por oferecer o prêmio principal mínimo de R$ 10 milhões por sorteio e possuir dez faixas de premiação. Veja os detalhes: +Milionária: veja como jogar na loteria da Caixa Mega-Sena Já a Mega-Sena pode pagar um prêmio de R$ 42 milhões para os acertadores das seis dezenas. No concurso da última quarta-feira (16), ninguém levou o prêmio máximo. Os sorteios da Mega são realizados tradicionalmente às terças, quintas e sábados. Devido ao feriado nacional de Nossa Senhora Aparecida, no sábado passado (12), o calendário desta semana foi reajustado para quarta-feira (16) e sábado (19). A aposta mínima para a Mega-Sena custa R$ 5 e pode ser realizada também pela internet, até as 19h – saiba como fazer a sua aposta online. Entenda como funciona a Mega-Sena e qual a probabilidade de ganhar o prêmio Para apostar na Mega-Sena As apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília), em qualquer lotérica do país ou pela internet, no site da Caixa Econômica Federal – acessível por celular, computador ou outros dispositivos. É necessário fazer um cadastro, ser maior de idade (18 anos ou mais) e preencher o número do cartão de crédito. Probabilidades A probabilidade de vencer em cada concurso varia de acordo com o número de dezenas jogadas e do tipo de aposta realizada. Para a aposta simples, com apenas seis dezenas, que custa R$ 5, a probabilidade de ganhar o prêmio milionário é de 1 em 50.063.860, segundo a Caixa. Já para uma aposta com 15 dezenas (limite máximo), com o preço de R$ 22.522,50, a probabilidade de acertar o prêmio é de 1 em 10.003, ainda segundo a Caixa.



Embraer entrega 57 aviões e encerra 3º trimestre de 2024 com valor recorde de R$ 129 bilhões em pedidos firmes


18/10/2024 21:58 - g1.globo.com


O setor de aviação executiva da empresa reuniu as maiores entregas de julho a setembro deste ano, com 41 aviões entregues no trimestre. Phenom 300 foi o modelo de avião mais entregue no 3º trimestre pela Embraer. Divulgação/Embraer A Embraer, fabricante brasileira de aeronaves com sede em São José dos Campos (SP), informou nesta sexta-feira (18) que entregou 57 jatos no terceiro trimestre de 2024. Houve crescimento de 33% em relação ao mesmo período do ano passado, quando 43 aeronaves foram entregues, e 24% em relação ao trimestre anterior, quando 47 aviões foram entregues. O balanço da empresa aponta que foram entregues 16 aviões comerciais e 41 executivos, além de dois aviões militares do ramo de Defesa. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 Vale do Paraíba e região no WhatsApp De acordo com a empresa, a carteira de pedidos chegou a US$ 22,7 bilhões no terceiro trimestre deste ano, o que equivale a quase R$ 129 bilhões. O montante representa um aumento de US$ 4,9 bilhões na carteira de pedidos da multinacional na comparação com o terceiro trimestre de 2023, quando foram registrados US$ US$ 17,8 bilhões -- uma alta de 27,5%. O setor de aviação comercial da empresa foi quem puxou essa alta de julho a setembro deste ano, representando US$ 11,1 bilhões em pedidos no trimestre. O balanço da Embraer apontou que, dos 57 jatos entregues entre julho e setembro, 18 são do modelo "Phenom 300", modelo mais entregue no período. E-190 da Embraer. Divulgação/Embraer Veja mais notícias do Vale do Paraíba e região bragantina



Globo Rural: informações adicionais das reportagens do dia 20/10/2024


18/10/2024 21:48 - g1.globo.com

Veja como plantar alface usando o sistema de hidroponia. A Sandra Severino, de São Miguel do Arcanjo (SP), perguntou ao Globo Rural como começar um cultivo de alface hidropônica. O Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) possui uma cartilha que explica como fazer a montagem da estrutura para o plantio protegido e a instalação de bancadas, além de outras dicas. >>>Acesse aqui<<<



Com alerta de novos temporais, ministro pede distribuidoras e Aneel 'de prontidão' para garantir energia em São Paulo


18/10/2024 17:06 - g1.globo.com


Moradores da região metropolitana de São Paulo chegaram a ficar cinco dias sem energia elétrica esta semana, após um temporal que atingiu a região. Distribuidora Enel foi alvo de críticas. O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, solicitou nesta sexta-feira (18) que a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) mobilize equipes para acompanhar a atuação das distribuidoras diante do novo alerta de temporal até domingo (20). Em ofícios à distribuidora da região metropolitana de São Paulo, a Enel, à prefeitura e ao governo do estado, o ministro confirmou que a agência vai mobilizar equipes de fiscalização junto às distribuidoras. Silveira também afirmou ser necessária a atuação conjunta das equipes das distribuidoras do estado, da prefeitura e do governo local. “Reitero meu entendimento de que é premente e necessária a mobilização conjunta [...], com objetivo de garantir a continuidade na prestação do serviço de energia elétrica e a adoção de medidas contingenciais conjuntas, em caso de restrição no fornecimento”, disse o ministro. Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira Reprodução Segundo a previsão do Centro de Gerenciamento de Emergências Climáticas (CGE) da Prefeitura de São Paulo, a capital paulista deve enfrentar um novo temporal nesta sexta-feira (18). Uma semana atrás, uma tempestade com ventos que atingiram até 107 km/h — que bateram recorde de maior ventania em 30 anos — já atingiram São Paulo e a região metropolitana. Cerca de 3,1 milhões de imóveis ficaram sem energia elétrica e oito pessoas morreram no estado. A energia só foi restabelecida na quinta-feira (17). Quinto dia do apagão de energia elétrica em São Paulo começa com 100 mil imóveis ainda sem energia Aneel prepara ações em SP A Aneel fez uma reunião na quinta-feira (17) para definir ações de proteção da rede elétrica e manutenção da energia durante os temporais previstos para o estado de São Paulo no fim de semana. Participaram também da reunião as empresas distribuidoras de energia. Foram definidas as seguintes ações pelas distribuidoras: Mobilização de equipes para atendimento de emergências Utilização de geradores de energia Preparação de salas de crise Trabalho de mobilização junto às prefeituras para poda de árvores Disparo de alertas e boletins informativos direcionados à população: Redes sociais WhatsApp SMS Portais Outros canais de comunicação Prontidão das equipes de call center para atendimento ao público



LISTA: veja as 5 motos mais baratas para pegar estrada


18/10/2024 16:30 - g1.globo.com


Conforto, motores potentes, bancos largos e capacidade de encarar distâncias a perder de vista: conheça as 'custom' com melhor custo-benefício. As custom são as motos mais confortáveis para rodar horas na estrada Divulgação Motos estradeiras têm a fama de serem perfeitas para encarar rodovias com tranquilidade. Muito disso se deve ao seu estilo. Também chamada de "custom", esse tipo de motocicleta tem banco mais largo, costumam ter suspensão mais confortável e altura menor do solo, o que as democratiza e as torna mais fáceis de pilotar. O consumidor percebeu essas características positivas desse segmento de motocicletas e só no último ano, segundo dados da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), os emplacamentos quase dobraram, passando de 0,77% de divisão de mercado em até setembro de 2023 para 1,21% de market share no mesmo período deste ano. Coube também às montadoras, como Royal Enfield, Kawasaki e Haojue, entenderem esse sentimento do consumidor e trazer novos produtos para essa categoria. Acima de tudo, elas perceberam que Honda e Harley-Davidson haviam deixado uma lacuna que poderiam aproveitar: o das motos custom baratas. A Honda deixou de vender a Shadow 750 no país em 2014 e, desde então, não substituiu a sua estradeira por nenhum exemplar. E as motos da Harley-Davidson, marca famosa por suas icônicas motos touring, tem seu modelo mais barato partindo de R$ 116.400, a Low Rider S. Portanto, há montadoras que apostam em modelos mais em conta para conquistar esse público que ficou órfão de custom mais acessíveis. Nesta lista, o g1 separou as cinco motocicletas mais em conta para você que quer gastar menos, mas aproveitar tudo que uma custom pode oferecer. Veja abaixo. LEIA MAIS VÍDEO: veja a avaliação do g1 para a nova Honda NXR 160 Bros, a trail mais vendida do país LISTA: veja 10 motos que são as mais caras das montadoras do Brasil Factor, Fazer e Lander: veja o que mudou nos 3 modelos mais vendidos da Yamaha 5. Royal Enfield Meteor 350: R$ 23.790 (com frete incluso) Royal Enfield Meteor 350 parte de R$ 23.790 Divulgação | Royal Enfield A Meteor 350 é a moto mais cara da marca indiana com esse motor de 349 cilindradas. Em contrapartida, ela é a versão mais em conta da família Meteor, que tem também a Super Meteor, unidade com motor de 650cc que parte de R$ 33.990. A Meteor 350 possui três versões, e o que as diferencia são os níveis de equipamentos. A mais barata é a Fireball que, por R$ 23.790, não traz nenhum opcional. Já a configuração Stellar custa R$ 1.200 a mais pelo fato de vir com o sissy bar, uma espécie de apoio lombar para o garupa. Já a configuração topo de linha, com pintura de duas cores e sissy bar, custa R$ 25.790. Motor: 349 cilindradas; Câmbio: manual, cinco marchas; Potência: 20,4 cv; Torque: 2,7 kgfm. 4. Royal Enfield Classic 350: R$ 22.890 (com frete incluso) A Royal Enfield Classic também tem motor de 350 cilindradas e parte de R$ 22.890 Divulgação | Royal Enfield Outra motocicleta da Royal que carrega o motor de 350cc é a Classic, que conta com muitos elementos cromados para resgatar o apelo visual das primeiras custom. Inspirada nas motos do pós-guerra, a Classic carrega muito do DNA das motos de 1950 denominadas Bobber, que surgiram na época em que os soldados utilizavam essas motocicletas após voltarem da Segunda Guerra Mundial. A Classic 350 tem, como opcional, pinturas que remetem a motocicletas utilizadas em batalhas. (veja acima) O que identifica uma Bobber é justamente o banco curto somente para o piloto. Assim, quem optar pela Royal Enfield Classic, terá que se contentar com uma motocicleta que não permite carregar um acompanhante. Ela é a 350 da Royal que mais tem opções de pintura e preços: Classic 350 Halcyon: R$ 22.890 Classic 350 Signals: R$ 23.190 Classic 350 Gunmetal: R$ 23.990 Classic 350 Dark Stealth Black: R$ 23.990 Classic 350 Chrome: R$ 25.290 O conjunto mecânico é o mesmo da Meteor e da Hunter, que veremos na sequência. Motor: 349 cilindradas; Câmbio: manual, cinco marchas; Potência: 20,4 cv; Torque: 2,7 kgfm. 3. Royal Enfield Hunter 350: R$ 19.990 Hunter 350 é a Royal Enfield mais barata do mercado. A custom custa a partir de R$ 19.990 Divulgação | Royal Enfield A opção mais acessível da marca indiana que monta suas motos em Manaus, é a Hunter 350. Com a mesma configuração mecânica das demais, ela conta com o preço mais baixo por não oferecer tantos opcionais como a Meteor. É possível escolher apenas a cor, que pode fazer o preço variar em R$ 2.000 para a versão Rebel. A mais em conta, Dapper, tem acabamento ligeiramente mais simples, mas longe de ser feio. E não é por ser mais em conta que ela não traz um item importante de segurança, pelo contrário. A custom mais em conta da Royal também tem freio ABS nas duas rodas. Motor: 349 cilindradas; Câmbio: manual, cinco marchas; Potência: 20,4 cv; Torque: 2,7 kgfm. 2. Haojue Master Ride 150: R$ 17.618 A Haojue Master Ride 150 é a segunda custom mais barata do Brasil Divulgação | Haojue A segunda custom mais em conta do país tem as características do segmento: assento baixo, com apenas 72 cm em relação ao solo, banco grande e com sissy bar, além de alforjes laterais, a única a moto a vir com esses equipamentos por esse valor. Contudo, o que deixa a desejar é seu motor de 150 cilindradas que entrega baixa potência e torque insuficientes para desfrutar com segurança de viagens longas. Mas a fabricante não dispõe de propulsores adequados para as motos deste segmento, pois sua moto com maior cilindrada à venda no Brasil é a DR, que tem apenas 160 cilindradas. Motor: 149 cilindradas; Câmbio: manual, cinco marchas; Potência: 12,1 cv; Torque: 1,1 kgfm. 1. Haojue Chopper Road 150: R$ 14.580 A custom mais em conta do país, a Haojue Chopper Road, custa R$ 14.580 Divulgação | Haojue Se a Haojue pensou exclusivamente no preço, acertou. A marca detém também a primeira colocação entre as custom mais acessíveis do Brasil. Apesar do visual, é bom ligar o alerta para pegar rodovias, pois a Chopper Road tem ainda menos potência que a Master Ride. E, apesar do nome, a Chopper Road não é uma Chopper como deveria. Essa nomenclatura costuma caracterizar motos que tem a garfos (suspensão dianteira) bastante alongada e guidão posicionado no alto, o contrário do que vemos no modelo da Haojue. Motor: 149 cilindradas; Câmbio: manual, cinco marchas; Potência: 11,2 cv; Torque: 1,1 kgfm. Honda NXR 160 Bros: conheça a nova trail e veja o teste do g1 Comparativo de scooters: Shineray Urban encara a Honda ADV



Apagão em SP: governo cria linha de crédito para empreendedores que tiveram problemas com temporais


18/10/2024 15:28 - g1.globo.com


Medida será válida a partir da próxima segunda-feira, segundo Fernando Haddad. Todos os bancos que participam do Pronampe podem oferecer o crédito. Apagão em SP: Lula anuncia linha de crédito federal para quem teve prejuízos O governo federal vai disponibilizar R$ 150 milhões em linha de crédito pelo Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe) para os empreendedores que foram comprovadamente afetadas pelo apagão em São Paulo, que aconteceu depois dos temporais da última semana. "Faremos por São Paulo o mesmo que fizemos pelo Rio Grande do Sul", disse o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O anúncio foi feito nesta sexta-feira (18), durante evento "Acredite no Seu Negócio", em São Paulo. A ação conjunta dos ministérios serviu para reforçar as opções para empreendedores do programa Acredita, de renegociação e microcrédito para empreendedores. (saiba mais abaixo) "As pessoas que tiveram prejuízo por conta do apagão, que perderam geladeira, perderam inclusive a sua comida, o pequeno comerciante que perdeu alguma coisa. Nós vamos estabelecer uma linha de crédito para que as pessoas possam se recuperar e viver muito bem. Eu não quero saber de quem é a culpa. Eu quero saber quem é que vai dar a solução", prosseguiu. Presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante o evento de lançamento do Programa Acredita, no Parque Mirante no Allianz Parque, em São Paulo Ricardo Stuckert / PR O dinheiro para a linha de crédito virá do Fundo Garantidor de Operações (FGO), explicou o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. A medida será válida a partir da próxima segunda-feira (21). "Estamos reservando só R$ 150 milhões desse recurso que está disponível para liberar uma linha de crédito pelo Pronampe pelas pessoas (empreendedores) que foram comprovadamente afetadas pelo apagão na região metropolitana de São Paulo", disse Haddad. O ministro também afirmou que as empresas que estão dentro da área afetada em São Paulo que já devem para o Pronampe terão uma prorrogação de dois meses para o pagamento das dívidas, sem a necessidade de comprovar que teve prejuízos com os apagões. "Essa linha de crédito é para a atividade econômica", disse o ministro, explicando que para as pessoas físicas que tiveram algum dano em bens por conta do apagão devem recorrer à concessionário de energia elétrica para repor os prejuízos. O ministro do Empreendedorismo e Pequenas Empresas, Márcio França, disse que a ideia dessa linha de crédito para São Paulo surgiu a partir do episódio do Rio Grande do Sul. "Lá fecharam 38 mil empresas e nós já reabrimos 31 mil com um empréstimo diferente". "Lá, a gente (governo) empresta 100 e a pessoa sai devendo do banco 60 para pagar daqui a dois anos. O objetivo do presidente, falando aqui hoje, é que as pessoas de São Paulo, que tiveram seus comércios prejudicados — e foram muitas pessoas por conta do apagão — possam ter algo semelhante, ou seja, um financiamento que vai ser emprestado para o pequeno empreendedor que perdeu", explicou França. O ministro afirmou que a ideia é que o dinheiro fique mais barato para os empreendedores que foram afetados. Novas linhas de crédito com o programa Acredita O presidente Lula garantiu ainda que o governo vai fazer de tudo para que o programa para empreendedores funcione bem, e para que os bancos privados ofereçam taxas de juros baixas e boas condições de crédito para os pequenos empresários. "Vamos proibir que a burocracia não faça funcionar o Acredita, porque senão as pessoas vão no banco e vão xingar a gente", disse. Por fim, Lula disse que o Brasil só será capaz de crescer e se desenvolver quando o dinheiro estiver na mão de toda a população. "Muito dinheiro na mão de poucos significa o empobrecimento deste país. Agora, dinheiro na mão de muitos significa outras histórias [de sucesso]."Programa Acredita O governo federal diz que a proposta do evento é impulsionar mecanismos de estímulo aos pequenos negócios, presentes em eixos do programa Acredita, "conjunto de iniciativas desenhado para reestruturar o mercado de crédito no Brasil, estimular a geração de renda e emprego, além de promover o crescimento econômico". O Acredita reúne as medidas que abrangem a liberação de crédito para o fortalecimento de negócios administrados por pessoas inscritas no Cadastro Único (CadÚnico), chamado "Acredita no Primeiro Passo", e uma linha de crédito destinada a MEIs e microempresas com faturamento anual limitado a R$ 360 mil, chamada de ProdCred 360. Por fim, o governo também voltou a divulgar as bases do "Desenrola" dos pequenos negócios, com foco em dívidas bancárias de microempreendedores individuais (MEIs), as microempresas e as pequenas empresas com faturamento bruto anual até R$ 4,8 milhões. Até o momento, o Desenrola para empresas renegociou R$ 3 bilhões, de 100 mil comércios, segundo o governo. Veja mais detalhes na entrevista do ministro Márcio França ao g1. Ministro Márcio França, fala ao g1 sobre o programa Acredita



Haddad diz que reforma tributária e programa 'Acredita' farão Brasil crescer mais


18/10/2024 15:09 - g1.globo.com


Ministro estima que a reforma trará mais 0,5 ponto percentual de crescimento para a economia todos os anos, e o programa para empreendedores deve seguir a mesma linha. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que o Brasil vai crescer mais 0,5 ponto percentual a cada ano com a implementação da reforma tributária. "Se fosse crescer 3%, vai ser 3,5% e assim por diante", explicou. Haddad afirmou, também, que, para além do crescimento que a reforma deve trazer, o Acredita também deve garantir mais "algum ponto percentual" para o PIB todos os anos, porque os empreendedores beneficiados contribuirão para o avanço da economia. O ministro participou nesta manhã do evento "Acredite no Seu Negócio", em São Paulo. A ação conjunta dos ministérios serviu para reforçar as opções para empreendedores do programa Acredita, de renegociação e microcrédito para empreendedores. (saiba mais abaixo) "As pessoas precisam de crédito barato, porque esse é o caminho da emancipação", destacou o ministro. Para Haddad, os efeitos do programa Acredita farão a diferença no longo prazo, assim como outras medidas dos primeiros governos do presidente Lula. "As pessoas se perguntam sobre o porquê de o PIB do Brasil estar crescendo mais de 3%, mas uma série de coisas que foram feitas tem reflexos só no longo prazo. Falava-se em apagão de mão-de-obra no Brasil, mas hoje temos milhões de pessoas nas universidades. Falava-se em apagão de infraestrutura, [...] mas não se fala mais nisso", disse o ministro. Apagão em SP: Lula anuncia linha de crédito federal para quem teve prejuízos Governo anunciou linha de crédito para tempestades de SP Haddad também explicou como vai funcionar a linha de crédito para os empreendedores que foram comprovadamente afetadas pelo apagão em São Paulo, que aconteceu depois dos temporais da última semana. Serão destinados R$ 150 milhões, e o dinheiro virá do Fundo Garantidor de Operações (FGO). A medida será válida a partir da próxima segunda-feira (21). "Estamos reservando só R$ 150 milhões desse recurso que está disponível para liberar uma linha de crédito pelo Pronampe pelas pessoas (empreendedores) que foram comprovadamente afetadas pelo apagão na região metropolitana de São Paulo", disse Haddad. O ministro também afirmou que as empresas que estão dentro da área afetada em São Paulo que já devem para o Pronampe terão uma prorrogação de dois meses para o pagamento das dívidas, sem a necessidade de comprovar que teve prejuízos com os apagões. "Essa linha de crédito é para a atividade econômica", disse o ministro, explicando que para as pessoas físicas que tiveram algum dano em bens por conta do apagão devem recorrer à concessionário de energia elétrica para repor os prejuízos. Programa Acredita O governo federal diz que a proposta do evento é impulsionar mecanismos de estímulo aos pequenos negócios, presentes em eixos do programa Acredita, "conjunto de iniciativas desenhado para reestruturar o mercado de crédito no Brasil, estimular a geração de renda e emprego, além de promover o crescimento econômico". O Acredita reúne as medidas que abrangem a liberação de crédito para o fortalecimento de negócios administrados por pessoas inscritas no Cadastro Único (CadÚnico), chamado "Acredita no Primeiro Passo", e uma linha de crédito destinada a MEIs e microempresas com faturamento anual limitado a R$ 360 mil, chamada de ProdCred 360. Por fim, o governo também voltou a divulgar as bases do "Desenrola" dos pequenos negócios, com foco em dívidas bancárias de microempreendedores individuais (MEIs), as microempresas e as pequenas empresas com faturamento bruto anual até R$ 4,8 milhões. Veja mais detalhes na entrevista do ministro Márcio França ao g1. Ministro Márcio França, fala ao g1 sobre o programa Acredita



China aposta em megapacote econômico para PIB chegar aos 5%; saiba quais os reflexos para o Brasil


18/10/2024 15:00 - g1.globo.com


Economia do gigante asiático avançou 4,6% no 3º trimestre em comparação com o ano passado. Para especialistas, números podem melhorar mais com os estímulos, mas crise no mercado imobiliário e baixo consumo das famílias ainda são entraves para crescimento sólido. Montagem com notas de yuan, a moeda chinesa. Reuters O Produto Interno Bruto (PIB) da China cresceu 4,6% no terceiro trimestre deste ano em relação ao mesmo período do ano anterior, conforme dados oficiais divulgados nesta quinta-feira (17). O resultado ficou ligeiramente acima das expectativas de analistas, que esperavam uma alta de 4,5%. Apesar do avanço, a economia do gigante asiático desacelerou em comparação com segundo trimestre, quando o crescimento foi de 4,7%, abaixo do que previa a maioria dos economistas. A meta do governo chinês, considerada audaciosa por analistas, é de crescimento de 5% em 2024. Para alavancar o PIB, a segunda maior economia do mundo lançou, então, um pacote sem precedentes, com o intuito de fomentar o consumo e apoiar o mercado imobiliário — áreas que passam por forte crise. Possíveis impactos da iniciativa, anunciada no fim do mês passado, só poderão ser percebidos a partir das próximas divulgações da atividade econômica do país. Enquanto isso, especialistas ouvidos pelo g1 afirmam que o megapacote chinês pode até alavancar os números do PIB, mas ainda há um importante problema estrutural com a demanda interna, já que o consumo das famílias está — e tende a seguir — em níveis baixos. A contenção de gastos da população chinesa coincide com o forte desemprego entre os mais jovens e com a desvalorização de imóveis. O movimento, que se acentuou após a pandemia de Covid-19, tem aumentado os receios dos consumidores, que observam seus patrimônios perderem valor. Para o Brasil, os reflexos do megapacote devem ser pontuais, com benefícios a apenas alguns setores exportadores de commodities. Segundo analistas, o cenário é completamente diferente dos anos 2000, período marcado por uma forte expansão da economia chinesa, com crescimentos anuais entre 8% e 14%. À época, o forte progresso de uma China superaquecida resvalou positivamente na economia brasileira, que aproveitou o boom das commodities para produzir e exportar mais para o gigante asiático — até hoje, o principal parceiro comercial do Brasil. Entenda, nos tópicos abaixo, o que se espera do novo pacote econômico chinês: Os principais pontos da medida; Os problemas — e os desafios — chineses; O megapacote é suficiente?; Os reflexos no Brasil e em empresas brasileiras. Banco Central da China anuncia medidas para estimular economia Os principais pontos da medida O economista Lívio Ribeiro, pesquisador associado do FGV Ibre e sócio da BRCG Consultoria, destaca que o megapacote chinês tem natureza monetária e creditícia (ou seja, de redução de juros e ampliação de acesso a recursos financeiros) e possui três grandes frentes: ▶️ Cortes múltiplos nos juros, com reduções em taxas de referência próximas de 0,5 ponto percentual — magnitude acima do histórico do país. ▶️ Concessão de crédito, que poderá ser usado, por exemplo, para recompra de papéis no mercado de ações pelas empresas, formando uma linha de recapitalização. ▶️ Redução dos compulsórios (dinheiro que os bancos precisam ter em mãos), liberando mais de 1 trilhão de yuans (cerca de US$ 140 bilhões de dólares) às instituições. "Em termos creditícios e monetários, essa é a maior atuação do governo chinês desde a eclosão da pandemia de Covid-19", destaca Ribeiro. No último sábado (12), o ministro das Finanças do país, Lan Foan, anunciou mais estímulos. Apesar da frustração de investidores com a falta de detalhes, sabe-se que as medidas são destinadas a apoiar os governos locais e o mercado imobiliário. Além das iniciativas já anunciadas, estão em curso discussões sobre uma possível — e pontual — transferência de renda para pessoas em situação de miséria no país, cujo valor ainda não foi definido. Segundo a agência Reuters, a China planeja emitir títulos soberanos especiais (medida utilizada para a captação de recursos) no valor de cerca de 2 trilhões de iuanes (US$ 284,43 bilhões) neste ano, como parte dos novos estímulos. Metade desse valor seria para ajudar os governos locais que enfrentam problemas de endividamento. A outra metade subsidiaria a compra de eletrodomésticos e bens, além de financiar uma ajuda mensal por criança para as famílias com dois ou mais filhos. Os problemas — e os desafios — chineses O baixo consumo das famílias e a crise imobiliária são ingredientes que ajudam a explicar a dificuldade de crescimento da economia chinesa após a pandemia. Segundo dados oficiais, o consumo total dos lares representa menos de 40% do PIB do país — cerca de 20 pontos percentuais (p.p.) abaixo da média mundial. No setor imobiliário, os investimentos em desenvolvimento de projetos tiveram uma queda de 10,2% de janeiro a agosto deste ano frente ao mesmo período de 2023, segundo o Escritório Nacional de Estatísticas da China. Além disso, os preços de imóveis novos recuaram 0,7% em agosto, atingindo o 14º mês seguido de queda. Em relação ao ano anterior, a desvalorização acumulada chega a 5,3%. Lívio Ribeiro, do FGV Ibre e da BRCG Consultoria, afirma que o momento atual da China exigiria, principalmente, medidas relacionadas às famílias. Ele destaca o medo por parte dos consumidores, que observam diluição de patrimônio e o desemprego entre os jovens. "O chinês vê o filho único sem emprego. Vê o imóvel — que ele poupou a vida inteira para comprar e que é o principal estoque de riqueza dele — perdendo valor. Olha para o futuro e vê que não há um programa nacional de aposentadoria. Então, naturalmente, ele tem medo [de gastar]", exemplifica. Empreendimento residencial em construção, em Xanagai, na China. Reuters O megapacote é suficiente? Para o professor Celio Hiratuka, diretor do Instituto de Economia (IE) da Unicamp e coordenador do grupo de estudos Brasil-China, as medidas já anunciadas podem levar a economia do país a uma trajetória de crescimento, "eventualmente até um pouco acima dos 5%". Ele pondera, no entanto, que isso não deve acontecer neste ano — frustrando as expectativas do governo chinês. "Esse conjunto de medidas vai demorar para fazer efeito. Mas, potencialmente, pode levar o país a uma trajetória de crescimento de acordo com as suas metas, revertendo o esfriamento dos últimos meses", diz Hiratuka. O governo chinês ainda discute um novo impulso fiscal, que pode ser anunciado entre o fim de outubro e o início de novembro. Nesse caso, a expectativa dos economistas é em relação ao enfoque do novo pacote. "Vamos ver a natureza dessas medidas e entender suas implicações para curto prazo (6 meses) e prazos mais longos", diz Lívio Ribeiro, do FGV Ibre. "Hoje, o efeito [das iniciativas já anunciadas] é de curto prazo e em preços. E o pacote precisa mostrar a que veio", continua. Uma das fragilidades apontadas por especialistas é que as medidas em vigor não resolvem o problema do baixo consumo das famílias. O entendimento é que esses incentivos beneficiam empresas e segmentos específicos — o que não garante uma melhora direta em termos de geração de renda e emprego. O resultado é a permanência da insegurança financeira dos chineses e, assim, um consumo ainda travado. "Uma agenda que melhorasse a confiança das famílias — seja na renda presente, como transferência de renda; seja na renda futura, como uma aposentadoria — seria muito positiva para destravar a possibilidade de consumo no curto prazo", diz Lívio Ribeiro. Os reflexos no Brasil e em empresas brasileiras A China é a principal parceira comercial do Brasil. De janeiro a setembro deste ano, por exemplo, o país foi responsável pela compra de 30% do total de produtos brasileiros exportados. Em valores correntes, os asiáticos importaram US$ 76,6 bilhões do Brasil no período. Para efeito de comparação, as exportações brasileiras para os Estados Unidos — nosso segundo maior parceiro comercial, responsável por 11,5% do total dos produtos vendidos — somaram US$ 29,4 bilhões na mesma janela. "Um crescimento mais robusto na China pode ter efeitos tanto na demanda por exportações do Brasil quanto no preço das commodities. Então, traz reflexos importantes, ainda difíceis de mensurar", diz Celio Hiratuka, da Unicamp. Entre as commodities, o megapacote tem potencial de elevar os preços do minério de ferro. Com uma China mais aquecida e aplicando estímulos ao mercado imobiliário, a demanda pela matéria-prima tende a crescer, elevando sua cotação no mercado internacional. A alta nos preços favorece exportadoras brasileiras como a mineradora Vale, empresa de maior peso no Ibovespa. Dessa forma, o megapacote chinês pode beneficiar algumas companhias do Brasil e, eventualmente, o principal índice acionário da bolsa de valores do país. Segundo Hiratuka, o movimento ainda pode beneficiar setores da indústria brasileira ao diminuir a concorrência direta. Na prática, um mercado interno mais aquecido na China ajudaria a atenuar a ofensiva de produtos manufaturados do gigante asiático a outros países, explica o professor. Apesar do cenário promissor para o minério de ferro, produtos do agronegócio como soja, milho, algodão e proteína animal — importantes frentes de exportação do Brasil para a China — não devem surfar a onda positiva, destaca Lívio Ribeiro, do FGV Ibre. São produtos que esbarram no consumo interno, que segue enfraquecido no país. "Proteína é consumo. Soja é ração para produzir proteína interna. Se há um problema de consumo, indiretamente a soja também não anda", exemplifica. O petróleo, outra commodity entre as principais exportações brasileiras, também esbarra no consumo das famílias: para gerar efeitos na nossa balança comercial, é preciso uma economia chinesa mais aquecida, com um número maior de pessoas viajando e fábricas produzindo, por exemplo. "Se as medidas que estão sendo colocadas em marcha têm efeito sobre o agregado — independentemente de a composição ser pró consumo ou não — você pode ter um efeito das exportações de petróleo para a China. Mas temos grandes competidores internacionais que podem nos deslocar. Então, não é muito certo que esse mercado seja cativo", afirma Ribeiro. Ainda assim, possíveis impactos do novo megapacote chinês ao Brasil significariam um cenário completamente diferente do que aconteceu nos anos 2000, período marcado pelo salto econômico da China: o PIB do país, que começou este século em US$ 1,2 trilhão, alcançou US$ 6 trilhões em 2010. À época, a disparada dos números foi alicerçada em uma conjuntura de forte aquecimento interno, com disparada no mercado de trabalho e no consumo da população. "Definitivamente, não estamos falando agora de um superciclo, de uma China que vai ter milhões e milhões de pessoas entrando na força de trabalho, no consumo. O que aconteceu nos anos 2000 não tem absolutamente nenhum paralelo com o que está acontecendo agora", conclui Ribeiro.



Ações judiciais por conta de fornecimento de energia elétrica crescem 76% em 4 anos no Brasil


18/10/2024 14:57 - g1.globo.com


Em 2023, foram 229 mil processos, segundo Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Para especialistas, o aumento decorre de falta de investimento do setor ante um clima mais extremo e da maior judicialização das relações de consumo – ações de consumidores em geral cresceram na mesma proporção no período. Rodrigo Rodrigues/g1 O número de novas ações judiciais relacionadas ao fornecimento de energia elétrica cresceu 76% em 4 anos, e chegou a 229 mil em 2023, mostram dados do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Os dados de janeiro a julho indicam que, em 2024, esse número pode ser ainda maior: em média, 740 novas ações por dia, ante 627 em 2023. Os números não refletem o apagão em São Paulo ocorrido após a tempestade de sexta-feira (11) que deixou 3,1 milhões de pessoas sem luz. Por que as ações têm aumentado? Professor titular de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Helder Queiroz afirma que o setor elétrico brasileiro não passou por mudanças substanciais que pudessem levar a esse aumento no número de processos. Para o especialista, o crescimento pode estar relacionado a uma falta de investimentos das empresas de distribuição de energia elétrica em suas redes, o que leva a uma piora do serviço e, consequentemente, aos questionamentos judiciais – especialmente em um contexto de mudanças climáticas. "Isso é o que aconteceu no Amapá, aconteceu em Goiás e agora tem acontecido em São Paulo", diz Queiroz, em referência ao apagão na capital paulista. "[É] Um indício de que as empresas não estão se preparando como deviam para expandir, modernizar e recuperar as redes, de um lado, e muito menos adaptar as redes, porque agora tudo depende de investimentos e adaptação às mudanças climáticas. Esses eventos extremos vão continuar acontecendo." Entenda como tentar indenização por prejuízos causados por apagão O advogado João Valença, do escritório VLV Advogados, ressalta que, além de falta de energia, muitos processos estão relacionados a outras disputas com as empresas, como cobranças que os consumidores consideram indevidas – como pode acontecer em outros setores. "Muitas ações envolvem questionamentos sobre cobranças acima do consumo real ou outros encargos que o consumidor entende serem indevidos. Nessas ações, os consumidores pedem a revisão da fatura e, em alguns casos, indenizações por danos morais", afirma. Os dados do CNJ mostram que, apesar do crescimento, as ações de fornecimento de energia elétrica seguem representando cerca de 3% de todos os processos de consumidor no país. Isso porque o total de novas ações relacionadas a direito do consumidor subiram no mesmo ritmo das de consumo (76%), de 4,3 milhões em 2020 para 7,6 milhões em 2023. "Os números apontam que há uma maior judicialização por parte dos consumidores de um modo geral e, no caso do fornecimento de energia elétrica, isso irá se manifestar a depender das situações vividas em cada estado e região. Se o consumidor já está mais propenso a buscar o seu direito, isso deve ser acentuado quando falamos de algo que impacta tanto a vida de um indivíduo", afirma Valença. LEIA MAIS Temporal na Grande SP deixou 2,1 milhões de clientes da Enel sem energia, diz empresa SP tem quase 14 mil pedidos de poda de árvores pendentes em 2024; fila se concentra na periferia 'Onde está a Enel?' Sem conseguir atendimento pelo SAC, moradores de SP caçam carros da empresa para tentar falar com técnicos Entenda qual é a responsabilidade da Aneel em casos de apagão, como o da Enel em São Paulo



Dino suspende regra que definiu idade igual para aposentadoria de policiais homens e mulheres


18/10/2024 13:46 - g1.globo.com


Regra foi alterada pela Reforma da Previdência em 2019 e passou a prever idade mínima de 55 anos 'para ambos os sexos'. Norma para mulheres fica reduzida em três anos até Congresso votar novo projeto. O ministro do STF Flávio Dino Gustavo Moreno /STF O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Flávio Dino suspendeu, em decisão desta quinta-feira (17), a regra instituída pela Reforma da Previdência que definiu idade mínima de 55 anos para a aposentadoria de policiais civis e federais homens e mulheres. A decisão individual de Flávio Dino: retira da emenda constitucional de 2019 o trecho "para ambos os sexos", no artigo que trata da idade mínima para aposentadoria de policiais civis e federais; define que as mulheres policiais podem se aposentar três anos antes – ou seja, a partir dos 52 anos – até que o Congresso edite nova norma sobre o assunto. Dino atendeu a um pedido da Associação dos Delegados de Polícia do Brasil (Adepol), que apontou "discriminação injusta" na regra ao definir a mesma idade de aposentadoria para agentes de ambos os sexos. Isso porque, em regras anteriores à reforma, as mulheres podiam se aposentar com uma idade menor – assim como acontece no regime geral da previdência. “[...] não vislumbro justificativa suficiente, no que tange aos critérios de aposentação, para a imposição de exigências idênticas a ambos os sexos, e concluo que os dispositivos impugnados se afastam do vetor constitucional da igualdade material entre mulheres e homens, a merecer a pecha da inconstitucionalidade pela não diferenciação de gênero para policiais civis e federais", diz Dino. Segundo Dino, esse abatimento de três anos no tempo de contribuição segue a "regra geral" da previdência até que os parlamentares decidam uma nova regra – que pode adotar outro tipo de diferenciação, mas não igualar as idades. A decisão de Flávio Dino será levada ao plenário virtual no próximo dia 1º de novembro, para que os demais ministros do STF decidam se mantêm ou revogam a determinação.



CNPJ terá letras e números a partir de julho de 2026; veja o que muda


18/10/2024 13:22 - g1.globo.com


Segundo a Receita Federal, a mudança não afetará os CNPJs já existentes e será válida apenas para os cadastros futuros. Fachada da Receita Federal, em Brasília. Marcelo Camargo/Agência Brasil A partir de julho de 2026, o Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ) passará a ser alfanumérico, contendo letras e números. Segundo a Instrução Normativa RFB nº 2.229, publicada pela Receita Federal, a mudança não afetará as empresas atuais, apenas os cadastros futuros. O novo número de identificação do CNPJ terá 14 posições. As oito primeiras identificarão a raiz do novo número, compostas por letras e números; As quatro seguintes representarão a ordem do estabelecimento, também alfanuméricas; As duas últimas posições, que correspondem aos dígitos verificadores, continuarão a ser numéricas. No caso dos dígitos verificadores, para manter os algarismos nos futuros CNPJs, os valores numéricos e alfanuméricos serão substituídos pelo valor decimal correspondente ao código da tabela ASCII (Código Padrão Americano para Intercâmbio de Informações), usada pela maior parte da indústria de computadores. Do código da tabela ASCII, será subtraído o valor 48. Dessa forma, a letra A equivalerá a 17, B a 18, C a 19 e assim por diante. Ainda segundo a Receita, a implementação do CNPJ alfanumérico visa garantir a continuidade das políticas públicas e assegurar a disponibilidade de números de identificação, sem causar impactos técnicos significativos para a sociedade brasileira. LEIA MAIS Governo lança cartão de crédito e débito para MEI; entenda como vai funcionar Cartão MEI do governo ajuda a organizar finanças, mas pode gerar endividamento, dizem analistas Veja também Empreendedorismo penitenciário: O modelo de negócio que tem como foco as mulheres dos presos Empreendedorismo Penitenciário: roupas de visita e “jumbo” viraram modelo de negócio Taxidermistas: Quem são os profissionais que faturam 'eternizando' animais de estimação mortos Quem são os profissionais que faturam ‘eternizando’ animais de estimação mortos



Trabalho infantil recua ao menor nível desde 2016, mas ainda atinge 1,6 milhão de jovens, aponta IBGE


18/10/2024 13:00 - g1.globo.com


Cerca de 4,2% das crianças e adolescentes de 5 a 17 anos no Brasil estão nessa situação. Mais de 580 mil exercem atividades consideradas as piores formas de trabalho. Foto de arquivo mostra criança trabalhando em armazém de beneficiamento de mandioca Sérgio Carvalho/Auditor-Fiscal do Trabalho O número de jovens em situação de trabalho infantil no Brasil caiu 14,6% no último ano e atingiu o seu menor patamar desde 2016, quando o IBGE iniciou a coleta de dados sobre o assunto. A pesquisa, divulgada nesta sexta-feira (18), aponta que 1,6 milhão de crianças e adolescentes entre 5 e 17 anos exerciam trabalho infantil em 2023, ou seja, 4,2% do total dos jovens nessa faixa etária no país (38,3 milhões). Em 2022, esse percentual era de quase 5%. Na época, pela primeira vez, o número representou um aumento em relação ao ano anterior do estudo, 2019, após três anos consecutivos de queda. (veja o gráfico abaixo) Em 2020 e 2021, esses dados não foram coletados na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua por causa da pandemia de Covid-19. “A gente sabe que, [no período de pandemia], o mercado de trabalho foi muito afetado. Houve uma queda importante na população ocupada, o que pode ter comprometido a renda familiar” e contribuído para o crescimento do trabalho infantil em 2022, destaca Gustavo Geaquinto Fontes, analista do IBGE. Já 2023 foi um ano favorável para o mercado de trabalho, observa. O desemprego diminuiu e o rendimento médio das famílias aumentou, mostram dados do instituto. Para o analista, essa situação, aliada às políticas públicas para mitigar o trabalho infantil no país, ajudam a explicar a queda nos indicadores. Mas, o que é trabalho infantil? Nem todas as crianças que realizam atividades econômicas ou para autoconsumo (como pesca, criação de animais, etc) se enquadram na situação de trabalho infantil. Para isso, ele precisa ser “perigoso e prejudicial para a saúde e desenvolvimento mental, físico, social ou moral das crianças” ou interferir na escolarização, segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT). A classificação também é diferente de acordo com a faixa etária dos jovens. Para crianças de até 13 anos, qualquer forma de trabalho é proibida. Adolescentes de 14 e 15 anos só podem atuar na condição de aprendiz. Já jovens de 16 e 17 estão autorizados a trabalhar com carteira assinada, mas nunca em atividades insalubres, perigosas ou em horário noturno. LEIA TAMBÉM: Governo atualiza 'lista suja' do trabalho escravo; cantor Leonardo é incluído Sobrevivente de trabalho escravo vira fiscal e ajuda outras vítimas Tipos de atividade Quase metade dos menores em situação de trabalho infantil no Brasil atuam no comércio ou com a reparação de veículos (26,7%) e em atividades como agricultura, pesca e pecuária (21,6%). Outros serviços comuns são relacionados a alojamento e alimentação (12,6%), na indústria (11%) e domésticos (6,5%). A pesquisa do IBGE também aponta o número de jovens que exercem as “piores formas de trabalho infantil” no país. São atividades descritas na Lista TIP, do governo federal, que geralmente envolvem risco de acidentes ou são prejudiciais à saúde. A relação inclui trabalho na construção civil, em matadouros, comércio ambulante em locais públicos, coleta de lixo, venda de bebidas alcoólicas, entre outras atividades (veja aqui). Em 2023, o número de jovens que realizam esses serviços também foi o menor da série histórica do IBGE. A redução foi de 22,5% frente ao ano anterior. Apesar disso, a situação ainda atinge 586 mil jovens no Brasil, e é mais frequente entre os mais novos. De acordo com a pesquisa, 65,7% das crianças de 5 a 13 anos que realizam atividades econômicas exercem ocupações da lista TIP. No grupo de 14 e 15 anos, esse percentual é de 55,7%, e no de 16 e 17 anos, de 34,1%. Situação por raça e gênero Quase dois terços (65,2%) das crianças e adolescentes em situação de trabalho infantil são pretos ou pardos, aponta o IBGE. O percentual é maior do que a proporção deste grupo no total de jovens desta faixa etária no país (59,3%). O mesmo acontece no recorte de gênero. Crianças do sexo masculino são 51,2% do total de jovens de 5 a 17 anos no Brasil, mas chegam a 63,8% entre os trabalhadores infantis. (veja o gráfico abaixo) Maioria dos trabalhadores infantis são meninos negros g1 A diferença é ainda maior ao analisar os menores que atuam nas piores formas de trabalho infantil: 76,4% são homens, e 67,5% são pretos ou pardos. Renda média No geral, o rendimento médio das crianças e adolescentes em situação de trabalho infantil, que realizam atividades econômicas, é de aproximadamente R$ 771 por mês. Esse valor aumenta conforme a idade e o número de horas trabalhadas. (veja abaixo) Rendimento médio de menores em situação de trabalho infantil é de R$ 771 por mês g1 Lembrando que 63% das crianças mais novas, de até 13 anos, em situação de trabalho infantil realizam apenas produção para consumo próprio. E, ainda, entre aquelas que exercem atividades econômicas, o predomínio é de trabalhadores familiares auxiliares (58,5%), ou seja, que não recebem remuneração direta, mas ajudam no negócio da família. A média entre os jovens de 5 a 17 anos que trabalham, mas não estão enquadrados na situação de trabalho infantil, é de R$ 1.074. Estudo vs. trabalho Os números do IBGE mostram ainda que quase todas as crianças de 5 a 13 anos no Brasil (99%) estão na escola, independentemente de exercerem trabalho infantil ou não. No entanto, a frequência escolar diminui conforme a idade avança, principalmente entre os jovens que trabalham. Na faixa etária de 14 e 15 anos, 98,3% dos jovens brasileiros estudam, mas esse percentual cai para 94% dentro do grupo dos que estão em situação de trabalho infantil. Do total de jovens de 16 e 17 anos, por sua vez, 90% estão na escola. Entre os trabalhadores infantis, os estudantes são 81,8%. Veja também: Entenda o que é a 'lista suja' do trabalho escravo que incluiu o cantor Leonardo Sobrevivente de trabalho escravo em vinícolas vira agente fiscal e ampara outras vítimas



Dólar sobe e encosta em R$ 5,70, após PIB da China e dados dos EUA; Ibovespa cai


18/10/2024 12:51 - g1.globo.com


A moeda norte-americana avançou 0,68%, cotada a R$ 5,6983. Já o principal índice de ações da bolsa de valores recuou 0,22%, aos 130.499 pontos. Dólar opera em alta Karolina Grabowska O dólar fechou em alta nesta sexta-feira (18), enquanto o mercado repercutia os últimos dados das duas maiores economias do mundo. Com o resultado de hoje, a moeda moeda norte-americana avançou 1,49% sobre o real no acumulado da semana. O Ibovespa, principal índice de ações da bolsa de valores brasileira, encerrou em queda. (veja as variações mais abaixo) No fim da noite de quinta (17), a China divulgou que seu Produto Interno Bruto (PIB) subiu 4,6% no 3º trimestre em relação ao mesmo período do ano passado — levemente acima das projeções, mas indicando uma desaceleração frente ao trimestre imediatamente anterior, quando avançou 4,7%. A China pretende crescer pelo menos 5% neste ano. Para isso, o governo vem implementando, desde o fim de setembro, medidas de estímulo para garantir que a meta seja atingida, em meio a uma série de dificuldades que o país enfrenta para crescer. MEGAPACOTE: China aposta em incentivos para alavancar PIB; veja os reflexos para o Brasil Também na quinta-feira, dados do comércio e do mercado de trabalho nos Estados Unidos mostraram uma economia ainda aquecida, levando dúvidas sobre as próximas decisões do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) em relação às taxas de juros do país. Os juros americanos estão entre 4,75% e 5%, depois de a instituição promover um corte de 0,5 ponto percentual em setembro. O mercado espera um novo corte na próxima reunião do Fed, mas a economia ainda aquecida pode reduzir a magnitude dessas baixas. Veja abaixo o resumo dos mercados. MOTIVOS: Ibovespa tem melhor mês desde novembro, mas dólar não segue o entusiasmo DÓLAR: Qual o melhor momento para comprar a moeda? Dólar O dólar subiu 0,68%, cotado a R$ 5,6983. Veja mais cotações. Com o resultado, acumulou: alta de 1,49% na semana; avanço de 4,62% no mês; ganho de 17,43% no ano. No dia anterior, a moeda norte-americana caiu 0,08%, a R$ 5,6596. O Ibovespa O Ibovespa caiu 0,22%, aos 130.499 pontos. Com o resultado, acumulou: alta de 0,39% na semana; perdas de 1% no mês; recuo de 2,75% no ano. Na véspera, o índice caiu 0,73%, aos 130.793 pontos. O que está mexendo com os mercados? Além do PIB, a China também divulgou outros dados econômicos nesta quinta. As vendas no varejo, na comparação anual, tiveram uma alta de 3,2%, enquanto a produção industrial subiu 5,4%, os dois indicadores acima das projeções da maioria do mercado. "Os dados animaram o mercado, embora ainda haja incertezas sobre os pacotes de estímulos anunciados no último sábado", destacam analistas da XP Investimentos. A economia da China enfrentou um crescimento desigual este ano, com a produção industrial superando o consumo interno, aumentando os riscos de deflação em meio à crise do setor imobiliário e ao crescente endividamento dos governos locais. Os governantes, que tradicionalmente se apoiaram em investimentos em infraestrutura e manufatura para impulsionar o crescimento, prometeram mudar o foco para estimular o consumo, mas os mercados aguardam mais detalhes sobre um pacote de estímulo fiscal planejado. A China também anunciou que ampliará uma lista de projetos habitacionais elegíveis a financiamento e aumentará os empréstimos bancários para esses empreendimentos para 4 trilhões de iuanes (cerca de US$ 562 bilhões ou R$ 3,2 trilhões) até o final do ano. O anúncio foi visto pelo mercado como sendo apenas complementar às medidas de estímulo ao setor que o governo chinês já havia apresentante anteriormente. A decepção com a China, que é o maior importador de matérias-primas do planeta, voltou a pressionar os preços das commodities nesta quinta. Já nos Estados Unidos, as vendas no varejo cresceram 0,4% em setembro, acima do 0,1% registrado em agosto e também mais do que a alta de 0,3% que as projeções apontavam. Já a produção industrial norte-americana marcou uma queda de 0,3% no mês passado, após alta de 0,3% em agosto. Nesse caso, o mercado esperava uma queda de 0,2%. Outro destaque na maior economia do mundo ficou com os números de pedidos semanais por seguro-desemprego. Foram 241 mil novos pedidos na última semana, em linha com as estimativas, e abaixo dos 260 mil da semana anterior. "Após os dados, o mercado espera majoritariamente corte de 0,25 pp (ponto percentual) na próxima reunião de política monetária do Fed", explica a XP. *Com informações da agência de notícias Reuters



Alerta da IFI para alta da dívida pública reforça necessidade de corte de gastos no governo


18/10/2024 12:46 - g1.globo.com

A Instituição Fiscal Independente (IFI), órgão vinculado ao Senado, divulgou um cenário negativo para as projeções da dívida pública federal neste e nos próximos anos. A entidade apontou que a dívida, hoje em 78,5% do PIB, pode fechar o ano nos 80% e com tendência de alta para os próximos anos. Classificada pela IFI como “principal termômetro da saúde fiscal” de um país, a relação entre a dívida e a soma das riquezas do país pode fechar 2026 – último ano do atual mandato de Lula – em 84,1%. Para comparação: no início do governo Lula, essa proporção era de 71,7%. Simone Tebet anuncia que 'chegou a hora' de revisão estrutural de gastos O tamanho da dívida em relação ao PIB é um dos principais indicadores levados em conta pelas agências de risco e pelos investidores estrangeiros em suas recomendações para aplicações num país. Por isso, a entidade reforça a necessidade do governo Lula de aprovar o pacote de corte de gastos estruturais, em preparação pela equipe econômica, que visa reduzir os gastos permanentes da União, fazendo uma economia anual superior a R$ 50 bilhões. “A dívida terminará 2024 em 80% do PIB e com viés de alta. Para estabilizar o endividamento do país, só com uma reforma estrutural do gasto público”, afirma o diretor-executivo da IFI, Marcus Pestana. Segundo ele, “mantido o atual ambiente, os déficits serão permanentes, os juros altos e a dívida crescente, gerando desconfiança sobre a saúde fiscal do Brasil”. A entidade destaca que a dívida está crescendo pela falta de geração de superátivs primários e pelas emissões de títulos da dívida. Com isso, a instituição alerta que o grau de endividamento público pode crescer 12,4 pontos percentuais nos quatro anos do mandato de Lula.



Como o WhatsApp ganha dinheiro se não cobra pelo uso nem divulga publicidade?


18/10/2024 11:19 - g1.globo.com


Todos usamos aplicativos gratuitos de mensagem como o WhatsApp. Mas como eles fazem dinheiro? Os principais aplicativos de mensagem são todos gratuitos. Então como ganham dinheiro? Getty Images via BBC Só nas últimas 24 horas eu escrevi mais de 100 mensagens no WhatsApp. Nada muito emocionante. Fiz planos com minha família, discuti projetos com colegas de trabalho e compartilhei notícias e fofocas com alguns amigos. E até mesmo minhas mensagens mais sem graça foram criptografadas por padrão e fizeram uso dos poderosos servidores do WhatsApp, instalados em vários data centers ao redor do mundo. LEIA TAMBÉM Como evitar que suas fotos do Instagram sejam usadas para treinar inteligência artificial Tradução de ligações no WhatsApp chega a mais celulares Samsung; veja lista de modelos compatíveis Não é uma operação barata, e ainda assim nem eu nem qualquer uma das pessoas com quem eu conversava ontem desembolsou qualquer centavo para usar o aplicativo. A plataforma tem quase três bilhões de usuários em todo o mundo. Então, como o WhatsApp - ou zapzap, apelido que ganhou no Brasil - ganha dinheiro? Com certeza ajuda o fato de o WhatsApp ter uma grande empresa - mãe por trás - a Meta, que também é proprietária do Facebook e do Instagram. Contas individuais e pessoais do WhatsApp como a minha são gratuitas porque o WhatsApp ganha dinheiro com clientes corporativos que querem se comunicar com usuários como eu. Desde o ano passado, empresas podem criar canais de WhatsApp gratuitamente, por onde podem enviar mensagens para todos que optarem por recebê-las. Elas pagam é pelo acesso a interações com clientes individuais através do aplicativo, tanto conversacional quanto transacional. Na cidade de Bangalore, na Índia, por exemplo, já é possível comprar uma passagem de ônibus e escolher seu assento, tudo via WhatsApp. “Nossa visão, se tudo der certo, é de que uma empresa e um cliente devem ser capazes de fazer negócio por mensagem”, diz Nikila Srinivasan, vice-presidente de business messaging da Meta. “Isso significa que, se você quiser reservar um ingresso, se quiser dar início a uma uma devolução, se quiser fazer um pagamento, poderá fazer isso sem nunca ter que deixar o bate-papo. E logo depois voltar para todas as outras conversas da sua vida.” As empresas agora também podem optar por pagar por um link que inicia um novo bate-papo do WhatsApp a partir de um anúncio no Facebook ou Instagram com uma conta individual. Nikila me disse que isso por si só já rende hoje “vários bilhões de dólares” para a gigante da tecnologia. Nikila Srinivasan, da Meta, diz que o objetivo é que negócios se comuniquem cada vez mais com seus clientes via WhatsApp Meta via BBC Outros aplicativos de mensagem seguiram por caminhos diferentes. Signal, uma plataforma reconhecida por seus protocolos de segurança para a troca de mensagens, que se tornaram padrão da indústria, é uma organização sem fins lucrativos. Diz que nunca pegou dinheiro de investidores (ao contrário do Telegram, que depende deles). Em vez disso, funciona com doações - entre elas uma injeção de US$ 50 milhões, de 2018, de Brian Acton, um dos cofundadores do WhatsApp. “Nosso objetivo é chegar o mais próximo possível de sermos totalmente financiados por pequenos doadores, contando com um grande número de contribuições modestas de pessoas que se preocupam com o Signal”, escreveu a presidente da empresa, Meredith Whittaker, em um post no blog no ano passado. Discord, um aplicativo de mensagens amplamente usado por jovens gamers, tem um modelo freemium - é gratuito para entrar, mas recursos adicionais, como acesso a jogos, têm um preço. Também oferece uma assinatura paga chamada Nitro, com benefícios que incluem streaming de vídeo de alta qualidade e emojis personalizados, por um custo mensal de US$ 9,99. A Snap, a empresa por trás do Snapchat, combina vários desses modelos. Exibe anúncios, tem 11 milhões de assinantes pagantes (dados de agosto de 2024) e também vende os óculos de realidade aumentada Snapchat Spectacles. E, além disso, de acordo com o site Forbes, entre 2016-2023, a empresa ganhou quase US$ 300 milhões apenas com juros. Mas a principal fonte de receita da Snap é a publicidade, que rende mais de US$ 4 bilhões por ano. Outros aplicativos de mensagem encontraram formas diferentes de sustentar, que podem incluir doações, serviços pagos e assinaturas Getty Images via BBC A empresa Element, com sede no Reino Unido, cobra de governos e grandes organizações pelo uso de seu sistema de mensagens seguras. Os clientes usam sua tecnologia, mas a executam sozinhos, em seus próprios servidores. A empresa de 10 anos possui uma “receita de milhões, na casa dos dois dígitos” e está “perto de obter lucro”, diz o cofundador Matthew Hodgson. Ele acredita que o modelo de negócios mais popular para aplicativos de mensagem continua sendo o eterno favorito digital, a publicidade. “Basicamente [muitas plataformas de mensagem] vendem anúncios monitorando o que as pessoas fazem, com quem elas falam e, em seguida, direcionando a elas os melhores anúncios”, diz ele. A ideia é que, mesmo que haja criptografia e anonimato, os aplicativos não precisam ver o real conteúdo das mensagens que estão sendo trocadas para entender muito sobre seus usuários, e esses dados podem ser usados para vender anúncios. “É aquela velha história - se você, o usuário, não está pagando, então grandes chances de você ser o produto”, acrescenta Hodgson.



Programa que pagará até R$ 92 mil para trabalhador remoto morar na Espanha abre inscrições


18/10/2024 08:03 - g1.globo.com


Iniciativa quer atrair nômades digitais para combater o despovoamento de Extremadura. Brasileiros podem se cadastrar, mas precisam ter visto de teletrabalho, que exige renda mínima de R$ 16 mil. Jerez de los Caballeros é uma cidade espanhola na província de Badajoz, em Extremadura sergiorojoes/Freepik O governo de Extremadura, uma comunidade autônoma na Espanha, abriu as inscrições para o programa que vai pagar até R$ 92 mil a pessoas que trabalham remotamente e estão dispostas a morar na região. A linha de ajuda já havia sido anunciada em agosto, mas o decreto com as regras para solicitá-la foi publicado nesta quinta-feira (17). O objetivo do governo, ao atrair nômades digitais, é combater o despovoamento de Extremadura, especialmente nas áreas rurais, e movimentar a economia, com moradores cujo salário provém do exterior, mas que vão consumir na região. Pessoas de dentro e fora da Europa, inclusive brasileiros, podem participar. No entanto, precisam cumprir uma série de exigências, como ter visto de teletrabalho na Espanha. E, entre os requisitos para conseguir esse documento, está comprovar uma renda superior a 2.646 euros (cerca de R$ 16,2 mil), explica Angel Vazquez Rocha, advogado especialista em imigração na Espanha. (veja mais detalhes abaixo) LEIA MAIS 'Workation': a tendência que une viagem de lazer ao trabalho 'CLT premium': entenda a trend que ostenta 'luxos trabalhistas' Como se inscrever? Os interessados na linha de ajuda de Extremadura podem se inscrever até 8 de outubro de 2025, pelo site do governo. Para fazer o cadastro, porém, é necessário ter certificado digital na Espanha. ➡️ O certificado digital é um meio de identificação que permite ao cidadão efetuar à distância trâmites junto ao governo espanhol. Ele só pode ser solicitado às autoridades se a pessoa tiver um número de identificação de estrangeiro (NIE), que é obtido após a autorização de residência na Espanha, com o visto. Assim, o interessado precisa correr atrás dessa documentação antes de iniciar o processo de inscrição no programa, orienta o advogado Vazquez Rocha. O cadastro também vai exigir que o candidato comprove que pode exercer seu trabalho de forma remota, por meios tecnológicos, tanto sendo ‘CLT’ ou como autônomo, com um contrato de prestação de serviços. Tipos de ajuda O governo vai oferecer dois tipos de ajuda para cobrir parcialmente os custos do estabelecimento dos imigrantes em Extremadura, que deverão ficar pelo menos dois anos na região. O auxílio será de 10 mil euros (aproximadamente R$ 61,2 mil), pagos uma única vez, para: Mulheres; Pessoas menores de 30 anos; Quem se mudar para uma cidade com menos de 5 mil habitantes. Ao fim do programa, os participantes que puderem ficar na região por mais um ano vão receber um adicional de 5 mil euros (R$ 30,6 mil). Quem não se enquadrar em nenhum desses requisitos receberá o total de 8 mil euros (cerca de R$ 49 mil) para os primeiros dois anos, e mais 4 mil euros (R$ 24,5 mil) se decidir estender a estadia. 'Workation': conheça a tendência que une viagem de lazer ao trabalho Visto de teletrabalho Em dezembro de 2022, entrou em vigor na Espanha uma lei que facilita o requerimento e a obtenção de visto para nômades digitais. O documento é destinado a pessoas que podem exercer sua atividade profissional à distância, por meio da tecnologia. O visto pode ser solicitado tanto por trabalhadores com carteira assinada, desde que atuem para empresas de fora da Espanha, como por autônomos e empresários, que deverão comprovar relações comerciais com uma ou mais empresas (clientes) nos últimos três meses. Nos dois casos, entre outras exigências, a pessoa precisa enviar uma documentação comprovando que está autorizada a trabalhar remotamente, detalha o advogado Angel Vazquez Rocha. Outro requisito, segundo o especialista, é que o trabalhador precisa ter diploma universitário ou ao menos três anos de experiência profissional comprovada. A renda mínima deve ser de dois salários mínimos na Espanha, ou seja, de 2.646 euros (cerca de R$ 16,2 mil). O visto também pode ser estendido à família do profissional, mas, além dos 2.268 euros, ele precisa ganhar mais 75% de um salário mínimo espanhol para levar uma pessoa (um cônjuge, por exemplo), e mais 50% para cada familiar adicional, como filhos. “Então, essa ajuda do governo de Extremadura vai atrair, mas não justifica que a pessoa saia do Brasil desesperadamente, porque o nômade já tem que ser altamente qualificado. Eles querem atrair quem já tem uma certa renda”, afirma Vazquez. O prazo para obter o visto de teletrabalho costuma ser rápido, diz o advogado. No geral, o governo espanhol tem de 10 a 20 dias úteis para responder à solicitação, se não ela é aprovada automaticamente. Vida em Extremadura Extremadura é uma comunidade autônoma na Espanha que faz fronteira com Portugal. Ela se divide em duas províncias (Cáceres e Badajoz), que englobam várias cidades. Atualmente, há 1.397 brasileiros vivendo na região, segundo o Instituto Nacional de Estatística da Espanha (INE). No entanto, o consulado do Brasil em Madri acredita que há pelo menos 2 mil brasileiros no local, pois as estatísticas oficiais deixam de contabilizar imigrantes em situação irregular e com dupla nacionalidade. De acordo com o governo local, Extremadura oferece “qualidade de vida a um preço razoável”, com aluguel e impostos sobre imóveis baratos. Também costuma proporcionar uma rotina mais calma aos moradores, longe das grandes cidades do país. O território é rico em recursos naturais e possui um vasto patrimônio histórico e cultural, ainda conforme o governo de Extremadura. A região também é conhecida pela produção de vinho e presunto. Veja também 'CLT Premium': o que é o termo que virou trend e que pode revolucionar o mercado Short friday: sair mais cedo do trabalho às sextas já é realidade em algumas empresas



Número de super-ricos dispara, e é preciso fortuna cada vez maior para se tornar um 'ultrarrico', diz Fortune


18/10/2024 06:30 - g1.globo.com


Revista norte-americana de negócios destaca que, se antes eram necessários ao menos US$ 30 milhões para um patrimônio 'ultra-high', agora a exigência pode chegar aos US$ 100 milhões. Dólar Karolina Grabowska/Pexels O número de super-ricos disparou no planeta nos últimos anos — e isso tem feito com que seja preciso cada vez mais dinheiro para ser considerado um ultrarrico. É o que aponta uma publicação da revista norte-americana Fortune, especializada em negócios. O texto cita dados da empresa francesa de consultoria Capgemini, que mostram um salto de 28% no número de pessoas com patrimônio superior a US$ 30 milhões (R$ 170 milhões) nos últimos 7 anos, chegando a 220 mil em 2023. O aumento fez subirem as "exigências" para ser um ultrarrico. Alguns especialistas apontam que agora é necessário algo em torno de US$ 50 milhões (R$ 283 milhões) ou US$ 100 milhões (R$ 567 milhões) em ativos para entrar no seleto clube. LEIA MAIS Zuckerberg desbanca Bezos e se torna o 2º mais rico do mundo em lista da Bloomberg Moody's: entenda por que a agência decidiu elevar a nota de crédito do Brasil Argentina: pobreza dispara e atinge mais da metade da população O presidente da consultoria Gulf Analytica, David Gibson-Moore, falou sobre o tema ao jornal britânico Financial Times. Segundo ele, os US$ 30 milhões são agora "apenas o ponto de partida". "Os ultrarricos hoje estão sendo medidos por novos padrões. Alguns comentaristas financeiros sugerem que US$ 100 milhões são o novo parâmetro para qualquer um que queira manter a cabeça erguida em festas de private equity [um tipo de investimento privado]", disse. O Relatório da Riqueza de 2024, da consultoria inglesa Knight Frank, também foi destacado pela revista Fortune. Segundo o documento, a riqueza global foi estimulada pelo "desempenho robusto da economia dos Estados Unidos" e pela "forte alta nos mercados de ações”. O relatório aponta um número ainda maior de pessoas com patrimônio líquido ultra-alto (ou ultra-high, no jargão em inglês) pelo mundo: mais de 626 mil. Embora a América do Norte lidere o crescimento, é na Europa que moram os mais ricos, conclui a publicação. Clube dos 90+: veja quem são os bilionários mais velhos do mundo



Bolsa Família 2024: pagamentos de outubro começam nesta sexta-feira; veja calendário


18/10/2024 03:00 - g1.globo.com


Primeiros a receber serão os beneficiários com Número de Identificação Social (NIS) com final 1. Pagamento previsto é de R$ 600 por família, com possíveis adicionais; valores serão pagos de forma escalonada até o fim do mês. Caixa paga também o Auxílio Gás. Calendário do Bolsa Família 2024 é divulgado. MDS A Caixa Econômica Federal inicia os pagamentos de outubro do Bolsa Família nesta sexta-feira (18), e também do Auxílio Gás. Os primeiros a receber serão os beneficiários com Número de Identificação Social (NIS) com final 1. (veja mais abaixo o calendário completo) De acordo com o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS), o benefício será pago durante os últimos 10 dias úteis de cada mês, de forma escalonada — com exceção de dezembro, quando o calendário é antecipado. Há exceção também para os moradores de municípios em situação de emergência ou estado de calamidade pública reconhecidos pelo governo federal. Para essas pessoas, o pagamento será realizado de forma unificada, no primeiro dia do repasse, independentemente do número final do NIS. O Bolsa Família prevê o pagamento de, no mínimo, R$ 600 por família. Há também os adicionais de: R$ 150 por criança de até 6 anos; R$ 50 por gestantes e crianças e adolescentes de 7 a 17 anos; R$ 50 por bebê de até seis meses. Confira o calendário do Bolsa Família para outubro de 2024: Final do NIS: 1 - pagamento em 18/10 Final do NIS: 2 - pagamento em 21/10 Final do NIS: 3 - pagamento em 22/10 Final do NIS: 4 - pagamento em 23/10 Final do NIS: 5 - pagamento em 24/10 Final do NIS: 6 - pagamento em 25/10 Final do NIS: 7 - pagamento em 28/10 Final do NIS: 8 - pagamento em 29/10 Final do NIS: 9 - pagamento em 30/10 Final do NIS: 0 - pagamento em 31/10 Ao longo do ano, a previsão de pagamentos é: Novembro: de 14/11 a 29/11; Dezembro: de 10/12 a 23/12. Bolsa Família 2024: pagamentos começam nesta quinta-feira; veja calendário Veja abaixo perguntas e respostas sobre o Bolsa Família. Quem pode receber o Bolsa Família? A principal regra para receber o benefício é ter renda mensal familiar de até R$ 218 por pessoa. Para se enquadrar do programa, é preciso somar a renda total e dividir pelo número de pessoas. Caso o valor fique abaixo dos R$ 218, a família está elegível ao Bolsa Família. Os beneficiários também precisam arcar com contrapartidas, como: manter crianças e adolescentes na escola; fazer o acompanhamento pré-natal (no caso de gestantes); manter as carteiras de vacinação atualizadas. Onde se cadastrar? Os beneficiários precisam se inscrever no Cadastro Único (CadÚnico) — principal instrumento do governo federal para a inclusão de famílias de baixa renda em programas sociais — e aguardar uma análise de enquadramento. Estar no Cadastro Único não significa a entrada automática nos programas sociais do governo, uma vez que cada um deles tem regras específicas. Mas o cadastro é pré-requisito para que a inscrição seja avaliada. VEJA COMO FAZER O CADASTRO ÚNICO DO GOVERNO FEDERAL Como sacar o Bolsa Família? Os beneficiários recebem e podem movimentar os valores pelo aplicativo Caixa TEM e internet banking. Assim, não é necessário ir até uma agência da Caixa Econômica Federal — que é responsável pelo pagamento do Bolsa Família — para realizar o saque. Segundo a Caixa, os beneficiários também podem utilizar o cartão do programa para realizar compras nos estabelecimentos comerciais, por meio da função de débito. Além disso, há a opção de realizar saques nos terminais de autoatendimento, casas lotéricas e correspondentes Caixa Aqui, além das agências da Caixa.



PIB da China cresce 4,6% no 3º trimestre, diz governo


18/10/2024 02:07 - g1.globo.com


Resultado superou expectativas de analistas. Governo aumentou medidas de estímulo desde o fim de setembro para revitalizar a economia e garantir que o crescimento atinja a meta. Economistas consultados pela Reuters esperavam que o PIB do terceiro trimestre crescesse 4,5% Getty Images via BBC A economia da China cresceu 4,6% no terceiro trimestre deste ano em relação a 2023, segundo dados oficiais do governo, informou a agência de notícias Reuters. O Produto Interno Bruto (PIB) foi divulgado na noite desta quinta-feira (17), pelo horário de Brasília, manhã de sexta-feira (18) no horário local. O resultado, segundo a agência, superou ligeiramente as expectativas dos analistas e mantendo a pressão sobre os formuladores de políticas enquanto consideram mais medidas de estímulo. Economistas consultados pela Reuters esperavam que o PIB do terceiro trimestre crescesse 4,5% em relação ao ano anterior, desacelerando em relação aos 4,7% dos três meses anteriores. As autoridades aumentaram drasticamente as medidas de estímulo desde o fim de setembro para revitalizar a economia em dificuldade e garantir que o crescimento atinja a meta do governo de cerca de 5% neste ano. Em comparação trimestral, o PIB cresceu 0,9% de julho a setembro, ligeiramente abaixo das expectativas de um aumento de 1,0% e em comparação com um ganho revisado de 0,5% no trimestre anterior. Crise no setor imobiliário A segunda maior economia do mundo cresceu ligeiramente acima do esperado no terceiro trimestre, mas a prolongada crise do setor imobiliário e o consumo fraco continuam a pesar sobre a atividade econômica, mantendo a pressão sobre o governo enquanto consideram novas medidas de estímulo para revitalizar o crescimento. De acordo com a Reuters, outros dados também divulgados nesta sexta, incluindo produção industrial e vendas no varejo de setembro, superaram as expectativas, o que é um sinal encorajador. No entanto, o setor imobiliário continuou a mostrar fraqueza acentuada, reforçando os apelos do mercado por mais medidas de apoio. Uma pesquisa da Reuters indicou que a economia da China deve expandir 4,8% em 2024, abaixo da meta de Pequim, e o crescimento pode esfriar ainda mais para 2025 e ficar em 4,5%. A economia da China enfrentou um crescimento desigual este ano, com a produção industrial superando o consumo interno, aumentando os riscos de deflação em meio à crise do setor imobiliário e ao crescente endividamento dos governos locais. Os governantes, que tradicionalmente se apoiaram em investimentos em infraestrutura e manufatura para impulsionar o crescimento, prometeram mudar o foco para estimular o consumo, mas os mercados aguardam mais detalhes sobre um pacote de estímulo fiscal planejado. Em comparação trimestral, a economia cresceu 0,9% no terceiro trimestre, em comparação com 0,7% de crescimento em abril-junho. A inflação ao consumidor da China inesperadamente diminuiu em setembro, enquanto a deflação nos preços ao produtor se aprofundou, aumentando a pressão sobre Pequim para tomar medidas que estimulem a demanda à medida que as exportações perdem força. Na semana passada, o ministro das Finanças da China se comprometeu a "aumentar significativamente" a dívida para reativar o crescimento, mas deixou os investidores sem pistas sobre o tamanho total do pacote de estímulo. A China pode arrecadar 6 trilhões de yuan (842,6 bilhões de dólares) em bônus especiais do tesouro ao longo de três anos para ajudar a fortalecer a economia em dificuldade por meio de um estímulo fiscal expandido, informou a agência. O banco central, no fim de setembro, anunciou as medidas de apoio monetário mais agressivas desde a pandemia de Covid-19, incluindo cortes nas taxas de juros, uma injeção de liquidez de 1 trilhão de yuan e outras ações para apoiar os mercados imobiliário e acionário.



Cartão do Bolsa Família não poderá ser usado para o pagamento de bets, diz ministro


17/10/2024 18:01 - g1.globo.com


Ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias, afirmou que proposta para "barrar" uso do benefício social em sistemas de apostas online ainda está em fase de elaboração. Bolsa Família; cartão bolsa família Setas/Divulgação O ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias, afirmou nesta quinta-feira (17) que o cartão do Bolsa Família não poderá ser usado como meio de pagamento em sistemas de apostas online — as chamadas bets. "O cartão do Bolsa Família tem liberdade de uso para acessar necessidades da família, alimentação e outras. Certamente, jogos não são uma necessidade. Para não criar inclusive um preconceito contra cartão do Bolsa Família, a medida geral que vale para todos os cartões vale também para o cartão do Bolsa Família", disse. Desde a aprovação da regulamentação das apostas online no Congresso Nacional, a questão do uso do benefício para o pagamento de bets gerou um impasse. Defensores avaliam que o governo não deveria interferir na autonomia dos beneficiários para gerir os recursos, enquanto críticos entendem que o programa deve se ater à finalidade principal, que é a segurança alimentar. A fala do ministro ocorreu após reunião com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), na sede da pasta, em Brasília. Dias, no entanto, não esclareceu quando a medida passará a valer. De acordo com o ministro, o bloqueio ainda está em fase de implementação. "Vamos adotar a medida dentro da medida geral para o uso de todos os cartões", disse o ministro. Segundo ele, haverá um bloqueio do uso do cartão do Bolsa Família em sites de bets, da mesma forma que já acontece com os cartões de crédito. "O cartão não tem limite para pagamento, ou seja, zero [limite] para pagamento de apostas. Você tem, na verdade, um bloqueio integrado com o sistema das próprias empresas e é claro aqui com a Secretaria Nacional de Jogos com essa rede de fiscalização. Entra Banco Central, entra todos os controladores", declarou. Operadoras começam a bloquear hoje acesso a sites de bets Um levantamento do Banco Central, divulgado em setembro, aponta que brasileiros gastaram cerca de R$ 20 bilhões por mês em apostas online nos primeiros oito meses de 2024. 🔎Segundo o estudo, cerca de 24 milhões de pessoas fizeram ao menos um Pix para as bets no mesmo período. E uma parte considerável está entre os beneficiários do programa social. No início deste mês, o ministro adiantou ao colunista Valdo Cruz, do g1, que iria apresentar ao presidente Lula uma proposta para garantir o bloqueio do benefício para essa finalidade. Entre as medidas, estaria uma ferramenta de mudança de titular caso ele passe a se endividar com bets e deixe de garantir a segurança alimentar de seus familiares.



Pedágio 'Free Flow': como ficam as motos com as novas regras de cobrança automática?


17/10/2024 17:00 - g1.globo.com


Contran aprovou nova regulamentação nesta segunda-feira (14), que inclui mais prazo para o pagamento do pedágio, com maior transparência para o motorista identificar rodovias que utilizam o sistema de trânsito livre. Inicialmente, motos não serão cobradas pelo sistema Free Flow Divulgação | Honda O Conselho Nacional de Trânsito (Contran) aprovou as novas regras para os pedágios eletrônicos na última segunda-feira (14), também chamados de "free flow" (fluxo livre, em inglês). O novo texto substitui o conjunto de normas aprovadas em 2022, que está em vigor desde o começo do ano passado. A nova lista de regras visa facilitar a comunicação dos usuários e o uso do sistema de pedágio eletrônico, permitindo que os motoristas transitem pelas rodovias sem precisar parar para efetuar o pagamento. Mas como esse sistema funcionará para pilotos de motocicletas, motonetas, ciclomotores e triciclos? Por ora, as motos não estão contempladas no sistema free flow. Em rodovias em que há cobrança para moto (com valores variáveis), inicialmente será preciso parar em um dos guichês indicados para realizar o pagamento (seja em papel moeda ou de forma digital). Isso porque as principais fornecedoras de tags de cobrança ainda não possuem modelos específicos para motocicletas. Quem utiliza, normalmente adapta uma tag de automóvel para a moto. E o Contran deixou de fora as motocicletas da regulamentação atual. "As mesmas tecnologias utilizadas para identificação dos demais veículos, como leitura da placa, identificação do tipo de veículo e uso de tag com rádio frequência também serão aplicados para motocicletas no futuro", informou o Ministério dos Transportes ao g1. "A nova portaria sobre o pedágio eletrônico, que ainda será publicada no Diário Oficial da União, afirma que o novo sistema não é obrigatório, mas uma alternativa para as concessionárias de rodovias. O antigo método de cobrança, com praças de pedágio, continuará funcionando." Em boa parte dos pedágios, motocicletas não são cobradas. Neste caso, bastará ao motociclista se dirigir ao local específico de passagem de motos, que possuem indicação por meio de placas e podem ficar localizados à direita ou ao centro da praça de pedágio. Pórtico do sistema de pedágio free flow Gustavo Mansur/Governo do estado Demais veículos O g1 listou as principais mudanças e como sua viagem acontecerá a partir do novo sistema. Veja abaixo todas as alterações: 💵 O prazo de pagamento do pedágio passa de 15 para 30 dias após o motorista passar pelo free flow; 🗓️ Caso a data limite para pagamento não seja considerada dia útil, o prazo será estendido até o próximo dia útil; 🙋 Os usuários poderão contestar as passagens ou valores cobrados que julgar indevidos; 💳 Todos os dados sobre cobrança passam a estar disponíveis em um local centralizado, além do aplicativo Carteira Digital de Trânsito — onde o motorista já pode acessar a CNH e até ver quantas multas tomou; 🛑 Novas placas e símbolos instalados em todos os trechos onde o pedágio free flow de livre passagem é adotado, incluindo nos acessos das vias; 🚗 Motoristas passarão a pagar apenas pelo trecho percorrido; 🧑‍🏫 Órgãos e concessionárias promoverão campanhas educativas para explicar o funcionamento do novo pedágio; 📷 As imagens capturadas do veículo serão armazenadas nos sistemas por 90 dias contados da data da passagem, ou cinco anos para motoristas que não pagaram o pedágio; 🏡 Veículos registrados no exterior não poderão deixar o país até o pagamento de todas as passagens nos pedágios eletrônicos. Sinalização sobre pedágios eletrônicos aprovada pelo Contran Divulgação/Contran LEIA MAIS Factor, Fazer e Lander: veja o que mudou nos 3 modelos mais vendidos da Yamaha LISTA: veja 10 motos que são as mais caras das montadoras do Brasil VÍDEO: veja a avaliação do g1 para a nova Honda NXR 160 Bros, a trail mais vendida do país O que é o pedágio eletrônico (free flow)? O pedágio eletrônico, ou free flow, é um sistema de cobrança que não exige o uso de cabines de atendimento, ou mesmo a adoção de uma tag por parte do motorista. Com este tipo de uso, o motorista sequer precisa diminuir a velocidade para que a leitura dos dados do carro aconteça. Outra diferença está na possibilidade de cobrança do pedágio por trecho trafegado, ao ser possível identificar em que ponto o carro entrou na rodovia e onde saiu. Este pedágio eletrônico já é utilizado em mais de 20 países, como Noruega, Portugal, Estados Unidos, Itália, China e também nosso vizinho Chile, que foi um dos primeiros da América Latina a adotar o sistema em suas rodovias. No Brasil, ele já está instalado em rodovias federais, como a Rodovia Rio-Santos (BR-101), mas agora foi liberado para vias urbanas e rurais, incluídas as estradas e rodovias federais, estaduais, distritais e municipais, em todo o território nacional. O pedágio free flow aplica multa? Não, a função do pedágio eletrônico é apenas a identificação correta do veículo para a cobrança. Todas as câmeras e sensores instalados no pórtico são utilizados exclusivamente para este fim. A multa por evasão de pedágio é emitida apenas quando o pagamento não é realizado. Ela é uma infração grave, com penalidade de R$ 195,23 e adição de cinco pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH). Como acontece a cobrança do pedágio? O sistema de cobrança do free flow tem como base a tecnologia utilizada para a leitura das tags, amplamente em uso no Brasil, mas com evoluções importantes para o reconhecimento correto de cada tipo de veículo. São diversas câmeras e sensores instalados em um pórtico fixo na estrada. Elas conseguem identificar os veículos que utilizam as tags, ou fazem a leitura da placa para saber quem será cobrado. Outras câmeras utilizam duas lentes para ver em 3D. Elas são as responsáveis por identificar o tipo do veículo, incluindo o número de eixos e quais estão levantados. Desta forma, o conjunto faz a cobrança correta para cada tipo e tamanho de caminhão, por exemplo. Luzes infravermelhas fazem iluminação, para identificação até em situação de neblina ou fumaça. Quais rodovias receberão o novo pedágio? A implementação dos pórticos para o sistema de pedágio eletrônico em rodovias que já instalaram o sistema, precisa acontecer em 180 dias após a publicação das novas regras no Diário Oficial da União. No Brasil, somente poderão ser adotados sistemas de cobrança sem cancela que forem homologados pela Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran). Uma portaria da Senatran deverá ser publicada até o fim do ano, estabelecendo as regras do procedimento. Contran aprova novas regras para pedágio eletrônico em rodovias do país



Câmara aprova projeto que autoriza municípios a fiscalizar distribuidoras de energia


17/10/2024 15:14 - g1.globo.com


Texto manda União ouvir prefeituras antes de renovar concessões; multa por 'apagões' passa a ser proporcional ao tempo sem energia. Projeto seguirá para votação no Senado. Equipe da Enel realiza reparos na Zona Sul de SP após apagão LEANDRO CHEMALLE/THENEWS2/ESTADÃO CONTEÚDO A Câmara dos Deputados aprovou nesta quinta-feira (17) um projeto que autoriza os municípios a participar da fiscalização e do processo de concessão de serviços de energia elétrica. O texto seguirá para votação no Senado. A proposta, aprovada de forma simbólica, estabelece que a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) poderá firmar convênio com prefeituras para que estas realizem atividades complementares de fiscalização das concessionárias de energia. Atualmente, a legislação dá à Aneel o poder de fiscalizar os serviços de energia e prevê que estados possam participar do processo, também por meio de convênio. Apresentado em abril deste ano, o projeto ganhou tração após um novo apagão atingir a cidade de São Paulo e deixar mais de 3 milhões de clientes sem energia. Passados seis dias do blecaute, a distribuidora de energia Enel SP, que atende à Grande SP, disse que cerca de 36 mil unidades ainda seguem sem luz. A proposta é patrocinada pelo prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), que tem direcionado críticas à fiscalização da Enel, que, por lei, cabe à Aneel e aos estados, mediante convênio. Nunes culpa Enel pelos problemas na cidade de SP após temporal O projeto foi protocolado na Câmara pelo presidente nacional da sigla de Nunes, deputado Baleia Rossi (SP), a pedido do prefeito da capital paulista. Na ocasião, Baleia e Ricardo Nunes entregaram o texto, em mãos, ao presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL). A participação dos municípios no controle das distribuidoras dependerá, de acordo com o texto, da manifestação de vontade da prefeitura e da assinatura de um contrato de metas. A medida valerá para contratos em andamento, e consórcios intermunicipais também poderão pleitear o convênio. Segundo a iniciativa, nas áreas em que houver mais de um acordo para fiscalização complementar das distribuidoras, haverá preferência para a parceria firmada entre a Aneel e a prefeitura. Na prática, a medida poderá esvaziar o papel de agências estaduais de fiscalização, dando prioridade às prefeituras nos atos. Em São Paulo, a Agência Reguladora de Serviços Públicos do Estado de São Paulo (Arsesp) já possui convênio com a Aneel. Mas, caso a prefeitura de São Paulo firme acordo, o órgão, pela proposta, perderia o convênio em razão do "interesse local". Relator do projeto, o deputado Cleber Verde (MDB-MA) afirmou que as alterações vão permitir que as prefeituras "atuem mais diretamente no planejamento e na resposta aos problemas". "Evitando que situações críticas, como a falta de energia que afetou milhares de residências e estabelecimentos, se prolonguem sem uma intervenção rápida e eficaz", disse. Multas Na votação em plenário, o relator acolheu uma sugestão de mudança no projeto e fez mudanças na multa paga pelas distribuidoras a clientes que ficam sem energia elétrica. O texto estabelece que, em casos de interrupção de fornecimento de energia, a multa deverá ser proporcional ao período sem luz. O valor pode ser abatido nas faturas ou entregue em espécie aos consumidores. Segundo o texto, a multa não poderá ser inferior a 20% da média das faturas cobradas dos usuários nos três meses anteriores ao evento. Além disso, nos casos em que a queda de energia ultrapassar 24 horas, a multa deverá ser calculada em dobro. Processo de concessão O projeto determina que a União terá de ouvir previamente os municípios nos processos de concessão e renovação de contratos de energia elétrica. A legislação atual prevê que, nesses procedimentos, o governo federal precisa ouvir somente a Aneel. Segundo o texto, as prefeituras apresentarão as “condições locais” para subsidiar uma modelagem de concessão que atenda, de forma mais eficiente, o local. Em suas manifestações, os municípios poderão opinar pela assinatura – ou não – da concessão, e até mesmo pela rescisão do contrato. Aneel faz reunião para discutir as novas regras para contratos de distribuição de energia elétrica do país



CNU: governo divulga resultado de recursos da prova escrita e convoca candidatos a cotas para verificação


17/10/2024 13:23 - g1.globo.com


Inscritos nas vagas do 'Enem dos concursos' reservadas para negros, indígenas e pessoas com deficiência precisam comprovar que fazem parte desses grupos; entenda como funciona. O "Enem dos concursos" vai preencher 6.640 vagas em 21 órgãos do governo federal Daniel Cymbalista/Fotoarena/Estadão Conteúdo O governo federal divulgou, nesta quinta-feira (17), os resultados dos pedidos de revisão das notas das provas discursivas (nível superior) e da redação (nível médio) do Concurso Público Nacional Unificado (CNU), o "Enem dos concursos". Também nesta quinta (17), os candidatos que estão concorrendo à reserva de vagas (pessoas negras, indígenas e com deficiência) começaram a ser chamados para procedimentos de verificação (confira abaixo como funciona). ✅ Siga o canal do g1 Concursos no WhatsApp. Para verificar o resultado da revisão da parte escrita, caso ela tenha sido corrigida, o participante deve acessar a área do candidato, na página oficial do concurso e clicar no menu "Resultados e Convocações". Na mesma página, o participante também consegue acessar as informações referentes à convocação para o procedimento de verificação para os negros, indígenas e pessoas com deficiência. Conforme os editais, a correção da parte escrita das provas dependia da nota que o candidato tirou na prova de múltipla escolha (entenda como funciona o corte). LEIA TAMBÉM: Concurso dos Correios: como enviar os documentos de vagas para negros, indígenas e PCDs Como funciona procedimento de verificação? Quem se autodeclarou negro e concorre às vagas reservadas para este grupo deverá se apresentar à comissão de heteroidentificação entre os dias 2 e 3 de novembro. Durante o procedimento, o participante terá seus dados biométricos coletados e será submetido ao exame grafológico. Todo o processo será filmado pela Fundação Cesgranrio, a banca organizadora do processo seletivo, para uso da comissão. Será eliminado o candidato que: Não comparecer ao procedimento de heteroidentificação; Recusar-se a ser filmado; Recusar-se a coletar os dados biométricos ou a fazer o exame grafológico. Já o procedimento de verificação para quem concorrer às vagas reservadas às pessoas indígenas, será realizado pela Comissão de Verificação Documental Complementar, também nos dias 2 e 3 de novembro. A comissão irá analisar a documentação comprobatória de pertencimento étnico, que foi enviada pelos candidatos no momento da inscrição do concurso. Segundo o edital, não será possível enviar outros documentos. Por fim, os candidatos que se declararam com deficiência vão precisar passar por uma perícia médica (avaliação biopsicossocial). A avaliação documental será realizada por uma equipe multiprofissional, designada pela Cesgranrio. Esses profissionais são responsáveis por emitir um parecer conclusivo sobre o enquadramento ou não da deficiência na lei. Os candidatos serão avaliados com base na documentação médica (atestado, laudo ou relatório) enviada, via upload, no ato da inscrição. O documento precisar "atestar a espécie e o grau ou o nível de deficiência (se conhecida), bem como a provável causa da deficiência". A divulgação dos resultados preliminares está prevista para 13 de novembro. Os recursos para estes resultados poderão ser enviados até o dia 14. LEIA TAMBÉM: Notas do CNU: veja tudo o que já foi divulgado TABELA: pesquise aqui a nota de corte de cada cargo Próximos passos Em 4 de novembro, serão divulgados os resultados preliminares da avaliação de títulos – comprovação de experiências profissionais e titulação acadêmica que ajudam a compor a nota final. Até o dia 5, os participantes poderão entrar com eventuais pedidos de recurso. A lista final de aprovados no Concurso Nacional Unificado está prevista para sair no dia 21 de novembro. Em janeiro de 2025, começam os cursos de formação dos aprovados. ➡️ Serão aprovados os candidatos que receberem as notas mais altas dentro do número de oportunidades disponíveis para cada cargo, considerando a reserva de vagas para pessoas negras, com deficiência e indígenas. A classificação também vai levar em consideração a preferência entre as carreiras e especialidades indicada pelo participante no momento da inscrição. Se o candidato for aprovado no seu segundo cargo mais preferido, por exemplo, ele ainda ficará na lista de espera da sua primeira opção, mas será eliminado da concorrência das carreiras menos preferidas. CNU: os próximos passos depois da prova do ‘Enem dos concursos’



Banqueiros elogiam reunião de Lula com agências de risco e busca do grau de investimento


17/10/2024 13:00 - g1.globo.com

Durante reunião com o presidente Lula, nesta quarta-feira (16), banqueiros elogiaram o encontro do político com agências de risco. Os representantes dos bancos estimularam que o governo siga buscando o grau de investimento, e afirmaram que é "fundamental" Lula "continuar respaldando" a agenda econômica do ministro da Fazenda, Fernando Haddad. O apoio à agenda de Haddad e da ministra do Planejamento, Simone Tebet, foi dado pelos banqueiros no momento em que os dois fecham um pacote de corte de gastos estruturais – que ainda depende da aprovação presidencial. Em resposta à fala dos banqueiros, Lula disse que acredita e tem total confiança em Haddad. E acrescentou que "fará o que for necessário" para garantir o equilíbrio das contas públicas e manter a economia crescendo de forma sustentável. Do lado do governo, participaram da reunião Lula e os ministros Fernando Haddad e Alexandre Padilha (Relações Institucionais). Lula se reúne com presidentes de bancos em meio a discussão sobre corte de gastos; Bruno Carazza comenta Do lado dos banqueiros, estavam presentes o presidente do conselho de administração do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco, o presidente da Febraban, Isaac Sidney, além dos quatro presidentes dos maiores bancos brasileiros: Milton Maluhy Filho (Itaú), Mario Leão (Santander), Marcelo de Araújo Noronha (Bradesco) e André Esteves (BTG). Na reunião, Lula afirmou não ter nada contra o sistema financeiro, apesar das críticas que vinha fazendo ao mercado, e não reclamou diretamente dos juros altos cobrados pelos bancos. Coube aos banqueiros tocar no assunto. Eles disseram a Lula esperar que os juros caiam o mais rápido possível e que as altas taxas não interessam ao sistema financeiro, porque prejudicam o mercado de crédito. Na reunião, inclusive, ficou decidido que será criado um grupo dentro do Conselhão para discutir formas de baixar os juros no país e aumentar o crédito. Lula ouviu dos banqueiros que ele já "experimentou" o que é o país ganhar o selo de bom pagador das agências de risco, atraindo mais investimentos, e que por isso "vale a pena" perseguir o grau de investimento. Durante esse momento da reunião, Lula fazia gestos de que concordava com a avaliação dos banqueiros que elogiaram sua reunião com as agências de risco em Nova York. Logo após esses encontros, duas delas elevaram a nota de crédito do Brasil. Em seus mandatos anteriores, Lula conseguiu o grau de investimento por causa do equilíbrio fiscal e crecimento da economia. Os banqueiros ressaltaram que o presidente terá ganhos políticos e econômicos com a retomada do grau de investimento, que permitirá atrair mais investimentos, a taxas de juros mais baixas, para o Brasil crescer de forma sustentável.



Volkswagen Nivus 2025: confira o que mudou na nova versão do SUV; VÍDEO


17/10/2024 13:00 - g1.globo.com


SUV ganhou novo design, em que se destacam as fitas de LED na dianteira e na traseira, seguindo a nova identidade visual da marca. São três versões, que partem de R$ 136.990. Confira o visual do novo VW Nivus O novo Volkswagen Nivus 2025 está de cara nova. O g1 esteve no lançamento deste que é o SUV cupê mais vendido do Brasil e mostrou as novidades do carro, que ganhou as novas fitas de LED na dianteira e na traseira, seguindo a nova identidade visual da marca. No vídeo acima, você confere um giro completo pelo novo design do terceiro lançamento da marca, fruto do ciclo de investimentos de R$ 16 bilhões anunciados neste ano. Além dele, foram revelados o novo T-Cross e a nova Amarok. Serão 16 novidades. O Nivus 2025 passa a vir equipado de série com as tecnologias básicas de auxílio ao motorista, como piloto automático adaptativo e frenagem autônoma de emergência. E também recebeu um opcional com apelo estético, chamado Outfit, por R$ 2.120 a mais que a versão Highline, que parte de R$ 153.990. Essa foi a edição apresentada pela Volkswagen aos jornalistas nesta semana. Veja a lista abaixo, com os valores dos opcionais. Outfit (R$ 2.120): teto pintado de preto, bancos com revestimento diferenciado, espelhos retrovisores, maçanetas, grade e rack de teto em cor escurecida e rodas de liga leve; ADAS completo (R$ 4.470): adiciona assistente ativo de mudança e de permanência em faixa, assistente de estacionamento, câmera multifuncional e detector de ponto cego com assistente de saída de vaga; Cor sólida Azul Turbo (R$ 1.750). Com a lista completa de opcionais, o Nivus Outfit passa dos R$ 160 mil. LEIA MAIS: Volkswagen confirma novo SUV para 2025 VÍDEO: veja a avaliação do g1 para a nova Honda NXR 160 Bros, a trail mais vendida do país Factor, Fazer e Lander: veja o que mudou nos 3 modelos mais vendidos da Yamaha VW Nivus Highline 2025 Novidades do design As principais mudanças na versão 2025 estão na parte de fora. O SUV ganhou novos faróis com luz diurna de LED (DRL), que também une as duas peças do farol por uma barra iluminada. Essa reestilização trouxe uma sensação de que o carro ficou mais largo. A grade não é mais dividida e passa a ser uma peça maior, que chega até o logo da Volkswagen, na altura dos faróis. A lanterna traseira tem a linha de design da VW, com uma barra de LED que também une as duas lanternas, passando pela parte superior da tampa do porta-malas. O Nivus manteve suas medidas em 4,26 m de comprimento, 1,75 m de largura, 1,49 m de altura e 2,56 m de distância entre-eixos. O bagageiro é de 415 litros de capacidade. O motor é o mesmo da edição anterior: 1.0 turbo de três cilindros. A potência é de 128 cv e o torque é de 20,4 kgfm quando abastecido com etanol. O motor TSI rende 116 cv a gasolina, mas o torque se mantém o mesmo. O câmbio continua a ser automático, de seis velocidades. Preços e versões Além das configurações Highline e Outfit já citadas, o Nivus também conta com uma versão de entrada Sense, que não sofreu alterações visuais, e a intermediária Comfortline. Veja abaixo os preços: Volkswagen Nivus Sense (visual antigo): R$ 119.990; Volkswagen Nivus Comfortline 2025: R$ 136.990; Volkswagen Nivus Highline 2025: R$ 153.990; Volkswagen Nivus Outfit 2025: R$ 156.110. VW Nivus Outfit 2025 Elas estão exatamente com o mesmo preço do Nivus anterior. Ou seja, o novo Nivus chega com a mesma estratégia do T-Cross, que também recebeu uma reestilização este ano sem aumentar o preço. O Nivus Comfortline chega com novos equipamentos. O principal deles é o piloto automático adaptativo (ACC). Essa tecnologia carrega sensores e radares na frente do carro que são capazes de detectar um veículo à frente e segui-lo, mantendo uma distância segura e até freando automaticamente para manter a integridade de todos os ocupantes. Veja a lista de equipamentos da versão Comfortline: Frenagem autônoma de emergência; Multimídia de 10,1 polegadas; Painel de instrumentos de 8 polegadas; Seis airbags (dois frontais, dois laterais e dois de cortina); Coluna de direção com regulagem de altura e profundidade; Sensor de estacionamento traseiro; Câmera de ré; Comando digital do ar-condicionado. Já a versão topo de linha Highline conta com esses equipamentos e adiciona: Bancos de couro; Carregamento de celular por indução; Sensor de chuva; Acendimento automático dos farois; Rodas de 17 polegadas; Sensores dianteiros para estacionamento; Botão para dar a partida. Além dos apelos visuais, a versão Outfit, assim como a Highline, conta com opcionais exclusivos do ADAS (Advanced Driver Assistance System, ou Sistema Avançado de Assistência ao Motorista) como o assistente de mudança e de permanência em faixa, assistente de estacionamento, detector de ponto cego e assistente de saída de vaga. As vendas começam em 23 de novembro nas concessionárias. Veja a apresentação do novo Nivus VW Nivus 2025



Após decisão judicial, governo inclui Esportes da Sorte em lista nacional de bets autorizadas


17/10/2024 12:51 - g1.globo.com


Plataforma tinha apenas autorização para atuar no Rio de Janeiro, mas agora faz parte das mais de 200 bets com aval do Ministério da Fazenda para atuar em todo o Brasil. Esportes da Sorte é patrocinadora do Corinthians Marcos Ribolli A Secretaria de Prêmios e Apostas do Ministério da Fazenda atualizou, nesta quarta-feira (16), a lista de bets autorizadas a operar naciolamente até 31 de dezembro de 2024. Entre as novas plataformas autorizadas está a Esportes da Sorte, patrocinadora do Corinthians e que foi alvo de uma investigação da Polícia Civil de Pernambuco sobre um suposto esquema de jogo ilegal. Segundo o documento do ministério, a Esportes Gaming Brasil LTDA foi incluída na lista "em razão de determinação judicial" e está autorizada a operar com as bets Esporte da Sorte e Onabet. Com a nova atualização, agora há 98 empresas, com 215 bets. Já as listas dos estados têm 26 empresas. (Veja a lista mais abaixo) Antes da decisão judicial, a Esportes da Sorte havia obtido apenas a autorização para operar no estado do Rio de Janeiro, com registro por meio da Loterj, órgão do governo fluminense que gere as loterias estaduais. Na rede social X, a Esportes da Sorte divulgou uma nota comemorando a inclusão. "É com imenso orgulho que comunicamos que, a partir de hoje, fazemos parte do seleto grupo de empresas autorizadas pela Secretaria de Prêmios e Apostas a explorar as apostas de cota fixa e jogos online, em âmbito nacional. Essa permissão inclui ambas as empresas do grupo: Esportes da Sorte e Onabet", diz um trecho da nota, que não cita a decisão judicial. Procurado, o Ministério da Fazenda não se manifestou sobre o teor da decisão judicial ou se iria recorrer. LEIA TAMBÉM: Bets ilegais usam sites alternativos para driblar bloqueio do governo Lula, sobre bets: 'Vamos ver se a regulação dá conta. Se não der conta, eu acabo' Bets, 'Jogo do Tigrinho' e dinheiro fácil: como influenciadores investigados podem virar tema de vestibular Além da Esportes da Sorte e Onabet, foram incluídas na lista nacional as bets Reals, UX e Netpix, da Reals Brasil Ltda. A empresa, que conseguiu a autorização sem precisar de autorização judicial, também comemorou a inclusão. Por meio de nota, a Reals disse que adquiriu nova sede em São Paulo e que pretende contratar 1.500 funcionários nos próximos meses para a operação no Brasil. Bets autorizadas nacionalmente: Betano – Kaizen Gaming Brasil Ltda Superbet - Superbet Interactive Brasil Ltda (SPRBT) Magicjackpot - Superbet Interactive Brasil Ltda (SPRBT) Luckydays – Superbet Interactive Brasil Ltda (SPRBT) ReidoPitaco - MMD Tecnologia, Entretenimento e Marketing Ltda Pitaco – MMD Tecnologia, Entretenimento e Marketing Ltda Sportingbet - Ventmear Brasil S.A. Betboo – Ventmear Brasil S.A. Caesar’s – Big Brazil Tecnologia Betnacional – NSX Brasil S.A. Mr. Jack Bet – NSX Brasil S.A. Pagbet – NSX Brasil S.A. KTO – Apollo Operations Ltda Betsson – Simulcasting Brasil Som e Imagem S.A. Galera Bet – Galera Gaming Jogos Eletrônicos S.A. F12.be – F12 do Brasil Jogos Eletrônicos Luva.bet – F12 do Brasil Jogos Eletrônicos Brasil bet – F12 do Brasil Jogos Eletrônicos SportyBet – Blac Jogos Ltda EstrelaBet – EB Intermediações e Jogos S/A Betfair – Betfair Brasil Ltda PokerStars – Betfair Brasil Ltda 7 Games – OIG Gaming Brasil Ltda Betao – OIG Gaming Brasil Ltda R7 – OIG Gaming Brasil Ltda Novibet – NVBT Gaming Ltda SeguroBet – Seguro Bet Ltda Ijogo - GameWiz Brasil Ltda fogo777 – GameWiz Brasil Ltda p9 – GameWiz Brasil Ltda 9f – GameWiz Brasil Ltda 6r – GameWiz Brasil Ltda bet.app – GameWiz Brasil Ltda Bet365 – HS do Brasil Ltda Aposta Ganha – Aposta Ganha Loterias Ltda Brazino777 – Futuras Apostas Ltda Betway – Sorento Bay Ltda Jackpot City – Sorento Bay Ltda Spin Palace – Sorento Bay Ltda SeuBet – H2 Licensed Ltda H2 Bet – H2 Licensed Ltda VBet – SC Operating Brasil Ltda Vivaro – SC Operating Brasil Ltda Casa de Apostas – CDA Gaming Ltda Bet Sul – CDA Gaming Ltda BetFast – Fast Gamings S.A. Faz1bet – Fast Gamings S.A. 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SPE Pix Bet Soludges Concessionária de Loterias do Estado do Paraná SPE LTDA Estado: Paraná 5. Concessionária de Loterias do Estado do Paraná Laguna Serviços e Tecnologia LTDA Estado: Paraná 6. Embralote Concessionária de Serviços Lotéricos do Maranhão SPE S/A Estado: Maranhão 7. WLC Maranhão Exploração de Jogos e Apostas SPE LTDA Estado: Maranhão 8.SDL Concessionária de Loterias no Estado do Maranhão SPE S/A Estado: Maranhão 9. BR Lotto Concessionária da Loteria Estadual do Maranhão SPE S/A Estado: Maranhão 10. Keno Loteria do Brasil LTDA Estado: Minas Gerais 11.Rede Loto LTDA – BestBet e LotoLegal Estado: Rio de Janeiro 12. JJBD Comunicação e Tecnologia LTDA – marjosports Estado: Rio de Janeiro 13. PixBet Soluções Tecnológicas LTDA - pixbet e pixhora Estado: Rio de Janeiro 14. Esportes Gaming RJ LTDA - esportes da sorte e onabet 15. Lema Administração e Participações LTDA – RioJogos Estado: Rio de Janeiro 16. Big Brazil Tecnolotia e Loteria S.A – Caesars Estado: Rio de Janeiro 17 .BetVip Apostas Esportivas S.A – ganhabet, betvip Estado: Rio de Janeiro 18. Vaidebet Apostas LTDA – vaidebet.com Estado: Rio de Janeiro 19. Embralote Paraíba Serviços Lotéricos SPE LTDA Estado: Paraíba 20. Pixbet Soluções Tecnológicas LTDA Estado: Paraíba 21. Lema Administração e Participações SA Estado: Paraíba 22. Key Solution Gaming of Bet LTDA Estado: Paraíba 23. Jogar Partners Serviços LTDA Estado: Paraíba 24. Mazda Serviços LTDA Estado: Paraíba 25. S.D.L Sistema de Distribuição Lotérica LTDA Estado: Paraíba 26. Laguna Serviços e Tecnologia LTDA Estado: Paraíba Veja a íntegra da nota do Grupo Esportes da Sorte: "É com imenso orgulho que comunicamos que, a partir de hoje, 16/10, fazemos parte do seleto grupo de empresas autorizadas pela Secretaria de Prêmios e Apostas a explorar as apostas de cota fixa e jogos online, em âmbito nacional. Essa permissão inclui ambas as empresas do grupo: Esportes da Sorte e Onabet. Agora, além da permissão concedida pela Loterj, que também autoriza o funcionamento em todo o Brasil, estamos na lista da Secretaria de Prêmios e Apostas do Ministério da Fazenda. Nossa trajetória, pautada pela transparência e responsabilidade é novamente reconhecida. Tudo o que fazemos é sempre e será por vocês e para vocês, que sempre estiveram conosco"



Dólar recua e volta a R$ 5,65, de olho em cenário fiscal e noticiário internacional; Ibovespa cai


17/10/2024 12:05 - g1.globo.com


A moeda norte-americana caiu 0,08%, cotada a R$ 5,6596. Já o principal índice de ações da bolsa encerrou em queda de 0,73%, aos 130.793 pontos. Dólar opera em alta Karolina Grabowska O dólar perdeu o ímpeto visto pela manhã e encerrou a sessão deste quinta-feira (17) em leve queda, conforme investidores renovavam as preocupações com o quadro fiscal brasileiro e repercutiam o noticiário internacional. Por aqui, em meio às tentativas do Ministério da Fazenda de encontrar espaços para cortar gastos do governo, o mercado repercutia a notícia de que a equipe econômica estuda um mecanismo que possibilitaria que as empresas estatais deixassem de depender do Tesouro Nacional. Já no exterior, as atenções ficaram com os novos dados de trabalho e comércio dos Estados Unidos, bem como com notícias vindas da China. O Ibovespa, principal índice acionário da bolsa de valores brasileira, a B3, encerrou em baixa. Veja abaixo o resumo dos mercados. MOTIVOS: Ibovespa tem melhor mês desde novembro, mas dólar não segue o entusiasmo DÓLAR: Qual o melhor momento para comprar a moeda? Dólar Ao final da sessão, o dólar caiu 0,08%, cotado a R$ 5,6596. Na máxima do dia, chegou a R$ 5,6880. Veja mais cotações. Com o resultado, acumulou: alta de 0,80% na semana; avanço de 3,90% no mês; ganho de 16,63% no ano. No dia anterior, a moeda norte-americana subiu 0,14%, a R$ 5,6644. O Ibovespa Já o Ibovespa encerrou em queda de 0,73%, aos 130.793 pontos. Com o resultado, acumulou: alta de 0,62% na semana; perdas de 0,78% no mês; recuo de 2,53% no ano. Na véspera, o índice subiu 0,54%, aos 131.750 pontos. O que está mexendo com os mercados? Com a proximidade do fim do ano, a principal expectativa do mercado no cenário doméstico está em saber se o governo será capaz de cumprir sua meta fiscal em 2024. A última notícia que ganhou destaque nesse sentido foi a possibilidade de o governo apresentar uma proposta para a transação das estatais dependentes da União para a independência financeira. "A leitura inicial do mercado considerou uma possível abertura de espaço fiscal (para outros gastos), além de alguma margem para aumento das despesas dessas empresas", explicou a equipe de análises da XP Investimentos. No entanto, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que "não há hipótese" de estatais saírem da contabilidade do arcabouço fiscal, argumentando que alterações de redação nas medidas que o governo elabora podem ser feitas caso haja alguma divergência de interpretação. Haddad também afirmou que a agenda de revisão de gastos públicos é um tema a ser tratado com prioridade pelo governo até o final o ano, ressaltando que serão propostas "medidas consistentes" para que o arcabouço fiscal tenha vida longa. No entanto, mesmo com os esclarecimentos feitos pelo ministro, a XP destacou que o desempenho dos principais ativos financeiros nacionais foram negativos, "com depreciação da taxa de câmbio e abertura da curva de juros". Já no exterior, novos dados econômicos voltaram a mostrar que a economia dos Estados Unidos segue aquecida. As vendas no varejo cresceram 0,4% em setembro, acima do 0,1% registrado em agosto e também mais do que a alta de 0,3% que as projeções apontavam. Já a produção industrial norte-americana marcou uma queda de 0,3% no mês passado, após alta de 0,3% em agosto. Nesse caso, o mercado esperava uma queda de 0,2%. Outro destaque na maior economia do mundo ficou com os números de pedidos semanais por seguro-desemprego. Foram 241 mil novos pedidos na última semana, em linha com as estimativas, e abaixo dos 260 mil da semana anterior. Já na Europa, o Banco Central Europeu (BCE) reduziu pela segunda vez consecutiva suas taxas de juros, com um corte de mesma magnitude, de 0,25 ponto percentual. Agora, as principais taxas do BCE estão entre 3,25% e 3,65% ao ano. Por fim, os investidores também seguiram atentos às notícias vindas da China, com pessimismo renovado em meio a mais uma crise do setor imobiliário do país. O gigante asiático anunciou que ampliará uma lista de projetos habitacionais elegíveis a financiamento e aumentará os empréstimos bancários para esses empreendimentos para 4 trilhões de iuanes (cerca de US$ 562 bilhões ou R$ 3,2 trilhões) até o final do ano. O anúncio foi visto pelo mercado como sendo apenas complementar às medidas de estímulo ao setor que o governo chinês já havia apresentante anteriormente. A decepção com a China, que é o maior importador de matérias-primas do planeta, voltou a pressionar os preços das commodities nesta quinta. *Com informações da agência de notícias Reuters



Lula, sobre bets: 'Vamos ver se a regulação dá conta. Se não der conta, eu acabo'


17/10/2024 12:03 - g1.globo.com


Governo já bloqueou mais de 2 mil sites que não começaram a aderir à regulamentação. 'Você não tem controle do povo mais humilde, de criança com celular na mão', diz Lula. Lula em entrevista a rádio Metrópole, de Salvador YouTube/Reprodução O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta quinta-feira (17) que, se a regulamentação das empresas de apostas esportivas (bets) não der os resultados esperados, o governo pode proibir esses serviços no Brasil. "Nós vamos ver se a regulação dá conta. Se a regulação der conta, está resolvido o problema. Se não der conta, eu acabo. Ficar bem claro. Você não tem controle do povo mais humilde, de criança com celular na mão fazendo aposta. Nós não queremos isso", declarou à rádio Metrópole, de Salvador (BA). Desde o ano passado, o governo trabalha em uma regulamentação para definir os parâmetros de operação desses sites de apostas, um setor em franca expansão no país. Um levantamento do Banco Central aponta que os brasileiros gastaram cerca de R$ 20 bilhões por mês em apostas online nos primeiros oito meses de 2024. O Ministério da Fazenda criou regras para proibir, por exemplo, o uso de cartões de crédito e dos cartões do Bolsa Família nos cadastros. A regulamentação está em andamento, e o governo diz que só vai fiscalizar ponto a ponto dessa "adequação" dos sites a partir de 2025. Mais de 2 mil sites, no entanto, já foram bloqueados porque nem sequer deram início ao processo de cadastro e regularização junto ao Ministério da Fazenda. 🔍 Levantamento feito pelo g1 encontrou na terça-feira (15) 18 bets irregulares funcionando em sites alternativos – e quase iguais - aos que estavam na lista da Anatel com mais de dois mil endereços irregulares que deveriam ser bloqueados. Anatel divulga lista com mais de 2 mil sites de apostas online irregulares que vão sair do ar



Valores a receber: o que acontece se cliente não retirou 'dinheiro esquecido' dos bancos antes do fim do prazo


17/10/2024 10:35 - g1.globo.com


Recursos poderão ser incorporados aos cofres do governo. Ministério da Fazenda diz que medida não é confisco e que haverá 30 dias adicionais para contestação. Dinheiro, real, notas de R$ 50 Marcelo Casal Jr./Agência Brasil Acabou nesta quarta-feira (16) o prazo para que os clientes que têm "dinheiro esquecido" no Sistema de Valores a Receber (SVR) do Banco Central do Brasil (BC) saquem os valores. Segundo o BC, R$ 8,6 bilhões estavam disponíveis para resgate no SVR. O sistema permite consultar se pessoas físicas (inclusive falecidas) e empresas deixaram valores para trás em bancos, consórcios ou outras instituições. O prazo de 30 dias para resgate começou a valer em 16 de setembro, quando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sancionou a Lei nº 14.973/2024, que trata da reoneração gradual da folha de pagamentos de 17 setores da economia e de municípios até o fim de 2024. O projeto, que já havia sido aprovado pelo Congresso Nacional, estabelece que o dinheiro esquecido não resgatado por pessoas físicas e jurídicas poderá ser incorporado pelo Tesouro Nacional. Em nota enviada ao g1, o Ministério da Fazenda explicou que, além dos 30 dias para resgate após publicação da lei, os clientes terão 30 dias para contestar o recolhimento dos recursos pelo Tesouro, a contar da data de publicação de edital pela pasta. Participe do canal do g1 no WhatsApp "Apenas após o término desse segundo prazo, e caso não haja manifestação daqueles que tenham direito sobre os depósitos, os valores serão incorporados ao Tesouro Nacional", disse o Ministério. A Fazenda também reforçou que, ainda assim, os interessados terão um prazo de seis meses para requerer judicialmente o reconhecimento de seu direito aos depósitos. "Logo, não há que se falar em confisco", afirmou. Caso não haja contestação do recolhimento, os valores serão, então, incorporados de forma definitiva como receita orçamentária primária, continuou a pasta, destacando que os recursos serão considerados para fins de verificação do cumprimento da meta de resultado primário. Ainda segundo o Ministério da Fazenda, a medida encontra precedentes no sistema jurídico brasileiro. LEIA TAMBÉM Maior saque de pessoa física foi de R$ 2,8 milhões; veja ranking Uma única pessoa tem R$ 11,2 milhões esquecidos g1 em 1 minuto: 'Dinheiro esquecido': quase 1 milhão de pessoas têm mais de R$ 1 mil para receber De acordo com o Banco Central, uma única pessoa tem R$ 11,2 milhões esquecidos no SVR. Entre pessoas jurídicas, a cifra mais alta disponível para resgate é de R$ 30,4 milhões. O BC informou que, até o momento, o maior saque de "dinheiro esquecido" feito por uma única pessoa física foi de R$ 2,8 milhões. A bolada foi resgatada em julho de 2023, após consulta no SVR. Veja os maiores valores já sacados por pessoas físicas: O primeiro lugar resgatou R$ 2,8 milhões, em julho de 2023; O segundo valor mais alto foi de R$ 1,6 milhão, em março de 2022; Já a terceira maior cifra foi de R$ 750 mil, em março de 2023. Entre pessoas jurídicas, esta é a lista: O maior valor foi de R$ 3,3 milhões, resgatado em março de 2023; O segundo maior, de R$ 1,9 milhão, em junho de 2023; O terceiro, de R$ 610 mil, em setembro de 2024. Segundo o BC, 940.024 pessoas têm mais de R$ 1.000,01 para sacar. Além disso, 5,2 milhões de pessoas têm entre R$ 100,01 e R$ 1.000 esquecidos. A maior parcela de beneficiários é de quem tem até R$ 10: estes são, ao todo, 33 milhões de pessoas. Os números, referentes ao mês de agosto e atualizados pelo BC em 7 de outubro, consideram o total de contas — uma pessoa pode ter mais de uma conta aberta com dinheiro esquecido. (veja mais abaixo como consultar) Confira a quantidade de beneficiários por faixa de valores a receber: Acima de R$ 1.000,01: 940.024 contas | 1,80% do total; Entre R$ 100,01 e R$ 1.000,00: 5.199.838 contas | 9,94% do total; Entre R$ 10,01 e R$ 100,00: 13.100.665 contas | 25,05% do total; Entre R$ 0,00 e R$ 10,00: 33.054.663 contas | 63,21% do total. Dicas para não cair em golpes A primeira dica do Banco Central para não cair em golpes é não clicar em links suspeitos enviados por e-mail, SMS, WhatsApp ou Telegram. A instituição informa que não envia links, nem entra em contato com ninguém para tratar sobre valores a receber ou para confirmar dados pessoais. "Somente a instituição que aparece na consulta aos valores a receber que pode contatar seu cliente, principalmente no caso de pedido de resgate de valores sem indicar uma chave PIX. Mas ela nunca irá pedir os dados pessoais ou sua senha", diz o BC. Além disso, a instituição orienta a não fazer qualquer tipo de pagamento para ter acesso aos valores. Também reforça que não existe a opção de receber algum valor pelo uso de cartões de crédito.



Casca da batata-doce riscada e com manchas: será que isso é perigoso? Entenda


17/10/2024 08:30 - g1.globo.com


As manchas são danos causados por insetos, mas isso não significa que o alimento precise ser descartado, diz o agrônomo Carlos Nick, professor da Universidade Federal de Viçosa. Casca da batata-doce riscada e com manchas: será que isso é perigoso? Entenda Se você já viu riscos e manchas na batata-doce, provavelmente pensou na possibilidade de o alimento estar podre. Mas, de acordo com o agrônomo Carlos Nick, professor da Universidade Federal de Viçosa, UFV, em Minas Gerais, a situação não é necessariamente preocupante (veja vídeo acima). O alimento segue comestível, ainda que seja importante tomar certas precauções. Esses riscos são marcas deixadas por insetos, besouros chamados de crisomelídeos. Eles vivem em torno de 40 dias e colocam ovos em meio às plantas, danificando as folhas. Esses ovos chocam e deles nascem larvas que afetam diretamente as raízes da batata-doce, formando os riscos. Apesar da evidente atuação desses insetos, os riscos não querem dizer que as batatas estão estragadas. Na maioria das vezes, os danos não são profundos o suficiente e afetam apenas a superfície. Isso faz com que as batatas percam seu valor comercial, mas, para fins de consumo, permanecem perfeitamente saudáveis. Neste caso, basta retirar a área afetada e seguir normalmente com o preparo da sua batata doce. Mas, para quem trabalha com colheita, como é possível evitar o impacto desses insetos? Replantio é a chave As manchas são danos causados por insetos, mas isso não significa que o alimento precise ser descartado Reprodução/Globo Rural Se você planta batata-doce e está enfrentando esse problema, o jeito é reorganizar os canteiros, também chamados de leiras. É necessário deixá-las bem fechadas, sem frestas que possam facilitar a entrada dos besouros. Se for replantar, a melhor opção é escolher uma muda sem danos e plantá-la, preferencialmente, em solo mais arenoso, um que não fica tão solto e evita que as rachaduras na terra apareçam. Depois da colheita, é importante eliminar todo e qualquer resto da batata-doce. Ou seja, é preciso adotar a rotação de cultura, sendo esta a única forma de eliminar a praga dos besouros. Além disso, é importante não cultivar a batata-doce em um mesmo lugar de cultivos sucessivos. Se plantar alguma coisa, o ideal é esperar 18 meses para fazer um novo plantio na mesma área. LEIA TAMBÉM: Ministério da Agricultura proíbe a venda de 11 marcas de azeite de oliva; saiba quais Com queda nas vendas de vinho, França vai gastar R$ 719 milhões para destruir 4% dos seus vinhedos Ministério da Agricultura proíbe a venda de 11 marcas de azeite de oliva; saiba quais



Financiamento de imóveis pela Caixa: entenda o que muda e quando muda


17/10/2024 08:03 - g1.globo.com


Banco anunciou mudanças no financiamento imobiliário com recursos da poupança e deve exigir uma entrada maior dos compradores. Caixa Econômica Federal fachada banco placa Marcelo Camargo/Agência Brasil Aqueles que buscam um financiamento imobiliário pela Caixa Econômica Federal com recursos do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) irão se deparar com regras diferentes para adquirir a casa própria a partir do próximo mês. Isso porque o banco anunciou, nesta semana, que fará alterações nos financiamentos para imóveis de até R$ 1,5 milhão a partir de novembro e passará a exigir um valor de entrada maior dos compradores. Entenda na reportagem abaixo o que deve mudar para os financiamentos e quando as medidas passarão a valer. LEIA MAIS Financiamento imobiliário: veja como pedir o crédito para o banco, e saiba o que pode facilitar a aprovação Portabilidade do financiamento imobiliário: entenda o que é e como fazer Limite nos empréstimos com recursos do SBPE 🧐 O que mudou? Segundo a Caixa, nos empréstimos feitos com recursos do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE), o banco passará a financiar a compra ou a construção individual de imóveis que tenham valor de avaliação ou de compra e venda limitado a R$ 1,5 milhão. 🤔 E como era? No modelo atual, válido até o fim deste mês, o banco não impõe nenhum limite para os financiamentos feitos com recursos do SBPE. Redução das cotas de financiamento Além disso, outra mudança acontecerá nas cotas de financiamento admitidas pelo banco. A partir de novembro, a Caixa só financiará até 70% do valor do imóvel pelo Sistema de Amortização Constante (SAC). No modelo atual, válido até o final deste mês, a cota admitida é de até 80% do valor do imóvel. Já pelo sistema Price, o banco passará a financiar até 50% do valor do imóvel. Nesse caso, a cota era de 70%. Pelo sistema SAC, o valor total das prestações pagas vai diminuindo ao longo do tempo, por conta da parcela decrescente de juros. Já no sistema Price, o valor total é constante durante o prazo contratado. Na prática, isso significa que os compradores precisarão dar um valor maior de entrada no imóvel. Veja os exemplos abaixo. 🏠 Modelo SAC Modelo atual: se um imóvel vale R$ 800 mil, a Caixa financia até R$ 640 mil (80%). Nesse caso, o mutuário paga 20% do valor do imóvel como entrada, ou seja, R$ 160 mil. Novo modelo: a partir de novembro, o mesmo imóvel de R$ 800 mil terá até R$ 560 mil (70%) financiados pela Caixa. Os outros 30%, por sua vez, ficam a cargo do tomador (R$ 240 mil). 🏠 Modelo Price Modelo atual: se um imóvel vale R$ 800 mil, a Caixa financia até R$ 560 mil (70%). Nesse caso, o mutuário paga 30% do valor do imóvel como entrada, ou seja, R$ 240 mil. Novo modelo: a partir de novembro, o mesmo imóvel de R$ 800 mil terá até R$ 400 mil (50%) financiados pela Caixa. Os outros 50%, por sua vez, ficam a cargo do tomador (R$ 400 mil). Segundo a Caixa, a alteração nas cotas de financiamento e a limitação no valor do imóvel a R$ 1,5 milhão não se aplicam às unidades habitacionais vinculadas a empreendimentos financiados pelo banco. Nesse caso, mantêm-se as condições vigentes atualmente. Quando as mudanças passam a valer? As mudanças nas regras de financiamento com recursos do SBPE passam a valer a partir de 1º de novembro. As mudanças têm prazo de validade? Segundo a Caixa, as novas medidas não terão prazo de validade, ou seja, as mudanças podem ser permanentes. Tenho um financiamento ativo, ele vai mudar? Não. Segundo o banco, as propriedades já adquiridas não terão as regras de financiamento alteradas. G1 em 1 minuto: Financiamento imobiliário: veja como pedir o crédito para o banco Por que a Caixa está fazendo essas alterações? A redução das cotas de financiamento e a limitação no valor do imóvel vêm diante da crescente demanda por imóveis no mercado brasileiro e pelo maior volume de saques da caderneta de poupança — origem dos recursos utilizados pela Caixa para os empréstimos via SBPE. Segundo dados recentes do Banco Central do Brasil (BC), a caderneta de poupança registrou o maior volume de saques líquidos do ano em setembro, totalizando R$ 7,1 bilhões. Esse também foi o terceiro mês seguido de retiradas. Em nota, a Caixa informou que a carteira de crédito habitacional do banco deve superar o orçamento aprovado para o ano de 2024. Atualmente, a instituição é responsável por quase 70% do mercado. O banco concedeu neste ano até setembro R$ 175 bilhões de crédito imobiliário, o que representa um aumento de 28,6% em relação ao mesmo período de 2023. Foram 627 mil financiamentos de imóveis. Em relação às contratações com recursos da poupança (SBPE), a Caixa apresenta uma participação de mercado de 48,3%, correspondendo a R$ 63,5 bilhões das operações realizadas pelo banco até setembro. "A Caixa estuda constantemente medidas que visam ampliar o atendimento da demanda excedente de financiamentos habitacionais, inclusive participando de discussões junto ao mercado e ao governo, com o objetivo de buscar novas soluções que permitam expansão do crédito imobiliário no país, não somente pela Caixa, mas também pelos demais agentes do mercado", afirmou o banco em nota oficial.



LISTA: veja quais são as 5 motos mais caras do Brasil


17/10/2024 07:30 - g1.globo.com


Modelos têm tecnologias como espelhamento de celular e marcha à ré, além de preços maiores que SUVs de luxo. Saiba quais são. As motos mais cara do Brasil g1 O mercado de compra e venda de motos está em polvorosa, justamente porque elas costumam ser excelentes opções de baixo custo para mobilidade urbana. Vale para o preço do veículo, para o custo mais baixo de manutenção e para o consumo menor de combustível. Na lista desta reportagem, contudo, a economia fica em segundo plano. O g1 mostra quais são as cinco motos mais caras do país, com preços que podem facilmente ultrapassar um carro esportivo, como um Audi A3 Sportback S-Line (R$ 287.990), ou um sedã 100% elétrico, como o BYD Seal (R$ 299.880). Quase todas as motos apresentadas são classificadas como touring, modelos criados para longas viagens e que priorizam o conforto. Elas têm assentos mais amplos, para-brisas grandes para proteção do vento, muito espaço para bagagens e tanque de combustível com maior capacidade. São modelos que costumam ter piloto automático, marcha à ré, aquecimento de manoplas e tela para espelhamento do celular, além de GPS próprio. Essa é uma fatia de apenas 0,05% do mercado no Brasil, segundo dados da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave). Mas é um deleite para os apaixonados por motos de alta performance e com design exclusivo. Veja abaixo os destaques, capazes de deixar qualquer garagem ainda mais especial. É importante ter em mente que estão listadas apenas as motos vendidas oficialmente no Brasil, diretamente por suas próprias marcas, sem contar modelos importados por encomenda. LEIA MAIS Veja quais são as 5 motos mais econômicas do Brasil Veja as 10 motos novas mais vendidas do Brasil até setembro Honda ADV ou Shineray Urban: veja o comparativo entre duas scooters 5. Harley-Davidson CVO Road Glide ST: R$ 247.450 Harley-Davidson CVO Road Glide ST divulgação/Harley-Davidson A Harley-Davidson abre a lista, com o modelo mais "em conta". A CVO Road Glide ST é a motocicleta mais potente e tecnológica da companhia americana em nosso país, equipada com motorização Milwaukee-Eight 121. O motor tem 1.977 cm³, gerando 126 cv de potência e 19,5 kgfm de torque. Essa Harley tem mais força que uma picape Toro 1.8 na versão Freedom (com 19,3 kgfm de torque). Enquanto a picape da Fiat foi feita para carga e trabalho, com peso de 1,619 kg, a Road Glide ST pesa 23,48% do total, com seus 380 kg. A CVO Road Glide ST é uma versão mais esportiva da moto que vem em seguida. Ambas, inclusive, compartilham muitos dos equipamentos. Há conjunto de som de alta qualidade, painel de instrumentos digital com sistema de mapas exibido entre o velocímetro e o conta-giros, além de fibra de carbono em locais como para-lama dianteiro e console do tanque. 4. Harley-Davidson CVO Road Glide: R$ 276.656 Harley-Davidson CVO Road Glide A segunda moto de nossa lista é a versão sem o apelo esportivo da Road Glide ST. Ela perde o sufixo e adota visual mais conhecido de uma Harley-Davidson tradicional. A lista de mudanças inclui a cor em dois tons, escapamento cromado, rodas com mais raios, guidão elevado e proteção para o motor, também utilizada como apoio para os pés. O motor recebe placa com o nome mais centralizada neste modelo e outra grande mudança está na possibilidade de carregar garupa. 3. Honda Gold Wing: R$ 304.450 Honda Gold Wing A GL 1800 Gold Wing Tour é a única custom da Honda disponível no Brasil. São 126 cv de potência e 17,3 kgfm de torque. O tanque é de 21 litros. O conjunto motriz conta com auxílio de câmbio automático de dupla embreagem. Com 369 kg, ela é equipada com marcha à ré para facilitar as manobras. Além disso, há piloto automático, e painel digital TFT de 7 polegadas que pode ser conectado com Android Auto e Apple CarPlay com fio. Os bancos do passageiro e do piloto possuem aquecimento. Inclusive, o assento do garupa é igual a uma poltrona, proporcionando conforto e segurança em viagens de longa distância. Para carregar tudo que é necessário para uma "roadtrip", o top box e os alforjes laterais suportam até 121 litros de bagagem. 2. BMW K 1600 B: R$ 309.900 BMW K 1600 B Na lista das motos mais caras do Brasil, as líderes são duas BMW. Com motor equivalente a um carro 1.6, a K 1600 B tem seis cilindros em linha que disponibilizam potência máxima de 160 cv e 18,3 kgfm de torque. O câmbio é manual de seis marchas. E tudo isso permite empurrar uma moto que tem 356 kg. Só o tanque consegue carregar 26,5 litros de gasolina. Um Renault Kwid, por exemplo, tem capacidade para 38 litros. A tecnologia dela não é tão desenvolvida quanto às demais. Basta ver que o farol não é de LED, mas de xenon, tecnologia que já foi aposentada em modelos mais modernos. 1. BMW K 1600 GTL: R$ 319.900 BMW K 1600 GTL tem bagageiros com 126 litros Divulgação | BMW A campeã na lista das motos mais caras do Brasil é a BMW K 1600 GLT. Ela é quase R$ 1 mil mais cara que o luxuoso SUV BMW X1, que sai por R$ 318.950 no Brasil. Ela tem o mesmo motor de seis cilindros, gerando 160 cv e 18,3 kgfm de torque, mas as diferenças principais estão no visual da moto. A versão GTL tem um espaço individual extra para malas, que somado com os outros entrega 117 litros de capacidade. Não muito atrás do que um Fiat Mobi e seus 200 litros. O espaço extra para malas aumenta o conforto para o garupa, ao servir de encosto estofado para as costas do passageiro. Outro ponto de destaque fica para o visual mais alto, até por conta do porte de moto touring na versão GTL. Em outras palavras, a BMW K 1600 GTL é focada no público de longas viagens e que faz o passeio com companhia de um passageiro. Já a versão mais em conta tem inspiração em concorrentes como a Harley-Davidson. Comparativo de scooters: Shineray Urban encara a Honda ADV



Concurso dos Correios: saiba como enviar os documentos de vagas para negros, indígenas e PCDs


17/10/2024 07:30 - g1.globo.com


Do total de oportunidades disponíveis, 30% são reservadas para pretos, pardos e indígenas, e 10% para pessoas com deficiência. O concurso dos Correios vai preencher oportunidades de nível médio e superior em várias áreas. Gilberto dos Santos/Divulgação/Correios O concurso dos Correios, que conta com mais de 3 mil vagas, está com inscrições abertas no site do Instituto Brasileiro de Formação e Capacitação (IBFC), banca organizadora do processo seletivo. Do total de vagas a serem preenchidas, 30% são reservadas para pretos, pardos e indígenas, além de 10% para pessoas com deficiência. (veja o passo a passo de como se inscrever) ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 Concursos no WhatsApp. Durante o período de inscrição, os candidatos que fazem parte desses grupos deverão indicar que desejam concorrer às vagas reservadas para negros, indígenas ou PCDs. Além disso, esses participantes precisam anexar no site documentos de comprovação, como fotos e vídeos, para as reservas raciais, ou laudo médico para as pessoas com deficiência. (confira abaixo o passo a passo) Quem não preencher os campos corretos no formulário de inscrição e não seguir as regras do edital concorrerá automaticamente às vagas destinadas para ampla concorrência. O candidato não poderá alegar a condição posteriormente para alterar sua classificação nos resultados e/ou na contratação. LEIA TAMBÉM: CNU: governo divulga resultado de recursos da prova escrita e convoca candidatos a cotas para verificação Os participantes têm até as 23h do dia 28 de outubro para enviar a documentação exigida no site do IBFC. No dia 26 de novembro serão divulgadas as inscrições que foram aceitas pela banca, tanto da ampla concorrência, como de pessoas com deficiência, negras e indígenas. Já nos dias 27 e 28 de novembro, os participantes que tiverem as condições negadas, poderão entrar com recurso contra o indeferimento. Quem for aprovado, será convocado para fazer as provas em 6 de dezembro. 🚨 ATENÇÃO: A classificação e aprovação do candidato não garantem a ocupação das vagas reservadas. Mesmo aprovados como PCDs, negros ou indígenas, os selecionados terão os documentos e condições avaliados antes da divulgação do resultado final. Não serão aceitos documentos enviados fora do prazo. Em caso de falsas comprovações anexadas, o candidato será automaticamente eliminado. Confira abaixo como enviar os documentos das vagas reservadas: Negros Indígenas Pessoas com deficiência Correios lançam edital pra mais de 3 mil vagas com salários de até R$ 6 mil VEJA MAIS: Veja mapa e entenda como funciona a distribuição das 3,5 mil vagas O que esperar das provas e como estudar 1. Negros (pretos e pardos) Segundo o edital, os candidatos que selecionarem as vagas reservadas para negros (pretos e pardos) precisam anexar os seguintes documentos para concluir a inscrição: Imagem colorida do documento de identidade (frente e verso); Uma foto colorida do participante de frente (com o fundo branco); Uma foto colorida do participante de perfil (com o fundo branco); Um vídeo de no máximo 20 (vinte) segundos. O candidato deverá dizer o seu nome, o cargo a que concorre e os seguintes dizeres: “declaro que sou negro, da cor preta ou parda”. Os documentos e fotos devem estar nos formatos JPEG, JPG, PNG ou PDF com o tamanho máximo de 2 MB (megabytes) por arquivo. Já o vídeo deve estar na extensão MOV ou MP4 com o tamanho máximo de 30 MB (megabytes). Para enviar os documentos de identidade, é necessário seguir um padrão: Somente imagem colorida do documento de identidade (frente e verso); O arquivo deve estar completo, com os dados, foto e assinatura. Procedimento para envio do documento de identidade para concorrer em vagas reservadas no concurso do Correios. Reprodução/Correios Já as fotos e o vídeo devem seguir o mesmo formato dos documentos, além de mais algumas obrigatoriedades: que o fundo da foto seja em um fundo branco; que o candidato esteja com a postura correta com a coluna bem alinhada; não esteja de cabeça baixa, nem de cabeça erguida; que não esteja usando óculos, boné, touca e que não esteja sorrindo; no caso de candidatos com cabelo comprido, a foto do perfil esquerdo deve estar com o cabelo atrás da orelha; no vídeo, com duração de no máximo 20 segundos, o candidato deverá informar o seu nome, o cargo público a que concorre e replicar os seguintes dizeres: “declaro que sou negro, da cor preta (ou parda)”. Padrões para envio de fotos para concorrer em vagas reservadas para negros no concurso do Correios. Reprodução/Correios Instruções para envio do vídeo para concorrer em vagas reservadas para negros no concurso do Correios. Reprodução/Correios O edital também estabelece que as imagens dos documentos deverão estar em perfeitas condições, para permitir a análise da documentação com clareza. É de inteira responsabilidade do candidato verificar se as imagens carregadas estão corretas. Não serão analisados os documentos: Que não pertencem ao participante; Ilegíveis e/ou com rasuras; Oriundos de arquivo corrompido. A comissão de heteroidentificação será composta por cinco membros para verificar e enquadrar o candidato como pessoa negra. O procedimento leva em consideração a autodeclaração feita no ato de inscrição e as características físicas do participante. Quem não enviar o documento de identidade, as fotos e o vídeo, perderá o direito de concorrer às vagas reservadas. Também não serão considerados: O candidato que não possui traços fenotípicos que o identifiquem como negro; Arquivos e documentos em desacordo com os critérios estabelecidos no edital. 2. Indígenas Os candidatos que vão concorrer às vagas reservadas aos indígenas deverão enviar o documento de identidade com foto (frente e verso) colorida, além de uma declaração emitida pela FUNAI comprovando que o candidato pertence ao grupo étnico indígena. Quem não enviar os documentos exigidos, perderá o direito de concorrer às vagas reservadas aos indígenas e passa para a ampla concorrência. Os participantes precisam seguir algumas recomendações para fazer o upload no site, como: Os arquivos contendo os documentos correspondentes para análise devem estar nos formatos JPEG, JPG, PNG ou PDF com o tamanho máximo de 2 MB (megabytes) por arquivo; O edital também estabelece que as imagens dos documentos deverão estar em perfeitas condições, para permitir a análise da documentação com clareza. É de inteira responsabilidade do candidato verificar se as imagens carregadas estão corretas. Não serão analisados os documentos: Que não pertencem ao participante; Ilegíveis e/ou com rasuras; Oriundos de arquivo corrompido. Em caso de declarações falsas que forem enviadas, o candidato será eliminado do concurso. Também não serão considerados: O candidato não comprovou ser reconhecido como indígena; Documentos em desacordo com os critérios estabelecidos no edital. 3. Pessoas com deficiência (PCD) Os candidatos que vão concorrer a 10% das vagas destinadas aos PCDs, durante as inscrições deverão: Informar se possui algum tipo de deficiência; Selecionar qual o tipo de deficiência; Informar o código correspondente da Classificação Internacional de Doença e Problemas Relacionados à Saúde – CID do tipo de deficiência; Informar se necessita de condições especiais para a realização das provas. Para concorrer às vagas reservadas às pessoas com deficiência, ou solicitar a adaptação da prova caso necessário, o participante precisa enviar os seguintes documentos: Documento de identidade original; Atestado/laudo, conforme modelo do edital, emitido por médico especialista há, no máximo, 24 meses, e que ateste a espécie, o grau ou nível de deficiência, com expressa referência ao código correspondente da Classificação Internacional de Doenças (CID-10), bem como a provável causa da deficiência; Se for o caso, de exames complementares específicos que comprovem a deficiência física; Se for o caso, constar se faz uso de órteses, próteses ou adaptações; No caso de deficiência mental, no laudo deverá constar a data do início da doença, áreas de limitação associadas e habilidades adaptadas; No caso de deficiência múltipla, no laudo deverá constar a associação de duas ou mais deficiências; No caso de deficiência auditiva, o candidato deverá apresentar, além do laudo médico, exame audiométrico (audiometria), realizado nos últimos 24 meses; No caso de deficiência visual, o laudo médico deverá conter informações expressas sobre a acuidade visual aferida, com e sem correção, e sobre a somatória da medida do campo visual em ambos os olhos; Se for o caso, apresentar a possibilidade de uso de equipamentos ou outros recursos que habitualmente utilize. Requerimento de Atendimento Especial, conforme previsto no edital, devidamente preenchido e assinado, para assegurar previsão de adaptação da prova. O candidato com deficiência que não preencher os campos específicos durante o período de inscrição, ou não enviar os documentos solicitados, entrara para a lista de ampla concorrência. O edital estabelece que o participante não poderá alegar, posteriormente, a deficiência para reivindicar, reposicionamento de classificação nos resultados e/ou na contratação. Também não serão considerados: Deficiência não considerada de acordo com a legislação vigente; Atestado/laudo médico em desacordo com os critérios estabelecidos neste edital; “Os candidatos com deficiência participarão do concurso em igualdade de condições com os demais candidatos, no que tange ao horário, ao conteúdo, à correção das provas, aos critérios de avaliação e as demais normas”, afirma o edital. Os participantes com deficiência ainda precisam seguir algumas recomendações para fazer o upload no site, como: Os arquivos contendo os documentos correspondentes para análise devem estar nos formatos JPEG, JPG, PNG ou PDF com o tamanho máximo de 2 MB (megabytes) por arquivo; As imagens dos documentos deverão estar em perfeitas condições, de forma a permitir a análise da documentação com clareza; É de inteira responsabilidade do candidato verificar se as imagens carregadas na tela estão corretas; Não serão considerados e analisados os documentos que não pertencem ao candidato e/ou documentos ilegíveis e/ou com rasuras ou proveniente de arquivo corrompido. Veja dicas para estudar para concursos: Veja dicas de como fazer uma boa redação para concurso Como estudar legislação para concurso?



Descubra por que o letramento digital pode proteger você de golpes


17/10/2024 07:01 - g1.globo.com


'Há um hiato entre as gerações. Entre os 45 e 59 anos, 90% usam a internet; com 60 ou mais, são 59%', diz José Raphael Bokehi, professor titular do Instituto de Computação da Universidade Federal Fluminense Golpe do 'PIX errado': saiba como os criminosos agem e como não ser enganado A terceira coluna sobre os temas discutidos no GeriatRio 2024 trata de tecnologia – e não de saúde – por um bom motivo: o envelhecimento ativo depende cada vez mais de nossas habilidades para navegar na internet. E não basta baixar o aplicativo (ou pedir que alguém o faça) de uma rede social e se limitar a trocar mensagens ou seguir influenciadores. Essa é a diferença entre alfabetização digital e letramento digital, como explica José Raphael Bokehi, professor titular do Instituto de Computação da Universidade Federal Fluminense, que, desde 2006, mantém o "Projeto Incluir": Idoso com celular: sem letramento digital, aumentam os riscos de invasão de privacidade, contato com códigos maliciosos, golpes e vazamento de dados Congerdesign para Pixabay “A alfabetização digital é uma iniciação ao uso e à compreensão dos recursos da informática. O letramento significa adquirir capacidades que permitam incorporar práticas digitais ao dia a dia de forma eficaz, e também saber lidar com a segurança da informação. Sem o letramento, a pessoa enfrenta todo tipo de riscos: invasão de privacidade, contato com códigos maliciosos ou vírus, vazamento de dados, exposição a conteúdos ofensivos ou falsos, perdas financeiras”. Ele lembrou que, hoje em dia, todos os serviços governamentais estão disponíveis em aplicativos e que a telemedicina está em expansão acelerada. Quem não dominar as ferramentas digitais terá mais dificuldades em utilizar dispositivos de monitoramento à distância – como medidores de frequência cardíaca ou pressão arterial – e de alerta para obtenção de socorro; ou de interagir com assistentes virtuais: “Estamos falando de independência, interação social e acesso mais fácil a serviços de saúde. A inclusão digital é fundamental para o pleno exercício da cidadania, mas há um hiato entre as gerações. Entre os 45 e 59 anos, 90% usam a internet; acima dos 60, são 59%. Problemas de visão e destreza manual, falta de confiança e aplicativos e sites que não são intuitivos podem ser barreiras para os idosos. Daí a necessidade de programas de capacitação, com cursos e oficinas voltados para esse grupo, além de dispositivos com teclas maiores e assistentes de voz e aplicativos mais simples”, enumerou Bokehi. O geriatra Roni Chaim Mukamal, um dos autores do "Guia de Telegeriatria da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia", afirmou que a pandemia acelerou em dez anos o processo de adoção da telemedicina: “A consulta presencial ainda é o padrão ouro, mas, atualmente, a telessaúde e a telemedicina dão um apoio relevante para a geriatria e gerontologia. Serviços de orientação, reabilitação e monitoramento são uma realidade. Diagnósticos podem ser feitos à distância, com o envio de um exame para uma central de laudos, e, recentemente, um médico na Itália operou um paciente na Chia com inteligência artificial e um braço robótico. O desafio é incluir nesse sistema a população acima dos 60, que, na média, tem um baixo nível de escolaridade”.



Upfront 2025: Globo anuncia ano comemorativo com novos programas e realities


17/10/2024 04:59 - g1.globo.com


Mais de 800 pessoas participaram do encontro com o mercado publicitário na noite de quarta (16), em São Paulo. TV exibirá programas customizados para celebrar os 60 anos do canal. Upfront 2025: Globo apresenta nova programação A Globo anunciou na noite de quarta-feira (16) as principais novidades em conteúdo para 2025 em um encontro com o mercado publicitário no Auditório do Ibirapuera, em São Paulo, que contou com a participação de mais de 800 pessoas. No evento, foram anunciados o elenco da releitura da novela "Vale Tudo", o novo reality de gastronomia apresentado por Ana Maria Braga, além de novos programas com Eliana, Daniel e Diogo Nogueira. Confira, mais abaixo, as novidades. Em 2025, haverá programação comemorativa de 100 anos de Globo, a contar da fundação do jornal O Globo. Uma série documental irá contar a história centenária de compromisso com o Brasil e com o talento brasileiro. Além disso, a TV Globo exibirá, em abril, uma maratona de 60 horas, com programas customizados para celebrar os 60 anos do canal. A maratona, anunciada por um Video Show especial, que será exibido na sexta-feira, 25 de abril, véspera dos 60 anos da Globo, vai culminar na noite de sábado com um mega espetáculo ao vivo, direto dos Estúdios Globo, em diversas cidades cenográficas, e o maior palco já visto num programa de TV. Paulo Marinho, diretor-presidente da Globo, reafirmou, ao dar boas-vindas ao público, o compromisso de contar novas histórias e de deixar um legado de criatividade, qualidade e integridade "aproximando os múltiplos Brasis que formam o nosso país". "Com a mesma coragem que norteou as decisões de negócio da Globo ao longo de todos esses anos, nós olhamos para o futuro, acreditando na vitalidade do nosso negócio, do nosso mercado e do Brasil. Vamos continuar investindo fortemente em conteúdo, em tecnologia, em inovação e em novos negócios, oferecendo uma proposta de valor ao mercado cada vez mais potente, completa e diversificada", afirmou Marinho. Globo anuncia ano comemorativo com novos programas e reality Bob Paulino/Globo De acordo com Manzar Feres, diretora de Negócios Integrados em Publicidade da Globo, tirando o ano pós pandemia, em 2024 o grupo atingiu o maior crescimento de receitas publicitárias dos últimos 12 anos. "Nas plataformas digitais, então, crescemos o dobro do mercado", afirmou. "Criamos juntos um dos mercados publicitários mais premiados do mundo. Seguiremos trabalhando por um mercado transparente e pela publicidade de valor, que fortalece todo o ecossistema”, disse. O conhecimento sobre o Brasil também foi ressaltado no evento. “A gente precisa entender o nosso país. Um Brasil que pode estar muitas vezes longe do nosso dia a dia. A Globo sabe como o Brasil pulsa. Somos e seremos sempre um observador atento, que não deixa escapar as conversas fundamentais para a sociedade. Um conhecimento de Brasil que está a favor da produção de conteúdo”, explicou Manzar. A executiva também ressaltou como a TV 3.0 vai colocar a TV aberta no ambiente digital e transformar a maneira de se fazer negócios na televisão. O Upfront Globo 2025 foi encerrado com a cantora Simone Mendes, que comandou um show para os convidados. O evento teve transmissão ao vivo pela Globoplay. O conteúdo está disponível no Portal Globo Ads. Veja as novidades de conteúdo para 2025: 'Vale Tudo' e novelas Com imagens da primeira versão de "Vale Tudo" e ao som da canção "Brasil", foram revelados no palco os atores escalados para a releitura de Manuela Dias da obra de Gilberto Braga, Aguinaldo Silva e Leonor Bassères. O Auditório do Ibirapuera reagiu ao conhecer o elenco: Bella Campos como Maria de Fátima; Humberto Carrão como Afonso; Cauã Reymond como César; Renato Góes como Ivan; Julio Andrade como Rubinho; Belize Pombal como Consuêlo; Karine Teles como Aldeíde, Malu Galli como Celina, e Luis Salem como Eugênio. Foram revelados no palco os atores escalados para a releitura de Manuela Dias da obra de Gilberto Braga, Aguinaldo Silva e Leonor Bassères Renato Pizzutto/Globo Eles exaltaram a força da novela e falaram da expectativa em dar vida a personagens que marcaram época, até que as luzes se apagaram, e Débora Bloch apareceu anunciando que interpretará a icônica vilã Odete Roitman, vivida por Beatriz Segall na versão original. Em 2025, no horário das seis, terá a continuação do sucesso "Êta Mundo Bom" de Walcyr Carrasco, exibido em 2016. Para o das sete, Rosane Svartman, autora do sucesso "Vai na Fé", traz uma história com muita cultura urbana, que se passa no universo de uma fábrica de roupas da periferia. O mundo do Feminejo será tema da obra escrita por Izabel de Oliveira e Maria Helena Nascimento, que virá na sequência. Maísa, que estreia na Globo em "Garota do Momento" em novembro, e Gi Fernandes, intérprete de Evelyn em "Mania de Você" e integrante do elenco de "Os Outros", subiram ao palco para celebrar o alcance das novelas da Globo, que, no primeiro semestre deste ano, estiveram em 95% das casas brasileiras. “Só 89% (risos). Essa é a quantidade de jovens que assistem às novelas da Globo”, também brincou Maísa, convidado o público a conhecer a Bia, sua personagem que será antagonista da próxima novela das seis. Realities Nas múltiplas plataformas Globo, tem reality para todo gosto e o ano todo em 2025. A começar pelo "Big Brother Brasil" que, em janeiro, chega à sua 25ª edição com uma configuração inédita de participantes. Sejam Pipocas ou Camarotes, só entram na disputa os competidores que estiverem em dupla. Ao longo de 100 dias, além de acompanharem o game, o público vai descobrir se a força dos laços afetivos resistirá ao jogo. No "BBB 25", a comemoração será, literalmente, em dose dupla, já que o programa também embarca nos 60 anos da TV Globo. A decoração da residência dos brothers e sisters vai se inspirar nas muitas histórias que a Globo contou nas últimas décadas. Um mergulho na fábrica de sonhos e na memória afetiva de milhões. O programa que mistura música e convivência — o ‘Estrela da Casa’ — volta para sua segunda temporada e segue dando espaço para que novos artistas busquem uma oportunidade de ganhar o Brasil por meio da música. Sob o comando de Ana Clara, o formato original trará novidades em suas dinâmicas e provas, mas seus participantes seguem com o mesmo objetivo: batalhando por vantagens e pelo primeiro lugar no pódio das paradas musicais. A 5ª edição do "The Masked Singer Brasil" será uma grande homenagem à teledramaturgia como parte da comemoração dos 60 anos da TV Globo. No palco, Eliana, que assume a apresentação do reality, anunciou também os talentos que a acompanham nesta edição: a apresentadora Kenya Sade e o novo time de jurados, os novatos Tony Ramos, Belo e Tatá Werneck, além de Sabrina Sato, que retorna ao posto que assumiu em edições anteriores. No palco do Upfront 2025, Eliana antecipa as novidades do território de Variedades da Globo para o próximo ano Renato Pizzutto/Globo E em ano de comemoração, a Globo segue sua tradição quando o assunto é reality show: há mais de 30 anos, foi percursora no conteúdo e segue trazendo novos formatos, originais e que são sucessos mundiais, alimentando a paixão do público brasileiro. Em 2025, uma novidade: um novo reality de competição culinária, uma versão nacional de "Next Level Chef". Sucesso pelo mundo, chega ao Brasil produzido pelos Estúdios Globo com um formato marcado por desafios eletrizantes, somado à muita pressão e nervos à flor da pele na competição gastronômica. São três cozinhas diferentes em três andares, e os participantes serão desafiados a cozinhar em uma das três cozinhas, em ambientes completamente distintos em termos de recursos, utensílios e ingredientes. E, claro, do nível mais alto ao mais baixo, as condições variam e mudam muito, fazendo com que cada um tenha que provar que é capaz de se sair bem mesmo em situações desafiadoras, que testam ainda mais as habilidades e o controle emocional dos competidores que desejam se tornar grandes chefs. No comando de um reality culinário, um apresentadora que é dona e proprietária quando o assunto é gastronomia, culinária ou jogo de cintura na cozinha: Ana Maria Braga. Já o Globoplay, além de exibir os realities multiplataformas Globo, traz suas produções inéditas e exclusivas. Em "Minha Mãe com seu Pai", que conta com apresentação de Sabrina Sato e é um formato da ITV com produção da Formata, mães e pais solteiros mergulham em busca de um novo amor, sem imaginar como as dinâmicas e revelações podem surpreendê-los. Programas As raízes do sertanejo chegam nas manhãs de domingo da TV Globo, com café para receber os amigos em casa, cercado pela natureza em uma boa roda de viola. Esse será o clima de "Viver Sertanejo", programa dominical da TV Globo. Daniel abre a porteira de sua fazenda, em Brotas (SP), para receber cantores de diferentes gerações da música sertaneja. O programa tem previsão de estreia em dezembro, nas manhãs de domingo, antes do Esporte Espetacular e logo após o Globo Rural, que passará a ser exibido depois do Auto Esporte. No programa "Casa de Verão da Eliana", atração que estreia em janeiro, como parte da programação de verão do GNT, o público vai poder acompanhar a apresentadora durante as férias, na companhia da família e amigos, em clima de descontração numa casa de praia. Ainda no clima da estação mais quente do ano, Diogo Nogueira vai abrir as portas de sua casa e receber convidados especiais, como Martinho da Vila, Jorge Aragão, Ferrugem e sua namorada Paolla Oliveira, para compartilhar histórias e preparar pratos saborosos regados a muito samba, a cada episódio de "Diogo na Cozinha", no Globoplay e também no GNT. Carnaval A Globo prepara uma super cobertura multiplataforma do Carnaval Globeleza 2025. Nos desfiles das escolas de samba do Rio de Janeiro e de São Paulo, o time da Globo estará em todos os pontos estratégicos da avenida, da concentração à dispersão. Everaldo Marques, Valéria Almeida e Aílton Graça comandam a transmissão das escolas de samba paulistas nos dias 28 de fevereiro e 1º de março. No Rio de Janeiro, a Sapucaí ganha mais um dia de desfile. A festa começa no dia 2 de março e segue até o dia 4, sob o comando de Alex Escobar e Karine Alves, que recebem também Mariana Gross. Milton Cunha segue trazendo os bastidores das agremiações e detalhes das apresentações. Os times de transmissão do Rio de Janeiro e São Paulo ainda ganharão reforços de comentaristas especializados para enriquecer ainda mais a experiência do público. Pelo segundo ano consecutivo, a Globo prepara uma despedida da folia em grande estilo, com show comemorativo de abertura do Desfile das Campeãs do Rio de Janeiro. No GNT e no Globoplay, o "Carnaval da Sabrina" traz, em mais um ano, os ensaios, provas de roupa e perrengues de Sabrina Sato na maior festa do planeta. Em 2025, o "Glô na Rua" amplia o seu alcance com mais de 12 horas de cobertura com vivos e flashes comandados por Rita Batista. Direto do circuito de rua de Salvador, Rita vai mostrar a pluralidade das manifestações em dez estados. E em Pernambuco, o Galo da Madrugada e Homem da Meia Noite ganham transmissão ao vivo. Humor Tatá Werneck, que durante o Upfront foi anunciada como uma das juradas da 5ª temporada de "The Masked Singer Brasil", esteve no palco do evento ao lado de Eduardo Sterblitch para anunciar as novidades de Humor da Globo. Entre os destaques, estão a 3ª temporada de "Encantado’s", na TV Globo; "Pablo e Luisão", série criada por Paulo Vieira, baseada em fatos reais, que conta com humor as aventuras de seu pai, Luisão e do melhor amigo dele, Pablo, no Globoplay; e as novas temporadas de "Que História É Essa, Porchat?", "Vai Que Cola" e "Lady Night", no Multishow. Música Seja com transmissões completas ou melhores momentos, TV Globo, Globoplay, Multishow e BIS seguem levando para todo o Brasil os grandes eventos nacionais, novos musicais, shows, especiais e grandes festivais, que irão embalar o público em 2025, com novos ritmos e artistas. O ano começa com o “Verão Musical”, garantindo a cobertura de eventos, como "Spanta", "Festival de Verão de Salvador" e "Planeta Atlântida", e continua com os aguardados: "The Town" e "Lollapalooza". O “Circuito Sertanejo”, maior evento dedicado ao gênero musical, também segue com seu espaço garantido ao longo de 2025, além do "Som Brasil", que traz programas especiais com nomes da música brasileira. E falando em tradição, a Globo traz de volta um clássico que marcou gerações dos amantes da música sertaneja, mas agora com uma nova versão: pela primeira vez, o especial "Amigas", com time feminino poderoso: Ana Castela, Maiara e Maraisa, Lauana Prado e Simone. O show será exibido na TV Globo. Originais Globoplay O Globoplay apresentou as novidades para 2025, quando a plataforma celebra 10 anos de criação. O público será presenteado com a estreia de títulos originais de diferentes formatos e gêneros, passando por biografia, romance, drama, suspense, fantasia, reality show, entre outros. Entre os lançamentos que foram apresentados no Upfront 2025, estreias de dramaturgia como "Guerreiros do Sol", "Pablo e Luisão", "Raul Seixas: Eu Sou", "Vitória", "Dias Perfeitos", "Vermelho Sangue", "Reencarne", as terceiras temporadas de "Os Outros" e "Rensga Hits!" e os realities shows "Minha Mãe com seu Pai" e "Túnel do Amor", que chega à quarta temporada. O Globoplay também anunciou o lançamento de uma nova estratégia de assinatura que chega ao mercado a partir de 4 de novembro. A plataforma passa a oferecer três planos de assinatura. Com redução de preço ao consumidor, o Plano Padrão com Anúncios será mais acessível e vai oferecer muito mais oportunidades para os anunciantes. Na versão gratuita, o usuário pode continuar fazendo login para assistir à TV Globo ao vivo de onde quiser, incluindo trechos das novelas e conteúdos sobre esporte sob demanda. Esporte Para 2025, o fã do futebol vai entrar no clima da partida um pouco antes. Na TV Globo, o pré-jogo ficou maior aos domingos. Mais aquecimento para os torcedores e mais oportunidades para as marcas. E a Globo segue investindo na melhor transmissão, sempre com inovação, qualidade e muita tecnologia, firme no compromisso de levar ao público os melhores jogos e campeonatos: Campeonato Brasileiro, Copa do Brasil, Libertadores e, claro, Seleção Brasileira. Em 2024, TV Globo e Sportv tiveram a maior audiência dos últimos cinco anos. Mais de 140 milhões de pessoas assistiram às competições dos Jogos Olímpicos de Paris em nossas telas e as transmissões de futebol alcançaram mais de 146 milhões de pessoas, números que se refletem também no Globoplay e no ge. O consumo no Globoplay cresceu quase 40% em relação ao mesmo período de 2023 e no ge foram mais de 8 bilhões de pageviews. Nos principais campeonatos de futebol do Brasil, a Globo supera a audiência domiciliar em 150% se comparada a principal plataforma de streaming. Jornalismo O compromisso da Globo com o jornalismo profissional, com a informação apurada e confiável, segue sendo um dos principais pilares da empresa e é um acordo renovado com os brasileiros todos os dias. Foi pensando nas necessidades das pessoas e para atender melhor a jornada delas, que as manhãs de sábado vão ganhar um novo telejornal. Apresentado por Sabina Simonato e Marcelo Pereira direto de São Paulo, o "Bom Dia Sábado" contará com a participação ao vivo de repórteres espalhados por vários pontos do país, trazendo as notícias mais atualizadas e de interesse do público. Leve, descontraído e dinâmico, o novo telejornal tem como foco as cidades e temas que se aproximam da vida cotidiana. Um telejornal de rede com a agilidade de um telejornal local, com notícias factuais de todo o Brasil, além de muita prestação de serviço e previsão do tempo. E as novidades não param por aí. Novos quadros no "Fantástico", grandes reportagens em todos os telejornais, séries e documentários, o factual com o rigor da apuração e a valorização cada vez maior da comunicação com cada região, mostrando todos os brasis que formam o Brasil. São 175 telejornais locais por todo o país, na TV aberta; a GloboNews que nunca desliga; o g1, que é a principal fonte de informação na internet; sem esquecer do podcast "O Assunto", que segue sendo um fenômeno.



Mega-Sena, concurso 2.786: prêmio acumula e vai a R$ 42 milhões


16/10/2024 23:23 - g1.globo.com


Veja os números sorteados: 06 - 11 - 17 - 20 - 40 - 51. Quina teve 71 apostas ganhadoras; cada uma vai levar R$ 54.038,72. Mega-Sena Marcelo Brandt/G1 O sorteio do concurso 2.786 da Mega-Sena foi realizado na noite desta quarta-feira (16), em São Paulo. Nenhuma aposta acertou as seis dezenas, e o prêmio para o próximo sorteio acumulou em R$ 42 milhões. Clique aqui para seguir o canal de Loterias do g1 no WhatsApp Veja os números sorteados: 06 - 11 - 17 - 20 - 40 - 51 5 acertos - 71 apostas ganhadoras: R$ 54.038,72 4 acertos - 5.135 apostas ganhadoras: R$ 1.067,39 O próximo sorteio da Mega será no sábado (19). Mega-Sena, concurso 2.786 Reprodução/Caixa Entenda como funciona a Mega-Sena e qual a probabilidade de ganhar o prêmio Para apostar na Mega-Sena As apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília), em qualquer lotérica do país ou pela internet, no site da Caixa Econômica Federal – acessível por celular, computador ou outros dispositivos. É necessário fazer um cadastro, ser maior de idade (18 anos ou mais) e preencher o número do cartão de crédito. Probabilidades A probabilidade de vencer em cada concurso varia de acordo com o número de dezenas jogadas e do tipo de aposta realizada. Para a aposta simples, com apenas seis dezenas, que custa R$ 5, a probabilidade de ganhar o prêmio milionário é de 1 em 50.063.860, segundo a Caixa. Já para uma aposta com 15 dezenas (limite máximo), com o preço de R$ 22.522,50, a probabilidade de acertar o prêmio é de 1 em 10.003, ainda segundo a Caixa.



+Milionária, concurso 190: prêmio acumula e vai a R$ 17 milhões


16/10/2024 23:05 - g1.globo.com


Uma aposta que acertou 5 dezenas e 2 trevos vai levar R$ 201.104,07. +Milionária Rafael Leal /g1 O sorteio do concurso 190 da +Milionária foi realizado na noite desta quarta-feira (16), em São Paulo, e nenhuma aposta acertou a combinação de seis dezenas e dois trevos. Com isso, o prêmio para o próximo sorteio acumulou em R$ 17 milhões. De acordo com a Caixa Econômica Federal, uma aposta que acertou 5 dezenas e 2 trevos vai levar R$ 201.104,07. Clique aqui para seguir o canal de Loterias do g1 no WhatsApp Veja os números sorteados: Dezenas: 19 - 28 - 31 - 37 - 38 - 40 Trevos: 3 - 5 Os outros ganhadores foram: 5 acertos + 1 ou nenhum trevo - 13 apostas ganhadoras: R$ 6.875,36 4 acertos + 2 trevos - 45 apostas ganhadoras: R$ 2.128,08 4 acertos + 1 ou nenhum trevo - 655 apostas ganhadoras: R$ 146,20 3 acertos + 2 trevos - 947 apostas ganhadoras: R$ 50,00 3 acertos + 1 trevo - 7160 apostas ganhadoras: R$ 24,00 2 acertos + 2 trevos - 7745 apostas ganhadoras: R$ 12,00 2 acertos + 1 trevo - 57139 apostas ganhadoras: R$ 6,00 O próximo sorteio da +Milionária será no sábado (19). +Milionária, concurso 190 Reprodução/Caixa +Milionária: veja como jogar na loteria da Caixa AaA Sobre a +Milionária As chances de vencer na loteria são ainda menores do que na Mega-Sena tradicional: para levar o prêmio máximo, é preciso acertar seis dezenas e dois “trevos”. (veja no vídeo mais abaixo) O valor de uma aposta simples é de R$ 6. Com ela, o apostador pode escolher 6 números de 50 disponíveis e mais 2 trevos, dentre os seis disponíveis. Para apostas múltiplas, é possível escolher de seis a 12 números e de dois a seis trevos, com preços que chegam a R$ 83,1 mil. A +Milionária teve seu primeiro sorteio em maio de 2022. Na época, a Caixa informou que ela foi a primeira modalidade "a oferecer prêmio mínimo de dois dígitos de milhões". Cada concurso distribui o valor mínimo de R$ 10 milhões. Saiba mais aqui. Além disso, a +Milionária se destaca por ter dez faixas de premiação. São elas: 6 acertos + 2 trevos 6 acertos + 1 ou nenhum trevo 5 acertos + 2 trevos 5 acertos + 1 ou nenhum trevo 4 acertos + 2 trevos 4 acertos + 1 ou nenhum trevo 3 acertos + 2 trevos 3 acertos + 1 trevo 2 acertos + 2 trevos 2 acertos + 1 trevo



Preços e produção de soja, milho e cana reduzem no Brasil, e PIB do Agro acumula queda de 3,5%


16/10/2024 21:28 - g1.globo.com


Levantamento do Cepea-USP em Piracicaba (SP) em parceria com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil aponta que PIB do Agro caiu 1,28% no 2º trimestre de 2024. Mais Agro Em movimento de queda desde janeiro de 2024, o Produto Interno Bruto (PIB) do Agronegócio Brasileiro, calculado pelo do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da Esalq-USP, seguiu em recuo de 1,28% no segundo trimestre de 2024, segundo levantamento divulgado nesta quarta-feira (16). A retração acumulada é de 3,5% neste ano. O levantamento é feito pelo Cepea em parceria com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). Segundo os pesquisadores, o resultado negativo do agronegócio segue influenciado pelos menores preços, movimento que vem sendo observado desde 2023, e da queda na produção de commodities. Além disso, a queda do PIB do agronegócio também está atrelada à redução da produção de importantes produtos do setor. "Em especial para a agricultura dentro da porteira, com destaque negativo para soja, milho e cana-de-açúcar", destacou. 📲 Receba no WhatsApp notícias da região de Piracicaba O PIB do Agro, segundo relatório, registrou queda de 2,68 % para os insumos e recuo de 1,77% para o segmento primário. Na sequência, destacam-se retrações para o setor de agroindústrias, com resultado negativo de 0,62% e para os agrosserviços, com queda de 1,15%. "Considerando também o desempenho da economia brasileira como um todo até o momento, o PIB do agronegócio pode corresponder por 21,8% do PIB do Brasil em 2024, abaixo dos 24% registrados no ano passado", destaca o Cepea. PIB do Agronegócio - Taxa de Variação Trimestral Preços baixos e queda na produção dentro da porteira De fato, cálculos do Cepea/CNA indicam que o PIB do ramo agrícola apresentou queda de 1,22% no segundo trimestre, acumulando forte baixa de 5,1% no ano. O PIB do ramo pecuário, por sua vez, também caiu no trimestre (-1,2%), mas ainda sustenta alta em 2024, de 0,5%. "O avanço no ramo pecuário na parcial do ano se deve sobretudo ao desempenho positivo nos segmentos agroindustrial e de agrosserviços, que registram respectivos aumentos de 5,29% e de 3,78% em 2024", descreveu o relatório. PIB do Agronegócio: Taxa de Variação Acumulada Insumos O segmento insumos recuou 8,13% nos primeiros seis meses do ano, quando comparado a igual período de 2023. 🚜🧑‍🌾No caso do segmento insumo agrícola, a redução de 11,0% do PIB refletiu os resultados das indústrias de fertilizantes, defensivos e máquinas agrícolas. "Esses setores tiveram seus resultados pressionados tanto pelas quedas das cotações quanto das produções, como são os casos das indústrias de defensivos e máquinas agrícolas", aponta o relatório. 🪘💉Para os insumos pecuários, a redução foi de 1,3%. "Resultado exclusivamente da retração observada na indústria de rações – menores preços, uma vez que se projeta maior valor da produção para a indústria de medicamentos para animais", destaca o levantamento. Para o segmento primário, o recuo é de 5,11% no primeiro semestre. 🌽🌾No caso do segmento primário agrícola, a redução de 4,69% do PIB refletiu os menores preços e perspectivas de menor produção para a safra 2024 de importantes produtos agrícolas, com destaque para milho, soja e trigo. Primeiro trimestre Após tímido movimento de recuperação no fim de 2023, o PIB do Agro enfrentou mais uma queda entre janeiro e março deste ano. No primeiro trimestre de 2024, o desempenho do setor foi de R$ 2,45 trilhões, uma redução de 2,20% em relação mesmo período de 2023, com baixa equivalente a R$ 57 bilhões. PIB Agronegócio - Taxa de Variação Acumulada no 1º Trimestre/2024 No primeiro trimestre de 2024, a performance do agronegócio foi impactada pelas quedas dos preços e das principais produção do setor, especialmente commodities importantes do segmento – como algodão, café, milho, soja, trigo, criação de bovinos para corte e para leite, suinocultura, entre outras – e pela projeção de retração da produção anual. Por consequência, o desempenho indica menor participação na economia do país na comparação com o ano passado, próxima de 21,5% em 2024. - Leia mais, abaixo. Agro 5.0 Freepik Em 2023, o PIB do Agro representou 24% do Produto Interno Bruto brasileiro. 👉Veja mais detalhes aqui. O relatório, feito pelo Cepea em parceria com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), aponta que até o trimestre passado, o setor vinha em um processo de recuperação da queda observada em 2022. De toda produção do Agronegócio registrada no primeiro trimestre de 2024, o ramo agrícola responde a R$ 1,65 trilhão e a pecuária, R$ 801 bilhões no ramo. Assim como no segundo trimestre, o ramo pecuário atenuou o resultado negativo nos primeiros três meses do ano, principalmente devido ao bom desempenho dos segmentos agroindustrial e de agrosserviços. Fazendas da região trabalham com produção de leite Reprodução/TV TEM Afinal, o que é o PIB do Agronegócio? A professora da Esalq e pesquisadora do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, Nicole Rennó Castro, explica, em publicação no site do Cepea, que para calcular o PIB do Agro, são usadas informações secundárias e oficiais do IBGE. "O PIB do Agro é um conceito mais amplo e abrangente que o de agropecuária, que engloba também atividades econômicas de outros setores de atividade, indústria e serviços. Especificamente, o agronegócio é definido como um setor econômico com ligações com a agropecuária", explica. LEIA MAIS Soja, carne, café, suco de laranja: veja os produtos em que o Brasil é líder em exportação no mundo Milho registra maior volume de exportação de grãos no 1º semestre de 2023, aponta estudo da USP Maior oferta, baixa demanda e tensões geopolíticas: pesquisa da USP aponta motivos para quedas nos preços de derivados da cana O setor envolve a produção de insumos para a agropecuária, a própria agropecuária, as agroindústrias de processamento dessas matérias-primas e a distribuição e demais serviços necessários para que os produtos agropecuários e agroindustriais cheguem ao consumidor final. "O setor “agronegócio” não é definido nas classificações de atividades econômicas oficiais adotadas pelos órgãos responsáveis pelas contas nacionais dos países (como o IBGE no Brasil), e, por isso, não há estatísticas oficiais sobre o PIB (ou outros agregados, como o emprego) desse setor", acrescenta a pesquisadora em artigo publicado no site do Cepea. "É importante enfatizar que o Cepea apenas aplica aos dados nacionais um conceito que foi definido e é entendido, naturalmente com certas diferenças, internacionalmente", conclui. VÍDEOS: tudo sobre Piracicaba e região Veja mais notícias da região no g1 Piracicaba



Tem 'valores a receber'? Entenda para onde vai o 'dinheiro esquecido' nos bancos


16/10/2024 21:27 - g1.globo.com


São 42 milhões de pessoas físicas e mais de 3,6 milhões de pessoas jurídicas com dinheiro em em contas desatualizadas desde setembro de 2019, de acordo com o Banco Central. Dinheiro, real, notas de R$ 100, contagem de cédulas Marcello Casal Jr./Agência Brasil Nesta quarta-feira (16/10) termina o prazo para brasileiros sacarem "dinheiro esquecido" nos bancos, no site Valores a Receber. A estimativa é de que haja R$ 8,5 bilhões no Sistema de Valores a Receber (SVR), onde é possível consultar se uma pessoa, empresa ou mesmo alguém que já morreu tenha dinheiro esquecido em algum banco, consórcio ou outra instituição. São 42 milhões de pessoas físicas e mais de 3,6 milhões de pessoas jurídicas com dinheiro em em contas desatualizadas desde setembro de 2019, de acordo com o Banco Central (BC). Dos beneficiários, pouco mais de 63% possuem até R$ 10 a receber, enquanto 25,05% tem entre R$ 10,01 até R$ 100. A data foi estipulada em uma lei aprovada na Câmara dos Deputados no dia 12 de setembro. O projeto foi criado para compensar as perdas fiscais geradas com as isenções relacionadas à desoneração da folha de pagamentos de 17 setores da economia e municípios com até 156 mil habitantes. O texto definiu que os titulares de contas bancárias tinham 30 dias após a publicação da lei, que ocorreu em 16 de setembro, para pedir o resgate dos valores. A lei prevê ainda um segundo prazo, novamente de 30 dias, para contestar administrativamente o recolhimento dos recursos. E há, ainda, um prazo de 6 meses para requerer judicialmente o reconhecimento do direito aos depósitos. LEIA MAIS Termina hoje o prazo para resgatar R$ 8,6 bilhões do 'dinheiro esquecido'; veja como sacar Quase 1 milhão de pessoas têm mais de R$ 1 mil para receber Veja como resgatar valores de falecidos Maior saque de pessoa física foi de R$ 2,8 milhões; veja ranking 'Dinheiro esquecido': quem já resgatou ou tinha saldo zerado ainda pode ter novos valores E para onde vão os recursos? A resposta curta é: os recursos que não forem sacados até hoje (16) vão para a conta única do Tesouro Nacional — ou seja, para o governo federal. O Banco Central recolhe esse "dinheiro esquecido" nos bancos por meio do Sistema de Valores a Receber (SVR), encaminha para a conta única do Tesouro Nacional, da União. O Executivo, então, pode utilizar esse recurso como quiser. Apenas após decorridos esses dois prazos dados pela lei os valores não contestados ficarão incorporados definitivamente ao Tesouro Nacional. A economista Juliana Inhasz Kessler, professora de macroeconomia do Insper, explica que os valores entram Tesouro Nacional como uma receita orçamentária primária e auxiliam no cumprimento da meta primária estabelecida pelo governo. "Esse dinheiro acaba sendo incorporado nas contas públicas para ajudar a chegar mais perto do cumprimento da meta de resultado primário. Temos uma meta de chegar cada vez mais perto do equilíbrio primário, ou seja, gastos igual à tributação. E essa receita entra como se fosse uma arrecadação e auxilia neste resultado", explica. Mas ainda não se sabe ao certo como o Ministério da Fazenda cogita utilizar este recurso. O economista Felipe Nascimento, professor da FGV, afirma que o governo federal ganha um alívio para poder executar as suas contas, já que o arcabouço fiscal limita o endividamento de gastos de correntes acima de 0,5%. "O caixa do governo está apertado, [este dinheiro] ajudaria para que o governo não precisasse fazer um contingenciamento", afirma. "Imagine que o governo tenha contas a pagar, como toda autarquia, só que ele não pode mais emitir recursos próprios. Então, ele precisa de fontes e ele não pode se endividar para gastos correntes. Esse recurso dá um alívio." Nascimento diz que esses recursos representam um capital político para o governo. "Esses recursos vão dar força para o governo manter a desoneração sem necessariamente ter contingenciamento, ou seja, sem ter que deixar de gastar no projeto A ou no projeto B e não parar a máquina pública."



A banqueiros, Lula diz que não tem nada contra o setor financeiro e defende Haddad; veja bastidores da reunião


16/10/2024 21:21 - g1.globo.com


Em encontro com banqueiros, nesta quarta-feira, o presidente Lula buscou apoio para cortes de gastos que o governo deve anunciar depois das eleições municipais e garantiu que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, “tem toda sua confiança”. Mesmo já tendo encontrado individualmente representantes e donos de bancos, foi o primeiro encontro formal do presidente com a elite financeira do país desde que voltou à Presidência, em 2023. Estavam no encontro em Brasília os presidentes dos quatro maiores bancos privados do país e representantes da Febraban (Federação Brasileira de Bancos). Pelo Itaú, o CEO Milton Maluhy Filho; pelo Santander, Mario Leão; pelo Bradesco, Marcelo de Araújo Noronha; pelo BTG, o dono, André Esteves. Procurador-geral da Venezuela diz que Lula é agente da CIA O presidente do Conselho da Febraban, Luiz Carlos Trabuco, e o presidente da Febraban, Isaac Sydney, também estavam presentes. Nos seus mandatos anteriores, Lula tinha relação mais próxima com o setor financeiro, do qual se afastou neste terceiro mandato. Aos banqueiros, Lula afirmou que não tem “nada contra” o setor. Nas últimas semanas, Lula tem ouvido de auxiliares econômicos que será necessário promover mais ajustes fiscais para reverter uma perspectiva econômica de poucos recursos para investimentos na segunda metade do seu mandato. Até mesmo cumprir uma promessa importante de campanha, a isenção de imposto de renda para quem ganha até R$ 5 mil, passa por uma revisão de outros gastos. O que disseram os banqueiros A Lula, os banqueiros reforçaram a opinião de que organizar os gastos do país, com um ajuste fiscal, seria a forma mais eficiente de baixar juros, controlar a inflação e obter novamente grau de investimento – uma conquista dos seus primeiros governos e que Lula não escondeu que é sua meta voltar a ter. Os banqueiros garantiram a Lula que não interessa aos bancos a alta dos juros, que aumenta a inadimplência e atrapalha o crédito. Eles também afirmaram que o ruído de declarações conflitantes dentro do governo é um entrave para a confiança da gestão federal. Os convidados reafirmaram o apoio ao ministro Fernando Haddad. Ouvidos pelo blog, afirmaram saber que o ministro é muitas vezes alvo de fogo amigo, dentro do próprio governo e da esquerda, em especial quando o assunto é revisar gastos. Para Lula, o apoio do sistema financeiro pode ajudar com as dificuldades no Congresso Nacional, já que o grupo é influente entre lideranças políticas. Ao final da reunião, Lula prometeu novos encontros e que manterá um canal aberto com o setor.



TCU determina que Enel compartilhe imediatamente e em tempo real dados sobre a operação em São Paulo


16/10/2024 21:08 - g1.globo.com


Empresa está no alvo dos órgãos de controle após um novo apagão na capital paulista. Desde sexta-feira (11), após um temporal, centenas de milhares de domicílios em São Paulo estão sem luz elétrica. O Tribunal da Contas da União (TCU) determinou nesta quarta-feira (16) que a empresa Enel, distribuidora de energia, apresente imediatamente e em tempo real dados da operação no estado de São Paulo. A empresa está no alvo dos órgãos de controle após um novo apagão na capital paulista. Desde sexta-feira (11), após um temporal, centenas de milhares de domicílios em São Paulo estão sem luz elétrica. O TCU entendeu que, para que sejam evitados novos apagões e para que seja corrigido o atual, os dados da operação da Enel devem estar em tempo real nas mãos, por exemplo, da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e da Agência Reguladora de Serviços Públicos de São Paulo (Arsesp). "É dever da concessionária, pelo fato de estar encarregada da prestação de um serviço público, compartilhar as informações de seu controle operacional em tempo real com a Aneel, a Arsesp, o governo de São Paulo e os municípios afetados, para que esses serviços possam ser continuamente monitorados com maior celeridade, ampliando a articulação dos agentes públicos envolvidos com o atendimento dos usuários", afirma o TCU na decisão aprovada nesta quarta. Diretor da Enel diz que empresa podou 140 mil árvores na cidade de SP em 2024 Contrato de concessão Os apagões e a demora da companhia para restabelecer o fornecimento de energia têm motivado críticas por parte dos governos locais e federal. No sábado (12), a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) informou que intimar a Enel para apresentar uma proposta para o melhor atendimento dos consumidores paulistas. Caso o plano não seja satisfatório, a agência pode iniciar um processo de caducidade da concessão —ou seja, de cassação do contrato da Enel em São Paulo. O governo federal afirma que houve falha na distribuição de energia em São Paulo Além disso, também diz que identificou erros na fiscalização — mas ainda não está claro se o problema ocorreu no controle feito pela Aneel ou pelo governo paulista. Nesta quarta-feira (16), Silveira disse que a cassação de contrato e a intervenção na empresa dependem de análise da Aneel, que só depois pode recomendar a medida ao Ministério de Minas e Energia --que é quem decide. O ministro, no entanto, não descartou a possibilidade de mudança de controle da empresa, à exemplo do que aconteceu com a Enel em Goiás. A caducidade ou cassação do contrato é uma recomendação da Aneel, quando a agência verifica que a empresa vem descumprindo obrigações contratuais e não tem condições de manter a prestação dos serviços à população. Além disso, falhas em manter níveis mínimos de qualidade dos serviços também podem levar ao processo de caducidade, embora sejam incomuns. Contudo, o processo é demorado e depende de algumas etapas: 💡análise preliminar da Aneel; 💡caso a agência encontre transgressões, a empresa terá um prazo para regularizar sua situação; 💡se a Aneel verificar que não houve regularização, pode abrir processo de cassação, com direito a defesa pela empresa; 💡decisão da diretoria Aneel sobre recomendar cancelamento do contrato. 💡decisão do Ministério de Minas e Energia para cassar o contrato.



Por que o governo desistiu de voltar com o horário de verão neste ano


16/10/2024 19:43 - g1.globo.com


Ministro anunciou nesta quarta que prática não será retomada neste ano. Governo avalia a possibilidade de voltar a adotá-la em 2025. Por que o governo desistiu de voltar com o horário de verão neste ano Getty Images via BBC O governo federal anunciou nesta quarta-feira (16) que o horário de verão não será retomado neste ano. Nos próximos meses, o governo deve avaliar se a medida será adotada em 2025. A prática, que adianta os relógios em uma hora, era adotada anualmente em partes do Brasil para diminuir o consumo de energia pelo melhor aproveitamento da luz natural. O governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) começou a avaliar a volta da prática, extinta em 2019, durante o mandato de Jair Bolsonaro (PL), sob o argumento de que gerava uma economia de energia pouco significativa. LEIA TAMBÉM Horário de verão: retorno em 2025 será avaliado, diz governo Veja o que dizem especialistas sobre a eficácia do horário de verão El Niño x La Niña: como a mudança de fenômeno pode impactar a inflação no Brasil O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, disse nesta quarta-feira que após uma última reunião com o Operador Nacional do Setor Elétrico (ONS) foi concluído que não havia necessidade para decretar a medida para este verão. "Nós temos a segurança energética assegurada, há o início de um processo de restabelecimento ainda muito modesto da nossa condição hídrica. Temos condições de chegar depois do verão em condição de avaliar, sim, a volta dessa política em 2025", afirmou nesta quarta. Em declarações de meses atrás, Silveira defendia a volta horário de verão, sob argumento de que a medida cumpre dois objetivos importantes na gestão do sistema elétrico: garantir a segurança energética e a modicidade tarifária – isto é, que a conta de luz tenha preço justo. Nesta quarta, o ministro frisou que o horário de verão sempre deve ser considerado, "ele não pode ser fruto de uma avaliação apenas dogmática ou de cunho político". "É uma política que tem reflexos tanto positivos quanto negativos no setor elétrico e na economia, portanto, deve sempre estar na mesa para uma avaliação precisa do governo federal", declarou. Governo descarta volta do horário de verão neste ano História do horário de verão no Brasil O horário de verão foi instituído pela primeira vez no Brasil em 1931, durante o governo de Getúlio Vargas. "A prática dessa medida, já universal, traz grandes benefícios ao público, em consequência da natural economia de luz artificial", dizia o texto do decreto assinado por Vargas, datado de 1º de outubro daquele ano. A medida foi repetida em períodos seguintes, sem regularidade. A partir de 1985 — ano marcado por uma seca histórica, que resultou em blecautes e racionamento de água —, o horário diferenciado passou a ser adotado anualmente, com duração e abrangência territorial definidas por decretos presidenciais. Em 2008, um decreto tornou o horário de verão permanente, vigorando do terceiro domingo de outubro até o terceiro domingo de fevereiro do ano seguinte. Até que, em abril de 2019, o então presidente Jair Bolsonaro também por decreto extinguiu a prática. O horário de verão costumava ser implementado entre o período de outubro a fevereiro. Já neste ano, caso fosse adotado, seria implementado somente a partir de novembro.



Silveira diz não acreditar em 'papo de autonomia' e defende fim de mandato nas agências reguladoras


16/10/2024 19:26 - g1.globo.com


Governo e agências reguladoras têm trocado farpas e queixas desde agosto. Situação da Aneel voltou a ser questionada pelo ministro de Minas e Energia após o apagão em SP. Ministro de Minas e Energia Alexandre Silveira durante coletiva em São Paulo TV Globo O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, disse nesta quarta-feira (16) que não concorda com o mandato dos diretores das agências reguladoras — que fiscalizam e regulamentam setores importantes da economia, como energia, aviação e petróleo. "Eu não acredito nesse papo de autonomia. 'Tem que ter mandato porque tem que ser autônomo, porque tem que fazer o que quer'. Isso é papo furado, porque todo mundo tem que ter autonomia", declarou. A fala de Silveira ocorreu durante coletiva na sede da pasta, em Brasília. O titular da pasta reiterou as críticas que tem feito à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), e citou o apagão em São Paulo. Governo e agências reguladoras trocam farpas e queixas; entenda os casos Para o ministro, os diretores não deveriam ter tempo de mandato. Ele defende um modelo similar ao da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), estatal de pesquisa do governo. Na EPE, os diretores são indicados pelo ministério e eleitos pelo Conselho de Administração da estatal, no qual o governo tem maioria — um sistema similar ao da Petrobras. O tempo de gestão é de dois anos, com até três reconduções. Aneel abre apuração que pode terminar com quebra de contrato com a Enel em SP Mandatos 'não coincidentes' No modelo atual, as 11 agências reguladoras têm diretores indicados pelo governo, com sabatina pelo Senado e mandatos de até cinco anos. Esses mandatos não são coincidentes, ou seja, só um diretor deixa a autarquia por ano — criando uma vaga para o governo indicar ou nome. Segundo Silveira, se o mandato for mantido, o governo deveria adotar "punição" aos diretores das agências em caso de descumprimento de prazos. "Não pode é ser do jeito que está", disse. O ministro também defendeu uma ideia ventilada no governo de coincidir os mandatos das agências ao do governo. Ou seja, a cada novo governo, todos os diretores das agências seriam trocados. Opinião de Lula A ideia de promover uma mudança no período de chefia das reguladoras tem sido defendida pelo presidente Lula a aliados, como informou o blog Valdo Cruz, do g1. O petista usou como exemplo o caso da Aneel que, atualmente, tem apenas diretores nomeados pelo ex-presidente Jair Bolsonaro. Interlocutores do governo, no entanto, avaliam que proposta pode não ter viabilidade no Congresso.



Enel foi irresponsável com o paulistano e energia será restabelecida nesta quinta, diz ministro


16/10/2024 18:00 - g1.globo.com


Centenas de milhares de casas e estabelecimentos comerciais da cidade de São Paulo estão sem energia desde a sexta-feira passada. Atuação da distribuidora Enel vem sendo alvo de críticas no governo federal. O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou nesta quarta-feira (16) que a distribuidora de energia Enel foi irresponsável com os paulistanos e que e eletricidade nos domicílios será plenamente restabelecida nesta quinta (17), quando vence o prazo dado pelo governo. Centenas de milhares de casas e estabelecimentos comerciais da cidade de São Paulo estão sem energia desde a sexta-feira passada, quando, após um temporal, o fornecimento da Enel caiu para essas localidades. Segundo Silveira, o número de imóveis sem energia será reduzido à média diária da região metropolitana, considerada dentro da "normalidade". Esse índice é de cerca de 35 mil domicílios, de acordo com o ministro. "Amanhã terão só locais inacessíveis ou por árvores ainda não retiradas ou fatos supervenientes que não permitirem o religamento. Todas aquelas advindas do vendaval ou tempestade serão restabelecidas", declarou. Na segunda-feira (14), Silveira deu três dias para a distribuidora restabelecer o fornecimento de energia aos consumidores. "A Enel foi irresponsável com os paulistanos de dizer que não tinha prazo para restabelecer a energia. Dei três dias e ela vai entregar amanhã a energia restabelecida dentro dos índices de normalidade de São Paulo", afirmou Silveira em entrevista coletiva em Brasília. Enel pagou menos de 20% da multa recebida Os apagões e a demora da companhia para restabelecer o fornecimento de energia têm motivado críticas por parte dos governos locais e federal. No sábado (12), a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) informou que intimar a Enel para apresentar uma proposta para o melhor atendimento dos consumidores paulistas. Caso o plano não seja satisfatório, a agência pode iniciar um processo de caducidade da concessão —ou seja, de cassação do contrato da Enel em São Paulo. O governo federal afirma que houve falha na distribuição de energia em São Paulo Além disso, também diz que identificou erros na fiscalização — mas ainda não está claro se o problema ocorreu no controle feito pela Aneel ou pelo governo paulista. Cassação de contrato Nesta quarta-feira (16), Silveira disse que a cassação de contrato e a intervenção na empresa dependem de análise da Aneel, que só depois pode recomendar a medida ao Ministério de Minas e Energia --que é quem decide. O ministro, no entanto, não descartou a possibilidade de mudança de controle da empresa, à exemplo do que aconteceu com a Enel em Goiás. A caducidade ou cassação do contrato é uma recomendação da Aneel, quando a agência verifica que a empresa vem descumprindo obrigações contratuais e não tem condições de manter a prestação dos serviços à população. Além disso, falhas em manter níveis mínimos de qualidade dos serviços também podem levar ao processo de caducidade, embora sejam incomuns. Contudo, o processo é demorado e depende de algumas etapas: 💡análise preliminar da Aneel; 💡caso a agência encontre transgressões, a empresa terá um prazo para regularizar sua situação; 💡se a Aneel verificar que não houve regularização, pode abrir processo de cassação, com direito a defesa pela empresa; 💡decisão da diretoria Aneel sobre recomendar cancelamento do contrato; 💡decisão do Ministério de Minas e Energia para cassar o contrato.



Horário de verão não volta neste ano, decide governo; retorno em 2025 será avaliado


16/10/2024 17:28 - g1.globo.com


Comitê recomendou volta do horário de verão, que adianta relógios em alguns estados para dessincronizar pico do consumo de energia. Cenário de chuvas melhorou, diz Silveira. O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, descartou nesta quarta-feira (16) a retomada do horário de verão ainda este ano. O governo vai avaliar, nos próximos meses, se é o caso de retomar a medida a partir de 2025. "Nós hoje, na última reunião com o ONS [Operador Nacional do Setor Elétrico], chegamos à conclusão de que não há necessidade de decretação do horário de verão para este período, para este verão", declarou Silveira. "Nós temos a segurança energética assegurada, há o início de um processo de restabelecimento ainda muito modesto da nossa condição hídrica. Temos condições de chegar depois do verão em condição de avaliar, sim, a volta dessa política em 2025", prosseguiu. "É importante que ele [horário de verão] seja sempre considerado, ele não pode ser fruto de uma avaliação apenas dogmática ou de cunho político. É uma política que tem reflexos tanto positivos quanto negativos no setor elétrico e na economia, portanto, deve sempre estar na mesa para uma avaliação precisa do governo federal", informou. Apesar da recomendação do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE), em setembro, a pasta avalia que houve melhora no cenário das chuvas e dos reservatórios de hidrelétricas, evitando o adiantamento dos relógios ainda em 2024. Caso a medida fosse adotada ainda neste ano, haveria pouco tempo para que setores importantes da economia – como a aviação, por exemplo – adequassem suas operações. Na época em que estava em vigor, o horário de verão costumava ser implementado entre outubro/novembro e fevereiro/março de cada ano. No caso deste ano, o horário de verão só poderia ser implementado este ano em novembro. Isso impediria o aproveitamento do pico de custo-benefício da medida — que ocorre entre outubro e meados de dezembro. Será que o horário de verão vai voltar? Entenda a medida Segundo o ONS, o horário de verão ajuda a aumentar o aproveitamento das fontes de energia solar e eólica, além de reduzir a demanda máxima em até 2,9%. Desde a sua adoção, que passou a ser anual a partir de 1985, o horário de verão tem a intenção de promover uma economia no consumo de energia, uma vez que as pessoas teriam mais tempo de luz natural. No entanto, por conta da mudança de comportamento da sociedade, a medida foi deixando de ser eficaz. Até que, em 2019, o então presidente Jair Bolsonaro (PL) suspendeu o adiantamento dos relógios. A medida volta à tona em 2024 não por sua eficácia para economizar energia, mas por ser uma alternativa de aproveitamento da geração de energia solar, reduzindo o acionamento de termelétricas – mais caras e poluentes. 💡 No início da noite, a geração de energia solar cai por causa da falta de sol. Mais tarde, durante a madrugada, a geração eólica sobe porque há maior incidência de ventos. 💡 No intervalo entre a queda da solar e o aumento da eólica, há um pico de consumo que precisa ser suprido por energia hidrelétrica ou térmica. Com as medidas para poupar os reservatórios das usinas hidrelétricas, por causa da seca, é necessário acionar mais termelétricas para atender ao pico de consumo. Ao adotar o horário de verão, o pico de consumo é deslocado para o horário com mais geração solar, reduzindo a necessidade de complementar a geração com mais usinas térmicas. Decreto anterior A retomada do horário de verão depende da revogação de um decreto do governo de Jair Bolsonaro (PL) que, em 2019, encerrou o horário de verão. A medida já era avaliada no governo de Michel Temer (MDB). Na ocasião, o governo afirmou que o adiantamento dos relógios em uma hora por conta de mudanças no padrão de consumo de energia e de avanços tecnológicos, que alteraram o pico de consumo de energia. A suspensão do horário de verão resistiu inclusive à crise hídrica de 2021. Na época, o governo chegou a estudar a retomada da política, solicitando um parecer do ONS.



Ex-mais rico do mundo, Arnault perde R$ 58 bilhões em um dia, e chineses têm tudo a ver com isso


16/10/2024 16:00 - g1.globo.com


Presidente do grupo LVMH, dono de grifes como Louis Vuitton e ‎Moët & Chandon, sofre com queda no consumo dos ricaços chineses, que tem afetado o desempenho das marcas. O empresário francês, fundador, presidente e CEO da LVMH, Bernard Arnault, chega para participar da cerimônia de abertura da 142ª Sessão do COI, quatro dias antes da cerimônia de abertura das Olimpíadas de Paris 2024, na fundação Louis-Vuitton, em Paris, em 22 de julho de 2024. Fabrice Coffrini/AFP O francês Bernard Arnault, que em abril deste ano era a pessoa mais rica do mundo, segundo o ranking da revista Forbes, perdeu US$ 10,3 bilhões (cerca de R$ 58 bilhões) de sua fortuna em um dia, depois de o Grupo LVMH — do qual ele é o dono — apresentar resultados ruins nesta terça-feira (15). Agora, seu patrimônio é estimado em US$ 167,2 bilhões (R$ 945 bilhões), com base no fechamento do último pregão. Embora seja um valor estrondoso, representa uma queda de 28,25% na fortuna do bilionário em poucos meses. Agora ele é "apenas" o 5º lugar na lista de pessoas mais ricas do mundo, atrás de Elon Musk, Larry Ellison, Jeff Bezos e Mark Zuckerberg. (veja a lista completa no fim desta reportagem) A LVMH é dona de algumas das principais marcas de luxo do mundo (como Louis Vuitton, Dior Fendi e Moët & Chandon), e teve uma queda de mais de 3% em sua receita nos nove primeiros meses de 2024 em relação ao mesmo período do ano passado. A baixa é mais expressiva, de 4,5%, olhando apenas para a receita dos terceiros trimestres. O faturamento foi de 60,75 bilhões de euros em nove meses, contra 62,21 bilhões de euros no mesmo intervalo de 2023. O terceiro trimestre registrou pouco mais de 19 bilhões contra quase 20 bilhões no período do ano passado. Os resultados piores têm motivo: a mudança nos padrões de consumo na China. A Ásia é o principal mercado consumidor de artigos de luxo. A China é o principal motor, com a maior população do mundo e o segundo em número de bilionários, atrás apenas dos Estados Unidos. Nos nove primeiros meses de 2023, a Ásia (excluindo o Japão) respondeu por 32% de toda a receita da LVMH. Já no mesmo período deste ano, a participação asiática caiu para 29%. LEIA MAIS Como Bernard Arnault perdeu R$ 300 bilhões em 2024, e caiu para 5° lugar entre os mais ricos do mundo Selena Gomez, Rihanna, Kylie Jenner: as celebridades que fizeram fortuna com marcas de cosméticos Selena Gomez, Rihanna: as celebridades que fizeram fortuna com marcas de cosméticos Movimentos semelhantes foram reportados por outras varejistas de luxo nos últimos meses, que destacam a queda na demanda asiática e, mais especificamente, chinesa. O país asiático, como um todo, passa por um momento de redução do consumo e de dificuldades em continuar crescendo a altos números. No segundo trimestre, a economia chinesa desacelerou de uma base anual de 5,3% para 4,7%, abaixo dos 5,1% esperados pelo mercado. O país enfrenta uma crise imobiliária importante desde a quebra da incorporadora Evergrande e vê um mercado de trabalho desaquecido, com alta nas taxas de desemprego (hoje em 5,3%), principalmente entre os jovens. Esse cenário gera insegurança entre os consumidores chineses, que estão priorizando poupar do que gastar — impactando varejistas, inclusive as de luxo. "Nos últimos anos ficaram comuns as fotos e vídeos de consumidores chineses fazendo filas para comprar em lojas de grifes. Mas, com a desconfiança de como será a economia daqui para a frente, muitos estão freando os gastos", diz Gustavo Cruz, estrategista-chefe da RB Investimentos. 💵 Fortalecimento do dólar e taxas de juros altas Além do enfraquecimento da demanda asiática, o preço do dólar e os juros também impactam os negócios. Considerada a moeda mais segura do mundo, o dólar ganhou vantagem sobre outras moedas nos últimos anos em meio às incertezas econômicas trazidas pela pandemia, e as guerras da Ucrânia e no Oriente Médio. Investidores globais levaram os recursos para os Estados Unidos a partir de março de 2022, quando o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) iniciou um ciclo de altas nas taxas de juros dos EUA. Quando os juros sobem nos Estados Unidos, a rentabilidade dos títulos públicos do país (as Treasuries, consideradas os ativos mais seguros do mundo) também avançam e se tornam mais atrativas para os investidores. Esse movimento deu força à moeda americana, e ajudou a encarecer os produtos de luxo para consumidores de países com outras moedas mais desvalorizadas, como China e Brasil, por exemplo. Outros países também elevaram seus juros na mesma época, como aqueles que fazem parte da União Europeia, outro importante polo de consumidores das marcas de luxo. Embora a parcela super-rica dos clientes de marcas de luxo consiga manter seu poder de compra qualquer que seja o momento econômico, Gustavo Cruz reforça que o público de compras esporádicas precisa escolher o que vai consumir quando há um aperto nas condições financeiras. "No pós-pandemia, em 2021, 2022, a gente viu uma espécie de 'consumo por vingança'. As pessoas ficaram muito tempo sem poder comprar e sentiam que mereciam aqueles luxos, comprar coisas com o que economizaram ou ganharam no período", comenta. Essa equação que soma o custo do crédito elevado, um dólar mais caro e os aumentos nos preços promovidos pelas grifes tradicionais contribuiu também para uma procura por novas marcas de luxo, mais desconhecidas e com preços mais atrativos, mas ainda com produtos diferenciados. Por fim, mercados que são grandes consumidores de luxo, como China, também passaram a produzir seus próprios produtos de alto padrão, como a Ms Min, o que aumenta a concorrência. Quem são os cinco novos bilionários brasileiros Prejuízos para os bilionários do setor de luxo Em abril deste ano, o ranking anual de bilionários da revista Forbes mostrou que a pessoa mais rica do mundo era o francês Bernard Arnault, presidente do grupo LVMH. Na época da publicação, a fortuna dele era estimada em US$ 233 bilhões (cerca de R$ 1,32 trilhão, na atual cotação do dólar). Poucos meses depois, no entanto, o bilionário não apenas deixou de ser o mais rico do mundo como caiu da primeira para a quinta posição do ranking, com uma perda de US$ 65,8 bilhões (R$ 372 bilhões) em seu patrimônio. Até esta terça-feira (15), a fortuna de Arnault era estimada em US$ 167,2 bilhões (R$ 945 bilhões), uma queda de 28,25% em relação ao início do ano. Essa baixa acompanha a desvalorização de cerca de 18% nas ações da LVMH em 2024 até agora. E essa não é a única companhia do segmento de luxo que vem sofrendo em 2024 com a fraca demanda chinesa, principalmente. Veja o desempenho das ações de outras empresas do setor neste ano: Burberry: queda de 53% Kering (controladora de marcas como Gucci e Balenciaga): queda de 42% Christian Dior SE: queda de 18% Setor deve se recuperar O varejo de luxo é visto por especialistas do mundo inteiro como um setor bastante resiliente às oscilações trazidas pelos ciclos econômicos, justamente por ter como principal público os super-ricos. Gustavo Cruz explica que esse público tende a mudar de maneira bem menos intensa os seus padrões de consumo do que pessoas de classe baixa e classe média. Assim, apesar dos desafios atuais, especialistas ouvidos pelo g1 concordam que as marcas de luxo devem se recuperar, e voltar a mostrar um bom crescimento em vendas e no desempenho das ações. E esse avanço deve contribuir para que o patrimônio dos seus donos e herdeiros volte a aumentar. "O setor como um todo pode estar passando por um período de turbulência, mas empresas sólidas como essas tendem a se recuperar à medida que as condições de mercado melhoram", pontua Thiago Kurth Guedes, diretor de desenvolvimento de negócios da Bridgewise. A recuperação deve ser puxada, inclusive, pela melhora dos dois fatores que contribuíram para a queda: a China e os juros. No mês passado, o Banco Central da China anunciou um pacote de medidas sem precedentes para estimular a economia do país, com o objetivo de fomentar o consumo entre a população. As medidas envolvem cortes nas taxas de juros, corte nas taxas de depósito compulsório dos bancos (que permite mais empréstimos), redução de juros de hipotecas já existentes e na entrada mínima para compra de imóveis e estímulos ao mercado de ações. Com os juros menores e melhora nas condições, o mercado espera que a China consiga voltar a aquecer a economia e, como consequência, a demanda pelos produtos queridinhos dos chineses deve aumentar — o que inclui, por óbvio, o mercado de luxo. E os juros também começaram a cair em outras partes do mundo. O destaque vai para os Estados Unidos. No dia 18, o Fed reduziu suas taxas em 0,50 ponto percentual, para um patamar entre 4,75% e 5%. O mercado projeta novos cortes nos próximos meses. "Uma abordagem de longo prazo e uma avaliação cuidadosa dos fundamentos continuam sendo cruciais para investidores nesse setor volátil, mas promissor", conclui Kurth Guedes. Os 10 mais ricos do mundo, segundo a Forbes Elon Musk, com US$ 247,7 bilhões Larry Ellison, com US$ 208,8 bilhões Jeff Bezos, com US$ 205,3 bilhões Mark Zuckerberg, com US$ 199,9 bilhões Bernard Arnault, com US$ 167,2 bilhões Warren Buffett, com US$ 146,2 bilhões Larry Page, com US$ 137,8 bilhões Amancio Ortega, com US$ 133,5 bilhões Sergey Brin, com US$ 132,0 bilhões Steve Ballmer, com US$ 121,6 bilhões



CCJ do Senado aprova proposta que reduz impostos de empresas que doarem alimentos


16/10/2024 15:25 - g1.globo.com


Proposta eleva o limite de dedução de impostos para empresas que doarem itens em condições seguras de consumo. Texto vai à Câmara dos Deputados. Famílias beneficiadas com a doação de alimentos Silvágner Grigório / Ascom PMMC A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado concluiu nesta quarta-feira (16) a aprovação de uma proposta que eleva o limite de dedução de impostos para empresas que doarem alimentos em condições seguras de consumo. A proposta já tinha sido aprovada em setembro, mas precisou ser submetida a uma nova votação por questões regimentais. Agora, o projeto seguirá para a análise da Câmara dos Deputados, a menos que haja recurso para levar o tema ao plenário principal do Senado. O texto estabelece que as doações alimentícias de pessoas jurídicas poderão ser reduzidas, em até 5%, das bases de cálculo do Imposto de Renda para Pessoa Jurídica (IRPJ) e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL). A medida valerá para empresas que operam com lucro real ou com lucro presumido (com receita bruta inferior a R$ 78 milhões). Atualmente, doações a bancos de alimentos podem ser deduzidas somente para empresas do regime de lucro real, com um limite de até 2%. De acordo com o projeto, terão direito à dedução as empresas que doarem produtos dentro do prazo de validade ou alimentos in natura em condições de consumo seguro. As doações poderão ser feitas a: bancos de alimentos; instituições receptoras; ou diretamente aos beneficiários. As empresas precisarão encaminhar dados das doações a autoridades fiscais e sanitárias, seguindo critérios que serão definidos em uma regulamentação posterior. Todas essas informações serão reunidas em uma plataforma, com estatísticas e distribuição geográfica dos donativos. Além dos incentivos no IRPJ e na CSLL, a proposta também autoriza que estados criem medidas locais para estimular a doação de alimentos. Uma das medidas possíveis, mencionadas no projeto, é a redução ou isenção do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). Segundo a proposta, o governo federal também poderá conceder outros incentivos fiscais para a produção de equipamentos industriais que reduzam a perda de alimentos ou para empresas que atuam como intermediárias entre doadores e beneficiários. A União poderá, ainda, financiar — com juros menores — a ampliação ou criação de bancos de alimentos. Esses empréstimos serão prioritariamente destinados a municípios com maior insegurança alimentar ou volume elevado de doação de alimentos. Política nacional Empresários em SP criam plataforma que evita desperdício de alimentos e aumenta o lucro A proposta, aprovada no Dia Mundial da Alimentação, também cria uma Política Nacional de Combate à Perda e ao Desperdício de Alimentos. O texto estabelece que o governo federal poderá criar programas e parcerias com estados, municípios, organizações privadas, entidades beneficentes ou religiosas para reduzir a perda de produtos alimentícios. De acordo com o projeto, pessoas físicas e jurídicas poderão ser doados alimentos perecíveis e não-perecíveis. Os destinos deverão ser bancos de alimentos, instituições ou o próprio beneficiário, desde que um profissional ateste a qualidade dos produtos entregues. O texto aprovado pela CCJ define que um doador de alimentos somente poderá ser responsabilizado civilmente por danos ocasionados pelos produtos se houver dolo — intenção de praticar ato criminoso. Os produtos doados poderão ser naturais ou preparados. Para serem recepcionados, deverão estar dentro do prazo de validade, com segurança para consumo humano e dentro das normas sanitárias. Já os alimentos sem condições para consumo humano poderão, segundo o projeto, ser enviados para fabricação de ração animal ou biomassa.



Governo lança plano para incentivar produção de arroz e criar novos 'sacolões populares'


16/10/2024 13:12 - g1.globo.com


Plano 'Alimento no Prato' prevê investir R$ 1 bilhão para compra de 500 mil toneladas de arroz. Governo também lançou programa de produção orgânica. Cerimônia do Dia Mundial da Alimentação no Palácio do Planalto YouTube/Reprodução O governo federal apresentou nesta quarta-feira (16), na comemoração do Dia Mundial da Alimentação, um plano que prevê incentivar a produção de arroz e ampliar o número de sacolões populares. As ações integram o Plano Nacional de Abastecimento Alimentar (Planaab), chamado pelo governo de "Alimento no Prato". Também foi apresentado um Plano Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica (Planapo). Os dois planos foram assinados em cerimônia no Palácio do Planalto com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O Alimento do Prato prevê a instalação de seis novas centrais de abastecimento de alimentos na Bahia, Ceará, Rio Grande do Norte, Sergipe e São Paulo (duas). Produção de arroz Uma das ações do Alimento no Prato incentiva que pequenos e médios produtores plantem arroz com garantia de compra da produção pelo governo federal com preço definido. O programa "Arroz da Gente" prevê o investimento de cerca de R$ 1 bilhão para compra de até 500 mil toneladas de arroz. A medida permitirá reforçar os estoques públicos do grão. O governo discute medidas para ampliar e descentralizar a produção de arroz no país, concentrada no Rio Grande do Sul. Neste ano, diante da alta dos preços, Lula assinou uma medida provisória que autorizava a importação de arroz. Um leilão foi realizado, porém, diante de suspeitas de irregularidades, foi cancelado. Produção de orgânicos O Planapo pretende fortalecer cadeias produtivas de produtos orgânicos e agroecológicos, com ações de pesquisa e inovação, compras públicas e inclusão de mulheres, jovens, indígenas e quilombolas na agricultura familiar. O plano também contempla financiamento para projetos de transição agroecológica, sustentabilidade e conservação ambiental. Apesar da seca prolongada, Brasil deve bater novo recorde na produção de grãos nesta safra Mapa da Fome Conforme o governo, a criação dos planos reforça o trabalho para tentar tirar o Brasil do Mapa da Fome até 2026, um compromisso do governo Lula. O mapa é divulgado pela Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) e registra pessoas que passam fome e sofrem com insegurança alimentar. Em 2024, o relatório da FAO sobre o triênio 2021-2023 manteve o Brasil no Mapa da Fome. A população em situação de insegurança alimentar caiu de 32,8%, no período entre 2020 e 2022, para 18,4% entre 2021 e 2023. Outra ação que o governo planeja na área é a Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, que será lançada oficialmente em novembro, durante a cúpula de líderes do G20, no Rio de Janeiro.



Dólar fecha em R$ 5,66 e renova maior patamar em dois meses, com contas públicas e eleições dos EUA no radar; Ibovespa sobe


16/10/2024 12:03 - g1.globo.com


A moeda norte-americana subiu 0,14%, cotada a R$ 5,6644. Já o principal índice de ações da bolsa encerrou com um avanço de 0,54%, aos 131.750 pontos. Karolina Grabowska/Pexels O dólar conseguiu fechar a sessão desta quarta-feira (16) em terreno positivo, após passar boa parte da tarde oscilando entre altas e baixas. Com a falta de novidades no mercado, investidores seguiram atentos ao quadro fiscal do Brasil, em meio a falas do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e da ministra do Planejamento, Simone Tebet. (Entenda mais abaixo) A repercussão de uma reunião entre Haddad, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente da Federação Brasileira de Bancos (Febraban) também ficou na mira do mercado. Além disso, investidores ainda seguem atentos à corrida presidencial norte-americana. Mesmo com a proximidade do dia de votações, ainda há muita indefinição nas pesquisas eleitorais. Ontem, o candidato Donald Trump disse que, se eleito, promoverá um forte aumento de tarifas nos Estados Unidos. O Ibovespa, principal índice acionário da bolsa de valores brasileira, a B3, também fechou em alta. Veja abaixo o resumo dos mercados. MOTIVOS: Ibovespa tem melhor mês desde novembro, mas dólar não segue o entusiasmo DÓLAR: Qual o melhor momento para comprar a moeda? Dólar Ao final da sessão, o dólar subiu 0,14%, cotado a R$ 5,6644, renovando o maior patamar desde 6 de agosto, quando fechou a R$ 5,6561. Na máxima do dia, chegou a R$ 5,6994. Veja mais cotações. Com o resultado, acumulou: alta de 0,89% na semana; avanço de 3,99% no mês; ganho de 16,73% no ano. No dia anterior, a moeda norte-americana subiu 1,33%, a R$ 5,6565. O Ibovespa Já o Ibovespa encerrou com um avanço de 0,54%, aos 131.750 pontos. Com o resultado, acumulou: alta de 1,35% na semana; perdas de 0,05% no mês; recuo de 1,82% no ano. Na véspera, o índice subiu 0,03%, aos 131.043 pontos. O que está mexendo com os mercados? No cenário doméstico, as atenções continuaram voltadas para o quadro fiscal. Nesta terça-feira, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que a agenda de revisão de gastos públicos é um tema a ser tratado com prioridade pelo governo até o final o ano, ressaltando que serão propostas "medidas consistentes" para que o arcabouço fiscal tenha vida longa. "Eu nem estou falando em corte, eu quero muito mias uma calibragem da dinâmica da evolução dos gastos para caber dentro do arcabouço fiscal e nós seguirmos a vida com o juro mais baixo, crescimento e geração de emprego", disse o ministro em entrevista a jornalistas. Haddad também afirmou que as propostas a serem feitas pelo governo não afrouxarão normas já existentes e disse que "não há hipótese" de estatais saírem da contabilidade do arcabouço fiscal, argumentando que alterações de redação nas medidas podem ser feitas caso haja alguma divergência de interpretação. O tema tem sido foco da equipe econômica, diante das pressões para que o governo cumpra suas metas fiscais. Nesse cenário, a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, também falou sobre o tema na véspera, destacando que "chegou a hora" de levar a sério a revisão de gastos públicos no país. "Não é possível mais apenas pelo lado da receita resolver o fiscal. Arcabouço está de pé. Sem perspectiva de alteração", afirmou a ministra. A ministra disse que o governo segue com a revisão de programas sociais para identificar fraudes, mas que a situação demanda uma "revisão estrutural" dos gastos. Segundo Tebet, ela e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, autorizaram suas equipes a colocar todas as propostas no papel. "Estamos otimistas de que esse pacote terá condições de avançar na mesa do presidente. Ideia é logo após o segundo turno conversar com o presidente Lula", afirmou. A ministra não deu detalhes sobre quais gastos serão revisados pela equipe econômica, mas citou os supersalários do funcionalismo, que classificou como algo "imoral". Cenário internacional Já no exterior, o cenário político dos Estados Unidos, com a proximidade das eleições presidenciais, em que se enfrentam a democrata Kamala Harris e o republicano Donald Trump, ganha cada vez mais relevância entre os investidores. As mais recentes pesquisas eleitorais mostram uma disputa apertada. A democrata manteve uma vantagem de 3 pontos percentuais sobre o republicano — 45% a 42% — nas intenções de voto, segundo uma nova pesquisa Reuters/Ipsos. Com um cenário ainda incerto, chamam a atenção as declarações de Trump, que tem falado em aumentar as tarifas para importação de produtos nos Estados Unidos, se eleito, o que poderia prejudicar o comércio exterior e os países exportadores, como o Brasil. Além disso, nesta terça, Trump afirmou que, se eleito, terá o direito de dizer ao Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) o que fazer com as taxas básicas de juros dos Estados Unidos. Ele afirmou, no entanto, que não ordenará o ajuste. Isso ocorre em um momento em que o Fed acabou de iniciar seu ciclo de cortes nos juros, com uma redução de 0,50 ponto percentual, que levou as taxas a um patamar entre 4,75% e 5,00% ao ano. Além disso, o mercado segue de olho nos preços do petróleo, que, embora continue em baixa, deu certo alívio nesta quarta, reduzindo a pressão sobre o dólar. Na véspera, a commodity caiu mais de 4% com as perspectivas de baixa na demanda e com uma redução nas ameaças de Israel em relação a um possível ataque às instalações petrolíferas do Irã. Hoje, a queda é de cerca de 0,40%. Quando há menor demanda pelo petróleo, menos dólares são colocados em circulação pelos países importadores, o que encarece a moeda americana, principalmente frente aos países que exportam a commodity, como o Brasil. *Com informações da agência de notícias Reuters



Ala do governo vê pouca chance de aprovar mudanças defendidas por Lula em agências reguladoras


16/10/2024 12:00 - g1.globo.com

Mal foi apresentado ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o projeto para alterar regras das agências reguladoras já é encarado com ceticismo dentro do próprio governo. Dois assessores do presidente Lula disseram ao blog que concordam com a proposta, mas veem dificuldades em aprovar o texto no Congresso. Eles apontam que outros governos do PT já tentaram fazer essas mesmas mudanças e, mesmo com uma base aliada maior, não conseguiram. "Já fomos derrotados neste tema no passado", lembra um assessor de Lula. Ele destaca que a proposta foi feita nos governos anteriores de Lula e de Dilma Rousseff, quando a base aliada era mais sólida. Mesmo assim, não houve sucesso. Para esses auxilares, uma eventual mudança nas regras será vista por investidores como uma "intervenção" do governo nos órgãos, gerando incerteza no mercado. Entenda qual é a responsabilidade da Aneel em casos de apagão, como o da Enel em São Paulo Ministro do TCU diz que responsabilizará Aneel e Ministério de Minas e Energia por apagão Sob influência de Dilma Rousseff, o governo Lula 2 enviou um projeto ao Congresso com mudanças nas regras das agências. A então ministra afirmava que as agências tinham autonomia demais – e defendia a possibilidade, inclusive, de demissão dos diretores. Depois que assumiu a presidência da República, diante da possibilidade de seu governo sofrer uma derrota no tema, Dilma Rousseff retirou o projeto do Congresso Nacional. Na discussão do projeto atual, volta uma proposta de Dilma de separar a supervisão e a regulação das agências. O PT sempre defendeu um esvaziamento das funções das agências: transferir para os ministérios de cada área as responsabilidades pela definição das políticas, e deixar esses órgãos apenas com a responsabilidade de acompanhar a regulação. Bruno Carazza comenta as falhas na prestação de serviços pela Enel Lula quer indicar e demitir diretores Lula defendeu durante reunião nesta semana que os mandatos dos diretores das agências deveriam coincidir com o do presidente da República – o que acaba indo na contramão da filosofia destes órgãos, de ter independência em relação ao Executivo. A irritação do presidente atualmente é com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). A agência tem quatro diretores indicados pelo ex-presidente Jair Bolsonaro. E, na visão de Lula, não estaria punindo as concessionárias diante das seguidas falhas. É o caso da Enel, em São Paulo, que não tem conseguido restabelecer com celeridade o restabelecimento de energia para a capital paulista depois de temporais na última semana.



Bets ilegais usam sites alternativos para driblar bloqueio do governo


16/10/2024 11:47 - g1.globo.com


Parte dos sites foi criada no dia em que Anatel divulgou lista com páginas que deveriam ser bloqueadas por operadoras de telefonia. Ministério da Fazenda não se manifestou. Bets bloqueadas sugerem links alternativos em seus sites. Reprodução Bets ilegais têm conseguido driblar o bloqueio imposto pelo governo federal. 🔍 Levantamento feito pelo g1 encontrou na terça-feira (15) 18 bets irregulares funcionando em sites alternativos – e quase iguais - aos que estavam na lista da Anatel com mais de dois mil endereços irregulares que deveriam ser bloqueados. Alguns dos sites que estão no ar foram criados na última sexta-feira (11), mesmo dia em que a agência divulgou a lista. A estratégia para burlar a proibição foi inserir, após o nome original da página, uma sequência de caracteres, como os números 11 e 22, por exemplo. O g1 encontrou 134 sites de 18 bets irregulares. Desses, 51 foram criados na sexta-feira (11), e 19, no sábado (12). Nesta terça-feira (15), foram criados 5 desses sites. Outros 59 endereços já tinham sido criados antes de sexta-feira. Uma mesma plataforma pode ter vários sites. Procurada, a Anatel disse que seu papel é encaminhar às operadoras a lista de sites indicada pelo Ministério da Fazenda. O ministério também foi procurado, mas não se manifestou. Em 10 de outubro, o ministro Fernando Haddad afirmou que o trabalho para identificar sites irregulares será contínuo. "Evidentemente, tem um trabalho a ser feito pela secretaria [de Apostas] que é permanente. Qualquer tentativa de burla, a Anatel é informada, e o procedimento é o mesmo", declarou. 🎰✅Regulamentação: as apostas online estão em processo de regulamentação no Brasil e, ao todo, 96 empresas que comandam 210 bets estão autorizadas a operar nacionalmente até dezembro. Outras 18 podem operar regionalmente. ➡️ Desafio técnico: A facilidade que as empresas encontram para criar novos sites é visto como um dos problemas para barrar as bets irregulares no Brasil, segundo a Associação Nacional de Jogos e Loterias (ANJL). A entidade diz que basta a criação de um novo link, em domínio diferente, para que a plataforma volte a funcionar. Veja a lista de bets ilegais com sites ativos nesta quarta (16): 136bet; 255bet; BBRbet; Grupo Jogo; 522bet; 52bet; 5500bet; 667bet; 74bet; 7.club; 855bet; 939bet; 8casino; Fubet; BRA Grupo; Jogo Grupo; Um Cassino; Sebet. À esquerda, o site 42.jogo.com que foi bloqueado e, à direita, o site 48.jogo.com Initial plugin text Á esquerda, o site retidado do ar 7g.club e, do lado direito, o site 7v.club Initial plugin text Como funciona o bloqueio das bets? O Ministério da Fazenda envia para a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) a lista de bets que devem ser bloqueadas, e a agência, por sua vez, faz um pedido às operadoras de internet para que realizem o bloqueio das casas de apostas por meio da URL. Ao ser questionada sobre as novas bets ilegais que não constam na lista, a agência respondeu: "O papel da Anatel é encaminhar a lista dos endereços dos sites que exploram a modalidade lotérica de apostas em desacordo com a regulamentação do Ministério da Fazenda às empresas autorizadas do SMP (telefonia móvel) e do SCM (banda larga) para implementação do bloqueio de acesso aos domínios. Essa lista foi elaborada pelo Ministério da Fazenda e encaminhada à Anatel, que notificou as prestadoras dos serviços de telecomunicações”. Anatel divulga lista com mais de 2 mil bets irregulares que sairão do ar; veja quais são



País do chá, China descobre o café, e Brasil pega carona em 'hype' que tem até delivery por drones


16/10/2024 08:30 - g1.globo.com


País abraça bebida diante de mudança de hábito de jovens chineses. Fenômeno fez Brasil mais que triplicar exportações do grão à China em 2023, e acelerar negociações para os próximos anos. Entrega por drone e café com leite de aveia: veja hábitos dos chineses no consumo do café A China, que inventou o chá há milênios, começou a "descobrir" o café só na última década, e, mais recentemente, a bebida acabou virando moda entre os jovens chineses. Até 2009, o consumo de café na China não passava de 300 mil sacas de 60 quilos por ano, número que, hoje, chega a 6 milhões, segundo o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA). "Para os chineses, o café é uma bebida muito nova. A cultura deles de café foi criada nesses últimos anos", conta o barista campeão mundial Boram Um, brasileiro que tem parceria com uma cafeteria chinesa. 📈A mudança na China "bateu forte" no Brasil só em 2023, quando as vendas nacionais do produto dispararam 275% ao país asiático, em relação a 2022, segundo o Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), que participa de novos acordos com o país. Essa alta catapultou a China da 20ª para a 6ª posição no ranking dos principais importadores de café do Brasil, que é o maior produtor e exportador mundial do grão. Volume de café do Brasil vendido para a China. Arte/g1 Tudo isso coincidiu com o ano em que a China se tornou líder mundial em número de cafeterias de marca, alcançando 49,6 mil lojas, segundo a consultoria britânica World Coffee Portal. Os chineses ultrapassaram ninguém menos que os EUA (42,8 mil lojas), criador da Starbucks, cafeteria com o maior número de franquias do planeta. ☕Por trás desse marco, há vários motivos. Um deles é a expansão acelerada da cafeteria chinesa Luckin Coffee. Fundada em Pequim, em 2017, a empresa cresceu expressivamente no último ano, ao saltar de 8 mil lojas no início de 2023, para mais de 16 mil no final do mesmo ano, conta Fernando Maximiliano, analista de mercado de café da StoneX. Hoje, a Luckin já tem mais de 20 mil unidades em toda a China. E os exportadores brasileiros conseguiram aproveitar essa onda. “Hoje, 50% de todo o café que a Luckin Coffee compra é só do Brasil. O resto é dividido com outros países”, diz o diretor-geral da Cecafé, Marcos Matos. Até um dos embaixadores globais da marca chinesa é brasileiro: o próprio Boram Um, que também é um dos responsáveis por escolher os cafés que a Luckin compra, além de desenvolver novas bebidas para a empresa. Barista brasileiro Boram Um, filho de sul-coreanos, foi campeão mundial de barismo em 2023; ele colabora com a chinesa Luckin Coffee. @boramum Apesar da proximidade com o café brasileiro, os chineses têm outras formas de consumo. Para eles, o grão é mais um ingrediente de bebidas misturadas com leite ou água de coco (que fazem muito sucesso entre os jovens) e até mesmo com suco de limão ou "moutai", um tradicional licor chinês. É bem diferente do brasileiro que se contenta com a apresentação solo do cafezinho na forma de um coado ou espresso. Mas nem isso é uma barreira para o grão nacional: até um museu sobre o café brasileiro será inaugurado em novembro, na cidade chinesa de Kunshan, conta o presidente da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex), Jorge Viana, que participa de negociações com o país parceiro. Imagem de dois jovens em uma cafeteria de Pequim. Zhouxing Lu/unplash Além da Luckin, outras cafeterias chinesas estão crescendo no país, assim como fábricas de torrefação, o que aponta que a China vai continuar bebendo café por mais tempo, observa Matos. Estrangeiras também estão presentes, como a própria Starbucks, que está na China desde 1999. Uma viajante brasileira conseguiu até que um pedido da loja fosse entregue por drone no meio de uma rua de Shenzhen (veja vídeo acima). A seguir, veja: por que o país do chá está "abraçando" o café? café ao gosto chinês tem licor, água de coco e suco de limão; cultura do delivery tem até drone; chinês está trocando o chá pelo café? jovens gostam de cafeterias instagramáveis; quanto o Brasil já vendeu este ano e as parcerias milionárias; vai ter menos café no Brasil com a entrada da China? Por que o país do chá está 'abraçando' o café? Cénchi Coffe: imagem de uma cafeteria no bairro Dongsi, em Pequim, China. @cenchicoffee A China começou a tomar café a partir de 2010, mas o consumo vem crescendo de forma mais progressiva nos últimos sete anos (veja info acima), período em que a demanda chinesa pelo grão dobrou, em meio a um crescimento de cafeterias no país. Na visão da diretora-executiva da Câmara Chinesa de Comércio do Brasil (CCBB), Mariana Bahia, essa mudança é mais um episódio da abertura da China ao mundo ocidental, que começou há mais de 40 anos. "O fato de o chinês ter se globalizado, viajado mais e recebido mais empresas internacionais fez ele ter mais acesso a produtos de fora", conta Mariana. "Os jovens da China veem o café como algo moderno", acrescenta Fernando Maximiliano, analista de café da StoneX. Imagem mostra o barista Boram Um em uma cafeteria chinesa. Reprodução Instagram/@boramum Uma análise publicada pela Associação de Cafés Especiais (SCA) aponta, inclusive, que os chineses millennials (nascidos entre 1981 e 1996) e da geração Z (entre 1997 e 2012) são os grupos mais abertos a novas experiências, no país. Essas são, justamente, as gerações que saíram da China para estudar, trabalhar e viajar, diz Mariana. Boram pontua que o fato de o café ser barato na China também ajuda a sustentar o consumo entre os jovens. A viajante e criadora de conteúdo Marina Guaragna fez a mesma observação durante a sua passagem por 18 cidades chinesas, entre maio e julho deste ano. "A gente tomou muito café na China. O café na rua é barato, a não ser os de cafeterias especiais", conta Marina, observando que, em algumas cidades, é possível ver uma cafeteria "a cada esquina" e, às vezes, "uma do lado da outra, uma na frente da outra, e sempre com gente tomando café". >>>Volte ao topo<<< Nada de espresso: café com 'licor' e água de coco Na imagem, há bebidas com café misturadas com leite de coco, suco de laranja e chocolate. Reprodução Instagra/@luckincoffeesg O barista Boram conta que a forma do chinês de tomar café é bem diferente do jeito brasileiro. "Para você ter uma ideia, um dos campeões de vendas da Luckin foi o Coconut Latte. É um café com leite de coco e leite condensado", diz Boram. Só a água de coco misturada ao café também está entre os preferidos dos jovens. Uma outra bebida que fez sucesso foi o Moutai latte. "O Moutai é um licor chinês, que tem um gosto meio doce e forte, parecendo uma cachaça, um rum. E eles lançaram essa bebida com café, algo muito diferente. O pessoal saía das cafeterias tomando isso às 10h da manhã", conta Boram. Imagem do Moutai, um licor chinês muito tradicional. Javier Petrucci Os chineses também gostam muito de café gelado, com leite de aveia e não são muitos fãs de bebê-lo com a barriga vazia, pois pode "não fazer bem para o estômago", contou a influenciadora de cultura asiática Pri Jin, em uma postagem nas redes sociais (veja vídeo abaixo). Pri é filha de chineses e nasceu no Brasil. A viajante brasileira Marina Guaragna conta que viu até café com suco de limão para vender em sua passagem pelo país. Essas invenções são frequentes. Boram diz que a Luckin, por exemplo, tem três equipes de desenvolvimento de produtos que competem entre si para lançar novas bebidas todos os meses. Os grupos são formados por diversos baristas campões mundiais como ele, que foi convidado para colaborar com a empresa uma semana depois de ter ganhado o World Barista Championship (WBC). >>>Volte ao topo<<< Cultura do delivery tem até drone Entrega por drone e café com leite de aveia: veja hábitos dos chineses no consumo do café Outra marca do consumo de café na China é o uso de serviços de entregas. "Hoje eu diria que 70% dessas bebidas são consumidas por delivery. Você pode estar no meio de um parque que o motoboy vai te encontrar e vai te entregar sua bebida", diz o barista. Marina Guaragna viajou por 18 cidades da China neste ano e conta que viu muitas cafeterias. Reprodução Instagram/@marinaguaragna Foi o que aconteceu com a viajante brasileira e criadora de conteúdo Marina Guaragna. Mas, em vez de um motoboy, seu café da Starbucks foi entregue por drone, no meio de uma rua da cidade de Shenzhen (veja vídeo acima) "A China em seu dia mais fraco", descreveu Marina, em uma postagem de um vídeo com mais de 3 milhões de visualizações no TikTok (veja vídeo acima). >>>Volte ao topo<<< Chinês está trocando chá pelo café? De forma alguma. "A bebida preferida dos chineses sempre foi o chá. Ele é visto como um ritual, como cultura. Então, se você vai servir chá e café em um lugar, os chineses vão se preocupar muito mais com a qualidade das ervas do que com a qualidade dos grãos de café. Pelo menos é o que eu vejo na minha família", relata a influenciadora Pri Jin, que visita a China todos os anos. Imagem de Pri Jin em Xangai, China. Ela é filha de chineses e nasceu no Brasil. Reprodução Instagram/@priscilajinn Contudo, ela diz que isso não significa que os chineses não estão prestando atenção na qualidade do café. "Eles vêm sim se interessando mais pelo plantio, pelos métodos [...]. Os chineses, quando gostam de alguma coisa, se aprofundam", relata. Segundo Pri Jin, as reuniões de trabalho na China já contam com o cafezinho, além do tradicional chá. Marina Guaragna também não deixou de notar o tradicional consumo de chá. "Lá eles tomam chá verde o dia todo. Tu olha as pessoas na rua e acha que elas estão com uma garrafinha de água, mas elas estão com uma garrafinha de chá. Então, pra mim, os chineses podem ter essa tendência ao café por já tomarem uma bebida estimulante o dia inteiro", opina a viajante. Cafeteria em Xangai, China. Eirc Shi/Unplash >>>Volte ao topo<<< Cafeteria também é para tirar foto Outra curiosidade é que, entre os jovens chineses, fazem sucesso as cafeterias "instagramáveis", com belas decorações. Tudo isso para tirar boas fotos. "O que mais me chama atenção nas cafeterias da China é que não importa o tamanho, elas sempre têm uma arquitetura muito bonita, aconchegante. Se não aconchegante, muito futurístico", diz Pri Jin. "Então, as cafeterias investem em ambientes que são fotogênicos para gerar uma repercussão on-line", conta. >>>Volte ao topo<<< O quanto o Brasil já vendeu em 2024? Apesar da disparada das exportações em 2023, as vendas brasileiras de café para a China ficaram praticamente estáveis de janeiro a setembro de 2024, em 680 mil sacas, na comparação com o mesmo período do ano anterior. Mas a Cecafé prevê que, no fechamento do ano, as vendas ao país cheguem a 2,5 milhões de sacas. Isso porque os maiores volumes serão embarcados agora no final do ano, com a entrada da safra do arábica. Por outro lado, o congestionamento nos portos brasileiros está gerando atrasos e pode frustrar essa expectativa. De qualquer forma, o cenário para os próximos anos é de aumento das exportações, diz o diretor-geral da Cecafé. Isso porque o Brasil e a China têm avançado em negociações. Em junho, por exemplo, a Luckin fechou um acordo para importar US$ 500 milhões em café brasileiro e, em novembro, durante o G20, deve anunciar mais uma aquisição. "A intenção da Luckin Coffee é anunciar uma compra para 4, 5 anos. Nós estamos calculando que vai dar cerca de US$ 2,5 bilhões. Imagina esse valor só pra uma cafeteria", conta Jorge Viana, presidente da Apex, uma agência do governo federal que promove as exportações brasileiras. Além disso, Matos destaca que o aumento de fábricas de café na China sinaliza que o consumo da bebida deve se sustentar nos próximos anos. E o Brasil, como maior produtor e exportador de café, está dentro do jogo. "A China está investindo em indústrias de torrefação. Talvez o que tem puxado ainda mais o consumo é justamente a indústria do torrado e moído. Temos o exemplo da Luckin Coffee, que já tem três fábricas e está inaugurando uma quarta", exemplifica. Torrefação da Starbucks em Xangai, na China. Aleksandr Buynitskiy/Unplash Vai ter menos café no Brasil se a China comprar mais? Por enquanto, não é isso que está acontecendo, dizem analistas. Hoje, a China toma bem menos café do que o Brasil e os principais importadores do grão nacional, como a União Europeia e os EUA (veja info abaixo). Além disso, menos de um terço dos 1,4 bilhão de chineses têm conhecimento sobre o café, diz Matos. Mas a demanda crescente pela bebida, em um país com uma população gigantesca, indica que a China pode sim se tornar mais um cliente de peso para o Brasil. “O café está sendo consumido exatamente por um grupo jovem. Isso é interessante, pois mostra que não é uma demanda pontual. Ela tende a se prolongar pelos anos", observa o diretor-executivo da Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic), Celírio Inácio da Silva. "Cada chinês consome 260 gramas de café por ano. No Brasil, são 6,4 quilos [por pessoa, anualmente]. Então tem um espaço gigante para crescer", acrescenta Maximiliano, da StoneX. "Por trás do consumo de café, há três pilares: população, renda e cultura. A China já tem os dois primeiros e está focada em desenvolver o terceiro". Diante desse cenário, é possível que a indústria brasileira tenha, nos próximos anos, mais um forte concorrente externo, em meio a uma disputa já acirrada pelo grão do Brasil. "Os Estados Unidos estão demandando bastante café. Os países árabes também", exemplifica o diretor da Abic. Ao mesmo tempo em que a demanda global aumenta, há uma preocupação sobre os efeitos das mudanças climáticas no resultado das colheitas. Neste ano, por exemplo, quebras de safras no Brasil e no Vietnã, por causa de seca, diminuíram a oferta global, fazendo, inclusive, o preço do cafezinho disparar no Brasil. Diante desse cenário, o avanço da China no mercado brasileiro gera um ponto de preocupação para a indústria, no futuro. "Ao mesmo tempo, não podemos deixar de ver que isso é uma grande oportunidade para o nosso agricultor", contrapõe Silva. >>>Volte ao topo<<< Leia mais: Café a R$ 40 o quilo: como a seca histórica está ajudando a deixar o produto mais caro De onde vem o que eu bebo: o café especial que faz o Brasil ser premiado no exterior



Johnson & Johnson deve pagar US$ 15 milhões a homem que alega câncer após uso de talco, decide júri dos EUA


16/10/2024 05:32 - g1.globo.com


Em comunicado assinado pelo vice-presidente mundial da J&J, a empresa afirmou que irá apelar da decisão. Disse ainda que 'avaliações científicas independentes confirmam que o talco é seguro, não contém amianto e não causa câncer'. Júri dos EUA decide que Johnson & Johnson deve pagar US$ 15 milhões a homem que alega câncer após uso de talco REUTERS A gigante farmacêutica norte-americana Johnson & Johnson deverá pagar US$ 15 milhões a um homem de Connecticut que alega ter desenvolvido mesotelioma, uma forma rara de câncer, após usar o talco da empresa por décadas, concluiu um júri na terça-feira (15). Evan Plotkin processou a empresa em 2021, logo após seu diagnóstico, dizendo que ficou doente ao inalar talco de bebê da Johnson & Johnson. O júri do Tribunal Superior do Condado de Fairfield, em Connecticut, nos Estados Unidos, também decidiu que a empresa deve pagar danos punitivos adicionais, que serão determinados posteriormente pelo juiz que supervisiona o caso. "Evan Plotkin e sua equipe de julgamento estão entusiasmados que um júri mais uma vez decidiu responsabilizar a Johnson & Johnson pela comercialização e venda de um produto de talco para bebês que eles sabiam que continha amianto", disse Ben Braly, advogado de Plotkin, em um e-mail. LEIA TAMBÉM J&J oferece US$ 8,9 bilhões para encerrar processos relacionados a talco Empresa está disposta a pagar até US$ 6,5 bilhões para encerrar disputas judiciais Fim de fabricação do talco após processo bilionário: há riscos no uso do produto? Erik Haas, vice-presidente mundial de contencioso da J&J, disse em um comunicado que a empresa apelaria das decisões "errôneas" do juiz de primeira instância que, segundo ele, impediram o júri de ouvir fatos críticos sobre o caso. "Esses fatos mostram que o veredito é irreconciliável com décadas de avaliações científicas independentes confirmando que o talco é seguro, não contém amianto e não causa câncer", disse Haas. A decisão desta terça ocorre no momento em que a J&J busca resolver as alegações de mais de 62 mil pessoas que dizem ter contraído câncer de ovário e outros tipos de câncer ginecológico por causa do talco, por meio de um acordo de falência de quase US$ 9 bilhões. O acordo de falência, que enfrenta contestações legais de alguns advogados dos demandantes, colocou os processos sobre cânceres ginecológicos em espera, mas não afeta o número muito menor de reivindicações de mesotelioma como a de Plotkin. A empresa já havia resolvido algumas dessas reivindicações, mas não propôs um acordo nacional. Os demandantes em todos os processos judiciais dizem que os produtos de talco da J&J, assim como seu icônico talco para bebês, estavam contaminados com amianto, um agente cancerígeno conhecido por causar mesotelioma e outros tipos de câncer. Johnson & Johnson anuncia que aceita pagar US$ 8,9 bi para encerrar processos sobre talco



Mega-Sena pode pagar R$ 35 milhões nesta quarta-feira; +Milionária pode chegar a R$ 16,5 milhões


16/10/2024 03:00 - g1.globo.com


Apostas podem ser feitas até as 19h em lotéricas ou pela internet. Mega-Sena Marcelo Brandt/G1 Aposta única da Mega-Sena custa R$ 5 e apostas podem ser feitas até as 19h Marcelo Brandt/G1 A Caixa Econômica Federal promove nesta quarta-feira (16), a partir das 20h, os sorteios dos concursos 2.786 da Mega-Sena e 190 da +Milionária. A +Milionária tem prêmio estimado em R$ 16,5 milhões. As chances de vencer na loteria são menores do que na Mega-Sena: para levar a bolada, é preciso acertar seis dezenas e dois trevos. (veja no vídeo mais abaixo) O valor de uma aposta simples é de R$ 6. Com ela, o apostador pode escolher 6 números de 50 disponíveis e mais 2 trevos, dentre os seis disponíveis. Para apostas múltiplas, é possível escolher de seis a 12 números e de dois a seis trevos, com preços que podem chegar a R$ 83.160,00. A +Milionária se destaca por oferecer o prêmio principal mínimo de R$ 10 milhões por sorteio e possuir dez faixas de premiação. Veja os detalhes: +Milionária: veja como jogar na loteria da Caixa Mega-Sena Já a Mega-Sena pode pagar um prêmio de R$ 35 milhões para os acertadores das seis dezenas. No concurso da última sexta-feira (11), ninguém levou o prêmio máximo. Os sorteios da Mega são realizados tradicionalmente às terças, quintas e sábados. Devido ao feriado nacional de Nossa Senhora Aparecida, no sábado passado (12), o último concurso foi antecipado para sexta. Já nesta semana, os sorteios ocorrerão quarta-feira (16) e sábado (19). A aposta mínima para a Mega-Sena custa R$ 5 e pode ser realizada também pela internet, até as 19h – saiba como fazer a sua aposta online. Entenda como funciona a Mega-Sena e qual a probabilidade de ganhar o prêmio Para apostar na Mega-Sena As apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília), em qualquer lotérica do país ou pela internet, no site da Caixa Econômica Federal – acessível por celular, computador ou outros dispositivos. É necessário fazer um cadastro, ser maior de idade (18 anos ou mais) e preencher o número do cartão de crédito. Probabilidades A probabilidade de vencer em cada concurso varia de acordo com o número de dezenas jogadas e do tipo de aposta realizada. Para a aposta simples, com apenas seis dezenas, que custa R$ 5, a probabilidade de ganhar o prêmio milionário é de 1 em 50.063.860, segundo a Caixa. Já para uma aposta com 15 dezenas (limite máximo), com o preço de R$ 22.522,50, a probabilidade de acertar o prêmio é de 1 em 10.003, ainda segundo a Caixa.



'Dinheiro esquecido': quem já resgatou ou tinha saldo zerado pode ter novos valores a receber; veja como consultar


16/10/2024 03:00 - g1.globo.com


Mais de R$ 8 bilhões estão disponíveis para resgate e podem ser incorporados aos cofres do governo. Data limite para resgatar é hoje. Dinheiro, real, notas de R$ 50, contagem de cédulas Marcello Casal Jr./Agência Brasil Os clientes que já fizeram o resgate do "dinheiro esquecido" ou consultaram no passado e viram o saldo zerado ainda podem ter valores disponíveis no Sistema de Valores a Receber (SVR) do Banco Central do Brasil (BC). Segundo o BC, R$ 8,6 bilhões estão disponíveis para saque no SVR. O sistema permite consultar se pessoas físicas (inclusive falecidas) e empresas deixaram valores para trás em bancos, consórcios ou outras instituições. Os clientes têm até esta quarta-feira (16) para fazer o resgate. Ao longo do tempo, o BC foi atualizando o saldo e recebendo novas levas de dinheiro parado nos bancos. Essa renovação faz com que os valores que não haviam sido detectados antes tenham ficado disponíveis para os clientes agora. "As informações do SVR estão sempre mudando. As instituições revisam suas bases de dados e enviam periodicamente ao Banco Central valores a devolver de situações antigas que não estavam no sistema anteriormente ou encontram novos valores a devolver decorrentes de situações mais recentes", diz o BC. A recomendação, portanto, é que os clientes façam uma nova consulta para que não percam algum dinheiro extra que tenha surgido na plataforma. (veja abaixo como fazer) Nesta quarta, termina o prazo de 30 dias para resgate do "dinheiro esquecido". No mês passado, quando o presidente Lula (PT) sancionou a Lei nº 14.973/2024, que trata da reoneração gradual da folha de pagamentos, também ficou estabelecido que o dinheiro não resgatado por pessoas físicas e jurídicas poderá ser incorporado pelo Tesouro Nacional. 'Dinheiro esquecido': quem já resgatou ou tinha saldo zerado ainda pode ter novos valores Como consultar o dinheiro esquecido O único site no qual é possível fazer a consulta e saber como solicitar a devolução dos valores para pessoas jurídicas ou físicas, incluindo falecidas, é o https://valoresareceber.bcb.gov.br. Ao acessar o site: Clique em 'Consulte valores a receber' Preencha os campos com os seus dados (CPF/CNPJ e data de nascimento) Preencha com os caracteres da imagem Clique em consultar Caso você tenha valores a receber, basta clicar em “Acessar o SVR”. É preciso ter uma conta gov.br de nível prata ou ouro para entrar no Sistema de Valores a Receber Via sistema do Banco Central, os valores só serão liberados para aqueles que fornecerem uma chave PIX para a devolução. Caso não tenha uma chave cadastrada, é preciso entrar em contato com a instituição para combinar a forma de recebimento. Outra opção é criar uma chave e retornar ao sistema para fazer a solicitação. No caso de valores a receber de pessoas falecidas, é preciso ser herdeiro, testamentário, inventariante ou representante legal para consultá-los. Também é necessário preencher um termo de responsabilidade. Após a consulta, é preciso entrar em contato com as instituições nas quais há valores a receber e verificar os procedimentos. VEJA TAMBÉM 'Dinheiro esquecido': quem já resgatou ou tinha saldo zerado ainda pode ter novos valores LEIA MAIS 'Dinheiro esquecido': veja como consultar e sacar os valores Quase 1 milhão de pessoas têm mais de R$ 1 mil para receber Veja como resgatar valores de falecidos Maior saque de pessoa física foi de R$ 2,8 milhões; veja ranking Em nota enviada ao g1, o Ministério da Fazenda explicou que, além dos 30 dias para resgate após publicação da lei, os clientes terão 30 dias para contestar o recolhimento dos recursos pelo Tesouro, a contar da data de publicação de edital pela pasta. "Apenas após o término desse segundo prazo, e caso não haja manifestação daqueles que tenham direito sobre os depósitos, os valores serão incorporados ao Tesouro Nacional", disse o Ministério. A Fazenda também reforçou que, ainda assim, os interessados terão um prazo de seis meses para requerer judicialmente o reconhecimento de seu direito aos depósitos. "Logo, não há que se falar em confisco", afirmou. Caso não haja contestação do recolhimento, os valores serão, então, incorporados de forma definitiva como receita orçamentária primária, continuou a pasta, destacando que os recursos serão considerados para fins de verificação do cumprimento da meta de resultado primário. Ainda segundo o Ministério da Fazenda, a medida encontra precedentes no sistema jurídico brasileiro. Uma única pessoa tem R$ 11,2 milhões esquecidos g1 em 1 minuto: 'Dinheiro esquecido': quase 1 milhão de pessoas têm mais de R$ 1 mil para receber De acordo com o Banco Central, uma única pessoa tem R$ 11,2 milhões esquecidos no SVR. Entre pessoas jurídicas, a cifra mais alta disponível para resgate é de R$ 30,4 milhões. O BC informou que, até o momento, o maior saque de "dinheiro esquecido" feito por uma única pessoa física foi de R$ 2,8 milhões. A bolada foi resgatada em julho de 2023, após consulta no SVR. Veja os maiores valores já sacados por pessoas físicas: O primeiro lugar resgatou R$ 2,8 milhões, em julho de 2023; O segundo valor mais alto foi de R$ 1,6 milhão, em março de 2022; Já a terceira maior cifra foi de R$ 750 mil, em março de 2023. Entre pessoas jurídicas, esta é a lista: O maior valor foi de R$ 3,3 milhões, resgatado em março de 2023; O segundo maior, de R$ 1,9 milhão, em junho de 2023; O terceiro, de R$ 610 mil, em setembro de 2024. Segundo o BC, 940.024 pessoas têm mais de R$ 1.000,01 para sacar. Além disso, 5,2 milhões de pessoas têm entre R$ 100,01 e R$ 1.000 esquecidos. A maior parcela de beneficiários é de quem tem até R$ 10: estes são, ao todo, 33 milhões de pessoas. Os números, referentes ao mês de agosto e atualizados pelo BC em 7 de outubro, consideram o total de contas — uma pessoa pode ter mais de uma conta aberta com dinheiro esquecido. (veja mais abaixo como consultar) Confira a quantidade de beneficiários por faixa de valores a receber: Acima de R$ 1.000,01: 940.024 contas | 1,80% do total; Entre R$ 100,01 e R$ 1.000,00: 5.199.838 contas | 9,94% do total; Entre R$ 10,01 e R$ 100,00: 13.100.665 contas | 25,05% do total; Entre R$ 0,00 e R$ 10,00: 33.054.663 contas | 63,21% do total. Dicas para não cair em golpes A primeira dica do Banco Central para não cair em golpes é não clicar em links suspeitos enviados por e-mail, SMS, WhatsApp ou Telegram. A instituição informa que não envia links, nem entra em contato com ninguém para tratar sobre valores a receber ou para confirmar dados pessoais. "Somente a instituição que aparece na consulta aos valores a receber que pode contatar seu cliente, principalmente no caso de pedido de resgate de valores sem indicar uma chave PIX. Mas ela nunca irá pedir os dados pessoais ou sua senha", diz o BC. Além disso, a instituição orienta a não fazer qualquer tipo de pagamento para ter acesso aos valores. Também reforça que não existe a opção de receber algum valor pelo uso de cartões de crédito.



Valores a receber: termina hoje o prazo para resgatar R$ 8,6 bilhões do 'dinheiro esquecido'; veja como sacar


16/10/2024 03:00 - g1.globo.com


Após esta quarta-feira (16), os recursos poderão ser incorporados aos cofres do governo. Ministério da Fazenda diz que medida não é confisco e que haverá 30 dias adicionais para contestação. Dinheiro, real, notas de R$ 50 Marcelo Casal Jr./Agência Brasil Termina nesta quarta-feira (16) o prazo para que os clientes que têm "dinheiro esquecido" no Sistema de Valores a Receber (SVR) do Banco Central do Brasil (BC) saquem os valores. (veja mais abaixo como fazer). Segundo o BC, R$ 8,6 bilhões estão disponíveis para resgate no SVR. O sistema permite consultar se pessoas físicas (inclusive falecidas) e empresas deixaram valores para trás em bancos, consórcios ou outras instituições. Participe do canal do g1 no WhatsApp Como consultar se você tem 'dinheiro esquecido' O único site no qual é possível fazer a consulta e saber como solicitar a devolução dos valores para pessoas jurídicas ou físicas, incluindo falecidas, é o https://valoresareceber.bcb.gov.br. Ao acessar o site: Clique em 'Consulte valores a receber' Preencha os campos com os seus dados (CPF/CNPJ e data de nascimento) Preencha com os caracteres da imagem Clique em consultar Caso você tenha valores a receber, basta clicar em “Acessar o SVR”. É preciso ter uma conta gov.br de nível prata ou ouro para entrar no Sistema de Valores a Receber Via sistema do Banco Central, os valores só serão liberados para aqueles que fornecerem uma chave PIX para a devolução. Caso não tenha uma chave cadastrada, é preciso entrar em contato com a instituição para combinar a forma de recebimento. Outra opção é criar uma chave e retornar ao sistema para fazer a solicitação. No caso de valores a receber de pessoas falecidas, é preciso ser herdeiro, testamentário, inventariante ou representante legal para consultá-los. Também é necessário preencher um termo de responsabilidade. Após a consulta, é preciso entrar em contato com as instituições nas quais há valores a receber e verificar os procedimentos. E se o saque não for feito até hoje? O prazo de 30 dias para resgate começou a valer em 16 de setembro, quando o presidente Lula (PT) sancionou a Lei nº 14.973/2024, que trata da reoneração gradual da folha de pagamentos de 17 setores da economia e de municípios até o fim de 2024. O projeto, que já havia sido aprovado pelo Congresso Nacional, estabelece que o dinheiro esquecido não resgatado por pessoas físicas e jurídicas poderá ser incorporado pelo Tesouro Nacional. LEIA MAIS 'Dinheiro esquecido': veja como consultar e sacar os valores Quase 1 milhão de pessoas têm mais de R$ 1 mil para receber Veja como resgatar valores de falecidos Maior saque de pessoa física foi de R$ 2,8 milhões; veja ranking Em nota enviada ao g1, o Ministério da Fazenda explicou que, além dos 30 dias para resgate após publicação da lei, os clientes terão 30 dias para contestar o recolhimento dos recursos pelo Tesouro, a contar da data de publicação de edital pela pasta. "Apenas após o término desse segundo prazo, e caso não haja manifestação daqueles que tenham direito sobre os depósitos, os valores serão incorporados ao Tesouro Nacional", disse o Ministério. A Fazenda também reforçou que, ainda assim, os interessados terão um prazo de seis meses para requerer judicialmente o reconhecimento de seu direito aos depósitos. "Logo, não há que se falar em confisco", afirmou. Caso não haja contestação do recolhimento, os valores serão, então, incorporados de forma definitiva como receita orçamentária primária, continuou a pasta, destacando que os recursos serão considerados para fins de verificação do cumprimento da meta de resultado primário. Ainda segundo o Ministério da Fazenda, a medida encontra precedentes no sistema jurídico brasileiro. Uma única pessoa tem R$ 11,2 milhões esquecidos g1 em 1 minuto: 'Dinheiro esquecido': quase 1 milhão de pessoas têm mais de R$ 1 mil para receber De acordo com o Banco Central, uma única pessoa tem R$ 11,2 milhões esquecidos no SVR. Entre pessoas jurídicas, a cifra mais alta disponível para resgate é de R$ 30,4 milhões. O BC informou que, até o momento, o maior saque de "dinheiro esquecido" feito por uma única pessoa física foi de R$ 2,8 milhões. A bolada foi resgatada em julho de 2023, após consulta no SVR. Veja os maiores valores já sacados por pessoas físicas: O primeiro lugar resgatou R$ 2,8 milhões, em julho de 2023; O segundo valor mais alto foi de R$ 1,6 milhão, em março de 2022; Já a terceira maior cifra foi de R$ 750 mil, em março de 2023. Entre pessoas jurídicas, esta é a lista: O maior valor foi de R$ 3,3 milhões, resgatado em março de 2023; O segundo maior, de R$ 1,9 milhão, em junho de 2023; O terceiro, de R$ 610 mil, em setembro de 2024. Segundo o BC, 940.024 pessoas têm mais de R$ 1.000,01 para sacar. Além disso, 5,2 milhões de pessoas têm entre R$ 100,01 e R$ 1.000 esquecidos. A maior parcela de beneficiários é de quem tem até R$ 10: estes são, ao todo, 33 milhões de pessoas. Os números, referentes ao mês de agosto e atualizados pelo BC em 7 de outubro, consideram o total de contas — uma pessoa pode ter mais de uma conta aberta com dinheiro esquecido. (veja mais abaixo como consultar) Confira a quantidade de beneficiários por faixa de valores a receber: Acima de R$ 1.000,01: 940.024 contas | 1,80% do total; Entre R$ 100,01 e R$ 1.000,00: 5.199.838 contas | 9,94% do total; Entre R$ 10,01 e R$ 100,00: 13.100.665 contas | 25,05% do total; Entre R$ 0,00 e R$ 10,00: 33.054.663 contas | 63,21% do total. Dicas para não cair em golpes A primeira dica do Banco Central para não cair em golpes é não clicar em links suspeitos enviados por e-mail, SMS, WhatsApp ou Telegram. A instituição informa que não envia links, nem entra em contato com ninguém para tratar sobre valores a receber ou para confirmar dados pessoais. "Somente a instituição que aparece na consulta aos valores a receber que pode contatar seu cliente, principalmente no caso de pedido de resgate de valores sem indicar uma chave PIX. Mas ela nunca irá pedir os dados pessoais ou sua senha", diz o BC. Além disso, a instituição orienta a não fazer qualquer tipo de pagamento para ter acesso aos valores. Também reforça que não existe a opção de receber algum valor pelo uso de cartões de crédito.



Tebet diz que 'chegou a hora' de levar a sério a revisão de gastos públicos no país


15/10/2024 19:59 - g1.globo.com


Ministra do Planejamento deu a declaração depois de participar de reunião com Haddad (Fazenda). Ela disse não ser mais possível tentar resolver problema das contas com o aumento de receitas. A ministro do Planejamento, Simone Tebet, ao lado do ministro da Fazenda, Fernando Haddad WILTON JUNIOR/ESTADÃO CONTEÚDO A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, afirmou nesta terça-feira (15) que "chegou a hora" de levar a sério a revisão de gastos públicos no país. Em declaração após uma reunião com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, Tebet afirmou também que não é mais possível resolver o desequilíbrio das contas públicas somente com o aumento de receitas. "Chegou a hora para levar a sério a revisão de gastos. Não é possível mais apenas pelo lado da receita resolver o fiscal. Arcabouço está de pé. Sem perspectiva de alteração", afirmou a ministra. Economistas pedem ao governo foco na redução de gastos De acordo com a emedebista, o governo continua com a revisão de programas sociais a fim de identificar possíveis fraudes em benefícios, mas que o momento é de uma "revisão estrutural" de gastos. "Temos alguns debates interditados, como salário mínimo, aposentadoria acompanhando a valorização do salário mínimo", declarou. "Eu e Haddad autorizamos a equipe a colocar propostas no papel. Segundo momento é fazer essas medidas chegarem na mesa do presidente Lula. Estamos otimistas de que esse pacote terá condições de avançar na mesa do presidente. Ideia é logo após o segundo turno conversar com o presidente Lula", completou a ministra. A ministra não deu detalhes sobre quais gastos serão revisados pela equipe econômica, mas citou os supersalários do funcionalismo, que classificou como algo "imoral". Metas serão cumpridas, diz Tebet Miriam Leitão: Governo vai cortar supersalários Questionada sobre as metas fiscais estipuladas pela equipe econômica para este e para os próximos anos, a emedebista afirmou que os objetivos traçados serão cumpridos. "Vamos cumprir a meta de 2024, a meta de 2025 e a de 2026. Estamos falando de qualidade do gasto público. No ano passado, olhamos pela lado de fraudes. Primeira etapa foi feita e continua. A segunda etapa, que é está, são de medidas estruturantes, aquelas que a política permite", declarou. A ministra afirmou ainda que o processo de revisão de gastos será realizado sem que direitos sejam retirados. E que ações são necessárias porque o governo não está conseguindo fechar as contas. Tebet disse que cerca de 30 medidas estão sendo estudadas e que o governo pode aproveitar propostas de emenda à Constituição (PECs) em tramitação no Congresso para fazê-las avançarem. Supersalários do funcionalismo público A ministra foi bastante questionada sobre quais gastos serão cortados pelo governo. Uma das perguntas foi sobre salários acima do teto do funcionalismo público, hoje fixado em R$ 44 mil. Servidores públicos não podem ganhar acima desse valor, a não ser em casos excepcionais. Mas, na prática, não é isso que acontece e muitos acabam recebendo além do teto sem ter o direito. Tebet afirmou que não vai adiantar onde serão feitos os gastos. Mas afirmou que salários acima do teto não são simplesmente "desperdício", mas são, sim, contrários à lei. "Não posso dizer o que vai entrar e o que não vai entrar [no corte]. De novo, vocês não vão tirar uma palavra sobre o que entra e o que não entra, porque senão vocês, por exclusão, vão saber também o que não entra. O que eu posso dizer é o seguinte: salários acima do limite constitucional não são desperdício, é ilegal, inconstitucional e imoral. Se isso vai entrar agora, se vai entrar num segundo momento, isso depende de uma conversa que nós estaremos tendo também com o presidente e depois no diálogo com Congresso Nacional", afirmou a ministra.



O estudante que saiu de país pobre e se tornou bilionário com sucesso do Duolingo


15/10/2024 18:53 - g1.globo.com


A BBC conversou com Luis von Ahn, que nasceu e foi criado na Guatemala, e hoje é o CEO do aplicativo, para entender o segredo do método que atrai 34 milhões de pessoas todos os dias. O estudante que saiu de país pobre e se tornou bilionário com sucesso do Duolingo BBC Talvez nenhum aplicativo tenha dominado a lealdade do usuário como o Duolingo, a plataforma gamificada de aprendizado de idiomas que 34 milhões de pessoas por dia não conseguem largar. Aqui, o CEO e cofundador Luis von Ahn conta à BBC por que sua "coruja insistente" funciona tão bem. No dia em que comecei a trabalhar nesta história sobre o Duolingo, ele parecia estar em todo lugar. Ouvi de uma amiga que estava comemorando sua sequência de 800 dias de prática de espanhol no aplicativo. Li sobre uma jornalista do The Guardian que se viciou em aprender italiano. Uma garçonete do Sri Lanka no Brooklyn trocou o inglês pelo espanhol quando ouviu minha mãe e eu conversando, dando crédito ao Duolingo por suas habilidades. Mas meu profundo interesse no aplicativo de aprendizado de idiomas mais baixado do mundo realmente começou no ano passado, quando vi em primeira mão seu impacto significativo em novos migrantes nos EUA, um país que está passando por uma das maiores ondas de migração da década. Em algum momento de suas longas jornadas, o Duolingo se torna uma ferramenta essencial para essas pessoas em movimento. John Jairo Ocampo, um ex-motorista de ônibus da Colômbia, lembra-se de lutar para encontrar trabalho em seus primeiros dias nos EUA em 2023, quando um chefe em um canteiro de obras na cidade de Nova York explicou simplesmente: "Mais inglês, mais dinheiro". Ele usou o Duolingo para aprender. Agora, a família mora em Indianápolis, e a esposa de John está usando o aplicativo para se dar melhor em seu trabalho na cozinha de uma escola primária; ela diz que seu chefe também está usando para aprender espanhol. LEIA TAMBÉM: Ex-morador em situação de rua cria app de transporte e fatura R$ 120 mil por mês As quatro maneiras de ganhar dinheiro no TikTok A experiência de imigrante não é estranha ao CEO e cofundador do Duolingo, Luis von Ahn, que nasceu e foi criado na Guatemala, um país da América Central com mais de 55% de sua população vivendo na pobreza. "Em um país latino-americano, e na Guatemala em particular, se você tem dinheiro, você pode comprar uma educação muito boa, mas se você não tem dinheiro, às vezes você nem aprende a ler e escrever", Von Ahn disse à BBC em uma entrevista recente no novo escritório do Duolingo no centro de Nova York. "Isso me impressionou muito." Então, quando os falantes não nativos de inglês Von Ahn e Severin Hacker, CTO e cofundador do Duolingo, começaram sua empresa em 2012, eles sabiam que aprender idiomas, e em particular aprender inglês, tem o potencial de mudar a vida das pessoas. "É por isso que trabalhamos muito duro para manter o Duolingo gratuito, porque queremos dar acesso à educação a todos." Duolingo atinge 34 milhões de pessoas por dia Divulgação Para manter a promessa de um aplicativo aberto e gratuito, Von Ahn e Hacker desenvolveram um modelo de negócio híbrido que combina acesso suportado por anúncios e modalidades mais básicas que são gratuitas, ao mesmo tempo em que oferece uma assinatura paga com benefícios extras, como uma experiência sem anúncios e um plano familiar. E funcionou. "A principal maneira pela qual crescemos é pelo boca a boca, então as pessoas contam para os amigos", ele diz. Um desses momentos de boca a boca veio de Bill Gates, que disse em um bate-papo do Reddit em 2015 que se arrependia de não falar mais idiomas e tinha tentado o Duolingo. Nos anos seguintes, o aplicativo encontrou seu caminho para muitas, muitas telas. De acordo com a carta dos acionistas do Duolingo, em 2023 a receita da empresa foi de 531 milhões de dólares e a previsão para o ano inteiro de 2024 é de 731 milhões de dólares. Cerca de 8% dos usuários do Duolingo pagam por uma assinatura, contribuindo com 80% da receita da empresa. Enquanto isso, a grande maioria, 90%, usa a versão gratuita e vê anúncios, que representam apenas 8% dos ganhos. O aplicativo combina lições curtas e envolventes e elementos de jogo para ajudar os usuários a desenvolver habilidades de fala, leitura, escrita e audição em 41 idiomas. Cerca de metade dos usuários está praticando inglês, e o Duolingo pode ser usado para aprender outras línguas importantes do mundo, como espanhol e chinês, bem como algumas línguas menos faladas, como esperanto, navajo e até Alto valiriano, uma língua fictícia desenvolvida para Game of Thrones, da HBO. Houve alguma controvérsia no ano passado quando o Duolingo pausou seu curso de língua galesa. O aplicativo agora oferece cursos de matemática e música também. Para manter as pessoas voltando diariamente, o Duolingo criou um sistema de sequência e criou personagens com personalidades fortes, como a infame coruja verde, Duo, e uma adolescente gótica de cabelos roxos, Lilly. Esses personagens enviam lembretes de prática diários e, com base em postagens de mídia social, são magnéticos para os usuários. A marca aproveitou a popularidade do Duo, como evidenciado por seus vídeos do TikTok, onde ele faz "coisas muito estranhas", como Von Ahn descreveu. "No começo era só essa coruja, então acho que começou a ganhar vida própria quando as notificações do telefone começaram a vir da coruja. As pessoas começaram a atribuir uma personalidade a ela, e acho que as pessoas começaram a fazer memes para a coruja, porque a coruja é muito insistente", acrescentou. Ainda assim, ele vê o apelo. "Não consigo falar francês com outra pessoa, mas consigo falar francês com ela", diz Von Ahn sobre Lilly, abrindo seu telefone para demonstrar o novo produto do Duolingo lançado na Duocon neste verão, que permite a prática de conversação. O CEO, que afirma ser tímido ao falar novos idiomas, fala entusiasticamente com o aplicativo em bom francês com um sotaque irregular (ele diz que passa 30 minutos por dia no aplicativo e também está aprendendo sueco e japonês). "A maioria das pessoas é como eu", diz ele, explicando por que esse é seu recurso favorito. "Quando eles não são muito bons em um idioma, eles simplesmente não querem falar com outra pessoa. Então, isso vai deixar as pessoas realmente praticarem." Da Guatemala à fortuna Hoje, a Duolingo atende 34 milhões de usuários diários em todo o mundo e emprega 850 pessoas em seis cidades: Detroit, Seattle, Berlim, Pequim, Nova York e sua sede em Pittsburgh, onde você pode descobrir o spin-off culinário da empresa, Duo's Taqueria. Essa presença global afirma o crescimento acelerado da empresa. Em outubro de 2024, a capitalização de mercado da Duolingo era de 12,27 bilhões de dólares, um aumento significativo em relação a 2022, quando sua capitalização de mercado era de 2,85 bilhões de dólares. A jornada do CEO para se tornar um bilionário fundador de tecnologia começou quando ele era um garoto de oito anos na Cidade da Guatemala, onde sua mãe solteira, uma médica, lhe deu um computador em vez do Nintendo que ele queria. Ele deixou a Guatemala em 1996 para estudar matemática na Duke University. E seguiu para fazer um doutorado em ciência da computação. Foi durante seu primeiro ano na Carnegie Mellon University, em 2000, que ocorreu um momento crucial. O jovem doutorando assistiu a uma palestra na qual o cientista chefe do Yahoo! compartilhou 10 problemas que a empresa não conseguia resolver. "Na época, [o Yahoo!] era a maior empresa de internet, era enorme. O Yahoo! dava contas de e-mail gratuitas para as pessoas, e havia pessoas mal-intencionadas que estavam escrevendo programas para obter milhões de contas de e-mail, e eles não sabiam como pará-los. Fui para casa, pensei sobre isso e tive a ideia — junto com meu orientador de doutorado — de um Captcha, que são os caracteres distorcidos que as pessoas têm que ver online [para provar que você é humano]", ele revela. Captcha, uma sigla para "Completely Automated Public Turing test to tell Computers and Humans Apart" (ou Teste de Turing público completamente automatizado para diferenciar computadores de humanos, na tradução livre) serviu como base para o ReCaptcha — mais conhecido hoje como o sistema de verificação do Google I am not a robot. Não foi apenas uma melhoria tecnológica, mas também uma empresa fundada e de propriedade exclusiva de Von Ahn. Em 2009, o Google adquiriu a companhia por uma quantia não revelada de oito dígitos, juntamente com um jogo que ajudou a melhorar a precisão da Pesquisa de Imagens do Google. Aos 30 e poucos anos, Von Ahn se tornou um milionário. Embora Luis Von Ahn não tenha se tornado o professor de matemática que sonhava ser quando adolescente na Cidade da Guatemala, esses marcos e os prêmios que ganhou ao longo do caminho permitiram que ele criasse uma plataforma educacional que agora vive nos bolsos de milhões em todo o mundo. Aqui, ele conta à BBC mais sobre seu aplicativo imperdível, e como um autoproclamado "agradador de pessoas" se vira no alto escalão de executivos. O que você acha que diferencia o Duolingo dos concorrentes? A versão gratuita do Duolingo é muito boa, e acho que isso importa. E a segunda é que logo no começo entendemos que a coisa mais difícil de aprender algo sozinho é se manter motivado, então passamos muito tempo tornando o Duolingo divertido. Com o Duolingo, parece que você está jogando um jogo, ao contrário de aplicativos educacionais que estão apenas tentando lhe ensinar algo sem engajá-lo. Como o Duolingo mantém os usuários engajados e voltando? A gamificação é provavelmente a coisa mais importante. Tentamos transformar tudo em um jogo, mas tentamos usar a narrativa. Desde o começo, eu queria ter um mascote. Pensei que isso tornaria tudo mais acessível. E tê-lo fazendo coisas estranhas online realmente ajuda. Mas não é como se tivesse começado em um dia. Isso é uma evolução. Tudo funciona junto para criar uma marca que as pessoas amam. A maioria dos [recursos] que temos agora, chegamos por tentativa e erro. Tentamos muitas coisas que não funcionaram. As que estão aí agora é porque as testamos e elas funcionaram. Como você cria habituação? Depende muito. Pessoas que estão aprendendo inglês, que são metade dos usuários, geralmente querem aprender inglês. Elas realmente se importam. Para os outros, é mais um hobby. Se você pegar um usuário nos EUA e perguntar a ele, "por que você está usando o Duolingo?" Respostas muito comuns [são]: "Eu costumava jogar muito Candy Crush" ou "eu costumava olhar muito o Instagram e agora estou usando o Duolingo, e pelo menos estou aprendendo um pouco de espanhol ou um pouco de alemão ou o que for". Então é meio que um uso produtivo do tempo. Mesmo quando aplicativos e tempo de tela podem ser vistos como problemáticos, sua esperança é que o Duolingo esteja criando um hábito positivo? Queremos que seja positivo. Quando decidimos começar a ensinar matemática e música, essas são duas coisas que achamos que são apenas positivas. Podemos expandir para outras disciplinas, mas vamos tentar continuar fazendo coisas que sejam positivas. É improvável que [ensinemos] os personagens Pokémon, por exemplo. Talvez as pessoas queiram aprender isso, mas nós só queremos fazer coisas que sejam boas para o mundo, e queremos que os pais se sintam bem em dar esse aplicativo aos filhos. Queremos que, depois de usar o aplicativo, você sinta que fez algo bom. O site do Duolingo afirma ter uma força de trabalho diversificada de mais de 30 países, por que isso é importante para uma plataforma como a sua? Temos muitos funcionários internacionais e isso tem sido muito bom. Às vezes, você não sabe o que está acontecendo em um determinado país, e então um funcionário do país nos diz: "O motivo pelo qual isso não está funcionando é porque você traduziu essa palavra errado". Você vê frases estranhas com frequência? Pode compartilhar um exemplo? A maioria das nossas frases são frases úteis, como "onde fica o banheiro", mas algumas delas são simplesmente estranhas, e isso ajudou nossa viralidade. Uma que sempre ficou comigo, acho que estava no curso de dinamarquês. A frase dizia: "Lá, atrás da cama, jaz o corpo do marido dela". E é tipo, o que é isso? O que é essa frase? Qual é a parte mais desafiadora de ser CEO de uma grande empresa? Não acho que sejamos muito grandes, somos 850 pessoas. Mas duas coisas me vêm à cabeça: Quando éramos menores, quando éramos umas 50 pessoas, todos confiavam em mim porque passavam tempo comigo diretamente, e eles diziam "OK, ele é um cara legal". Quando tenho mais de, não sei, 300 pessoas, não consigo passar tempo com todo mundo. E então, é muito mais difícil que a confiança aconteça. E muitas vezes tenho que tomar decisões que não são populares. Quando você é muito próximo de outra pessoa e ela toma uma decisão impopular, você a entende porque pensa "OK, no final das contas eu sei que ela é uma boa pessoa". E a outra que tem sido difícil, mas isso é uma coisa muito pessoal, eu evito conflitos e às vezes tenho que dizer às pessoas algo que elas não gostam. E isso é difícil para mim. É difícil para você dizer às pessoas algo que as magoe? Eu sou uma pessoa que agrada as pessoas e isso é bom e ruim. Eu me casei com uma mulher sueca e, bom, ela é direta. Em nossa cultura, na América Latina, você é muito indireto. Na Guatemala, nós apenas contornamos o assunto e contornamos o assunto, para tentar fazê-los entender, mas nunca dizemos exatamente do que se trata. Enquanto os suecos são como: "Eu não gosto de você". E para mim é algo como, "Espere, por que você está dizendo isso?" Nós nunca diríamos isso na cultura latino-americana. Deve ser difícil para você demitir alguém. Oh, meu Deus! Sim! É horrível. A primeira pessoa que demiti, quando éramos uma empresa muito pequena, era uma mulher. Eu a demiti no final do dia um dia. E então no dia seguinte eu cheguei no escritório, e ela ainda estava aqui. E aconteceu que ela não entendeu que eu a tinha demitido porque eu nunca disse "você está demitido". Eu apenas contornei, e pensei que ela tivesse entendido. E então nós nos abraçamos, e eu pensei que era o fim disso. Então eu entrei e disse "Por que você está aqui?" Ela disse "tivemos uma conversa muito boa ontem; farei um trabalho melhor". E eu disse "Não". E então eu tive que demiti-la novamente. Eu aprendi que a maneira errada de demitir alguém é construir essa conversa. Na verdade, você [tem que] já começar dizendo "Eu sinto muito. Vou ter que deixar você ir". Você diz primeiro, para ficar super claro. Onde você está procurando crescer? Você está focado em mercados emergentes específicos ou novos grupos demográficos? Os mercados são importantes. No momento, temos usuários em todos os países do mundo. Os que são nosso grande foco são EUA, Reino Unido, Alemanha, França, Japão, China, Brasil, América Latina de língua espanhola, Índia, Itália e Turquia. Posso ter esquecido um, mas esses são os países onde temos pessoas no local e onde estamos investindo. Você acha que um aplicativo como o Duolingo pode estar se tornando um método alternativo para educação ou outras habilidades de forma mais ampla? Sim, acho que você pode aprender outras habilidades, mas não acho que um aplicativo substituirá escolas ou universidades. Isso porque escolas e universidades atendem a outros propósitos. Escolas, por exemplo, atendem ao propósito de cuidar de crianças. E universidades, você aprende a ser um adulto. Mas acho que você conseguirá aprender quase tudo em um aplicativo. Além disso, de um ponto de vista global, [muitas] pessoas não têm acesso a um bom professor ou a uma boa educação. Então, espero que consigam aprender com isso. Você vê o Duolingo ocupando esse espaço? Eu gostaria disso. Não sei se conseguiremos ensinar tudo, mas eu gostaria disso. Veja também: 5 dicas práticas para sua empresa bombar com vídeos na web Vídeos de cravos e unha encravada fazem profissionais faturarem mais



Entenda em que situações a Enel pode perder o contrato de fornecimento de energia em São Paulo


15/10/2024 18:10 - g1.globo.com


Aneel pode considerar histórico de apagões da Enel ao recomendar cassação ou prorrogação do contrato da distribuidora em São Paulo. A demora da Enel para retomar o fornecimento de energia em São Paulo, depois de temporal na sexta-feira (11), tem provocado novos questionamentos sobre a possibilidade de cassar o contrato da distribuidora. No sábado (12), a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) disse que iria intimar a Enel a apresentar uma proposta de melhoria dos serviços. Se o plano for considerado inadequado, o processo pode levar à cassação do contrato. A caducidade ou cassação do contrato é uma recomendação da Aneel, quando a agência verifica que a empresa vem descumprindo obrigações contratuais e não tem condições de manter a prestação dos serviços à população. Além disso, falhas em manter níveis mínimos de qualidade dos serviços também podem levar ao processo de caducidade, embora sejam incomuns. Enel pagou menos de 20% da multa recebida Nesta reportagem, você vai saber se: o apagão pode justificar a cassação? quais as etapas para uma eventual cassação? quais são as outras punições previstas? o que pode levar à cassação? O apagão pode justificar a cassação? Segundo o advogado Henrique Reis, do escritório L.O. Baptista, o fato de a área de atuação da Enel já ter passado por apagão em novembro de 2023 pode representar reincidência de descumprimento de obrigações pela empresa. “A Aneel pode sim aplicar multa por esse fato agora [se considerar que houve falhas na retomada da energia em São Paulo depois de sexta] e considerar a recorrência como, vamos dizer, você é um ‘descumpridor contumaz’ das normas, da regulação”, declarou. No início deste ano, a Aneel aplicou uma multa de R$ 165,8 milhões pela demora da Enel em retomar a energia no apagão de 2023. Contudo, a empresa entrou na Justiça para suspender a penalidade. De acordo com Reis, a agência também pode considerar o histórico de descumprimento da Enel ao recomendar ao ministério a cassação do contrato. Além disso, na hora de verificar a possibilidade de prorrogar o contrato da distribuidora em São Paulo, Aneel e ministério vão apurar se a Enel cumpriu com os indicadores globais de continuidade do serviço --tempo e frequência média de interrupções no fornecimento de energia. O contrato vence em 2028 e a empresa pode pedir sua renovação. Esse processo depende de análise da Aneel. Quais as etapas para uma eventual cassação? O Ministério de Minas e Energia é o responsável por decidir se acata ou não a recomendação. Se o governo decidir aceitar o cancelamento do contrato, a área de atuação da Enel pode ser cedida a outra empresa. O cancelamento de um contrato de distribuição é um processo demora, que passa pelas seguintes etapas: 💡 análise preliminar da Aneel; 💡 caso a agência encontre transgressões, a empresa terá um prazo para regularizar sua situação; 💡 se a Aneel verificar que não houve regularização, pode abrir processo de cassação, com direito a defesa pela empresa; 💡 decisão da diretoria Aneel sobre recomendar cancelamento do contrato; 💡 decisão do Ministério de Minas e Energia para cassar o contrato. Para a advogada Bruna Correia, do escritório BMA Advogados, o nível de transgressão da distribuidora tem que ser "severo e recorrente" para justificar a cassação de seu contrato. "Se [a Aneel] perceber que o melhor para a prestação do serviço público e para o consumidor final é a caducidade, aí sim pode ter a recomendação de caducidade", declarou. Quais são as outras punições previstas? A cassação do contrato não é a única consequência possível do processo aberto pela Aneel. O processo pode resultar em outras penalidades, menos graves que a rescisão do contrato, como: 💡 advertência 💡 multa 💡 obrigação de tomar alguma medida específica 💡 intervenção na empresa Além disso, segundo interlocutores consultados pelo g1, a Aneel também pode restringir os dividendos repassados aos acionistas da Enel ou mesmo impedir que o grupo econômico adquira novas concessões. O que pode levar à cassação? A cassação do contrato precisa da comprovação de que a distribuidora descumpriu regras ou não tem condições técnicas, operacionais ou financeiras de manter a prestação dos serviços. A lei das concessões estabelece os seguintes motivos para o governo federal declarar a extinção dos contratos: 💡 ineficiência ou inadequação da prestação do serviço à população, “tendo por base as normas, critérios, indicadores e parâmetros definidores da qualidade do serviço”; 💡 descumprimento de cláusulas contratuais, legais ou regulamentares; 💡 paralisação do serviço, exceto em “caso fortuito ou força maior”; 💡 perda de condições econômicas, técnicas ou operacionais para manter a prestação dos serviços; 💡 descumprimento de penalidades; 💡 não atendimento de intimação do governo para regularizar a prestação dos serviços; 💡 não atendimento de intimação do governo em até 180 dias.



Caixa vai reduzir cota de financiamento para imóveis de até R$ 1,5 milhão e exigir entrada maior de compradores; entenda


15/10/2024 16:45 - g1.globo.com


Alterações valem a partir de 1º de novembro. Com isso, clientes precisarão dar pelo menos 30% do valor do imóvel de entrada pelo sistema de amortização SAC e 50% pelo sistema Price. Caixa Economica Federal em Cacoal Magda Oliveira/G1 A Caixa Econômica Federal fará alterações nos financiamentos para imóveis de até R$ 1,5 milhão a partir de novembro e passará a exigir um valor de entrada maior dos compradores. Segundo a Caixa, nos empréstimos feitos com recursos do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE), o banco passará a financiar a compra ou a construção individual de imóveis que tenham valor de avaliação ou de compra e venda limitado a R$ 1,5 milhão. No modelo atual não existe limite na modalidade. O cliente também não poderá ter outro financiamento habitacional ativo com a Caixa. LEIA MAIS Financiamento imobiliário: veja como pedir o crédito para o banco, e saiba o que pode facilitar a aprovação Portabilidade do financiamento imobiliário: entenda o que é e como fazer Além disso, outra mudança acontecerá nas cotas de financiamento admitidas pelo banco. A partir de novembro, a Caixa só financiará até 70% do valor do imóvel pelo Sistema de Amortização Constante (SAC). No modelo atual, válido até o final deste mês, a cota admitida é de até 80% do valor do imóvel. Já pelo sistema Price, o banco passará a financiar até 50% do valor do imóvel. Nesse caso, a cota era de 70%. Pelo sistema SAC, o valor total das prestações pagas vai diminuindo ao longo do tempo, por conta da parcela decrescente de juros. Já no sistema Price, o valor total é constante durante o prazo contratado. Na prática, isso significa que os compradores precisarão dar um valor maior de entrada no imóvel. Veja os exemplos abaixo. 🏠 Modelo SAC Modelo atual: se um imóvel vale R$ 800 mil, a Caixa financia até R$ 640 mil (80%). Nesse caso, o mutuário paga 20% do valor do imóvel como entrada, ou seja, R$ 160 mil. Novo modelo: a partir de novembro, o mesmo imóvel de R$ 800 mil terá até R$ 560 mil (70%) financiados pela Caixa. Os outros 30%, por sua vez, ficam a cargo do tomador (R$ 240 mil). 🏠 Modelo Price Modelo atual: se um imóvel vale R$ 800 mil, a Caixa financia até R$ 560 mil (70%). Nesse caso, o mutuário paga 30% do valor do imóvel como entrada, ou seja, R$ 240 mil. Novo modelo: a partir de novembro, o mesmo imóvel de R$ 800 mil terá até R$ 400 mil (50%) financiados pela Caixa. Os outros 50%, por sua vez, ficam a cargo do tomador (R$ 400 mil). Segundo a Caixa, a alteração nas cotas de financiamento e a limitação no valor do imóvel a R$ 1,5 milhão não se aplicam às unidades habitacionais vinculadas a empreendimentos financiados pelo banco. Nesse caso, mantêm-se as condições vigentes atualmente. As propriedades já adquiridas também não terão as regras de financiamento alteradas. A Caixa informou que as novas medidas não terão prazo de validade, ou seja, as mudanças podem ser permanentes. G1 em 1 minuto: Financiamento imobiliário: veja como pedir o crédito para o banco Falta de recursos A redução das cotas de financiamento e a limitação no valor do imóvel vêm diante da crescente demanda por imóveis no mercado brasileiro e pelo maior volume de saques da caderneta de poupança — origem dos recursos utilizados pela Caixa para os empréstimos via SBPE. Segundo dados recentes do Banco Central do Brasil (BC), a caderneta de poupança registrou o maior volume de saques líquidos do ano em setembro, totalizando R$ 7,1 bilhões. Esse também foi o terceiro mês seguido de retiradas. Em nota, a Caixa informou que a carteira de crédito habitacional do banco deve superar o orçamento aprovado para o ano de 2024. Atualmente, a instituição é responsável por quase 70% do mercado. O banco concedeu neste ano até setembro R$ 175 bilhões de crédito imobiliário, o que representa um aumento de 28,6% em relação ao mesmo período de 2023. Foram 627 mil financiamentos de imóveis. Em relação às contratações com recursos da poupança (SBPE), a Caixa apresenta uma participação de mercado de 48,3%, correspondendo a R$ 63,5 bilhões das operações realizadas pelo banco até setembro. "A Caixa estuda constantemente medidas que visam ampliar o atendimento da demanda excedente de financiamentos habitacionais, inclusive participando de discussões junto ao mercado e ao Governo, com o objetivo de buscar novas soluções que permitam expansão do crédito imobiliário no país, não somente pela Caixa, mas também pelos demais agentes do mercado", afirmou o banco em nota oficial.



Horário de verão: governo analisa novos estudos e pode fazer anúncio nesta quarta


15/10/2024 15:37 - g1.globo.com


Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) deve apresentar novos dados sobre o tema ao Ministério de Minas e Energia. Adiantamento dos relógios pode gerar economia de R$ 400 mi. Quem defende o horário de verão diz que ele permite aproveitar mais os espaços públicos Getty Images via BBC O Ministério de Minas e Energia deve anunciar nesta quarta-feira (16) a decisão sobre se o governo vai adotar o horário de verão em 2024. Integrantes do governo disseram ao g1 que o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) deve apresentar novos estudos sobre as condições de atendimento de energia aos consumidores e eventuais mudanças no cenário hidrológico. No final de setembro, o ONS já havia apresentado um estudo que indicava a necessidade, do ponto de vista energético, de adoção do horário de verão neste ano. Segundo o operador do sistema, o adiantamento dos relógios deve ajudar a economizar R$ 400 milhões em 2024. No último dia 8, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, disse que o horário de verão só deve voltar em 2024 se for "imprescindível" "Isso que estou fazendo é serenidade, equilíbrio, diálogo, para que a gente só faça na imprescindibilidade, se não for imprescindível, vamos esperar o período chuvoso", disse o ministro em entrevista a jornalistas. Economia de R$ 400 milhões Presidente Lula vai decidir sobre volta do horário de verão 💡A adoção do horário de verão em 2024 pode levar a uma economia de R$ 400 milhões, segundo estudo do ONS. Se adotado a partir de 2026, a economia pode aumentar para R$ 1,8 bilhão por ano. Isso porque o adiantamento dos relógios deve melhorar o aproveitamento das fontes de energia solar e eólica, além de reduzir a demanda máxima em até 2,9%. Desde a sua adoção, que passou a ser anual a partir de 1985, o horário de verão tem a intenção de promover uma economia no consumo de energia, uma vez que as pessoas teriam mais tempo de luz natural. No entanto, por conta da mudança de comportamento da sociedade, a medida foi deixando de ser eficaz. Até que, em 2019, o então presidente Jair Bolsonaro (PL) suspendeu o adiantamento dos relógios. O horário de verão volta à tona em 2024 não por sua eficácia para economizar energia, mas por ser uma alternativa de aproveitamento da geração de energia solar, reduzindo o acionamento de termelétricas – mais caras e poluentes. Isso acontece porque as usinas eólicas e solares dependem da incidência de vento e sol, que não são perenes, para gerar energia. As usinas eólicas geram mais na madrugada e pela manhã, enquanto as solares geram durante o dia. Ao deslocar os relógios, os padrões de consumo também mudam, encaixando-se em melhores momentos de geração para essas duas fontes, que são também mais baratas que as térmicas.



Lula precisa melhorar vida da classe média para fortalecer democracia, diz Acemoglu


15/10/2024 14:56 - g1.globo.com


Para autor de 'Por que as nações fracassam', ganhador do Nobel de Economia 2024, Lula e Biden não estão fazendo o suficiente para recuperar eleitores desencantados com a democracia. E Brasil precisa ir além do combate à desigualdade e dos programas sociais. Para autor de 'Por que as nações fracassam', Lula e Biden não estão fazendo o suficiente para recuperar eleitores desencantados com a democracia. Adam Glanzman/MIT News via BBC Combater a desigualdade é importante, mas não é suficiente para o Brasil fortalecer sua democracia sob o novo governo, acredita o economista Daron Acemoglu, coautor do best-seller Por que as nações fracassam e que está prestes a lançar no país seu novo livro Poder e progresso. "Ao menos que Lula encontre uma forma de atrair uma parcela significativa da população que se desencantou com a democracia brasileira, não será um caminho fácil", diz Acemoglu, professor do MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts, na sigla em inglês), em entrevista exclusiva à BBC News Brasil, concedida em setembro de 2023. Nesta segunda-feira (14/10), o economista ganhou o Prêmio Nobel de Economia 2024 ao lado de Simon Johnson e James A. Robinson por suas pesquisas que analisam as disparidades de prosperidade entre as nações. Para Acemoglu, o presidente brasileiro precisa ir além dos programas sociais para vencer a polarização do país. "É preciso criar melhores oportunidades de emprego para a classe média trabalhadora, para pessoas do setor agrícola", sugere o economista turco-americano, de etnia armênia. "O mesmo vale para os Estados Unidos – não acredito que você vá trazer de volta os eleitores de [Donald] Trump criando um programa de transferência de renda maior. Mas há uma chance maior de trazê-los de volta mostrando que um governo democrático cria empregos para eles, lhes dá melhores escolhas e lhes permite viver suas vidas da forma que eles quiserem." Nobel de Economia vai para pesquisadores que estudam diferença na prosperidade das nações; Bruno Carazza comenta Em Por que as nações fracassam (de 2012, relançado no Brasil pela editora Intrínseca em 2022), Acemoglu e James A. Robinson analisaram os motivos que levam alguns países a enriquecer e outros a permanecer na pobreza. Em O Corredor Estreito (de 2019 e publicado pela Intrínseca em 2022), os mesmos autores avaliam por que alguns países conseguem conquistar a liberdade e a democracia, enquanto outros vivem em tiranias ou autocracias. Já no recém-lançado Poder e progresso (de 2023, lançado no Brasil pela Objetiva em abril deste ano), Acemoglu e o também economista e seu colega de Nobel Simon Johnson analisam como, ao longo da história, diferentes escolhas levaram o avanço tecnológico a servir ao interesse das elites ou a um crescimento inclusivo, garantindo também a melhora de vida dos trabalhadores. Para os economistas, é possível um futuro onde a inteligência artificial (IA) e as novas tecnologias digitais sejam usadas para empoderar os trabalhadores, e não para a vigilância e automação crescentes. Mas, para isso, é preciso fazer escolhas que levem as novas tecnologias nessa direção. À BBC News Brasil, Acemoglu falou sobre a recente expansão do Brics (bloco formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) e como ela representa, na visão dele, uma "oportunidade perdida" para os países emergentes assumirem uma voz independente nesse debate. Para o economista, países como o Brasil têm um duplo desafio: o de regulamentar as novas tecnologias para que elas não prejudiquem suas populações, sem prejudicar o avanço delas – num contexto em que as nações emergentes ainda estão atrasadas na curva tecnológica. Acemoglu diz ainda não acreditar na renda básica universal como uma solução para a ameaça que a inteligência artificial representa ao futuro do trabalho. "Não acho que estamos condenados a substituir o trabalho humano", afirma o economista. "Há um caminho alternativo e esse caminho é usar a inteligência artificial de maneira mais em favor do ser humano, em favor do trabalhador. Ao colocar tanta ênfase na renda básica universal, assumimos uma postura derrotista", defende. Confira abaixo os principais trechos da entrevista. BBC News Brasil – Em anos recentes o senhor esteve pessimista em relação ao Brasil, tendo dito que estávamos sob risco de destruir nossa democracia. O senhor acredita que esse risco passou? Daron Acemoglu – É claro que eu estou muito feliz que [Jair] Bolsonaro não foi reeleito. E estou cautelosamente otimista que agora há espaço para reconstruir a democracia brasileira. Mas sigo preocupado com o fato de que o Brasil ainda é um país muito polarizado. E que essa polarização pode atrapalhar o fortalecimento da democracia. Acho que eu nunca fui pessimista ao ponto de pensar que o Brasil estava "condenado" a destruir sua democracia. Mas talvez minhas falas refletissem o fato de que, dez anos atrás, eu acreditava que a democracia brasileira estava muito segura, apesar de todos os escândalos de corrupção e todos os problemas que estavam acontecendo. [Eu acreditava] que o Brasil nunca voltaria a uma ditadura militar. Mas, sob o governo Bolsonaro, houve momentos em que passei a temer. Quando o presidente de vocês começou a pedir intervenção militar e a dizer que ele sentia saudade do tempo em que os militares mandavam no país. E ele se manteve muito popular, quase 50% dos brasileiros o apoiavam. Então eu acredito que isso é a polarização. Veja, Lula ter sido eleito é ótimo. Mas, ao menos que ele encontre uma forma de atrair uma parcela significativa da população que se desencantou com a democracia brasileira, não será um caminho fácil. O mesmo acontece nos EUA. Eu gosto de muitas das políticas da gestão [Joe] Biden, mas não acredito que elas sejam suficientes para ganhar de volta as pessoas que votaram em Trump e que se tornaram muito desiludidas com o sistema americano. 'Eu acreditava que o Brasil nunca voltaria a uma ditadura militar. Mas, sob o governo Bolsonaro, houve momentos em que passei a temer', diz Acemoglu. Getty Images via BBC BBC News Brasil – Então o que deve ser feito para assegurar que não voltemos àquele caminho de sentirmos que a democracia está sob ameaça? O senhor acredita que endereçar a questão da desigualdade no Brasil é uma das formas de garantir isso? Acemoglu – [Combater a] desigualdade é uma forma de garantir isso. Mas não pode ser apenas através de programas sociais. Acredito que é preciso criar melhores oportunidades de emprego para a classe média trabalhadora, para pessoas do setor agrícola... O mesmo vale para os EUA – não acredito que você vá trazer de volta os eleitores de Trump criando um programa de transferência de renda maior. Mas há uma chance maior de trazê-los de volta mostrando que um governo democrático cria empregos para eles, lhes dá melhores escolhas e lhes permite viver suas vidas da forma que eles quiserem. Acredito que os EUA e o Brasil têm muito em comum: são muito heterogêneos, têm sociedades muito diversas. É preciso respeitar essa diversidade e tentar criar mais e mais oportunidades para que as pessoas tenham boas condições de vida, e bons resultados econômicos dentro dessa diversidade. E eu acho que tanto a história do Brasil, como a dos EUA, mostra que, se você tenta eliminar essa diversidade de um jeito ou de outro, isso sai pela culatra. BBC News Brasil – O senhor também disse recentemente que o Brasil provavelmente não vai conseguir um crescimento significativo baseado apenas na exportação de commodities para a China. E que o país precisará em algum momento encontrar um outro caminho. O que o senhor vê para o futuro do Brasil? Acemoglu – O Brasil aspirou nos anos 1950 e 1960 a ser uma potência industrial. O país tem uma grande parcela de sua mão de obra educada. Tem uma quantidade de setores em que investiu muito no passado. Então acredito que o país precisa encontrar formas de estimular o setor privado. E o governo não pode fazer isso. O governo pode dar incentivos e ser um facilitador. Mas, no fim das contas, o setor privado precisa liderar um crescimento que não seja baseado apenas na exportação de commodities. No momento, eu não vejo isso acontecendo o suficiente. No Brasil, 'setor privado precisa liderar um crescimento que não seja baseado apenas na exportação de commodities', defende Acemoglu. Miguel Ângelo/CNI via BBC BBC News Brasil – O senhor acredita que o boom de industrialização que estamos vendo no México e na Índia pode ser exemplo para o Brasil? Acemoglu – Exatamente, mas talvez através de outros setores. O México tem vantagens comparativas em algumas coisas, facilitadas pela proximidade com os EUA. A Índia está apostando em outro conjunto de setores. Então o Brasil precisa encontrar em quais setores tem capital humano, conhecimento especializado e que façam sentido diante da sua posição geopolítica. BBC News Brasil – E o momento político para isso é agora? Acemoglu – Certamente, porque essa é a forma de criar empregos melhores para as pessoas, considerando que algumas delas se tornaram muito desiludidas com o modelo de crescimento brasileiro. Acredito que isso é parte da razão pela qual elas apoiaram Bolsonaro. 'Ao menos que Lula encontre uma forma de atrair uma parcela significativa da população que se desencantou com a democracia brasileira, não será um caminho fácil', diz Acemoglu Reuters via BBC BBC News Brasil – Recentemente o senhor escreveu um artigo afirmando que a expansão do Brics anunciada em agosto é "a expansão errada do Brics". Por que o senhor pensa assim? Acemoglu – Fiquei muito surpreso e entristecido pela forma como essa expansão aconteceu, porque acredito que os países que foram adicionados estão em grande medida sob influência de Rússia e China. Então isso transforma o Brics em um eixo amplamente controlado pela China, quando eu penso que o que o mundo precisa é um agrupamento de economias emergentes que deveria ter um papel maior na diplomacia internacional, mas também ter voz em questões relacionadas ao comércio internacional, tecnologia, respostas globais na área de saúde. Então países como Brasil, Índia, Indonésia, Malásia, Turquia vão ter uma perspectiva que é muito diferente daquela da China – ou deveriam ter uma perspectiva muito diferente da China. Pense em todas as grandes questões que devem surgir nos próximos dez anos. Por exemplo: democracia. A China é a maior ameaça à democracia em nível global. É nisso que os países do Brics deverão trabalhar junto à China? Com relação à globalização, por exemplo, haverá grandes tensões entre EUA e China. E precisamos de uma voz do mundo emergente que seja neutra em relação a esses dois poderes hegemônicos. Isso não vai acontecer enquanto o grupo estiver sob influência de China e Rússia. Na tecnologia, serão necessárias grandes decisões sobre como a inteligência artificial deverá ser usada. E a China é a maior impulsionadora do uso da IA para vigilância, mas não é disso que o mundo em desenvolvimento precisa. Expansão anunciada em agosto 'transforma o Brics em um eixo amplamente controlado pela China', diz o professor do MIT. Ricardo Stuckert/Presidência da República via BBC BBC News Brasil – No seu artigo, o senhor reforça que as economias emergentes deveriam buscar influenciar o futuro da inteligência artificial e de outras tecnologias digitais. Por que isso é importante e por que o senhor avalia que isso não será possível sob a nova formação do Brics? Acemoglu – Porque a China tem interesses muito distintos em se tratando do uso da tecnologia. Por exemplo, algumas das grandes decisões sobre o futuro da inteligência artificial serão o quanto dela irá na direção de ferramentas autoritárias, censura, monitoramento, vigilância, reconhecimento facial versus ferramentas que vão de fato ajudar as pessoas comuns a se comunicarem e talvez até se engajarem em atividades dissidentes, incluindo organizações da sociedade civil, mídia de oposição, mídia crítica ao governo. A China está em uma das pontas dessa escolha. Outra grande escolha, que é muito relevante para Índia, Indonésia e Brasil, é como as tecnologias de IA serão usadas na produção. Elas serão mais pró-trabalhador ou mais contrárias ao trabalhador? Aí também a China tem claros incentivos, nesse caso, muito alinhados com o setor americano de tecnologia, de usar mais e mais [a inteligência artificial] para automação. Isso em parte porque a mão de obra chinesa está envelhecendo, mas também porque a China está muito preocupada com o descontentamento trabalhista. Então usar IA e outras tecnologias de automação é muito atrativo para as autoridades chinesas por esses motivos. Mas isso não é do interesse do Brasil, que tem uma imensa força de trabalho, que deveria ser uma de suas vantagens competitivas. Mas não será se a inteligência artificial e as tecnologias digitais forem direcionadas para mais automação. Acredito que o Brasil poderia ter tido um papel de liderança nisso. Penso que um grupo independente nas relações internacionais seria de grande valor e que foi uma oportunidade perdida. 'Brasil tem uma imensa força de trabalho, que deveria ser uma de suas vantagens competitivas. Mas não será se a inteligência artificial e as tecnologias digitais forem direcionadas para mais automação', diz o economista. Pedro Revillion/Palácio Piratini via BBC BBC News Brasil – Ainda no tema da China, como senhor vê a atual crise econômica por lá e isso pode, do seu ponto de vista, se tornar uma crise política maior e mudar de alguma forma a trajetória autoritária daquele país? Acemoglu – Acredito que estamos apenas no começo desse processo. Não espero que isso se transforme numa crise política no futuro próximo. Precisamente pela forma como a censura [chinesa] usa ferramentas de IA e como outras tecnologias repressivas têm sido utilizadas ao longo da última década na China, acredito que o espaço para protestos é limitado. Então, se você comparar a sociedade civil chinesa hoje com aquela que prevalecia nos anos 2010, há uma grande diferença. Há muito menos liberdade, muito menos organização. [Naquele momento] havia pessoas defendendo os diretos dos trabalhadores rurais, de proprietários de terras, tratando de questões ambientais. Havia uma pequena quantidade de imprensa "semi livre", havia [protestos pela democracia em] Hong Kong. E tudo isso foi suprimido. Então eu não espero que a crise econômica leve imediatamente a uma crise política. Mas a China está enredada em um impossível paradoxo. BBC News Brasil – O que o senhor quer dizer com isso? Acemoglu – Eu explico. O impossível paradoxo é que eles querem crescimento econômico, mas estão muito preocupados que, à medida em que a economia cresce, a classe média fará mais demandas, enfraquecendo o controle do Partido Comunista da China. Assim, junto com o crescimento, há mais e mais controle governamental. Mas isso, por sua vez, cria ineficiências tanto no curto, quanto no longo prazo. Reduz a independência das empresas, desencoraja o verdadeiro potencial de inovação, leva a mais e mais má alocação de capital. Então a solução criada pelo governo é mais intervenção governamental na economia e ainda mais repressão, para que o descontentamento gerado por isso não resulte em oposição ao Partido Comunista. É, portanto, uma "bola de neve" e é essa a natureza do paradoxo. Agora, eu não acredito que isso possa durar para sempre. Então creio que, em cerca de dez anos, haverá uma crise política. Mas, no momento atual, eu não acredito que a sociedade civil, a imprensa ou qualquer tipo de organização seja forte o suficiente para que isso aconteça. China quer crescimento econômico, mas está preocupada que, à medida em que a economia cresce, a classe média fará mais demandas, enfraquecendo o controle do Partido Comunista chinês, considera Acemoglu Getty Images via BBC BBC News Brasil – Mudando de assunto para seu novo livro, Poder e progresso. Nele, o senhor diz que o mundo está vivendo uma "ilusão da inteligência artificial". O que significa isso? Acemoglu – Deixe-me primeiro fazer uma introdução, dizendo que eu acredito que as tecnologias de IA, incluindo a recente IA generativa [inteligência artificial capaz de gerar textos, imagens ou outras mídias em resposta a solicitações em linguagem comum, como o ChatGPT da OpenAI e o Bard da Google] são promissoras. Então não estou questionando que haja valor social e econômico a serem obtidos a partir dessas tecnologias. Mas a ilusão é acharmos que podemos substituir e escantear os seres humanos. Isso é sintetizado pela busca por uma inteligência artificial geral [AI que teria a capacidade de aprender e desempenhar qualquer tarefa realizada por um ser humano] ou superinteligência. É sintetizado também pelo esforço incessante por automatizar o trabalho e resumir e capturar toda a sabedoria humana em tecnologias simples como o ChatGPT. As razões por que isso é uma ilusão são duas. A primeira é que eu acredito que, no fim das contas, mesmo com mais avanços, a criatividade humana será central e muito importante, tanto para a dignidade do trabalho humano e dos seres humano, como também para a eficiência produtiva. Em segundo lugar, ainda mais no curto prazo, essas tecnologias têm muitas limitações, então escantear os humanos leva a um caminho de ineficiência. E não estaremos obtendo os benefícios que poderíamos a partir dessas tecnologias. 'A ilusão é acharmos que podemos substituir e escantear os seres humanos. Isso é sintetizado pela busca por uma inteligência artificial geral', diz Acemoglu Anadolu Agency/Getty Images via BBC BBC News Brasil – O senhor também acredita que há um certo otimismo, certo? Quer dizer, haveria uma crença de que tudo isso será para o bem. E você diz que não necessariamente, que é preciso intervir para que essas tecnologias tragam resultados positivos. O senhor pode explicar isso melhor? Acemoglu – Toda essa busca por uma inteligência artificial geral vem combinada com um profundo "tecno otimismo". E esse tecno otimismo tem alguns desdobramentos. Primeiro, ele acredita que as máquinas se tornarão muito melhores do que os seres humanos rapidamente. Segundo, que isso vai gerar valor econômico. E terceiro, que isso também vai criar soluções tecnológicas para muitos problemas. Então essa combinação faz muitos líderes do Vale do Silício e outras figuras de liderança defenderem uma perspectiva de adesão total: "Não se preocupem com problemas, privacidade, coleta de dados, desemprego, porque é tudo para o bem. Vamos rapidamente chegar a bons lugares. Vamos criar mais produção, soluções para os problemas climáticos, para as pandemias globais, para o câncer" e assim por diante. Mas, quando combinamos isso com minha afirmação anterior de que, na verdade, as capacidades da IA são exageradas no curto prazo e não vão se realizar nem no médio prazo – a não ser que elas sejam usadas para ampliar as capacidades e o poder de agência humano – então você percebe que isso não está caminhando para nenhum bom lugar. Estamos desempoderando as pessoas mais e mais e não chegaremos às soluções ou obteremos o valor econômico prometido. Então eu não sou um completo pessimista, mas digo que há formas melhores de usar essas tecnologias e é por isso que precisamos de uma intervenção. Porque a indústria americana e, por motivos distintos, a indústria chinesa, com a liderança do Partido Comunista, caminham para uma direção que não é boa. Não é democrática, não vai trazer em nenhum momento próximo os benefícios econômicos prometidos e há caminhos muito melhores disponíveis. BBC News Brasil – No livro, o senhor aponta que impor limites ao poder das grandes empresas de tecnologia e regulá-las são passos cruciais para um futuro melhor para as tecnologias digitais. Mas, no Brasil, tivemos uma experiência recente de o Congresso tentar passar uma lei contra a desinformação nas redes sociais e voltar atrás, sob pressão de empresas como Google e Facebook, com o Google chegando a postar anúncios contra a lei na página principal do seu buscador. É realmente possível os governos regularem as big techs no cenário atual? Acemoglu – Google, Facebook, Amazon vão fazer o que podem para barrar regulações, mesmo quando dizem ser a favor de regulações razoáveis, como disseram recentemente aos congressistas americanos. E sim, em lugares onde os limites quanto ao uso de propaganda são mais frouxos, como no Brasil, eles vão usá-la de forma mais abusiva. Mas acredito elas serem tão resistentes é uma prova de que é possível regular essas empresas. Se de fato a regulação não tivesse nenhum efeito, elas não estariam gastando milhões de dólares para lutar contra isso. E há um país que mostra como efetivamente as big techs podem ser reguladas: a China. Veja, eu não sou a favor do caminho chinês, me oponho fortemente ao Partido Comunista Chinês e não gosto dos seus métodos ou seus objetivos. Mas a China provou nos últimos cinco anos que eles podem de forma muito bem-sucedida regular as big techs. Então eu espero que não precisemos copiar os chineses – certamente não deveríamos copiar seus métodos antidemocráticos ou seus objetivos. Mas é uma prova de que regular é possível. Mas deixe-me dizer algo sobre Brasil, Índia, Turquia e outros países como estes. O problema aí é muito mais difícil porque, por um lado, você quer fazer o mesmo tipo de regulação e garantir que as mazelas dessas novas tecnologias não afetem a população. Mas, diferentemente dos EUA, por exemplo, esses países estão atrasados na curva tecnológica. Então, ao mesmo tempo, é preciso garantir que empresas e indivíduos tenham incentivos para adotar e aprender essas tecnologias rapidamente. Mas, ao fazer isso, é preciso não repetir os erros cometidos nos EUA. Então é um problema bastante difícil. No Brasil, o município de Maricá (RJ) mantém um dos maiores programas de renda básica do mundo e opera há dez anos a moeda social Mumbuca Rede Brasileira de Renda Básica via BBC BBC News Brasil – E por que o senhor acredita que a renda básica universal não é a solução para a ameaça que a inteligência artificial representa ao futuro do trabalho? Acemoglu – Se eu estivesse convencido de que não há nada que possamos fazer e muitos empregos irão desaparecer; de que existe acordo político para uma renda básica universal; e de que, numa sociedade sem uma renda básica universal, pessoas que recebessem uma renda básica não seriam classificadas como cidadãos de segunda classe, eu seria mais favorável a uma renda básica universal. Mas todas essas condições não se aplicam. Primeiro, eu não acho que estamos condenados a substituir o trabalho humano. Há um caminho alternativo e esse caminho é usar a IA de maneira mais em favor do ser humano, em favor do trabalhador. Ao colocar tanta ênfase na renda básica universal, assumimos uma postura derrotista, fechando as portas para esse caminho muito mais atraente. Segundo, mesmo se decidíssimos pelo caminho da renda básica, não acredito que o equilíbrio político permitiria uma renda básica universal generosa. Elon Musk, Mark Zuckerberg e os executivos da Google, que são tão resistentes a um pouquinho de regulação, não vão dizer: "Tudo bem, peguem metade da minha riqueza e destinem para uma renda básica universal." E terceiro, mesmo que isso acontecesse, essa ainda seria uma sociedade de duas castas. Teríamos 10%, 15% ou 20% da população que seriam os grandes advogados, engenheiros, inovadores e designers, que ganhariam todo o dinheiro e então dariam uma fração dele para o cuidado com as outras pessoas. E as pessoas que receberiam não fariam nada, só ficariam com as migalhas dos super ricos. Essa seria uma sociedade muito desigual e acho que não queremos isso. BBC News Brasil – Então o senhor acredita que a forma de lidar com o impacto da IA sobre o trabalho é mudar sua direção? Acemoglu – Exatamente. Redirecionar a mudança tecnológica, regular a forma como usamos a inteligência artificial e garantir mais controle governamental sobre as direções em que estamos colocando nossos esforços. Esta entrevista foi publicada em setembro de 2023 e atualizada em 14/10 de 2024 para refletir o Prêmio Nobel de Economia vencido por Acemoglu e dois outros economistas.



Como maior alta da pobreza em 20 anos afeta as crianças na Argentina de Milei


15/10/2024 14:56 - g1.globo.com


Mais da metade dos argentinos vive abaixo da linha da pobreza, incluindo duas em cada três crianças. Duas em cada três crianças na Argentina são pobres — elas sobrevivem com a ajuda do Estado e de refeitórios comunitários como este BBC "A situação está ruim há algum tempo, os salários não são suficientes para comer, e o auxílio estatal tampouco", diz Noelia, de 38 anos. Ela e os três filhos se alimentam com a ajuda do refeitório comunitário Pequeños Valientes, no bairro de El Claro, em Benavidez, localizado no chamado segundo "cordão" da região metropolitana de Buenos Aires. É a área mais populosa do país e com o maior número de "moradias pobres" ou assentamentos informais. "Ainda bem que temos isso. Às vezes, esta é a nossa única refeição do dia", ela conta à BBC News Mundo, serviço de notícias em espanhol da BBC, enquanto espera sua vez de pegar um recipiente cheio de polenta e molho de tomate. LEIA TAMBÉM Argentina: pobreza dispara e atinge 15,7 milhões de pessoas, afetando 52,9% da população Recessão na Argentina se aprofunda, com economia encolhendo mais do que o esperado Fim da euforia? Como está a economia argentina 9 meses depois da posse de Milei María José Games, que entrega a comida, fundou o refeitório há uma década com um grupo de mães que trabalhavam contra a violência de gênero. Ela conta que, no último ano, o número de famílias que vem pedir ajuda quase dobrou. "Depois da pandemia de covid-19, a situação havia melhorado, e ajudamos cerca de 70 famílias. Mas, no último ano, mais 60 se somaram. E há outras na lista de espera, porque não conseguimos dar conta", afirma. Ela acrescenta que várias pessoas estão na mesma situação de Noelia. "Para muitas famílias, esta é a única refeição do dia." "Às quartas-feiras, quando o refeitório não está aberto, comemos erva-mate cozida com pão em casa", diz Rosa, de 57 anos, que também aguarda sua vez de pegar uma porção de polenta. Noelia, Rosa e suas famílias são algumas das quase 25 milhões de pessoas que vivem abaixo da linha da pobreza na Argentina, como revelou recentemente um relatório do Instituto Nacional de Estatística e Censos (Indec). Os dados, que se referem ao primeiro semestre de 2024, mostram que no país há mais argentinos pobres do que não pobres: são quase 53%, ou seja, mais da metade da população. Às vezes, a comida entregue no refeitório é a única refeição do dia da família de Noelia BBC Mas a revelação mais dura é que os piores índices de pobreza e indigência ocorrem entre as crianças. Mais de 66% das crianças menores de 14 anos são pobres, ou seja: duas em cada três. Um relatório publicado pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) da ​​​​Argentina, em agosto, revelou que "todos os dias, um milhão de meninas e meninos vão dormir sem jantar no país". Enquanto isso, 1,5 milhão pulam uma refeição durante o dia. Aqueles que têm acesso à comida, não podem mais pagar o preço dos alimentos mais nutritivos. "Não comemos mais carne. Comemos macarrão com queijo e pronto", diz Noelia. Mesmo os refeitórios comunitários, muitos das quais dependem de ajuda privada, já não podem oferecer carne, legumes e frutas diariamente. "O quilo da carne custa quase 10 mil pesos (R$ 57)", diz José Cuello, que coordena outro refeitório, chamado Un Lugarcito, em um bairro a meia hora de distância. "Hoje, um dia de trabalho rende 15 mil." Argentina: preço da carne sobe 60% em agosto No país famoso por seu 'churrasco', comer carne se tornou um luxo, e muitos refeitórios, como o de José, costumam oferecer refeições à base de macarrão BBC A desnutrição infantil está causando estragos na saúde da população que representa o futuro da Argentina. Norma Piazza, pediatra especializada em nutrição, disse à agência de notícias Reuters que algumas crianças estavam sendo hospitalizadas com problemas neurológicos e convulsões devido à deficiência de vitaminas, como a B12, algo associado à falta de consumo de carne. "Estamos vendo casos de escorbuto, casos de lesões oculares por deficiência de vitamina A", acrescentou, se referindo ao nutriente essencial que é encontrado em muitos legumes, verduras, frutas e laticínios. "Estas coisas existiam na América Central, na África, na Ásia, mas nunca tínhamos visto pacientes aqui com lesões oculares por falta de vitamina A." O maior salto em 20 anos Os dados do Indec mostram que a pobreza registrou um enorme salto nos primeiros seis meses do governo de Javier Milei, que chegou ao poder em dezembro do ano passado: aumentou mais de 11 pontos desde o segundo semestre de 2023. Na prática, isso significa que mais de 5 milhões de pessoas passaram a viver em situação de pobreza no primeiro semestre deste ano. Destas, 3 milhões estão em situação de indigência (ou seja, não têm o suficiente para comer). Trata-se do maior aumento da pobreza nos últimos 20 anos. Embora os índices tenham aumentado nos últimos anos como consequência da longa recessão econômica e da inflação crescente, que está acima de 25% ao ano há mais de uma década e subiu de 100% para mais de 200% em 2023, o grande salto ocorreu no primeiro trimestre deste ano. Em apenas três meses, os preços aumentaram mais de 50%. O governo atribuiu a aceleração da inflação ao enorme aumento dos gastos públicos que o governo Kirchner realizou no ano anterior, durante a campanha eleitoral, em uma tentativa de se manter no poder. Mas um fator determinante foi a desvalorização de mais de 50% do valor do peso argentino, que Milei determinou assim que assumiu o cargo, e a liberação quase total de preços e taxas. Ao mesmo tempo, o governo realizou o maior ajuste fiscal da história, reduzindo quase um terço do gasto público. Milei cortou um terço dos gastos públicos em uma tentativa de ajustar a macroeconomia da Argentina e reduzir a inflação Getty Images via BBC Questionado sobre qual a responsabilidade do governo em relação aos novos índices de pobreza, o ministro da Economia, Luis Caputo, disse em entrevista ao canal de notícias LN+: "Deste governo, zero". "Evitamos que a pobreza fosse muito maior", ele acrescentou. De acordo com os libertários, as medidas que eles tomaram permitiram ao país evitar uma nova crise hiperinflacionária como a que sofreu em 1989, que dobrou os números da pobreza na época. "Hoje estaríamos falando de 95% de pobres", afirmou o próprio Milei em entrevista à apresentadora Susana Giménez - um dado que tem sido questionado por um grande número de economistas. Pobres com trabalho Os níveis de pobreza atuais só foram superados pelos registrados após a pior crise que a Argentina viveu, após a explosão econômica, política e social de dezembro de 2001. A pobreza atingiu 65,6% em 2002, um recorde desde que o Indec começou a monitorar a evolução deste fenômeno em 1988. Plano Cavallo: a ideia de dolarizar a Argentina que não deu certo Assim como agora, muitos sofreram o impacto de uma forte desvalorização do peso, que perdeu três quartos do seu valor em poucos meses. Mas outra grande parte do fenômeno se deveu ao desemprego, que também atingiu níveis recordes, ultrapassando 21%, o que deixou milhões de famílias sem sustento. Agora, porém, o desemprego é relativamente baixo, está em 7,6% (houve um aumento de 1,9 ponto no primeiro semestre, apesar dos temores de que o "ajuste" de Milei poderia levar a índices muito mais preocupantes). Por outro lado, os mais vulneráveis recebem atualmente uma série de auxílios financeiros — "planos sociais" —, que não existiam há duas décadas e que foram introduzidos após a crise de 2001-2002. Por que, então, a pobreza aumentou tanto? Quase metade dos trabalhadores são informais — e 70% são pobres Getty Images via BBC A explicação está na queda do poder de compra da renda, que não acompanhou o ritmo da inflação, levando a um fenômeno relativamente novo neste país: dos trabalhadores pobres. Um problema agravado pelo aumento do emprego informal — o setor com as rendas mais baixas —, que representa hoje cerca de 47% dos trabalhadores, segundo dados oficiais. Embora a renda venha perdendo valor há anos, essa perda foi aprofundada pela desvalorização e pelo salto inflacionário no primeiro trimestre deste ano. Segundo o Instituto Gino Germani, da Universidade de Buenos Aires (UBA), 70% dos trabalhadores não registrados estão abaixo da linha da pobreza. Enquanto 30% dos trabalhadores formais — mais de 2 milhões de pessoas — também são pobres. "Não me lembro de nenhuma vez na minha vida em que um dia de trabalho não fosse suficiente nem para comprar dois quilos de bife", disse José Cuello, do refeitório Un Lugarcito, à BBC News Mundo. 'Não é suficiente' O governo afirma que as medidas que está tomando, em particular os cortes drásticos nos gastos públicos, têm como objetivo reduzir a inflação, que é a principal razão pela qual as rendas perderam tanto valor. Além disso, elas têm como objetivo, segundo o governo, estimular o emprego privado, que está estagnado há mais de uma década, e reduzir o emprego estatal - área que nos últimos anos se tornou o principal gerador de empregos (e um grande ônus para os cofres públicos). Ao realizar o que o próprio Milei definiu como "o maior ajuste na história da humanidade", as autoridades asseguram ter fortalecido a assistência social para proteger os mais vulneráveis. Um relatório publicado no fim de setembro pelo Ministério do Capital Humano —criado pelo governo atual para agrupar as antigas pastas do Trabalho, da Educação, do Desenvolvimento Social e da Cultura — indicou que houve reajustes acentuados em três dos principais benefícios recebidos pelos mais pobres: Abono Universal por Filho: aumentou 374%; Cartão Alimentação (para comprar alimentos): aumentou 138%; Plano de 1.000 Dias (para crianças em seus primeiros três anos de vida): aumentou 1.323%. A assistência social do governo Milei concentra-se especialmente nas crianças Getty Images via BBC Segundo o governo, esta ajuda cobre "97,7% da cesta básica de alimentos", que é o que determina o nível de indigência, e é uma porcentagem muito maior do que nos governos anteriores. Mas este cálculo leva em conta apenas as necessidades de uma criança, supondo que é filho único. Se considerarmos uma família com dois adultos e duas crianças, o auxílio cobre 50% do custo dos alimentos básicos para não ser indigente. E se houver mais filhos — como costuma acontecer em muitas famílias de baixa renda —, o percentual é ainda mais reduzido. Gisela, de 31 anos, tem cinco filhos. Ela conta que embora a ajuda tenha aumentado, os preços aumentaram muito mais. "Não é suficiente", ela diz, enquanto espera pela porção de polenta. "Alguém fala: 'Você tem a ajuda do Estado'. Sim, mas assim como eles te ajudam, eles aumentam (os preços) das coisas para você." Ela se refere à liberação geral dos preços, principalmente dos alimentos, que eram regulamentados durante os governos Kirchner. E também ao aumento das tarifas: segundo o Instituto Interdisciplinar de Economia Política (IIEP), da UBA, a cesta básica de serviços de eletricidade, gás, água e transporte para uma família típica da região metropolitana de Buenos Aires aumentou 370% desde que Milei assumiu o cargo, mais do que o dobro da inflação acumulada durante esse período. A pobreza não fica abaixo de 25% na Argentina há 30 anos, mas ela dobrou nos últimos sete anos Getty Images via BBC No entanto, mesmo dentro do espectro ideológico a favor do governo, há dúvidas sobre o auxílio estatal. "A democracia nos trouxe liberdade, mas não progresso. Desde 1983 (fim da ditadura), a Argentina ganhou 17 milhões de habitantes: 14 milhões de pobres, e 3 milhões de não pobres", afirma um relatório publicado pela Fundação Pensar, do ex-presidente Mauricio Macri, aliado de Milei. O documento questiona a eficácia dos "planos sociais" e do emprego público como ferramentas para reduzir a pobreza. Apesar de a ajuda estatal ter "quase triplicado" nos últimos 15 anos, atualmente "um em cada dois argentinos, e sete em cada dez crianças são pobres", acrescenta. Também compara a Argentina, onde a pobreza dobrou desde 2017, com outros países da região que conseguiram reduzir esse índice desde 2011, como Chile (-26%), El Salvador (-22%) e México (-18%). 'Esperança' Após a publicação dos índices de pobreza, o governo destacou um dado promissor: o segundo trimestre apresentou uma melhora em relação ao primeiro, uma tendência que — eles asseguram — vai continuar. "Os diferentes indicadores estão mostrando que chegamos ao piso da economia entre abril e maio e que, a partir de agora, só há boas notícias", afirmou o presidente à apresentadora Susana Giménez, três dias após a divulgação dos novos dados do Indec. Milei está confiante de que a Argentina vai se recuperar em breve Getty Images via BBC No domingo, Luis Caputo se mostrou igualmente otimista, especialmente diante da queda da inflação, que começou o ano acima de 20% ao mês e, em setembro, caiu para 3,5%. "Na medida em que há menos inflação, há mais estabilidade, o que gera melhores expectativas econômicas. A Argentina é um país rico em oportunidades, por isso, deve oferecer uma estrutura macroeconômica estável, e os investimentos começam a chegar. E já estamos vendo isso", ele afirmou. O ministro pediu à população para ter fé que as coisas vão melhorar. "Aos que estão passando por momentos difíceis hoje, digo que tenham mais esperança do que nunca, que o pior já passou, e hoje podemos começar a mostrar resultados", ele disse ao LN+. "Vocês têm esperança?", pergunto ao grupo de mulheres que está aguardando sua porção de comida no bairro El Claro. "Na verdade, não, porque estamos cada vez pior", respondeu Gisela, enquanto as demais balançavam a cabeça de um lado para o outro, indicando uma resposta negativa. No refeitório Un Lugarcito, fiz a mesma pergunta a um grupo de crianças. Vocês acham que vão estar em uma situação melhor no futuro, como diz o governo? "Sim, porque vou ser traficante", respondeu um menino de 12 anos, um dos vários que abandonou a escola porque "não entendia nada". Embora a resposta tenha arrancando risadas dos amigos, um dos membros mais velhos do grupo garantiu, com toda a seriedade, que naquele bairro vender drogas "é uma boa oportunidade de trabalho". O maior desafio do país é tirar milhões de crianças da marginalidade Getty Images via BBC Proporcionar um futuro melhor a estas crianças, criadas por famílias que há gerações dependem da ajuda do Estado e de empregos informais, é, sem dúvida, o maior desafio que a Argentina enfrenta hoje. Muitos dos 56% dos argentinos que votaram em Milei em dezembro do ano passado compartilham da sua crença de que, sem mudanças drásticas, a situação só iria piorar. Uma pesquisa realizada pela Universidade de San Andrés, em julho, mostrou que, embora metade dos entrevistados (49%) tenha dito que a situação do país havia piorado durante o primeiro semestre deste ano, 43% acreditavam que as coisas iriam melhorar. Mas a deterioração da imagem do presidente nas últimas pesquisas sugere que um número cada vez maior de pessoas está começando a duvidar se as duras medidas implementadas pelo economista libertário vão reverter esta tendência ou se vão afundar o país num buraco ainda mais profundo.



Comissão do Senado aprova projeto que torna recursos do Pronampe permanentes


15/10/2024 13:57 - g1.globo.com


Programa foi criado durante a pandemia e disponibiliza empréstimos para micro e pequenas empresas. Se não houver recurso, texto segue direto para a análise da Câmara. A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado aprovou nesta terça-feira (15) um projeto que assegura recursos de forma permanente para o Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe). O Pronampe é um programa que disponibiliza empréstimos para micro e pequenas empresas com juros mais baixos e prazo maior para começar a pagar. O projeto tramita na CAE em caráter terminativo e, se não houver recurso para ir a plenário, vai direto para análise da Câmara. A proposta prevê que os valores não utilizados, bem como os valores recuperados, inclusive no caso de inadimplência, possam ser alocados ao fundo destinado ao Pé de Meia – programa de incentivo financeiro a alunos do ensino médio público. Isso poderá ser feito desde que, no mínimo, 50% do valor seja destinado à garantia de operações contratadas pelo Pronampe. Caso aprovada na Câmara, a medida passa a valer a partir de 1º de janeiro de 2025. Programa oferece crédito para micro e pequenas empresas; veja regras Atualmente, a lei prevê a disponibilidade de recursos do Pronampe somente até 2024. O autor do projeto, senador Esperidião Amin (PP-SC) justifica que "com a ausência de novos aportes no programa, há o risco de que o programa fique inoperante a partir de 2025". O relator da proposta, senador Laércio Oliveira (PP-PE), defendeu que "sem políticas públicas creditícias como o Pronampe, muitos micro e pequenos empresários não teriam acesso a crédito e, provavelmente, muitos teriam dificuldade em garantir o crescimento de seus negócios por não terem capital próprio suficiente". O programa, criado em maio de 2020 para ajudar empresários durante a pandemia, se tornou permanente em junho de 2021. Os bancos participantes do programa têm garantia contra inadimplência por meio do Fundo Garantidor de Operações (FGO). No entanto, a legislação atual prevê a concessão de crédito garantida pelo FGO apenas até o fim de 2024. O Pronampe é destinado a: microempresas, com faturamento de até R$ 360 mil por ano; pequenas empresas, com faturamento anual superior a R$ 360 mil e igual ou inferior a R$ 4,8 milhões.



Governo pode lançar medidas para cortar gastos após a eleição e deixar reforma do IR para 2025


15/10/2024 12:32 - g1.globo.com


A equipe econômica do governo Luiz Inácio Lula da Silva pode lançar, após as eleições, um pacote de medidas estruturais para cortar gastos públicos. A reforma da tributação da renda, já em elaboração, pode ficar para 2025. As sinalizações, feitas pelo ministro Fernando Haddad nesta segunda-feira (14), levaram a uma queda no valor do dólar e geraram otimismo no mercado. Haddad seguiu na linha de mostrar que vai continuar perseguindo o cumprimento da meta fiscal. Entre as medidas em estudo pelos ministérios da Fazenda e do Planejamento, o governo pode propor mudanças em regras de benefícios como abono salarial, BPC (Benefício de Prestação Continuada) e seguro-desemprego para corrigir falhas e distorções nestes programas. Dados do governo indicam um aumento nos gastos com esses benefícios, em um momento no qual a economia está crescendo. Além disso, Haddad, indicou que a reforma do Imposto de Renda pode ficar para o próximo ano. O texto, de viés mais populista, diminui a arrecadação de impostos e – se não for devidamente compensado – pode ampliar o buraco nas contas públicas. Recentes falas do presidente Lula de que iria garantir a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil, cumprindo uma promessa de campanha, levantaram dúvidas sobre como o governo iria bancar a medida. Haddad diz que governo trabalha para colocar contas públicas em ordem; Bruno Carazza comenta Galípolo também deu sinal positivo Outro fator que pesou positivamente ontem foi a primeira fala do futuro presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, depois de ser aprovado pelo Senado. Ele reforçou que o Banco Central sob sua gestão vai seguir perseguindo o cumprimento da meta de inflação, tomando todas as medidas necessárias para garantir esse objetivo.



Dólar fecha em R$ 5,65 e tem maior patamar desde agosto, com petróleo e eleições dos EUA no radar; Ibovespa tem leve alta


15/10/2024 12:05 - g1.globo.com


A moeda norte-americana teve alta de 1,33%, cotada a R$ 5,6565. Já o principal índice de ações da bolsa encerrou com um avanço de 0,03%, aos 131.043 pontos. Cédulas de dólar bearfotos/Freepik O dólar fechou em forte alta nesta terça-feira (15), encerrando o pregão no maior patamar desde 6 de agosto, quando encerrou a R$ 5,6561. Sem grandes destaques na agenda econômica, a principal pressão na moeda brasileira veio dos preços das commodities, principalmente do petróleo, que caiu mais de 4% na sessão. O forte recuo nos preços da commodity veio na esteira das notícias de que Israel não atacaria as instalações nucleares ou petrolíferas do Irã, o que aliviou os temores de uma interrupção de oferta. A perspectiva de que a demanda pelo petróleo pode enfraquecer também teve influência no mercado. Ainda no exterior, investidores seguiram atentos à corrida presidente norte-americana e repercutiram novos balanços corporativos no país, com destaque para os resultados do Bank of America, Citigroup e Goldman Sachs. Já no Brasil, o destaque ficou com a notícia de que a equipe econômica do presidente Lula pode lançar um pacote de medidas para cortar gastos públicos após as eleições. O Ibovespa, principal índice acionário da bolsa de valores brasileira, a B3, encerrou em leve alta. Veja abaixo o resumo dos mercados. MOTIVOS: Ibovespa tem melhor mês desde novembro, mas dólar não segue o entusiasmo DÓLAR: Qual o melhor momento para comprar a moeda? Dólar Ao final da sessão, o dólar subiu 1,33%, cotado a R$ 5,6565, no maior patamar desde 6 de agosto, quando fechou a R$ 5,6561. Na máxima do dia, chegou aos R$ 5,6648. Veja mais cotações. Com o resultado, acumulou: alta de 0,75% na semana; avanço de 3,85% no mês; ganho de 16,57% no ano. No dia anterior, a moeda norte-americana caiu 0,58%, a R$ 5,5821. O Ibovespa Já o Ibovespa encerrou com um avanço de 0,03%, aos 131.043 pontos. Com o resultado, acumulou: alta de 0,81% na semana; perdas de 0,59% no mês; recuo de 2,34% no ano. Na véspera, o índice subiu 0,78%, aos 131.005 pontos. O que está mexendo com os mercados O que está mexendo com os mercados? Sem grandes destaques na agenda de indicadores, as atenções dos investidores se voltaram para o noticiário local e internacional nesta terça-feira. No exterior, notícias de que Israel não vai atacar as instalações nucleares e petrolíferas do Irã aliviaram os temores de que uma escalada das tensões pudesse afetar a oferta de petróleo no país. Além disso, tanto a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) quanto a Agência Internacional de Energia cortaram suas previsões para o crescimento da demanda global pelo óleo em 2024, projetando uma menor demanda por parte da China. Diante desse cenário, os preços do petróleo caíram mais de 4% nesta terça-feira — o que impulsionou a moeda norte-americana pelo mundo. Ainda no exterior, novas pesquisas eleitorais sobre a corrida presidencial nos Estados Unidos ficaram no radar, com uma disputa acirrada entre o republicano Donald Trump e a democrata Kamala Harris. Nesta terça-feira, o candidato republicano afirmou que, se eleito, terá o direito de dizer ao Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) o que fazer com as taxas básicas de juros dos Estados Unidos. Ele afirmou, no entanto, que não ordenará o ajuste. No noticiário, destaque para o início da temporada de balanços nos Estados Unidos. Os bancos Bank of America, Citigroup e Goldman Sachs apresentaram resultados melhores que os projetados pelo mercado em seus balanços referentes ao terceiro trimestre, divulgados nesta manhã. Apesar de superarem as projeções, no entanto, alguns números vieram piores que os do ano passado. Já no Brasil, as atenções seguiram voltadas para o quadro fiscal. Conforme mostrou o blog do Valdo Cruz, dados do Governo Federal mostram um aumento nos gastos com benefícios sociais, em um momento em que a economia está crescendo e gerando novas preocupações em relação à inflação. Uma economia aquecida, com mais dinheiro na mão da população, tende a pressionar a inflação, que já vem subindo puxada pelos itens de preços monitorados, com destaque para energia elétrica. Nesse sentido, o governo pode propor mudanças em regras de benefícios como abono salarial, BPC (Benefício de Prestação Continuada) e seguro-desemprego para corrigir falhas e distorções nestes programas.



Apagão em SP: Lula quer que mandatos de diretores de agências reguladoras coincidam com o do presidente da República


15/10/2024 12:03 - g1.globo.com

Irritado com o apagão em São Paulo e com a atuação da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva quer mudar as regras atuais sobre o mandato dos diretores de agências reguladoras. Em reunião com sua equipe, Lula defendeu que esses mandatos coincidam com o do presidente da República. Ou seja: que os diretores tenham mandato fixo, mas deixem os postos mais ou menos simultaneamente à troca no Palácio do Planalto. Como argumento, Lula citou o fato de, atualmente, a Aneel ter apenas diretores nomeados pelo ex-presidente Jair Bolsonaro. Se for levada adiante, a proposta de mudança deve enfrentar forte resistência no Congresso. Hoje, o sistema das agências reguladoras é de mandatos "não coincidentes", o mesmo adotado no Banco Central. Por ele, o novo presidente precisa conviver com diretores que não escolheu – e ir, gradualmente, substituindo os diretores conforme esses mandatos chegam ao fim. O sistema existe justamente para garantir a independência dessas entidades e evitar que elas sejam subordinadas ao governo de plantão. Um assessor de Lula disse ao blog que a proposta pode até ser incluída num projeto – mas pode não ter viabilidade em um Congresso conservador e mais liberal. Aneel abre apuração que pode terminar com quebra de contrato com a Enel em SP Projeto pode mudar regras das agências Como anteciparam as colunistas Julia Duailibi e Ana Flor, Lula encomendou à Advocacia Geral da União um projeto alterando as regras das agências reguladoras, para que elas sejam obrigadas a seguir determinadas medidas para defender principalmente o consumidor. Durante a reunião no Palácio do Planalto, Lula acusou a Aneel de defender mais as concessionárias do que os consumidores. A agência nega. Na avaliação da equipe de Lula, o clima atual, com seguidos apagões em São Paulo, pode contribuir para a aprovação de um projeto com novas regras para as agências reguladoras. A relação do presidente com elas nunca foi harmônica. Recentemente, Lula criticou a Anvisa e, depois, foi obrigado a dar uma recuada nas críticas. O PT nunca foi muito a favor das agências reguladoras por avaliar que elas tiram poder do Executivo. A Aneel tem cinco diretores, mas uma diretoria está vaga desde maio e o governo não consegue acordo no Senado para aprovar um nome. Há uma disputa dentro da base aliada pela indicação do diretor. Os quatro diretores atuais foram todos nomeados no período de Bolsonaro: diretor-geral Sandoval Feitosa, com mandato até 08/2027; diretor Ricardo Tili, com mandato até 05/2025; diretor Fernando Mosna, com mandato até 08/2026, e diretora Agnes da Costa, com mandato até 12/2028. 3° dia do apagão: Mais um pátio da Enel repleta de carros na manhã desta segunda, na Zona Leste de SP