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Prefeituras aprovam leis para criar mais de 70 loterias municipais; governo diz que são irregulares


05/10/2025 16:01 - g1.globo.com


Prefeituras aprovam leis para criar mais de 70 loterias municipais Desde que o governo federal regularizou, em dezembro de 2023, as apostas de quota fixa — as bets —, pelo menos 77 municípios brasileiros aprovaram leis para criar suas próprias loterias com cassino online. Esse movimento, no entanto, é considerado irregular pelo governo federal. Um levantamento realizado pelo g1 sobre as loterias municipais apontam que: Três das cidades tiveram leis aprovadas, mas ainda não foram sancionadas pelos prefeitos para entrarem em vigor; 39 leis foram sancionadas por prefeitos, mas ainda não avançaram; 17 prefeituras estão em fase de estudo ou de implantação da loteria; 17 municípios estão na última etapa: aguardam a conclusão de editais ou licitações para contratar empresas que irão operar as loterias e/ou bets; e uma está em funcionamento, em Bodó (RN). Dos 77 municípios com leis sobre loterias, 10 querem operar especificamente bets — como são chamados os sites que oferecem as apostas de quota fixa. Enquanto outras contemplam diferentes jogos, como sorteios de dezenas em datas e horários definidos. Bets terão que fechar contas de quem recebe Bolsa Família; governo publica novas regras O objetivo das prefeituras, segundo os documentos consultados pelo g1, é gerar arrecadação de forma prática e rápida para financiar serviços públicos, como saúde, educação e assistência social. Algumas leis municipais definem taxas sobre as empresas que operarem os jogos, que variam entre 2% e 5%. A 'brecha legal' e a interpretação dos municípios Apesar do avanço dessas iniciativas por parte dos municípios, a Secretaria de Prêmios e Apostas (SPA), do Ministério da Fazenda, considera que é irregular a criação dessas loterias municipais. A pasta afirma que a Lei 14.790/2023, que regulamentou as apostas de quota fixa, define que apenas a União, estados e o Distrito Federal podem explorar esse tipo de serviço. No texto da lei, municípios não são citados. Além dessa lei, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu em 2020 que a União não tinha exclusividade na exploração de loterias e estendeu esse direito aos estados. A partir disso, especialistas consideram que a falta de uma legislação sobre as cidades brasileiras abriu brecha para uma livre interpretação. Loterias municipais em funcionamento na cidade de Bodó (RN) Reprodução “A interpretação dos municípios é que, por não existir proibição expressa, eles estão autorizados a criar suas loterias municipais. Como a lei não diz nada especificamente sobre as cidades brasileiras e, até o momento, o Supremo não mandou suspender nada, [os municípios] podem legislar e explorar esse tipo de serviço”, analisa a professora Telma Rocha, de Direito Constitucional e Administrativo da Universidade Mackenzie Alphaville. O pesquisador da FGV Direito Rio e autor do livro “Direito e regulação das apostas no Brasil”, Luiz César Loques, diz por sua vez que “o boom do setor” de bets “fez com que municípios ficassem mais atraídos a explorar esse tipo de atividade”, com foco em arrecadar mais dinheiro enquanto aguardam que o STF analise uma ação que trata de loterias municipais. "O problema é que o STF [ainda] não se manifestou sobre o assunto", diz Loques. A Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 1212 vai decidir se as cidades podem ou não explorar esse tipo de atividade. A última movimentação aconteceu em 17 de setembro de 2025, quando houve repasse do texto à Procuradoria-Geral da República. Como funcionam as loterias municipais Até agora, apenas uma cidade colocou seu projeto em prática e tem loteria em funcionamento: Bodó, no Rio Grande do Norte. A Lotseridó foi sancionada em 3 de julho de 2024, pelo prefeito Marcelo Mário Porto Filho (PSD). As empresas que desejam operar jogos virtuais precisam se credenciar na plataforma do município, enviar relatórios mensais detalhados sobre transações e repassar 2% da receita bruta obtida. Conforme a lei aprovada, o montante arrecadado será destinado a programas de assistência social e desenvolvimento local Bodó autorizou 37 empresas a operar loterias municipais. Nenhuma dessas empresas está autorizada a prestar o serviço pela Secretaria de Apostas do Ministério da Fazenda. Informação que aparece no pé do site de uma empresa autorizada a oferecer serviço de loteria municipal em Bodó (RN) Print da tela do computador O governo federal informou que disponibiliza, em seu site, a lista de empresas de apostas de quota fixa autorizadas a funcionar em âmbito nacional. E notifica e solicita a derrubada pela Anatel à medida que identifica sites irregulares que ofereçam apostas ou loterias. Como o g1 mostrou em fevereiro, Bodó tem 2.363 habitantes e credenciou 38 casas de aposta -- número que representa uma empresa para cada 64 moradores. À época, a prefeitura afirmou que as empresas pagaram uma outorga de R$ 5 mil e que a autorização é exclusiva para operações dentro do limite geográfico do município. O g1 questionou novamente a Prefeitura de Bodó sobre o valor arrecadado desde o início da loteria municipal e o motivo de ter liberado empresas que não são autorizadas pelo Ministério da Fazenda, mas não recebeu uma resposta até a publicação desta reportagem. O Ministério da Fazenda notificou a prefeitura em fevereiro com alerta de que a prática de concessão de registros para apostas fere a legislação vigente sobre loterias no país. Riscos e próximos passos Segundo especialistas, a proliferação de loterias municipais pode trazer riscos para o mercado de apostas e para o apostador, entre eles: Proteção reduzida: a lei federal exige que empresas de apostas paguem uma outorga (uma espécie de taxa para funcionamento) de R$ 30 milhões e sigam rígidas regras de compliance. Com a criação de legislações municipais, essas exigências são reduzidas, o que pode diminuir a proteção do consumidor. Fiscalização difícil e mais cara: a professora Telma Rocha aponta que, caso todos os municípios criem suas próprias loterias, a União teria que fiscalizar serviços potencialmente explorados em mais de cinco mil cidades, não apenas os 181 sites liberados pelo governo federal. A consequência seria elevar significativamente os custos para o governo.



Ministra visita local de prova do CNU em Brasília: 'Expectativa muito boa e percentual alto de comparecimento'


05/10/2025 15:07 - g1.globo.com


Ministra da Gestão visita local de prova do CNU em Brasília A ministra da Gestão e Inovação, Esther Dweck, e o secretário de Gestão de Pessoas, José Celso Cardoso Jr., visitaram no início da tarde deste domingo (5) um dos locais de prova do Concurso Público Nacional Unificado (CNU). Eles estiveram no campus da Asa Norte do Centro Universitário de Brasília (Ceub), onde 7.068 pessoas estão inscritas para realizar a prova objetiva da segunda edição do concurso — o maior dos 168 locais de prova do DF. Na ocasião, a ministra falou com a imprensa. "Expectativa muito boa. A gente acha que vai ter um comparecimento bem alto", afirmou. CNU 2025 tem edital publicado: veja datas, vagas e como se inscrever LEIA TAMBÉM: CNU 2025: governo detalha numeração da sala de prova, e candidatos são informados via SMS; veja orientações Segundo a ministra, o percentual de comparecimento deve ser maior do que da edição anterior. "Apesar de ter tido menos inscrições, a gente tem uma expectativa que o comparecimento proporcional será maior. A gente teve mais de 600 mil pessoas dessas 761 mil [inscritas] que acessaram seu cartão de confirmação, portanto olharam seu local de prova [...], portanto é um percentual alto, bem mais alto do que a média dos concursos em geral", justificou a ministra. Segurança Esther Dweck também destacou o reforço da segurança para a realização da prova. "A gente teve um trabalho bem integrado com as forças de segurança [...]. Todas as portas têm detector de metal e [de] ponto eletrônico para garantir que não tenha nenhum problemas nas provas de hoje", acrescentou. A ministra também mencionou que acompanhará o processo no Centro Integrado de Comando e Controle da Polícia Rodoviária Federal. "A gente vai acompanhar de lá a movimentação o dia inteiro", pontuou. Em todo o Brasil, mais de 760 mil candidatos estão inscritos para participar da primeira fase neste domingo. Os portões foram abertos às 11h30 e fecharam às 12h30. As provas começaram às 13h (veja tudo sobre o concurso abaixo). Mais de 600 policiais militares estão escalados para fazer o policiamento nos 168 locais de prova do DF, segundo o tenente-coronel da PM Alessandro Arantes. Ainda de acordo com Arantes, os policiais são responsável pela escolta das vans com as provas. Eles fizeram a escolta na madrugada, na chegada aos locais de aplicação, e fazem a escolta ao fim do concurso. Ministra da Gestão e Inovação, Esther Dweck, durante entrevista coletiva. Reprodução/ TV Globo 'Boa sorte' Mais cedo, a ministra publicou um vídeo nas redes sociais desejando boa sorte aos inscritos. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) repostou o vídeo e também desejou sucesso aos participantes. "Um bom dia e uma excelente prova para todos os inscritos no 2º Concurso Público Nacional Unificado", escreveu Lula. O g1 tem cobertura ao vivo ao longo da realização do processo seletivo. À noite, professores especializados corrigem as provas e montam os gabaritos extraoficiais. Os gabaritos oficiais serão divulgados nesta segunda-feira (6). ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 Concursos no WhatsApp CNU 2025: veja COBERTURA AO VIVO no g1 Clique no índice abaixo para saber mais: 💼 Vagas, órgãos participantes e distribuição por cidades 💰 Salários 📝 Como serão as provas? ⏰ Horários 📵 O que pode ou não levar 🪪 Cartão de confirmação 📝 Folhas de respostas 📍 Locais de provas 📆 Confira o cronograma oficial A ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, apresenta os detalhes do edital da 2ª edição do Concurso Nacional Unificado (CNU). Valter Campanato/Agência Brasil 💼 Vagas, órgãos participantes e distribuição por cidades 🔍 Diferentemente da edição anterior, que contou com oito editais, um para cada bloco temático, o processo seletivo será regido por um único edital. O documento traz informações detalhadas sobre as vagas, salários, conteúdo programático das provas, critérios de classificação e composição das notas finais. Nesta edição, os cargos estão distribuídos em nove blocos temáticos, que agrupam as vagas por áreas de atuação semelhantes. São eles: Bloco 1: Seguridade Social (Saúde, Assistência Social e Previdência Social) Bloco 2: Cultura e Educação Bloco 3: Ciências, Dados e Tecnologia Bloco 4: Engenharias e Arquitetura Bloco 5: Administração Bloco 6: Desenvolvimento Socioeconômico Bloco 7: Justiça e Defesa Bloco 8: Intermediário – Saúde Bloco 9: Intermediário – Regulação Esse formato permite que o candidato concorra a várias vagas dentro de um mesmo bloco, com apenas uma inscrição. Embora a maior parte das vagas esteja concentrada em órgãos com sede em Brasília (DF), também há postos disponíveis em diversos estados do país. Voltar ao início 💰 Salários Os salários iniciais no CNU 2025 variam de R$ 4 mil a R$ 16 mil, dependendo do cargo e do nível de escolaridade exigido. Consulte as remunerações iniciais previstas na tabela abaixo. Voltar ao início 📝 Como serão as provas? A prova objetiva será aplicada em 5 de outubro de 2025. Ela será composta por uma parte com questões comuns a todos os candidatos (como língua portuguesa, raciocínio lógico e atualidades) e outra com perguntas específicas, conforme o bloco temático escolhido. A prova discursiva será aplicada em 7 de dezembro de 2025, exclusivamente para os candidatos aprovados na primeira fase. O conteúdo e o formato da redação variarão de acordo com a área de atuação. ▶️ PROVA OBJETIVA A prova objetiva será de múltipla escolha, com cinco alternativas e apenas uma correta. A quantidade de questões varia conforme o nível do cargo: Nível Superior: 90 questões no total, sendo 30 de conhecimentos gerais e 60 de conhecimentos específicos. Nível Intermediário: 68 questões, com 20 de conhecimentos gerais e 48 de conhecimentos específicos. ▶️ PROVA DISCURSIVA Na etapa discursiva, os candidatos deverão elaborar textos conforme o nível de escolaridade exigido para o cargo: Nível Superior: 2 questões discursivas, com aplicação das 13h às 16h. Nível Intermediário: 1 redação dissertativa-argumentativa, das 13h às 15h. O tempo de prova também é diferente: Nível Superior: das 13h às 18h (5 horas de duração). Nível Intermediário: das 13h às 16h30 (3h30 de duração). Voltar ao início ⏰ Horários Os portões de todos os locais serão fechados às 12h30 (horário de Brasília), e as provas começam às 13h. A duração da prova varia conforme o nível do cargo: Nível superior: 5 horas (13h às 18h) Nível intermediário: 3h30 (13h às 16h30) Os candidatos devem permanecer na sala por, no mínimo, duas horas. O caderno de prova só poderá ser levado caso a saída ocorra na última hora do período estabelecido para cada nível. Voltar ao início 📵 O que pode ou não levar Confira as principais orientações para a 2ª edição do CNU g1 📲 O candidato pode apresentar o documento de identidade em versão digital, acessado pelo aplicativo no momento da identificação na entrada da sala. É importante que o app já esteja instalado e testado, pois funciona mesmo sem internet. 👕 O Ministério recomenda o uso de roupas e calçados confortáveis, já que o candidato ficará sentado por várias horas. A FGV fornecerá envelopes porta-objetos para guardar pertences, inclusive o celular, que deve permanecer desligado durante toda a prova. É necessário também desativar alarmes. Os envelopes devem ser lacrados e identificados antes do candidato ocupar a carteira, onde permanecerão guardados. Os pertences só poderão ser retirados, e o celular religado, após o término da prova e fora do local de aplicação. Voltar ao início 🪪 Cartão de confirmação Para obter o cartão de confirmação, o candidato deve acessar a mesma página onde fez a inscrição. É necessário fazer login no https://conhecimento.fgv.br/cpnu2 e clicar na Área do Candidato. O documento também tem informações como número definitivo da inscrição, horários das provas e se a pessoa inscrita terá direito a atendimento especializado ou tratamento pelo nome social, por exemplo. Após emitir o cartão, os candidatos devem conferir se o município que indicaram no ato da inscrição, para participarem da prova, está correto. Se tiver qualquer tipo de erro, ou se o local de aplicação for muito distante, é importante entrar em contato com a FGV e pedir a correção do que for necessário. o telefone é 0800 591 0452. Voltar ao início 📝 Folhas de respostas Todas as respostas devem ser obrigatoriamente marcadas no cartão de respostas, único documento aceito para correção. O preenchimento deve ser feito com caneta azul ou preta, de corpo transparente. É responsabilidade do candidato preencher corretamente o cartão, seguindo as instruções do edital e da capa da prova, salvo em casos de atendimento especializado previamente autorizado. A questão será anulada se mais de uma alternativa for assinalada, se nenhuma for marcada ou se o preenchimento descumprir as instruções. Ao concluir a prova, é obrigatório entregar o cartão de respostas junto com o caderno ao fiscal da sala. Após a divulgação dos resultados, a FGV disponibilizará imagens digitalizadas dos cartões de respostas por até 15 dias. Encerrado esse prazo, não serão aceitos pedidos de acesso. Voltar ao início 📍 Locais de provas Os candidatos foram distribuídos em locais de aplicação em 228 cidades, de acordo com o CEP informado no momento da inscrição Voltar ao início 📆 Confira o cronograma oficial Inscrições: de 2 a 20/7/2025 (com pagamento até 21/7) Solicitação de isenção da taxa de inscrição: de 2 a 8/7/2025 Prova objetiva: 5/10/2025, das 13h às 18h Disponibilização da imagem do cartão de respostas: 12/11/2025 Convocação para prova discursiva: 12/11/2025 Convocação para confirmação de cotas e PcD: 12/11/2025 Convocação para a avaliação de títulos: 12/11/2025 Envio de títulos: de 13 a 19/11/2025 Cartão de confirmação de inscrição para prova discursiva: 1/12/2025 Prova discursiva (para habilitados na 1ª fase): 7/12/2025 Procedimentos de confirmação de cotas: de 8 a 17/12/2025 Resultado preliminar da avaliação de títulos: 2/1/2026 Divulgação da nota preliminar da prova discursiva: 6/1/2026 Pedidos de revisão das notas da discursiva: de 7 a 8/1/2026 Divulgação da 1ª lista de classificação: 30/1/2026 Voltar ao início Segunda edição do Concurso Nacional Unificado (CNU) Ministério da Gestão e Inovação Veja dicas de como estudar para concurso: Como estudar legislação para concurso? Veja dicas de como fazer uma boa redação para concurso



Propriedade de SP exporta milhões de mudas de flores


05/10/2025 10:31 - g1.globo.com


Produção de mudas ornamentais gera empregos e conquista mercados internacionais Reprodução/TV TEM As flores ornamentais se destacam pelo colorido, pelos formatos e tamanhos diferentes, além de deixarem os jardins mais bonitos e chamarem a atenção até de estrangeiros. Em Engenheiro Schmitt, distrito de São José do Rio Preto (SP), 85% das mudas produzidas em uma propriedade são exportadas. Conforme a CEO da empresa, Lucilene Anatriello, são mais de 600 variedades de crisântemo em oito hectares de cultivo. Segundo ela, as mudas são adquiridas em diversos lugares do mundo e ficam nas estufas durante dois anos. Além disso, todas são identificadas com QR Codes. O manejo segue regras rigorosas, com temperatura, umidade e iluminação controladas, até que as plantas possam ser transferidas para os viveiros. Segundo Lucilene, um único viveiro de quase dois hectares pode produzir, em média, 15 milhões de mudas por ano. Além de contribuírem para o lucro dos produtores, essas plantações também impactam positivamente o mercado de trabalho, oferecendo vagas de emprego. Em Engenheiro Schmitt, são mais de 80 funcionários que ajudam na manutenção das flores e mudas, exportadas para mais de 30 países Veja a reportagem exibida no programa em 05/10/2025: Propriedade de SP exporta milhões de mudas de flores VÍDEOS: veja as reportagens do Nosso Campo Acesse + TV TEM | Programação | Vídeos | Redes sociais Confira as últimas notícias do Nosso Campo



Oeste Paulista concentra centenas de assentamentos rurais


05/10/2025 10:31 - g1.globo.com


Família aposta na fertirrigação para garantir mais eficiência na produção de melancia em Presidente Bernardes (SP) TV TEM/Reprodução Em Presidente Bernardes (SP), famílias de assentados têm apostado em tecnologia e manejo eficiente para aumentar a produção e garantir renda no campo. No lote da família Oliveira, a fertirrigação é o destaque. A técnica leva os fertilizantes já dissolvidos na água até os pés de melancia, reduzindo custos e otimizando o uso da água. Há seis anos no espaço, Alexandre Gomes de Oliveira começou a diversificar a atividade e, há dois anos, passou a investir na fruta. O filho, Otávio Alexandre Rodrigues, cursou o ensino médio integrado ao técnico em agropecuária e hoje divide com o pai o trabalho na roça. “A fertirrigação facilita bastante. Plantamos duas variedades, a Brava e a Manchester. A primeira pode chegar a mais de 100 toneladas por hectare”, explica. Além da melancia, o assentamento reúne diferentes atividades. Em outro lote, Matheus Marques dos Santos mantém cerca de 200 caixas de abelhas sem ferrão, com produção de mel e venda de colônias melhoradas geneticamente. A família também investiu em placas de energia solar e em irrigação para manter a produtividade nos períodos de seca. Segundo a Fundação Itesp, responsável pela assistência técnica, o estado de São Paulo tem hoje 98 assentamentos na região de Presidente Prudente, que reúnem mais de cinco mil famílias. O diretor-executivo, Lucas França Bressanin, destaca que a titulação das terras é um passo essencial. “Antes havia apenas a posse, sem segurança jurídica. A escritura garante que a terra permaneça com as famílias, inclusive para filhos e netos", diz. Para quem vive da agricultura familiar, cada conquista tem um peso especial. Diante disso, Alexandre comemora o que já alcançou. “Nunca imaginei comprar um trator. A terra de assentamento, para quem quer trabalhar, é excelente. Se fosse um lote privado, custaria muito mais e não teria como comprar", conta. Veja a reportagem exibida no programa em 05/10/2025: Oeste Paulista concentra centenas de assentamentos rurais VÍDEOS: veja as reportagens do Nosso Campo Acesse + TV TEM | Programação | Vídeos | Redes sociais Confira as últimas notícias do Nosso Campo



Cururueiros travam ‘batalhas’ de rimas e seguem tradição do repente paulista


05/10/2025 10:31 - g1.globo.com


Grupo de cururueiros da zona rural de Angatuba (SP) mantêm viva a tradição caipira com as violas e as rimas do cururu Reprodução/TV TEM É com a viola no peito e com os versos na cabeça que um grupo de cururueiros do bairro da Batalheira, do Arealzinho e do Cerro se reúne e, entre rimas, improvisos e paixão, os cantadores se desafiam, criando versos na hora, num duelo conhecido como desafio caipira. José Orlando, conhecido como Joinha, teve seu primeiro contato com o cururu ainda na zona rural de Angatuba (SP), no bairro da Batalheira e, aos dez anos, já encantava o público após cantar em uma rádio. Desde então, Joinha passou a carregar a tradição, respeitando as regras e mantendo vivas as rimas envolventes que caracterizam o cururu. O cururu faz parte do folclore brasileiro e, segundo alguns pesquisadores, tem raízes ainda nos rituais indígenas e africanos, bem como nas cantigas feitas pelos padres jesuítas. Os acordes da viola ecoam, e o costume se mantém, com o desejo de que a tradição seja transmitida de geração em geração. Jair Aureliano e Mingo Sardela, ao som da viola e das rimas, conduzem o show de cururu. Ainda no som da música, Gustavo Miranda, em Porto Feliz (SP), é um dos jovens que busca seguir os passos de sua família, mantendo viva a cultura do interior. “Comecei a cantar meus versos com 12 anos, eu cantava escondido em casa, sem que ninguém soubesse, e assim fui aprimorando.” O cururueiro fica frente a frente com o adversário, improvisando sobre temas do cotidiano, fazendo críticas sociais e políticas, sempre com bom humor. É exigido, além de esforço, vocação. Assim, entre violas e rimas afiadas, a tradição do cururu segue viva, mantendo acesa a cultura e a paixão do interior brasileiro. Veja a reportagem exibida no programa em 05/10/2025: Cururueiros travam ‘batalhas’ de rimas e seguem tradição do repente paulista VÍDEOS: veja as reportagens do Nosso Campo Acesse + TV TEM | Programação | Vídeos | Redes sociais Confira as últimas notícias do Nosso Campo



Como aumentar a produção de café? Veja 11 variedades que ajudam até a dobrar a colheita de arábica


05/10/2025 08:01 - g1.globo.com


Pesquisa recomenda 11 cultivares de café arábica no ES; conheça as variedades avaliadas Um estudo no Espírito Santo identificou 11 cultivares de café arábica que apresentam maior qualidade, produtividade e resistência às pragas. Com as variedades indicadas, os produtores conseguem até dobrar a colheita nas lavouras. O experimento mostrou ainda como cada tipo e forma de cultivo se comportou em diferentes condições de solo, altitude e clima. A pesquisa foi desenvolvida pelo Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper) e está disponível gratuitamente. (veja mais abaixo) 📲 Clique aqui para seguir o canal do g1 ES no WhatsApp 🔎 Cultivares é a forma como os cafeicultores chamam a reprodução de uma planta de uma variedade. 🌱 Funciona assim: um pé de café que apresenta características desejáveis, como alta produtividade ou resistência a doenças, é selecionado. A partir dele, começa-se a plantar as sementes para que os "filhos" mantenham essas mesmas características. Essa “família” de plantas recebe até um sobrenome. 🌿 Exemplo: é o caso da Catucaí 785-15 (Sel. CAK), de maturação precoce, resistente à ferrugem e produtora de frutos vermelhos, que foi uma das cultivares avaliadas no projeto ao longo de seis anos. Estudo valida 11 cultivares que podem dobrar produção de café arábica Reprodução/ TV Gazeta Resultados no campo O estudo foi realizado em 13 áreas experimentais, em parceria com produtores rurais das regiões Noroeste, Serrana e Caparaó do Espírito Santo. Em cada local, as cultivares foram testadas em diferentes altitudes e condições de incidência solar. Segundo o pesquisador do Incaper, César Abel Krholing, esse modelo permitiu observar, na prática, como cada cultivar responde ao ambiente. "Trabalhamos em áreas de renovação de lavoura, onde já havia café e incidência de nematoides. Selecionamos dez materiais genéticos, desde os mais antigos, como o Catuaí, altamente suscetível à ferrugem, até cultivares modernas, como o Arara, que não apresentou incidência da doença. Estamos falando de materiais altamente resistentes", explicou. Após observar como cada cultivar testado se comportou, foi possível elaborar a cartilha indicando as 11 variedades que tiveram melhores desempenhos e podem beneficiar os produtores. Além da resistência a pragas e doenças, o estudo avaliou época de maturação (precoce, média ou tardia), tamanho de grão e produtividade. Em alguns casos, os resultados apontaram produção superior a 50 sacas por hectare, o que poderia dobrar a produção do Espírito Santo, de 3,5 milhões para 7 milhões de sacas de café. Verde ou vermelho? Produtores têm perdas maiores quando café é colhido antes do tempo, comprova estudo César Abel Krholing, pesquisador do Incaper Reprodução/ TV Gazeta Produtividade e qualidade O produtor Fabiano Avanci, de Venda Nova do Imigrante, cedeu parte de sua lavoura para os experimentos e já decidiu renovar áreas com as cultivares testadas. "Na primeira colheita, já chegamos a quatro litros por planta. A expectativa é dobrar esse volume no próximo ano", contou. Além da produtividade, a pesquisa analisou a qualidade do café. Amostras foram beneficiadas como faria um produtor que busca cafés especiais e, depois, avaliadas no Centro de Cafés Especiais do Espírito Santo (Cecafes). De acordo com o pesquisador David Viçosi, os resultados superaram as expectativas. "As cultivares têm expressado materiais com peneiras maiores e classificação acima da média estadual. Então, a gente tem obtido resultados satisfatórios", disse. Estudo valida 11 cultivares que podem dobrar produção de café arábica no Espírito Santo Reprodução/ TV Gazeta Café validado para o futuro As cultivares testadas não são novas. Já existiam, mas muitas vezes eram pouco aproveitadas pelos cafeicultores por falta de validação técnica. Agora, com o estudo, o Espírito Santo ganha uma ferramenta para aumentar a produtividade, distribuir melhor a colheita ao longo do ano e manter a qualidade. Para acessar os resultados desse estudo, acesse a cartilha "Café Arábica: Cultivares Validadas para o Espírito Santo", disponível gratuitamente no site do Incaper, por meio deste link. Caso você acesse por meio de um computador, será necessário salvar o arquivo em pdf. Já pelo celular, uma nova página será aberta para acessar o estudo. Café arábica: cultivares validadas para o Espírito Santo Reprodução/Incaper Estudo valida 11 cultivares que podem dobrar produção de café arábica no Espírito Santo Reprodução/ TV Gazeta Vídeos: tudo sobre o agronegócio no Espírito Santo n Veja o plantão de últimas notícias do g1 Espírito Santo



CNU 2025, maior concurso público do país, acontece neste domingo


05/10/2025 03:01 - g1.globo.com


CNU 2025 tem edital publicado: veja datas, vagas e como se inscrever As provas objetivas da segunda edição do Concurso Público Nacional Unificado (CNU) serão aplicadas neste domingo (5). Mais de 760 mil candidatos estão inscritos para participar da primeira fase. O g1 terá cobertura ao vivo durante a realização do processo seletivo. À noite, professores especializados corrigem as provas e montam os gabaritos extraoficiais. Os gabaritos oficiais serão divulgados nesta segunda-feira (6). ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 Concursos no WhatsApp CNU 2025: veja COBERTURA AO VIVO no g1 Clique no índice abaixo para saber mais: 💼 Vagas, órgãos participantes e distribuição por cidades 💰 Salários 📝 Como serão as provas? ⏰ Horários 📵 O que pode ou não levar 🪪 Cartão de confirmação 📝 Folhas de respostas 📍 Locais de provas 📆 Confira o cronograma oficial A ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, apresenta os detalhes do edital da 2ª edição do Concurso Nacional Unificado (CNU). Valter Campanato/Agência Brasil 💼 Vagas, órgãos participantes e distribuição por cidades 🔍 Diferentemente da edição anterior, que contou com oito editais, um para cada bloco temático, o processo seletivo será regido por um único edital. O documento traz informações detalhadas sobre as vagas, salários, conteúdo programático das provas, critérios de classificação e composição das notas finais. Nesta edição, os cargos estão distribuídos em nove blocos temáticos, que agrupam as vagas por áreas de atuação semelhantes. São eles: Bloco 1: Seguridade Social (Saúde, Assistência Social e Previdência Social) Bloco 2: Cultura e Educação Bloco 3: Ciências, Dados e Tecnologia Bloco 4: Engenharias e Arquitetura Bloco 5: Administração Bloco 6: Desenvolvimento Socioeconômico Bloco 7: Justiça e Defesa Bloco 8: Intermediário – Saúde Bloco 9: Intermediário – Regulação Esse formato permite que o candidato concorra a várias vagas dentro de um mesmo bloco, com apenas uma inscrição. Embora a maior parte das vagas esteja concentrada em órgãos com sede em Brasília (DF), também há postos disponíveis em diversos estados do país. Voltar ao início 💰 Salários Os salários iniciais no CNU 2025 variam de R$ 4 mil a R$ 16 mil, dependendo do cargo e do nível de escolaridade exigido. Consulte as remunerações iniciais previstas na tabela abaixo. Voltar ao início 📝 Como serão as provas? A prova objetiva será aplicada em 5 de outubro de 2025. Ela será composta por uma parte com questões comuns a todos os candidatos (como língua portuguesa, raciocínio lógico e atualidades) e outra com perguntas específicas, conforme o bloco temático escolhido. A prova discursiva será aplicada em 7 de dezembro de 2025, exclusivamente para os candidatos aprovados na primeira fase. O conteúdo e o formato da redação variarão de acordo com a área de atuação. ▶️ PROVA OBJETIVA A prova objetiva será de múltipla escolha, com cinco alternativas e apenas uma correta. A quantidade de questões varia conforme o nível do cargo: Nível Superior: 90 questões no total, sendo 30 de conhecimentos gerais e 60 de conhecimentos específicos. Nível Intermediário: 68 questões, com 20 de conhecimentos gerais e 48 de conhecimentos específicos. ▶️ PROVA DISCURSIVA Na etapa discursiva, os candidatos deverão elaborar textos conforme o nível de escolaridade exigido para o cargo: Nível Superior: 2 questões discursivas, com aplicação das 13h às 16h. Nível Intermediário: 1 redação dissertativa-argumentativa, das 13h às 15h. O tempo de prova também é diferente: Nível Superior: das 13h às 18h (5 horas de duração). Nível Intermediário: das 13h às 16h30 (3h30 de duração). Voltar ao início ⏰ Horários Os portões de todos os locais serão fechados às 12h30 (horário de Brasília), e as provas começam às 13h. A duração da prova varia conforme o nível do cargo: Nível superior: 5 horas (13h às 18h) Nível intermediário: 3h30 (13h às 16h30) Os candidatos devem permanecer na sala por, no mínimo, duas horas. O caderno de prova só poderá ser levado caso a saída ocorra na última hora do período estabelecido para cada nível. Voltar ao início 📵 O que pode ou não levar Confira as principais orientações para a 2ª edição do CNU g1 📲 O candidato pode apresentar o documento de identidade em versão digital, acessado pelo aplicativo no momento da identificação na entrada da sala. É importante que o app já esteja instalado e testado, pois funciona mesmo sem internet. 👕 O Ministério recomenda o uso de roupas e calçados confortáveis, já que o candidato ficará sentado por várias horas. A FGV fornecerá envelopes porta-objetos para guardar pertences, inclusive o celular, que deve permanecer desligado durante toda a prova. É necessário também desativar alarmes. Os envelopes devem ser lacrados e identificados antes do candidato ocupar a carteira, onde permanecerão guardados. Os pertences só poderão ser retirados, e o celular religado, após o término da prova e fora do local de aplicação. Voltar ao início 🪪 Cartão de confirmação Para obter o cartão de confirmação, o candidato deve acessar a mesma página onde fez a inscrição. É necessário fazer login no https://conhecimento.fgv.br/cpnu2 e clicar na Área do Candidato. O documento também tem informações como número definitivo da inscrição, horários das provas e se a pessoa inscrita terá direito a atendimento especializado ou tratamento pelo nome social, por exemplo. Após emitir o cartão, os candidatos devem conferir se o município que indicaram no ato da inscrição, para participarem da prova, está correto. Se tiver qualquer tipo de erro, ou se o local de aplicação for muito distante, é importante entrar em contato com a FGV e pedir a correção do que for necessário. o telefone é 0800 591 0452. Voltar ao início 📝 Folhas de respostas Todas as respostas devem ser obrigatoriamente marcadas no cartão de respostas, único documento aceito para correção. O preenchimento deve ser feito com caneta azul ou preta, de corpo transparente. É responsabilidade do candidato preencher corretamente o cartão, seguindo as instruções do edital e da capa da prova, salvo em casos de atendimento especializado previamente autorizado. A questão será anulada se mais de uma alternativa for assinalada, se nenhuma for marcada ou se o preenchimento descumprir as instruções. Ao concluir a prova, é obrigatório entregar o cartão de respostas junto com o caderno ao fiscal da sala. Após a divulgação dos resultados, a FGV disponibilizará imagens digitalizadas dos cartões de respostas por até 15 dias. Encerrado esse prazo, não serão aceitos pedidos de acesso. Voltar ao início 📍 Locais de provas Os candidatos foram distribuídos em locais de aplicação em 228 cidades, de acordo com o CEP informado no momento da inscrição. Voltar ao início 📆 Confira o cronograma oficial Inscrições: de 2 a 20/7/2025 (com pagamento até 21/7) Solicitação de isenção da taxa de inscrição: de 2 a 8/7/2025 Prova objetiva: 5/10/2025, das 13h às 18h Disponibilização da imagem do cartão de respostas: 12/11/2025 Convocação para prova discursiva: 12/11/2025 Convocação para confirmação de cotas e PcD: 12/11/2025 Convocação para a avaliação de títulos: 12/11/2025 Envio de títulos: de 13 a 19/11/2025 Cartão de confirmação de inscrição para prova discursiva: 1/12/2025 Prova discursiva (para habilitados na 1ª fase): 7/12/2025 Procedimentos de confirmação de cotas: de 8 a 17/12/2025 Resultado preliminar da avaliação de títulos: 2/1/2026 Divulgação da nota preliminar da prova discursiva: 6/1/2026 Pedidos de revisão das notas da discursiva: de 7 a 8/1/2026 Divulgação da 1ª lista de classificação: 30/1/2026 Voltar ao início Segunda edição do Concurso Nacional Unificado (CNU) Ministério da Gestão e Inovação Veja dicas de como estudar para concurso: Como estudar legislação para concurso? Veja dicas de como fazer uma boa redação para concurso



Mega-Sena, concurso 2923: prêmio acumula e vai a R$ 20 milhões


04/10/2025 23:10 - g1.globo.com


G1 | Loterias - Mega-Sena 2923 O sorteio do concurso 2.923 da Mega-Sena foi realizado na noite deste sábado (4), em São Paulo. Nenhuma aposta acertou as seis dezenas, e o prêmio para o próximo sorteio acumulou em R$ 20 milhões. Clique aqui para seguir o canal de Loterias do g1 no WhatsApp Veja os números sorteados: 39 - 56 - 55 - 32 - 18 - 27. 5 acertos - 29 apostas ganhadoras, R$ 63.029,43 4 acertos - 2.749 apostas ganhadoras, R$ 1.096,01 O próximo sorteio da Mega será na terça-feira (7). Resultado da Mega-Sena concurso 2923 Reprodução/Caixa Entenda como funciona a Mega-Sena e qual a probabilidade de ganhar o prêmio Para apostar na Mega-Sena As apostas podem ser realizadas até as 19h (horário de Brasília) em qualquer lotérica do país ou por meio do site e aplicativo Loterias Caixa, disponíveis em smartphones, computadores e outros dispositivos. O pagamento da aposta online pode ser realizado via PIX, cartão de crédito ou pelo internet banking, para correntistas da Caixa. É preciso ter 18 anos ou mais para participar. Probabilidades A probabilidade de vencer em cada concurso varia de acordo com o número de dezenas jogadas e do tipo de aposta realizada. Para um jogo simples, com apenas seis dezenas, que custa R$ 6, a probabilidade de ganhar o prêmio milionário é de 1 em 50.063.860, segundo a Caixa. Já para uma aposta com 20 dezenas (limite máximo), com o preço de R$ 232.560,00, a probabilidade de acertar o prêmio é de 1 em 1.292, ainda de acordo com a instituição.



Publicitário Sergio Amado morre aos 77 anos em São Paulo


04/10/2025 21:47 - g1.globo.com


Publicitário Sergio Amado morre aos 77 anos em São Paulo Reprodução/Redes Sociais O publicitário baiano Sérgio Amado, considerado uma das figuras mais influentes da propaganda brasileira morreu, neste sábado (4), em São Paulo, aos 77 anos. A causa da morte dele não foi revelada. Sérgio Amado estava internado no Hospital Albert Einstein. A morte dele foi confirmada pela Associação Brasileira das Agências de Publicidade, instituição liderada pelo publicitário entre 2001 e 2003. O publicitário nasceu em Salvador, em 1948, e se formou em Jornalismo, Ciências Sociais e História. Ele começou a atuar na publicidade na década de 70, ainda na capital baiana, e se mudou para São Paulo no início dos anos 90. 📲 Clique aqui e entre no grupo do WhatsApp do g1 Bahia Atuou por 23 anos no grupo WWP, onde foi presidente da Ogilvy por duas décadas. “Hoje é um dia triste para todos que fazem parte da família Ogilvy. Perdemos Sergio Amado, um dos maiores nomes da publicidade brasileira. Jornalista de formação, Sergio [...] foi peça-chave no nascimento e expansão da DAVID e no crescimento do WPP no Brasil. Nossa gratidão por tudo o que construiu. À família e aos amigos, todo carinho”, lamentou a Ogilvy. O governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), também lamentou a morte do publicitário nas redes sociais. “Sua criatividade, visão e dedicação ajudaram a projetar a Bahia no cenário nacional da comunicação. Deixa um legado que continuará inspirando gerações. Minha solidariedade aos familiares, amigos e a todos que conviveram com ele”, escreveu. LEIA TAMBÉM: Prêmio Profissionais do Ano anuncia finalistas da 47ª edição ABA lança 'Futuros conectados', livro que discute as mudanças da mídia na era dos algoritmos Publicitários e intelectuais homenageiam legado de Roberto Duailibi: ‘Vai inspirar gerações’ ABA lança 'Futuros conectados', livro que discute as transformações da mídia na era dos al Veja mais notícias do estado no g1 Bahia. Assista aos vídeos do g1 e TV Bahia 💻



PIX: Banco Central passa a bloquear neste sábado chaves utilizadas em golpes e fraudes


04/10/2025 11:45 - g1.globo.com


Usuários do PIX ganham nova ferramenta contra golpes e fraudes Reprodução/TV Globo O Banco Central (BC) informou que passará a bloquear, a partir deste sábado (4), as chaves PIX marcadas pelas instituições participantes como utilizadas para golpes e fraudes. De acordo com a instituição, esse mecanismo, que foi discutido durante reunião do Fórum PIX realizada nesta quinta-feira (2), visa fortalecer a segurança do sistema de transferência de recursos. A autoridade monetária explicou que as instituições financeiras marcam o CPF/CNPJ, e a chave PIX, do usuário sempre que houver uma fundada suspeita de fraude envolvendo esse usuário (leia mais abaixo). Bancos já começaram a oferecer ferramenta para contestar fraudes em Pix "Após a marcação, não poderão ser iniciadas e nem recebidas transações através de contas desse usuário. Além disso, o banco pode rejeitar o pedido de registro de novas chaves PIX, caso o usuário já tenha outra chave ou CPF/CNPJ com marcação", explicou o BC. Nesta semana, as instituições financeiras passaram a disponibilizar, no ambiente PIX de seus aplicativos, uma funcionalidade (botão de contestação) para que uma transação possa ser facilmente contestada, sem a necessidade de interação humana Como é feita a marcação Se o PIX foi rejeitado pelo banco do recebedor (ou seja, o PIX nem foi concluído): o banco recebedor (onde o suposto fraudador tem conta) pode criar a marcação e não é necessário que o banco do pagador aceite a notificação, Se o PIX foi efetivado: se a intenção for apenas marcar o fraudador, ou seja, não foi acionado o Mecanismo Especial de Devolução (MED) para devolver o valor ao pagador, o banco recebedor (onde o suposto fraudador tem conta) cria a marcação e não é necessário que o banco do pagador aceite a notificação. "Se a intenção for devolver os recursos à vítima (caso que envolve o Mecanismo Especial de Devolução): banco do pagador (onde a suposta vítima tem conta) cria a notificação de infração para solicitação de devolução e o banco do fraudador (banco recebedor onde o suposto fraudador tem conta) terá que confirmar a notificação, conforme procedimentos/prazos do MED", acrescentou o Banco Central. Entenda a marcação Segundo o Banco Central: a marcação é feita por meio da criação de uma notificação de infração nos sistemas do BC; todas as instituições participantes do PIX têm acesso às notificações de infração (na consulta de chave ou CPF/CNPJ), incluindo a quantidade de notificações que ainda estão em análise. As instituições conseguem consultar as notificações do mês no qual a consulta é realizada e mais as notificações dos últimos 60 meses; e os bancos usam essas informações para autorizar, rejeitar, reter ou bloquear transações, mas também para prevenir fraudes, inclusive se a transação tiver sido rejeitada. caso seja feita uma marcação indevida a instituição é responsável por excluir a marcação. Para informações sobre marcações o cliente deve fazer contato direto com sua instituição de relacionamento.



O que falta para que Lula e Trump conversem de novo?


04/10/2025 11:34 - g1.globo.com


Lula e Trump, Ucrânia e Palestina: os principais pontos da Assembleia Geral da ONU Já se passaram mais de 10 dias desde que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, mencionou em seu discurso na Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU) a possibilidade de um encontro com o brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva (PT) — na ocasião, o republicano disse que um encontro poderia acontecer na "semana que vem", prazo que acabou de terminar. Naquele dia, em 23 de setembro, Trump contou que havia interagido com Lula por alguns breves segundos nos bastidores da assembleia, em Nova York. O americano, que discursou logo após o brasileiro, disse diante do plenário da ONU que ambos tiveram uma "química excelente", trocaram um abraço e combinaram o encontro. Entretanto, até o momento, não há detalhes concretos sobre quando ou como se daria esse novo contato. Uma fonte do Itamaraty (Ministério das Relações Exteriores do Brasil) afirmou que não se trata de uma demora, mas de um intervalo natural para se conciliar a agenda complexa dos dois presidentes. Essa fonte destacou que a negociação para isso está em curso. Presidente dos EUA, Donald Trump, assiste a discurso do presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Daniel Torok/ Casa Branca Diplomatas brasileiros e americanos que acompanham o tema dizem reservadamente à BBC News Brasil que todas as possibilidades estão sendo consideradas. É possível que os dois líderes tenham uma conversa por telefone ou videoconferência antes de se reunir pessoalmente. Lula não descarta ir a Washington, mas o encontro também poderia ser realizado em um terceiro país, em local neutro. Uma oportunidade seria a cúpula da Associação das Nações do Sudeste Asiático (Asean), que ocorre a partir de 26 de outubro em Kuala Lumpur, na Malásia, da qual Lula e Trump devem participar. O mais provável é que os Estados Unidos sugiram uma data e que o governo brasileiro avalie a disponibilidade na agenda de Lula e ofereça uma resposta. Até o momento, porém, não há definição oficial do lado americano. Os nomes mais próximos de Trump tampouco parecem demonstrar empolgação com a possibilidade de aproximação entre os dois presidentes. O secretário de Estado americano, Marco Rubio, cujo cargo é equivalente ao do ministro das Relações Exteriores no governo brasileiro, é um dos que defendem medidas contra o Brasil e já deu diversas declarações nesse sentido nos últimos meses. A situação é complicada pela paralisação do governo americano iniciada na quarta-feira (01/10), resultado da falta de acordo no Congresso sobre o orçamento federal. Diplomatas de ambos os países dizem reservadamente à BBC News Brasil que, mesmo sem impacto direto, o chamado shutdown pode afetar os preparativos para o encontro, que ficaria em segundo plano para o governo americano diante da crise doméstica. A reportagem pediu um posicionamento oficial do Itamaraty, que preferiu no momento não se manifestar. Articulações até agora Uma reunião formal entre Lula e Trump seria a primeira depois da escalada da tensão entre os dois países e representaria uma oportunidade de destravar negociações. Há meses, o governo americano vem impondo tarifas comerciais e outras medidas contra o Brasil em resposta ao julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro — que é aliado ideológico de Trump e foi condenado em setembro pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a 27 anos e três meses de prisão por tentativa de golpe de Estado após perder a eleição de 2022. Ex-presidente Jair Bolsonaro. Getty Images via BBC O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho de Jair Bolsonaro, mudou-se para os Estados Unidos neste ano e desde então tem se empenhado em articulações junto à Casa Branca por sanções ao Brasil, tentando pressionar pela absolvição e anistia do pai. As sanções mais recentes foram anunciadas pelos EUA apenas um dia antes do aceno de Trump na ONU: Viviane Barci de Moraes, mulher do ministro do STF Alexandre de Moraes, e a empresa LEX - Instituto de Estudos Jurídicos, que pertence à família do magistrado, foram submetidas à Lei Magnitsky, que pune estrangeiros considerados pelo governo americano como autores de graves violações de direitos humanos e práticas de corrupção. Desde o início, Trump deixou claro que as medidas contra o Brasil tinham natureza política e se referiu diversas vezes ao julgamento de Bolsonaro como uma "caça às bruxas". Foi nesse cenário que, segundo diplomatas de ambos os países, ocorreram articulações para tentar atenuar a tensão, culminando no breve encontro entre Lula e Trump nos bastidores da ONU. Conversas reservadas envolveram autoridades como o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, e o secretário de Estado, Marco Rubio, que mantiveram contatos desde julho, incluindo uma reunião presencial em Washington. Também houve esforço do empresariado do Brasil diante da taxa de 50% imposta sobre produtos exportados do país para os EUA, em vigor desde agosto. Apesar de cerca de 700 produtos terem sido isentos, a sobretaxa afetou vários setores no Brasil e também da própria economia americana. No início do mês passado, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) enviou uma comitiva de mais de 120 empresários a Washington para tentar abrir canais de diálogo. Poucos dias depois, o empresário brasileiro Joesley Batista, da JBS, viajou à capital americana para discutir as taxas sobre o setor de carne. Ainda em setembro, o vice-presidente brasileiro, Geraldo Alckmin, conversou por videoconferência com o representante de comércio dos EUA, Jamieson Greer. O USTR, escritório chefiado por Greer, investiga o Brasil por supostas práticas desleais de comércio. A investigação foi aberta em julho em paralelo ao anúncio do tarifaço. Em 25 de setembro, dois dias após os discursos na ONU, Alckmin também participou de reunião virtual com o secretário do Comércio dos EUA, Howard Lutnick. Essa conversa já estava agendada antes da fala de Trump. Resistência e próximos passos No círculo próximo a Trump, tanto Lutnick quanto Greer são considerados por observadores como nomes mais abertos ao diálogo com o Brasil. No entanto, apesar da movimentação de autoridades e empresários, e do fato de que um breve contato entre Trump e Lula nos bastidores da ONU já era cogitado, o aceno do americano durante seu discurso ocorreu de improviso e gerou surpresa. A fala oficial, preparada com antecedência, incluía críticas duras ao Brasil — que foram verbalizadas por Trump, concomitante ao aceno para Lula. "O Brasil agora enfrenta tarifas pesadas em resposta a seus esforços sem precedentes visando interferir nos direitos e nas liberdades de nossos cidadãos americanos e de outros. Com censura, repressão, utilização da corrupção no sistema judiciário como arma e perseguição de críticos políticos nos Estados Unidos", disse o presidente americano na ONU. Entre os defensores de medidas rígidas contra o Brasil estão membros do alto escalão do Departamento de Estado, liderados por Rubio e por seu secretário adjunto, Christopher Landau. Marco Rubio e Donald Trump EPA via BBC Poucos dias antes do discurso na ONU, Rubio reagiu à condenação de Bolsonaro com críticas de "perseguições políticas" e a promessa de "uma resposta à altura". Também no Departamento do Tesouro, comandado pelo secretário Scott Bessent e responsável pela aplicação da Lei Magnitsky contra o ministro Alexandre de Moraes, sua mulher e sua empresa, haveria a defesa de medidas contra o Brasil. É nesse contexto de divisão interna sobre o Brasil no governo americano que ocorrem as negociações atuais para agendar uma conversa entre Lula e Trump. Diplomatas afirmam reservadamente que não há pressa e lembram que a preparação para reuniões do tipo pode levar vários dias. Além disso, dizem, é preciso cautela para garantir que o encontro seja benéfico ao Brasil, em vez de deixar a situação ainda pior. Um encontro no Salão Oval Exemplos recentes de líderes estrangeiros que foram confrontados e humilhados na Casa Branca demonstram os riscos de um encontro presencial com Trump. Tradicionalmente, reuniões entre o presidente americano e homólogos estrangeiros no Salão Oval são altamente coreografadas. Segundo diplomatas com experiência na preparação desses encontros, o comum é que tudo seja acertado antecipadamente pelas equipes dos dois lados. Quando os presidentes se encontram, já sabem exatamente o que vai ser discutido e anunciado. A reunião serve principalmente como oportunidade para declarações sobre a importância da relação bilateral e fotos com apertos de mão. Trump, porém, quebrou essa tradição. O republicano costuma conduzir as reuniões no Salão Oval diante das câmeras, e é comum que desvie do tópico principal e faça acusações inesperadas ao interlocutor. Entre os casos mais citados em Washington está o do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, acusado de ingratidão em uma reunião em fevereiro que acabou em bate-boca. Em maio, o presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, foi surpreendido por alegações infundadas de genocídio contra a população branca de seu país, em uma reunião descrita pela imprensa americana como "emboscada". Em entrevista à BBC News Brasil na semana passada, o historiador político Matthew Dallek, professor da Universidade George Washington, lembrou que "qualquer líder estrangeiro que se encontre com Trump em Washington" corre o risco de passar por situação semelhante, inclusive Lula. Pessoas próximas ao presidente brasileiro, no entanto, consideram pouco provável que Lula aceitasse um constrangimento como o sofrido por Zelensky ou Ramaphosa. Envolvidos nos preparativos consideram provável que um encontro presencial entre Lula e Trump, onde quer que seja realizado, só acontecerá após uma conversa inicial por telefone e dependendo dos resultados desse contato. No entanto, ressaltam que a definição final vai depender da vontade dos dois presidentes.



CNU 2025: veja como preencher o cartão de resposta das provas objetivas


04/10/2025 08:01 - g1.globo.com


CNU 2025: veja como preencher o cartão de resposta das provas objetivas Mais de 760 mil candidatos estão inscritos para as provas objetivas do Concurso Nacional Unificado (CNU) no próximo domingo, dia 5 de outubro. Ao longo do dia, o g1 fará cobertura ao vivo do processo seletivo e terá os gabaritos extraoficiais. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 Concursos no WhatsApp CNU 2025: veja COBERTURA AO VIVO no g1 A seleção deste ano oferece 3.652 vagas para cargos de níveis médio, técnico e superior, com salários iniciais que variam de R$ 4 mil a R$ 16,4 mil. No ano passado, os candidatos que não preencheram toda a identificação do cartão de respostas foram eliminados. Na ocasião, a Justiça Federal determinou que o governo federal suspendesse a eliminação desses candidatos, garantindo a reintegração deles ao processo seletivo. Para este ano, o Ministério da Gestão apresentou no edital os principais critérios de eliminação do CNU 2025 (veja quais são), e explicou como preencher o cartão de resposta das provas objetivas. É fundamental ter atenção a todos os detalhes durante a prova, especialmente ao preencher o cartão de resposta. Qualquer erro de marcação ou informação faltante pode resultar em perda de pontos, ou até na eliminação do candidato. Veja orientações e cuidados para o preenchimento do cartão de resposta Segundo as orientações do Ministério da Gestão, o candidato receberá um caderno de questões e um cartão de resposta. Verifique se seus dados pessoais (nome, número de inscrição e CPF) estão corretos; Confirme se o Bloco indicado no cartão-resposta e no caderno de prova corresponde ao que você se inscreveu; Assine seu nome e transcreva a frase da capa da prova; Participe da coleta biométrica — a recusa leva à eliminação; No cartão-resposta, marque apenas uma alternativa por questão. Mais de uma marcação ou rasuras podem anular a resposta; Não dobre nem amasse o cartão-resposta. Também é proibido molhar, rasgar, manchar ou danificar o cartão de qualquer forma; Use exclusivamente caneta esferográfica de tubo transparente, com tinta preta ou azul; Ao término da prova, entregue o cartão de resposta ao fiscal da sala. A ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, apresenta os detalhes do edital da 2ª edição do Concurso Nacional Unificado (CNU). Valter Campanato/Agência Brasil Clique no índice abaixo para saber tudo sobre a segunda edição do Concurso Nacional Unificado (CNU): 💼 Vagas, órgãos participantes e distribuição por cidades 💰 Salários 📝 Como serão as provas? ⏰ Horários 📵 O que pode ou não levar 📝 Folhas de respostas 📍 Locais de provas 📆 Confira o cronograma oficial CNU 2025: veja o que esperar das provas da FGV, nova banca do concurso 💼 Vagas, órgãos participantes e distribuição por cidades 🔍 Diferentemente da edição anterior, que contou com oito editais, um para cada bloco temático, o processo seletivo será regido por um único edital. O documento traz informações detalhadas sobre as vagas, salários, conteúdo programático das provas, critérios de classificação e composição das notas finais. Nesta edição, os cargos estão distribuídos em nove blocos temáticos, que agrupam as vagas por áreas de atuação semelhantes. São eles: Bloco 1: Seguridade Social (Saúde, Assistência Social e Previdência Social) Bloco 2: Cultura e Educação Bloco 3: Ciências, Dados e Tecnologia Bloco 4: Engenharias e Arquitetura Bloco 5: Administração Bloco 6: Desenvolvimento Socioeconômico Bloco 7: Justiça e Defesa Bloco 8: Intermediário – Saúde Bloco 9: Intermediário – Regulação Esse formato permite que o candidato concorra a várias vagas dentro de um mesmo bloco, com apenas uma inscrição. Embora a maior parte das vagas esteja concentrada em órgãos com sede em Brasília (DF), também há postos disponíveis em diversos estados do país. 💰 Salários Os salários iniciais no CNU 2025 variam de R$ 4 mil a R$ 16 mil, dependendo do cargo e do nível de escolaridade exigido. Consulte as remunerações iniciais previstas na tabela abaixo. 📝 Como serão as provas? Diferentemente da primeira edição, realizada em um único dia, o CNU 2025 será dividido em duas etapas: A prova objetiva será aplicada em 5 de outubro de 2025. Ela será composta por uma parte com questões comuns a todos os candidatos (como língua portuguesa, raciocínio lógico e atualidades) e outra com perguntas específicas, conforme o bloco temático escolhido. A prova discursiva será aplicada em 7 de dezembro de 2025, exclusivamente para os candidatos aprovados na primeira fase. O conteúdo e o formato da redação variarão de acordo com a área de atuação. ▶️ PROVA OBJETIVA A prova objetiva será de múltipla escolha, com cinco alternativas e apenas uma correta. A quantidade de questões varia conforme o nível do cargo: Nível Superior: 90 questões no total, sendo 30 de conhecimentos gerais e 60 de conhecimentos específicos. Nível Intermediário: 68 questões, com 20 de conhecimentos gerais e 48 de conhecimentos específicos. ▶️ PROVA DISCURSIVA Na etapa discursiva, os candidatos deverão elaborar textos conforme o nível de escolaridade exigido para o cargo: Nível Superior: 2 questões discursivas, com aplicação das 13h às 16h. Nível Intermediário: 1 redação dissertativa-argumentativa, das 13h às 15h. O tempo de prova também é diferente: Nível Superior: das 13h às 18h (5 horas de duração). Nível Intermediário: das 13h às 16h30 (3h30 de duração). ⏰ Horários Os portões de todos os locais serão fechados às 12h30 (horário de Brasília), e as provas começam às 13h. A duração da prova varia conforme o nível do cargo: Nível superior: 5 horas (13h às 18h) Nível intermediário: 3h30 (13h às 16h30) Os candidatos devem permanecer na sala por, no mínimo, duas horas. O caderno de prova só poderá ser levado caso a saída ocorra na última hora do período estabelecido para cada nível. 📵 O que pode ou não levar Confira as principais orientações para a 2ª edição do CNU g1 📲 O candidato pode apresentar o documento de identidade em versão digital, acessado pelo aplicativo no momento da identificação na entrada da sala. É importante que o app já esteja instalado e testado, pois funciona mesmo sem internet. 👕 O Ministério recomenda o uso de roupas e calçados confortáveis, já que o candidato ficará sentado por várias horas. A FGV fornecerá envelopes porta-objetos para guardar pertences, inclusive o celular, que deve permanecer desligado durante toda a prova. É necessário também desativar alarmes. Os envelopes devem ser lacrados e identificados antes do candidato ocupar a carteira, onde permanecerão guardados. Os pertences só poderão ser retirados, e o celular religado, após o término da prova e fora do local de aplicação. 📝 Folhas de respostas Todas as respostas devem ser obrigatoriamente marcadas no cartão de respostas, único documento aceito para correção. O preenchimento deve ser feito com caneta azul ou preta, de corpo transparente. É responsabilidade do candidato preencher corretamente o cartão, seguindo as instruções do edital e da capa da prova, salvo em casos de atendimento especializado previamente autorizado. A questão será anulada se mais de uma alternativa for assinalada, se nenhuma for marcada ou se o preenchimento descumprir as instruções. Ao concluir a prova, é obrigatório entregar o cartão de respostas junto com o caderno ao fiscal da sala. Após a divulgação dos resultados, a FGV disponibilizará imagens digitalizadas dos cartões de respostas por até 15 dias. Encerrado esse prazo, não serão aceitos pedidos de acesso. 📍 Locais de provas Os candidatos foram distribuídos em locais de aplicação em 228 cidades, de acordo com o CEP informado no momento da inscrição. 📆 Confira o cronograma oficial Prova objetiva: 5/10/2025, das 13h às 18h Disponibilização da imagem do cartão de respostas: 12/11/2025 Convocação para prova discursiva: 12/11/2025 Convocação para confirmação de cotas e PcD: 12/11/2025 Convocação para a avaliação de títulos: 12/11/2025 Envio de títulos: de 13 a 19/11/2025 Cartão de confirmação de inscrição para prova discursiva: 1/12/2025 Prova discursiva (para habilitados na 1ª fase): 7/12/2025 Procedimentos de confirmação de cotas: de 8 a 17/12/2025 Resultado preliminar da avaliação de títulos: 2/1/2026 Divulgação da nota preliminar da prova discursiva: 6/1/2026 Pedidos de revisão das notas da discursiva: de 7 a 8/1/2026 Divulgação da 1ª lista de classificação: 30/1/2026 Segunda edição do Concurso Nacional Unificado (CNU) Ministério da Gestão e Inovação Veja dicas de como estudar para concurso: Como estudar legislação para concurso? Veja dicas de como fazer uma boa redação para concurso



Xícara de café mais cara do mundo custa R$ 3,6 mil e entra para o Guinness


04/10/2025 08:00 - g1.globo.com


Xícara de café mais cara do mundo custa mais de R$ 3,6 mil e entra no Guinness Já imaginou pagar R$ 3.600 em um único cafezinho? Foi o que um homem desembolsou por uma xícara da bebida em setembro em uma cafeteria em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos. O feito entrou para o Guinness World Records, enciclopédia internacional de recordes, como o valor mais caro já pago por uma xícara de café. O item foi vendido pela cafeteria Roasters Specialty Coffee House por 2.500 dirhams (cerca de R$ 3.630). Esse cafezinho de luxo foi feito com grãos da variedade geisha cultivados na Hacienda La Esmeralda, no Panamá. 📱 Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça Disparada do preço do café leva brasileiros a reduzir consumo e mudar critério para compra, diz pesquisa A fazenda é reconhecida internacionalmente por produzir alguns dos cafés mais raros e valiosos do mundo (saiba mais abaixo). Grão usado para fazer a xícara de café mais cara já vendida Divulgação/Roasters Specialty Coffee ☕ A fazenda por trás do café mais caro do mundo A Hacienda La Esmeralda, responsável pelo cultivo do café da xícara mais cara do mundo, fica na cidade de Boquete, no Panamá. Originário da Etiópia, o geisha cultivado pela La Esmeralda é descrito como tendo notas de goiaba, pêssego branco e jasmim. "É um café extraordinário em termos de paladar", segundo a diretora de café da fazenda, Rachel Peterson. A La Esmeralda fica a 2 mil metros acima do nível do mar, e aproveita a altitude para desenvolver grãos com sabores complexos e diferenciados. Por lá, o cultivo é feito em microlotes, estratégia que garante perfis sensoriais distintos em cada safra. Geisha lavado: o café mais caro do mundo Divulgação/ Hacienda La Esmeralda Além disso, o reconhecimento do Guinness não é o único destaque recente da La Esmeralda. Em agosto deste ano, um lote de 20 kg do geisha lavado foi arrematado por US$ 604 mil (mais de R$ 3,3 milhões) durante o leilão anual Best of Panama, organizado pela Associação de Café Especial do país. Na mesma semana, o grão já havia sido arrematado por US$ 23,6 mil (R$ 129 mil) o quilo em um evento internacional de degustação, vendido a uma empresa chinesa. Em junho, o grão também foi eleito o melhor café do Panamá na categoria geisha lavado. Veja mais: As donas do café: marcas populares no Brasil pertencem a empresas estrangeiras; saiba quem são ENTENDA: Café bom do Brasil vai todo para fora? De onde vem o que eu bebo: o café especial que faz o Brasil ser premiado no exterior



Como a escassez de pilotos provocou uma crise nas companhias aéreas


04/10/2025 07:01 - g1.globo.com


Avião é visto decolando no céu de Bruxelas, Bélgica, em 10 de março de 2016. Reuters Voar não é mais o que costumava ser. Longas filas para passar pela segurança, ataques cibernéticos aos sistemas de check-in dos aeroportos, drones levam a cancelamentos de voos, greves trabalhistas, bagagens perdidas e cancelamentos. Agora, além de tudo isso, há uma escassez global de pilotos, e as companhias aéreas sentem os efeitos. Durante e após a pandemia de Covid-19, o treinamento de pilotos foi suspenso em muitos países, enquanto as empresas aguardavam para ver como a pandemia afetaria o setor de viagens. Hoje, com a recuperação das viagens aéreas, há um atraso nos treinamentos, e as escolas de voo têm dificuldades para colocar novos pilotos no ar. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça Ao mesmo tempo, a pandemia inspirou muitos pilotos experientes a se aposentarem inesperadamente, com muitos outros aguardando para pendurar suas asas, principalmente na América do Norte. Isso deixa as companhias aéreas com o duplo desafio de compensar uma onda de aposentadorias e encontrar mais pilotos em meio a uma demanda cada vez maior por viagens aéreas, especialmente viagens de lazer. Quão grande é a escassez de pilotos? "O atual crescimento da demanda por viagens aéreas surpreendeu muitas companhias", disse Christoph Klingenberg, especialista em gestão de companhias aéreas e aeroportos da Universidade de Ciências Aplicadas de Worms, na Alemanha. "Como leva vários anos para treinar pilotos, a situação levará alguns anos para se normalizar." O número ideal de pilotos para preencher as vagas nas companhias aéreas varia muito, dependendo da fonte. Só nos Estados Unidos, serão criadas cerca de 18.200 vagas de emprego para pilotos de companhias aéreas e comerciais a cada ano na próxima década, de acordo com o Manual de Perspectivas Ocupacionais do Departamento de Estatísticas do Trabalho dos EUA. Somados, esses números representam mais de 180 mil novos empregos para pilotos. Considerando tanto o transporte de passageiros quanto o de carga, a fabricante de aeronaves Boeing estimou recentemente que serão necessários 660 mil novos pilotos comerciais em todo o mundo até 2044. Tornar-se piloto é um grande investimento "Aspirantes a pilotos que iniciam seu treinamento hoje estarão bem posicionados para aproveitar as oportunidades emergentes quando se formarem", diz o relatório da Boeing. Para atender a essa enorme demanda, os aspirantes devem ter acesso a "treinamento relevante, acessível e com preços razoáveis". Embora pilotos experientes possam ganhar muito, a jornada para se chegar até a cabine de comando é longa e cara. Nos EUA, o treinamento de voo pode custar mais de 100 mil dólares (R$ 535 mil), um valor assustador que provavelmente desencoraja muitos de sonhar com um emprego na aviação. Além de outras certificações e qualificações, a Administração Federal de Aviação dos EUA (FAA, na sigla em inglês) exige que todos os comandantes de uma companhia aérea que oferece serviços aéreos regulares de passageiros tenham o certificado de piloto de transporte aéreo (ATP). Isso significa 1,5 mil horas adicionais de experiência de voo, um requisito que pode levar de um a dois anos para os pilotos recém-formados cumprirem. No Brasil, a formação completa de um piloto comercial pode custar mais de R$ 400 mil, incluindo cursos teórico e prático, horas de voo e custos dos exames. Aviação comercial no Brasil registra aumento de 10% no número de passageiros  Por que não pagar mais aos pilotos? Recentemente, muitas companhias aéreas, tanto as grandes quanto as regionais, aumentaram o salário dos pilotos para atrair mais inscrições e manter seus quadros de pilotos. "A melhor maneira de tornar o trabalho de piloto comercial mais atraente é aumentar o salário", disse Dan Bubb, professor da Universidade de Nevada, em Las Vegas, especializado em aviação comercial. "Por muitos anos, isso foi especialmente perceptível nas companhias aéreas regionais, onde o salário era deploravelmente baixo." "Hoje, os salários dos pilotos estão no patamar mais alto que já vi há muito tempo", disse Bubb, que também é ex-piloto de linha aérea, à DW. Além de salários-base mais altos, algumas companhias aéreas também oferecem bônus e outras vantagens para contratar e reter pilotos. Outras criam horários mais equilibrados entre vida pessoal e profissional para as tripulações. Todos esses custos, porém, aumentam o preço das passagens. Mas, nem todas as empresas são tão generosas. Nesta semana, os pilotos da Lufthansa votaram a favor de uma greve após o fracasso das negociações sobre as contribuições previdenciárias, embora, até o momento nenhuma data para a paralisação tenha sido anunciada. Esta seria a primeira greve de pilotos da Lufthansa desde 2022. Aposentadoria compulsória aos 60, 65 ou 67 anos? Há duas décadas, pilotos de companhias aéreas internacionais eram obrigados a se aposentar aos 60 anos, de acordo com as regras estabelecidas pela Organização da Aviação Civil Internacional (OIAC). A agência da ONU com sede em Montreal, no Canadá, define regulamentações para a aviação civil em mais de 190 países. Com os avanços na área da saúde, a idade de aposentadoria foi elevada em 2006 para 65 anos. Contudo, em meio à escassez de pilotos e a um rigor ainda maior sobre os padrões de saúde dos profissionais, alguns propõem aumentar a idade de aposentadoria para 67 anos. "A experiência de voo, frequentemente associada à idade, está significativamente correlacionada com a segurança da aviação", escreveu o senador americano Ted Cruz em uma carta de 19 de setembro ao presidente Donald Trump, buscando apoio para o aumento da idade obrigatória de aposentadoria dos pilotos. "Ter uma idade de aposentadoria 'arbitrária' também torna as viagens aéreas mais caras", acrescentou Cruz. "Como vocês sabem, em termos econômicos, menos oferta necessariamente leva a preços mais altos." Seja qual for a justificativa econômica por trás disso, a ideia encontrou oposição dos sindicatos de pilotos. Até o momento, tanto a Organização da Aviação Civil quanto a FAA preferem manter a idade de aposentadoria atual. O que mais fazer para atrair pilotos? "Para manter o fluxo de novos pilotos e a satisfação dos que já estão no ar, as companhias aéreas precisam aumentar seus esforços de contratação, expandir as instalações de treinamento e recrutar pilotos de outras companhias aéreas não comerciais", argumenta Christoph Klingenberg. Ele acredita que aumentar a idade de aposentadoria para 67 anos possa ser um passo na direção certa. Algumas companhias aéreas ao redor do mundo contratam pilotos com consideravelmente menos horas de serviço, oferecendo grandes bônus e dispensando certos requisitos, segundo Bubb. Ainda assim, eles também precisam passar por treinamento rigoroso e uma série de exames antes de poderem assumir o manche de uma aeronave. Mais IA e automação na cabine? A inteligência artificial (IA) ou o aumento da automação na cabine poderiam compensar a falta de pilotos? "Enquanto muitos setores aderem à ideia de usar IA para otimizar o trabalho, as companhias aéreas ainda hesitam", disse Klingenberg. Ele não espera que isso vá mudar muito nas próximas décadas. A IA desempenhará um papel significativo, mas não substituirá os pilotos, na avaliação de Bubb. "Não tenho dúvidas de que a IA tornará as viagens aéreas mais eficientes, em termos de tempo e consumo de combustível, mas não substituirá os humanos", disse. Quanto a colocar mais pilotos no ar, isso realmente depende de quantos serão necessários, à medida que aumenta a demanda por viagens aéreas. "Espero que a situação melhore depois de 2030, então pode levar cinco anos para se recuperar", concluiu Klingenberg. Bubb acredita que a situação da escassez "permanecerá moderada" e vê possibilidades para o setor. "É uma oportunidade para as companhias aéreas planejarem com antecedência, para que sejam proativas em vez de reativas sempre que houver uma iminente escassez de pilotos", acrescentou.



Um ano para as eleições 2026: após tentativa frustrada, número de vagas na Câmara será o mesmo; entenda


04/10/2025 07:01 - g1.globo.com


STF mantém número de deputados federais por estado A Câmara dos Deputados terá 513 cadeiras em disputa em 2026. A um ano das eleições, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que, para o pleito do próximo ano, fica mantido o atual número de vagas na Casa Legislativa. O tribunal analisou um pedido do presidente do Congresso, senador Davi Alcolumbre (União Brasil-AP). Na prática, ficou para 2030 a atualização do tamanho da Câmara. Em 2023, a Corte definiu que é preciso atualizar a distribuição de vagas por unidade da federação. O tema foi debatido no Congresso nos últimos meses. Uma proposta, que aumentava para 531 o número de deputados, chegou a ser aprovada pelo Poder Legislativo, mas foi vetada pelo governo Lula. Veja o que decidiram Congresso, governo e STF sobre o tamanho da Câmara. O que diz a lei sobre o número de deputados? 🔎 Para entender: A Constituição determina que o número de deputados deve ser definido por lei complementar, com base na população de cada estado. O cálculo deve ser feito no ano anterior à eleição. Cada estado pode ter entre 8 e 70 deputados. A lei complementar de 1993 fixou o total em 513 deputados, respeitando os limites previstos na Constituição. A lei prevê que os dados do Censo do IBGE devem ser usados para calcular a representação de cada estado. O Tribunal Superior Eleitoral deveria divulgar esses números antes de cada eleição, mas isso não tem sido feito. Supremo determinou atualização em 2023 Em agosto de 2023, o Supremo Tribunal Federal reconheceu que há uma omissão do Congresso sobre o tema e que isso tem impactos para a democracia. Assim, decidiu fixar um prazo para que os parlamentares aprovassem uma lei para atualizar a quantidade de deputados por estado, com base na população de cada unidade da federação. Por unanimidade, foi seguida a proposta do relator do processo, o ministro Luiz Fux. Ficou, então, estabelecido que os congressistas deveriam editar uma lei sobre o tema até 30 de junho de 2025. Congresso aprovou aumento de vagas Em junho, perto do fim do prazo dado pelo STF, Câmara e Senado aprovaram uma proposta para mudar o número de deputados. Decidiram aumentar o número de deputados de 513 para 531 a partir de 2027. O Supremo tinha previsto, na decisão de 2023, a readequação das vagas, sem necessariamente um aumento do número de cadeiras. A medida redistribuiu cadeiras entre os estados, elevando o número de representantes de unidades da federação que ganharam população nas últimas décadas — como Amazonas, Santa Catarina, Goiás e Pará. Por outro lado, estados que perderam participação populacional, como Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Piauí, mantiveram o mesmo número de vagas. Lula vetou projeto que aumentava número de deputados Em julho, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva vetou a proposta. Segundo mensagem enviada ao Congresso, o veto foi recomendado pelos ministérios da Justiça, Fazenda e Planejamento, além da Advocacia-Geral da União. O governo alegou que o projeto é inconstitucional e gera aumento de gastos obrigatórios sem estimativa de impacto, fonte de recursos ou medidas de compensação. Os custos afetariam tanto a União quanto os estados. O veto ainda não foi votado pelo Congresso, e o processo legislativo continua em aberto. STF confirma 513 deputados para 2026 Em uma nova decisão, o Supremo manteve a configuração da Câmara para as eleições de 2026. Assim, estarão em disputa 513 cadeiras, com as divisões de bancada atuais por estados. A Corte atendeu a um pedido do presidente do Congresso Nacional, senador Davi Alcolumbre (União-AP). O parlamentar solicitou que o tribunal deixasse para aplicar os efeitos da decisão de 2023 apenas nas eleições de 2030. Prevaleceu o voto do relator, ministro Luiz Fux. Na decisão, ele lembrou que o veto do presidente Lula ainda está pendente de apreciação. Ressaltou ainda que, a um ano da eleição, é preciso ter clara a regra que vai valer para a disputa de 2026. Deputados na sessão do Plenário Fonte: Agência Câmara de Notícias Vinicius Loures/Câmara dos Deputados



Com isenção do IR para quem ganha até R$ 5 mil, população deverá gastar mais, dizem especialistas


04/10/2025 07:01 - g1.globo.com


Isenção do IR: calculadora mostra quanto você deixará de pagar A ampliação da faixa de isenção do Imposto de Renda para quem até R$ 5 mil por mês deve injetar recursos na economia, dizem especialistas. Os analistas explicam que as pessoas que se beneficiarão com a medida são as com renda menor, vista como mais propensa a gastar. Isso estimula o Produto Interno Bruto (PIB), mas, por outro lado, pode pressionar a inflação e impactar na taxa de juros, avaliaram economistas. 🔎 Aprovada por unanimidade na Câmara dos Deputados nesta semana, a proposta, enviada pelo governo, ainda tem de passar pelo crivo do Senado Federal para ter validade em 2026. Além da isenção, haverá redução do imposto pago para quem recebe até R$ 7.350 por mês, beneficiará cerca de 15 milhões de pessoas - que deixarão de pagar imposto, ou pagarão menos. ➡️ Imposto de Renda: calculadora mostra quanto você deixará de pagar com nova isenção Ampliação da faixa de isenção de imposto de renda é uma das principais propostas econômicas do governo Lula Getty Images via BBC Impacto na atividade Para André Valério, economista sênior do Inter, a isenção do imposto de renda para quem ganha até R$ 5 mil por mês pode ser visto como um "grande choque positivo de renda disponível". "Com essa proposta, cerca de 65% dos declarantes de imposto de renda estão isentos de contribuir, com nossa estimativa sugerindo uma transferência de renda na casa dos R$ 32,8 bilhões [em 2026] para os consumidores, que, terão, portanto, essa renda extra para usufruir, com boa parte desse valor sendo redirecionado ao consumo", disse. 👉🏽 Ele disse esperar que os setores que mais se beneficiem sejam o de educação, serviços pessoais e higiene e cuidados pessoais. Leonardo Costa observou que o ganho de renda concentra-se em faixas médio-baixas e médias formais, onde a propensão a consumir é alta. Ele estimou que o impulso é positivo e transitório, ajudando o "carregamento" do PIB para 2026, de 0,1 a 0,2 ponto percentual em 12 meses. "Espera-se impulso ao consumo corrente ao longo de 2026, com maior tração em supermercados e alimentos, farmácias e higiene, serviços pessoais e de proximidade, restaurantes e transporte/telecom, além de itens semiduráveis. Bens duráveis podem reagir, mas o efeito é contido enquanto o juro real seguir elevado", avalia. Efeito na inflação e nos juros Para Valério, ao elevar os gastos da população e o nível de atividade, a medida também pressiona a inflação. Ele avaliou, porém, que o resultado dependerá de sua interação com o restante da economia. Leonardo Costa acredita que o efeito sobre a inflação será mais visível em serviços. André Valério avalia que, em uma hipótese de diminuição de consumo dos mais ricos, fonte de compensação para a isenção até R$ 5 mil, a arrecadação pode vir abaixo do previsto, e, com isso, acabar não compensando totalmente a perda de receita com a ampliação da faixa de isenção. "Nesse caso, teríamos um aumento na percepção do risco fiscal que já é elevado, com as taxas de juros de mercado e a taxa de câmbio exigindo um prêmio de risco maior [juros e dólar mais altos, pelo impacto negativo nas contas públicas], o que pode retirar parte do estímulo econômico da medida", disse. Em sua visão, o aumento de gastos vai contra o objetivo da política de juros do Banco Central, de frear o ritmo crescimento da economia para conter a alta de preços, mas avalia que o atual patamar da taxa Selic, o maior em quase 20 anos, é suficiente para buscar o atingimento das metas de inflação. "Porém, é uma medida que pode tornar o Copom ainda mais cauteloso sobre como proceder nas próximas reuniões. Ainda assim, esperamos que o Copom inicie o ciclo de corte nos juros na reunião de janeiro", conclui. Mercado de trabalho Para Carlos Braga Monteiro, CEO do Grupo Studio, as mudanças no IR, com isenção até R$ 5 mil e taxação dos mais ricos, farão com nas empresas tenham de se adaptar a um cenário de maior complexidade e revisar contratos, benefícios e estruturas internas. "A elevação da faixa de isenção do IR exige que empresas revisem custos trabalhistas e incentivos fiscais para preservar margens. [...] A maior taxação sobre altas rendas deve acelerar ajustes societários e reestruturações patrimoniais. Manter performance dependerá de eficiência operacional e disciplina tributária", disse. Leonardo Costa avaliou que o impacto das novas regras sobre negociações salariais é ambíguo, pois de um lado, salários líquidos mais altos podem reduzir a pressão por reajustes em categorias organizadas, já que haverá ganho de renda pelas mudanças no IR. "Mas, por outro lado, o estímulo ao consumo de serviços em um ambiente de mercado de trabalho aquecido pode sustentar demandas por aumentos salariais, especialmente em setores onde a oferta de mão de obra é restrita. O resultado líquido depende do equilíbrio entre esses dois vetores, mas a tendência é de moderação apenas parcial da pressão de custos", concluiu Leonardo Costa, do ASA. Imposto de Renda: veja quanto você pode deixar de pagar se recebe até R$ 7.350 Arte/g1



Mega-Sena pode pagar R$ 12 milhões neste sábado


04/10/2025 03:01 - g1.globo.com


Mega-Sena Marcelo Brandt/G1 O concurso 2.923 da Mega-Sena pode pagar um prêmio de R$ 12 milhões para os acertadores das seis dezenas. O sorteio ocorre às 20h deste sábado (4), em São Paulo. Clique aqui para seguir o canal de Loterias do g1 no WhatsApp No concurso da última quinta (2), ninguém levou o prêmio máximo. A aposta mínima para a Mega-Sena custa R$ 6 e pode ser realizada também pela internet, até as 19h – saiba como fazer a sua aposta online. A Mega tem três sorteios semanais: às terças, quintas e sábados. Entenda como funciona a Mega-Sena e qual a probabilidade de ganhar o prêmio Para apostar na Mega-Sena As apostas podem ser realizadas até as 19h (horário de Brasília) em qualquer lotérica do país ou por meio do site e aplicativo Loterias Caixa, disponíveis em smartphones, computadores e outros dispositivos. É necessário ter 18 anos ou mais para participar. O pagamento, nesse caso, é realizado de forma online, com opção via PIX. Probabilidades A probabilidade de vencer em cada concurso varia de acordo com o número de dezenas jogadas e do tipo de aposta realizada. Para um jogo simples, com apenas seis dezenas, que custa R$ 6, a probabilidade de ganhar o prêmio milionário é de 1 em 50.063.860, segundo a Caixa. Já para uma aposta com 20 dezenas (limite máximo), com o preço de R$ 232.560,00, a probabilidade de acertar o prêmio é de 1 em 1.292, ainda de acordo com a instituição.



CNU 2025: saiba o que fazer (ou não) na véspera da prova


04/10/2025 03:01 - g1.globo.com


CNU 2025: saiba o que fazer (ou não) na véspera da prova Depois de revolucionar a forma como os concursos públicos são organizados no Brasil, o Concurso Nacional Unificado (CNU) chega à sua segunda edição, marcada para este domingo (5). Ao longo do dia, o g1 fará cobertura ao vivo do processo seletivo e terá os gabaritos extraoficiais. CNU 2025: veja COBERTURA AO VIVO no g1 Clique aqui para seguir o canal do g1 Concursos no WhatsApp Neste ano, o CNU teve mais de 761 mil inscritos. O número é expressivo, mas menor que o da primeira edição, em agosto do ano passado, quando o “Enem dos Concursos” atraiu mais de 2,1 milhões de candidatos. Ainda assim, a disputa continua acirrada. E aí surge a dúvida: o que fazer na véspera de um concurso tão concorrido? Como organizar os estudos, controlar a ansiedade e chegar preparado para o dia da prova? Para ajudar, o g1 reuniu seis dicas práticas de três professores especialistas em preparação para concursos. São elas: 🗺️ Planeje o deslocamento ✅ Revise o que levar 🍎 Evite mudanças radicais na alimentação 📚 Não é hora de aprender 😴 Economize energia 🏋️‍♂️ Não se cobre demais 🗺️ Planeje o deslocamento É importante que os inscritos calculem com antecedência o tempo necessário para chegar ao local de prova indicado no cartão de confirmação de inscrição. (veja como acessar) Diferentemente da primeira edição, aplicada em um único dia, o CNU 2025 será dividido em duas etapas eliminatórias. Neste domingo será realizada apenas a prova objetiva. Os portões serão fechados às 12h30 (horário de Brasília), e as provas terão início às 13h. É preciso atenção ao cronograma em estados com fuso horário diferente. “Além de calcular o tempo de deslocamento, é importante sair com antecedência. Imprevistos podem acontecer. Existem vários aplicativos que ajudam a calcular o trajeto”, orienta Viviane Rocha, professora de técnicas de estudo da Central de Concursos. Volte ao índice. ✅ Revise o que levar Alguns itens são obrigatórios para o exame. Para evitar correria no dia da prova, o candidato deve reservar um tempo para separar o material com antecedência. Confira as principais orientações para a 2ª edição do CNU g1 Volte ao índice. 🍎 Evite mudanças radicais na alimentação Os candidatos devem evitar mudanças bruscas na alimentação ou na rotina, tanto na véspera quanto no dia da prova. Atenção especial ao almoço: comidas pesadas podem atrapalhar o desempenho durante o exame. “Qualquer mudança radical pode causar desconforto. Se você já tem um hábito alimentar que funciona, mantenha”, explica Carlinhos Costa, coordenador da Gran Concursos. Volte ao índice. 📚 Não é hora de aprender Às vésperas da prova, muitos candidatos pensam em fazer uma “maratona” de estudos, mas essa não é uma boa estratégia. Segundo Eduardo Cambuy, a tensão da véspera não favorece a assimilação de novos conteúdos, e longas horas de estudo podem causar desgaste físico. “É melhor reforçar o que já foi estudado. Não é hora de aprender conteúdos novos. Muitos candidatos não reprovam por falta de conhecimento, mas por errar em assuntos que já conheciam.” O professor recomenda, em vez disso, uma revisão rápida do que já foi estudado ou simplesmente usar o dia para descansar. Volte ao índice. 😴 Economize energia Cada candidato deve avaliar seus próprios limites, pois algumas pessoas conseguem manter a rotina mesmo após participar de eventos. Por outro lado, Cambuy recomenda evitar bebidas alcoólicas na véspera da prova para não correr o risco de enfrentar uma ressaca. “O candidato focado não se deixa abalar por um show ou festa, pois sua prioridade é a prova. Já outros, que se sentem preparados, podem buscar um momento de distração — sempre com moderação.” Volte ao índice. 🏋️‍♂️ Não se cobre demais Segundo Viviane Rocha, o medo de não ter um bom desempenho e a pressão por conquistar um cargo público podem atrapalhar durante a prova. A autocobrança excessiva pode gerar nervosismo. “Minha dica é: respire e confie. Você estudou e está preparado. E lembre-se: essa não é a única oportunidade de conquistar um cargo público. Não será o fim do mundo se você não passar.” Volte ao índice. ⏰ Programação da prova 12h30: fechamento dos portões 13h: início das provas da tarde 15h: tempo mínimo para deixar a sala 16h30: fim das provas para candidatos de nível médio 18h: fim das provas para candidatos de nível superior Volte ao índice. 📆 Confira o cronograma oficial Prova objetiva: 5/10/2025, das 13h às 18h Disponibilização da imagem do cartão de respostas: 12/11/2025 Convocação para prova discursiva: 12/11/2025 Convocação para confirmação de cotas e PcD: 12/11/2025 Convocação para a avaliação de títulos: 12/11/2025 Envio de títulos: de 13 a 19/11/2025 Cartão de confirmação de inscrição para prova discursiva: 1/12/2025 Prova discursiva (para habilitados na 1ª fase): 7/12/2025 Procedimentos de confirmação de cotas: de 8 a 17/12/2025 Resultado preliminar da avaliação de títulos: 2/1/2026 Divulgação da nota preliminar da prova discursiva: 6/1/2026 Pedidos de revisão das notas da discursiva: de 7 a 8/1/2026 Divulgação da 1ª lista de classificação: 30/1/2026 Volte ao índice. Corretores viralizam ao mostrar imóveis de luxo e faturam alto com comissões



'Sem fake news aqui': secretário do Tesouro dos EUA diz que plano para moeda de US$ 1 com o rosto de Trump é real


04/10/2025 03:01 - g1.globo.com


Secretário confirma plano para moeda de US$ 1 com rosto de Trump O Departamento do Tesouro dos Estados Unidos divulgou nesta sexta-feira (3) um rascunho de moeda de US$ 1 com a imagem do presidente Donald Trump. A peça faz parte das comemorações dos 250 anos da declaração de independência, em 2026. ✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp Um lado da moeda mostra Trump de perfil, com a palavra “liberty” (liberdade) acima e a inscrição “1776-2026” abaixo. O outro lado traz o presidente com o punho cerrado erguido, acompanhado da frase “fight, fight, fight” (lute, lute, lute), em referência ao que ele disse após sobreviver a uma tentativa de assassinato em 2024. Uma bandeira aparece ao fundo. Em publicação nas redes sociais, o secretário do Tesouro norte-americano, Scott Bessent, afirmou que os rascunhos são reais e que deve divulgar mais novidades sobre o tema quando o shutdown do governo dos EUA acabar. Rascunho mostra moeda de US$ 1 com o rosto de Trump Departamento do Tesouro dos EUA Um porta-voz do Tesouro afirmou que o design final da moeda ainda não foi escolhido, mas que o rascunho “reflete o espírito duradouro do país e da democracia, mesmo diante de grandes obstáculos”. O Congresso aprovou em 2020 uma lei autorizando a cunhagem de moedas de US$ 1 em 2026, com “designs emblemáticos do semiquincentenário” dos EUA. Mas a proposta gerou debate sobre a legalidade. Atualmente, a legislação dos Estados Unidos proíbe que moedas comemorativas do aniversário nacional tragam “retratos de busto ou de ombro de pessoas vivas ou mortas, assim como retratos de pessoas vivas no reverso”. Juristas destacam que a lei restringe bustos ou retratos de ombro, o que pode abrir espaço para a ilustração mais ampla de Trump usada no rascunho. Além disso, um decreto de 1866 veda retratos de pessoas vivas em cédulas de papel, mas não se aplica às moedas. Outro trecho de uma lei de 1792, alterada ao longo dos anos, impede retratos de presidentes vivos em moedas de US$ 1 da série que homenageia ex-líderes do país. Mas não há restrição específica quando a emissão é para outras comemorações, como a do 250º aniversário. Na celebração do bicentenário, em 1976, o Tesouro promoveu um concurso nacional. O dólar comemorativo trazia o Sino da Liberdade e a lua em um lado, e no outro o ex-presidente Dwight D. Eisenhower, morto em 1969. Questionada nesta sexta se Trump já viu o projeto, a porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, disse: “Não sei se ele já viu, mas tenho certeza de que vai gostar.” 13 de julho - Donald Trump, então candidato à presidência dos Estados Unidos, sofreu um atentado na Pensilvânia, durante um comício. Trump foi atingido de raspão na orelha direita. Um homem que participava do evento morreu. O atirador, identificado como Thomas Matthew Crooks, de 20 anos, foi morto. AP Foto/Evan Vucci



Toyota de Indaiatuba volta atrás em layoff e anuncia retomada gradual das atividades a partir de novembro


03/10/2025 21:20 - g1.globo.com


Fábrica da Toyota em Indaiatuba (SP) Divulgação A Toyota do Brasil anunciou, nesta sexta-feira (3), a retomada gradual das operações nas plantas de Indaiatuba e Sorocaba, que tiveram suas atividades paralisadas após vendaval que atingiu a fábrica de Porto Feliz no dia 22 de setembro. De acordo com a empresa, a volta da produção acontece a partir de 3 de novembro, com motores e peças importados de outras unidades no exterior — leia a nota na íntegra abaixo. O anúncio ocorre quatro dias após a empresa informar que adotaria o layoff, como alternativa para manutenção dos empregos. No entanto, com a retomada nas produções, somente a planta de Porto Feliz aderirá ao sistema. Já os trabalhadores de Indaiatuba e Sorocaba retornam ao trabalho no dia 21 de outubro, após o término das férias emergenciais. A informação foi confirmada por Derci Jorge Lima, diretor do Sindicato dos Metalúrgicos de Campinas. 🔎A planta de Porto Feliz é responsável pela fabricação de motores. Já as plantas de Indaiatuba e Sorocaba são responsáveis pela montagem dos modelos Corolla, Corolla Cross e Yaris Hatch e Yaris Cross. Em nota, a Toyota afirmou que "produzirá as versões híbridas dos modelos Corolla e Corolla Cross, tanto para os mercados doméstico quanto de exportação", e também informou que "o plano de produção para novembro e dezembro contempla a recuperação do volume de veículos híbridos não produzidos entre 23 de setembro e 31 de outubro". Já na fábrica de Porto Feliz (SP), o reinício das operações segue sem prazo definido devido à grande extensão dos danos. Atualmente, os trabalhos na unidade priorizam a análise da condição dos equipamentos e sua transferência temporária para outras localidades. Segundo Lima, um barracão alugado em Sorocaba será usado temporariamente para a retomada de produção de motores, atpe que a planta de Porto Feliz seja reconstruída. Impacto no setor A paralisação das fábricas de Indaiatuba e Sorocaba causaram impacto na cadeia de fornecedores automotores. É o caso da multinacional Hitachi Astemo, que tem 40% da produção de freios destinada à Toyota. Segundo Abraão Neto, diretor sindical que trabalha na empresa há 12 anos, 26 pessoas foram demitidas da fábrica de Campinas, um dia após vendaval atingir a Toyota de Porto Feliz. O número corresponde a 8% do total de trabalhadores da planta, que conta com 320 funcionários. "Eles não procuraram dialogar com o sindicato, como fez a Toyota. Eles tomaram uma decisão e fizeram o desligamento. Faltou o diálogo e nós estamos dispostos a dialogar", afirmou o dirigente. Um funcionário que foi desligado e preferiu não se identificar conversou com o g1. Ele trabalhava há 12 anos na Astemo e é o único responsável por sustentar a família. Segundo ele, "poderia ter sido diferente, poderiam ter amparado os trabalhadores e tentado acordo com o governo como foi na pandemia", sugeriu. Em nota, o Astemo disse que "devido a ajustes na atividade de produção, um número limitado de posições foi infelizmente impactado, em conformidade coma a legislação trabalhista". A empresa também afirmou que está operando com capacidade reduzida e optou por colocar parte da força de trabalho em férias em outubro de 2025 e em novembro de 2025. Planta de Indaiatuba Instalada em 1998, a fábrica da Toyota em Indaiatuba foi a segunda da marca no Brasil e fabricou mais de 1 milhão de unidades do modelo Toyota Corolla. Atualmente, a unidade conta com 1600 trabalhadores. Em maio do ano passado, a empresa acertou acordo para fechar a unidade de Indaiatuba até 2026, transferindo a operação para a fábrica de Sorocaba, que seria ampliada. A previsão é de que isso aconteça até julho. Segundo Lima, o planejamento não será alterado por conta da suspensão das atividades após o vendaval. Fábrica de motores da Toyota, em Porto Feliz (SP), teve a cobertura arrancada pelo vento Vinicius Rogillim/Arquivo Pessoal O que diz a Toyota? Leia, abaixo, o posicionamento divulgado pela empresa em 3 de outubro: "A Toyota do Brasil agradece profundamente as várias mensagens de apoio e solidariedade de governos, autoridades, associações, sindicatos, montadoras, fornecedores, distribuidores, concessionários, parceiros, colaboradores e da sociedade nas últimas semanas, após o incidente que afetou a planta de motores de Porto Feliz (SP). Esse suporte reforça a união de esforços em prol do desenvolvimento da indústria nacional. Com grande apoio dos executivos da matriz, demais unidades da Toyota no mundo, fornecedores e um time de colaboradores dedicados, a empresa comunica seu plano de retorno gradual das operações em Sorocaba (SP) e Indaiatuba (SP). A partir do dia 3 de novembro, ocorrerá a retomada gradual da produção de veículos nas fábricas de Indaiatuba (SP) e Sorocaba (SP), priorizando a saúde e segurança das pessoas e a qualidade dos produtos. A retomada ocorrerá com motores e peças importados de outras unidades no exterior. Nesta primeira etapa, a Toyota do Brasil produzirá as versões híbridas dos modelos Corolla e Corolla Cross, tanto para os mercados doméstico quanto de exportação, sendo que o plano de produção para novembro e dezembro contempla a recuperação do volume de veículos híbridos não produzidos entre 23 de setembro e 31 de outubro. Na fábrica de Porto Feliz (SP), o reinício das operações segue sem prazo definido devido à grande extensão dos danos. Atualmente, os trabalhos na unidade priorizam a análise da condição dos equipamentos e sua transferência temporária para outras localidades. Com isso, a suspensão temporária de contrato de trabalho (lay-off) será aplicada somente aos colaboradores de Porto Feliz, enquanto os colaboradores de Sorocaba e Indaiatuba retornam ao trabalho no dia 21 de outubro, após o término das férias emergenciais. Em janeiro de 2026, a produção de veículos com motores convencionais será retomada tanto para o mercado brasileiro quanto para exportação, abrangendo os veículos da linha de produção atual – Corolla e Corolla Cross, além do Yaris Hatch, exclusivamente para exportação. A produção aumentará gradualmente até atingir o volume regular em fevereiro. Quanto ao modelo Yaris Cross, a Toyota segue em preparação e a data do seu lançamento será informada em breve. A empresa está atenta à evolução da situação e manterá a todos informados sobre eventuais ajustes no plano de retomada. A inestimável ajuda da matriz, afiliadas Toyota no mundo e fornecedores, nos dá coragem e confiança para seguir firmes e fortes em nossa recuperação e no compromisso com a entrega de soluções de mobilidade sustentável para nossos clientes na América Latina e Caribe." Toyota suspende produção de veículos por tempo indeterminado na fábrica de Indaiatuba VÍDEOS: tudo sobre Campinas e região Veja mais notícias sobre a região no g1 Campinas



Toyota retomará produção no Brasil em novembro; motores virão do Japão


03/10/2025 19:00 - g1.globo.com


Fábrica de motores da Toyota, em Porto Feliz (SP), teve a cobertura arrancada pelo vento Vinicius Rogillim/Arquivo Pessoal A Toyota do Brasil vai retomar a produção de veículos nas fábricas de Indaiatuba e Sorocaba apenas em novembro, após mais de um mês de paralisação. A informação foi anunciada pelo presidente da companhia, Evandro Maggio, ao g1, nesta sexta-feira (3). As três fábricas da Toyota no Brasil, todas situadas no estado de São Paulo, estão paradas desde setembro, após uma tempestade com ventos de até 90 km/h atingir a unidade de Porto Feliz. (Entenda mais abaixo) ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 Carros no WhatsApp A fábrica de Porto Feliz, responsável pela produção e fornecimento de motores para as demais unidades, segue parada e sem previsão de retomada. A planta produz 205 mil unidades por ano, cerca de 800 por dia. Deste total, 21 mil são exportados para os Estados Unidos. “A unidade continuará parada porque os danos foram severos. Em Indaiatuba e Sorocaba, a produção voltará de forma gradual, priorizando a segurança das pessoas e a qualidade dos veículos”, disse o executivo. Para viabilizar a retomada da produção nas demais fábricas, a Toyota vai importar motores do Japão. Segundo Maggio, no entanto, ainda não foi definida a quantidade exata de motores a serem importados, uma vez que a demanda será avaliada mês a mês. De acordo com o presidente da Toyota, os primeiros modelos a voltarem à linha de montagem serão o Corolla e o Corolla Cross, dois dos mais vendidos da marca. Inicialmente, no entanto, a produção será voltada apenas para as versões híbridas flex. A previsão é que as versões convencionais dos dois modelos e os demais carros a combustão — flex e gasolina —, só voltem a ser produzidos no país entre janeiro e fevereiro de 2026. O Yaris hatch também deve entrar na linha de montagem nesse período, mas sua produção será voltada à exportação, já que o modelo deixou de ser vendido no Brasil. 🔎 Veja os modelos que voltam à produção em novembro: Corolla GLi HEV: R$ 189.000; Corolla Altis Premium: R$ 199.990; Corolla Cross XRX: R$ 219.890. Temporal destelha fábrica de motores e carro capotado durante temporal em Porto Feliz LEIA MAIS Expansão, novos carros e desmanche: os planos da Toyota para os R$ 11,5 bilhões em investimentos no Brasil Volkswagen T-Cross é o SUV mais vendido até setembro; veja o ranking Férias emergenciais Após os danos causados pelo vendaval, a Toyota iniciou, em 24 de setembro, negociações com sindicatos para preservar empregos nas três unidades. Assim, todos os trabalhadores foram colocados em férias emergenciais até 20 de outubro. Com a nova previsão de retomada das fábricas de Indaiatuba e Sorocaba, no entanto, os planos mudaram: Indaiatuba: os 1.500 empregados voltarão ao trabalho em 21 de outubro; Sorocaba: os 5.800 voltarão ao trabalho em 21 de outubro; Porto Feliz: os 800 funcionários seguirão em layoff (suspensão temporária do contrato) por tempo indeterminado. Tempestade em Porto Feliz Após a tempestade de 22 de setembro, a Toyota suspendeu a produção de motores em Porto Feliz no dia seguinte. A unidade fica entre as fábricas de Indaiatuba e Sorocaba e é fundamental para o funcionamento das demais fábricas, já que fornece os motores. Temporal e ventania causou estragos em uma fábrica da Toyota em Porto Feliz (SP) Régis Rosa/TV TEM “O plano de novembro e dezembro é recuperar o volume de híbridos não produzidos entre 23 de setembro e 31 de outubro”, informou Maggio. O incidente ocorreu em um momento de forte desempenho do Corolla Cross, que foi o SUV mais vendido no Brasil pelo segundo mês consecutivo em setembro, à frente de Honda HR-V e Volkswagen T-Cross. Apesar dos danos estruturais no prédio, os equipamentos foram preservados. “As máquinas tiveram apenas danos superficiais. Vamos transferi-las para outro local, na mesma área da fábrica de Porto Feliz, para evitar novos riscos”, explicou. Os operários trabalham na remoção dos escombros, mas a área ainda é considerada de risco. O prejuízo não foi contabilizado. Ainda não há data para retomada da produção de motores. “Nossa prioridade é restabelecer a operação. Precisamos manter a cadeia produtiva funcionando, já que fornecedores e concessionárias dependem de nós. A produção voltará gradualmente”, disse o presidente da Toyota. Maggio destacou que, apesar do impacto da tempestade, não houve fatalidades. “Todos os colaboradores estão bem. Os 18 feridos receberam atendimento imediato e seguem acompanhados, tanto física quando psicologicamente”, afirmou. “Estamos recebendo apoio da matriz e de fornecedores no mundo todo. Isso nos dá confiança para avançar na recuperação e manter nosso compromisso com a mobilidade sustentável na região”, completou. A retomada das fábricas da Toyota ocorre em meio aos planos de expansão e investimento da companhia. Como já foi divulgado pelo g1, a expectativa é que a fábrica de Indaiatuba seja desativada até julho de 2026. Os carros que atualmente são produzidos em Indaiatuba passarão para uma nova unidade da marca, também localizada em Sorocaba. A fábrica, chamada de "Sorocaba 2", está em construção e será concluída no segundo semestre do ano que vem. Na fábrica de Sorocaba 1, são produzidos o Corolla Cross e o Yaris para exportação. O Yaris Cross, que ainda terá o lançamento anunciado pela Toyota (veja abaixo), também será fabricado lá. Empresa adia lançamento do Yari Cross Com a retomada parcial da produção no Brasil, a empresa ainda não definiu uma nova data para o lançamento do Yaris Cross, previsto inicialmente para o fim de outubro. O modelo deve concorrer com Honda WR-V, Renault Kardian e Volkswagen Tera. Toyota Yaris Cross divulgação/Toyota O Yaris Cross terá motor 1.5 híbrido flex de injeção direta, diferente do 1.8 híbrido utilizado no Corolla e Corolla Cross. Segundo o presidente da Toyota, a empresa avalia alternativas no exterior para a produção desse motor. A estrutura ferramental para produção desse motor, conforme Maggio, será a última etapa na recuperação da Toyota após o vendaval. Hiace: chegou a Sprinter da Toyota



Boteco do Manolo transforma tradição brasileira em franquias de sucesso e inova com app


03/10/2025 18:09 - g1.globo.com


A abertura de uma franquia é um caminho atraente para quem quer empreender. E, ao mesmo tempo, desafiador, seja no Brasil ou nos Estados Unidos. Cada país tem legislação, tributos, regras de operação e até expectativas de consumo diferentes. Para o investidor, compreender essas nuances culturais e administrativas é essencial para garantir que a marca mantenha sua essência e se adapte ao novo mercado. Um case de quem soube fazer essa transição com sucesso é o Boteco do Manolo. A rede, que nasceu no Brasil, no Rio de Janeiro, conquistou também o paladar internacional. Nos EUA, os restaurantes atraem a comunidade brasileira com saudade de casa, e também americanos e latinos em busca de uma experiência gastronômica especial. O resultado é um exemplo de internacionalização de marca que deu certo. Boteco do Manolo se tornou referência no Brasil e nos EUA Divulgação “O desafio americano foi enorme. Porque não adianta você fazer uma comida que só os brasileiros gostem. Fica um público limitado. Precisávamos manter a essência do nosso boteco brasileiro e, ao mesmo tempo, conquistar um público completamente novo. E conseguimos esse feito, nos tornamos referência. Hoje, ver americanos, latinos e brasileiros dividindo mesas, brindando com nosso chope e curtindo música ao vivo é a maior prova de que valeu a pena”, comentou Suyen Horta, COO do Boteco do Manolo. “Esse sucesso é resultado de muito planejamento, de uma equipe apaixonada e dedicada e de franqueados que acreditam na força da marca. Para nós, é motivo de orgulho mostrar que o sabor e a alegria do Brasil podem encantar o mundo inteiro”, acrescentou. História do Boteco do Manolo O nome Boteco do Manolo é uma homenagem ao falecido pai de Marcelo Riveiro, CEO do grupo. Conhecido somente como Manolo, Manuel Barcia Riveiro foi um carismático imigrante espanhol que chegou ao Brasil na década de 50, dando início à trajetória de sucesso da sua família no ramo gastronômico, onde ele mesmo começou como garçom. “O estilo Manolo de servir é a razão do enorme sucesso da rede, que tem o compromisso de oferecer um ambiente familiar e descontraído, permeado pelo zelo e o carinho com nossos clientes”, destaca o site oficial da empresa, inaugurada em abril de 2003. Em 2025, a rede possuía 11 restaurantes no Brasil e sete nos Estados Unidos. Mas como é o cardápio? Fartura e variedade são as marcas Manolo. As inúmeras variedades de picanha se somam a uma infinidade de pratos de filé mignon, costela, peixe, frango e frutos do mar. No bar o destaque é o chope servido em caneca zero-grau e as novidades são as variedades de “caipis” e drinks inusitados. Carinho é o elemento brasileiro que brilha os olhos. Para muitos, entrar em um Boteco do Manolo nos Estados Unidos, por exemplo, é como fazer uma breve viagem de volta ao Brasil. O atendimento caloroso e o estilo tipicamente brasileiro criam um ambiente acolhedor. No cardápio, são mais de 140 itens da culinária brasileira. Outros diferenciais Além da variedade gastronômica, alguns diferenciais reforçam a identidade da marca: música ao vivo, criando o clima animado típico dos bares brasileiros, e o chope zero-grau, absurdamente gelado - um dos itens mais celebrados pelos frequentadores. Esses detalhes fazem do Boteco do Manolo um destino para comer e para viver momentos de descontração. CEO do Boteco do Manolo, Marcelo Barcia Riveiro Divulgação “Temos um orgulho enorme em manter vivas as nossas tradições. Cada unidade do Boteco do Manolo foi pensada para que o cliente, esteja no Brasil ou nos Estados Unidos, sinta o calor humano típico do nosso país. O clima descontraído, a música ao vivo, o chope gelado e as opções da autêntica culinária brasileira são a essência da nossa marca. É o melhor da comida brasileira servido em um ambiente que faz qualquer um se sentir em casa”, detalha . App Manolo Family Club O Boteco do Manolo agora conta com um aplicativo nos Estados Unidos, o Manolo Family Club. O lançamento do app teve como objetivo deixar a “família Manolo” ainda mais próxima. App Manolo Family Club Divulgação “Como, para a família, a gente faz o melhor, os clientes podem acumular pontos das seguintes maneiras: ao baixar e se inscrever no aplicativo, bônus de aniversário, em cada conta no restaurante e no delivery. Estes pontos serão trocados por descontos. Além disso, a taxa de entrega pelo aplicativo é mais barata e os clientes também podem comprar gift cards”, destaca o comunicado oficial sobre o lançamento do app. O aplicativo se torna uma forma de comunicação muito efetiva com os clientes, informando novidades, promoções e vantagens. Está disponível para iOS e Android, nos Estados Unidos. Como se tornar franqueado? O grupo oferece um modelo de franquia completo. A estrutura foi desenhada para dar suporte a cada etapa, desde a implantação até a gestão do negócio. O know-how acumulado permite ao franqueado iniciar com processos testados e validados, minimizando riscos e garantindo padrão de qualidade em qualquer país. “Nosso objetivo é democratizar a gastronomia brasileira ao redor do mundo”, explica Suyen. São três pilares fundamentais para se tornar franqueado: Credibilidade: A rede possui 20 anos de experiência com unidades estabelecidas e bem sucedidas no Brasil e nos EUA; Parceria: Compromisso de andar lado a lado aos franqueados. Profissionais experientes e comprometidos proporcionando todo suporte e segurança;o Lucratividade: Números que comprovam a excelente margem de lucro e retorno do investimento em pouco tempo. Para quem deseja investir, o caminho para se tornar franqueado começa com um cadastro de interesse junto à franqueadora, que disponibiliza informações detalhadas sobre investimento inicial, suporte e retorno esperado. Depois da análise do perfil do candidato, a empresa apresenta o plano de negócios e as etapas seguintes de implantação, incluindo escolha do ponto comercial, treinamento da equipe e acompanhamento na inauguração. Legenda do vídeo: Conheça mais sobre o Boteco do Manolo no vídeo – Divulgação Vale lembrar que o grupo Manolo segue tanto a legislação brasileira quanto a americana de franquias, que exige auditorias anuais, confirmando assim a transparência e a segurança para o investidor. Com essa combinação de tradição brasileira, estrutura profissional e apelo internacional, o Boteco do Manolo prova que é possível expandir fronteiras sem perder a essência. Acesse o site do grupo para saber mais.



Saiba como plantar morango semi-hidropônico


03/10/2025 16:11 - g1.globo.com

O Globo Rural deste domingo (5) deu dicas para o plantio de morango semi-hidropônico e sobre programas de luz no galinheiro. Confira abaixo. Plantio de morango semi-hidropônico A Fernanda Correia, de Naviraí (MS), entrou em contato com o programa para aprender a plantar morango semi-hidropônico, em que é combinada a técnica de hidroponia com o cultivo tradicional, em substrato. O Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) tem uma publicação gratuita sobre o tema. Há informações sobre as variedades, as formas de propagação da planta, os tipos de estufa e também como preparar a solução nutritiva. 📲 Acesse aqui Programa de luz no galinheiro O Globo Rural também mostrou o programa de luz no galinheiro. A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) tem uma cartilha com tabelas para a sua implementação. 📲 Acesse aqui



Reforma administrativa: coordenador de grupo de trabalho apresenta pacote de propostas na Câmara; veja principais pontos


03/10/2025 15:45 - g1.globo.com


Coordenador da reforma administrativa fala sobre os próximos passos na Câmara Coordenador do grupo de trabalho na Câmara, o deputado Pedro Paulo (PSD-RJ) apresentou nesta quinta-feira (2) um conjunto de propostas para modernizar e conter gastos do Estado brasileiro. 📄O pacote contempla três tipos de matérias legislativas: uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC); um projeto de lei complementar; um projeto de lei. 🖊️Os textos ainda não foram formalmente protocolados na Câmara — Pedro Paulo colhe assinaturas para registrar a PEC no sistema da Casa. A reforma administrativa é uma das prioridades definidas pelo presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), para discussão em 2025. Motta tem defendido que a proposta é necessária para adequar a administração pública à responsabilidade fiscal e tornar o Estado "mais ágil". O pacote proposto por Pedro Paulo prevê a criação de uma revisão anual de gastos pelo Poder Executivo, inspirado no chamado "spending review" dos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). 💰Embora não enterre de vez os "supersalários", a proposta do parlamentar tenta fechar o cerco contra os "penduricalhos", definindo critérios para a concessão dos benefícios. Pedro Paulo propõe, no entanto, abrir caminho para criação de bônus por resultado na administração pública. 💻Também prevê novas regras para a realização de concursos públicos, limitar o trabalho remoto e restringir outros privilégios do funcionalismo, como as férias de 60 dias. Nos municípios, a proposta cria limites para a criação de secretarias e para aumentos de salários de prefeitos e para gastos com o Legislativo local. Para os estados, haverá um teto de gastos com o Judiciário e Legislativo, que será influenciado pela variação da inflação. 👨🏻‍⚖️Além disso, o pacote acaba com a aposentadoria compulsória para magistrados e membros do Ministério Público que são condenados por infrações disciplinares. Hoje, juízes e promotores são penalizados com aposentadoria e continuam recebendo salários. Os textos apresentados por Pedro Paulo pegaram de surpresa membros do grupo de trabalho, que afirmaram não terem sido convocados para reuniões e não terem participado do processo de discussão do teor final das propostas. 📢Sindicatos e entidades ligadas à defesa de servidores públicos também criticam o pacote e afirmam que a reforma pode colocar em risco as entregas feitas à população. Veja a seguir os principais pontos do pacote apresentado por Pedro Paulo (clique no link para seguir ao conteúdo): revisão anual de gastos planejamento estratégico supersalários bônus de resultado fim da aposentadoria compulsória teto de gastos para estados e municípios limite de secretarias e salários municipais cargos por indicação concursos tabela remuneratória única teletrabalho fim das férias de 60 dias outros pontos Coordenador apresenta texto da reforma administrativa; veja principais pontos Revisão anual de gastos A proposta divulgada por Pedro Paulo propõe inserir na Constituição que o Poder Executivo terá de realizar uma revisão de gastos contínua. No caso do governo federal, a medida será feita anualmente e encaminhada ao Congresso junto da proposta de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). Na análise de despesas, o governo terá de avaliar se políticas públicas foram efetivas e se os recursos alocados atenderam aos objetivos definidos previamente. Em caso de ineficiência do gasto público, valores poderão ser realocados para outras áreas. A iniciativa é inspirada em um projeto aprovado pelo Senado em 2018. O modelo se baseia no chamado "spending review", adotado por países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Voltar ao início. Planejamento estratégico O grupo de trabalho da reforma tributária sugere criar uma obrigação para que prefeitos, governadores e presidente da República desenvolvam e divulguem um planejamento estratégico para os quatro anos de mandato. 📆O documento, segundo a minuta de Pedro Paulo, deverá ser apresentado em até 180 dias após a posse do mandatário. O texto terá de abordar metas, objetivos e resultados esperados para a administração pública. Voltar ao início. Supersalários 💸O texto de Pedro Paulo tenta combater as chamadas verbas indenizatórias, conhecidas como "penduricalhos", que inflam os salários do funcionalismo público acima do limite constitucional — equivalente ao vencimento mensal de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). A proposta não acaba com os "penduricalhos", mas estabelece que eles somente poderão ser concedidos se atenderem a dois critérios: ter natureza reparatória, sendo destinadas à compensação de despesas; e ter natureza episódica, de modo que o pagamento não se torne rotineiro e permanente. 📈Haverá um teto para o crescimento de despesas com as verbas indenizatórias. Segundo a proposta, os gastos com "penduricalhos" não poderão ser superiores aos registrados no ano anterior mais a variação da inflação. A proposta também estabelece regras para o pagamento retroativo deste tipo de verba. Segundo a proposta, isso somente poderá ocorrer depois de decisão judicial definitiva. Auxílios para alimentação, saúde e transporte não estarão sujeitos à regra. Os benefícios, no entanto, terão um teto de crescimento: se o servidor receber salário 90% equivalente ou superior ao de um ministro do STF, o total desses auxílios não vão poder ultrapassar 10% do vencimento mensal. Voltar ao início. Bônus de resultado 🏆Embora tente combater os "penduricalhos", Pedro Paulo propõe a criação de um outro mecanismo para premiar servidores. O texto do parlamentar autoriza a implementação de bônus por resultado. As condições para o pagamento do bônus terão de ser definidas em um plano estratégico. O benefício poderá ser pago aos funcionários públicos que atingirem individualmente suas metas ou fizerem parte de órgão que atingiu os objetivos estabelecidos pela administração pública. O bônus, assim como os atuais "penduricalhos", não será contabilizado no teto de remuneração da administração pública. O valor vai variar e pode chegar, anualmente, a até dois salários mensais do servidor ou a até quatro vencimentos para pessoas que estão em cargos de confiança. Voltar ao início. Fim da aposentadoria compulsória O deputado Pedro Paulo propõe acabar com a aposentadoria compulsória para juízes e membros do Ministério Público que são condenados em processos disciplinares. 🚫Pelo texto, em caso de falta grave, deverá ser aplicada a perda do cargo ou demissão. Atualmente, magistrados e promotores podem ser condenados à aposentadoria por infrações disciplinares. A penalização, no entanto, mantém o pagamento de salários aos infratores. Voltar ao início. Teto de gastos para estados e municípios A minuta propõe criar um teto de gastos nos Poderes Legislativo e Judiciário dos estados, municípios e do Distrito Federal. O limite será implementado, segundo o texto, a partir de 2027. O mecanismo estabelece que as despesas com o Judiciário e o Legislativo locais não poderá ultrapassar o total gasto no ano anterior mais: o reajuste da inflação no período, caso a receita do município ou estado tenha registrado variação abaixo da inflação; ou o reajuste da inflação e uma parcela adicional, quando houver alta nas receitas. Além do teto global, o texto também prevê que os gastos nas assembleias estaduais não poderão ultrapassar 75% do limite mensal da Câmara dos Deputados. No caso das câmaras de vereadores, as despesas mensais não poderão ser superiores às respectivas assembleias estaduais. Voltar ao início. Limite de secretarias e salários municipais Em outra medida para conter gastos nos municípios, a proposta cria um limite de secretarias para as prefeituras que registraram seguidos déficits nas contas. As capitais não serão submetidas à regra. O teto vai variar de acordo com o tamanho da população: municípios com até 10 mil habitantes: cinco secretarias ou órgãos equivalentes; municípios com população entre 10.001 e 50 mil habitantes: seis secretarias ou órgãos equivalentes; municípios com população entre 50.001 e 100 mil habitantes: sete secretarias ou órgãos equivalentes; municípios com população entre 100.001 e 300 mil habitantes: oito secretarias ou órgãos equivalentes; municípios com população entre 300.001 e 500 mil habitantes: nove secretarias ou órgãos equivalentes; municípios com mais de 500 mil habitantes: 10 secretarias ou órgãos equivalentes. De forma semelhante, o projeto também cria um teto salarial para prefeitos, vice-prefeitos e secretários municipais vinculado ao tamanho da população: municípios com até 10 mil habitantes: até 30% do salário do governador; municípios com população entre 10.001 e 50 mil habitantes: até 40% do salário do governador; municípios com população entre 50.001 e 100 mil habitantes: até 50% do salário do governador; municípios com população entre 100.001 e 300 mil habitantes: até 60% do salário do governador; municípios com população entre 300.001 e 500 mil habitantes: até 70% do salário do governador; municípios com mais de 500 mil habitantes: até 80% do salário do governador. Voltar ao início. Cargos por indicação O deputado Pedro Paulo propõe criar um limite de vagas que podem ser preenchidas por indicação do gestor público, os chamados cargos comissionados. Segundo o texto, o teto geral será de 5% do total de cargos na União, no estado ou no município. O percentual poderá subir para até 10% em municípios que tenham até 10 mil habitantes. Os indicados a esses cargos terão de passar por avaliações periódicas de desempenho. Uma lei futura definirá o máximo de cargos comissionados em empresas públicas. Voltar ao início. Concursos Uma das propostas de Pedro Paulo estabelece que concursos públicos somente poderão ser realizados quando houver comprovação de necessidade. O texto diz que deverão ser priorizadas carreiras transversais. Além disso, a proposta abre caminho para que estados e municípios utilizem certames aplicados pela União, como o Concurso Nacional Unificado (CNU), para a seleção de pessoal. União, estados e municípios poderão também, de acordo com a proposta, realizar concursos para ingresso direto em cargos altos, que demandam maior especialização e experiência. Segundo o texto, até 5% das vagas dos concursos poderão ser destinadas a ocupar vagas deste tipo. Voltar ao início. Tabela remuneratória única A proposta estabelece a criação, em até dez anos, de uma tabela remuneratória única em cada ente da federação, que será válida para todos os poderes e órgãos autônomos. O texto propõe que o piso vai corresponder ao salário mínimo e o teto será o limite constitucional. Hoje as remunerações seguem tabelas diferentes de progressão, a depender da carreira. Para que qualquer reajuste na tabela seja realizado será necessária a edição de lei específica, a não ser nos casos de reajuste do nível inicial para acompanhar a variação do salário mínimo. Voltar ao início. Teletrabalho 🖥️O texto estabelece ainda que o servidor público poderá trabalhar remotamente apenas um dia na semana, não podendo haver mais de 20% dos servidores em trabalho remoto. A proposta também prevê regras impedindo que o servidor em regime de teletrabalho resida fora do seu local de lotação. Voltar ao início. Fim das férias de 60 dias A proposta acaba com uma série de benefícios hoje existentes. Entre elas está o fim da possibilidade de férias superiores a 30 dias, com exceção de professores e profissionais de saúde que trabalham com fatores de risco. Além disso, o texto veda a concessão de adicional de férias superior a 1/3 da remuneração, pagamento de adicional de periculosidade e insalubridade para quem não trabalha com efetiva exposição a fatores de risco e folgas para compensar “excesso de trabalho”. Voltar ao início. Outros pontos As propostas de Pedro Paulo também tratam de: progressão máxima com 20 níveis Reforma estabelece 20 níveis de progressão estabelecendo carreiras mais longas. O salário inicial será limitado a 50% do salário final. Também será extinta a progressão de carreira por tempo de serviço. redução do número de carreiras Incentivo a mobilidade entre carreiras, permitindo que servidores possam transitar entre órgãos e não existam mais carreiras engessadas. estágio probatório Continuará existindo, mas exigindo maior estruturação: será demandado um processo efetivo de avaliação do novo servidor. advocacia pública Atualmente, os honorários de sucumbência recebidos nas ações em que a administração pública é parte são destinados a uma entidade privada (Conselho Curador). Agora, passarão a ser considerados receita pública. teto para estatais Os funcionários públicos não estatutários estarão sujeitos ao teto remuneratório. Atualmente, empresas estatais não dependentes (economia mista e públicas) não possuem teto para empregados públicos. Voltar ao início. Esplanada dos Ministérios Paulo H. Carvalho/ Agência Brasília



Fiat Strada é o veículo novo mais vendido do Brasil até setembro; veja a lista


03/10/2025 14:01 - g1.globo.com


Fiat Strada 2026 divulgação/Fiat A Fiat Strada foi o carro mais vendido no Brasil nos nove primeiros meses de 2025, totalizando 101.298 unidades emplacadas no período. Os dados foram divulgados pela Federação Nacional Distribuição Veículos Automotores (Fenabrave) na quinta-feira (2). Na segunda posição veio o Volkswagen Polo, que registrou 93.707 novos emplacamentos. O resultado aumentou a distância entre o líder e o vice, dando mais folga para a picape da Fiat, que está no primeiro lugar do pódio desde 2021. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 Carros no WhatsApp Veja a lista dos carros mais vendidos de 2025 até setembro. Fiat Strada: 101.298 unidades; Volkswagen Polo: 93.707 unidades; Fiat Argo: 74.011 unidades; Volkswagen T-Cross: 65.987 unidades; Hyundai HB20: 58.775 unidades; Chevrolet Onix: 54.931 unidades; Fiat Mobi: 53.115 unidades; Toyota Corolla Cross: 51.973 unidades; Hyundai Creta: 51.632 unidades; Honda HR-V: 45.153 unidades. No ranking geral, o Chevrolet Onix recuperou a sexta colocação, impulsionado pelas novas atualizações anunciadas pela GM, que reaqueceram a venda do hatch. Outro que subiu no ranking foi o Corolla Cross. Nos SUVs, o novato Volkswagen Tera ainda não aparece no top 10 dos carros mais vendidos do ano, mas já emplacou 17.760 unidades e ocupa a 27ª posição do ranking. LEIA MAIS Volkswagen T-Cross é o SUV mais vendido até setembro; veja o ranking Brasil emplaca quase 2 milhões de veículos novos em 2025, melhor resultado em 6 anos Leilão do Detran-SP tem Chevrolet Vectra mais barato que iPhone e VW Gol a R$ 2,9 mil Vendas de setembro A primeira posição dos carros mais vendidos de setembro voltou para a Fiat Strada, após o Volkswagen Polo ter ficado no topo do ranking durante cinco meses seguidos. A Strada emplacou 13.876 unidades. O Polo, na cola, conseguiu marcar 10.647 unidades vendidas no mês, diferença de 3.229 emplacamentos. Veja abaixo a lista de setembro. Fiat Strada: 13.876 unidades; Volkswagen Polo: 10.647 unidades; Fiat Argo: 9.484 unidades; Hyundai HB20: 8.796 unidades; Volkswagen Saveiro: 8.154 unidades; Volkswagen Tera: 7.610 unidades; Toyota Corolla Cross: 7.282 unidades; Chevrolet Onix: 7.039 unidades; Nissan Kicks: 6.319 unidades; Chevrolet Tracker: 5.953 unidades. Nas vendas mensais, chama atenção a estreia do Volkswagen Tera na sexta posição, marcando sua primeira entrada no top 10. Com isso, o T-Cross deixou a lista dos 10 carros mais vendidos do Brasil, acompanhado pelo Hyundai Creta e pelo Honda HR-V. Brasil emplaca quase 2 milhões de veículos novos Os brasileiros compraram 1.910.519 veículos novos entre janeiro e setembro de 2025. O número inclui automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus. O g1 contabiliza motos à parte e desconsidera implementos rodoviários. Houve uma ligeira alta de 2,79% em relação ao mesmo período de 2024, quando foram emplacados 1,8 milhão de veículos novos. “O mês de setembro teve 22 dias úteis, e o bom desempenho do setor deve-se, principalmente, ao resultado de motocicletas, que tem apresentado excelente performance no mercado interno”, diz Arcelio Junior, Presidente da Fenabrave. Veja abaixo os resultados por segmento. AUTOMÓVEIS 1.411.116 emplacamentos no terceiro trimestre de 2025, aumento de 3,05% ante 2024. 178.548 emplacamentos em setembro, alta de 3,65% em relação a agosto; Comparado a setembro de 2024, houve avanço de 4,02% (171.640 unidades). COMERCIAIS LEVES 396.322 emplacamentos no terceiro trimestre de 2025, aumento de 4% ante 2024. 52.822 emplacamentos em setembro, alta expressiva de 25,14% em relação a agosto; Comparado a setembro de 2024, houve avanço de 3,40% (51.083 unidades). CAMINHÕES E ÔNIBUS 103.081 emplacamentos no terceiro trimestre de 2025, redução de 4,72% ante 2024. 11.895 emplacamentos em setembro, alta de 9,55% em relação a agosto; Comparado a setembro de 2024, houve queda de 12,54% (13.600 unidades). Somando automóveis e comerciais leves, os principais segmentos em vendas, a alta foi de 3,26% no terceiro trimestre de 2025. Projeções para 2025 A projeção da Fenabrave sofreu uma pequena alteração em relação às projeções divulgadas em julho. A expectativa, agora, é que haja uma venda menor de automóveis e uma alta em motos ao longo deste ano. Automóveis e comerciais leves: alta de 5% para 3% (de 2.608.977 para 2.559.345); Caminhões: redução de 7% (de 127.593 para 113.552); Ônibus: alta de 6% (de 27.675 para 29.336); Motos: alta de 10% para 15% (de 2.063.493 para 2.157.288). A redução na projeção de crescimento para 2025 está relacionada a preocupações com os cenários internacional e nacional, além da queda nas vendas de caminhões. Franciulli acredita que a economia gerada pelas novas normas de controle de emissões para motores a diesel, com o Euro 6, tem retardado o processo de renovação da frota. Segundo a economista Tereza Fernandez, responsável pelas projeções macroeconômicas da Fenabrave, o retorno de Donald Trump à presidência dos Estados Unidos é o principal fator de preocupação. “Até o momento seguem as incertezas de que alíquotas de Donald Trump serão aplicadas efetivamente. Ele já está atrapalhando o mercado internacional e vai provocar uma diminuição no comércio internacional”, disse Fernandez. A Fenabrave ainda indica que as altas taxas de juros no país também afetam as vendas. O Comitê de Política monetária (Copom) do Banco Central do Brasil manteve as taxas básicas de juros em 15% ao ano e indicou que as taxas devem continuar neste patamar até o final de 2025. "Com uma taxa de juros menor, o crescimento nas vendas de automóveis e comerciais leves seria bem mais forte — ultrapassaria os 5% que projetamos no início do ano. Esperávamos uma queda nos juros até o fim de 2025, mas o Copom indicou que isso só deve acontecer em 2026, revela Arcelio Junior, presidente da Fenabrave. "Carro sustentável depende muito do crédito e a taxa de juros para esse consumidor é muito essencial", complementa o executivo. Volkswagen Tera: veja os 5 pontos positivos e negativos do novo SUV da marca alemã



BC prevê regras do PIX parcelado no fim de outubro


03/10/2025 13:03 - g1.globo.com


O Banco Central (BC) deve publicar as regras o PIX parcelado na última semana de outubro. Essa é a nova previsão da medida que visa definir normas para essa nova modalidade do PIX, que funciona como um empréstimo, com juros. O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, tem afirmado que o PIX Parcelado vai aumentar o uso dessa ferramenta no varejo, ou seja, nas vendas de produtos e serviços, e que poderá ser utilizada por 60 milhões de pessoas que atualmente não têm acesso ao cartão de crédito. O parcelamento por meio do PIX já é ofertado por várias instituições financeiras, uma linha de crédito formal, mas o BC pretende padronizar as regras — o que facilitará seu uso pelo consumidor e tende a favorecer a competição entre os bancos. g1 em 1 Minuto: Banco Central divulga regras do PIX parcelado ainda em setembro Regras A norma a ser divulgada deve exigir que as instituições financeiras deixem bem claro quais as condições do contrato de tomada de crédito. Isso significa que o aplicativo vai ter que mostrar informações, como: a taxa de juros cobrada o valor de cada parcela o custo total da operação a multa em caso de atraso Tudo isso antes de o contrato ser fechado. Se os bancos descumprirem, poderão ser penalizados. Outra medida prevê que o pagamento do PIX Parcelado seja feito de forma separada, como um boleto, uma fatura ou um débito automático exclusivo para quitar essa dívida. Segundo o chefe-adjunto do Departamento de Competição e de Estrutura do Mercado Financeiro do BC, Breno Lobo, o objetivo é evitar que a população entre em dívidas. “Tem que ficar bem claro para o consumidor que o PIX Parcelado é uma operação de crédito. Então, se é uma operação de crédito, ela incide taxa de juros, IOF, tem um custo efetivo total, e você deve realizar essa operação de forma consciente, que caiba no seu orçamento, mas que ao mesmo tempo, você tenha essa facilidade de acesso ao crédito para poder fazer as compras, transferências necessárias”, afirmou Lobo à TV Globo. Golpe PIX Augusto Castro Cronograma As regras seriam publicadas em setembro, mas agora só serão apresentadas na última semana de outubro. O adiamento, segundo Lobo, ocorreu por dois fatores: a medida se mostrou mais complexa do que o BC previa inicialmente nas últimas semanas, o BC teve que priorizar ações de combate a fraudes e golpes envolvendo PIX e ataques hacker “Se as pessoas não tiverem a tomada de decisão consciente, entenderem direitinho como isso [pix parcelado] funciona, existe esse risco. Então a gente precisou revisar o que estava sendo feito para a gente incorporar esses critérios de transparência para que todas as informações necessárias estejam disponíveis para a tomada de decisão consciente do consumidor”, disse. “As questões relacionadas à segurança, por conta dos incidentes cibernéticos que aconteceram, mobilizaram parte da nossa equipe para desenvolver aprimoramentos relacionados aos serviços de segurança do PIX”, concluiu. Após publicadas, as novas regras só entrarão em vigor após março ou maio do ano que vem, ou seja, há um período para que os bancos se adaptem a essas normas.



Governo publica regras do programa Gás do Povo; veja quem terá direito a gás de cozinha gratuito


03/10/2025 12:30 - g1.globo.com


O governo federal publicou nesta sexta-feira (3) as regras do programa "Gás do Povo", que busca ampliar o acesso ao gás de cozinha. Entre outras medidas, a iniciativa prevê a gratuidade no botijão de gás para famílias inscritas no Cadastro Único (CadÚnico), com renda igual ou inferior a meio salário mínimo. Fernando Haddad comenta sobre investimento no programa 'Gás para Todos' Veja nesta reportagem: Quem tem direito ao Vale Gás? Quando o programa começa a valer? Como vão ser as retiradas? Quantos botijões posso retirar? Qual a validade do benefício? Como identificar se uma revenda participa do programa? Gás de cozinha Reprodução/EPTV Quem terá direito ao Vale Gás? Famílias inscritas no Cadastro Único (CadÚnico), que tenham renda de até meio salário mínimo (R$ 759), com prioridade para aquelas que recebem Bolsa Família (renda per capita de até R$ 218). Vale destacar que também é preciso ter registro no CadÚnico com o máximo de 24 meses desde a última atualização. Quando o programa começa a valer? A previsão é que os primeiros botijões comecem a ser entregues na última quinzena de novembro. Porém, ainda não foi lançado um cronograma oficial. A expectativa é que, em março de 2026, o programa já esteja alcançando todos os beneficiários. Como vão ser as retiradas? A retirada do botijão de gás deverá ser feita pelo responsável pela família inscrita no CadÚnico nas revendedoras de GLP credenciadas pelo governo. Para isso, será preciso levar um documento de comprovação do benefício. Por exemplo: cartão bancário do Programa Bolsa Família; cartão bancário da Caixa Econômica Federal, nos termos estabelecidos em contrato da União com a Caixa Econômica Federal. Quantos botijões posso retirar? A quantidade de auxílios anuais para botijões gratuitos será definida conforme o número de integrantes por família, nos seguintes termos: família de duas ou três pessoas - quatro auxílios por ano; família de quatro ou mais pessoas - seis auxílios por ano. ➡️Os auxílios não serão cumulativos entre períodos sucessivos. Qual a validade do benefício? A disponibilização do auxílio terá validade máxima a depender da quantidade de pessoas por família, contada desde a data que o voucher ficar disponível. Veja: família de duas ou três pessoas - três meses de validade; e família de quatro ou mais pessoas - dois meses de validade. Como identificar se uma revenda participa do programa? O programa prevê que a revenda que desejar participar do programa deverá obedecer as regras de identidade visual, como: Portarias de revenda; Botijões de GLP; Veículos de transporte; Materiais de comunicação. Além disso, o aplicativo do beneficiário mostrará os pontos de revenda mais credenciadas mais próximas de sua residência.



Dólar fecha em leve queda com atenção ao cenário fiscal no Brasil e paralisação nos EUA; Ibovespa sobe


03/10/2025 12:00 - g1.globo.com


Medo da polícia anti-imigração muda rotina de brasileiros nos EUA O dólar fechou em queda de 0,07% nesta sexta-feira (3), cotado a R$ 5,3359. Já o Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, encerrou em alta de 0,17%, aos 144.201 pontos. Os investidores permaneceram atentos tanto ao cenário doméstico quanto ao internacional. A paralisação do governo dos EUA, conhecida como “shutdown”, já impacta a agenda econômica, enquanto, no Brasil, indicadores de atividade e debates fiscais concentram as atenções. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça ▶️ Nos EUA, o governo completa o terceiro dia de shutdown, iniciado na quarta-feira (1º) por falta de aprovação do orçamento. Após o feriado de Yom Kippur, o Senado deve se reunir novamente nesta sexta-feira. ▶️ A paralisação afetou a divulgação de indicadores, incluindo o payroll — tradicional termômetro do mercado de trabalho. Sem ele, o foco recaiu sobre o PMI de serviços, que caiu de 52 em agosto para 50 em setembro, abaixo das previsões que eram de uma queda menor, para 51,7. ▶️ No Brasil, o dia começou com a divulgação da produção industrial de agosto, que registrou alta de 0,8% na comparação com julho e, em relação ao mesmo mês do ano anterior, houve queda de 0,7%. As expectativas dos economistas eram de alta de 0,3% na variação mensal e de queda de 0,8% na base anual. ▶️ Ainda no noticiário doméstico, investidores avaliam os impactos fiscais do projeto que amplia a faixa de isenção do Imposto de Renda, aprovado na Câmara e encaminhado ao Senado. A medida é vista como fator de reforço à popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Veja a seguir como esses fatores influenciam o mercado. Entenda o que faz o preço do dólar subir ou cair 💲Dólar a Acumulado da semana: -0,04%; Acumulado do mês: +0,25%; Acumulado do ano: -13,65%. 📈Ibovespa Acumulado da semana: -0,86%; Acumulado do mês: -1,39%; Acumulado do ano: +19,88%. Produção industrial no Brasil A produção das fábricas brasileiras teve um avanço maior do que o previsto em agosto, após quatro meses de resultados fracos. Mesmo com os juros altos e o início de tarifas dos EUA, o setor cresceu 0,8% em relação a julho, superando a expectativa de 0,3%. Esse foi o melhor resultado mensal desde março. Mesmo assim, em relação a agosto do ano anterior, houve uma pequena retração de 0,7%. Ainda assim, o desempenho superou as estimativas, que indicavam uma redução mais acentuada, de 0,8% no período. Segundo o IBGE, o crescimento foi puxado por áreas como medicamentos, combustíveis e alimentos. Das 25 atividades analisadas, 16 tiveram aumento na produção. Já os produtos químicos foram os que mais influenciaram negativamente, com queda de 1,6%. Três das quatro categorias econômicas também cresceram, com destaque para os bens usados no dia a dia. Por outro lado, os bens ligados a investimentos tiveram queda. Mesmo com esse resultado positivo, especialistas apontam que a indústria ainda enfrenta dificuldades por causa dos juros altos, que tornam o crédito mais caro e dificultam novos investimentos. Senado americano avalia paralisação O Senado dos EUA vai votar nesta sexta-feira duas propostas — uma dos democratas e outra dos republicanos — para tentar encerrar a paralisação do governo, que já dura três dias. No entanto, não há expectativa de que qualquer uma delas seja aprovada. Os dois lados continuam sem acordo e trocando acusações sobre quem é responsável por não manter o funcionamento do governo após o início do novo ano fiscal, em 1º de outubro. Enquanto isso, o presidente Donald Trump congelou bilhões de dólares destinados a Estados governados por democratas e ameaçou demitir mais funcionários públicos, além dos 300 mil que já devem deixar seus cargos até o fim do ano. A paralisação já suspendeu pesquisas, divulgação de dados econômicos e o funcionamento de vários serviços. Cerca de 2 milhões de servidores estão sem pagamento, e uma paralisação prolongada pode afetar viagens, distribuição de alimentos e até o funcionamento dos tribunais. O Senado já rejeitou propostas semelhantes três vezes, e mesmo com maioria republicana, são necessários votos democratas para aprovar qualquer plano. PMI de serviços nos EUA A atividade do setor de serviços nos EUA ficou parada em setembro, refletindo uma queda nos pedidos feitos às empresas e dificuldades para contratar. O Índice de Gerentes de Compras (PMI), que mede esse desempenho, caiu de 52,0 em agosto para 50 — o que indica estabilidade, mas sem crescimento. A expectativa era de uma queda menor, para 51,7. A pesquisa também mostrou que os novos pedidos caíram de 56,0 para 50,4, e o indicador de emprego, embora tenha subido de 46,5 para 47,2, continua apontando fraqueza. A inflação nos serviços segue elevada, com o índice de preços pagos pelas empresas subindo de 69,2 para 69,4. Passagens aéreas, restaurantes e hotéis estão entre os itens que mais encareceram. Diante desse cenário, o banco central dos EUA cortou os juros em setembro, de 4,25% para 4,00%, tentando estimular a economia, mas ainda não há certeza sobre novos cortes. Bolsas globais Em Wall Street, índices americanos fecharam mistos. O Dow Jones Industrial Average subiu 0,51%, para 46.758,28 pontos. O S&P 500 ficou estável, a 6.715,25 pontos, e o Nasdaq Composite recuou 0,28%, para 22.780,51 pontos. As bolsas europeias encerraram a semana em alta, com destaque para os setores de saúde e mineração. O bom desempenho foi impulsionado pela expectativa de que os EUA possam reduzir os juros em breve, o que animou os investidores e trouxe mais confiança ao mercado. Com isso, o índice geral europeu STOXX 600 subiu 0,50%, fechando aos 570,45 pontos — seu melhor resultado semanal em cinco meses. Em Londres, o Financial Times avançou 0,67% (9.491,25 pontos). Paris teve alta de 0,31% (8.081,54 pontos), Milão subiu 0,42% (43.258,11 pontos), Madri ganhou 0,57% (15.585,10 pontos) e Lisboa registrou valorização de 0,86% (8.115,02 pontos). Frankfurt foi a única exceção, com queda de 0,18% (24.378,80 pontos). Na Ásia, os resultados foram mistos: em Hong Kong, os investidores aproveitaram os lucros recentes e venderam ações, o que fez o mercado cair após três dias de alta. Empresas de tecnologia e montadoras tiveram quedas expressivas. Em outras partes da região, o clima foi mais positivo, com altas em países como Japão, Coreia do Sul e Taiwan. Com isso, o índice Hang Seng de Hong Kong caiu 0,54%, encerrando o dia aos 27.140 pontos. Em Tóquio, o Nikkei subiu 1,9%, chegando a 45.769,50 pontos. O Kospi, da Coreia do Sul, teve alta de 2,70% (3.549 pontos), enquanto o Taiex de Taiwan avançou 1,45% (26.761 pontos). Em Cingapura, o Straits Times subiu 0,38% (4.412 pontos), e em Sydney, o S&P/ASX 200 teve valorização de 0,46% (8.987 pontos). Já os índices da China continental permaneceram fechados até o dia 8 por conta do feriado da "semana dourada". Dólar Karolina Grabowska/Pexels



Lula critica patamar da Selic e diz que inflação e juro baixos significam 'crescimento'


03/10/2025 11:35 - g1.globo.com


Lula critica patamar da Selic e diz que inflação e juro baixos significam 'crescimento' O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou, nesta sexta-feira (3), a decisão do Banco Central (BC) de manter o patamar da taxa básica de juros da economia, a Selic, em 15% ao ano. 🔎A decisão, anunciada em 17 de setembro, manteve a taxa estável. Esse é o maior patamar em quase 20 anos – em julho de 2006, ainda no primeiro mandato do presidente Lula, a Selic estava em 15,25% ao ano. O presidente fez o comentário em entrevista à TV Liberal, do Pará. Lula considera a atual taxa um "problema" e disse que é preciso ter "consciência" de que inflação e juros baixos trazem crescimento para o país. "Nós temos um problema com a taxa de juros que está alta. E nós vamos ter que cuidar para que ela baixe um pouco mais porque a gente precisa ter consciência de que inflação baixa e juro baixo significam crescimento, significam geração de emprego, significam melhoria da qualidade de vida do povo brasileiro e, disso, eu não abro mão", disse. Apesar da inflação longe da meta, a selic já tem produzido um crédito mais apertado gerando menos vagads formais. Ao criticar o patamar da Selic, Lula adotou um tom mais ameno na comparação com os comentários que fazia sobre o tema quando Roberto Campos Neto dirigia o BC — o economista foi indicado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o apoiou na campanha de 2022. Já o atual presidente do BC é Gabriel Galípolo, indicado por Lula e ex-integrante do governo do petista. A taxa básica de juros da economia é definida pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central. A Selic é o principal instrumento para tentar conter as pressões inflacionárias, que tem efeitos, principalmente, sobre a população mais pobre. O Copom é formado pelo presidente do Banco Central e por oito diretores da autarquia. Em 2025, os diretores indicados por Lula formaram maioria no colegiado, ou seja, eles são responsáveis diretamente pela decisão tomada. A Selic está em 15% ao ano desde junho, no maior patamar em quase 20 anos – em julho de 2006, ainda no primeiro mandato do presidente Lula, a Selic estava em 15,25% ao ano. Em setembro, o Copom justificou a decisão alegando instabilidades no ambiente externo e a inflação ainda acima da meta no Brasil (leia mais abaixo). O comitê reconheceu que a atividade econômica perdeu força, mas o mercado de trabalho continua aquecido. Nas atuais condições do país, segundo o Copom, esse cenário segue inflacionário e a manutenção dos juros auxiliam no combate à inflação. A expectativa de economistas é de que a taxa seja mantida no atual patamar, ao menos, até começo de 2026. Decisão do Copom A decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central era a expectativa dos economistas do mercado financeiro, tendo por base indicações do próprio BC de que a taxa será mantida inalterada por um "período bastante prolongado" de tempo. A decisão foi justificada alegando instabilidades no ambiente externo e a inflação ainda acima da meta no Brasil. O comitê reconheceu que a atividade econômica perdeu força, mas o mercado de trabalho continua aquecido. Nas atuais condições do país, segundo o Copom, esse cenário segue inflacionário e a manutenção dos juros auxiliam no combate à inflação. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva é entrevistado pelo 'Bom Dia Pará' no dia 3 de outubro de 2025 TV Liberal/Reprodução Discurso de Haddad O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, tem dado declarações na mesma linha do presidente Lula. No fim do mês passado, Haddad afirmou que acredita ter espaço para a Selic cair. Segundo ele, a taxa "nem deveria estar" no patamar que está. "Eu entendo que tem espaço para esse juro cair. Acredito que nem deveria estar em 15% [ao ano]. Ele [presidente do BC, Gabriel Galípolo] tem os quatro anos de mandato dele, e ele vai entregar um resultado consistente ao Brasil", pontuou na ocasião.



As estratégias de brasileiros contra o vício em apostas: 'Perdi R$ 53 mil e hoje meu pai controla todo meu dinheiro'


03/10/2025 10:19 - g1.globo.com


Governo impede que beneficiários de programas sociais apostem em Bets "Eu percebia que estava perdendo dinheiro, mas não conseguia parar." Antônio*, de 22 anos, calcula já ter perdido cerca de R$ 53 mil com seu vício em apostas online. Fazer as contas do prejuízo e contar sua história são algumas das etapas de uma estratégia ampla adotada por ele, com ajuda médica e da família, para se livrar do jogo compulsivo. Quando se deu conta do vício e decidiu parar, contou com a ajuda do pai, que passou a administrar todo seu dinheiro. "Mas eu voltei a apostar com o crédito de cartões que eu tinha. Então o que eu fiz? Bloqueei todos os cartões de crédito e todos os bancos em que eu podia pegar empréstimo." "Hoje eu não tenho cartão de crédito nenhum, não tenho dinheiro nenhum comigo, e a maior parte do meu dinheiro está com meu pai. Meu pai mandava R$ 500 por vez para minha namorada e ela me dava para as despesas do dia a dia. Eu queria comer um negócio na rua, eu ligava para ela", conta. "Depois que passaram três semanas que eu não apostei mais, uma semana atrás, eu tomei a iniciativa de ficar com esses R$ 500, então minha namorada não é mais a intermediadora", comemora Antônio, sobre seus pequenos avanços em busca de se livrar do jogo. Além de deixar todo seu dinheiro sob os cuidados de uma pessoa de sua confiança, Antônio conta que passou a assistir a diversos relatos no YouTube de pessoas que passaram pelo mesmo problema. "Eu fui em psicólogos e psiquiatras, então eu tomo um remédio para impulsividade e um para controle de humor, que a psiquiatra entendeu que era necessário nesse momento. Esse de impulsividade é o mesmo que os alcoólatras tomam", diz o jovem, reconhecendo que sua condição familiar de classe média alta facilitou o acesso ao tratamento e que essa não é uma realidade para todos os brasileiros, especialmente os de baixa renda. "Mas em mudanças de comportamento, para além do remédio, o que me ajudou foi ir nas terapias semanalmente e fazer esse exercício de ouvir o relato de outras pessoas e perceber o quão danoso isso é para a família brasileira e perceber que eu não quero isso para mim." A luta de Antônio, que preferiu ter seu nome verdadeiro preservado, é a de milhões de brasileiros que buscam se livrar do vício em apostas, desde que as plataformas de apostas online — as chamadas "bets" — foram regulamentadas no Brasil em 2018, durante o governo de Michel Temer (MDB). Quando apostar vira um problema Em 2023, cerca de 28 milhões de brasileiros de 14 anos ou mais (ou 17,6% da população nesta faixa de idade) diziam ter apostado no ano anterior, segundo estudo publicado pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), em parceria com o Ministério da Justiça e Segurança Pública, em abril deste ano. Entre os apostadores, 10,9 milhões apresentavam características de jogo de risco ou problemático — número equivalente a 38,6% do total de apostadores e 7,3% da população em geral. Dentro desse grupo dos apostadores problemáticos, 1,4 milhão de brasileiros apresentavam um padrão de apostas compatível com o diagnóstico de transtorno do jogo, enfermidade caracterizada pelo desejo incontrolável de apostar mesmo diante de prejuízos — contingente equivalente a 5% dos jogadores e 0,8% da população total acima de 14 anos. "Há mais de 30 anos, a ciência entendeu que o cérebro não fica só dependente de substâncias químicas, mas também de comportamentos muito ativadores das áreas que processam prazer no cérebro", diz Rodrigo Machado, psiquiatra do Programa de Transtornos do Impulso do Instituto de Psiquiatria (IPq) do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP). Jogos de azar, compras compulsivas e impulso sexual excessivo estão dentro do guarda-chuva das chamadas dependências comportamentais, afirma o médico. Mas houve uma mudança no perfil dos jogos de azar que levou à explosão dos casos de dependência no Brasil, especialmente desde 2018. "Com a tecnologia e a extrema difusão dos cassinos online, passamos a ter cassinos no bolso 24 horas. Qualquer pessoa consegue acessar as plataformas de apostas, bets esportivas etc., quando antes você precisava se deslocar fisicamente até um determinado lugar", afirma o especialista em jogo compulsivo. Outra mudança, diz ele, foi na própria dinâmica do jogo de azar através das plataformas digitais. "Elas incorporaram outros mecanismos e formas de apostar para deixar esse jogo de azar muito mais sedutor e, consequentemente, muito mais aditivo", diz o psiquiatra. Por exemplo, apostas em jogos de futebol sempre existiram, mas antes só se apostava no resultado final. Já nas plataformas de apostas, é possível fazer as chamadas "apostas in-play", enquanto o jogo está acontecendo. Além disso, é possível fazer tipos variados de apostas, por exemplo, em quem vai receber cartão amarelo, qual time vai fazer o próximo gol ou o próximo escanteio, entre dezenas de outras. As apostas in-play, feitas enquanto jogos estão em andamento, são um mecanismo altamente aditivo das plataformas de apostas digitais, diz especialista AFP "Quando você promove um ciclo ultrarrápido de apostas, você encurta a distância entre o ato de apostar e o resultado final, fazendo com que as pessoas entrem num loop de compulsividade e, consequentemente, de hiperestimulação dos centros que processam o prazer no cérebro." Além disso, diz Machado, as plataformas digitais têm mecanismos que distorcem a percepção do resultado final. Por exemplo, quando o jogador aposta numa roleta online e a plataforma diz que a pessoa "quase ganhou" e por isso vai receber R$ 3 — tendo apostado R$ 10. "Dando um prêmio de consolação, a plataforma dá a falsa sensação de que você não perdeu, e isso aumenta sua chance de continuar postando. Esses mecanismos que geram distorções da percepção de ganho e perda são muito invasivos e também são presentes por conta da tecnologia", diz o especialista da FMUSP. "Tudo isso faz com que o jogo de azar atinja muito mais pessoas e adoeça muito mais pessoas, a uma velocidade muito maior", acrescenta Machado. 'Parece que as coisas não terão solução' O catarinense Rafael Santos, de 42 anos, se viu enredado nesta rede do vício descrita pelo médico. "Fui perceber mesmo o problema quando começou a afetar muito minha vida financeira, mas quando percebi, já era tarde, eu já estava completamente perdido no vício", conta o youtuber, dono dos canais Rafadon. Entre empréstimos, cartões de crédito e dinheiro em conta, descontando os valores que chegou a ganhar apostando, Rafael estima já ter perdido mais de R$ 150 mil. "Disso, R$ 80 mil são dívidas", calcula o morador de Joinville. Ele também conta que, por conta do vício em apostas, chegou a pensar em acabar com a própria vida. "Fica esse sentimento ruim, parece que as coisas não terão mais solução." Rafael Santos compartilha seu drama com o vício em apostas em vídeos no YouTube, na expectativa de ajudar outras pessoas a vencerem o problema Arquivo Pessoal via BBC Sem família e amigos próximos para servirem de rede de apoio, Rafael passou a compartilhar seu drama em vídeos no YouTube, na expectativa de ajudar outras pessoas a tratarem o vício em apostas — que ele mesmo ainda não tinha conseguido abandonar totalmente quando conversou com a BBC News Brasil em agosto. Nos vídeos, ele compartilha seus esforços para tentar superar o problema. A primeira medida que tomou, relata, foi bloquear sua conta em todas as casas de apostas. No entanto, uma delas não é regulamentada e não tem um botão ou chat para solicitar a autoexclusão, como prevê a lei, então Rafael continuou apostando através deste site. "Então, tomei uma atitude radical de abrir mão do meu chip de celular, com 20 anos de uso, porque foi a única maneira que encontrei de sair desse site, onde perdi a maior parte do meu dinheiro." Vício dos brasileiros em apostas alimenta negócios O desespero de pessoas como Rafael tornou o Brasil líder em novas assinaturas para o Gamban, software utilizado para bloqueio de sites de apostas, superando outros grandes mercados como Reino Unido, Filipinas, Estados Unidos e Argentina. O país também se tornou o segundo maior em visitantes ao site do Gamban em 2024, atrás apenas do Reino Unido — país de origem da empresa e onde as apostas são regulamentadas desde 2005. "Estamos falando de cerca de 6 mil pessoas baixando o Gamban por mês no Brasil, sem nenhuma estratégia de marketing", diz Matt Zarb-Cousin, co-fundador do Gamban e que tem ele mesmo um passado de vício em apostas. "São pessoas que a indústria das apostas estão atraindo, mastigando e cuspindo fora, e que estão em busca de ajuda." O britânico afirma, porém, que o fato de o serviço ser pago torna-se uma barreira para muitos viciados em apostas, que em geral se encontram com graves problemas financeiros, como é o caso de Rafael e Antônio. Por isso, Zarb-Cousin diz que o ideal seria ter alguma opção para os usuários brasileiros terem acesso gratuito ao aplicativo, como ocorre em países como Reino Unido, Holanda, Noruega e Finlândia, onde a Gamban tem acordos com serviços locais de ajuda a viciados, que proveem o software sem custo para o usuário final. Brasil se tornou o maior país em número de novos assinantes do Gamban Divulgação/Gamban O avanço das bets no Brasil também fica evidente nos dados de aberturas de empresas. De acordo um levantamento da BigDataCorp, o número de empresas no Brasil com jogos de azar online como atividade saltou de cerca de 840 no final de 2022 para mais de 2,1 mil ao fim de 2024, um aumento de 153%. A projeção para 2025 é de mais de 1,2 mil novos CNPJs no segmento, segundo estimativa da empresa de processamento de dados. E um número desproporcional dessas empresas se encontra nas regiões Norte e Nordeste. O Amazonas, por exemplo, abriga 3,5% das empresas do segmento de apostas online, mas apenas 0,95% de todas as empresas do Brasil. Outros destaques são o Ceará (5,5% do setor, 2,7% no geral), Maranhão (3,4% do setor, 1,3% no geral) e Rio Grande do Norte (3,2% do setor, 1,1% no geral). No total, as regiões Norte e Nordeste concentram 37,3% das empresas de apostas online registradas no Brasil, mas apenas 19,5% do total de CNPJs brasileiros. "A população que aposta mais, que gasta mais nesse tipo de mercado, é efetivamente uma população de mais baixa renda e o Norte e Nordeste concentram uma fatia maior dessa população", diz Thoran Rodrigues, CEO da BigDataCorp. "E há polos tecnológicos interessantes no Nordeste que estavam prontos para pegar essas oportunidades. Então há um casamento do mercado e do lado socioeconômico", diz Rodrigues. O que funciona contra o vício em apostas, segundo especialista Diante desse quadro, de uma epidemia de vício em apostas, que tem as pessoas mais vulneráveis do país como principais vítimas, o psiquiatra Rodrigo Machado indica o que fazer ao identificar que você ou alguém da sua família está sofrendo com este problema: procurar ajuda especializada, seja de psicólogo ou psiquiatra, para identificar se há um quadro de transtorno do jogo; procurar grupos de Jogadores Anônimos; utilizar aplicativos para bloqueio de sites de apostas no celular e computador; solicitar a autoexclusão através dos canais dos próprios sites de apostas; contar com alguém da família para suporte e supervisão financeira — isso pode ser feito, por exemplo, através do compartilhamento da conta bancária; ou diretamente pelo recebimento do salário por outra pessoa de confiança; pelo monitoramento de dívidas e empréstimos através da plataforma do Banco Central; e ajuda para renegociar dívidas. "Esse suporte, auxílio e supervisão financeira advinda dos familiares, especialmente no início, quando a pessoa está começando a enfrentar o vício em jogo de azar, é bastante benéfico", diz Machado. "Mas não tem uma receita de bolo, cada pessoa é uma pessoa e é preciso analisar o que é um gatilho para ela, para desenhar as soluções. Daí a importância do trabalho com equipes multiprofissionais, formadas por psicólogos, psiquiatras e até educadores financeiros." Grupos de Jogadores Anônimos podem ser um primeiro canal para que pessoas com problemas com jogos de azar encontrem ajuda, diz psiquiatra da FMUSP Divulgação/Jogadores Anônimos Além dessas medidas em âmbito individual, o médico afirma que são necessárias políticas públicas. Entre elas, ele sugere a proibição do marketing de influência, com o uso de celebridades e atletas para promover sites de apostas; a criação de campanhas educacionais; e a proibição de mecanismos de apostas danosos, como as "apostas in-play" ou apostas múltiplas. O psiquiatra afirma que seria importante também a criação de serviços públicos de suporte aos jogadores 24 horas, a exemplo dos que existem contra o suicídio. Machado também defende a criação de um serviço centralizado de bloqueio e autoexclusão das plataformas de apostas — solução que ele considera preferível à parceria com empresas privadas, como o Gamban. "Se os governantes e legisladores tiverem boa vontade e desejo de proteger a saúde mental e financeira da população, eles podem e existem medidas plausíveis para isso", conclui o especialista, lembrando das regulações para venda, consumo e propaganda de cigarros no país como um exemplo a ser seguido. - Grupos de Jogadores Anônimos podem ser encontrados no site da organização Caso seja ou conheça alguém que apresente sinais de alerta relacionados ao suicídio, ou caso você tenha perdido uma pessoa querida para o suicídio, confira alguns locais para pedir ajuda: - O Centro de Valorização da Vida (CVV), por meio do telefone 188, oferece atendimento gratuito 24h por dia; há também a opção de conversa por chat, e-mail e busca por postos de atendimento ao redor do Brasil; - Para jovens de 13 a 24 anos, o Unicef oferece também o chat Pode Falar; - Em casos de emergência, outra recomendação de especialistas é ligar para os Bombeiros (telefone 193) ou para a Polícia Militar (telefone 190); - Outra opção é ligar para o SAMU, pelo telefone 192; - Na rede pública local, é possível buscar ajuda também nos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), em Unidades Básicas de Saúde (UBS) e Unidades de Pronto Atendimento (UPA) 24h; - Confira também o Mapa da Saúde Mental, que ajuda a encontrar atendimento em saúde mental gratuito em todo o Brasil. - Para aqueles que perderam alguém para o suicídio, a Associação Brasileira dos Sobreviventes Enlutados por Suicídio (Abrases) oferece assistência e grupos de apoio. *Nome fictício para preservar a identidade do entrevistado. Quase 11 milhões de brasileiros estão em risco de saúde física, mental e financeira devido ao uso de apostas, segundo levantamento da Universidade Federal de São Paulo Getty Images via BBC



Brasil emplaca 1,6 milhão de motos até setembro, com a Honda CG como a mais vendida; veja a lista


03/10/2025 07:31 - g1.globo.com


Yamaha Ténéré 700 está de volta por R$ 72.990 e promete acirrar disputa entre as trail O mercado de motos zero km segue aquecido em 2025. Até o terceiro trimestre, foram emplacadas 1.613.773 motocicletas no país, segundo os dados da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave). O número representa um crescimento de 14,43% contra os nove primeiros meses de 2024, que acumulou 1.410.233 emplacamentos. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 Carros no WhatsApp Em setembro, foram registrados 205.862 emplacamentos de motocicletas — 6,46% acima do número de maio (193.348 unidades), melhor mês do ano. Contra o mesmo mês do ano passado, a alta foi de 31,45%. ⚡ Apesar de um mercado feroz de novas motos a combustão, as vendas de modelos elétricos ganharam certa força até o terceiro trimestre, com um avanço de 27,19% em 2025 quando comparado aos nove primeiros meses do ano passado. Foram emplacadas 6.704 unidades eletrificadas, que representam cerca de 3,26% do mercado total. Em 2024 esse número era de 5.271 unidades no mesmo período. LEIA MAIS Royal Enfield Guerrilla 450 chega por R$ 28.990 para brigar com Triumph Speed 400 Yamaha Ténéré 700 está de volta por R$ 72.990 e promete acirrar disputa entre as trail Bajaj Dominar 250 é boa e tem preço agressivo, mas por que está tão longe da Honda CB Twister? As motos mais vendidas no ano até setembro Veja as 10 motos mais vendidas nos primeiros nove meses de 2025. Honda CG 160: 354.296 unidades; Honda Biz: 199.051 unidades; Honda Pop 110i: 171.542 unidades; Honda NXR 160 Bros: 145.627 unidades; Mottu Sport 110: 73.750 unidades; Yamaha YBR 150: 53.144 unidades; Honda CB300F: 48.704 unidades; Honda PCX 160: 40.527 unidades; Yamaha Fazer 250: 33.877 unidades; Shineray XY 125: 32.419 unidades. No acumulado do ano, a Yamaha XTZ Lander 250 e a Honda XRE 300, mais conhecida como Sahara, deixaram de figurar entre as 10 mais vendidas, dando espaço para a Shineray XY 125, que segue na 10ª colocação. A novidade da Shineray é uma cub, assim como a Honda Biz, e tem motor de 125 cilindradas com 0,8 kgfm de torque e existem dois modelos. A carburada, ainda com tecnologia antiga, que custa R$ 10.990; e a versão que tem motor com injeção de combustível, que parte de R$ 12.990. O gerente de negócios da Shineray do Brasil afirma que este tipo de motocicleta está em alta por atender um público que busca motos mais acessíveis. "A Shineray do Brasil está sempre buscando oferecer produtos de qualidade a um baixo custo de investimento. Com estes produtos, queremos atender esse público que busca um ótimo custo-benefício", afirma Wendel Lazko. Veja as 10 motos mais vendidas em setembro. Honda CG 160: 44.862 unidades; Honda Biz: 23.742 unidades; Honda Pop 110i: 21.945 unidades; Honda NXR 160 Bros: 18.380 unidades; Mottu Sport 110: 11.071 unidades; Yamaha YBR 150: 8.047 unidades; Honda CB 300F: 5.816 unidades; Honda PCX 160: 4.836 unidades; Yamaha Fazer 250: 4.666 unidades; Shineray XY 125: 4.506 unidades. Veja as 10 marcas mais vendidas em 2025, por fatia de mercado. Honda: 66,85% Yamaha: 14,44%; Shineray: 5,84%; Mottu: 4,57%; Avelloz: 1,45%; Royal Enfield: 1,38%; Bajaj: 1,22%; Haojue: 1,01%; BMW: 0,64%; Triumph: 0,61%. Projeções para 2025 De acordo com a Fenabrave, a expectativa é que o segmento de motocicletas registre um crescimento de 15% em 2025. A projeção foi revisada para cima neste mês, e representa um aumento de 5 pontos percentuais em relação à previsão de julho, que estimava uma alta de 10% no ano. A federação espera que o Brasil passe das 1.875.903 unidades vendidas em 2024 para um montante de 2.157.288 até o final de 2025. De acordo com Marcelo Franciulli, diretor-executivo da Fenabrave, a alta taxa de juros reduz o poder de compra do consumidor, que acaba optando pela moto em vez do automóvel. "A moto virou substituta do carro. Muitas famílias que tinham dois veículos vendem um e compram uma moto. Ela é uma solução de mobilidade nos centros urbanos, tanto pelo custo de aquisição quanto pelo custo de manutenção. É isso que sustenta o crescimento do setor", disse Franciulli. Honda CG Titan 2025 divulgação/Honda



CNU 2025: horários, locais, regras e datas; tudo o que você precisa saber antes de fazer a prova


03/10/2025 03:01 - g1.globo.com


CNU 2025: g1 faz cobertura ao vivo e terá gabaritos extraoficiais das provas Mais de 760 mil candidatos devem participar das provas objetivas da segunda edição do Concurso Nacional Unificado (CNU), que acontecem neste domingo (5). Para os candidatos que ainda têm dúvidas, o g1 reuniu abaixo as principais informações que precisam ser conhecidas antes da prova: CNU 2025: veja COBERTURA AO VIVO no g1 ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 Concursos no WhatsApp Vale lembrar que neste domingo (5), o g1 fará cobertura ao vivo durante o processo seletivo. Professores do Estratégia Concursos corrigirão as provas dos nove blocos temáticos e elaborarão os gabaritos extraoficiais. Clique no índice abaixo para saber mais: 💼 Vagas, órgãos participantes e distribuição por cidades 💰 Salários 📝 Como serão as provas? ⏰ Horários 📵 O que pode ou não levar 📝 Folhas de respostas 📍 Locais de provas 📆 Confira o cronograma oficial A ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, apresenta os detalhes do edital da 2ª edição do Concurso Nacional Unificado (CNU). Valter Campanato/Agência Brasil 💼 Vagas, órgãos participantes e distribuição por cidades 🔍 Diferentemente da edição anterior, que contou com oito editais, um para cada bloco temático, o processo seletivo será regido por um único edital. O documento traz informações detalhadas sobre as vagas, salários, conteúdo programático das provas, critérios de classificação e composição das notas finais. Nesta edição, os cargos estão distribuídos em nove blocos temáticos, que agrupam as vagas por áreas de atuação semelhantes. São eles: Bloco 1: Seguridade Social (Saúde, Assistência Social e Previdência Social) Bloco 2: Cultura e Educação Bloco 3: Ciências, Dados e Tecnologia Bloco 4: Engenharias e Arquitetura Bloco 5: Administração Bloco 6: Desenvolvimento Socioeconômico Bloco 7: Justiça e Defesa Bloco 8: Intermediário – Saúde Bloco 9: Intermediário – Regulação Esse formato permite que o candidato concorra a várias vagas dentro de um mesmo bloco, com apenas uma inscrição. Embora a maior parte das vagas esteja concentrada em órgãos com sede em Brasília (DF), também há postos disponíveis em diversos estados do país. Voltar ao índice. 💰 Salários Os salários iniciais no CNU 2025 variam de R$ 4 mil a R$ 16 mil, dependendo do cargo e do nível de escolaridade exigido. Consulte as remunerações iniciais previstas na tabela abaixo. Voltar ao índice. 📝 Como serão as provas? A prova objetiva será aplicada em 5 de outubro de 2025. Ela será composta por uma parte com questões comuns a todos os candidatos (como língua portuguesa, raciocínio lógico e atualidades) e outra com perguntas específicas, conforme o bloco temático escolhido. A prova discursiva será aplicada em 7 de dezembro de 2025, exclusivamente para os candidatos aprovados na primeira fase. O conteúdo e o formato da redação variarão de acordo com a área de atuação. ▶️ PROVA OBJETIVA A prova objetiva será de múltipla escolha, com cinco alternativas e apenas uma correta. A quantidade de questões varia conforme o nível do cargo: Nível Superior: 90 questões no total, sendo 30 de conhecimentos gerais e 60 de conhecimentos específicos. Nível Intermediário: 68 questões, com 20 de conhecimentos gerais e 48 de conhecimentos específicos. ▶️ PROVA DISCURSIVA Na etapa discursiva, os candidatos deverão elaborar textos conforme o nível de escolaridade exigido para o cargo: Nível Superior: 2 questões discursivas, com aplicação das 13h às 16h. Nível Intermediário: 1 redação dissertativa-argumentativa, das 13h às 15h. O tempo de prova também é diferente: Nível Superior: das 13h às 18h (5 horas de duração). Nível Intermediário: das 13h às 16h30 (3h30 de duração). Voltar ao índice. ⏰ Horários Os portões de todos os locais serão abertos às 11h30 e fechados às 12h30 (horário de Brasília), e as provas começam às 13h. Para evitar imprevistos, o MGI recomenda que candidatos e candidatas se organizem para chegar com antecedência ao local da prova. A duração da prova varia conforme o nível do cargo: Nível superior: 5 horas (13h às 18h) Nível intermediário: 3h30 (13h às 16h30) Os candidatos devem permanecer na sala por, no mínimo, duas horas. O caderno de prova só poderá ser levado caso a saída ocorra na última hora do período estabelecido para cada nível. Voltar ao índice. 📵 O que pode ou não levar Confira as principais orientações para a 2ª edição do CNU g1 📲 O candidato pode apresentar o documento de identidade em versão digital, acessado pelo aplicativo no momento da identificação na entrada da sala. É importante que o app já esteja instalado e testado, pois funciona mesmo sem internet. 👕 O Ministério recomenda o uso de roupas e calçados confortáveis, já que o candidato ficará sentado por várias horas. A FGV fornecerá envelopes porta-objetos para guardar pertences, inclusive o celular, que deve permanecer desligado durante toda a prova. É necessário também desativar alarmes. Os envelopes devem ser lacrados e identificados antes do candidato ocupar a carteira, onde permanecerão guardados. Os pertences só poderão ser retirados, e o celular religado, após o término da prova e fora do local de aplicação. Voltar ao índice. 📝 Folhas de respostas Todas as respostas devem ser obrigatoriamente marcadas no cartão de respostas, único documento aceito para correção. O preenchimento deve ser feito com caneta azul ou preta, de corpo transparente. É responsabilidade do candidato preencher corretamente o cartão, seguindo as instruções do edital e da capa da prova, salvo em casos de atendimento especializado previamente autorizado. A questão será anulada se mais de uma alternativa for assinalada, se nenhuma for marcada ou se o preenchimento descumprir as instruções. Ao concluir a prova, é obrigatório entregar o cartão de respostas junto com o caderno ao fiscal da sala. Após a divulgação dos resultados, a FGV disponibilizará imagens digitalizadas dos cartões de respostas por até 15 dias. Encerrado esse prazo, não serão aceitos pedidos de acesso. Voltar ao índice. 📍 Locais de provas Os candidatos foram distribuídos em 1.294 locais de aplicação em 228 cidades, de acordo com o CEP informado no momento da inscrição. Voltar ao índice. 📆 Confira o cronograma oficial Inscrições: de 2 a 20/7/2025 (com pagamento até 21/7) Solicitação de isenção da taxa de inscrição: de 2 a 8/7/2025 Prova objetiva: 5/10/2025, das 13h às 18h Disponibilização da imagem do cartão de respostas: 12/11/2025 Convocação para prova discursiva: 12/11/2025 Convocação para confirmação de cotas e PcD: 12/11/2025 Convocação para a avaliação de títulos: 12/11/2025 Envio de títulos: de 13 a 19/11/2025 Cartão de confirmação de inscrição para prova discursiva: 1/12/2025 Prova discursiva (para habilitados na 1ª fase): 7/12/2025 Procedimentos de confirmação de cotas: de 8 a 17/12/2025 Resultado preliminar da avaliação de títulos: 2/1/2026 Divulgação da nota preliminar da prova discursiva: 6/1/2026 Pedidos de revisão das notas da discursiva: de 7 a 8/1/2026 Divulgação da 1ª lista de classificação: 30/1/2026 Voltar ao índice. Segunda edição do Concurso Nacional Unificado (CNU) Ministério da Gestão e Inovação Veja dicas de como estudar para concurso: Como estudar legislação para concurso? Veja dicas de como fazer uma boa redação para concurso



CNU 2025: g1 terá gabaritos extraoficiais das provas


03/10/2025 03:01 - g1.globo.com


CNU 2025: g1 faz cobertura ao vivo e terá gabaritos extraoficiais das provas As provas objetivas da segunda edição do Concurso Nacional Unificado (CNU) serão aplicadas neste domingo (5). O g1 fará cobertura ao vivo durante o processo seletivo. Professores do Estratégia Concursos corrigirão as provas dos nove blocos temáticos e elaborarão os gabaritos extraoficiais. CNU2025: veja COBERTURA AO VIVO no g1 ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 Concursos no WhatsApp Veja abaixo todas as informações sobre o CNU: 💼 Vagas, órgãos participantes e distribuição por cidades 💰 Salários 📝 Como serão as provas? ⏰ Horários 📵 O que pode ou não levar 📝 Folhas de respostas 📍 Locais de provas 📆 Confira o cronograma oficial A ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, apresenta os detalhes do edital da 2ª edição do Concurso Nacional Unificado (CNU). Valter Campanato/Agência Brasil 💼 Vagas, órgãos participantes e distribuição por cidades 🔍 Diferentemente da edição anterior, que contou com oito editais, um para cada bloco temático, o processo seletivo será regido por um único edital. O documento traz informações detalhadas sobre as vagas, salários, conteúdo programático das provas, critérios de classificação e composição das notas finais. Nesta edição, os cargos estão distribuídos em nove blocos temáticos, que agrupam as vagas por áreas de atuação semelhantes. São eles: Bloco 1: Seguridade Social (Saúde, Assistência Social e Previdência Social) Bloco 2: Cultura e Educação Bloco 3: Ciências, Dados e Tecnologia Bloco 4: Engenharias e Arquitetura Bloco 5: Administração Bloco 6: Desenvolvimento Socioeconômico Bloco 7: Justiça e Defesa Bloco 8: Intermediário – Saúde Bloco 9: Intermediário – Regulação Esse formato permite que o candidato concorra a várias vagas dentro de um mesmo bloco, com apenas uma inscrição. Embora a maior parte das vagas esteja concentrada em órgãos com sede em Brasília (DF), também há postos disponíveis em diversos estados do país. 💰 Salários Os salários iniciais no CNU 2025 variam de R$ 4 mil a R$ 16 mil, dependendo do cargo e do nível de escolaridade exigido. Consulte as remunerações iniciais previstas na tabela abaixo. 📝 Como serão as provas? A prova objetiva será aplicada em 5 de outubro de 2025. Ela será composta por uma parte com questões comuns a todos os candidatos (como língua portuguesa, raciocínio lógico e atualidades) e outra com perguntas específicas, conforme o bloco temático escolhido. A prova discursiva será aplicada em 7 de dezembro de 2025, exclusivamente para os candidatos aprovados na primeira fase. O conteúdo e o formato da redação variarão de acordo com a área de atuação. ▶️ PROVA OBJETIVA A prova objetiva será de múltipla escolha, com cinco alternativas e apenas uma correta. A quantidade de questões varia conforme o nível do cargo: Nível Superior: 90 questões no total, sendo 30 de conhecimentos gerais e 60 de conhecimentos específicos. Nível Intermediário: 68 questões, com 20 de conhecimentos gerais e 48 de conhecimentos específicos. ▶️ PROVA DISCURSIVA Na etapa discursiva, os candidatos deverão elaborar textos conforme o nível de escolaridade exigido para o cargo: Nível Superior: 2 questões discursivas, com aplicação das 13h às 16h. Nível Intermediário: 1 redação dissertativa-argumentativa, das 13h às 15h. O tempo de prova também é diferente: Nível Superior: das 13h às 18h (5 horas de duração). Nível Intermediário: das 13h às 16h30 (3h30 de duração). ⏰ Horários Os portões de todos os locais serão fechados às 12h30 (horário de Brasília), e as provas começam às 13h. A duração da prova varia conforme o nível do cargo: Nível superior: 5 horas (13h às 18h) Nível intermediário: 3h30 (13h às 16h30) Os candidatos devem permanecer na sala por, no mínimo, duas horas. O caderno de prova só poderá ser levado caso a saída ocorra na última hora do período estabelecido para cada nível. 📵 O que pode ou não levar Confira as principais orientações para a 2ª edição do CNU g1 📲 O candidato pode apresentar o documento de identidade em versão digital, acessado pelo aplicativo no momento da identificação na entrada da sala. É importante que o app já esteja instalado e testado, pois funciona mesmo sem internet. 👕 O Ministério recomenda o uso de roupas e calçados confortáveis, já que o candidato ficará sentado por várias horas. A FGV fornecerá envelopes porta-objetos para guardar pertences, inclusive o celular, que deve permanecer desligado durante toda a prova. É necessário também desativar alarmes. Os envelopes devem ser lacrados e identificados antes do candidato ocupar a carteira, onde permanecerão guardados. Os pertences só poderão ser retirados, e o celular religado, após o término da prova e fora do local de aplicação. 📝 Folhas de respostas Todas as respostas devem ser obrigatoriamente marcadas no cartão de respostas, único documento aceito para correção. O preenchimento deve ser feito com caneta azul ou preta, de corpo transparente. É responsabilidade do candidato preencher corretamente o cartão, seguindo as instruções do edital e da capa da prova, salvo em casos de atendimento especializado previamente autorizado. A questão será anulada se mais de uma alternativa for assinalada, se nenhuma for marcada ou se o preenchimento descumprir as instruções. Ao concluir a prova, é obrigatório entregar o cartão de respostas junto com o caderno ao fiscal da sala. Após a divulgação dos resultados, a FGV disponibilizará imagens digitalizadas dos cartões de respostas por até 15 dias. Encerrado esse prazo, não serão aceitos pedidos de acesso. 📍 Locais de provas Os candidatos foram distribuídos em locais de aplicação em 228 cidades, de acordo com o CEP informado no momento da inscrição. 📆 Confira o cronograma oficial Prova objetiva: 5/10/2025, das 13h às 18h Disponibilização da imagem do cartão de respostas: 12/11/2025 Convocação para prova discursiva: 12/11/2025 Convocação para confirmação de cotas e PcD: 12/11/2025 Convocação para a avaliação de títulos: 12/11/2025 Envio de títulos: de 13 a 19/11/2025 Cartão de confirmação de inscrição para prova discursiva: 1/12/2025 Prova discursiva (para habilitados na 1ª fase): 7/12/2025 Procedimentos de confirmação de cotas: de 8 a 17/12/2025 Resultado preliminar da avaliação de títulos: 2/1/2026 Divulgação da nota preliminar da prova discursiva: 6/1/2026 Pedidos de revisão das notas da discursiva: de 7 a 8/1/2026 Divulgação da 1ª lista de classificação: 30/1/2026 Segunda edição do Concurso Nacional Unificado (CNU) Ministério da Gestão e Inovação Veja dicas de como estudar para concurso: Como estudar legislação para concurso? Veja dicas de como fazer uma boa redação para concurso



Relator de MP alternativa do IOF diz que vai derrubar do texto a taxação para LCI, LCA e LCD


03/10/2025 00:16 - g1.globo.com

Entenda o que fica valendo com a decisão sobre o IOF O relator da Medida Provisória (MP) que substituiu o aumento do Imposto Sobre Operações Financeira (IOF), Carlos Zarattini (PT-SP), afirmou que vai manter a isenção para as Letra de Crédito Imobiliário (LCI), Letra de Crédito Agropecuário (LCA) e Letra de Crédito de Desenvolvimento (LCD). Ao editar a MP, o governo propôs a cobrança de Imposto de Renda sobre LCIs e LCAs, que atualmente são isentas. A votação do texto estava prevista para esta semana, mas foi adiada após pressão de deputados ligados ao agronegócio. “Temos várias outras possibilidades. Estamos discutindo outras possibilidades, mas essa [isenção] está acordada com os líderes e o Ministério da Fazenda. Estamos conversando para ver se a gente vai compensar essa mudança de outra forma ou não". Na última semana, em seu parecer, Carlos Zarattini sugeriu aumentar a alíquota proposta pelo governo de 5% para 7,5%, mas recuou da medida. O governo corre contra o tempo para aprovar a matéria, que perde validade no dia 8 de outubro. A votação da proposta no plenário deve ocorrer na próxima terça-feira (7). O que prevê a MP A MP foi editada depois do desgaste político criado por um decreto presidencial, que elevou o IOF em diversas transações financeiras. O governo então revogou parte da medida no mesmo dia, mantendo a cobrança apenas em algumas operações, e se comprometeu a apresentar uma alternativa. Além da taxação de LCI, LCA e LCD, que sairão do texto, a proposta prevê outras medidas de compensação, como: -Aumento da alíquota sobre apostas esportivas de 12% para 18%; -Tributação de criptoativos; -Uniformização da alíquota de IR sobre aplicações financeiras (17,5%); -Alíquota de CSLL para instituições financeiras entre 15% e 20%; -Corte de 10% em gastos tributários; -Regras mais rígidas para compensações de crédito tributário.



Mega-Sena, concurso 2922: prêmio acumula e vai a R$ 12 milhões


02/10/2025 23:02 - g1.globo.com


G1 | Loterias - Mega-Sena 2922 O sorteio do concurso 2.922 da Mega-Sena foi realizado na noite desta quinta-feira (2), em São Paulo. Nenhuma aposta acertou as seis dezenas, e o prêmio para o próximo sorteio acumulou em R$ 12 milhões. Clique aqui para seguir o canal de Loterias do g1 no WhatsApp Veja os números sorteados: 04 - 23 - 30 - 39 - 40 - 41 5 acertos - 13 apostas ganhadoras: R$ 97.420,54 4 acertos - 1.454 apostas ganhadoras: R$ 1.435,75 O próximo sorteio da Mega será no sábado (4). Mega-Sena, concurso 2.922 Reprodução/Caixa Entenda como funciona a Mega-Sena e qual a probabilidade de ganhar o prêmio Para apostar na Mega-Sena As apostas podem ser realizadas até as 19h (horário de Brasília) em qualquer lotérica do país ou por meio do site e aplicativo Loterias Caixa, disponíveis em smartphones, computadores e outros dispositivos. O pagamento da aposta online pode ser realizado via PIX, cartão de crédito ou pelo internet banking, para correntistas da Caixa. É preciso ter 18 anos ou mais para participar. Probabilidades A probabilidade de vencer em cada concurso varia de acordo com o número de dezenas jogadas e do tipo de aposta realizada. Para um jogo simples, com apenas seis dezenas, que custa R$ 6, a probabilidade de ganhar o prêmio milionário é de 1 em 50.063.860, segundo a Caixa. Já para uma aposta com 20 dezenas (limite máximo), com o preço de R$ 232.560,00, a probabilidade de acertar o prêmio é de 1 em 1.292, ainda de acordo com a instituição. Bilhetes da Mega-Sena, em imagem de arquivo Marcelo Brandt/G1



Embraer entrega 62 aviões no 3º trimestre, 5% a mais do que no mesmo período de 2024


02/10/2025 21:21 - g1.globo.com


Embraer entrega 62 aviões no 3º trimestre de 2025 A Embraer, fabricante de aeronaves com sede em São José dos Campos (SP), informou nesta quinta-feira (2) que entregou 62 aviões no terceiro trimestre de 2025, o que representa 5% a mais em relação ao período em 2024, quando 59 aeronaves foram entregues. A alta foi puxada por jatos executivos. No acumulado do ano, são 153 entregas - alta de 18,6% em comparação aos 129 aviões entregues no mesmo período do ano passado. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 Vale do Paraíba e região no WhatsApp Confira o balanço de entregas feitas pela Embraer no 3° trimestre deste ano: Na aviação comercial, foram 20 aviões, quatro a mais do que no 3° trimestre do ano passado; 41 jatos executivos foram entregues - valor igual ao do mesmo período do ano passado; Na divisão de defesa, a companhia entregou um modelo KC-390 Millennium, aeronave de transporte militar de última geração, completando o total de 62 aviões entregues pela companhia no trimestre. Na aviação comercial, dos 20 aviões entregues, 11 são do modelo E195-E2, o maior avião do segmento em produção pela Embraer. Já na aviação executiva, o destaque do trimestre ficou com o jato leve Phenom 300, com 20 unidades entregues. Em 2025, a Embraer projeta crescimentos de 10% e 15% em relação a 2024 nos segmentos de aviação comercial e executiva, respectivamente. As projeções para área de Defesa não foram detalhadas. E-190 da Embraer. Divulgação/Embraer R$ 20 bilhões até 2030 No início do ano, a Embraer anunciou que pretende investir R$ 20 bilhões até 2030 para ampliar a produção de aviões e desenvolver novos produtos. A previsão de investimento está alinhada com o plano de crescimento da companhia pelos próximos cinco anos. Segundo a companhia, o plano inclui "aumento da produção de aeronaves, expansão dos negócios em mercados internacionais e desenvolvimento de tecnologias sustentáveis, com o objetivo de reduzir os níveis de emissão de carbono da indústria aeronáutica". Embraer fecha venda de 24 aviões para Latam por R$ 11,2 bilhões E-190 da Embraer Divulgação/Embraer Veja mais notícias do Vale do Paraíba e região bragantina



Honda anuncia investimento de R$ 1,6 bilhão em Manaus e o lançamento de sete novas motos


02/10/2025 21:10 - g1.globo.com


Unidade fabril da Honda em Manaus (AM) deverá receber novos modelos, como híbridos e elétricos Divulgação | Honda A Honda anunciou nesta quinta-feira (2) que vai investir R$ 1,6 bilhão na produção de motocicletas no Brasil até 2029. Segundo a empresa, o valor permitirá a ampliação da capacidade produtiva e a fabricação de um mix maior de motos, incluindo opções com motorização híbrida e elétrica. O investimento marca um novo ciclo de expansão da fábrica de Manaus (AM), que completará 50 anos em 2026. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 Carros no WhatsApp De acordo com a montadora, o valor será usado para ampliar a capacidade produtiva, modernizar processos e lançar novos modelos. A meta é alcançar uma produção anual de 1,6 milhão de motocicletas na unidade a partir de 2026. Em entrevista, o diretor de produção, qualidade e logística da fábrica da Honda em Manaus, Lourival Barros, afirmou que a unidade opera atualmente com 90% da capacidade, distribuída em três turnos. O executivo destaca, no entanto, que a fábrica já tem capacidade para produzir até 1,6 milhão de motocicletas por ano. Segundo Barros, "o plano prevê a instalação de novas linhas, mudanças no layout e introdução de equipamentos", e serão criados cerca de 350 empregos diretos para dar suporte à expansão. O g1 questionou o diretor de planejamento da marca, Marcelo Takashi, sobre a possibilidade de um aumento na oferta de produtos pela Honda, como no segmento de motos híbridas e elétricas. A montadora é líder de mercado, mas ainda não anunciou nenhum modelo movido à bateria no Brasil, diferentemente da Yamaha, que já vende a Neo's por aqui. O executivo, no entanto, afirmou apenas que existe a possibilidade de produzir motocicletas com propulsão eletrificada, caso haja demanda do mercado. "No momento oportuno, serão divulgados os modelos produzidos em Manaus." LEIA MAIS Bajaj Dominar 250 é boa e tem preço agressivo, mas por que está tão longe da Honda CB Twister? Royal Enfield Guerrilla 450 chega por R$ 28.990 para brigar com Triumph Speed 400 Yamaha Ténéré 700 está de volta por R$ 72.990 e promete acirrar disputa entre as trail; veja o teste Atualmente, aproximadamente 6,5 mil motos são produzidas diariamente na fábrica de Manaus. Na linha principal, onde são feitos modelos como Honda CG 160, Biz 125 e Pop 110, uma moto é montada a cada 19 segundos. Assim, três motos são feitas por minuto. Ao todo, 20 modelos são fabricados no país, com cilindradas que vão de 110 cc a 1.100 cc. Parte dessa produção é exportada para 17 países, entre eles Estados Unidos, Austrália e México. A unidade da montadora no Amazonas emprega mais de 8 mil trabalhadores diretos e a expectativa é que esse número chegue a 9 mil até 2029. Estrutura da fábrica Fábrica da Honda em Manaus (AM) receberá R$ 1,6 bilhão em investimentos até 2029 Divulgação | Honda A fábrica da Honda em Manaus é considerada a mais verticalizada do grupo no mundo. Isso significa que muitos dos componentes das motos são feitos internamente, como chassis, rodas, assentos e motores. O complexo também abriga um centro de desenvolvimento e tecnologia, responsável por projetos e testes. Além de atender o mercado brasileiro, a produção também abastece exportações e sustenta uma rede com mais de 1.100 concessionárias em todo o país. Sete lançamentos anunciados Galerias Relacionadas A montadora também anunciou, nesta quinta-feira, o lançamento de sete novas motos para o mercado brasileiro. A previsão é que os novos modelos cheguem até 2026. Veja quais são os modelos anunciados e quando eles devem chegar no país: NC750X – versão atualizada, com opção de câmbio DCT ou manual. Chega ainda em 2025; CB750 Hornet e XL750 Transalp – chegam ainda em 2025. CG 160 Titan Special Edition – edição especial em homenagem aos 50 anos do modelo, prevista para o primeiro trimestre de 2026. XR 300L Tornado Special Edition – versão inspirada nas CRF do Rally Dakar, também com chegada no primeiro trimestre de 2026. CB1000 Hornet – estreia no primeiro trimestre do ano que vem, em duas versões, incluindo a SP com quickshifter, suspensão Ohlins e freios Brembo. GL1800 Gold Wing Tour 50th Anniversary – edição comemorativa dos 50 anos da primeira Gold Wing, com previsão de lançamento no primeiro semestre do próximo ano. Confira a nova Honda CB 650R 2025



Isenção do IR: como é hoje e como podem ficar as alíquotas por faixa de renda com o novo projeto


02/10/2025 18:20 - g1.globo.com


Isenção do IR: calculadora mostra quanto você deixará de pagar A Câmara dos Deputados aprovou, na quarta-feira (1º), um projeto que amplia a faixa de isenção do Imposto de Renda (IR) para quem recebe até R$ 5 mil por mês. A proposta segue agora para análise do Senado Federal e, se aprovada, será encaminhada à sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Pelo texto, a isenção do IR passará dos atuais R$ 3.036 (equivalente a dois salários mínimos) para R$ 5 mil mensais — ou R$ 60 mil por ano. Além disso, trabalhadores que ganham até R$ 7.350 por mês terão direito a um desconto parcial na tributação. Caso seja aprovado ainda neste ano, a expectativa é que as novas medidas passem a valer já em 2026 — ou seja, terão efeito na declaração feita em 2027. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça O projeto aprovado também prevê medidas para compensar a perda de arrecadação. Nesse sentido, a Receita Federal passará a tributar contribuintes de alta renda, definidos pelo governo como “super-ricos” — pessoas com rendimentos mensais acima de R$ 50 mil (equivalente a R$ 600 mil anuais). Atualmente, a tabela do IR funciona de forma progressiva: conforme a renda aumenta, o contribuinte paga mais imposto sobre a parcela que excede cada faixa. Hoje, quem ganha até R$ 3.036 está isento; acima desse valor, a tributação passa a incidir em alíquotas progressivas que chegam a 27,5%. Entenda como ficará a situação de cada faixa de renda caso o projeto seja aprovado pelo Senado: Isenção e alíquotas do Imposto de Renda: compare as mudanças. Arte/g1 💰Contribuintes com salário de até R$ 5 mil por mês Como é atualmente Quem ganha até R$ 5 mil já está sujeito ao pagamento de IR, podendo chegar à alíquota máxima de 27,5%. Segundo cálculos de Igor Montalvão, advogado, professor, sócio e diretor-jurídico do Montalvão & Souza Lima Advocacia de Negócios, a partir do Simulador de Alíquota Efetiva da Receita Federal, uma pessoa que recebe R$ 5 mil paga aproximadamente R$ 335,15 de IRPF mensal. Como pode ficar (caso o projeto seja aprovado) Trabalhadores com salário de até R$ 5 mil por mês ficarão totalmente isentos de IR. Veja mais abaixo, na calculadora do g1, o que muda para cada salário. 💰💰 Contribuintes com salário entre R$ 5 mil e R$ 7.350 por mês Como é atualmente Atualmente, o contribuinte paga mais imposto conforme a renda aumenta. Veja a tabela progressiva do Imposto de Renda : Tabela do Imposto de Renda 2025 Arte/g1 Como pode ficar (caso o projeto seja aprovado) Na nova proposta, os contribuintes nesta faixa de renda terão um desconto parcial, reduzindo a carga efetiva em relação ao modelo vigente. A ideia é que a cobrança seja progressivamente menor para quem ganha até R$ 7.350. Esse desconto, no entanto, ainda será regulamentado pelo governo, que definirá a forma exata de aplicação dessa transição. 💰💰💰 Contribuintes com salário acima de R$ 7.350 Como é atualmente Vale a tabela progressiva do Imposto de Renda com alíquota de 27,5%. Quem recebe R$ 7.350, por exemplo, paga atualmente cerca de R$ 1.125,24 mensais. Como pode ficar (caso o projeto seja aprovado) A regra da tabela progressiva permanece igual, com alíquota máxima de 27,5%. 👷‍♂️Profissionais com salário acima de R$ 50 mil ao mês Como é atualmente Quem ganha acima de R$ 50 mil por mês está sujeito à tabela progressiva do IR (até 27,5% sobre salários), mas pode reduzir o valor devido por meio de deduções. Lucros e dividendos são isentos. Como pode ficar (caso o projeto seja aprovado) Segundo Wagner Pagliato, coordenador do curso de ciências contábeis da Universidade Cidade de São Paulo (Unicid), e do Núcleo de Apoio Contábil e fiscal (NAF), a grande novidade no projeto aprovado ontem pela Câmara dos Deputados recai sobre os contribuintes de renda muito elevada. Segundo o projeto de lei 1087/25, pessoas físicas com renda anual superior a R$ 600 mil — o equivalente a mais de R$ 50 mil por mês — estarão sujeitas a uma tributação mínima de até 10%, aplicada apenas sobre o valor que exceder esse limite. Dessa forma, quem recebe um pouco acima do limite pagará uma alíquota reduzida, e o valor do imposto aumentará de forma gradual conforme a renda cresce. Veja abaixo: Alta renda terá IR progressivo de até 10%. Arte/g1 🔎 A nova tributação recai sobre lucros e dividendos, que hoje são isentos do Imposto de Renda. Já quem tem apenas o salário como fonte de renda não será afetado, pois continua sujeito à tabela progressiva do IR, com retenção em folha de até 27,5%. O mesmo vale para rendimentos maiores que R$ 100 mil por mês: continuam sujeitos à alíquota máxima de 27,5%, mas, com a regra do imposto mínimo de até 10% sobre os ganhos. "A medida busca aliviar a carga sobre a baixa e a média renda, ao mesmo tempo em que estabelece um piso de contribuição para os mais ricos. É uma tentativa de promover maior equilíbrio e justiça tributária. Agora, o texto segue para análise do Senado, onde pode sofrer ajustes antes de entrar em vigor", afirma Wagner Pagliato. Um profissional com renda de R$ 50.001 mensais, que não seja tributado pelo IRPF, pagará R$ 501; assim como um profissional de renda R$ 100.001 mensais, pagará R$ 10.001 de Imposto de Renda. imposto de renda 2025 Divulgação



Isenção do IR: quanto posso ganhar a mais? Já vale para 2026? Veja perguntas e respostas


02/10/2025 16:30 - g1.globo.com


Isenção do IR: calculadora mostra quanto você deixará de pagar A Câmara dos Deputados aprovou, na quarta-feira (1º), um projeto que amplia a faixa de isenção do Imposto de Renda (IR) para pessoas que recebem até R$ 5 mil por mês. O texto também prevê um desconto progressivamente menor para quem ganha até R$ 7.350 mensais. O projeto, aprovado com unanimidade, ainda precisa ser analisado pelo Senado Federal e, em seguida, ser sancionado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para entrar em vigor. Ao final desta reportagem, você poderá conferir quanto deixará de pagar, caso a proposta seja aprovada. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça Veja abaixo as principais perguntas e respostas. O que está previsto no projeto? Quem será impactado? Quando essa isenção passa a valer? Já impacta a declaração de 2026? Quanto os trabalhadores vão economizar por ano? A isenção vale para quem tem um salário líquido ou bruto de R$ 5 mil? Quem tem mais de uma fonte de renda pode ser beneficiado? Quem ganha entre R$ 5 mil e R$ 7.350 vai pagar menos imposto? Como o governo vai compensar essa perda de arrecadação? Os mais ricos vão realmente pagar mais imposto? Haverá alguma mudança no processo de declaração do IRPF? Sou CLT e ganho R$ 55 mil por mês. Vou ser mais taxado? Saiba quanto você deixará de pagar com a nova isenção 1. O que está previsto no projeto? O projeto, aprovado na última quarta-feira (1º) por unanimidade na Câmara dos Deputados, amplia a faixa de isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil por mês e estabelece descontos para rendas de até R$ 7.350 mensais. Para compensar a perda de arrecadação, a proposta prevê a tributação da alta renda — quem ganha acima de R$ 600 mil por ano — com uma alíquota progressiva de até 10%. (Entenda mais abaixo) O texto aprovado também isentou da alíquota mínima do IRPF pagamentos, créditos, entregas ou remessas de lucros, ou dividendos, de: governos estrangeiros, desde que haja reciprocidade de tratamento em relação aos rendimentos auferidos em seus países pelo governo brasileiro; fundos soberanos; entidades no exterior que tenham como principal atividade a administração de benefícios previdenciários, tais como aposentadorias e pensões, conforme definidas em regulamento. Além disso, a proposta também trata sobre a compensação de estados e municípios, oferece alívio tributário para profissionais que atuam em cartórios — como notários e registradores —, e cria um mecanismo de compensação sobre lucros e dividendos. Vale lembrar que o texto ainda precisa ser analisado pelo Senado Federal e ser sancionado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para entrar em vigor. Volte ao início. 2. Quem será impactado? Segundo o economista Bruno Carazza, doutor direito econômico pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), e comentarista do Jornal da Globo, cerca de 15 milhões de contribuintes serão beneficiados com a nova medida — seja deixando de pagar ou recolhendo menos imposto. Carazza destaca também que um grupo estimado entre 140 mil e 150 mil pessoas — aquelas que recebem mais de R$ 50 mil por mês, ou R$ 600 mil por ano — passará a arcar com parte do custo da medida. Carazza destaca também que um grupo estimado entre 140 mil e 150 mil pessoas — aquelas que recebem mais de R$ 50 mil por mês, ou R$ 600 mil por ano — passará a arcar com parte do custo da medida. Volte ao início. 3. Quando essa isenção passa a valer? Já impacta a declaração de 2026? Apesar de o texto ter sido aprovado com unanimidade na Câmara dos Deputados, a proposta ainda precisa passar pelo Senado e ser sancionado pelo presidente Lula para entrar em vigor. A expectativa do governo é que, caso o texto seja aprovado pelo Congresso Nacional ainda neste ano, a medida passe a valer já a partir de janeiro de 2026 — ou seja, deve impactar a declaração do Imposto de Renda feita em 2027. Volte ao início. 4. Quanto os trabalhadores vão economizar por ano? Como o g1 já mostrou, a nova isenção deve gerar ganhos mensais para os contribuintes que se encaixem nas novas regras. A expectativa é que os trabalhadores que recebem R$ 5 mil por mês (R$ 60 mil por ano) tenham ganhos de R$ 312,89 na renda mensal — valor que vai reduzindo gradativamente conforme a renda cresce. Veja a simulação por faixa salarial mais abaixo. Volte ao início. 5. A isenção vale para quem tem um salário líquido ou bruto de R$ 5 mil? A isenção vale para quem tem rendimentos mensais brutos de até R$ 5 mil. Volte ao início. 6. Quem tem mais de uma fonte de renda pode ser beneficiado? Sim, desde que a soma dos rendimentos tributáveis não ultrapasse os R$ 5 mil mensais. Volte ao início. 7. Quem ganha entre R$ 5 mil e R$ 7.350 vai pagar menos imposto? Sim. O texto aprovado na Câmara dos Deputados também estabelece um desconto progressivamente menor para quem ganha até R$ 7.350 por mês. Pela nova regra, são beneficiados por esse desconto os contribuintes com rendas a partir de R$ 5.001. Assim, quem recebe R$ 7 mil por mês, por exemplo, deverá ter ganhos de R$ 46,61 mensais e de R$ 605,87 no ano, considerando o décimo terceiro salário. Já os contribuintes que recebem acima dessa faixa não serão impactados pelas mudanças, pois a tabela progressiva do Imposto de Renda não foi alterada. Nada muda também para quem ganha até R$ 3.036 — parcela já isenta pela tabela em vigor. Veja abaixo uma tabela de simulações feita por Welinton Mota, da Confirp Contabilidade: Imposto de Renda: veja quanto você pode deixar de pagar se recebe até R$ 7.350 Arte/g1 Volte ao início. 8. Como o governo vai compensar essa perda de arrecadação? Segundo dados do governo federal, a expectativa é que a isenção do imposto de renda custe R$ 25,8 bilhões aos cofres públicos em 2026. Para compensar a perda de arrecadação, a Câmara manteve a proposta do governo de aplicar uma alíquota progressiva de até 10% sobre rendimentos anuais superiores a R$ 600 mil. ENTENDA: cobrança mínima para alta renda começa em R$ 0,10 com nova regra A nova tributação recai sobre lucros e dividendos, que hoje são isentos do Imposto de Renda. Já quem tem apenas o salário como fonte de renda não será afetado, pois continua sujeito à tabela progressiva do IR, com retenção em folha de até 27,5%. O relator do projeto, deputado Arthur Lira (PP-AL), também acrescentou um dispositivo que destina parte do dinheiro de arrecadação a estados e municípios. 🔎 De acordo com parecer, mesmo com a ampliação da faixa de desconto parcial, haverá uma sobra de R$ 12,7 bilhões até 2027. Esse dinheiro será usado para compensar a redução da alíquota da Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS), instituída pela Reforma Tributária. Volte ao início. 9. Os mais ricos vão realmente pagar mais imposto? Sim. A expectativa é que pessoas físicas com renda anual superior a R$ 600 mil — o equivalente a mais de R$ 50 mil por mês — estarão sujeitas a uma tributação mínima de até 10%, aplicada apenas sobre o valor que exceder esse limite. Dessa forma, quem recebe um pouco acima do limite pagará uma alíquota reduzida, e o valor do imposto aumentará de forma gradual conforme a renda cresce. Veja alguns exemplos: Quem ganha R$ 600.001,00 paga cerca de R$ 0,10, com alíquota de 0,000017%; Uma renda um pouco maior, de R$ 600.010,00 ao ano, passa a ter alíquota de 0,000167%, gerando imposto de R$ 1,00; Quem recebe R$ 601 mil por ano terá alíquota de 0,0167%, equivalente a R$ 100,17 de imposto; Com R$ 602 mil anuais, a alíquota sobe para 0,0333%, resultando em R$ 200,67 de imposto mínimo; Para uma renda de R$ 605 mil, a alíquota mínima é de 0,0833%, correspondendo a R$ 504,17 de imposto; Quem recebe R$ 610 mil por ano terá alíquota de 0,1667%, com imposto mínimo de R$ 1.016,67; Com R$ 615 mil anuais, a alíquota chega a 0,25%, e o imposto mínimo será de R$ 1.537,50. Como o g1 já mostrou, a proposta busca corrigir uma distorção comum entre os contribuintes de maior renda: muitos declaram um pró-labore baixo, sujeito a poucos impostos, enquanto a maior parte dos ganhos vem da distribuição de lucros, que atualmente isenta. Volte ao início. 10. Haverá alguma mudança no processo de declaração do IRPF? Ainda não houve uma definição sobre alguma eventual mudança no processo de declaração do Imposto de Renda para pessoas físicas que entrem na nova faixa de isenção. A expectativa é que eventuais novas regras devem ser detalhadas pela Receita Federal após a sanção da lei. Volte ao início. 11. Sou CLT e ganho R$ 55 mil por mês. Vou ser mais taxado? Não. Quem tem vínculo CLT já tem imposto retido na fonte, sujeito à tabela progressiva do IR, com retenção em folha de até 27,5%. Nada muda. A nova regra não afeta salários, honorários, aluguéis ou outras rendas que já sejam tributadas na fonte. Volte ao início. 12. Saiba quanto você deixará de pagar com a nova isenção O g1 elaborou, com o apoio da Confirp Contabilidade, uma calculadora que mostra quanto você vai deixar de pagar de IR a partir de janeiro 2026, caso o projeto seja aprovado pelo Senado e sancionado pelo presidente Lula. 🔎 A calculadora indica a redução do Imposto de Renda para rendimentos de até R$ 7.350 mensais, mas não considera a sobretaxa aplicada a quem recebe acima de R$ 50 mil por mês. Faça a simulação abaixo: ENTENDA: veja mais detalhes sobre a calculadora do g1 e outras simulações Volte ao início. Notas, moeda, Real, dinheiro, notas de dinheiro Reprodução/Pixabay



Porco: produtor de SP atinge maior poder de compra de farelo de soja em 20 anos, aponta Esalq-USP


02/10/2025 16:21 - g1.globo.com


Em fevereiro, o preço da carcaça suína registrou elevação de 10,8% na comparação com janeiro, passando para R$ 13,20 o quilo. Arquivo Secom Os produtores paulistas de carne de porco vivem o momento mais favorável em relação ao poder de compra do farelo de soja, insumo essencial para a suinocultura. Os pesquisadores do campus da USP em Piracicaba (SP), ressaltam que o poder de compra atual está 54% acima da média da série histórica do Cepea, iniciada em janeiro de 2024, que é de 3,62 quilos. Com a venda de um quilo do suíno vivo no interior de São Paulo, especialmente na região de Campinas (SP), o produtor conseguiu comprar 5,57 quilos de farelo em setembro. Essa é a maior quantidade registrada pelo Cepea desde dezembro de 2004, quando a relação de troca atingiu recorde, de 6,49 quilos. A informação é do boletim mais recente do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) do campus da Universidade de São Paulo (USP) em Piracicaba (SP), divulgado nesta quinta-feira (2). Farelo de soja Caíque Rodrigues/g1 RR Preços Além dos preços mais firmes de venda do suíno vivo, levantamento do Cepea aponta que o valor médio do animal em setembro, de R$ 9,25 o quilo , foi o maior de 2025 –, esse cenário favorável ao suinocultor é influenciado pelas recentes fortes desvalorizações do farelo de soja. A Equipe de Grãos do Cepea mostram que a tonelada do derivado negociado na região de Campinas registrou média de R$ 1.660,53 em setembro, sendo 21,7% abaixo da verificada no mesmo período do ano passado. Exportações em alta O volume exportado de carne suína brasileira cresceu cerca de 72% entre janeiro e agosto de 2025, aponta análise do Cepea na segunda quinzena de agosto de 2025. Em janeiro, foram 7,7 mil toneladas da proteína exportada. Em agosto, a quantidade passou para 13,3 mil toneladas. No ranking dos principais países destinos dos embarques, Chile e Filipinas são destaques. Entenda panorama, abaixo. "O destaque foi em julho, quando 14,5 mil toneladas de carne suína foram escoadas ao Chile. O dobro do volume de janeiro", aponta o Cepea. Destinos Chile foi, em julho e agosto o segundo maior destino da proteína brasileira, assumindo a posição que até então vinha sendo sustentada pela China. As Filipinas se mantêm como maior destino da carne suína brasileira desde fevereiro deste ano. "O aumento dos embarques ao Chile está atrelado ao fato de o governo daquele país ter reconhecido, em abril deste ano (e oficializado em julho), o estado do Paraná (segundo maior produtor nacional), como livre de febre aftosa sem vacinação e de peste suína clássica", destaca o Cepea. USP analisa movimentos de preços das carnes concorrentes e reflexos da estiagem em agosto Preços Os preços do suíno vivo e da carne de porco mantiveram altas desde o fim do primeiro semestre de 2025 e as cotações de agosto seguiram firmes, contrariando cenário típico de recuos para esse período do ano. 🐖O mercado independente do suíno vivo, segundo o Cepea, foi favorecido pela demanda aquecida, típica no começo do mês e que ajudou a impulsionar as cotações. Na segunda metade de agosto, a procura seguiu firme, e os valores não recuaram como tradicionalmente ocorre. Desta forma, as médias mensais dos preços do vivo em quase todas as praças acompanhadas pelo Cepea avançaram em relação a julho", observa o Cepea em boletim desta quinta-feira. Quanto à carne, pesquisadores explicam que a demanda também esteve bastante elevada em agosto, levando a aumentos nas cotações da maior parte dos produtos suinícolas no período. 📈O indicador do Suíno Vivo Mensal Cepea/Esalq fechou em R$ 8,57 em Minas Gerais, R$ 8,27 no Paraná, R$ 8,15 no Rio Grande do Sul, R$ 8,19 em Santa Catarina e R$ 8,76 em São Paulo em agosto. Preços da carne suína aumentam em junho Reprodução/TV TEM VÍDEOS: tudo sobre Piracicaba e região Veja mais notícias da região no g1 Piracicaba



Volkswagen T-Cross é o SUV mais vendido até setembro; veja o ranking


02/10/2025 16:15 - g1.globo.com


Volkswagen T‑Cross Comfortline 2025 divulgação/Volkswagen O Volkswagen T-Cross foi o SUV zero km mais vendido do Brasil em 2025 até setembro. A informação foi divulgada nesta quinta-feira (2) pela Federação Nacional Distribuição Veículos Automotores (Fenabrave). O utilitário da VW marcou 65.987 emplacamentos em todo país, durante os nove primeiros meses deste ano. O vice-líder foi o Toyota Corolla Cross, que acumula 51.973 unidades no período. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça Veja a lista de SUVs mais vendidos até setembro de 2025. Volkswagen T-Cross: 65.987 unidades; Toyota Corolla Cross: 51.973 unidades; Hyundai Creta: 51.632 unidades; Honda HR-V: 45.153 unidades; Chevrolet Tracker: 44.809 unidades; Jeep Compass: 42.471 unidades; Fiat Fastback: 41.748 unidades; Nissan Kicks: 40.588 unidades; Volkswagen Nivus: 37.102 unidades; Fiat Pulse: 33.135 unidades. Brasil emplaca quase 2 milhões de veículos novos no 3º trimestre de 2025 Volkswagen Tera: veja os 5 pontos positivos e negativos do novo SUV da marca alemã LEIA MAIS Royal Enfield Guerrilla 450 chega por R$ 28.990 para brigar com Triumph Speed 400 Toyota suspende produção e adia lançamento do Yaris Cross após temporal Leilão do Detran-SP tem Chevrolet Vectra mais barato que iPhone e VW Gol a R$ 2,9 mil Vendas de setembro Na comparação mensal, o Toyota Corolla Cross continuou como o SUV mais vendido do país em setembro, na liderança do ranking pelo segundo mês consecutivo. A grande surpresa foi o Nissan Kicks. O SUV tinha média de emplacamentos de 4 mil unidades e, no mês passado, disparou para 6.319 carros emplacados, saltando para a segunda colocação. Veja abaixo a lista dos mais vendidos de setembro. Toyota Corolla Cross: 7.282 unidades; Nissan Kicks: 6.319 unidades; Hyundai Creta: 5.953 unidades; Chevrolet Tracker: 5.657 unidades; Fiat Fastback: 5.344 unidades; Jeep Compass: 5.291 unidades; Honda HR-V: 5.041 unidades; Volkswagen T-Cross: 4.736 unidades; Jeep Renegade: 4.547 unidades; Volkswagen Nivus: 4.173 unidades. Brasil emplaca quase 2 milhões de veículos novos Os brasileiros compraram 1.910.519 veículos novos no terceiro trimestre de 2025. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (2) pela Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave). O número inclui automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus. O g1 contabiliza motos à parte e desconsidera implementos rodoviários. Este é o melhor resultado para desde a Covid-19, em 2019 — quando foram emplacados 2.029.590. Houve uma ligeira alta de 2,79% em relação ao mesmo período de 2024, quando foram emplacados 1,8 milhão de veículos novos. Veja abaixo os resultados por segmento. AUTOMÓVEIS 1.411.116 emplacamentos até o terceiro trimestre de 2025, aumento de 3,05% contra 2024. 178.548 emplacamentos em setembro, alta de 3,65% contra agosto; Comparado a setembro de 2024, houve alta de 4,02% (171.640 unidades). COMERCIAIS LEVES 396.322 emplacamentos até o terceiro trimestre de 2025, aumento de 4% contra 2024. 52.822 emplacamentos em setembro, alta expressiva de 25,14% contra agosto; Comparado a setembro de 2024, houve alta de 3,40% (51.083 unidades). CAMINHÕES E ÔNIBUS 103.081 emplacamentos até o terceiro trimestre de 2025, redução de 4,72% contra 2024. 11.895 emplacamentos em setembro, alta de 9,55% contra agosto; Comparado a setembro de 2024, houve queda de 12,54% (13.600 unidades). Somando automóveis e comerciais leves, os principais segmentos em vendas, a alta foi de 3,26% no terceiro trimestre de 2025. Projeções para 2025 A projeção da Fenabrave foi revisada em outubro, e o número de emplacamentos de automóveis e comerciais leves foi reduzido: o crescimento previsto caiu de 5% para 3% na comparação entre as vendas acumuladas de 2024 e 2025. Segundo a entidade, a expectativa é que sejam emplacadas 2.559.345 unidades — antes, a estimativa era de 2.765.906 veículos. Confira os demais segmentos: Automóveis e comerciais leves: alta de 3% (de 2.484.740 para 2.559.345); Caminhões: queda de 7% (de 127.593 para 113.552); Ônibus: alta de 6% (de 27.675 para 29.336). A revisão para baixo na projeção de crescimento em 2025 está relacionada à preocupação com os cenários internacional e nacional, além da queda nas vendas de caminhões. "A concorrência no país é intensa. Com uma taxa de juros menor, o crescimento nas vendas de automóveis e comerciais leves seria bem mais forte — ultrapassaria os 5% que projetamos no início do ano. Esperávamos uma queda nos juros até o fim de 2025, mas o Copom indicou que isso só deve acontecer em 2026", afirmou Arcelio Júnior, presidente da Fenabrave. "O consumidor que pode comprar um carro incluído na redução do IPI para veículos sustentáveis, em geral, depende de crédito. Por isso, a taxa de juros é decisiva para ele", completou o executivo.



Brasil compra mais vinho do Chile e compensa impacto do tarifaço para exportadores do país vizinho


02/10/2025 15:01 - g1.globo.com


Garrafas de vinho Júlia Reis/g1 As exportações de vinho do Chile para o Brasil, seu principal mercado, aumentaram em 2025 e estão ajudando a compensar a queda nas vendas do país para os Estados Unidos, na esteira do tarifaço de Donald Trump. Os produtos chilenos estão taxados em 10% desde abril, quando Trump anunciou as chamadas "tarifas recíprocas" para a maior parte dos países. Diferentemente do Brasil, tarifado em 50% desde agosto, o Chile não foi alvo de sobretaxas. Dados da Wines of Chile, associação de produtores, mostram que os EUA, segundo maior mercado chileno, reduziram em 13% as compras nos primeiros sete meses do ano. “Passamos de tarifa zero para 10%”, disse Angelica Valenzuela, diretora comercial da Wines of Chile. “Sempre que há uma tarifa ou obstáculo, ocorre congelamento ou desaceleração [nas vendas].” Ela explicou que, no início, produtores e importadores absorveram o custo das tarifas. Com a manutenção do tarifaço, o valor começou a ser repassado ao consumidor americano. “O que vemos agora é um mercado americano menos dinâmico e em declínio”, acrescentou. Em compensação, o Brasil aumentou as compras e se consolidou como principal destino das exportações chilenas, com crescimento de quase 10% no período. O Chile representa quase metade do mercado de importação de vinhos do Brasil, disse Valenzuela, acrescentando que há “um enorme potencial de expansão.” De onde vem o vinho O número de consumidores regulares de vinho no Brasil está crescendo, especialmente entre mulheres e pessoas com maior renda disponível, segundo a diretora do Wines of Chile. Já as exportações chilenas para a China caíram quase 23% no mesmo período. Segundo Valenzuela, no entanto, isso ocorreu devido à redução do consumo local, que afetou vários exportadores. No geral, as exportações de vinho do Chile se mantiveram estáveis em 2025. Canadá, Japão, Irlanda e Coreia do Sul registraram crescimento, enquanto México, Holanda e Reino Unido apresentaram queda. Valenzuela afirmou que a estratégia de marketing do Chile agora se concentra em reforçar a imagem do país como fornecedor de vinhos premium e sustentáveis.



Entenda a proposta que amplia isenção do IR e taxa ricos


02/10/2025 14:25 - g1.globo.com


Isenção do IR: calculadora mostra quanto você deixará de pagar A Câmara dos Deputados aprovou na noite de quarta-feira (01), por unanimidade, o texto-base do projeto de lei (PL) que prevê isenção de Imposto de Renda (IR) para pessoas físicas com renda mensal de até R$ 5 mil e desconto para quem ganha até R$ 7.350 mensais. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça A proposta, encaminhada pelo governo federal, terá ainda de ser aprovada pelo Senado e depois sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para entrar em vigor, em 2026. A redução do IR foi uma das principais promessas de campanha de Lula em 2022, e o projeto foi enviado para a Câmara em março deste ano. A forte pressão popular que se formou em torno da chamada PEC da Blindagem, que mobilizou manifestações nas ruas e nas redes sociais, acabou criando um ambiente político favorável à medida. O governo também fez uma campanha intensa de comunicação, sobretudo nas redes sociais, ressaltando a desigualdade na tributação entre pobres e ricos no Brasil. Segundo o governo, a desoneração do IR deve beneficiar até 26,6 milhões de pessoas, o que representa 65% dos contribuintes. O custo estimado da isenção para até R$ 5 mil é de R$ 25,8 bilhões, o que será compensado pela criação de um imposto mínimo sobre a alta renda. "Um dia histórico. Começamos a enfrentar nossa principal chaga: nossa inaceitável desigualdade", escreveu o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, na rede social X. Initial plugin text O presidente Lula comemorou a medida como uma "vitória em favor da justiça tributária e do combate à desigualdade no Brasil" e agradeceu ao presidente da Câmara, Hugo Motta, e ao relator do texto, o deputado Arthur Lira, pela aprovação. Base da pirâmide A tabela do Imposto de Renda funciona de forma progressiva – o brasileiro passa a pagar um imposto maior à medida que seus rendimentos crescem, como uma escada. Atualmente, são isentos do imposto quem ganha até R$ 3.036. Acima desse valor, a tributação começa a ser cobrada em "faixas", que chegam a 27,5% de imposto. Caso seja aprovado no Senado, o projeto determina que, em 2026, quem ganha até R$ 5 mil não precisará pagar IR. A isenção garantiria um desconto mensal de até R$ 312,89. Quem ganha de R$ 5.000,01 a R$ 7.350,00 terá de pagar menos imposto, e esse desconto pode chegar a até R$ 978,62. Para os que ganham mais de R$ 7.350 por mês, nada muda – continua valendo a tabela atual de cobrança do imposto. Em resumo, haverá dois sistemas de tributação: um para quem ganha até R$ 7.350 e outro para quem recebe mais que isso. Compensação Para compensar o impacto da medida aos cofres públicos, o projeto prevê a tributação das pessoas com rendimentos acima de R$ 50 mil por mês (R$ 600 mil por ano), com uma alíquota progressiva de até 10%. O valor efetivo será calculado com base em toda a renda do contribuinte e no que já foi recolhido. O chamado imposto mínimo recairá também sobre lucros e dividendos, que hoje são isentos do IR. A alíquota máxima de 10% incidirá para quem recebe anualmente a partir de R$ 1,2 milhão por ano. Segundo o Ministério da Fazenda, a medida atingirá cerca de 141 mil pessoas, o que representa 0,13% dos contribuintes. Eles atualmente pagam de forma efetiva, em média, apenas 2,5% de IR. Quem tem o salário como única fonte de renda não será afetado, pois continua enquadrado na tabela progressiva do IR, pagando a alíquota máxima de 27,5%. O novo imposto entrará em cena sempre que a cobrança regular estiver abaixo do piso estabelecido. Por exemplo, quem ganha mais de R$ 1,2 milhão e paga 2,5% de imposto, terá de pagar mais 7,5% para chegar aos 10%. Resistência à medida Parlamentares da oposição e de parte do centrão articularam uma derrubada da taxação dos mais ricos, mas a proposta do governo foi mantida no texto aprovado. Ela é essencial para isenção da base da pirâmide, uma vez que a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) exige uma compensação para medidas com impacto negativo no Orçamento. Segundo um estudo do Ministério da Fazenda, sem a criação do imposto mínimo para as altas rendas, o problema iria além do desequilíbrio das contas públicas, agravando ainda a desigualdade no país. O relator do projeto, deputado Arthur Lira, estima que haverá ainda uma sobra de R$ 12,7 bilhões até 2027 com a taxação. Em seu parecer, Lira destinou esses recursos para compensar a redução da alíquota da Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS), instituída pela Reforma Tributária. Não ficarão sujeitos à incidência do imposto sobre a renda na fonte os lucros e dividendos relativos a resultados apurados até 2025, e cuja distribuição tenha sido aprovada até 31 de dezembro de 2025. Declaração do imposto de renda Roberto Sungi



Brasil emplaca quase 2 milhões de veículos novos em 2025, melhor resultado em 6 anos


02/10/2025 14:12 - g1.globo.com


Carros no pátio da montadora Volkswagen em São José dos Campos, no interior de São Paulo Roosevelt Cassio/Reuters Os brasileiros compraram 1.910.519 veículos novos em três trimestres de 2025. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (2) pela Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave). O número inclui automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus. O g1 contabiliza motos à parte e desconsidera implementos rodoviários. Este é o melhor resultado para desde a Covid-19, em 2019 — quando foram emplacados 2.029.464. Houve uma ligeira alta de 2,79% em relação ao mesmo período de 2024, quando foram emplacados 1,8 milhão de veículos novos. Veja abaixo os resultados por segmento. AUTOMÓVEIS 1.411.116 emplacamentos no terceiro trimestre de 2025, aumento de 3,05% ante 2024. 178.548 emplacamentos em setembro, alta de 3,65% em relação a agosto; Comparado a setembro de 2024, houve avanço de 4,02% (171.640 unidades). COMERCIAIS LEVES 396.322 emplacamentos no terceiro trimestre de 2025, aumento de 4% ante 2024. 52.822 emplacamentos em setembro, alta expressiva de 25,14% em relação a agosto; Comparado a setembro de 2024, houve avanço de 3,40% (51.083 unidades). CAMINHÕES E ÔNIBUS 103.081 emplacamentos no terceiro trimestre de 2025, redução de 4,72% ante 2024. 11.895 emplacamentos em setembro, alta de 9,55% em relação a agosto; Comparado a setembro de 2024, houve queda de 12,54% (13.600 unidades). Somando automóveis e comerciais leves, os principais segmentos em vendas, a alta foi de 3,26% no terceiro trimestre de 2025. Projeções para 2025 A projeção da Fenabrave sofreu uma pequena alteração em relação às projeções divulgadas em julho. A expectativa, agora, é que haja uma venda menor de automóveis e uma alta em motos ao longo deste ano. Automóveis e comerciais leves: alta de 5% para 3% (de 2.608.977 para 2.559.345); Caminhões: redução de 7% (de 127.593 para 113.552); Ônibus: alta de 6% (de 27.675 para 29.336); Motos: alta de 10% para 15% (de 2.063.493 para 2.157.288). A revisão nas projeções de crescimento para 2025 acontece em meio a preocupações com os cenários nacional e internacional, e diante da queda observada nas vendas de caminhões. Segundo a Fenabrave, a economia gerada pelas novas normas de controle de emissões para motores a diesel, com o Euro 6, tem retardado o processo de renovação da frota. De acordo com a economista Tereza Fernandez, responsável pelas projeções macroeconômicas da federação, o retorno de Donald Trump à presidência dos Estados Unidos é o principal fator de preocupação. “Até o momento seguem as incertezas de que alíquotas de Donald Trump serão aplicadas efetivamente. Ele já está atrapalhando o mercado internacional e vai provocar uma diminuição no comércio internacional”, disse Fernandez. A Fenabrave ainda indica que as altas taxas de juros no país também afetam as vendas. O Comitê de Política monetária (Copom) do Banco Central do Brasil manteve as taxas básicas de juros em 15% ao ano e indicou que as taxas devem continuar neste patamar até o final de 2025. "Com uma taxa de juros menor, o crescimento nas vendas de automóveis e comerciais leves seria bem mais forte — ultrapassaria os 5% que projetamos no início do ano. Esperávamos uma queda nos juros até o fim de 2025, mas o Copom indicou que isso só deve acontecer em 2026, revela Arcelio Junior, presidente da Fenabrave. "Carro sustentável depende muito do crédito e a taxa de juros para esse consumidor é muito essencial", complementa o executivo. Novo Nissan Kicks: saiba o que há de bom e ruim no lançamento



Isenção do IR vai beneficiar 15 milhões, enquanto 150 mil de alta renda pagam a diferença


02/10/2025 13:18 - g1.globo.com


Isenção do IR: Bruno Carazza comenta medida A ampliação da faixa de isenção do Imposto de Renda promete alterar de forma significativa o peso da tributação sobre diferentes grupos de contribuintes no Brasil. Segundo dados da Receita Federal, a mudança representa um impacto direto sobre o universo de 40 milhões de declarantes. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça O economista Bruno Carazza, doutor em direito econômico pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), e comentarista do Jornal da Globo, destacou que cerca de 15 milhões de contribuintes deixarão de pagar ou passarão a recolher menos imposto. 🔎 Prevista para valer a partir de 2026, a medida prevê que quem ganha até R$ 5 mil mensais ficará isento do pagamento. Já rendas entre R$ 5 mil e R$ 7.350 terão uma isenção parcial, com descontos na alíquota. 🔎 Atualmente, a tabela do Imposto de Renda funciona de forma progressiva. Ou seja, conforme o valor da renda aumenta, o contribuinte passa a pagar um imposto maior sobre aquela parcela de rendimentos. Hoje, estão isentos os contribuintes com renda tributável de até R$ 3.036 por mês — equivalente a dois salários mínimos. Segundo ele, o desenho do projeto, no entanto, também deixa claro a dimensão da desigualdade de renda no Brasil: enquanto milhões de trabalhadores que ganham até R$ 7.350 serão beneficiados, um grupo estimado entre 140 mil e 150 mil pessoas — aqueles que ganham mais de R$ 50 mil mensais, ou R$ 600 mil por ano — passará a financiar a conta. “Essa medida dá concretude à ideia de retirar os mais pobres da base de cobrança e transferir a responsabilidade para os mais ricos”, afirmou. Esse contingente, ainda que pequeno, concentra parte significativa da renda do país e será atingido por alíquotas progressivas que podem chegar a 10%. Impacto para o contribuinte com a isenção do IR Arte/g1 Carazza lembra que, após duas décadas de cobrança "mais suave", os contribuintes de alta renda voltarão a ter uma participação proporcional maior no sistema tributário. Isso porque, no Brasil, diversos mecanismos reduzem a carga efetiva sobre os mais ricos, como a isenção de lucros e dividendos e a menor tributação sobre aplicações financeiras. “Quanto maior a renda, menor é a proporção de imposto paga no país. O projeto busca corrigir essa distorção, estabelecendo um patamar mínimo de 10%”, aponta o economista. 🔎 A nova tributação recai sobre lucros e dividendos, que hoje são isentos do Imposto de Renda. Já quem tem apenas o salário como fonte de renda não será afetado, pois continua sujeito à tabela progressiva do IR, com retenção em folha de até 27,5%. Apesar do avanço, o economista ressalta que a proposta ainda mantém brechas importantes. Continuam isentos, por exemplo, valores transmitidos por herança, seguros de vida e planos de previdência privada. Apesar disso, para Carazza, a expectativa é que o debate em torno da reforma tributária avance gradualmente para reduzir privilégios e ampliar a justiça fiscal. “A medida sinaliza uma mudança no modelo de arrecadação, ampliando o alcance da isenção para milhões de contribuintes de renda média e transferindo parte da responsabilidade para os que estão no topo da pirâmide econômica”, reforça o economista. Imposto de Renda Joédson Alves/Agência Brasil



Dólar sobe e fecha a R$ 5,33 com paralisação nos EUA e isenção do IR no Brasil; Ibovespa recua


02/10/2025 12:00 - g1.globo.com


Por unanimidade, Câmara aprova isenção do imposto de renda O dólar fechou em alta de 0,20% nesta quinta-feira (2), cotado a R$ 5,3394. Já o Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, recuou 1,08%, aos 143.950 pontos, influenciado pela queda nas ações da Petrobras (1,24%) e do Itaú (1,10%). Os mercados seguiram reagindo ao impasse fiscal nos Estados Unidos. A paralisação do governo americano, conhecida como "shutdown", já afeta serviços, trabalhadores e compromete a divulgação de indicadores importantes. No Brasil, a pauta tributária voltou a ganhar destaque no Congresso. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça ▶️ A paralisação do governo americano, iniciada na quarta (1º), deve durar ao menos três dias. O Senado não terá sessões nesta quinta por conta do feriado de Yom Kippur, o que impede a votação de medidas emergenciais de financiamento. O "shutdown" já atinge 750 mil servidores federais sem salário, com perdas estimadas em US$ 400 milhões. Diversas agências tiveram de suspender ou limitar serviços temporariamente. ▶️ Entre os dados impactados, estão o índice de preços ao consumidor e o payroll, considerado essencial para orientar as decisões do Banco Central americano, o Federal Reserve. ▶️ No Brasil, os investidores acompanham a aprovação, pela Câmara, do projeto que amplia a faixa de isenção do Imposto de Renda para rendimentos de até R$ 5 mil mensais. Veja a seguir como esses fatores influenciam o mercado. Entenda o que faz o preço do dólar subir ou cair 💲Dólar a Acumulado da semana: +0,02%; Acumulado do mês: +0,32%; Acumulado do ano: -13,60%. 📈Ibovespa Acumulado da semana: -0,99%; Acumulado do mês: -1,53%; Acumulado do ano: +19,72%. Câmara aprova isenção do IR A Câmara dos Deputados aprovou na noite de quarta-feira (1º) o projeto que amplia a faixa de isenção do Imposto de Renda (IR) para quem ganha até R$ 5 mil por mês. A votação foi unânime: 493 votos a favor. O texto ainda terá que passar pelo Senado Federal e depois ser sancionado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para entrar em vigor. ➡️Atualmente, a tabela do Imposto de Renda funciona de forma progressiva. Ou seja, conforme o valor da renda aumenta, o contribuinte passa a pagar um imposto maior sobre aquela parcela de rendimentos. Pela tabela atual, quem ganha até R$ 3.036 está isento. A partir daí, a tributação começa a incidir em "faixas", que chegam a 27,5% de imposto. Pedro Moreira, sócio da One Investimentos, aponta que o mercado observa dois aspectos principais. O primeiro, considerado positivo, é a isenção de imposto para quem recebe até R$ 5 mil, além de uma escala de alíquotas que favorece quem ganha até R$ 7.350. “Ao reduzir a carga tributária, essa medida busca ampliar o poder de compra da população, liberando mais recursos. Com isso, espera-se um crescimento do consumo, o que pode impulsionar setores como o varejo e os serviços”, afirma. No entanto, há uma contrapartida relevante: o impacto fiscal da isenção. O mercado observa com atenção as propostas de compensação, como a taxação de rendimentos superiores a R$ 600 mil e a tributação de dividendos, LCA e LCI. “A principal dúvida é: essas medidas serão suficientes para equilibrar as contas públicas?”, questiona o especialista. Segundo Moreira, é essencial analisar se a compensação fiscal será suficiente para evitar um déficit — e, por consequência, a adoção de novas medidas, como uma possível revisão do arcabouço fiscal. “Em resumo, a medida também exerce pressão sobre as finanças públicas, o Banco Central, a dívida pública e os DIs, afetando o mercado financeiro — especialmente os ativos de maior risco, como se observou no pregão de hoje.” Paralisação orçamentária nos EUA O governo dos EUA entrou em paralisação nesta quarta-feira (1º) após o Congresso não conseguir aprovar um projeto orçamentário para estender o financiamento federal. A paralisação, também conhecida como "shutdown", é a 15ª desde 1981. No centro do impasse está o setor de saúde. Os democratas afirmam que só aprovarão o orçamento se programas de assistência médica prestes a expirar forem prolongados. Com o governo impedido de gastar, milhares de servidores públicos serão colocados em licença, enquanto outros, que trabalham em serviços essenciais, podem ter os salários suspensos. A crise ganhou novos contornos com as ameaças do presidente norte-americano. Trump afirmou que poderia "fazer coisas ruins e irreversíveis", como demitir servidores e encerrar programas ligados aos democratas, caso o governo fosse paralisado. Vale dizer que a paralisação do governo americano, após o Congresso não aprovar um projeto orçamentário para estender o financiamento federal, deve afetar o câmbio e os mercados financeiros pelo mundo. Isso porque o impasse orçamentário entre Democratas e Republicanos vai além do fechamento de museus, parques nacionais e aeroportos americanos. A instabilidade em Washington também pode interromper ou atrasar a divulgação de indicadores econômicos importantes para os investidores — dados que orientam as decisões do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) sobre a política de juros na maior economia do mundo. Em teoria, esse cenário pode aumentar a aversão ao risco (o medo de perdas financeiras), provocar oscilações no valor do dólar frente a outras moedas e impactar o investimento estrangeiro em mercados emergentes — como o Brasil. Bolsas globais Em Wall Street, índices americanos fecharam em alta nesta quinta-feira, com os investidores animados pela expectativa de novos cortes na taxa de juros. Com poucos dados econômicos previstos para os próximos dias, o mercado se apoia na perspectiva de estímulos e na ausência de grandes eventos que possam gerar instabilidade. O Dow Jones subiu 0,17%, aos 46.520 pontos. O S&P 500 avançou 0,07%, para 6.716 pontos, enquanto o Nasdaq Composite teve ganho de 0,39%, aos 22.844 pontos. As bolsas europeias fecharam em alta nesta quinta-feira, impulsionadas principalmente pelo bom desempenho de empresas industriais e de tecnologia. Empresas ligadas à produção de chips se destacaram, especialmente após o anúncio de que duas gigantes sul-coreanas vão fornecer componentes para a OpenAI. Com isso, o índice geral europeu STOXX 600 subiu 0,53% e fechou em um novo recorde, aos 567,60 pontos. Em outros mercados, Frankfurt (DAX) teve alta de 1,28%, Paris (CAC-40) avançou 1,13% e Lisboa (PSI20) teve leve alta de 0,06%. Já Londres (FTSE 100) caiu 0,20%, Madri (Ibex-35) recuou 0,27% e Milão (Ftse/Mib) ficou estável. As bolsas asiáticas fecharam em alta nesta quinta-feira, com destaque para o Japão, que interrompeu uma sequência de quatro quedas. O avanço foi liderado por ações de empresas ligadas a semicondutores, como a Tokyo Electron, que subiu quase 8% após o índice de chips da Filadélfia atingir máxima histórica nos EUA. Em Tóquio, o Nikkei subiu 0,87%, aos 44.936,73 pontos. Em Hong Kong, o Hang Seng avançou 1,61%, enquanto o Kospi de Seul teve alta de 2,70%. Em Taiwan, o Taiex subiu 1,52%, o Straits Times de Cingapura ganhou 1,63%, e o S&P/ASX 200 de Sydney avançou 1,13%. As bolsas de Hong Kong, Xangai e Shenzhen seguirão fechados até 8 de outubro. Cédulas de dólar bearfotos/Freepik



'Foi um golaço do Congresso', diz Haddad sobre votação da isenção do IR para até R$ 5 mil


02/10/2025 11:48 - g1.globo.com


'Foi um golaço do Congresso', diz Haddad sobre aprovação da isenção do IR para quem ganha até R$ 5 mil O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), afirmou nesta quinta-feira (2) que a votação do projeto que amplia a isenção do Imposto de Renda (IR) para quem ganha até R$ 5 mil por mês, aprovada por unanimidade na Câmara dos Deputados, "foi um golaço do Congresso". O ministro disse ainda que não espera problemas para a aprovação do texto no Senado. "Foi uma votação histórica, 493 votos, sem nenhum voto contra. Todo mundo que marcou presença ontem votou a favor do projeto", disse o ministro. "Acredito que foi um golaço do Congresso Nacional e nós não vamos ter problemas no Senado, a julgar pelo que o Senado já votou". A votação na Câmara dos Deputados, na noite dessa quarta (1º), aprovou o texto do governo federal de forma unânime. A proposta ainda terá que passar pelo Senado Federal e depois ser sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para entrar em vigor. "Esse projeto não busca apenas justiça tributária, mas busca justiça tributária com equilíbrio fiscal. Ou seja, ele está ancorado no equilíbrio fiscal", pontuou Haddad a jornalistas, reunidos no Ministério da Fazenda. Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, fala em coletiva de imprensa sobre o bloqueio do Orçamento e elevação do IOF Diogo Zacarias/MF Segundo ele, o projeto vai beneficiar 15 milhões de trabalhadores formais. Desses, 10 milhões deixarão de pagar IR com a ampliação da faixa de isenção para até R$ 5 mil; e outros cinco milhões terão redução de imposto — com o desconto progressivamente menor para rendas até R$ 7.350. O ministro disse, ainda, que "a unanimidade alcançada em torno do projeto que ampliou a isenção do IR, com votos favoráveis inclusive da oposição, nos deu esperança que temos muito a construir juntos". Ele fez referência à relação entre governo e Congresso. Medida Provisória que eleva impostos Questionado por jornalistas sobre a Medida Provisória que eleva uma série de impostos, como LCIs, LCAs, fintechs, bets e empresas (juros sobre capital próprio), entre outros, Fernando Haddad afirmou que a equipe econômica passou a quarta-feira (1º) negociando com líderes dos partidos. Apresentada inicialmente para compensar a alta do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que havia sido derrubada pelo Congresso, mas foi retomada após decisão judicial, a medida provisória que eleva uma série de impostos faz parte da estratégia do governo para equilibrar as contas públicas em 2026, ano eleitoral, e tentar evitar uma restrição maior de gastos. A previsão inicial era de arrecadar R$ 21 bilhões no próximo ano. Publicada em junho, a MP está em vigor, mas tem de ser votada pelo Congresso Nacional até o início de outubro para não perder a validade. As medidas sofrem resistência do setor produtivo, que reclama de nova alta de tributos. "Acredito que amadureceu o consenso em torno da necessidade de corrigir essas distorções [que o governo diz que busca com a Medida Provisória]. Temos que compor maioria. Estamos processando e amadurecendo argumentos pata chegar em um denominador comum, buscando equilíbrio no projeto", afirmou o ministro Haddad a jornalistas.



Por que nem dinheiro de Trump encerra 'inferno astral' de Milei


02/10/2025 10:09 - g1.globo.com


O escândalo no governo Javier Milei Javier Milei está vivendo seus "piores dias" desde que assumiu a Presidência da Argentina, em dezembro de 2023, segundo têm observado analistas de diferentes tendências. O presidente argentino enfrentou uma derrota recente de seu partido na eleição legislativa da maior província do país, sinais de queda na popularidade, acusações de corrupção contra sua irmã, novas preocupações econômicas e problemas na relação com o Congresso. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça O longo "inferno astral" de Milei — que completará 55 anos em 22 de outubro — começou em agosto . A BBC News Brasil conta as dores de cabeça pelas quais o presidente argentino tem passado desde então. As denúncias contra Karina Milei A irmã de Javier Milei, Karina, é uma de suas conselheiras mais próximas Reuters via BBC Em agosto foram revelados áudios de um suposto esquema de propinas envolvendo a irmã do mandatário, a secretária-geral da Presidência, Karina Milei. Além dela, o esquema envolveria empresas da indústria farmacêutica e a Agência Nacional de Pessoas com Deficiência (Andis, na sigla em espanhol). Em áudios vazados, o então diretor da Andis, Diego Spagnuolo, advogado de Milei, fala sobre percentuais de supostas propinas e cita os nomes de Karina Milei e de seu assessor direto, Eduardo "Lule" Menem, parente do ex-presidente Carlos Menem (1930-2021). Ambos estariam cobrando propina de farmacêuticas para a compra de medicamentos pelo governo — com exigência de até 8% sobre o faturamento dessas empresas para garantir contratos. Karina, praticamente desconhecida do público até a chegada de Milei à Casa Rosada, é chamada pelo irmão e presidente de "o chefe". Em várias ocasiões, ele tinha afirmado que a última palavra nas decisões do governo poderia ser dela, o que atraiu ainda mais as atenções para as acusações. A trama afetou a popularidade do presidente e atingiu a coluna vertebral do seu discurso da "motosserra" contra a corrupção, o tamanho do Estado e o que ele chama de "casta" política. "A casta está com medo", costuma cantar enquanto saltita e ergue os braços quando reúne seus apoiadores. O desgaste da imagem de Milei provocou fortes turbulências no mercado financeiro e incertezas sobre sua gestão. Na semana passada, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, saíram em defesa de Milei. Trump disse que o presidente argentino tem seu "apoio completo e total" para "sua reeleição como presidente". Trump disse ainda que Milei é "um líder verdadeiramente fantástico e poderoso". Por sua vez, Bessent anunciou no dia 22/09, um socorro financeiro para a Argentina de US$ 20 bilhões. "A Argentina é um aliado sistematicamente importante dos Estados Unidos na América Latina e o Tesouro dos Estados Unidos está disposto a fazer o que for necessário, dentro do seu mandato, para apoiar a Argentina", escreveu em suas redes sociais. Analistas disseram que foi "um resgate que evitou um naufrágio". Mas ainda faltam detalhes concretos sobre essa ajuda e quando ela chegará. Por enquanto, foi anunciado que Trump receberá Milei no dia 14 de outubro, em visita oficial, na Casa Branca. O analista político Facundo Nejamkis, da empresa de pesquisas e opinião pública Opina Argentina, disse à BBC News Brasil na terça-feira (30/09) que as declarações de Trump e Bessent não têm efeito no eleitorado argentino. "São duas coisas que correm por trilhos diferentes. Depois de um cenário sufocante, o governo respira aliviado para chegar às eleições legislativas do dia 26 de outubro. Mas o salva-vidas financeiro (dos EUA) e o humor, o cotidiano, a economia e o voto dos argentinos são outra coisa, outra realidade", disse Nejamkis. Ele está entre os que entendem que Milei vive "seus piores dias", mesmo depois das afirmações de Trump. Tradicionalmente, as eleições legislativas argentinas são consideradas um plebiscito do eleitorado ao governo, que busca ampliar o número de cadeiras no Congresso. Milei começou a fazer campanha para seus candidatos. Mas, nesta semana, na primeira escala, em Ushuaia, na Patagônia, foi obrigado a interromper sua caminhada diante de um protesto. Antes de ser demitido como "medida preventiva", após a divulgação dos áudios no canal de streaming Carnaval, Spagnuolo fazia parte do reduzido círculo de amigos do presidente argentino. O ex-diretor da Andis frequentava a residência presidencial de Olivos e era um dos poucos convidados de Milei para ouvir ópera aos domingos no local bucólico — formado por amplos jardins, cercado por muros altos e que está a cerca de 1h30 de carro da Casa Rosada, a sede da Presidência do país. Interlocutores que frequentam Olivos e que falaram à BBC News Brasil sob condição de anonimato relataram bastidores que ajudam a entender a personalidade e o entorno de Milei, além da importância das poucas pessoas que o rodeiam, como Karina e Spagnuolo. Uma das sopranos do Teatro Colón afirmou que Milei conhece ópera "profundamente" e sente "deleite" ao falar sobre os músicos e as árias. "Ele é apaixonado por ópera e conhece a fundo", disse ela. Quando as pessoas vão embora, ele fica sozinho, contou também um dos frequentadores da residência presidencial. "É uma pessoa solitária", afirmou. Derrota para o kirchnerismo No início de setembro, veio mais um baque para o presidente argentino. Nas eleições legislativas da província de Buenos Aires, a maior do país, o partido de Milei, A Liberdade Avança (LLA), registrou uma derrota significativa. A sigla ficou 13 pontos percentuais atrás da coalizão Força Pátria — liderada pelo governador da província de Buenos Aires, Axel Kicillof, que é kirchnerista e opositor de Milei. A Força Pátria ficou à frente na maioria das seções eleitorais. Assim, o kirchnerismo cresceu na província, enquanto o LLA perdeu cadeiras de parlamentares locais. A província de Buenos Aires tem quase 40% do eleitorado nacional. E, neste ano, o partido de Milei já tinha registrado resultados negativos nas eleições locais de outras províncias. Uma semana depois da derrota, Milei, vestido de terno e gravata, fez um discurso em rede nacional com tom conciliador. Ele até evitou o típico bordão no final de suas falas, "Viva la libertad, carajo" ("Viva a liberdade", seguido de um palavrão). 'Cansaço' do eleitorado Marionete representando Milei em protesto em Buenos Aires por verbas para universidades públicas e hospitais pediátricos EPA via BBC Analistas ouvidos pela BBC News Brasil afirmam que, apesar de algumas tentativas recentes de mudanças na postura de Milei, o eleitorado se cansou ou está se cansando do estilo agressivo de Milei e das dificuldades econômicas no país. Sinal disso é uma pesquisa recente da Bloomberg/AtlasIntel, realizada entre os dias 10 e 14 de setembro: 53,7% dos entrevistados afirmaram "desaprovar" o presidente argentino, enquanto 42,4% afirmaram que o "aprovam". O restante (3,8%) não sabe. Esta é a pior avaliação de Milei desde que ele tomou posse. Sobre o governo, na mesma pesquisa, 49,5% dos entrevistados o definem como "ruim ou muito ruim" enquanto 33,4% o consideram "bom ou excelente". A analista Shila Vilker, da empresa de pesquisas e opinião pública Trespuntozero, diz que nos dois meses anteriores às eleições legislativas na província de Buenos Aires, o apoio ao governo e ao presidente Milei caiu cerca de 10 pontos percentuais, ficando em 39,9%. No ano passado, estes percentuais estiveram entre 50% e 52%. "Mas, a partir dos vetos de Milei ao aumento dos aposentados e às pessoas com deficiência e do escândalo $Libra, no início do ano, esse apoio retrocedeu. A queda foi mais acentuada após o episódio dos áudios do [Diego] Spagnuolo", aponta, em entrevista à BBC News Brasil. $Libra é uma criptomoeda citada por Milei em uma postagem de fevereiro nas suas redes sociais. Na ocasião, o presidente argentino afirmou que a criptomoeda seria uma boa opção de investimento e teria sido idealizada para financiar pequenas empresas argentinas. Desconhecida até então, a criptomoeda viu seu valor aumentar até 1.300% — mas, quatro horas depois, desabou, e Milei apagou a postagem. A polêmica cresceu quando a imprensa local revelou, inclusive com fotos, que o presidente argentino teria tido reuniões com os criadores da criptomoeda. O caso está sendo investigado pela Justiça argentina e de Nova York. Enquanto isso, a Câmara dos Deputados instaurou uma comissão para investigar as acusações contra a irmã de Milei e outros envolvidos no caso. Karina Milei foi convocada para depor mas, segundo o porta-voz da Presidência, Manuel Adorni, ela não compareceria porque teria que acompanhar Milei na Assembleia-Geral das Nações Unidas em Nova York. Mas ela também faltou à uma segunda convocação feita pelos parlamentares da comissão. Em um novo levantamento da Trespuntozero, realizado entre os dias 10 e 15 de setembro, o apoio a Milei e ao seu governo parou de cair. Para Vilker, aqueles que não são simpáticos ao kirchnerismo, força que venceu em Buenos Aires, passaram a "temer" a volta deste setor da oposição — representado pela ex-presidente Cristina Kirchner, em prisão domiciliar após condenação na Suprema Corte; pelo ex-presidente Alberto Fernández; e por Axel Kicillof, que foi ministro da Economia no governo de Cristina. Mas em um sinal de que a situação não é simples para Milei, uma nova pesquisa, realizada entre 5 e 15 de setembro e divulgada na segunda-feira (29/09), mostrou queda inédita do governo Milei na trajetória do levantamento. O chamado Índice de Confiança da Universidade Di Tella (ICG) apontou que o governo Milei registrou o pior índice no levantamento desde que chegou à Casa Rosada. Em uma escala de 1 a 5 registrou, pela primeira vez, menos de 2 pontos (1,8 ponto). Depois da inflação, outras preocupações com a economia Ainda de acordo com Shila Vilker, a percepção dos argentinos sobre a economia pesou na queda recente na popularidade de Milei. Dados oficiais mostram que a economia tem dado sinais de estagnação e alguns especialistas especulam sobre riscos de recessão — o que Milei e sua equipe descartam. Nesta semana, Milei reconheceu, em entrevista a um canal de televisão local, que a economia está "paralisada" e atribuiu o fato a oposição no Congresso. Segundo algumas pesquisas, a própria derrota em Buenos Aires foi influenciada pela desaceleração da economia e a dificuldade das pessoas de adquirir produtos básicos e pagar suas contas. A preocupação dos argentinos já não é tanto com a inflação, que caiu no governo Milei. Em 2023, o índice anual chegou a 211,4%. Em 2024, foi de de 117,8%. Para 2025, a expectativa é que a inflação anual seja de 28,2%, segundo o Levantamento de Expectativas do Mercado (REM) divulgado pelo Banco Central. Economistas atribuem a queda inflacionária ao forte ajuste fiscal e monetário implementado pelo governo Milei. Mas, segundo analisa o economista Enrique Szewach, reduzir a inflação "não está sendo suficiente" para convencer a população. O custo de vida continua alto e faltam políticas de geração de empregos, ele aponta. Nos últimos tempos, os salários não acompanharam o ritmo dos preços. O salário mínimo, por exemplo, teve perda de 30% no poder de compra durante o governo Milei, segundo dados do Centro de Pesquisa e Formação da República Argentina (CIFRA), divulgados no início de setembro pelo jornal Clarín. "Nas diferentes pesquisas que realizamos, nos últimos meses, baseadas em focus groups [grupos focais], as classes média e baixa, não pobre, e que representam cerca de 24 milhões de pessoas, responderam que 'comprar é um estresse' e 'o dinheiro acaba muito antes do fim do mês'", aponta Guillermo Olivetto, especialista em consumo. "Até pouco tempo, muitos diziam que o esforço valia a pena e apoiavam [as medidas de Milei]." Há preocupações também com o acesso a empregos, inclusive os formais. Dados do Instituto de Estatísticas e Censos (Indec) divulgados em 18 de setembro mostram que, no segundo trimestre deste ano, o desemprego foi de 7,6% — levemente inferior aos três meses anteriores, quando o indicador foi de 7,9%, e igual ao último trimestre de 2024. Mas, segundo dados da Secretaria do Trabalho divulgados pela imprensa local, entre novembro de 2023 e abril deste ano caiu o total de empregos registrados, tanto privados quanto públicos. A redução foi de 258.300 postos de trabalho. E, de acordo com o Indec, os trabalhadores informais chegaram a 43,2% da população ativa no segundo trimestre deste ano. Este índice é levemente superior aos 41,6% do trimestre anterior. Além disso, os preços de serviços públicos como transporte, água, luz e telefonia aumentaram porque o governo Milei reduziu ou eliminou os subsídios que eram aplicados pelos governos anteriores. Para completar, a alta de investimentos estrangeiros que o governo esperava atrair não ocorreu, observam os economistas. Em um comunicado no mês passado, a União Industrial Argentina (UIA) elogiou a "organização macroeconômica, a queda na inflação e o equilíbrio fiscal" do governo Milei, mas criticou o custo de produção e as taxas de juros. Em seu levantamento mensal, a UIA informou, nesta semana, que a atividade industrial caiu 3% em agosto em relação ao mesmo mês do ano passado. O Banco Central da República Argentina (BCRA) fixou, em janeiro deste ano, em 29% a taxa básica de juros, chamada de Taxa Normal Nominal (TNA). Porém, este índice pode variar de acordo com o banco ou segmento econômico. Entre julho e agosto, por exemplo, os juros para as pequenas e médias empresas saltaram de 44% para mais de 60%, segundo reportagem do jornal Clarín. Em entrevista à BBC News Brasil, o economista Orlando Ferreres, da consultoria Ferreres e Associados, disse que a expectativa é de queda nos juros após as eleições legislativas nacionais de outubro. Segundo ele, o mercado financeiro espera que Milei saia fortalecido da votação, apesar dos resultados nas eleições legislativas das províncias. Na segunda-feira (22), o secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Scott Bessent, fez declarações de apoio ao presidente argentino. As afirmações de Bessent foram feitas na rede social X após uma turbulência financeira na Argentina, que teve queda brusca nas ações e títulos, além da desvalorização do peso, a moeda nacional. "A Argentina é um aliado sistematicamente importante dos Estados Unidos na América Latina, e o Tesouro dos Estados Unidos está pronto para fazer o que for necessário, dentro do seu mandato, para apoiar a Argentina", escreveu Bessent, que já tinha visitado Milei na Casa Rosada em abril deste ano, num sinal de respaldo à administração argentina. As palavras de Bessent deram uma trégua na tensão recente do mercado financeiro. Derrotas de Milei no Congresso Parlamentares comemoram derrubada do veto de Milei a aumento de recursos para hospitais pediátricos Reuters via BBC Assim que tomou posse, Milei anunciou que não trabalharia da sede da Casa Rosada, mas da residência oficial. Porém, no dia seguinte à derrota eleitoral em Buenos Aires, Milei realizou reuniões na Casa Rosada. Sem a jaqueta preta que caracteriza muitas de suas aparições e vestindo terno, convocou seu reduzido grupo de assessores chamado de "Forças do Céu" — que inclui sua irmã e seu assessor Santiago Caputo. Ao reunir o grupo, Milei buscava estratégias para aprimorar o diálogo com governadores, fundamentais para seu apoio nas urnas e no Congresso Nacional. Na Câmara dos Deputados, o partido de Milei tem 37 cadeiras próprias, enquanto o principal opositor do presidente, o União pela Pátria, conta com 98 de um total de 257 cadeiras. Mesmo sendo um dos menores da Casa, o partido de Milei vinha conseguindo apoio de outras legendas até o ano passado. Quando foi aprovada a chamada "lei omnibus" (oficialmente, "Lei Bases e Pontos de Partida para a Liberdade"), com vários artigos de reformas da economia, o governo contou com 142 votos a favor, 106 contra e cinco abstenções. Mas, no caso da votação recente que derrubou o veto de Milei ao aumento de recursos para as universidades, realizada no último dia 17, o governo contou com apenas 67 votos enquanto que os demais partidos reuniram 174 votos. Naquele dia, professores, estudantes e ativistas ligados à educação e à saúde pública realizaram uma nova manifestação em frente ao Congresso. Desde março, 40 projetos oficiais do governo Milei foram rejeitados na Câmara dos Deputados e no Senado — onde o partido do presidente tem seis dos 72 assentos. A lista cresceu recentemente com a rejeição dos deputados ao veto de Milei ao aumento de recursos para hospitais do setor pediátrico. Os senadores, por sua vez, rejeitaram o veto de Milei que limitava transferências de recursos para as províncias. Após as derrotas recentes, o ministro da Economia, Luis Caputo, defendeu que as decisões do Congresso contra os vetos de Milei sobre a destinação de recursos afetam o equilíbrio fiscal e o déficit zero que o governo conseguiu. Em entrevista à BBC News Brasil, o historiador e analista político Rosendo Fraga diz que o problema de Milei não está na economia, mas justamente "na falta de apoio no sistema politico". Para recompor o apoio popular e suas alianças, além de ampliar sua base política, Milei precisaria mudar sua personalidade política, afirma Fraga, do Centro de Estudos Nova Maioria. O especialista, porém, reconhece que "mudar a personalidade de um político é impossível". "Milei se apresentava como uma espécie de Trump da Argentina. Era orgulhoso disso. Mas Milei não tem o controle do Congresso, da Corte de Justiça e dos governadores", aponta. Mandato até 2027? A situação de Milei se complicou a ponto de surgirem especulações de que ele, eleito com 56% dos votos, poderia não terminar seu mandato, previsto para acabar no final de 2027. Pelas regras, ele pode tentar a reeleição. No dia seguinte à eleição em Buenos Aires, em um evento no Teatro Colón que reuniu políticos, economistas e analistas, as perguntas nas rodas informais de conversa eram quase sempre as mesmas: "O que acontecerá com o governo Milei?"; "Milei termina o mandato?". Um executivo de um dos principais grupos empresariais da Argentina disse à reportagem, que estava presente no teatro, que Milei tinha perdido a eleição por "culpa própria". Segundo este empresário, Milei continuou agindo "como se estivesse no palanque de campanha, e não governando" e "mais voltado para os insultos, as divisões, do que para governar". O presidente argentino tem um estilo de discursar com insultos diretos àqueles que considera opositores. Milei já chamou jornalistas de "porcos", economistas de "farsantes" e Axel Kicillof de "sujo" e "imundo". Nos dias que se seguiram ao resultado em Buenos Aires e antes das declarações de apoio de Trump, alguns políticos de oposição declararam à imprensa local que o governo caminhava para o fim. O líder do peronismo no Senado, José Mayans, disse depois do pleito: "O governo está acabado. Perdeu a confiança da população.". O governador da província de La Rioja, Ricardo Quintela, disse que "o país vai explodir a qualquer momento". "Acho que o governo Milei não chega ao dia 26 de outubro. Tenho minhas sérias dúvidas", disse a senadora Sandra Mendoza, da União pela Pátria, outro braço do peronismo, corrente de oposição. Membros do governo reagiram às especulações negativas. O subsecretário de Políticas Universitárias, Alejandro Álvarez, disse que a oposição está tramando um "golpe suave" contra o governo Milei. O ministro da Economia, Luis Caputo, denunciou que opositores querem "derrubar" o governo. No dia 26 de outubro, uma nova prova de fogo: haverá eleição nacional para renovar metade das cadeiras da Câmara dos Deputados e um terço do Senado. Estas eleições legislativas costumam ser consideradas um plebiscito sobre o governo, porque ocorrem na metade do mandato presidencial. Será que após celebrar seu aniversário, Milei verá o fim do seu inferno astral? Milei completará 55 anos em 22 de outubro — e parece estar vivendo um 'inferno astral' Getty Images via BBC



Elon Musk é primeira pessoa a atingir patrimônio de meio trilhão de dólares, segundo lista de bilionários da Forbes


02/10/2025 10:08 - g1.globo.com


Os bilionários brasileiros em 2025, segundo a Forbes O CEO da Tesla, Elon Musk, se tornou a primeira pessoa a atingir um patrimônio líquido de mais de US$ 500 bilhões (equivalente a cerca de R$ 2,6 trilhões), depois de um aumento no valor da empresa de carros elétricos e também de seus outros negócios neste ano. O patrimônio líquido do magnata da tecnologia atingiu brevemente US$ 500,1 bilhões na tarde de quarta-feira (1º), antes de cair ligeiramente para pouco mais de US$ 499 bilhões no final do dia, informou o índice de bilionários da Forbes. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça Além da Tesla, o valor de seus outros empreendimentos — incluindo a startup de inteligência artificial xAI e a empresa de foguetes SpaceX — também subiu nos últimos meses. O marco consolida ainda mais o status de Musk como a pessoa mais rica do mundo, bem à frente de seus rivais no setor global de tecnologia. De acordo com o índice de bilionários da Forbes, o fundador da Oracle, Larry Ellison, é a segunda pessoa mais rica do mundo, com uma fortuna de cerca de US$ 350,7 bilhões. Ellison ultrapassou Musk brevemente no mês passado depois que as ações da Oracle dispararam mais de 40%, impulsionadas pela perspectiva otimista da empresa em infraestrutura de nuvem e inteligência artificial (IA). A enorme riqueza de Musk se deve à sua participação de mais de 12% na Tesla, cujas ações subiram fortemente este ano. As ações da Tesla subiram mais de 3,3% no final do pregão de Nova York na quarta-feira e já subiram mais de 20% neste ano. As ações da empresa se beneficiaram da decisão de Musk de concentrar mais tempo em suas empresas, em vez de sua atuação política. Ele enfrentou críticas no início deste ano por seu trabalho com o Departamento de Eficiência Governamental (DOGE) do governo Trump, o órgão encarregado de reduzir os gastos do governo dos EUA e cortar empregos públicos. Musk, que também é dono da plataforma de mídia social X, tem expressado suas opiniões pessoais sobre questões como imigração e programas de diversidade, equidade e inclusão. A presidente do conselho da Tesla, Robyn Denholm, disse em setembro que Musk agora estava "no centro" da montadora. O conselho da empresa disse que Musk poderia receber um pacote salarial de mais de US$ 1 trilhão se ele atingisse uma lista de metas ambiciosas na próxima década. Para obter o pacote, ele precisaria aumentar o valor da Tesla oito vezes, vender um milhão de robôs de IA, vender outros 12 milhões de carros Tesla e atingir várias outras metas. Também no mês passado, Musk anunciou que havia comprado cerca de US$ 1 bilhão em ações da Tesla, o que foi visto por alguns investidores como um voto de confiança na empresa. A Tesla enfrentou uma série de desafios nos últimos anos, incluindo forte concorrência de fabricantes rivais de carros elétricos, como a chinesa BYD. A empresa também está em processo de transição para um negócio de IA e robótica. Elon Musk REUTERS/Nathan Howard



Câmara aprova isenção de Imposto de Renda até R$ 5 mil - o que acontece agora?


02/10/2025 08:27 - g1.globo.com


Por unanimidade, Câmara aprova isenção do imposto de renda A Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (01/10), por unanimidade, a isenção do Imposto de Renda (IR) para pessoas que ganham até R$ 5 mil mensais, além de uma redução para aqueles que ganham entre R$ 5 mil e R$ 7.350. O projeto de lei (PL) aprovado, prioritário para o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), agora segue para o Senado. Foram 493 votos pela aprovação do texto na Câmara. Em nota à BBC News Brasil, o Ministério da Fazenda afirmou que está trabalhando para que o projeto seja aprovado no Congresso até o fim do ano, para já valer para o ano-calendário de 2026 (o ano em que os rendimentos foram recebidos, os quais são declarados no ano-exercício; ou seja, a isenção se aplicaria ao imposto declarado em 2027). "Segundo a Constituição, o IR deve observar somente a anterioridade anual, ou seja, o prazo legal para aprovação do PL para que produza efeitos a partir de 2026 é o final deste ano", escreveu o ministério. O caminhar do projeto foi alinhado por Lula com os presidentes da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), em reunião na terça (30/09). O projeto aprovado na Câmara foi relatado pelo deputado federal Arthur Lira (PP-AL). O texto foi enviado pelo governo ao Legislativo em março. Haddad, Motta e Lula em março, durante cerimônia que marcou o envio do projeto da isenção ao Congresso Ricardo Stuckert/PR O Senado também havia avançado com um projeto parecido, que estava parado há quatro anos e foi aprovado na semana passada na Comissão de Assuntos Econômicos, após o senador Renan Calheiros (MDB-AL) assumir sua relatoria. No pano de fundo, está a rivalidade entre Calheiros e Lira, ambos políticos de Alagoas. Um ponto que causou apreensão no governo nesta quarta-feira, na véspera da aprovação na Câmara, foi a compensação da isenção. Pelo projeto do governo e aprovado na Câmara, será criado um imposto mínimo de até 10% para contribuintes pessoa física com ganhos a partir de R$ 50 mil ao mês — ou R$ 600 mil ao ano —, de forma a compensar a perda de arrecadação com a isenção para rendas mais baixas. A alíquota subiria gradativamente de zero a 10%, com o patamar máximo incidindo apenas sobre contribuintes com ganhos acima de R$ 1,2 milhão ao ano. Segundo dados do governo federal, 141,4 mil pessoas passariam a contribuir pelo patamar mínimo do imposto — ou 0,06% da população total do país. O governo afirma que essas pessoas, que recebem mais de R$ 600 mil por ano e que não contribuem atualmente com alíquota efetiva de até 10%, pagam atualmente uma alíquota efetiva média de 2,54%. O governo calcula que perderá R$ 25,8 bilhões em 2026 com a ampliação da isenção do Imposto de Renda — mas que a tributação mínima das altas rendas gerará receita de R$ 25,2 bilhões. Mas, ao longo de quarta-feira, emendas de deputados tentaram alterar essas medidas de compensação. Segundo reportagem do portal ICL Notícias, uma emenda apresentada na Comissão de Agricultura propôs, por exemplo, a eliminação do imposto para os mais ricos e exigiu que a isenção fosse compensada pelo corte de gastos do governo. Outras tentaram alterar o regime tributário para beneficiar o agronegócio, como uma emenda que incluiria na isenção a receita bruta de atividade rural até R$ 508 mil anuais, com correção inflacionária. Arthur Lira e Fernando Haddad em 18 de abril de 2023 TON MOLINA/FOTOARENA/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO De mais de cem emendas apresentadas ao projeto, o relator Arthur Lira aceitou três, que tratam de detalhes sobre a cobrança do imposto de até 10% para os mais ricos e sobre a base de cálculo da tributação mínima do IR para cartórios e para empresas que aderem ao programa educacinal Prouni. O limite atual de isenção para todos os brasileiros é de R$ 2.259 e, nos ganhos acima disso, são cobradas alíquotas progressivas até 27,5%. Mas o governo Lula usa um mecanismo de "desconto simplificado" que faz com que, na prática, a isenção beneficie quem ganha até dois salários mínimos (R$ 3.036). O cálculo do governo é que a nova isenção, uma vez aprovada, beneficie 10 milhões de pessoas. Opositores chamam a proposta de "eleitoreira" e criticam seu impacto sobre o equilíbrio fiscal do governo. Uma reportagem da BBC News Brasil com dados de um levantamento inédito do Sindifisco Nacional, sindicato que representa os auditores-fiscais da Receita Federal, mostrou que os super-ricos brasileiros (contribuintes com ganhos milionários) pagam proporcionalmente menos da metade do IR da classe média. Os dados revelam que a tributação da renda dos contribuintes mais ricos apresentou tendência de queda nas duas últimas décadas, recuando quase 40% entre 2007 e 2023, devido aos ganhos mais elevados com dividendos — lucros distribuídos pelas empresas a acionistas que não são tributados no país desde 1996. Por outro lado, brasileiros de ganho intermediário estão pagando cada vez mais imposto, devido ao congelamento da tabela do IR, que tem ficado defasada em relação à inflação. Com isso, desde 2009, brasileiros milionários, com ganhos mensais acima de 320 salários mínimos, passaram a pagar proporcionalmente menos IR que a classe média — e a diferença entre os dois grupos vem aumentando ao longo dos anos. Caso a proposta do governo seja aprovada no Congresso, brasileiros milionários passarão a pagar um patamar similar ao IR da classe média. *Com informações de Daniel Gallas, da BBC News Brasil em Londres; e de Mariana Schreiber, da BBC News Brasil em Brasília



Jornada de 13h, controle por app e férias flexíveis: PL trabalhista gera protestos na Grécia


02/10/2025 07:02 - g1.globo.com


Greve geral de um dia levou muitos trabalhadores às ruas de cidades como Tessalônica para protestar contra as mudanças na lei trabalhista Sakis Mitrolidis/AFP/Getty Images "Não posso trabalhar 13 horas por dia e também não espero isso das minhas funcionárias", diz a gerente do salão de beleza, Anni, no centro de Atenas, a capital da Grécia. Ela argumenta que suas clientes também não vão ficar satisfeitas com o trabalho de uma esteticista cansada. É por isso que Anni se pergunta por que a ministra grega do Trabalho, Niki Kerameos, está tão empenhada pela jornada de trabalho de 13 horas. A resposta da própria ministra, dada em várias entrevistas: trata-se de uma exceção que vale para apenas 37 dias do ano e que é "do interesse dos trabalhadores". Os sindicatos rejeitam os planos e estão tentando derrubar o projeto de lei sobre a "flexibilização da jornada de trabalho", que será apresentado em breve ao Parlamento Helênico. Eles convocaram uma greve geral de um dia para esta quarta-feira (1º) que afetou sobretudo o setor de transportes. Desde a meia-noite (horário local), principalmente trens e balsas que conectam o continente às ilhas pararam de funcionar, assim como metrôs e ônibus em determinados horários do dia. Trabalho no feriado: por que algumas lojas abrem e outras não? "Flexibilização" do mercado de trabalho Mesmo antes desse novo projeto de lei, o governo conservador do primeiro-ministro Kyriakos Mitsotakis já havia transformado o mercado de trabalho grego num dos mais "flexíveis" da Europa. Desde julho de 2024, trabalhadores da indústria, do comércio, da agricultura e de alguns serviços devem trabalhar seis dias por semana se o empregador assim decidir. O sexto dia é remunerado com um adicional de 40%. Embora a Grécia ainda tenha uma semana de trabalho de 40 horas, os empregadores podem solicitar até duas horas extras não remuneradas por dia, por um período limitado, e oferecer mais tempo livre em troca. Em tese, trata-se de uma oferta voluntária, mas em muitas empresas os funcionários acabam sendo obrigados a trabalhar mais horas, e sem qualquer compensação. Também a jornada de trabalho de 13 horas deverá ser voluntária, enfatiza a ministra do Trabalho. Ninguém será obrigado a fazer horas extras, afirma. Ministra Niki Kerameos diz que sua reforma do mercado de trabalho adapta a legislação à realidade Michalis Karagiannis/Eurokinissi/ANE/picture alliance Efeito negativo na produtividade 🤔 Mas um funcionário pode mesmo se recusar a fazer horas extras? "Não. Isso não pode ser feito sem temer consequências, pois o funcionário tem pouco poder de barganha", diz o professor de relações trabalhistas Theodoros Koutroukis, da Universidade Demócrito da Trácia. Koutroukis diz que a nova regulamentação legal não terá um impacto positivo no mercado de trabalho, pois a extensão da jornada de trabalho diária provavelmente diminuirá a satisfação dos funcionários no trabalho e levará a uma queda na produtividade. Isso, por sua vez, levará a uma deterioração na qualidade dos bens e serviços produzidos e até mesmo a um aumento nos custos de produção, prevê. A extensão da jornada de trabalho pode ainda perturbar o equilíbrio entre vida familiar e profissional e diminuir o tempo que os funcionários podem dedicar para o aprendizado profissional, acrescenta o professor. Para atender as necessidades das empresas Além da jornada de trabalho de 13 horas, o projeto de lei de Kerameos prevê a distribuição "flexível" dos dias de férias, a atribuição flexível e de curto prazo de duas horas extras por dia e a disponibilidade dos funcionários por meio de um app. Os critérios para isso são "necessidades urgentes" das empresas. Uma semana de trabalho de quatro dias com 40 horas de trabalho também é possível. A ministra diz que sua reforma do mercado de trabalho adapta a legislação à realidade. Mas especialistas trabalhistas dizem que ela legaliza todas as violações da lei que os empregadores costumam cometer. Gregos já trabalham muito Devido aos baixos salários, muitos trabalhadores na Grécia têm dois empregos e já trabalham até 13 horas por dia. A nova lei permitirá que façam isso para um único empregador. "Se você já faz isso com dois empregadores, por que não ter a oportunidade de fazer isso com um só e ainda ganhar 40% a mais?", argumenta Kerameos. O que fica em aberto é a questão de por que tantas pessoas na Grécia não conseguem sobreviver com um emprego de 40 horas e dependem de horas extras ou de um outro emprego. De acordo com o órgão de estatísticas Eurostat, os gregos trabalham muito, mais de 1.886 horas por ano, o que é bem mais do que qualquer outra nação da União Europeia. No entanto, eles têm menor produtividade – talvez justamente por trabalharem tanto. E também menor poder de compra (30% abaixo da média da União Europeia). E agora o governo quer que eles trabalhem ainda mais. Sindicatos dizem "basta!" A confederação sindical grega GSEE, que representa 2,5 milhões de trabalhadores do setor privado, rejeita a jornada de 13 horas, assim como a Confederação dos Sindicatos dos Funcionários Públicos (Adedy). "Exaustão não é melhoria, a resiliência humana tem limites" será o lema dos protestos em Atenas. O sindicato defende a redução da jornada de trabalho para 37,5 horas semanais, como em muitos países europeus. De fato, o governo grego vai contra a tendência na UE, onde muitos cidadãos exigem uma semana de 35 horas ou de quatro dias. "Os trabalhadores gregos, que já trabalham mais horas por ano do que qualquer um de seus colegas na União Europeia e que relatam, em sua maioria, burnout e excesso de trabalho, agora enfrentam uma distopia. Chega. Não aguentamos mais", resumiu a liderança da GSEE. Veja ainda Feriados de 2026: quase todos caem em dias úteis e viram folga prolongada Por que muitos jovens não querem trabalhar como ‘CLT’?



Diplomatas apostam em encontro de Lula e Trump durante cúpula na Malásia, no fim do mês


02/10/2025 07:01 - g1.globo.com

Mauro Vieira diz que Lula e Trump têm "contato" combinado Diplomatas ouvidos pela TV Globo afirmam que há boas chances de o encontro entre presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, acontecer durante a Asean, a cúpula da Associação das Nações do Sudeste Asiático, prevista para acontecer a partir do dia 26 de outubro, na Malásia. O presidente Lula participará do encontro como convidado. Apesar de ainda não estar confirmado oficialmente, a expectativa é de que Donald Trump também participe da cúpula. Alguns integrantes do governo brasileiro defendem que uma ligação poderia “amaciar o terreno para um encontro mais proveitoso com Trump”. O diálogo entre os dois presidentes vem sendo construído através de gestos e ações por parte das diplomacias de Brasil e Estados Unidos. No mais recente deles, na última terça-feira, o vice-presidente Geraldo Alckmin conversou por um telefone com o secretário de Comércio dos Estados Unidos, Howard Lutnick. Segundo fontes, Alckmin reforçou ao representante norte-americano que o Brasil está avaliando possíveis medidas de resposta ao "tarifaço" imposto pelos EUA, mas que a preferência do país é sempre pelo diálogo e negociação. Na última segunda-feira (29), a Câmara de Comércio Exterior (Camex) também decidiu adiar por 30 dias a entrega do relatório que analisa a aplicação da chamada lei da reciprocidade contra os Estados Unidos.



CNU 2025: mínimo de acertos e zerar na redação são os critérios de eliminação; veja a lista


02/10/2025 03:01 - g1.globo.com


CNU 2025 tem edital publicado: veja datas, vagas e como se inscrever Mais de 760 mil candidatos estão inscritos para as provas objetivas do Concurso Nacional Unificado (CNU) no próximo domingo, dia 5 de outubro. Diferentemente da primeira edição, realizada em um único dia, o CNU 2025 será dividido em duas etapas. Os aprovados na primeira fase farão a prova discursiva em 7 de dezembro. ➡️ CLIQUE PARA VER O EDITAL COMPLETO ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 Concursos no WhatsApp A seleção deste ano oferece 3.652 vagas para cargos de níveis médio, técnico e superior, com salários iniciais que variam de R$ 4 mil a R$ 16,4 mil. Antes das provas, é importante que os candidatos fiquem atentos aos critérios de eliminação do Concurso Nacional Unificado (CNU). Veja abaixo quais são os critérios de eliminação Não atender aos requisitos básicos para assumir o cargo, incluindo: Não ter nacionalidade brasileira ou portuguesa (com estatuto de igualdade). Não estar em gozo dos direitos políticos. Não estar em dia com as obrigações eleitorais. Não estar em dia com as obrigações militares (para candidatos brasileiros do sexo masculino). Ter idade inferior a 18 anos completos na data de admissão. Não ser considerado(a) apto(a) no exame médico admissional. Não ser aprovado(a) no Concurso Público Nacional Unificado e/ou não preencher os requisitos previstos para o cargo (Anexos I ao IX do Edital). Não estar apto(a) para assumir outro cargo público federal, nos termos do art. 137 da Lei nº 8.112/1990. Falsidade em Declarações ou Fraudes que podem levar à anulação da inscrição, provas ou nomeação: Apresentar informações falsas ou irregularidades em declarações, provas ou dados fornecidos em qualquer momento. Fornecer dados falsos no pedido de isenção da taxa de inscrição. Declarar falsamente possuir deficiência. Cometer fraude ou agir de má-fé na comprovação de deficiência. Usar meios fraudulentos ou ilegais para obter aprovação própria ou de terceiros. Participar de processos ilícitos, como fraudes eletrônicas, estatísticas, visuais, grafotécnicas ou investigação policial. Descumprir instruções sobre conduta e segurança, configurando tentativa de fraude. Falsidade em documentos de títulos: Anula inscrição, provas, nomeação e posse. Constatação de falsidade em documentos apresentados para obtenção de condições especiais nas provas pode resultar na anulação da inscrição, provas e nomeação. Declarações falsas em relação à deficiência levará à exclusão do processo em qualquer fase do concurso. Condições Especiais (para PcD, Pessoas Negras, Indígenas, Quilombolas): Não ter a condição de pessoa com deficiência confirmada no procedimento de caracterização e não obter a nota mínima para a classificação na ampla concorrência. Ter a condição de pessoa com deficiência reconhecida, mas ser considerado(a) inapto(a) para o exercício das atribuições do cargo em razão de incompatibilidade com a deficiência. Não cumprir as regras, ter a deficiência não enquadrada ou não comparecer ao procedimento de caracterização. Autodeclaração para cotas raciais/étnicas não confirmada: Falta de confirmação, recusa em filmagem, coleta de dados biométricos ou exame grafológico implica perda do direito às vagas reservadas. Porte de arma sem autorização: Candidatos que portarem arma sem solicitar atendimento especializado serão eliminados. Durante a realização das provas, a eliminação do(a) candidato(a) pode ocorrer em casos como: Ausência em qualquer prova (objetiva ou discursiva): Deixar de comparecer a qualquer uma das provas, por qualquer motivo, resulta em eliminação. Aproveitamento insuficiente: Menos de 36 acertos (Nível Superior) ou 28 acertos (Nível Intermediário) na prova objetiva. Nota Zero na Prova Discursiva: Receber nota zero na prova discursiva, inclusive no critério de Conhecimentos Específicos para Nível Superior. Identificação na Folha de Textos Definitivos: Assinar, rubricar ou inserir qualquer marca de identificação na folha de textos definitivos da Prova Discursiva acarreta eliminação automática. Não Devolução da Folha de Textos Definitivos: Não devolver a folha de textos definitivos da Prova Discursiva também resulta em eliminação. Falta de Documento de Identificação Original: Não apresentar documento de identificação original e com foto conforme exigido impede a realização das provas e acarreta eliminação. Saída Antecipada ou Sem Autorização da Sala de Provas: Não permanecer o tempo mínimo exigido na sala de prova (2 horas para objetiva, 1 hora para discursiva) ou sair sem autorização/acompanhamento resulta em não correção da prova e eliminação. Porte de Aparelhos Eletrônicos ou Itens Proibidos: Ser surpreendido portando eletrônicos, calculadoras, livros, anotações, óculos escuros, chapelaria, lápis, lapiseira, corretivo, borracha e outros materiais não permitidos durante a prova leva à eliminação. Condutas irregulares durante as provas também levam a eliminação. Entre as ações estão: Dar ou receber auxílio. Comunicação com outras pessoas candidatas. Iniciar provas antes do horário. Faltar com respeito à equipe ou outras pessoas candidatas. Não entregar o material de provas assinado. Afastar-se da sala sem acompanhamento. Ausentar-se da sala portando cartão de respostas, folha de textos definitivos ou caderno de prova antes do tempo permitido. Descumprir instruções. Perturbar a ordem. Registrar ou divulgar imagens/vídeos/sons da prova. Usar meios fraudulentos. Não permitir coleta de assinatura e/ou impressão digital. Portar arma fora do envelope de segurança. Não se submeter ao detector de metal. Ingerir bebidas alcoólicas/drogas ilícitas/tabaco no local. Não se dirigir à sala após fechamento dos portões. Receber objetos de terceiros ou ter contato com ambiente externo após fechamento dos portões. Uso de Processo Ilícito: A constatação de uso de processo ilícito (eletrônico, estatístico, visual, grafológico ou investigação policial) a qualquer tempo anula as provas. Descumprimento de Instruções Gerais: O não cumprimento de instruções gerais, como portar alimentos em embalagens não transparentes ou usar celular em ambientes comuns da instituição, pode levar à eliminação. Após a Classificação, os candidatos também podem ser eliminados por: Não confirmação de interesse no cargo/especialidade: O candidato que não confirmar interesse no cargo ou especialidade para o qual foi classificado será eliminado dessa vaga específica. Nomeação em cargo de maior prioridade: Ser convocado e nomeado para um cargo elimina automaticamente o candidato da lista de classificação de cargos de menor prioridade indicados na inscrição. A ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, apresenta os detalhes do edital da 2ª edição do Concurso Nacional Unificado (CNU). Valter Campanato/Agência Brasil 💼 Vagas, órgãos participantes e distribuição por cidades 🔍 Diferentemente da edição anterior, que contou com oito editais, um para cada bloco temático, o processo seletivo será regido por um único edital. O documento traz informações detalhadas sobre as vagas, salários, conteúdo programático das provas, critérios de classificação e composição das notas finais. Nesta edição, os cargos estão distribuídos em nove blocos temáticos, que agrupam as vagas por áreas de atuação semelhantes. São eles: Bloco 1: Seguridade Social (Saúde, Assistência Social e Previdência Social) Bloco 2: Cultura e Educação Bloco 3: Ciências, Dados e Tecnologia Bloco 4: Engenharias e Arquitetura Bloco 5: Administração Bloco 6: Desenvolvimento Socioeconômico Bloco 7: Justiça e Defesa Bloco 8: Intermediário – Saúde Bloco 9: Intermediário – Regulação Esse formato permite que o candidato concorra a várias vagas dentro de um mesmo bloco, com apenas uma inscrição. Embora a maior parte das vagas esteja concentrada em órgãos com sede em Brasília (DF), também há postos disponíveis em diversos estados do país. 💰 Salários Os salários iniciais no CNU 2025 variam de R$ 4 mil a R$ 16 mil, dependendo do cargo e do nível de escolaridade exigido. Consulte as remunerações iniciais previstas na tabela abaixo. 🧮 Política de cotas A nova edição estabelece regras mais rigorosas para assegurar a reserva de vagas destinadas a pessoas negras, indígenas, com deficiência e a candidatos quilombolas. De acordo com o governo, a iniciativa reforça o compromisso com a promoção da equidade no acesso ao serviço público federal. Com isso, a distribuição das cotas ficou definida da seguinte maneira: 25% para pessoas negras; 3% para pessoas indígenas; 2% para pessoas quilombolas; 5% para pessoas com deficiência (PcD). Nos casos em que o número de vagas é inferior ao mínimo exigido para aplicação das cotas, o MGI realizou um sorteio para definir a reserva proporcional, conforme previsto na norma. ♀️ Reserva de vagas para mulheres na 2ª fase Outro ponto de destaque é a adoção de uma ação afirmativa inédita voltada às mulheres: caso o percentual de candidatas classificadas para a segunda fase do concurso seja inferior a 50%, será feita uma equiparação para promover maior equilíbrio de gênero nessa etapa. "Não é uma reserva de vaga para mulheres, como é o caso de pessoas negras, com deficiência, indígenas e quilombolas. Mas vamos fazer uma equiparação do percentual de mulheres que passam da primeira para a segunda etapa", diz a ministra da Gestão, Esther Dweck. 🔎 Na primeira edição do CNU, aproximadamente 63% dos aprovados eram homens e 37% mulheres. Esse resultado foi o oposto da proporção entre os inscritos confirmados, composta por 56% de mulheres e 44% de homens. 📝 Como serão as provas? A prova objetiva será aplicada em 5 de outubro de 2025. Ela será composta por uma parte com questões comuns a todos os candidatos (como língua portuguesa, raciocínio lógico e atualidades) e outra com perguntas específicas, conforme o bloco temático escolhido. A prova discursiva será aplicada em 7 de dezembro de 2025, exclusivamente para os candidatos aprovados na primeira fase. O conteúdo e o formato da redação variarão de acordo com a área de atuação. ▶️ PROVA OBJETIVA A prova objetiva será de múltipla escolha, com cinco alternativas e apenas uma correta. A quantidade de questões varia conforme o nível do cargo: Nível Superior: 90 questões no total, sendo 30 de conhecimentos gerais e 60 de conhecimentos específicos. Nível Intermediário: 68 questões, com 20 de conhecimentos gerais e 48 de conhecimentos específicos. ▶️ PROVA DISCURSIVA Na etapa discursiva, os candidatos deverão elaborar textos conforme o nível de escolaridade exigido para o cargo: Nível Superior: 2 questões discursivas, com aplicação das 13h às 16h. Nível Intermediário: 1 redação dissertativa-argumentativa, das 13h às 15h. O tempo de prova também é diferente: Nível Superior: das 13h às 18h (5 horas de duração). Nível Intermediário: das 13h às 16h30 (3h30 de duração). 📆 Confira o cronograma oficial Inscrições: de 2 a 20/7/2025 (com pagamento até 21/7) Solicitação de isenção da taxa de inscrição: de 2 a 8/7/2025 Prova objetiva: 5/10/2025, das 13h às 18h Convocação para prova discursiva: 12/11/2025 Convocação para confirmação de cotas e PcD: 12/11/2025 Envio de títulos: de 13 a 19/11/2025 Prova discursiva (para habilitados na 1ª fase): 7/12/2025 Procedimentos de confirmação de cotas: de 8 a 17/12/2025 Divulgação da 1ª lista de classificação: 30/1/2026 Segunda edição do Concurso Nacional Unificado (CNU) Ministério da Gestão e Inovação Veja dicas de como estudar para concurso: Como estudar legislação para concurso? Veja dicas de como fazer uma boa redação para concurso



Mega-Sena pode pagar R$ 7,5 milhões nesta quinta-feira


02/10/2025 03:01 - g1.globo.com


Mega-Sena Marcelo Brandt/G1 O concurso 2.922 da Mega-Sena pode pagar um prêmio de R$ 7,5 milhões para os acertadores das seis dezenas. O sorteio ocorre às 20h desta quinta-feira (2), em São Paulo. Clique aqui para seguir o canal de Loterias do g1 no WhatsApp No concurso da última terça (30), ninguém levou o prêmio máximo. A aposta mínima para a Mega-Sena custa R$ 6 e pode ser realizada também pela internet, até as 19h – saiba como fazer a sua aposta online. A Mega tem três sorteios semanais: às terças, quintas e sábados. Entenda como funciona a Mega-Sena e qual a probabilidade de ganhar o prêmio Para apostar na Mega-Sena As apostas podem ser realizadas até as 19h (horário de Brasília) em qualquer lotérica do país ou por meio do site e aplicativo Loterias Caixa, disponíveis em smartphones, computadores e outros dispositivos. É necessário ter 18 anos ou mais para participar. O pagamento, nesse caso, é realizado de forma online, com opção via PIX. Probabilidades A probabilidade de vencer em cada concurso varia de acordo com o número de dezenas jogadas e do tipo de aposta realizada. Para um jogo simples, com apenas seis dezenas, que custa R$ 6, a probabilidade de ganhar o prêmio milionário é de 1 em 50.063.860, segundo a Caixa. Já para uma aposta com 20 dezenas (limite máximo), com o preço de R$ 232.560,00, a probabilidade de acertar o prêmio é de 1 em 1.292, ainda de acordo com a instituição.



Isenção do IR: cobrança mínima para a alta renda começa em R$ 0,10 com nova regra; entenda


02/10/2025 01:48 - g1.globo.com


Isenção do IR: Bruno Carazza comenta medida A ampliação da faixa de isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil mensais será compensada pela criação de uma cobrança mínima para os contribuintes considerados de alta renda. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça Segundo o projeto de lei 1087/25, pessoas físicas com renda anual superior a R$ 600 mil — o equivalente a mais de R$ 50 mil por mês — estarão sujeitas a uma tributação mínima de até 10%, aplicada apenas sobre o valor que exceder esse limite. Dessa forma, quem recebe um pouco acima do limite pagará uma alíquota reduzida, e o valor do imposto aumentará de forma gradual conforme a renda cresce. (veja abaixo) 🔎 A nova tributação recai sobre lucros e dividendos, que hoje são isentos do Imposto de Renda. Já quem tem apenas o salário como fonte de renda não será afetado, pois continua sujeito à tabela progressiva do IR, com retenção em folha de até 27,5%. Alta renda terá IR progressivo de até 10%. Arte/g1 O projeto foi aprovado pela Câmara dos Deputados nesta quarta-feira (1º) e agora será encaminhado ao Senado, onde ainda pode passar por alterações. Entenda como será a tributação para rendas entre R$ 600 mil e R$ 615 mil: É importante destacar que a cobrança mínima de imposto começa logo acima de R$ 600 mil — especificamente a partir de R$ 600.000,01 ao ano. Nesse valor, a alíquota é praticamente nula (0,000000%), e o imposto devido também é de R$ 0,00, embora tecnicamente já haja incidência. Conforme a renda anual aumenta, o valor do imposto também fica mais perceptível. Por exemplo: Quem ganha R$ 600.001,00 paga cerca de R$ 0,10, com alíquota de 0,000017%; Uma renda um pouco maior, de R$ 600.010,00 ao ano, passa a ter alíquota de 0,000167%, gerando imposto de R$ 1,00; Quem recebe R$ 601 mil por ano terá alíquota de 0,0167%, equivalente a R$ 100,17 de imposto; Com R$ 602 mil anuais, a alíquota sobe para 0,0333%, resultando em R$ 200,67 de imposto mínimo; Para uma renda de R$ 605 mil, a alíquota mínima é de 0,0833%, correspondendo a R$ 504,17 de imposto; Quem recebe R$ 610 mil por ano terá alíquota de 0,1667%, com imposto mínimo de R$ 1.016,67; Com R$ 615 mil anuais, a alíquota chega a 0,25%, e o imposto mínimo será de R$ 1.537,50. O que muda para a alta renda? A proposta busca corrigir uma distorção comum entre os contribuintes de maior renda: muitos declaram um pró-labore baixo, sujeito a poucos impostos, enquanto a maior parte dos ganhos vem da distribuição de lucros, que atualmente isenta. De acordo com Wesley Santiago, especialista em tributos e diretor da Macro Contabilidade e Consultoria, a medida passa a considerar toda a renda do contribuinte no cálculo do Imposto de Renda, já que esses perfis normalmente informam valores tributáveis menores. “A lógica é que, no ajuste da Declaração de Imposto de Renda da Pessoa Física (DIRPF), seja calculado o total da renda de cada contribuinte, considerando o imposto já recolhido na fonte ou sob tributação exclusiva”, diz Santiago. 🔎 Dados de 2022 do Ministério da Fazenda mostram que a alíquota média efetiva do Imposto de Renda de quem ganha mais de R$ 600 mil por ano é de somente 2,54%. Esse grupo representa aproximadamente 0,13% dos contribuintes. Na prática, será avaliado quanto o contribuinte já pagou em todas as fontes de renda. Se esse cálculo mostrar que a contribuição alcançou ou superou 10% do total, não haverá cobrança extra nem direito à restituição; Por outro lado, se a alíquota efetiva ficar abaixo de 10%, será cobrado um valor complementar. Entenda os detalhes da proposta O projeto prevê ampliar a faixa de isenção do Imposto de Renda de R$ 3.036 (dois salários-mínimos) para R$ 5 mil mensais a partir de 2026. A proposta inclui ainda isenção parcial para rendimentos acima de R$ 5 mil e até R$ 7,35 mil, beneficiando parte dos trabalhadores com maior renda formal. Para compensar a perda de arrecadação com essa medida, a Receita Federal passará a tributar contribuintes de alta renda — chamados pelo governo de “super-ricos”, ou seja, aqueles com rendimento mensal acima de R$ 50 mil, equivalente a R$ 600 mil por ano. No cálculo do imposto adicional a ser cobrado desses contribuintes, será considerada toda a renda recebida no ano, incluindo salário, aluguéis, dividendos e outros rendimentos. Assim, não haverá um imposto específico para dividendos – mas eles passarão a ser incluídos na tributação da renda total da pessoa física. No entanto, alguns rendimentos são excluídos na hora de calcular o imposto devido, como: ganhos com poupança; títulos isentos (LCI, LCA, LCD, CRI, CRAs, FIIs, Fiagros e debêntures incentivadas); herança; aposentadoria; pensão de moléstia grave, venda de bens; outros rendimentos mobiliários isentos; indenizações. Imposto de Renda Joédson Alves/Agência Brasil



Imposto de Renda: calculadora mostra quanto você deixará de pagar com nova isenção


02/10/2025 01:48 - g1.globo.com


Isenção do IR: calculadora mostra quanto você deixará de pagar A Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (1º) um projeto que amplia a faixa de isenção do Imposto de Renda (IR) para quem ganha até R$ 5 mil por mês. O texto ainda precisa passar pelo Senado e ser sancionado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para entrar em vigor. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça Além da isenção de IR para pessoas com renda mensal até R$ 5 mil (R$ 60 mil ao ano), o projeto prevê um desconto progressivamente menor para quem ganha até R$ 7.350 mensais. (veja mais abaixo) O g1 elaborou, com o apoio da Confirp Contabilidade, uma calculadora que mostra quanto você vai deixar de pagar de IR a partir de janeiro de 2026, caso o projeto seja aprovado pelo Senado e sancionado pelo presidente Lula. Faça a simulação abaixo: 🔎 A calculadora indica a redução do Imposto de Renda para rendimentos de até R$ 7.350 mensais, mas não considera a sobretaxa aplicada a quem recebe acima de R$ 50 mil por mês. Na prática, esses são os valores que deixarão de ser descontados do salário todos os meses a partir de janeiro de 2026, caso o PL 1.087/25 avance. O ganho para quem tem salário de R$ 5 mil será de R$ 312,89 por mês. Em um ano, considerando também o décimo terceiro salário, a economia pode chegar a R$ 4.067. Na prática, isso representa um aumento anual equivalente a 81,35% do salário de um mês. (veja exemplos mais abaixo) O projeto aprovado pela Câmara ainda prevê uma mudança na sistemática de cobrança do IR para quem ganha até R$ 7.350, com desconto progressivamente menor para rendas a partir de R$ 5.001. Com isso, esse público também será beneficiado, mesmo que em menor escala. Quem recebe R$ 7 mil por mês, por exemplo, deverá ter ganhos de R$ 46,61 mensais e de R$ 605,87 no ano, considerando o décimo terceiro salário. Já os contribuintes que recebem acima dessa faixa não serão impactados pelas mudanças, pois a tabela progressiva do Imposto de Renda não é alterada pelo projeto. Nada muda também para quem ganha até R$ 3.036 — parcela já isenta pela tabela em vigor. "Se a pessoa ganhar acima de R$ 7.350, ela não vai ter redução alguma: seguirá a tributação normal da tabela progressiva", pontua Welinton Mota, da Confirp. Veja simulações na tabela abaixo: Imposto de Renda: veja quanto você pode deixar de pagar se recebe até R$ 7.350 Arte/g1 O que mudou? 🔎 Hoje, estão isentos do Imposto de Renda os contribuintes com renda tributável de até R$ 3.036 por mês — equivalente a dois salários mínimos. Com a proposta, essa faixa de isenção será ampliada para rendimentos de até R$ 5 mil mensais. A ampliação da faixa de isenção do IR foi uma promessa de campanha do presidente Lula. Se sancionada sem novas mudanças, deve incluir cerca de 10 milhões de contribuintes na lista de isenção a partir de 2026, ano de eleições. O projeto entrou em pauta esta semana após o presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmar que a Câmara precisava tirar da frente "pautas tóxicas". A medida faz parte de um esforço para aliviar a imagem dos deputados após, no fim de setembro, a Casa aprovar PEC da Blindagem, texto polêmico que virou alvo da opinião pública e que foi, posteriormente, derrubado no Senado. Qual o total de isentos no país? Caso o projeto seja posteriormente sancionado, o Brasil terá mais de 26,6 milhões de contribuintes isentos do Imposto de Renda (aproximadamente 65% dos declarantes). Esse número inclui: mais de 15,2 milhões de declarantes isentos atualmente; quase 2 milhões de pessoas isentas pela Lei n.º 15.191/25, que eleva a atual faixa de isenção para quem ganha até dois salários-mínimos por mês; e quase 10 milhões de contribuintes que passarão a ser isentos com o PL 1.087/25. Quanto vai custar aos cofres públicos? Em 2026, a isenção do IR para quem recebe até R$ 5 mil terá um impacto estimado de R$ 25,8 bilhões. Para compensar a queda na arrecadação, a Câmara manteve a proposta do governo de aplicar uma alíquota progressiva de até 10% sobre rendimentos anuais superiores a R$ 600 mil. Com a progressão do imposto, a alíquota máxima para pessoas de alta renda será aplicada a quem tiver ganhos anuais a partir de R$ 1,2 milhão. Segundo o projeto, a cobrança não irá atingir contribuintes que já pagam a alíquota de 27,5% do IR — ou seja, que já têm esse desconto em folha. "Atualmente, os lucros e dividendos são isentos do IR. O projeto prevê que, a partir de 2026, eles sejam tributados em 10%, desde que a distribuição mensal para um mesmo sócio da empresa seja acima de R$ 50 mil", explica Welinton Mota, da Confirp Contabilidade. Isenção do IR vai beneficiar 15 milhões, enquanto 150 mil de alta renda pagam a diferença Entenda o projeto: Em março, o governo federal propôs ampliar a faixa de isenção do Imposto de Renda, a partir de 2026, de R$ 3.036 (dois salários mínimos) para R$ 5 mil. Além de ampliar a faixa de isenção, a equipe econômica também propôs uma isenção parcial para valores entre R$ 5 mil e R$ 7 mil por mês. Para compensar a perda de arrecadação com a ampliação da faixa de isenção do IR para rendimentos até R$ 5 mil mensais, o governo pretende taxar os super-ricos — ou seja, aqueles com renda mensal superior a R$ 50 mil (equivalente a R$ 600 mil por ano). O projeto do governo, relatado pelo deputado Arthur Lira (PP-AL), impede que a cobrança sobre dividendos de pessoa física e empresa supere 34% para empresas e 45% para financeiras. Em paralelo, há outro projeto de isenção do IR em tramitação no Senado, apresentado por Renan Calheiros (PP-AL). O texto, originalmente apresentado em 2019, foi resgatado sob o argumento de que o texto da Câmara estava parado. Uma disputa política entre Lira e Renan é o pano de fundo da articulação dos projetos. Os dois devem concorrer ao Senado em 2026. Imposto de Renda 2023: prazo para declaração vai de 15 de março a 31 de maio. Marcos Serra/ g1



Imposto de Renda: nova isenção gera ganho mensal de até R$ 313; veja simulação por faixa salarial


02/10/2025 01:48 - g1.globo.com


Câmara aprova isenção de IR para quem ganha até R$ 5 mil Os trabalhadores que recebem R$ 5 mil por mês (R$ 60 mil ao ano) terão ganhos de R$ 312,89 na renda mensal a partir de 2026 com a isenção do Imposto de Renda aprovada nesta quarta-feira (1º) pela Câmara dos Deputados. O texto ainda precisa passar pelo Senado. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça Veja a seguir os acréscimos mensais por faixa salarial. Os cálculos foram elaborados por Welinton Mota, diretor da Confirp Contabilidade, com base no projeto aprovado. Imposto de Renda: veja quanto você pode deixar de pagar se recebe até R$ 7.350 Arte/g1 Na prática, esses são os valores que deixarão de ser descontados todos os meses, por faixa salarial, a partir de janeiro de 2026, caso o PL 1.087/25 seja aprovado pelo Senado e sancionado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Em um ano, considerando também o décimo terceiro salário, a economia pode chegar a R$ 4.067 para quem recebe R$ 5 mil mensais, segundo cálculos de Welinton Mota. Na prática, isso representa um aumento anual equivalente a 81,35% do salário de um mês. O projeto aprovado pela Câmara ainda prevê um desconto progressivamente menor para rendas entre R$ 5.001 e R$ 7.350 (veja na tabela acima). Com isso, esse público também será beneficiado, mesmo que em menor escala. Quem recebe R$ 7 mil por mês, por exemplo, deverá ter ganhos de R$ 19,98 mensais e de R$ 259,69 no ano, considerando o décimo terceiro salário. Já os contribuintes que recebem acima dessa faixa não serão impactados pelas mudanças, pois a tabela progressiva do Imposto de Renda não foi alterada. Nada muda também para quem ganha até R$ 3.036 — parcela já isenta pela tabela em vigor. "Se a pessoa ganhar acima de R$ 7.350, ela não vai ter redução alguma: seguirá a tributação normal da tabela progressiva", pontua Welinton Mota, da Confirp. O que mudou? 🔎 Hoje, estão isentos do Imposto de Renda os contribuintes com renda tributável de até R$ 3.036 por mês — equivalente a dois salários mínimos. Com a proposta, essa faixa de isenção será ampliada para rendimentos de até R$ 5 mil mensais. A ampliação da faixa de isenção do IR foi uma promessa de campanha do presidente Lula. Se sancionada sem novas mudanças, deve incluir cerca de 10 milhões de contribuintes na lista de isenção a partir de 2026, ano de eleições. Qual o total de isentos no país? Caso o projeto seja posteriormente sancionado, o Brasil terá mais de 26,6 milhões de contribuintes isentos do Imposto de Renda (aproximadamente 65% dos declarantes). Esse número inclui: mais de 15,2 milhões de declarantes isentos atualmente; quase 2 milhões de pessoas isentas pela Lei n.º 15.191/25, que eleva a atual faixa de isenção para quem ganha até dois salários-mínimos por mês; e quase 10 milhões de contribuintes que passarão a ser isentos com o PL 1.087/25. Quanto vai custar aos cofres públicos? Em 2026, a isenção do IR para quem recebe até R$ 5 mil terá um impacto estimado de R$ 25,8 bilhões. Para compensar a queda na arrecadação, a Câmara manteve a proposta do governo de aplicar uma alíquota progressiva de até 10% sobre rendimentos anuais superiores a R$ 600 mil. Com a progressão do imposto, a alíquota máxima para pessoas de alta renda será aplicada a quem tiver ganhos anuais a partir de R$ 1,2 milhão. Segundo o projeto, a cobrança não irá atingir contribuintes que já pagam a alíquota de 27,5% do IR — ou seja, que já têm esse desconto em folha. "Atualmente, os lucros e dividendos são isentos do IR. O projeto prevê que, a partir de 2026, eles sejam tributados em 10%, desde que a distribuição mensal para um mesmo sócio da empresa seja acima de R$ 50 mil", explica Welinton Mota, da Confirp Contabilidade. Entenda o projeto: Em março, o governo federal propôs ampliar a faixa de isenção do Imposto de Renda, a partir de 2026, de R$ 3.036 (dois salários mínimos) para R$ 5 mil. Além de ampliar a faixa de isenção, a equipe econômica também propôs uma isenção parcial para valores entre R$ 5 mil e R$ 7 mil por mês. Para compensar a perda de arrecadação com a ampliação da faixa de isenção do IR para rendimentos até R$ 5 mil mensais, o governo pretende taxar os super-ricos — ou seja, aqueles com renda mensal superior a R$ 50 mil (equivalente a R$ 600 mil por ano). O projeto do governo, relatado pelo deputado Arthur Lira (PP-AL), impede que a cobrança sobre dividendos de pessoa física e empresa supere 34% para empresas e 45% para financeiras. Em paralelo, há outro projeto de isenção do IR em tramitação no Senado, apresentado por Renan Calheiros (PP-AL). O texto, originalmente apresentado em 2019, foi resgatado sob o argumento de que o texto da Câmara estava parado. Uma disputa política entre Lira e Renan é o pano de fundo da articulação dos projetos. Os dois devem concorrer ao Senado em 2026. Imposto de Renda LUIS LIMA JR/FOTOARENA/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO



Câmara aprova com votação unânime projeto que amplia faixa de isenção do IR para R$ 5 mil


02/10/2025 01:47 - g1.globo.com


Câmara aprova isenção de IR para quem ganha até R$ 5 mil A Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (1º) um projeto que amplia a faixa de isenção do Imposto de Renda (IR) para quem ganha até R$ 5 mil por mês. A votação foi unânime: 493 votos a favor. 🖊️ O texto ainda terá que passar pelo Senado Federal e depois ser sancionado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para entrar em vigor. O projeto entrou em pauta esta semana após o presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmar que a Câmara precisava tirar da frente "pautas tóxicas". A medida faz parte de um esforço para aliviar a imagem dos deputados após, no fim de setembro, a Casa aprovar PEC da Blindagem, texto polêmico que virou alvo da opinião pública e que foi, posteriormente, derrubado no Senado. Relatado pelo deputado Arthur Lira (PP-AL), o projeto foi enviado pelo governo ao Congresso Nacional em março e é uma promessa da campanha de Lula de 2022. O texto prevê isenção de Imposto de Renda para pessoas com renda mensal até R$ 5 mil – ou R$ 60 mil ao ano – e desconto para quem ganha até R$ 7.350 mensais. ➡️Atualmente, a tabela do Imposto de Renda funciona de forma progressiva. Ou seja, conforme o valor da renda aumenta, o contribuinte passa a pagar um imposto maior sobre aquela parcela de rendimentos. Pela tabela atual, quem ganha até R$ 3.036 está isento. A partir daí, a tributação começa a incidir em "faixas", que chegam a 27,5% de imposto. Veja mais abaixo, na calculadora do g1, o que muda para cada salário. Custo aos cofres públicos Em 2026, a isenção de IR para quem ganha até R$ 5 mil vai custar R$ 25,8 bilhões aos cofres públicos. Para compensar a perda de arrecadação, Lira manteve a proposta do governo de tributar com uma alíquota progressiva de até 10% rendimentos acima de R$ 600 mil por ano. 🔎 No direito tributário, alíquota é o percentual ou valor fixo que será aplicado sobre a base de cálculo para apurar o valor de um tributo. A nova tributação recai sobre lucros e dividendos, que hoje são isentos do Imposto de Renda. Já quem tem apenas o salário como fonte de renda não será afetado, pois continua sujeito à tabela progressiva do IR, com retenção em folha de até 27,5%. Lira também acrescentou um dispositivo que destina parte do dinheiro de arrecadação a estados e municípios. 🔎 De acordo com parecer, mesmo com a ampliação da faixa de desconto parcial, haverá uma sobra de R$ 12,7 bilhões até 2027. Esse dinheiro será usado para compensar a redução da alíquota da Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS), instituída pela Reforma Tributária. O que diz o projeto que amplia a faixa de isenção do Imposto de Renda 'Justiça social' Após a aprovação da proposta, o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou que ampliar a isenção gera justiça social. "A ampliação do imposto de renda é um avanço da justiça social do país, garantindo mais dinheiro no bolso do trabalhador que ganha até R$ 5 mil. Esta não é apenas uma mudança técnica, é um alívio direto no bolso de milhões de trabalhadores. É dinheiro que volta para a economia, para o consumo, que garante comida na mesa da sua mesa", afirmou. Motta disse ainda que a votação unânime mostra que a Câmara se une quando o tema é de interesse do país. "Esta vitória é a prova de que, com liderança firme, responsabilidade e capacidade de articulação, o Congresso Nacional é capaz de promover mudanças que impactam positivamente a vida de todos". Leia também: CALCULADORA: quanto você deixará de pagar se proposta passar no Senado Isenção de Imposto de Renda até R$ 5 mil: como votaram os partidos e deputados A seguir, veja outros detalhes do projeto: Isenções Compensação para estados e municípios Cartórios Lucros e dividendos Andamento no Senado Qual é a estimativa de pessoas que vão ficar isentas? Quanto paga quem ganha hoje R$ 5 mil e quanto pagará? Qual a alíquota média por faixa das pessoas de alta renda? Isenções O texto aprovado isentou da alíquota mínima do IRPF pagamentos, créditos, entregas ou remessas de lucros, ou dividendos, de: governos estrangeiros, desde que haja reciprocidade de tratamento em relação aos rendimentos auferidos em seus países pelo governo brasileiro; fundos soberanos; entidades no exterior que tenham como principal atividade a administração de benefícios previdenciários, tais como aposentadorias e pensões, conforme definidas em regulamento. Estados e municípios Como o governo está reduzindo o Imposto de Renda de algumas pessoas, a arrecadação cai. Para que estados e municípios não saiam no prejuízo, eles vão ser compensados automaticamente com mais recursos dos Fundos de Participação dos Estados. O relatório calcula aumento na arrecadação desses fundos. Se não for possível fazer a compensação com o fundo (o aumento do fundo não for suficiente), a União vai colocar mais dinheiro a cada três meses, usando a arrecadação extra que surgir com a nova lei. Ou seja: Primeiro, garante-se que ninguém perde arrecadação (estados e municípios). Depois, o que sobrar serve para baratear a CBS, beneficiando toda a economia. Cartórios De acordo com a proposta, os profissionais que atuam em cartórios, como notários e registradores, ganharam um alívio tributário com a nova legislação fiscal. A norma regula que os repasses obrigatórios previstos em lei, não serão mais incluídos no cálculo do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF) na modalidade de tributação mínima. Na prática, isso significa que os valores que esses profissionais apenas arrecadam e repassam, como taxas destinadas ao poder público ou a fundos específicos, não serão considerados como rendimento próprio e, portanto, não serão tributados. Lucros e dividendos Outra mudança diz respeito à tributação dos lucros e dividendos pagos por empresas a pessoas físicas. A nova regra estabelece um mecanismo de compensação para evitar que a soma dos tributos pagos pela empresa e pela pessoa física ultrapasse os limites previstos pela legislação. Se for constatado que a carga tributária efetiva total, considerando o imposto pago pela empresa (IRPJ e CSLL) e o imposto mínimo pago pela pessoa física sobre os lucros recebidos foram maiores do que a carga nominal prevista em lei, a Receita Federal concederá e um redutor no valor do imposto devido pela pessoa física. Andamento no Senado ➡️ Em paralelo, há outro projeto de isenção do IR em tramitação no Senado, apresentado por Renan Calheiros (PP-AL). O texto, originalmente apresentado em 2019, foi resgatado sob o argumento de que o texto da Câmara estava parado. A proposta foi aprovada na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) em caráter terminativo (ou seja, não precisa passar pelo plenário principal da Casa) e tem teor semelhante ao texto da Câmara. O projeto de Renan ainda precisa ser avaliado pelos deputados. 🔎 Uma disputa política entre Lira e Renan é o pano de fundo da articulação dos projetos. Os dois devem concorrer ao Senado em 2026. Qual a estimativa de pessoas que ficarão isentas?  Caso o PL do IR seja aprovado na forma enviada pelo executivo, serão mais de 26,6 milhões de contribuintes isentos do Imposto de Renda, aproximadamente 65% dos declarantes. Este número engloba: mais de 15,2 milhões de declarantes isentos atualmente; quase dois milhões de pessoas isentas em razão da lei que eleva a atual faixa de isenção para quem ganha até dois salários-mínimos por mês; e quase 9,4 milhões de declarantes que passarão a ser isentos com o projeto que Câmara vai analisar. Quanto paga quem ganha hoje R$ 5 mil e quanto pagará? O contribuinte com renda de R$ 5 mil paga atualmente R$ 335,15 por mês. Ou seja, R$ 4.467,55 por ano, considerando o 13º e férias. Com a aprovação do projeto, esse dinheiro seria diretamente revertido aos trabalhadores. 👉🏽 Outras simulações também foram elaboradas pela Receita Federal. Como exemplo: uma professora cujo salário mensal seja de R$ 4.867,77 paga R$ 305,40/mês de IR e passará a pagar zero, gerando uma economia de R$ 3.970,18; um profissional autônomo que recebe R$ 5.450/mês paga hoje R$ 447,43/mês de IR e passará a pagar somente R$ 180,56/mês, gerando uma economia de mais de R$ 3.202,50/ano. A Receita Federal e o relator calculam que mais de 5,5 milhões de pessoas terão redução no Imposto de Renda por receberem entre R$ 5 mil e R$ 7.350 por mês. Qual a alíquota média por faixa das pessoas de alta renda?  Considerando dados de 2022, a alíquota média efetiva atual de quem ganha mais de R$ 600 mil por ano é de somente 2,54%. O projeto propõe uma alíquota média efetiva de aproximadamente 9% por meio da cobrança de um Imposto sobre a Renda das Pessoas Físicas Mínimo (IRPFM), que afetará 141,4 mil pessoas.  Veja na calculadora abaixo o que muda a depender do salário de cada pessoa 🔎A calculadora indica a redução do Imposto de Renda para rendimentos de até R$ 7.350 mensais, mas não considera a sobretaxa aplicada a quem recebe acima de R$ 50 mil por mês. Imposto de Renda: veja quanto você pode deixar de pagar se recebe até R$ 7.350 Arte/g1



'Shutdown' no governo Trump piora cenário já difícil para agricultores dos EUA


01/10/2025 23:54 - g1.globo.com


Entenda o que é o 'shutdown' do governo dos EUA e os impactos da paralisação O 'Shutdown' (paralisação parcial) do governo federal dos Estados Unidos, iniciado nesta quarta-feira (1º), vai interromper alguns pagamentos aos agricultores e atrasar o acesso a empréstimos agrícolas federais. A situação deve prejudicar ainda mais os produtores dos EUA que já enfrentam preços baixos de safra, dívidas recordes e uma guerra comercial no auge da colheita de outono. A paralisação começou à meia-noite, depois que parlamentares republicanos e democratas não chegaram a um acordo sobre um plano para financiar as operações do governo. Ela durará até que um dos partidos obtenha votos suficientes para seu plano de financiamento. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça 'Calamidade': fazendeiros dos EUA enfrentam crise após tarifaço e pedem ajuda ao governo Nesse cenário, debates sobre os possíveis impactos da paralisação para os agricultores dos EUA ganharam força. Isso porque mesmo pequenas interrupções nos pagamentos poderiam aprofundar a turbulência econômica dos agricultores. "Custa dinheiro operar essas colheitadeiras", disse Chad Hart, economista agrícola da Universidade Estadual de Iowa (EUA). Durante paralisações do governo, um número significativo de funcionários federais é dispensado temporariamente e muitas operações são momentaneamente interrompidas. O Departamento de Agricultura dos EUA (USDA, na sigla em inglês) deixou cerca de metade de sua equipe de 85.907 pessoas em licença, segundo planos de paralisação da agência publicados em seu site. Apesar disso, algumas operações consideradas essenciais, como a administração de programas de nutrição e inspeções de alimentos, devem continuar, segundo o USDA. Mas grande parte de seu trabalho será interrompido, como o processamento de empréstimos agrícolas e a realização de pagamentos aos agricultores. Isso inclui bilhões de dólares para fundos de ajuda para desastres contidos na lei de corte de impostos e gastos de Trump. O governo dos EUA e o USDA culpam os democratas pela paralisação. Os democratas dizem que a culpa é dos republicanos porque eles controlam as duas Casas do Congresso e a Casa Branca. 'Beira do precipício': China aumenta compras de soja do Brasil e produtores dos EUA pedem ajuda a Trump Tarifaço vai gerar inflação e aumentar preço do café nos EUA, dizem exportadores brasileiros em audiência no país Guerra comercial EUA x China Agricultores colhem soja REUTERS/Enrique Marcarian Os agricultores têm grandes preocupações econômicas neste outono (no hemisfério norte). A guerra comercial de Trump com a China fez com que o principal comprador de soja do mundo evitasse os embarques dos EUA em favor do concorrente Brasil. Espera-se que as safras recordes de milho reduzam os preços, e os custos dos insumos agrícolas, como sementes e fertilizantes, estão subindo. O momento dessa paralisação é particularmente difícil porque os agricultores geralmente dependem dos empréstimos federais para pagar por maquinário, fertilizantes e outras despesas durante a época da colheita, disse o economista Hart. Os agricultores que estão planejando a temporada de cultivo do próximo ano também podem enfrentar obstáculos, disse Zach Ducheneaux, administrador da Agência de Serviços Agrícolas (FSA) do USDA durante o governo Biden. “Se você estiver tentando comprar terras com um empréstimo da FSA, essa oportunidade pode desaparecer”, disse Ducheneaux. Entenda o impacto do tarifaço de Donald Trump para o agro do Brasil



Sob risco de derrota para o governo, votação da MP alternativa ao IOF é adiada mais uma vez


01/10/2025 23:33 - g1.globo.com

Por resistência do Centrão, a votação da medida provisória (MP) que trouxe compensações para substituir a alta do IOF foi adiada mais uma vez. A MP é apontada pela equipe econômica como um dos itens “fundamentais” para fechar as contas do governo neste ano e garantir o cumprimento da meta fiscal. A análise da matéria, que ocorreria amanhã, ficou para a próxima terça-feira (7) — véspera da data limite para o texto ser apreciado. A partir do dia 8, a MP “caduca”, ou seja, perde a validade. O texto precisa ser apreciado inicialmente em comissão especial, para só depois poder seguir para os plenários da Câmara e do Senado. Com o novo cronograma, toda a tramitação terá que ocorrer em um dia. Entenda o que o governo quer com as novas regras para o IOF De acordo com integrantes do Ministério da Fazenda, o pedido de adiamento partiu do próprio governo, com o intuito de ter mais tempo para negociar com os parlamentares a aprovação do texto, ainda que parcialmente. Embora a equipe econômica minimize o adiamento e tente demonstrar otimismo, integrantes da Receita Federal lamentam a insegurança jurídica gerada pelo risco de a MP não ser votada, considerando que a maior parte do teor da matéria já está em vigor desde a edição. Em aceno à bancada ruralista, os governistas têm sinalizado que devem abrir mão da tributação imposta pelo governo sobre as Letras de Crédito do Agronegócio (LCAs). O acordo também garantiria a retomada da isenção das Letras de Crédito Imobiliário (LCIs). Na bancada ruralista, o presidente da frente parlamentar, Pedro Lupion (PP-PR), afirma que sem a tributação das LCAs haveria acordo por parte do grupo para a deliberação do texto. O impasse, porém, está na resistência do centrão ao aumento da tributação sobre bets e fintechs. A MP 1303 propõe o aumento de 12% para 18% a alíquota sobre a receita bruta das empresas de apostas esportivas, as bets. No caso das instituições financeiras, as fintechs, existe a previsão de que a Contribuição sobre Lucro Líquido (CSLL) passa a ter duas alíquotas, de 15% e 20%. O intuito é equiparar a cobrança do tributo ao que já é feito no caso das instituições financeiras tradicionais.



BYD registra primeira queda de vendas trimestrais desde 2020


01/10/2025 21:54 - g1.globo.com


Navio da BYD no porto de Itajaí, Santa Catarina REUTERS/Anderson Cohelo/File Photo As vendas da BYD no terceiro trimestre registraram queda de 2,1% em comparação ao mesmo período do ano passado, segundo cálculos da Reuters com base em um documento divulgado pela empresa nesta quarta-feira (1º). Este é o primeiro recuo trimestral da fabricante chinesa de carros híbridos e elétricos em mais de cinco anos. A líder do mercado chinês vendeu 1,106 milhão de veículos entre julho e setembro, segundo dados da própria companhia. Essa foi a primeira retração desde os impactos na economia, gerados pelo surto de Covid-19. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 Carros no WhatsApp BYD Seal híbrido: o carro que faz até 29 km/l Em setembro deste ano, a BYD vendeu 5,88% menos veículos em relação ao mesmo mês do ano anterior — a primeira queda mensal desde fevereiro de 2024. A produção também foi reduzida em 8,47%, prolongando a tendência de desaceleração nas grandes fábricas da empresa. A desaceleração reforça os indícios de que o período de crescimento acelerado da BYD, impulsionado por incentivos governamentais à adoção de veículos elétricos, pode estar se aproximando do fim. A companhia enfrenta dificuldades cada vez maiores para se manter competitiva diante de uma guerra de preços que se intensifica no maior mercado automotivo do planeta. A BYD revisou sua meta de vendas para 2025, com uma redução de até 16%, totalizando 4,6 milhões de veículos, segundo informações anteriores da Reuters. O gerente-geral de marca e relações públicas da empresa, Li Yunfei, confirmou o novo objetivo ao jornal South China Morning Post, em reportagem publicada na última segunda-feira (29).



Lira inclui compensação a estados e municípios por perdas na ampliação da faixa de isenção do IR


01/10/2025 21:45 - g1.globo.com


Câmara vota projeto que amplia faixa de isenção do IR para R$ 5 mil O relator do projeto que altera regras do Imposto de Renda, deputado Arthur Lira (PP-AL), rejeitou nesta quarta-feira (1º) a grande parte das 102 emendas apresentadas em plenário ao projeto do Imposto de Renda, que prevê isenção para rendimentos de até R$ 5 mil mensais e cria uma tributação mínima sobre altas rendas a partir de 2026. Entre as sugestões descartadas estavam aquelas que buscavam compensar estados e municípios pelas eventuais perdas de arrecadação com a mudança no IR. Correção: na primeira versão desta reportagem, o g1 errou ao informar que Lira tinha rejeitado a compensação para estados e municípios. Na verdade, ele não acatou as emendas dos colegas sobre esse tema, mas criou uma regra nova para a compensação. A informação foi corrigida às 20h50. Nos artigos incluídos por Lira, ele prevê a compensação com receitas criadas pelo projeto de lei, como maior taxação de pessoas que ganham acima de R$ 50 mil (veja mais abaixo). Segundo o parecer, as emendas dos colegas tratavam de forma incompleta os diferentes tipos de impacto – algumas focavam na retenção na fonte dos salários de servidores, mas ignoravam os repasses dos Fundos de Participação; outras faziam o contrário. "Muitas emendas que têm carinho, representam setores, que tratam de problemas de setores da sociedade, que teriam até possibilidades, elas não prosperaram por não haver projeção de despesas, são impossíveis de serem mensuradas, não por questão de mérito", afirmou Lira antes da votação no plenário. Os estados e municipios poderiam perder receita com a mudança no IR porque alguns repasses da União para os entes federativos são compostos por arrecadação com o Imposto de Renda. Lira também rejeitou propostas que criavam novas contribuições, como a chamada Cide-Bets, que tributaria apostas esportivas para financiar saúde e educação. O relator argumentou que a medida poderia engessar orçamentos locais, não previa compensação a estados e municípios e geraria risco de contencioso judicial, já que um imposto seletivo sobre o setor passará a vigorar em 2027. De um total de 99 emendas, apenas três foram acatadas, com ajustes incluídos em uma subemenda substitutiva. O novo texto mantém os pilares da proposta original: Isenção para rendimentos até R$ 5 mil mensais; Redução gradual do imposto até R$ 7.350/mês; Tributação mínima de 10% sobre lucros e dividendos acima de R$ 50 mil/mês; Tributação anual progressiva para rendas acima de R$ 600 mil/ano. Se aprovadas, as mudanças começam a valer em 1º de janeiro de 2026. O relator do projeto do IR, Arthur Lira Kayo Magalhães/Câmara dos Deputados via BBC Estados e municípios Como o governo está reduzindo o Imposto de Renda de algumas pessoas, a arrecadação cai. Para que estados e municípios não saiam no prejuízo, eles vão ser compensados automaticamente com mais recursos dos Fundos de Participação dos Estados. O relatório calcula aumento na arrecadação desses fundos. Se não for possível fazer a compensação com o fundo (o aumento do fundo não for suficiente), a União vai colocar mais dinheiro a cada três meses, usando a arrecadação extra que surgir com a nova lei. Cartórios De acordo com a proposta, os profissionais que atuam em cartórios, como notários e registradores, ganharam um alívio tributário com a nova legislação fiscal. A norma regula que os repasses obrigatórios previstos em lei, não serão mais incluídos no cálculo do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF) na modalidade de tributação mínima. Na prática, isso significa que os valores que esses profissionais apenas arrecadam e repassam, como taxas destinadas ao poder público ou a fundos específicos, não serão considerados como rendimento próprio e, portanto, não serão tributados. Lucros e dividendos Outra mudança diz respeito à tributação dos lucros e dividendos pagos por empresas a pessoas físicas. A nova regra estabelece um mecanismo de compensação para evitar que a soma dos tributos pagos pela empresa e pela pessoa física ultrapasse os limites previstos pela legislação. Se for constatado que a carga tributária efetiva total, considerando o imposto pago pela empresa (IRPJ e CSLL) e o imposto mínimo pago pela pessoa física sobre os lucros recebidos foram maiores do que as carga nominal prevista em lei, a Receita Federal concederá e um redutor no valor do imposto devido pela pessoa física.



Angra 3: ministro diz querer até o fim do ano definição sobre futuro da usina nuclear; obras estão paradas desde 2015


01/10/2025 20:50 - g1.globo.com


O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou nesta quarta-feira (1º) que quer decidir sobre o futuro da Usina Nuclear de Angra 3, localizada no Rio de Janeiro, até o final deste ano. As obras do empreendimento estão paralisadas desde 2015. Para isso, o ministro pediu informalmente que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) entregue estudos complementares para ajudar na tomada de decisão final. “Eu pedi ao BNDES – de forma informal, mas destaquei a necessidade de urgência – que sejam entregues estudos complementares para tomarmos uma decisão segura sobre Angra 3”, disse Silveira, que falou a jornalistas após reunião do Conselho Nacional de política Energética (CNPE). Ele informou que a próxima reunião do colegiado deve ocorrer ainda neste mês ou, "no mais tardar", começo de novembro. O ministro explicou que a necessidade de novos estudos se deve ao lapso temporal em relação ao último levantamento realizado. Atualização sobre obras Justiça suspende embargo das obras da usina nuclear Angra 3 Nesta manhã, o CNPE aprovou uma resolução que determina que a Eletronuclear e o BNDES deverão atualizar estudos sobre a modelagem econômico-financeira para a conclusão de Angra 3, no Rio de Janeiro. A determinação estabelece que os estudos deverão considerar, no mínimo, três cenários: A manutenção dos termos do acordo com investimento firmado entre a Eletrobras e a ENBPar, com a participação de sócio privado; A conclusão do empreendimento com recursos exclusivamente públicos (ENBPar e União); Além do detalhamento do custo de abandono do projeto, com avaliação dos impactos para todas as partes envolvidas. O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, vem defendendo a retomada das obras da Usina. Para ele, o empreendimento robustecerá o sistema integrado nacional com energia limpa, firme e de base, o que tende a fortalecer a segurança energética do país. Fontes do setor nuclear ouvidas pelo g1 estão descrentes que haverá veredito sobre a usina até o final do ano. Angra 3 Eletronuclear



Lula diz estar convencido de que Câmara e Senado vão aprovar ampliação da isenção do IR


01/10/2025 19:08 - g1.globo.com

Câmara deve votar isenção do IR até R$ 5 mil nesta quarta (01) O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta quarta-feira (1º) que está “convencido” de que a Câmara dos Deputados e o Senado Federal vão aprovar o projeto que amplia a faixa de isenção do Imposto de Renda (IR) para quem ganha até R$ 5 mil por mês. “Eu acho que é importante a gente ver que esse desconto no imposto de renda, porque nesse país aqui, quem acompanha sabe que nem reajuste da tabela do imposto de renda saiu nesse país. Então eu acho que é um primeiro passo extraordinário, é uma conquista. É o primeiro sinal de justiça tributária que se faz nesse país. Eu estou convencido que a Câmara vai aprovar, que o Senado vai aprovar e eu que vocês encontraram um outro jeito ou mais um jeito de fazer novas lutas aqui nesse país”, disse Lula. Lula deu a declaração durante um encontro, no Palácio do Planalto, com representantes de movimentos sociais favoráveis ao projeto. Durante o encontro, o grupo apresentou ao presidente Lula o resultado parcial de um plebiscito com assinaturas favoráveis à isenção do Imposto de Renda. Também foi pauta da consulta entregue ao presidente a defesa da redução da jornada de trabalho 6x1. Antes da agenda com o presidente Lula, os sindicalistas se reuniram com o presidente da Câmara, Hugo Motta. Em um plebiscito, a população é chamada a votar e dizer se é a favor ou contra um determinado tema. Cerca de 1,5 milhão de votos foram computados. Segundo sindicalistas que participaram do encontro ouvidos pela GloboNews, Lula manifestou confiança de que os deputados vão aprovar o relatório de Lira sem grandes modificações. O presidente disse que o plesbicito entregue pelos movimentos sociais "é extremamente novo para a luta social das pessoas". "É muito importante, é um processo de conscientização, sobretudo numa época política em que a democracia está correndo risco. Em que o extremismo conservador tem crescido em várias partes do mundo. Em que o negacionismo tem criado corpo no mundo inteiro que as pessoas querem desvalorizar o multilateralismo que é a forma mais importante de se trabalhar em harmonia entre os estados nesse país. E quando a democracia corre risco, tudo que a gente conquistou vai para o beleléu", disse. O presidente do PT, Edinho Silva, que participou do encontro com Lula, afirmou que o presidente elogiou muito o relatório final de Lira e mostrou confiança na aprovação do relatório na Câmara. "A mesma confiança também o presidente Lula demonstrou, confiança nas lideranças, confiança nos partidos, também, além do presidente Hugo Motta, a confiança no presidente Davi Alcolumbre que seja mantido o relatório produzido pela Comissão Especial." Antes da agenda com o presidente Lula, os sindicalistas se reuniram com o presidente da Câmara, Hugo Motta. Em um plebiscito, a população é chamada a votar e dizer se é a favor ou contra um determinado tema. Cerca de 1,5 milhão de votos foram computados. "É um momento importante para que essas duas agendas tenham acontecido, porque mostra que tem mobilização da sociedade, e um plebiscito para que ele aconteça. Existe um diálogo com a sociedade, são reuniões que são feitas, são debates que são feitos. É importante dizer que está sendo entregue simbolicamente hoje, mas o plebiscito continua até o dia 12 de outubro", disse Edinho Silva.



Após aumento, arrecadação do IOF bate recorde e atinge maior valor da história em um mês


01/10/2025 17:52 - g1.globo.com


Jornal Nacional/ Reprodução A arrecadação do Imposto Sobre Operações Financeiras (IOF) bateu recorde e atingiu o maior valor da história para o período de um mês em agosto. O aumento ocorre após a batalha judicial que terminou com o aumento do imposto em diversas operações. O valor é recorde para todos os meses, segundo números da Secretaria da Receita Federal. A série histórica do órgão começa em 1995. 🔎O IOF é um imposto que o governo cobra sobre algumas transações financeiras que as pessoas e empresas fazem no dia a dia, como pegar um empréstimo, comprar moeda estrangeira ou fazer certos tipos de investimentos em seguros. O valor da alíquota varia de acordo com a operação. 👉🏽 Segundo a Receita, a arrecadação do IOF somou R$ 8,45 bilhões no mês retrasado, com impressionante crescimento de 42,5% na comparação com agosto de 2024. Com os valores corrigidos pela inflação, a alta também foi expressiva: de 35,6%.  A equipe econômica anunciou o aumento do IOF no fim de maio como estratégia para tentar atingir as metas fiscais deste ano e, também, de 2026 - diante da necessidade de atingir os objetivos fixados em lei (déficit zero em 2025 e superávit no próximo ano, com intervalo de tolerância). Entre idas e vindas, a alta foi confirmada em julho (veja mais abaixo nessa reportagem). Questionada pelo g1, a Receita Federal não soube dimensionar quanto do aumento da arrecadação do IOF, em agosto, está relacionada com a alta de tributos e quanto está vinculado ao comportamento da economia. "Não é possível fazer esta segregação", informou o órgão. Mas é fato que a arrecadação recorde do IOF acontece em um momento de desaceleração da economia, fruto da taxa básica de juros no maior nível em quase 20 anos, algo que já tem freado as receitas do governo. E, também, em um momento de queda das concessões de empréstimos - que se retraíram 0,2% em agosto, segundo informações divulgadas pelo Banco Central. Aumentos do IOF confirmados Compras internacionais com cartão de crédito e débito: alíquota do IOF sobe de 3,38% para 3,5%. Compra de moeda em espécie e remessas ao exterior: passa de 1,1% para 3,5%. Empréstimos a empresas: alíquota diária de IOF dobra, de 0,0041% para 0,0082%. Seguros VGBL (voltados às pessoas de alta renda): de 0% para 5% de IOF. Fundos de investimento em direitos creditórios (FIDCs): passam a ter cobrança de 0,38%. Mercado financeiro criticou aumento ➡️O anúncio de aumento do IOF, em maio deste ano, gerou repercussão negativa nos agentes do mercado financeiro, que criticaram o foco do governo em novos aumentos de tributos — deixando em segundo plano cortes de gastos. Carlos Braga Monteiro, CEO do Grupo Studio, avaliou, naquele momento, que governo busca arrecadar recursos com o aumento do IOF sem mexer nos fundamentos da economia. "Aumentar o IOF significa elevar custos operacionais, especialmente para empresas que dependem de crédito rotativo e financiamento. Em vez disso, deveríamos estar discutindo como reduzir custos estruturais do Estado, incentivar eficiência na gestão pública e promover compliance fiscal como mecanismo de equilíbrio entre arrecadação e competitividade empresarial", disse. Theo Braga, CEO da SME The New Economy, por sua vez, apontou que o aumento de imposto é um desincentivo direto à inovação e ao crescimento empresarial. "O empreendedor brasileiro já lida com uma carga tributária pesada e uma série de incertezas. O IOF mais alto desestimula operações de crédito e investimento, justamente em um momento em que o país precisa impulsionar a nova economia. O foco deveria estar em simplificar, digitalizar e desburocratizar, não em criar novos custos", afirmou. Veja no JG: Mercado financeiro reage mal ao aumento do IOF Briga com o Congresso Nacional ➡️A proposta também enfrentou forte rejeição no Legislativo, mesmo com o governo tendo recuado parcialmente em alguns pontos. Parlamentares apontaram descontentamento com aumentos de tributos e com a demora na liberação de emendas parlamentares, além de terem feito críticas à condução da política econômica pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Diante das discordâncias, o Congresso Nacional derrubou o aumento do tributo no fim de junho. A última vez que o Legislativo tinha rejeitado um decreto presidencial havia sido em 1992, na gestão Fernando Collor. Congresso derruba alta do IOF O governo não aceitou a derrota e, no início de julho, recorreu ao Supremo Tribunal Federal (STF) para restabelecer o aumento do IOF. O argumento foi de que a Constituição Federal conferiu ao presidente da República a prerrogativa de alterar o tributo. Em meados de julho, o ministro Alexandre de Moraes, do STF, retomou, em parte, decreto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva que elevou a cobrança do IOF, atendendo quase todo o pedido da equipe econômica. Moraes mantém quase totalidade do decreto do governo de aumento do IOF ➡️Com a derrubada momentânea do aumento do IOF, a equipe econômica alegou que precisava compensar a perda de recursos e propôs uma Medida Provisória elevando uma série de tributos, como sobre: bets, fintechs, LCIs e LCAs, juros sobre capital próprio e limitação de compensações. ➡️Mesmo com o retorno parcial da alta do IOF, as medidas de aumento de arrecadação foram mantidas e estão nas previsões do orçamento para tentar fechar as contas em 2026. Elas sofrem, porém, forte resistência do setor produtivo. O governo anunciou que negocia ajustes com o Legislativo, e a votação está prevista para ter início nesta semana. Mercado depois da alta do IOF Além de contribuir para frear mais o crédito bancário, com impacto na economia real, analistas apontam que o aumento do IOF também mudou a dinâmica do mercado ao passar a tributar os FIDCs. Para Walter Fritzke, Head de Mercado de Capitais no Martinelli Advogados, a arrecadação recorde do IOF em agosto é um dado fiscal, mas também um sinal regulatório que expõe a necessidade de empresas e investidores repensarem o uso de instrumentos de crédito e de mercado de capitais. "Diante deste cenário de crescimento do IOF, a tendência é que fundos e estruturas de securitização se tornem ainda mais relevantes como alternativa ao crédito bancário tradicional, já que não sofrem incidência do imposto por não se enquadrarem em operação de crédito, mas como cessão de recebíveis", avaliou Walter Fritzke, do Martinelli Advogados. De acordo com ele, a agenda de empresas e investidores passou a incluir não apenas custo financeiro, mas também uma arquitetura jurídica e tributária conjunta, para que a busca por liquidez não resulte em carga fiscal desproporcional.



Suprema Corte dos EUA vai analisar tentativa de demissão de Lisa Cook em janeiro


01/10/2025 16:45 - g1.globo.com


Quem é Lisa Cook, diretora do Fed que decidiu enfrentar Trump A Suprema Corte dos Estados Unidos anunciou nesta quarta-feira (1º) que ouvirá, em janeiro, os argumentos sobre a tentativa de Donald Trump de destituir a diretora do Federal Reserve (Fed), Lisa Cook. Por enquanto, ela permanecerá no cargo, podendo continuar até que a Justiça americana decida o caso no próximo ano. A Suprema Corte também negou de imediato analisar o pedido do Departamento de Justiça para anular a decisão da juíza Jia Cobb, que havia bloqueado temporariamente o afastamento de Lisa Cook. A análise desse pedido foi adiada até que os argumentos orais sejam apresentados. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça Ao criar o Fed em 1913, o Congresso aprovou o Federal Reserve Act, que incluiu medidas para proteger o banco central de interferências políticas. A lei estabelece que os diretores só podem ser removidos pelo presidente "por justa causa", embora não defina o termo nem indique o procedimento para a remoção. Até hoje, a lei nunca foi testada em tribunal. Em 9 de setembro, a juíza distrital dos EUA em Washington, Jia Cobb, decidiu que as alegações de Trump, de que Cook teria cometido fraude hipotecária antes de assumir o cargo — o que a diretora nega — provavelmente não constituíam motivos suficientes para sua destituição, de acordo com o Federal Reserve Act. Cook, a primeira mulher negra a ocupar o cargo de diretora do Fed, processou Trump em agosto, após o presidente anunciar sua destituição. Ela argumentou que as alegações de Trump não davam ao presidente autoridade legal para removê-la e serviam apenas como pretexto devido à sua postura sobre a política monetária. “O presidente Trump removeu Lisa Cook do Conselho de Diretores do Fed por justa causa. Esperamos obter a decisão final favorável após apresentarmos nossos argumentos orais à Suprema Corte em janeiro”, disse Kush Desai, porta-voz da Casa Branca. Em 15 de setembro, o Tribunal de Apelações dos EUA para o Circuito do Distrito de Columbia, por 2 votos a 1, negou o pedido do governo de suspender a ordem da juíza Cobb. Nos últimos meses, a Suprema Corte permitiu que Trump destituísse membros de várias agências federais consideradas independentes do controle direto do presidente, mesmo com proteções de trabalho semelhantes. As decisões indicam que o tribunal, com maioria conservadora de 6 a 3, pode estar disposto a descartar um importante precedente de 1935 que manteve essas proteções em um caso envolvendo a Comissão Federal de Comércio dos EUA. No entanto, o tribunal indicou que pode tratar o Fed de maneira distinta em relação a outros órgãos do Executivo. Em maio, em um caso sobre a demissão de dois membros democratas de conselhos federais do trabalho por Trump, os juízes observaram que o Fed “é uma entidade quase privada, estruturada de forma única”, com uma tradição histórica singular. A tentativa de Trump de demitir Cook reflete sua visão ampliada do poder presidencial desde que retornou ao cargo em janeiro. Segundo o Departamento de Justiça, em seu pedido à Suprema Corte de 18 de setembro, desde que o presidente identifique uma causa para a demissão, isso se enquadra em seu “poder discricionário não passível de revisão”. “O presidente pode razoavelmente decidir que a taxa de juros paga pelos norte-americanos não deve ser definida por uma diretora que aparenta ter mentido sobre fatos relevantes para as taxas que garantiu para si mesma — e que se recusa a explicar essas supostas distorções”, afirma o documento. Segundo os advogados de Cook à Suprema Corte em 25 de setembro, a aprovação do pedido de Trump “destruiria a independência histórica do Federal Reserve, abalaria os mercados financeiros e criaria um precedente para que futuros presidentes moldassem a política monetária conforme suas agendas políticas e prazos eleitorais.” Um grupo de 18 ex-funcionários do Fed, ex-secretários do Tesouro e outras autoridades econômicas importantes que atuaram sob presidentes de ambos os partidos solicitou à Suprema Corte que não permita a demissão de Cook. Entre eles estão os três últimos presidentes do Fed: Janet Yellen, Ben Bernanke e Alan Greenspan. Em documento enviado à Suprema Corte, o grupo afirmou que permitir a demissão ameaçaria a independência do Fed e corroeria a confiança do público na instituição. Cook participou da aguardada reunião de dois dias do Fed em Washington, em setembro, na qual o banco central decidiu reduzir as taxas de juros em 0,25 ponto percentual. Ela foi uma das que votaram a favor do corte. Efeito cascata As preocupações sobre a independência do Fed frente à Casa Branca na definição da política monetária podem gerar efeitos em cascata em toda a economia global. A capacidade do Fed de definir a taxa de juros sem se submeter aos interesses políticos é considerada essencial para que qualquer banco central funcione de forma independente e cumpra seu papel, como controlar a inflação. Neste ano, Trump pressionou o Fed a cortar os juros de forma mais agressiva, criticando o presidente do banco, Jerome Powell, pela gestão da política monetária enquanto o banco se concentrava em controlar a inflação. Trump chegou a chamá-lo de “estúpido”, “incompetente” e “idiota teimoso”. Desde que Trump voltou ao cargo, a Suprema Corte tem favorecido sua administração na maioria dos casos analisados, permitindo que políticas bloqueadas por tribunais inferiores sigam adiante enquanto os litígios continuam. Em 25 de agosto, Trump anunciou a remoção de Cook do Conselho de Diretores do Fed, citando alegações de que ela teria falsificado registros em 2022 para obter condições favoráveis em uma hipoteca. O mandato de Cook estava previsto para expirar em 2038. Ao impedir a remoção de Cook, a juíza concluiu que sua demissão provavelmente violaria o Federal Reserve Act, que permite a remoção de diretores apenas por má conduta durante o mandato, além de violar os direitos de Cook ao devido processo legal garantido pela Quinta Emenda. As alegações de fraude hipotecária se referem a ações anteriores à confirmação de Cook pelo Senado em 2022. Lisa Cook, diretora do Federal Reserve (Fed), banco central dos Estados Unidos. Reuters



'Shutdown' no governo Trump: o que fechou e o que continua funcionando durante paralisação nos EUA


01/10/2025 16:21 - g1.globo.com


Entenda o que é o 'shutdown' do governo dos EUA e os impactos da paralisação Os Estados Unidos entraram nesta quarta-feira (1º) em paralisação após o Congresso não aprovar a proposta de orçamento do governo de Donald Trump. Na prática, isso significa que uma série de serviços públicos tiveram de ser interrompidos. ✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp AO VIVO: Acompanhe as últimas atualizações do shutdown do governo Trump Nesta manhã, o "shutdown" (termo em inglês para a paralisação) já começou a valer. Veja, abaixo, o que continuará aberto durante a paralisação e o que fechou: (Leia mais sobre a paralisação aqui). Monumento a Washington Aviso colado em porta de vidro do Monumento a Washington de que atração está fechada devido à paralisação do governo dos Estados Unidos em 1° de outubro de 2025. REUTERS/Nathan Howard O Monumento a Washington, uma das maiores atrações turísticas da capital Washington D.C., está "fechado até segunda ordem", segundo um comunicado do Serviço Nacional de Parques dos EUA nesta quarta-feira, que administra o monumento. Partes de Washington D.C. amanheceram desertas nesta quarta, segundo a agência de notícias Reuters. Estátua da Liberdade Visitantes de Nova York, nos EUA, fazem fila para visitar Estátua da Liberdade na véspera da paralisação, em 30 de setembro de 2025. Jeenah Moon/ Reuters A Estátua da Liberdade, cartão postal dos EUA localizado em Nova York, continuava aberta nesta quarta-feira até a última atualização desta reportagem, porém está sob risco de fechar. A governadora de Nova York, Kathy Hochul, afirmou ao jornal "New York Post" que não destinará recursos estaduais adicionais para manter o monumento aberto caso o dinheiro acabe. Hochul não disse até quando a Estátua da Liberdade ficaria aberta. A Estátua da Liberdade é administrada pelo Serviço Nacional de Parques e recebeu mais de 3,7 milhões de visitantes em 2024. Instituição Smithsonian A Instituição Smithsonian, que administra uma rede de museus, centros de pesquisa e o Zoológico Nacional em Washington, D.C., afirmou que permanecerá aberto pelo menos até segunda-feira (6). Ilha Ellis A Ilha Ellis, em Nova York, que abriga o Museu da Imigração dos EUA, deve ser oficialmente fechada para visitantes nesta quarta-feira, segundo a agência de notícias Reuters. Serviço Nacional de Parques Cúpula do Capitólio refletida na porta de vidro da Biblioteca do Congresso americano, com placa de "entrada fechada" no primeiro dia de paralisação do governo dos Estados Unidos em 1° de outubro de 2025. REUTERS/Nathan Howard O Serviço Nacional de Parques ainda não havia informado, até a última atualização desta reportagem, se fecharia seus mais de 400 parques e locais abertos à visitação espalhados pelos EUA. Autoridades disseram na terça-feira à tarde que os planos de contingência ainda estavam sendo atualizados e seriam publicados no site do órgão, o que até o momento não ocorreu. Muitos parques nacionais, incluindo Yellowstone e Yosemite, permaneceram abertos durante a paralisação de 35 dias no primeiro mandato de Trump. No entanto, a escassez de funcionários levou a casos de vandalismo, portões arrombados e outros problemas. Financiamento suspenso para obras em Nova York O diretor de orçamento da Casa Branca, Russ Vought, disse nesta quarta-feira (1°) que bloqueou cerca de US$ 18 bilhões (R$ 95,8 bilhões) destinados ao financiamento de grandes projetos na cidade de Nova York por conta do "shutdown": um túnel sob o rio Hudson e o metrô da 2ª Avenida. Departamento de Segurança Interna (DHS) A secretária de Segurança Interna dos EUA, Kristi Noem, afirmou que agentes de segurança do Departamento de Segurança Interna americano continuarão trabalhando durante a paralisação do governo. O DHS colocou pouco mais de 14 mil funcionários de licença por conta do "shutdown", segundo dados no site do órgão. Ao todo, o departamento possui cerca de 272 mil funcionários. Departamento de Saúde e Serviços Humanos (HHS) O HHS colocará cerca de 41% de seus quase 80 mil funcionários de licença, segundo um plano de contingência publicado em seu site. Os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC, na sigla em inglês), sediados em Atlanta, continuarão monitorando surtos de doenças, mas atividades como pesquisas sobre riscos à saúde e formas de prevenir doenças serão suspensas. Já pesquisas e atendimentos no Instituto Nacional de Saúde (NIH) serão prejudicados e terão funcionamento limitado. Administração de Alimentos e Medicamentos (FDA) A FDA afirmou que continuará aberto, porém muitas atividades serão postergadas ou suspensas e a "capacidade de proteger e promover a saúde e a segurança públicas seria significativamente impactada". Administração Federal de Aviação (FAA) A Administração Federal de Aviação (FAA, na sigla em inglês) informou que 11 mil funcionários serão enviados para casa. Durante a paralisação, 13 mil controladores de tráfego aéreo terão de continuar trabalhando sem receber salário. Antes da paralisação, a FAA já operava no limite com um déficit de cerca de 3.800 controladores. Impactos internos O Capitólio dos EUA em 30 de setembro de 2025 Alex Wroblewski/AFP 💸 Para os moradores, alguns serviços continuarão funcionando, como o pagamento de aposentadorias e benefícios de invalidez, além de programas de saúde. O Serviço Postal seguirá operando, já que não depende do orçamento do Congresso. Programas de assistência alimentar funcionando podem continuar enquanto houver recursos. Tribunais federais e a Receita Federal podem ter operações limitadas se a paralisação se prolongar. 🚨 Em relação à segurança, agentes do FBI, da Guarda Nacional e de outras forças federais continuarão trabalhando, assim como patrulhas de fronteira e fiscalização de imigração. No Pentágono, mais da metade dos 742 mil funcionários civis será afastada. Visitas de chefes de Estado ou autoridades estrangeiras previstas durante a paralisação devem ser canceladas. Cerca de 2 milhões de militares americanos permanecerão em seus postos. Contratos fechados antes do início do shutdown seguem válidos, e o Departamento de Guerra poderá solicitar suprimentos para garantir a segurança nacional. A paralisação também pode atrasar a divulgação de dados econômicos importantes, afetando políticas públicas e investidores, além de limitar empréstimos e serviços para pequenas empresas. O 'shutdown' Trump durante encontro com Netanyahu na Casa Branca Kevin Lamarque/Reuters No centro do impasse entre democratas e republicanos está a pauta da Saúde. Os democratas dizem que só aprovarão o orçamento caso programas de assistência médica que estão prestes a expirar sejam prolongados. Já os republicanos de Trump insistem que saúde e orçamento devem ser tratados como questões separadas. Com o governo impedido de gastar, milhares de servidores públicos serão colocados em licença, enquanto outros, que trabalham em serviços essenciais, podem ter os salários suspensos. A remuneração será paga de forma retroativa quando o orçamento for normalizado.



'Shutdown': como a crise orçamentária nos EUA pode afetar o dólar e a bolsa brasileira


01/10/2025 14:40 - g1.globo.com


'Shutdown': Governo dos EUA é paralisado após Congresso não aprovar orçamento A paralisação do governo dos Estados Unidos, após o Congresso não aprovar um projeto orçamentário para estender o financiamento federal, deve afetar o câmbio e os mercados financeiros pelo mundo. Isso porque o impasse orçamentário entre Democratas e Republicanos vai além do fechamento de museus, parques nacionais e aeroportos americanos. A instabilidade em Washington também pode interromper ou atrasar a divulgação de indicadores econômicos importantes para os investidores — dados que orientam as decisões do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) sobre a política de juros na maior economia do mundo. Em teoria, esse cenário pode aumentar a aversão ao risco (o medo de perdas financeiras), provocar oscilações no valor do dólar frente a outras moedas e impactar o investimento estrangeiro em mercados emergentes — como o Brasil. Empresas que dependem de exportações para os EUA ou do turismo também podem ser afetadas. Ainda assim, há chances de efeitos positivos. Entenda nesta reportagem de que forma a crise orçamentária nos EUA pode repercutir por aqui: Efeitos no dólar, no real e um aumento da procura por ouro Para os analistas consultados pelo g1, o shutdown aumenta a incerteza global, mas há nuances: pode haver valorização do real e do ouro, maior atratividade para investimentos no Brasil e mais volatilidade no mercado de ações, dependendo da duração da paralisação nos EUA e das decisões do Fed. Para Renato Nobile, da Buena Vista Capital, o efeito do atual shutdown é diferente da última paralisação ocorrida no primeiro mandato de Trump, em 2018. Naquele momento, a expectativa era de valorização do dólar, já que investidores tendem a buscar segurança na moeda americana em períodos de incerteza. “Porém, o que está acontecendo agora, principalmente no contexto macro dos Estados Unidos e no contexto geopolítico, é que o governo Trump atual já vem desvalorizando o câmbio intencionalmente. Tanto é que o dólar vem se desvalorizando frente a todas as moedas, inclusive a brasileira”, afirma. Trump tem adotado medidas que indicam uma certa intenção de enfraquecer o dólar. Em julho, antes viajar à Escócia, o republicano chegou a declarar que gostava de um dólar forte, mas ponderou que seria possível “ganhar muito mais dinheiro” com uma moeda mais fraca. Nesse cenário, investidores já têm buscado alternativas de proteção, como o ouro. No início desta quarta-feira, o metal atingiu um novo recorde com o início da paralisação do governo americano, chegando a US$ 3.895,38 (cerca de R$ 20 mil) a onça (medida padrão de peso para metais) — em alta pelo quinto dia consecutivo. 🔎O ouro é considerado mais seguro porque ele não depende de governos, bancos ou empresas para ter valor. Por isso, em momentos de crise, investidores o veem como um porto seguro — ele tende a manter valor mesmo quando outros investimentos se desvalorizam. “Vários países e bancos centrais estão realmente comprando mais ouro, porque não estão vendo tanta segurança na moeda americana e nos títulos do Tesouro americano. E isso acontece justamente por conta desse contexto: o governo americano desvalorizando a moeda intencionalmente e gerando muita imprevisibilidade para o investidor”, avalia Nobile. Esse movimento já tem sido visto no Brasil. Nesta quarta-feira, o dólar iniciou a sessão em queda de 0,35%, cotado a R$ 5,3038. Por volta das 13h35, a divisa oscilava entre altas e baixas. No acumulado do ano, a moeda americana já registra recuo de 13,87%. No mesmo horário, o Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, subia 0,44%, aos 145.596 pontos. Apesar disso, há quem tenha uma visão oposta. Para Sidney Lima, analista da Ouro Preto Investimentos, a crise orçamentária nos Estados Unidos tende a fortalecer o dólar frente ao real e elevar a aversão ao risco global, o que pressiona tanto o câmbio quanto os juros no Brasil. "Em momentos de incerteza global, investidores procuram ativos considerados mais seguros, o que costuma fortalecer o dólar e fragilizar moedas emergentes como o real. Esse movimento aumenta a volatilidade e pode até pressionar a inflação interna via importados", afirma. Ele acrescenta que, na bolsa, setores ligados a commodities e exportação podem ser prejudicados tanto pela queda de preços internacionais quanto pela menor disposição dos investidores a assumir riscos. Por outro lado, empresas com balanços sólidos, caixa robusto e menor dependência de crédito tendem a se tornar mais defensivas, ou seja, podem ser vistas como uma alternativa mais segura para os investidores. Gabriel Mollo, analista de investimentos da Daycoval Corretora, não vê o shutdown como uma crise, e acredita que a queda do dólar já era esperada pelo mercado, apesar da paralisação. Ele alerta, porém, que se o impasse orçamentário nos EUA se prolongar e não houver acordo, pode ocorrer fuga de recursos da bolsa brasileira, valorização do dólar e aumento da volatilidade. Fed e indicadores econômicos Com o shutdown nos EUA, alguns dados importantes da economia — como o número oficial de empregos (payroll) — deixam de ser divulgados. Sem essas informações, investidores e o banco central americano ficam “no escuro” e precisam usar outros sinais menos confiáveis para entender a economia. Isso aumenta a incerteza sobre os rumos do mercado. "O atraso na divulgação de indicadores econômicos também aumenta o prêmio de risco [o 'bônus' que o investidor exige para se expor a mais incertezas] e pode pressionar o mercado acionário, com queda nos preços das ações ou maior instabilidade", afirma o analista da Daycoval Corretora. Por outro lado, investidores seguem atentos a fatores externos que podem trazer alívio. A possível reunião entre Trump e o presidente Lula, por exemplo, se bem-sucedida, pode reduzir a pressão sobre o dólar e estimular a valorização da bolsa brasileira, que nos últimos dias tem renovado recordes. “Apesar de [o shutdown] ser ruim, o cenário tem um lado positivo. Com o impasse nos EUA, outros mercados ficam mais interessantes, e o Brasil se destaca para quem quer assumir risco, porque nossos concorrentes [outras nações emergentes] estão mais fracos e temos commodities essenciais para outros países”, diz Milene Dellatore, diretora da MIDE Mesa Proprietária. Segundo ela, o shutdown nos EUA é um risco que acontece quase todos os anos e, por isso, o mercado já está 'preparado'. No fim, a executiva acredita que o Congresso americano chegará a um acordo de qualquer maneira, seja ampliando o teto da dívida ou aumentando a emissão de dólares. A força do real ante o dólar contribui para conter os preços de produtos atrelados à moeda americana e, consequentemente, limita impactos em índices de inflação relacionados a esses itens. No entanto, mesmo com o dólar mais fraco facilitando possíveis cortes de juros aqui, Dellatore acredita que o Banco Central brasileiro deve levar mais em consideração a situação fiscal do governo Lula e o cumprimento da meta de inflação do que as decisões do Fed. 🔎 A política de juros nos EUA gera reflexos no Brasil. Quando as taxas americanas caem, tende a diminuir a pressão para que a taxa básica de juros brasileira (Selic) permaneça elevada. Além disso, há possíveis efeitos sobre o câmbio, com valorização do real frente ao dólar. Para Dellatore, se a paralisação durar mais do que o previsto e o Fed ficar sem os dados econômicos necessários, o banco central americano pode optar por manter os juros, o que seria positivo para o Brasil. No entanto, se decidir aumentá-los, pode haver saída de recursos da bolsa brasileira para lá. Diante de crises globais — como a guerra da Rússia, as negociações entre a China e os Estados Unidos e as tensões na Índia e no Paquistão —, Milene reitera: “O Brasil ainda é um país com instituições fortes e resilientes, e pode ser uma alternativa diante de concorrentes mais fracos”. Painel na sede da B3, em São Paulo, Ibovespa, bolsa, Bovespa Nacho Doce/Reuters



Governo publica norma para impedir beneficiários do Bolsa Família e BPC de fazer apostas em bets


01/10/2025 13:14 - g1.globo.com


Governo publica norma para impedir beneficiários do Bolsa Família e BPC de fazer apostas e O governo federal publicou nesta quarta-feira (1º) uma regra para impedir a realização de apostas por meio de contas utilizadas por beneficiários de programas sociais nas chamadas "bets". ➡️A proibição envolve contas utilizadas por beneficiários de Bolsa Família e do Benefício de Prestação Continuada (BPC). De acordo com o governo, as bets deverão realizar consultas em um sistema público em dois momentos: na abertura de cadastro; e na realização do primeiro login do dia. O prazo para implementar os procedimentos é de até 30 dias. Além disso, em até 45 dias contados a partir desta quarta (1º), as empresas de apostas online devem fazer consultas no sistema do governo de todos os CPFs cadastrados em seus sistemas de apostas. ➡️ Caso um usuário seja identificado como beneficiário de programas sociais, a empresa terá de encerrar a conta em até três dias. A decisão cumpre determinação do Supremo Tribunal Federal (STF) para impedir que recursos de programas assistenciais sejam usados em apostas. A instrução normativa da Secretaria de Prêmios e Apostas do Ministério da Fazenda foi publicada no "Diário Oficial da União". Em entrevista ao g1 no mês passado, o secretário de Prêmios e Apostas do Ministério da Fazenda, Regis Dudena, explicou que as bets deverão realizar consultas em um cadastro centralizado do governo, no qual constam os dados dos beneficiários do Bolsa Família e do BPC. "Eles não receberão os dados [de todos os beneficiários de programas sociais], mas eles terão que consultar em determinados pontos, para garantir que esses beneficiários não possam depositar dinheiro", disse o secretário Dudena, na ocasião. Especialista alerta para riscos psicológicos de jogos de apostas online RPC Bolsa Família e BPC Segundo dados oficiais, o BPC contava, em junho deste ano, com 3,75 milhões de beneficiários em julho deste ano. As informações são do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social. O BPC, no valor de um salário mínimo por mês, é pago a pessoas de baixa renda idosas ou com deficiências. Tem direito ao BPC quem: tem 65 anos ou mais ou alguma deficiência; é brasileiro nato ou naturalizado; tem nacionalidade portuguesa com residência no Brasil; tem renda familiar de até ¼ do salário mínimo por pessoa, calculada com as informações do Cadastro Único (CadÚnico) e dos sistemas do INSS. Em agosto, o governo realizou o pagamento do benefício para cerca de 19,2 milhões de famílias no Brasil, o equivalente a mais de 50 milhões de pessoas. Para ter direito ao Bolsa Família, a renda mensal por pessoa deve ser de até R$ 218, e o Cadastro Único para todos os membros familiares deve estar atualizado. O valor mínimo pago por família é de R$ 600,00. Além disso, há benefícios adicionais cumulativos: R$ 150,00 por criança de até 6 anos. R$ 50,00 por gestante. R$ 50,00 por jovem entre 7 e 18 anos incompletos. R$ 50,00 por bebê de até 6 meses. Valor mensal de apostas O secretário de Prêmios e Apostas do Ministério da Fazenda, Regis Dudena, também relativizou, no mês passado, números do Banco Central, pelos quais as apostas online no país teriam um valor de R$ 20 bilhões a R$ 30 bilhões por mês. Banco Central do Brasil (BC) estima que brasileiros gastam cerca R$ 20 bilhões por mês em apostas online. Marcello Casal/Agência Brasil Ele explicou que, nesse cálculo, o BC computa o fluxo de recursos, ou seja, quanto entra e quanto sai de todos os apostadores para as casas de apostas. Uma vez depositados os valores nas contas dos apostadores, o secretário informou que a taxa média de retorno, ou seja, devolução dos recursos aos apostadores (o RTP, ou 'return to player') é em torno de 93%. Ou seja, de R$ 100 apostados, em média, R$ 93 voltam para as contas. E esses recursos costumam ser apostados novamente. "Eventualmente, o dinheiro que ele depositou de novo é o mesmo dinheiro, porque ele ganhou pouco, perdeu um pouco. Então entra e sai muito mais dinheiro do que de fato é o total de dinheiro que o apostador perdeu", explicou. Segundo Dudena, no cálculo do Ministério da Fazenda, que considera o total de apostas, menos os prêmios pagos, o que pode ser indicado como o gasto efetivo dos apostadores no período. Nesse caso, o valor mensal de apostas é bem menor: cerca de R$ 2,9 bilhões por mês, o que está em linha com o valor de R$ 17,4 bilhões reportados no primeiro semestre deste ano. "O dinheiro que você ganha de prêmio é o dinheiro do apostador de qualquer forma. Então, se você pega o que é apostado menos o prêmio é o que de fato saiu dos bolsos de todos os apostadores. Então, não é maior do que isso. É só essa diferença que é o resultado do que saiu efetivamente do bolso dos apostadores e o que ficou efetivamente na casa de apostas. Por ano, dá uns R$ 36 bilhões por ano, e não R$ 20 bilhões a R$ 30 bilhões por mês", afirmou o secretário. Segundo o Ministério da Fazenda, os números mostram que 17,7 milhões de brasileiros realizaram apostas nos sites e aplicativos no primeiro semestre; e que a média de gasto por apostador ativo foi de cerca de R$ 164 por mês. O número de apostadores brasileiros, segundo Dudena, equivale a cerca de 12% da população acima de 18 anos (que pode apostar), o que não é muito diferente de outros países.



'Não tem previsão', diz Esther Dweck sobre novo CNU em 2026; governo deve chamar excedentes


01/10/2025 12:36 - g1.globo.com


Ministra Esther Dweck afirma que não há previsão para terceira edição do CNU em 2026 As provas da segunda edição do Concurso Nacional Unificado (CNU) serão realizadas neste domingo (05). Para 2026, a ministra da Gestão, Esther Dweck, adiantou que não há previsão de um novo processo seletivo. Em entrevista ao programa Bom Dia, Ministra, do CanalGov, ela explicou que a expectativa para o próximo ano é convocar os excedentes dos concursos públicos já em andamento. (veja no vídeo acima) ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 Concursos no WhatsApp “Não há previsão de um novo Concurso Público Nacional Unificado. O que está programado para 2026, já incluído no nosso orçamento, é a convocação de excedentes de diferentes concursos em andamento, incluindo a própria chamada da segunda edição do CNU”, explicou. A ministra explicou que a primeira chamada dos aprovados no CNU 2025 está prevista para 20 de fevereiro, com três convocações diferentes para garantir que os candidatos confirmem interesse nas vagas. A lista final deve ser divulgada em 16 de março. Segundo ela, em 2026 a previsão é realizar a convocação dos selecionados no CNU 2025 e em outros concursos em aberto, como o da Polícia Federal (PF). Na sequência, devem ser autorizadas as chamadas dos excedentes de processos seletivos já realizados. “Obviamente, não sei quem estará aqui [no governo] em 2027, mas o que buscamos garantir que isso se torne uma política permanente, independentemente de quem assumir. Antes da atual gestão do governo Lula, desde 2016 não havia autorização para concursos federais no Brasil, então tudo depende dessa autorização”, afirmou. A ministra também destacou que a Escola Nacional de Administração Pública (ENAP) passou a ser a responsável pela execução do concurso, junto ao Ministério da Gestão. Isso significa que a instituição do pode realizar uma outra edição do processo seletivo. “Esse processo e o conhecimento de como aplicar a prova estará com ENAP. Assim, em 2027, no próximo governo, haverá condições de realizar uma nova edição do Concurso Nacional Unificado, desde que haja autorização para novas vagas. Isso vai depender de quem estiver no comando e das definições do governo”, completou. A seleção deste ano oferece 3.652 vagas para cargos de níveis médio, técnico e superior, com salários iniciais que variam de R$ 4 mil a R$ 16,4 mil. A seleção terá duas fases: a prova objetiva será aplicada em 5 de outubro, e a discursiva, apenas para os aprovados na primeira etapa, em 7 de dezembro. (veja como vai funcionar) A ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, apresenta os detalhes do edital da 2ª edição do Concurso Nacional Unificado (CNU). Valter Campanato/Agência Brasil Clique no índice abaixo para saber mais sobre a segunda edição do Concurso Nacional Unificado (CNU): 💼 Vagas, órgãos participantes e distribuição por cidades 💰 Salários 📝 Como serão as provas? ⏰ Horários 📵 O que pode ou não levar 📝 Folhas de respostas 📍 Locais de provas 📆 Confira o cronograma oficial CNU 2025: veja o que esperar das provas da FGV, nova banca do concurso 💼 Vagas, órgãos participantes e distribuição por cidades 🔍 Diferentemente da edição anterior, que contou com oito editais, um para cada bloco temático, o processo seletivo será regido por um único edital. O documento traz informações detalhadas sobre as vagas, salários, conteúdo programático das provas, critérios de classificação e composição das notas finais. Nesta edição, os cargos estão distribuídos em nove blocos temáticos, que agrupam as vagas por áreas de atuação semelhantes. São eles: Bloco 1: Seguridade Social (Saúde, Assistência Social e Previdência Social) Bloco 2: Cultura e Educação Bloco 3: Ciências, Dados e Tecnologia Bloco 4: Engenharias e Arquitetura Bloco 5: Administração Bloco 6: Desenvolvimento Socioeconômico Bloco 7: Justiça e Defesa Bloco 8: Intermediário – Saúde Bloco 9: Intermediário – Regulação Esse formato permite que o candidato concorra a várias vagas dentro de um mesmo bloco, com apenas uma inscrição. Embora a maior parte das vagas esteja concentrada em órgãos com sede em Brasília (DF), também há postos disponíveis em diversos estados do país. 💰 Salários Os salários iniciais no CNU 2025 variam de R$ 4 mil a R$ 16 mil, dependendo do cargo e do nível de escolaridade exigido. Consulte as remunerações iniciais previstas na tabela abaixo. 📝 Como serão as provas? A prova objetiva será aplicada em 5 de outubro de 2025. Ela será composta por uma parte com questões comuns a todos os candidatos (como língua portuguesa, raciocínio lógico e atualidades) e outra com perguntas específicas, conforme o bloco temático escolhido. A prova discursiva será aplicada em 7 de dezembro de 2025, exclusivamente para os candidatos aprovados na primeira fase. O conteúdo e o formato da redação variarão de acordo com a área de atuação. ▶️ PROVA OBJETIVA A prova objetiva será de múltipla escolha, com cinco alternativas e apenas uma correta. A quantidade de questões varia conforme o nível do cargo: Nível Superior: 90 questões no total, sendo 30 de conhecimentos gerais e 60 de conhecimentos específicos. Nível Intermediário: 68 questões, com 20 de conhecimentos gerais e 48 de conhecimentos específicos. ▶️ PROVA DISCURSIVA Na etapa discursiva, os candidatos deverão elaborar textos conforme o nível de escolaridade exigido para o cargo: Nível Superior: 2 questões discursivas, com aplicação das 13h às 16h. Nível Intermediário: 1 redação dissertativa-argumentativa, das 13h às 15h. O tempo de prova também é diferente: Nível Superior: das 13h às 18h (5 horas de duração). Nível Intermediário: das 13h às 16h30 (3h30 de duração). ⏰ Horários Os portões de todos os locais serão fechados às 12h30 (horário de Brasília), e as provas começam às 13h. A duração da prova varia conforme o nível do cargo: Nível superior: 5 horas (13h às 18h) Nível intermediário: 3h30 (13h às 16h30) Os candidatos devem permanecer na sala por, no mínimo, duas horas. O caderno de prova só poderá ser levado caso a saída ocorra na última hora do período estabelecido para cada nível. 📵 O que pode ou não levar Confira as principais orientações para a 2ª edição do CNU g1 📲 O candidato pode apresentar o documento de identidade em versão digital, acessado pelo aplicativo no momento da identificação na entrada da sala. É importante que o app já esteja instalado e testado, pois funciona mesmo sem internet. 👕 O Ministério recomenda o uso de roupas e calçados confortáveis, já que o candidato ficará sentado por várias horas. A FGV fornecerá envelopes porta-objetos para guardar pertences, inclusive o celular, que deve permanecer desligado durante toda a prova. É necessário também desativar alarmes. Os envelopes devem ser lacrados e identificados antes do candidato ocupar a carteira, onde permanecerão guardados. Os pertences só poderão ser retirados, e o celular religado, após o término da prova e fora do local de aplicação. 📝 Folhas de respostas Todas as respostas devem ser obrigatoriamente marcadas no cartão de respostas, único documento aceito para correção. O preenchimento deve ser feito com caneta azul ou preta, de corpo transparente. É responsabilidade do candidato preencher corretamente o cartão, seguindo as instruções do edital e da capa da prova, salvo em casos de atendimento especializado previamente autorizado. A questão será anulada se mais de uma alternativa for assinalada, se nenhuma for marcada ou se o preenchimento descumprir as instruções. Ao concluir a prova, é obrigatório entregar o cartão de respostas junto com o caderno ao fiscal da sala. Após a divulgação dos resultados, a FGV disponibilizará imagens digitalizadas dos cartões de respostas por até 15 dias. Encerrado esse prazo, não serão aceitos pedidos de acesso. 📍 Locais de provas Os candidatos foram distribuídos em locais de aplicação em 228 cidades, de acordo com o CEP informado no momento da inscrição. 📆 Confira o cronograma oficial Prova objetiva: 5/10/2025, das 13h às 18h Disponibilização da imagem do cartão de respostas: 12/11/2025 Convocação para prova discursiva: 12/11/2025 Convocação para confirmação de cotas e PcD: 12/11/2025 Convocação para a avaliação de títulos: 12/11/2025 Envio de títulos: de 13 a 19/11/2025 Cartão de confirmação de inscrição para prova discursiva: 1/12/2025 Prova discursiva (para habilitados na 1ª fase): 7/12/2025 Procedimentos de confirmação de cotas: de 8 a 17/12/2025 Resultado preliminar da avaliação de títulos: 2/1/2026 Divulgação da nota preliminar da prova discursiva: 6/1/2026 Pedidos de revisão das notas da discursiva: de 7 a 8/1/2026 Divulgação da 1ª lista de classificação: 30/1/2026 Segunda edição do Concurso Nacional Unificado (CNU) Ministério da Gestão e Inovação Veja dicas de como estudar para concurso: Como estudar legislação para concurso? Veja dicas de como fazer uma boa redação para concurso



Imposto de Renda 2025: quase 1,3 milhão de declarações ainda estão na malha fina do leão


01/10/2025 12:20 - g1.globo.com


Divulgação/ Imposto de Renda A Secretaria da Receita Federal informou nesta quarta-feira (1º) que 66% das declarações do Imposto de Renda 2025, ano-base 2024, que caíram na chamada malha fina do órgão já foram liberadas por terem sido regularizadas pelos próprios contribuintes. Ao todo, o Fisco recebeu 45,64 milhões de declarações neste ano. Destas, 3,97 milhões foram retidas para verificações por conta de inconsistências, ou seja, ficaram retidas na malha fiscal. A maior parte já foi liberada, segundo a Receita, mas ainda permanece retida em malha 1,29 milhão de declarações, o que corresponde a 2,8% do total de documentos recebidos em 2025. "A possibilidade de acesso à sua situação fiscal e a orientações para a correção de erros foram fundamentais para a promoção da conformidade", acrescentou o Fisco. Erros no preenchimento dos dados da declaração do imposto de renda podem impedir o pagamento da restituição Principais motivos de retenção em malha 32,6% — Deduções em despesas médicas: as despesas médicas são o principal motivo de retenção, correspondendo a 32,6% do total de retenções; 30,8% — Omissão de rendimentos: Inclui rendimentos não declarados pelos titulares das declarações ou por seus dependentes; 16% — Deduções, exceto despesas médicas: as demais deduções correspondem a 16,0% do total de retenções; e 15,1% — Diferenças no Imposto Retido na Fonte (IRRF): Diferença entre os valores declarados pelos contribuintes e os informados pelas fontes pagadoras na Declaração do Imposto sobre a Renda Retido na Fonte (Dirf). Pendências e autorregularização Para saber se há alguma inconsistência ou pendência na declaração do IR, os contribuintes podem acessar o "extrato" do Imposto de Renda no site da Receita Federal, no chamado e-CAC (Centro Virtual de Atendimento). Para acessar o extrato do IR, é necessário utilizar o código de acesso gerado na própria página da Receita Federal ou certificado digital emitido por autoridade habilitada. As restituições de declarações que apresentam inconsistência (em situação de malha) são liberadas apenas depois de corrigidas pelo cidadão, por meio de uma declaração retificadora do IR, ou após o contribuinte apresentar comprovação ao Fisco de que sua declaração está correta.



Último 'shutdown' dos EUA também ocorreu em governo Trump e foi o mais longo da história; relembre


01/10/2025 12:11 - g1.globo.com


Presidente dos EUA, Donald Trump, na Casa Branca Reuters/Kevin Lamarque Há quase sete anos, o governo dos Estados Unidos também entrava em "shutdown", assim como nesta quarta-feira (1°). Donald Trump também era presidente à época, e a paralisação foi a maior da história, o que marcou o primeiro mandato do republicano na Casa Branca. Em dezembro de 2018, o polêmico projeto do muro na fronteira com o México para frear a imigração para os EUA, uma promessa de campanha de Trump, tomou os holofotes e foi o pivô da paralisação, que se estendeu até janeiro de 2019 e durou um total de 35 dias. ✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp AO VIVO: Acompanhe as últimas atualizações do shutdown do governo Trump O governo dos Estados Unidos entrou em paralisação nesta quarta-feira (1°) por conta de um impasse orçamentário entre democratas e republicanos para o financiamento federal. No centro do impasse desta vez está a Saúde. (Leia mais abaixo) 👉 "Shutdown" é o termo dado a uma paralisação no governo federal dos EUA originada quando não há acordo no Congresso sobre o orçamento do ano seguinte. Durante a paralisação, apenas serviços considerados essenciais continuam funcionando, como segurança pública, fiscalização de fronteiras e parte do controle aéreo. Veja demais impactos aqui. A paralisação em dezembro de 2018 começou após Trump exigir que o Congresso americano liberasse US$ 5,7 bilhões (cerca de R$ 22 bi na cotação da época, e R$ 30,3 bi atualmente) adicionais a seu governo para dar continuidade à construção do muro, iniciada ainda em 2017. (Relembre no vídeo abaixo) Initial plugin text A então presidente da Câmara dos Deputados, a democrata Nancy Pelosi, recusou-se a negociar os fundos adicionais para o muro a menos que Trump permitisse a reabertura do governo. Os democratas haviam conquistado a maioria na Câmara nas eleições "midterms" de 2018 e assumiram o poder no meio da paralisação parcial. Ao lado do vice-presidente Mike Pence, o presidente dos EUA, Donald Trump, reage contrariado durante conversa com a líder da minoria democrata na Câmara, Nancy Pelosi, durante encontro na Casa Branca, na terça-feira (11) AP Photo/Evan Vucci Trump eventualmente recuou em sua posição e encerrou o "shutdown", após atrasos nos aeroportos do país e nas folhas de pagamento para centenas de milhares de funcionários federais foram agravando ao longo dos dias a urgência para resolver o impasse. O custo estimado da crise foi de US$ 3 bilhões. O presidente dos EUA eventualmente conseguiu mais verbas para avançar na construção do muro na fronteira com o México. Ele declarou emergência nacional em fevereiro de 2019 e ao longo do ano redirecionou verba de agências federais, como do Pentágono, para angariar fundos para esse fim. 'Shutdown' em outubro de 2025 'Shutdown': Governo dos EUA é paralisado após Congresso não aprovar orçamento O governo dos Estados Unidos entrou em paralisação nesta quarta-feira (1º) após o Congresso não conseguir aprovar um projeto orçamentário para estender o financiamento federal. Com isso, uma série de serviços públicos deve ser suspensa já nas próximas horas. A paralisação, também conhecida como "shutdown", é a 15ª desde 1981. No centro do impasse está a saúde. Os democratas afirmam que só aprovarão o orçamento se programas de assistência médica prestes a expirar forem prolongados. Com o governo impedido de gastar, milhares de servidores públicos serão colocados em licença, enquanto outros, que trabalham em serviços essenciais, podem ter os salários suspensos. Já os republicanos de Donald Trump defendem que saúde e financiamento federal sejam tratados separadamente. Eles acusam os democratas de usar o orçamento como moeda de troca para atender demandas próprias antes das eleições legislativas de 2026, que definirão o controle do Congresso. Nas redes sociais, a Casa Branca confirmou a paralisação, que chamou de: "shutdown democrata". Na terça-feira, republicanos e democratas trocaram acusações sobre quem seria culpado pelo shutdown. Initial plugin text A A crise ganhou novos contornos com as ameaças do presidente. Trump afirmou que poderia "fazer coisas ruins e irreversíveis", como demitir servidores e encerrar programas ligados aos democratas, caso o governo fosse paralisado. “Vamos demitir muita gente. E eles serão democratas”, disse Trump na terça-feira. Na segunda-feira (29), lideranças democratas e republicanas se reuniram com Trump na Casa Branca para tentar negociar uma saída. As conversas não avançaram, e ambos passaram a se acusar de forçar a paralisação do governo. Na noite desta terça-feira (30), senadores tentaram aprovar o orçamento, mas a última proposta discutida recebeu apenas 55 dos 60 votos necessários. LEIA TAMBÉM De atraso em voos a museus fechados: entenda o que é o 'shutdown' do governo dos EUA e os impactos da paralisação 'Foi tão agressivo que fiquei apavorada': a equatoriana jogada no chão por agente de imigração nos EUA Trump e Milei vão se encontrar na Casa Branca para tratar de apoio de US$ 20 bilhões à Argentina O Capitólio dos EUA, horas antes de uma paralisação parcial do governo entrar em vigor, em Washington REUTERS/Elizabeth Frantz



PIX: bancos disponibilizam a partir desta quarta opção de autoatendimento para contestar fraudes


01/10/2025 12:04 - g1.globo.com


Reprodução/Redes sociais As instituições financeiras passaram a disponibilizar a partir desta quarta-feira (1º), no ambiente PIX de seus aplicativos, uma funcionalidade (botão de contestação) para que uma transação possa ser facilmente contestada, sem a necessidade de interação humana. De acordo com o Banco Central (BC), a nova ferramenta permitirá contestar fraudes, golpes ou cobranças indevidas de forma rápida e acessível, sem precisar ligar para o banco e esperar ser atendido. "O principal objetivo do autoatendimento é garantir agilidade na contestação", explicou. "Esse será o canal por meio do qual o usuário deve solicitar a devolução dos valores extraídos por meio de fraude. O autoatendimento do MED [mecanismo de devolução] dará mais agilidade e velocidade ao processo de contestação de transações fraudulentas, o que aumenta a chance de ainda haver recursos na conta do fraudador para viabilizar a devolução para a vítima", acrescentou a autoridade monetária. ➡️O BC explicou que o chamado “botão de contestação" não se aplica a casos de desacordos comerciais, arrependimento e erros no envio do PIX (como digitação errada de chave) ou que envolvam terceiros de boa-fé, por exemplo. Ele é específico para fraude, golpe e coerção. Pix automático será obrigatório em débitos entre bancos Segundo o Banco Central, o mecanismo vai funcionar da seguinte forma: O cliente reporta que há uma transação suspeita (como golpes, coerção ou acesso fraudulento, por exemplo); O banco envia uma notificação às instituições financeiras envolvidas; O saldo é bloqueado imediatamente na conta recebedora; As instituições financeiras analisam o caso posteriormente. "Em casos de golpes ou fraudes, a devolução dos recursos depende da análise das instituições envolvidas e da existência de saldo na conta do usuário recebedor", acrescentou o Banco Central. ➡️Os prazos de devolução são de até 11 dias em casos de fraudes, e em até 24 horas para falhas operacionais do PIX automático. Sistema financeiro De acordo com a Associação Brasileira de Bancos (ABBC), o mecanismo de devolução (MED) não é uma ferramenta que aumenta a segurança antifraude, mas que contribui para o monitoramento dos casos e permite que o cidadão forneça informações que agilizam o bloqueio e a devolução de valores em situações de fraude ou golpe. "O MED Autoatendimento não substitui os cuidados que cada cidadão deve ter para evitar golpes, mas facilita o acompanhamento e a participação do usuário no rastreamento e devolução de valores em casos de fraude ou erro", afirmou Leandro Vilain, CEO da ABBC. Para utilizar o MED Autoatendimento em casos de fraude ou golpe, a ABBC informou que os correntistas devem seguir estes passos: abra o aplicativo do seu banco e procure por “contestar PIX” ou “solicitar devolução (MED)”. siga as instruções, anexe evidências como prints, comprovantes e mensagens relacionadas, e acompanhe a contestação pelo app. O banco confirma a solicitação e encaminha o pedido de devolução para a instituição recebedora. Ao confirmar a veracidade da contestação, essa instituição fará o bloqueio parcial ou total do saldo, e os valores serão devolvidos em até 11 dias. Alex Hoffmann, CEO e cofundador da PagBrasil, observou que a contestação de forma digital, por meio de botão em aplicativo, é algo que já existia em muitos bancos. "A novidade com a resolução 493 foi obrigar todos os bancos a oferecer esse canal, padronizando o processo. Antes, algumas instituições só recebiam contestações por telefone, o que tornava o bloqueio mais lento e reduzia as chances de êxito para as vítimas", explicou Hoffmann, da PagBrasil. Mecanismo especial de devolução do PIX Reprodução de redes sociais



Dólar tem leve alta e fecha a R$ 5,32, com foco em 'shutdown' e dados de emprego nos EUA; bolsa cai


01/10/2025 12:00 - g1.globo.com


Sem acordo orçamentário, Casa Branca ordena shutdown federal O dólar fechou a sessão desta quarta-feira (1º) em leve alta, em meio às preocupações com a paralisação do governo dos Estados Unidos. A moeda subiu 0,11%, cotada a R$ 5,3285. Já o Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, encerrou em queda de 0,49%, aos 145.517 pontos. O mercado começou o mês de outubro sob forte influência do cenário internacional, com destaque para a paralisação administrativa nos EUA, após um impasse entre democratas e republicanos no Congresso norte-americano. No Brasil, a agenda do dia combinou dados econômicos e a votação da nova faixa de isenção do Imposto de Renda (IR) na Câmara dos Deputados. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça ▶️Nos EUA, iniciou-se à meia-noite desta quarta (1º) uma paralisação administrativa, após o Congresso do país não conseguir aprovar um projeto orçamentário para estender o financiamento federal. Com isso, uma série de serviços públicos deve ser suspensa. O Departamento do Trabalho dos EUA informou que suspenderá quase todas as atividades, incluindo a divulgação do payroll de setembro, que estava prevista para esta sexta-feira. A ausência desse dado aumenta a incerteza nas projeções dos juros americanos. Assim, o mercado acompanha de perto a duração do "shutdown", já que um prolongamento pode adiar dados importantes antes da reunião do banco central americano no fim de outubro. ▶️ Mesmo com a paralisação administrativa no foco, investidores também avaliaram uma série de divulgadores norte-americanos. Na agenda econômica dos EUA, o destaque ficou com o fechamento de 32 mil vagas de trabalho pelo setor privado em setembro, após um declínio de 3 mil postos em agosto. Os dados são da ADP. Dados da indústria e falas de dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) também ficaram no radar dos mercados. ▶️ Já na agenda brasileira, o Índice de Gerentes de Compras (PMI) indicou que a indústria do país registrou um desempenho mais fraco em setembro. Em Brasília, a Câmara vota hoje o projeto que amplia a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil. Veja a seguir como esses fatores influenciam o mercado. Entenda o que faz o preço do dólar subir ou cair 💲Dólar a Acumulado da semana: -0,18%; Acumulado do mês: +0,11%; Acumulado do ano: -13,77%. 📈Ibovespa Acumulado da semana: +0,05%; Acumulado do mês: -0,49%; Acumulado do ano: +20,98%. Paralisação orçamentária nos EUA O governo dos EUA entrou em paralisação nesta quarta-feira (1º) após o Congresso não conseguir aprovar um projeto orçamentário para estender o financiamento federal. A paralisação, também conhecida como "shutdown", é a 15ª desde 1981. No centro do impasse está o setor de saúde. Os democratas afirmam que só aprovarão o orçamento se programas de assistência médica prestes a expirar forem prolongados. Com o governo impedido de gastar, milhares de servidores públicos serão colocados em licença, enquanto outros, que trabalham em serviços essenciais, podem ter os salários suspensos. Já os republicanos de Donald Trump defendem que saúde e financiamento federal sejam tratados separadamente. Eles acusam os democratas de usar o orçamento como moeda de troca para atender demandas próprias antes das eleições legislativas de 2026, que definirão o controle do Congresso. Nas redes sociais, a Casa Branca confirmou a paralisação, que chamou de: "shutdown democrata". Na terça-feira, republicanos e democratas trocaram acusações sobre quem seria culpado pelo shutdown. A crise ganhou novos contornos com as ameaças do presidente norte-americano. Trump afirmou que poderia "fazer coisas ruins e irreversíveis", como demitir servidores e encerrar programas ligados aos democratas, caso o governo fosse paralisado. “Vamos demitir muita gente. E eles serão democratas”, disse Trump na terça-feira. Na segunda-feira (29), lideranças democratas e republicanas se reuniram com Trump na Casa Branca para tentar negociar uma saída. As conversas não avançaram, e ambos passaram a se acusar de forçar a paralisação do governo. Na noite desta terça-feira (30), senadores tentaram aprovar o orçamento, mas a última proposta discutida recebeu apenas 55 dos 60 votos necessários. Dados de trabalho e da indústria americana Mesmo com a paralisação administrativa do governo norte-americano no foco, investidores também avaliaram uma série de indicadores divulgados nesta quarta-feira. O destaque ficou com o corte de 32 mil vagas pelo setor privado dos EUA em setembro, segundo o relatório da ADP, empresa que acompanha o mercado de trabalho. Em agosto, o número também foi negativo, com 3 mil postos fechados (dado revisado). A expectativa era de abertura de 50 mil vagas, o que mostra uma desaceleração. 🔎 Esse relatório da ADP, feito em parceria com a Universidade de Stanford, ganhou mais atenção porque o Departamento do Trabalho dos EUA não vai divulgar seu relatório oficial nesta sexta-feira, devido à paralisação do governo. Com isso, os dados privados podem influenciar mais o mercado. A paralisação também suspendeu outras divulgações, como os gastos com construção e os pedidos de auxílio-desemprego. Segundo economistas, essa falta de informações pode dificultar o acompanhamento da economia e aumentar a reação dos mercados. Diante da fraqueza no mercado de trabalho, há expectativa de que o Federal Reserve (Fed) — o banco central dos EUA — reduza novamente os juros na reunião de outubro. Em setembro, o Fed já havia cortado a taxa básica em 0,25 ponto percentual, para a faixa de 4,00% a 4,25%, como forma de estimular a economia. "Isso deve reforçar também a postura do Federal Reserve de tentar depender mais para o gerenciamento do risco do mercado de trabalho do que o risco inflacionário. E a perspectiva de juros mais baixos prejudica a rentabilidade de títulos americanos, com isso dificulta a atração de investimentos externos e o dólar cai globalmente", explica Leonel Mattos, analista de Inteligência de Mercado da StoneX. Nos EUA também foram publicados dados do índice que mede a atividade do setor, calculado pelo Instituto de Gestão de Suprimentos (ISM), que subiu de 48,7 para 49,1, indicando melhora. No entanto, como o número segue abaixo de 50, ainda aponta queda na produção. Foi o sétimo mês seguido de contração. Apesar da alta na produção, os pedidos e o emprego nas fábricas continuam fracos, afetados pelas tarifas sobre importações. O governo anunciou novas taxas de até 50% sobre produtos como caminhões, móveis e armários, o que tem gerado cancelamentos e atrasos nas entregas. Os preços dos materiais caíram um pouco, mas os gargalos na cadeia de suprimentos continuam. Indústria brasileira em contração No Brasil, a agenda econômica teve a divulgação do PMI de setembro, medido pelo S&P Global. O indicador mostrou que a indústria brasileira teve o pior desempenho em quase dois anos e meio no mês passado, tendo registrado uma queda de 47,7 em agosto para 46,5. Com isso, o dado fica ainda mais abaixo da marca de 50, que separa crescimento de queda na atividade. A demanda caiu, e os fabricantes receberam menos pedidos — no ritmo mais fraco desde abril. A produção também recuou pelo quinto mês seguido. As exportações diminuíram, afetadas por tarifas dos EUA, mas houve compensação com pedidos de países como Argentina, Itália e México. Por outro lado, os custos com insumos caíram pela primeira vez desde o fim de 2023, o que permitiu descontos para tentar estimular as vendas. A queda do dólar e a maior oferta de materiais ajudaram nesse alívio. Apesar do cenário ruim, os empresários seguem otimistas para os próximos 12 meses. Eles esperam melhora na demanda, acordos comerciais com os EUA e novos investimentos. Com isso, o número de empregos teve leve alta em setembro, após queda em agosto. Outros dados divulgado nesta quarta-feira, da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), indicaram que as exportações de máquinas e equipamentos do Brasil para os EUA ainda devem passar por uma redução em setembro, diante do impacto das tarifas norte-americanas. O setor registrou uma queda de 10,7% em agosto na comparação com o mesmo período do ano anterior, com queda nas compras tanto de bens importados como de produzidos localmente, afirmou a associação. Por fim, a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) informou que a produção brasileira de petróleo somou 3,896 milhões de barris por dia (bpd) em agosto, umaumento de 16,6% em relação ao mesmo mês de 2024. Bolsas globais Em Wall Street, os mercados americanos inverteram o sinal negativo visto no começo do pregão e fecharam em alta, mesmo após os dados mais fracos de emprego e a paralisação do governo dos Estados Unidos. Segundo dados preliminares, o índice Dow Jones subiu 0,09%, aos 46.439,93 pontos. O S&P 500 avançou 0,34%, para 6.710,92 e o Nasdaq Composite avançou 0,42%, aos 22.754,03 pontos. As bolsas europeias fecharam em alta, impulsionadas pelos ganhos nos setores bancário e farmacêutico. Os investidores deixaram de lado os dados fracos da indústria, que mostraram nova contração na atividade, e se concentraram em ações que puxaram os índices para máximas de fechamento. O índice pan-europeu STOXX 600 subiu 1,21%, aos 564,92 pontos. Em Londres, o FTSE 100 avançou 1,03%, aos 9.446,43 pontos. Em Frankfurt, o DAX teve alta de 0,98%, aos 24.113,62 pontos, enquanto o CAC 40 de Paris ganhou 0,90%, aos 7.966,95 pontos. Na Ásia, as bolsas da China estão fechadas por conta de feriado. Enquanto isso, o mercado japonês teve queda nesta quarta-feira, com investidores vendendo ações para garantir lucros após uma sequência de altas. O índice Nikkei caiu ao menor nível em três semanas, pressionado por perdas em empresas como a Tóquio Electron e o SoftBank Group. O Nikkei do Japão caiu 0,85%, fechando em 44.550,85 pontos. Já o Topix recuou 1,37%, para 3.094,74 pontos. Em outros países asiáticos, o Kospi da Coreia do Sul subiu 0,91%, o Taiex de Taiwan avançou 0,63%, o Straits Times de Cingapura teve alta de 0,53%, e o S&P/ASX 200 da Austrália caiu 0,04%. Os índices de Hong Kong, Xangai e Shenzhen seguirão fechados até 8 de outubro. Notas de dólar. Luisa Gonzalez/ Reuters



Câmara vota isenção de Imposto de Renda até R$ 5 mil; entenda o que está em jogo


01/10/2025 10:15 - g1.globo.com


Câmara deve votar nesta quarta proposta de isenção de IR pra quem ganha até R$ 5 mil A Câmara dos Deputados deve votar nesta quarta-feira (1/10) um dos principais projetos econômicos do governo Luiz Inácio Lula da Silva: a ampliação da faixa de isenção do Imposto de Renda para rendimentos mensais de até R$ 5 mil. Hoje, a isenção atinge apenas pessoas com rendimento mensal de até R$ 3.060. Para compensar a perda de arrecadação, o projeto cria um imposto mínimo de até 10% para contribuintes com ganhos a partir de R$ 50 mil ao mês — ou R$ 600 mil ao ano. Caso o projeto seja aprovado na Câmara, ele será encaminhado para o Senado. O relator do projeto, deputado federal Arthur Lira (PP-AL), acredita que o Senado terá três meses para aprovar o projeto e devolvê-lo à Camara, em caso de mudança, ou enviá-lo direto para sanção do presidente Lula. O objetivo do governo é aprovar as mudanças até 31 de dezembro — com novas regras já entrando em vigor em 2026. Confira abaixo o que está em jogo no Congresso brasileiro. Quem se beneficia com faixa maior de isenção? Há dois projetos tramitando no Congresso sobre a faixa de isenção de imposto de renda — um no Senado e outro na Câmara dos Deputados. O projeto do governo Lula é o que está na Câmara dos Deputados — e é relatado pelo deputado federal Arthur Lira. É este projeto (PL 1.087/2025) que deve ser apreciado nesta quarta-feira. Caso seja aprovado, ele é encaminhado ao Senado. Lira afirmou que recebeu mais de 50 sugestões de mudanças no projeto de lei feitas por outros parlamentares. A proposta original encaminhada pelo presidente Lula ao Congresso em março visa ampliar a isenção do IR para rendas de até R$ 5 mil. Pela lei, o limite atual de isenção para todos os brasileiros é de R$ 2.259 e, nos ganhos acima disso, são cobradas alíquotas progressivas até 27,5%. Mas o governo Lula usa um mecanismo de "desconto simplificado" que faz com que, na prática, a isenção beneficie quem ganha até dois salários mínimos (R$ 3.036). O cálculo do governo é que a nova isenção, se aprovada, vai beneficiar 10 milhões de pessoas. A reforma prevê ainda reduzir a tributação dos que ganham entre R$ 5 mil e R$ 7 mil — esse limite depois foi ampliado para R$ 7.350 pela comissão especial da Câmara que aprovou o projeto de lei enviado pelo governo, etapa anterior à votação no plenário da Casa. O governo deu exemplos de como essa medida poderia beneficiar alguns assalariados. Um motorista com salário de R$ 3.650,66 deixaria de pagar R$ 1.058,71 de IR ao ano se a isenção passasse a valer em 2026. Já uma professor com renda mensal de R$ 4.867,77 economizaria em um ano R$ 3.970,18 ao deixar de pagar a tributação. Defensores da proposta dizem que a tabela do Imposto de Renda está defasada em relação à inflação há anos, o que leva os contribuintes a pagarem mais impostos. Já opositores chamam a proposta de "eleitoreira" e criticaram seu impacto sobre o equilíbrio fiscal do governo. Além da proposta do governo Lula com relatoria de Arthur Lira, existe também outro projeto de lei no Congresso sobre este mesmo tema. O PL 1.952/2019 estava parado no Senado há quatro anos. O senador Renan Calheiros (MDB-AL) assumiu a relatoria do projeto, que foi aprovado na semana passada na Comissão de Assuntos Econômicos. Os dois projetos — o da Câmara e o do Senado — têm poucas diferenças substanciais sobre a isenção. Analistas políticos falam que existe uma disputa política entre Calheiros e Lira, que são rivais. Como os mais ricos são afetados? Para compensar a perda de arrecadação com essas mudanças, a reforma estabelece um imposto mínimo de até 10% para contribuintes com ganhos a partir de R$ 50 mil ao mês (R$ 600 mil ao ano). A proposta do governo é que a alíquota subirá gradativamente de zero a 10%, de forma que o patamar máximo incidirá apenas sobre contribuintes com ganhos acima de R$ 1,2 milhão ao ano. "A nova medida não trará impacto fiscal, ou seja, não aumentará os gastos do governo. Porque quem tem renda superior a R$ 50 mil por mês pagará um pouco mais. Tudo sem excessos e respeitando padrões internacionais consagrados", disse Haddad ao apresentar a medida no ano passado. Segundo dados do governo federal, 141,4 mil contribuintes passariam a contribuir pelo patamar mínimo do imposto — ou 0,06% da população total do país. O governo afirma que essas pessoas, que recebem mais de R$ 600 mil por ano e que não contribuem atualmente com alíquota efetiva de até 10%, pagam atualmente uma alíquota efetiva média de 2,54%. O governo calcula que perderá R$ 25,8 bilhões em 2026 com a ampliação da isenção do Imposto de Renda — mas que a tributação mínima das altas rendas gerará receita de R$ 25,2 bilhões. Uma reportagem da BBC News Brasil com dados de um levantamento inédito do Sindifisco Nacional, sindicato que representa os auditores-fiscais da Receita Federal, mostrou que os super-ricos brasileiros (contribuintes com ganhos milionários) pagam proporcionalmente menos da metade do Imposto de Renda da classe média. Os dados revelam que a tributação da renda dos contribuintes mais ricos apresentou tendência de queda nas duas últimas décadas, recuando quase 40% entre 2007 e 2023, devido aos ganhos mais elevados com dividendos — lucros distribuídos pelas empresas a acionistas que não são tributados no país desde 1996. Por outro lado, brasileiros de ganho intermediário estão pagando cada vez mais imposto, devido ao congelamento da tabela do IR, que tem ficado defasada em relação à inflação. Com isso, desde 2009, brasileiros milionários, com ganhos mensais acima de 320 salários mínimos, passaram a pagar proporcionalmente menos IR que a classe média — e a diferença entre os dois grupos vem aumentando ao longo dos anos. Caso a proposta do governo seja aprovada, brasileiros milionários passarão a pagar um patamar similar ao imposto de renda da classe média (grupo que não é afetado pela proposta de Lula), enquanto brasileiros com ganhos abaixo de R$ 5 mil deixarão de contribuir. Ampliação da faixa de isenção de imposto de renda é uma das principais propostas econômicas do governo Lula Getty Images via BBC



MEI: dependentes podem receber pensão por morte? Veja o que diz a lei


01/10/2025 07:02 - g1.globo.com


A pensão por morte não exige um tempo mínimo de contribuição ou carência. Reprodução/Freepik Ao se regularizar como Microempreendedor Individual (MEI), os benefícios previdenciários de trabalhador são garantidos por lei. E alguns deles são voltados para os seus dependentes, como a pensão por morte. A pensão por morte não exige um tempo mínimo de contribuição ou carência. Porém, o período de duração pode variar conforme o tipo de dependente (cônjuge, companheira/companheiros ou filhos). Questões como idade dos filhos, tempo de casamento ou de união estável, além da idade do cônjuge ou companheiro, podem gerar uma variação do tempo de cobertura, que vai de um período determinado até o benefício permanente. LEIA MAIS MEI, Microempresa, EPP ou Nanoempreendedor? Entenda regras para cada negócio Ultrapassou o limite de faturamento anual do MEI? Veja o que fazer É #FAKE que o limite de faturamento de MEI tenha subido para R$ 130 mil ao ano MEIs: entenda o novo valor de contribuição mensal para 2025 Para o cônjuge ou companheiro ter direito ao benefício, é necessário que o MEI tenha realizado 18 contribuições mensais. Além disso, o casamento ou união estável precisa ter iniciado há pelo menos dois anos antes do falecimento do segurado. Em casos em que o óbito acontece antes dos 18 meses de contribuição, o benefício é pago em um regime reduzido, por apenas por 4 meses – já que o pagamento mínimo não foi efetuado. A regra também se aplica em uniões estáveis ou casamentos que tenham um período inferior a dois anos. Caso a morte do MEI aconteça depois das 18 contribuições mensais pagas e pelo menos dois anos após o início do casamento ou da união estável, a duração da pensão por morte varia de acordo com a idade do cônjuge: Duração da pensão por morte Para filhos, terão direito os menores de 21 anos, inválidos, com deficiência intelectual ou mental, ou deficiência grave. Em alguns casos, pais e irmãos também têm direito se comprovarem a dependência econômica. Vale lembrar que a pensão por morte também pode ser paga em casos de desaparecimentos que possuem morte presumida e declarada judicialmente. ⚠️ ATENÇÃO: Para ter direito, o microempreendedor precisa pagar as contribuições mensais em dia por meio do Documento de Arrecadação do Simples Nacional (DAS), que é a soma da contribuição previdenciária (5% do salário-mínimo), com os impostos devidos pelos MEIs. (entenda como funciona) 🤔 COMO SOLICITAR? Todos os benefícios podem ser solicitados pelo telefone 135 ou no portal “Meu INSS” – em alguns casos é necessário agendar o atendimento ou ir a uma agência pessoalmente formalizar o pedido.



Qual cadeirinha usar no carro? Veja como evitar erros fatais no transporte infantil


01/10/2025 07:02 - g1.globo.com


Cadeirinhas infantis: veja as regras para usar cada uma A escolha e o uso correto da cadeirinha infantil ainda geram dúvidas entre pais e responsáveis, mesmo após a obrigatoriedade do equipamento em carros de passeio, em setembro de 2010. A principal recomendação dos especialistas é simples: mais importante do que seguir à risca idade, peso ou altura, é garantir que a criança esteja confortável e segura no dispositivo. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 Carros no WhatsApp A regra do Conselho Nacional de Trânsito (Contran) define faixas etárias para cada tipo de equipamento: Bebê conforto: até 1 ano ou 13 kg; Cadeirinha: de 1 a 4 anos ou entre 9 kg e 18 kg; Assento de elevação: de 4 a 7 anos; entre 15 kg e 36 kg ou até 1,45 m de altura; Banco traseiro com cinto de segurança: de 7 anos a 10 anos, desde que a criança tenha pelo menos 1,45 m de altura. Bebê conforto, cadeirinha e assento com elevação: os dispositivos indispensáveis para transportar crianças g1 O uso incorreto da cadeirinha, além da insegurança para o bebê ou a criança, inclui multa de R$ 293,47, sete pontos na CNH e retenção do veículo. O Inmetro, que certifica os produtos, classifica os dispositivos por grupos que combinam idade, peso e altura. Há modelos que abrangem mais de um grupo e podem ser usados por mais tempo. “Existem cadeirinhas certificadas que comportam de 0 kg a 25 kg, por exemplo. Outras duram praticamente todo o tempo em que a criança vai precisar usar dispositivo de retenção”, explica Gustavo Kuster, do Inmetro. Confira abaixo as principais dúvidas sobre transporte seguro de crianças em carros: Quando trocar a cadeirinha? Como usar e fixar o assento de elevação? Onde instalar a cadeirinha? Quando a criança pode ir no banco da frente? O que é e como usar o Isofix? Quando trocar a cadeirinha? A transição entre os dispositivos deve considerar o conforto e o tamanho da criança. Um bebê que já não cabe no bebê conforto (ou tenha peso acima de 13 kg) pode ir para a cadeirinha, mesmo que ainda não tenha completado um ano. “Se ela ainda cabe naquele dispositivo, está confortável, com o cinto bem preso, pode continuar nele”, afirma Kuster. A posição do bebê conforto — voltado para o encosto do banco — é recomendada por causa da anatomia dos recém-nascidos. “O bebê nasce com a cabeça maior que o corpo, como na forma de um martelo. Nessa posição, ele fica mais protegido”, explica Celso Arruda, especialista da Unicamp. Crianças devem utilizar a cadeirinha Reprodução/PRF Volte para o início. Como usar e fixar o assento de elevação? A altura é o fator mais importante na hora de dispensar o assento de elevação. Crianças com menos de 1,45 m não devem usar apenas o cinto de segurança, mesmo que tenham mais de 7 anos. O assento serve para posicionar corretamente o cinto de três pontos, que deve passar pelo peito. “Se ela ainda não tiver altura suficiente e quiser continuar usando inclusive a cadeirinha completa, sem dispensar o encosto, ainda que tenha mais de 4 anos ou mais de 36 kg, tudo bem. Desde que esteja confortável”, reforça Kuster. Volte para o início. Onde instalar a cadeirinha? O lugar mais seguro para transportar a criança é o banco traseiro, com cinto de três pontos e o dispositivo adequado. Mas há exceções. Em carros que só têm cinto de dois pontos no banco de trás — e não há cadeirinha certificada para esse tipo de cinto — o ideal é levar a criança no banco da frente, com cinto de três pontos e o equipamento de retenção. Mas é preciso desligar o airbag, nos carros equipamentos com o dispositivo, para não eclodir em caso de acidente e causar mais danos do que proteger a criança. “Dar um jeito de fixar a cadeirinha feita para cinto de três pontos em um cinto com dois pontos é ruim”, alerta Fábio Viviani, especialista em segurança veicular. Criança de dois anos morre após cadeirinha ser ejetada de carro em acidente no Paraná PRF “Pode até parecer que ficou firme, mas nos crash tests é impressionante ver as forças envolvidas. A cadeirinha sem esse terceiro ponto de fixação não vai trabalhar da maneira como foi projetada”. Nesses casos, a recomendação é recuar o banco dianteiro ao máximo, para afastar a criança do painel. Volte para o início. Quando a criança pode ir no banco da frente? O Contran permite o transporte no banco da frente em situações específicas: Crianças a partir de 10 anos, com cinto de segurança; Quando o banco traseiro só tem cinto de dois pontos; Em veículos sem banco traseiro, como picapes de cabine simples; Quando há mais crianças do que lugares no banco traseiro — a de maior estatura pode ir na frente; Equipamentos certificados. Segundo a Senatran, apenas bebê conforto, cadeirinha e assento de elevação são considerados dispositivos adequados. O Inmetro reforça que não há certificação para outros tipos de equipamentos. “Sem um equipamento certificado, ou seja, que passou por testes rigorosos, a criança não estará devidamente protegida”, afirma Viviani. Volte para o início. O que é e como usar o Isofix? Uma das formas de prender o bebê conforto, cadeirinha ou assento de elevação nos carros é o Isofix, que ancora a cadeirinha ao assento traseiro do carro. Porém, a lei do Isofix foi sancionada em 2015 e somente em 2020 é que passou a ser obrigatória para todos os veículos novos fabricados ou importados no país. Este tipo de ancoragem exige pontos de fixação específicos, tanto no veículo quanto na cadeirinha. O sistema é composto por dois pontos de fixação na base da cadeirinha ou do bebê-conforto, que se encaixam a dois pontos no veículo, localizados no vão entre o assento e o encosto do banco traseiro. Pontos de ancoragem do Isofix em um Volkswagen Golf divulgação/Volkswagen Para fixar a cadeirinha, você precisa: Localizar os pontos de ancoragem no banco traseiro, que podem ser visíveis como na imagem acima, ou escondidos. Neste caso, um ícone de cadeirinha infantil ou o nome "Isofix" fica fisível. Guiar os pontos da cadeirinha aos locais do banco e empurrar, até escutar um "clique". Em algumas cadeirinhas, uma indicação em verde aparece próxima do local de ancoragem no assento do veículo. Ponto de ancoragem Isofix em um Volkswagen Golf divulgação/Volkswagen Um terceiro ponto pode estar no carro e ele se liga a uma espécie de gancho da cadeirinha, evitando que o dispositivo se movimente. Esse ponto tem nome de Top Tether e, se estiver no seu carro, estará em um dos seguintes locais: No assoalho; Na parte de trás do encosto (na área do porta-malas, como na imagem abaixo); Na lateral do carro (na mesma área de onde saem os cintos de segurança). Top tether em um Volvo XC40 divulgação/Volvo Volte para o início. Sul e Sudeste estão entre as regiões onde há a pior segurança veicular Conforme o estudo IRIS (Indicadores Rodoviários Integrados de Segurança) do Observatório Nacional de Segurança Viária (ONSV), estados como Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul, São Paulo e Rio de Janeiro estão entre os piores no quesito "segurança veicular", ou seja, a segurança proporcionada pelos veículos. Dentre os indicadores revelados pelo estudo, divulgado na semana passada, está o "Percentual mínimo de veículos com Isofix na frota". Estes são os 10 estados onde esse percentual é mais baixo: Rio de Janeiro: 7,03%; Distrito Federal: 7,84%; São Paulo: 7,95%; Pernambuco: 8,96%; Rio Grande do Sul: 9,17%; Amazonas: 10,29%; Paraná: 10,44%; Sergipe: 11,42%; Ceará: 11,86%; Mato Grosso do Sul: 11,90%. De acordo com a PRF do Paraná, o veículo envolvido no acidente de Paranavaí era um Mitsubishi Pajero Sport cuja primeira geração foi fabricada até 2008, ou seja, não havia obrigatoriedade de Isofix naquela época. Desinformação No início deste ano, diversas postagens sobre alterações nas regras de transporte de crianças surgiram na internet. Mas eram todas falsas, segundo o Ministério dos Transportes. “Tem circulado algumas matérias falsas falando de uma suposta modificação na lei da cadeirinha, mas a última modificação do Código de Trânsito foi em 2021 e a Resolução Contran que regulamentou a esta lei também é de 2021. De lá para cá não houve nenhuma mudança nas normas. Então fique sempre atento e não caia em fake news”, alertou o secretário Nacional de Trânsito, Adrualdo Catão.



Flores comestíveis ganham espaço no prato e na horta; conheça variedades


01/10/2025 07:01 - g1.globo.com


Flores comestíveis ganham espaço no prato e na horta Quem nunca escolheu um prato de comida no menu do restaurante pelo visual atraente? Pensando nisso, um sítio em Pedra Azul, em Domingos Martins, Região Serrana do Espírito Santo, focou na produção de flores comestíveis há quase vinte anos e viu a demanda aumentar desde 2015 com pedidos de chefes do Espírito Santo e até fora do estado. Eliana Brum Magalhães, de 60 anos, mudou de cidade para poder investir nas flores e hoje tem mais de 30 variedades de espécies que atendem restaurantes em todas as estações do ano. 📲 Clique aqui para seguir o canal do g1 ES no WhatsApp As bandejas coloridas são montadas com 25 a 50 flores das mais variadas espécies como margaridas, brincos de princesa, cravinas, amor perfeito, dentre outras. E para muitos cozinheiros, elas viraram itens essenciais na montagem de um prato. "A gente percebeu que a flores comestíveis agregam valor ao prato. Os chefes sentem que falta uma flor para compor, faz uma diferença do valor do prato com o visual quando tem uma flor ali. Não basta estar gostoso, tem que estar bonito", falou. Bandejas de flores comestíveis cultivadas no Espírito Santo das espécies cravinas, brinco de princesa, verbenas, boca de leão, tarjet e sino chinês Eliana Brum Magalhães "A cultura de comer com os olhos é muito viva, e as flores dão um toque todo especial até mesmo nos pratos dos maiores chefes" "Desde que começamos teve uma demanda legal pelos restaurantes mais finos, mas ficou mais popularizada, acho que devido a programas de televisão, as pessoas viajando mais e hoje as pessoas gostam de decorar até os pratos de casa", comentou a produtora. Conheça algumas variedades plantadas por ela: 🌼 Margarida: pétalas brancas com miolo amarelo; sabor suave e levemente picante; usadas para enfeitar saladas e sobremesas. 🌺 Brinco-de-princesa (Fuchsia): flores pendentes em tons de rosa, roxo ou vermelho; têm leve acidez; comuns em pratos doces e bebidas. 🌸 Cravina (Dianthus chinensis): pétalas coloridas (rosa, vermelha, branca); sabor levemente adocicado e picante; usadas em bolos, saladas e drinks. 💜 Amor-perfeito (Viola tricolor): pequenas flores multicoloridas (roxo, azul, amarelo, branco); sabor delicado, quase neutro; muito usado em confeitaria. 🌿 Capuchinha (Tropaeolum majus): flores vibrantes em laranja, vermelho e amarelo; sabor levemente picante, parecido com rúcula; ótima em saladas. 🌷 Beijo (Impatiens walleriana): flores em várias cores (rosa, vermelha, branca, laranja); sabor suave, levemente adocicado; usadas em pratos decorativos. As flores comestíveis compõem vários alimentos e são vistas principalmente em alguns pratos, como: 🥗 Saladas 🍚 Risotos 🍝 Massas 🍹 Drinks Plantação terapêutica Sítio de flores comestíveis em Pedra Azul, Domingos Martins, Espírito Santo Eliana Brum Magalhães Eliana tem 60 anos e é mineira e mora no estado desde 1987. Inicialmente, ela começou a trabalhar com hidroponia no sítio, método de cultivo de plantas em que as raízes ficam suspensas em uma solução de água com nutrientes. Mas a propriedade que ficava em Cariacica, na Grande Vitória, também tinha flores comestíveis. "Naquela época em 2007 tinha poucas pessoas que acreditavam em flores comestíveis. Eu trabalhava praticamente só com a capuchinha, que é a flor mais comum. Depois, conseguimos importar sementes e fomos procurar entender o que cada cliente gostava. Além disso, nós mudamos para a Região Serrana, com um sítio em Aracê por causa do clima", destacou a produtora. Produtora de flores comestíveis no Espírito Santo disse que procura aumentou Eliana Brum Magalhães Após anos se aperfeiçoando no cultivo, a agricultora, que trabalha com o filho, colhe ao menos três vezes por semana, e monta bandejas com as flores da estação para mais de 40 clientes fixos, dentre eles distribuidoras no Rio de Janeiro e na Bahia. Com tanta demanda, o sítio também montou uma produção VIP, que vai além das flores já cultivadas por Eliana. Ela também planta pedidos especiais dos chefes. "Eu tenho todo o tipo de cliente, tem aqueles que mandam mensagem pedindo qual tipo de flor eles querem, tem aqueles que não gostam de uma cor específica porque não combina com a louça do restaurante, mas de maneira geral meu público é muito versátil e entende a sazonalidade que tem na flores e eu sempre monto bandejas mistas com o que eu tenho de melhor" disse. Produção de flores comestíveis no Espírito Santo Além disso, Eliana também deixa o sítio a disposição para os cozinheiro que quiserem colher e escolher as flores. Trabalho que para ela, é mais do que o próprio sustento. "Me faz bem colher a flores, é terapêutico. Muita gente fala comigo que passaria o dia aqui, que queria estar de férias para ajudar a colher. Prato colorido O chefe Ari Cardoso tem um restaurante em Pedra Azul e acredita que a decoração com flores comestíveis dá um toque final essencial para os pratos, mas é uma arte que precisa ser feita com cuidado. "Tem que ser algo sutil, não pode ter muita informação. Então como toda a minha louça é branca, porque na minha opinião o ator principal é a comida. Eu coloco flores comestíveis para dar um ar mais natural possível. As flores além de trazer beleza, trazem frescor", apontou. Flores comestíveis de produtora do Espírito Santo compõem os mais variados tipos de pratos Reprodução Cozinheiro há 32 anos, ele faz consultoria para outros empreendimentos, e em 2019 abriu seu próprio restaurante. Para o chefe, outro detalhe faz a diferença na hora de escolher as flores: o aroma e o sabor. "A maioria das flores são comestíveis. Mas não é todo mundo que acha agradável comer flor, mas temos uma regra que tudo que a gente coloca no prato pode se comer. Nós podemos trabalhar com qualquer flor, mas tem que ter muito cuidado porque tem flores que tem aroma e que podem interferir no prato. Também tem flores mais ácidas", completou. O chefe se mudou da Paraíba mora para o Espírito Santo há 14 anos, e pôde participar da experiência de colher as próprias flores, e já tem a sua preferida. "Eu opto sempre por flores nem muito pequenas nem muito grande, suaves. Às vezes usamos o brotinho da flor, se o prato é branco usamos a flor de outra cor para fazer contraste com o alimento. Eu gosto muito de usar a beijo, porque ela é versátil, tem cores vibrantes. E para mim o prato que não pode faltar uma flor é o camarão VG com espaguete e molho parmentino", apontou. Outro restaurante em Vitória também utiliza as flores da Eliana. O chefe Pablo Pavon destacou a delicadeza na hora de montar os pratos com as diferentes espécies. "Em 2010 a gente ainda não conhecia quem cultivava flores comestíveis. Mas em 2013 conhecemos a Eliana. Para mim, as flores são um elemento estético decorativo que eleva o prato a outro patamar qualquer elaboração. É como uma especiaria, tem que saber bem que flor colocar em cada prato para que os sabores 'convivam' e nem todos os pratos precisam de flor", contou. Pratos variados de restaurantes no Espírito Santo usam flores comestíveis Soeta Restaurante VÍDEOS: tudo sobre o Espírito Santo Veja o plantão de últimas notícias do g1 Espírito Santo



Chinesa é condenada após a 'maior apreensão de bitcoins da história'


01/10/2025 06:01 - g1.globo.com


Zhimin Qian foi condenada na segunda-feira Polícia de Londres Uma cidadã chinesa foi condenada após uma investigação de fraude que culminou com a maior apreensão de criptomoedas da história até agora, avaliada em mais de 5 bilhões de libras (cerca de R$ 36 bilhões). Zhimin Qian, também conhecido como Yadi Zhang, se declarou culpada na segunda-feira (29/09) no Tribunal da Coroa de Southwark, em Londres, por adquirir e possuir ilegalmente as criptomoedas. Entre 2014 e 2017, ela liderou um golpe em larga escala na China, enganando mais de 128 mil vítimas e armazenando os fundos roubados em ativos de bitcoin, disse a Polícia Metropolitana em um comunicado. A polícia metropolitana disse que a confissão de culpa do homem de 47 anos ocorreu após uma investigação de sete anos sobre uma rede global de lavagem de dinheiro. Um total de 61 mil bitcoins foram apreendidos de Qian, disse a polícia. A polícia disse que a investigação começou em 2018, após receber uma denúncia sobre a transferência de ativos criminosos. Qian fugiu da justiça por cinco anos até sua prisão, o que exigiu uma investigação complexa envolvendo múltiplas jurisdições, disse a sargento Isabella Grotto, que liderou a investigação da Polícia Metropolitana. Ela fugiu da China usando documentos falsos e entrou no Reino Unido, onde tentou lavar o dinheiro roubado comprando imóveis, disse a polícia. "Ao se declarar culpada hoje, a sra. Zhang espera trazer algum conforto aos investidores que esperam desde 2017 por indenização e tranquilizá-los de que o aumento significativo nos valores das criptomoedas significa que há fundos mais do que suficientes disponíveis para pagar suas perdas", disse o advogado de Qian, Roger Sahota, da Berkeley Square Solicitors. Jogador do Corinthians e Sasha Meneghel estão entre vítimas do Sheik do Bitcoins; veja esquema Mas há indicações de que o governo do Reino Unido tentará reter os fundos apreendidos. A BBC entrou em contato com o Tesouro e o Ministério do Interior, mas ainda não obteve resposta. As reformas na legislação criminal do governo conservador anterior visavam facilitar para as autoridades do Reino Unido a apreensão, o congelamento e a recuperação de criptoativos. As mudanças também permitiriam que algumas vítimas solicitassem a liberação de seus ativos mantidos em contas. 'A deusa da riqueza' Qian teve ajuda de uma funcionária de um restaurante chinês chamada Jian Wen, que foi presa por seis anos e oito meses no ano passado por sua participação na operação criminosa. Casa ao norte de Londres para onde Jian Wen se mudou em 2017 Divulgação Wen, de 44 anos, lavou os lucros do golpe e se mudou de uma casa em cima de um restaurante para uma "casa alugada de vários milhões de libras" no norte de Londres, disse o Crown Prosecution Service (CPS) no início deste ano. Ela também comprou dois imóveis em Dubai no valor de mais de 500 mil libras (cerca de R$ 3,7 milhões), disse o CPS. A polícia disse que apreendeu mais de 300 milhões de libras (cerca de R$ 2,1 bilhões) em bitcoins de Wen. Wen alegou ter comprado os imóveis para um empregador na China. Mas o CPS afirmou que a grande quantidade de bitcoins e a falta de evidências de como ela os obteve indicavam que a origem era criminosa. O meio de comunicação chinês Lifeweek relatou em 2024 que investidores, a maioria entre 50 e 75 anos, investiram "centenas de milhares a dezenas de milhões" de yuans em investimentos promovidos por Qian. Os esquemas alavancaram a popularidade das criptomoedas na China na época, prometendo dividendos diários e lucros garantidos, de acordo com a Lifeweek. A empresa de Qian afirmou que ajudaria a China a se tornar um centro de finanças e tecnologia e exibiu projetos e investimentos que disse ter em todo o país. Algumas das vítimas — incluindo empresários, funcionários de bancos e membros do judiciário — teriam sido incentivadas a investir no esquema de Qian por amigos e familiares. Os investidores supostamente sabiam pouco sobre Qian, que era descrita como "a deusa da riqueza". "Bitcoin e outras criptomoedas estão sendo cada vez mais usadas por criminosos organizados para disfarçar e transferir ativos, para que os fraudadores possam desfrutar dos benefícios de sua conduta criminosa", disse o vice-promotor-chefe da Coroa, Robin Weyell. "Este caso, envolvendo a maior apreensão de criptomoedas no Reino Unido, ilustra a escala de lucros criminosos disponíveis para esses fraudadores." A condenação de segunda-feira marca o "ápice de anos de investigação dedicada", que envolveu a polícia e equipes policiais chinesas, disse Will Lyne, chefe do Comando Econômico e de Crimes Cibernéticos da Polícia Metropolitana. A polícia disse que a investigação ainda está em andamento. O CPS está trabalhando para garantir que os fraudadores não se apropriem dos fundos roubados, informou a Polícia Metropolitana. Muitas das vítimas tiveram parte do seu dinheiro devolvido por meio de um esquema de indenização estabelecido na China, informou o CPS no ano passado. Qian está detida até a sentença, que ocorrerá após um julgamento envolvendo outras pessoas ligadas ao caso. A data da publicação da sentença ainda não foi definida. A BBC entrou em contato com a embaixada chinesa no Reino Unido para comentar, mas ainda não obteve resposta. Esta reportagem foi traduzida e revisada por nossos jornalistas utilizando o auxílio de IA na tradução, como parte de um projeto piloto Os bilionários brasileiros em 2025, segundo a Forbes



'Shutdown': Governo dos EUA é paralisado após Congresso não aprovar orçamento


01/10/2025 04:00 - g1.globo.com


Entenda o que é o 'shutdown' do governo dos EUA e os impactos da paralisação O governo dos Estados Unidos entrou em paralisação nesta quarta-feira (1º) após o Congresso não conseguir aprovar um projeto orçamentário para estender o financiamento federal. Com isso, uma série de serviços públicos deve ser suspensa já nas próximas horas. ✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp AO VIVO: Acompanhe as últimas atualizações do shutdown do governo Trump A paralisação, também conhecida como "shutdown", é a 15ª desde 1981. No centro do impasse está a saúde. Os democratas afirmam que só aprovarão o orçamento se programas de assistência médica prestes a expirar forem prolongados. Com o governo impedido de gastar, milhares de servidores públicos serão colocados em licença, enquanto outros, que trabalham em serviços essenciais, podem ter os salários suspensos. Já os republicanos de Donald Trump defendem que saúde e financiamento federal sejam tratados separadamente. Eles acusam os democratas de usar o orçamento como moeda de troca para atender demandas próprias antes das eleições legislativas de 2026, que definirão o controle do Congresso. Nas redes sociais, a Casa Branca confirmou a paralisação, que chamou de: "shutdown democrata". Na terça-feira, republicanos e democratas trocaram acusações sobre quem seria culpado pelo shutdown. Initial plugin text Sem a extensão desses benefícios, os custos com saúde para 24 milhões de americanos aumentarão drasticamente, com impacto maior em estados controlados por republicanos, como Flórida e Texas — que não implementaram medidas que garantem cobertura médica para pessoas de baixa renda. A crise ganhou novos contornos com as ameaças do presidente. Trump afirmou que poderia "fazer coisas ruins e irreversíveis", como demitir servidores e encerrar programas ligados aos democratas, caso o governo fosse paralisado. “Vamos demitir muita gente. E eles serão democratas”, disse Trump na terça-feira. Na segunda-feira (29), lideranças democratas e republicanas se reuniram com Trump na Casa Branca para tentar negociar uma saída. As conversas não avançaram, e ambos passaram a se acusar de forçar a paralisação do governo. Na noite desta terça-feira (30), senadores tentaram aprovar o orçamento, mas a última proposta discutida recebeu apenas 55 dos 60 votos necessários. Com a paralisação, apenas serviços considerados essenciais continuarão funcionando, como segurança pública, fiscalização de fronteiras e parte do controle aéreo. Veja os impactos mais abaixo. A última paralisação ocorreu entre 2018 e 2019, no primeiro mandato de Trump, quando ele exigiu que o Congresso aprovasse gastos para a construção de um muro na fronteira entre os EUA e o México. O presidente recuou 35 dias depois. O custo estimado da crise foi de US$ 3 bilhões. LEIA TAMBÉM De atraso em voos a museus fechados: entenda o que é o 'shutdown' do governo dos EUA e os impactos da paralisação RELEMBRE: Último 'shutdown' dos EUA também ocorreu em governo Trump e foi o mais longo da história 'Foi tão agressivo que fiquei apavorada': a equatoriana jogada no chão por agente de imigração nos EUA Impactos Aviões estacionados no aeroporto de LaGuardia, em Nova York Reuters A remuneração de trabalhadores de serviços essenciais, congelada com o "shutdown", será paga de forma retroativa quando o orçamento for normalizado. ✈️ O "shutdown" também pode afetar turistas. Companhias aéreas alertam que atrasos em voos são prováveis nos próximos dias. A Administração Federal de Aviação (FAA, na sigla em inglês) informou que 11 mil funcionários serão enviados para casa. Durante a paralisação, 13 mil controladores de tráfego aéreo terão de continuar trabalhando sem receber salário. Atualmente, os EUA enfrentam déficit de cerca de 3.800 controladores. O shutdown de 2019 provocou filas maiores nos pontos de controle dos aeroportos. Na época, as autoridades reduziram o tráfego aéreo em Nova York. 🗽 Ainda no setor do turismo, parques nacionais, museus e zoológicos federais também podem fechar ou ter serviços internos suspensos. A Estátua da Liberdade, em Nova York, e o National Mall, em Washington, devem interromper as visitas, por exemplo. 💸 Para os moradores, alguns serviços continuarão funcionando, como o pagamento de aposentadorias e benefícios de invalidez, além de programas de saúde. O Serviço Postal seguirá operando, já que não depende do orçamento do Congresso. Programas de assistência alimentar funcionando podem continuar enquanto houver recursos. Tribunais federais e a Receita Federal podem ter operações limitadas se a paralisação se prolongar. 🚨 Em relação à segurança, agentes do FBI, da Guarda Nacional e de outras forças federais continuarão trabalhando, assim como patrulhas de fronteira e fiscalização de imigração. No Pentágono, mais da metade dos 742 mil funcionários civis será afastada. Visitas de chefes de Estado ou autoridades estrangeiras previstas durante a paralisação devem ser canceladas. Cerca de 2 milhões de militares americanos permanecerão em seus postos. Contratos fechados antes do início do shutdown seguem válidos, e o Departamento de Guerra poderá solicitar suprimentos para garantir a segurança nacional. A paralisação também pode atrasar a divulgação de dados econômicos importantes, afetando políticas públicas e investidores, além de limitar empréstimos e serviços para pequenas empresas. VÍDEOS: mais assistidos do g1 O Capitólio dos EUA, horas antes de uma paralisação parcial do governo entrar em vigor, em Washington REUTERS/Elizabeth Frantz



Bolsa Família 2025: veja o calendário de pagamentos de outubro


01/10/2025 03:02 - g1.globo.com


Ministro Luiz Fux determina adoção de medidas para impedir apostas com recursos do Bolsa Família A Caixa Econômica Federal inicia os pagamentos de outubro do Bolsa Família 2025 no dia 20. Os primeiros a receber serão os beneficiários com Número de Identificação Social (NIS) com final 1. (veja mais abaixo o calendário completo) O dinheiro vai ser disponibilizado nos últimos 10 dias úteis de cada mês, de forma escalonada. A exceção é o mês de dezembro, quando os pagamentos são antecipados. Confira o calendário do Bolsa Família para outubro de 2025: Final do NIS: 1 - pagamento em 20/10 Final do NIS: 2 - pagamento em 21/10 Final do NIS: 3 - pagamento em 22/10 Final do NIS: 4 - pagamento em 23/10 Final do NIS: 5 - pagamento em 24/10 Final do NIS: 6 - pagamento em 27/10 Final do NIS: 7 - pagamento em 28/10 Final do NIS: 8 - pagamento em 29/10 Final do NIS: 9 - pagamento em 30/10 Final do NIS: 0 - pagamento em 31/10 Ao longo do ano, a previsão de pagamentos é: Novembro: de 14/11 a 28/11; Dezembro: de 10/12 a 23/12. Bolsa Família Luis Lima Jr/FotoArena/Estadão Conteúdo Veja abaixo perguntas e respostas sobre o Bolsa Família. Quem pode receber o Bolsa Família? A principal regra para receber o benefício é ter renda mensal familiar de até R$ 218 por pessoa. Para se enquadrar do programa, é preciso somar a renda total e dividir pelo número de pessoas. Caso o valor fique abaixo dos R$ 218, a família está elegível ao Bolsa Família. Os beneficiários também precisam arcar com contrapartidas, como: manter crianças e adolescentes na escola; fazer o acompanhamento pré-natal (no caso de gestantes); manter as carteiras de vacinação atualizadas. Onde se cadastrar? Os beneficiários precisam se inscrever no Cadastro Único (CadÚnico) — principal instrumento do governo federal para a inclusão de famílias de baixa renda em programas sociais — e aguardar uma análise de enquadramento. Estar no Cadastro Único não significa a entrada automática nos programas sociais do governo, uma vez que cada um deles tem regras específicas. Mas o cadastro é pré-requisito para que a inscrição seja avaliada. VEJA COMO FAZER O CADASTRO ÚNICO DO GOVERNO FEDERAL Como sacar o Bolsa Família? Os beneficiários recebem e podem movimentar os valores pelo aplicativo Caixa TEM e internet banking. Assim, não é necessário ir até uma agência da Caixa Econômica Federal — que é responsável pelo pagamento do Bolsa Família — para realizar o saque. Segundo a Caixa, os beneficiários também podem utilizar o cartão do programa para realizar compras nos estabelecimentos comerciais, por meio da função de débito. Além disso, há a opção de realizar saques nos terminais de autoatendimento, casas lotéricas e correspondentes Caixa Aqui, além das agências da Caixa.



CNU 2025: veja o que esperar das provas da FGV, nova banca do concurso


01/10/2025 03:02 - g1.globo.com


CNU 2025 tem edital publicado: veja datas, vagas e como se inscrever A segunda edição do Concurso Nacional Unificado (CNU) será organizada pela Fundação Getulio Vargas (FGV), responsável, entre outras funções, por elaborar as questões das provas. Por isso, é essencial que os candidatos conheçam o perfil da banca organizadora. É uma forma de “prever, mais ou menos, os assuntos que serão cobrados”, explica o professor Bruno Bezerra, do Estratégia Concursos. ➡️ CLIQUE PARA VER O EDITAL COMPLETO ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 Concursos no WhatsApp A seleção deste ano oferece 3.652 vagas para cargos de níveis médio, técnico e superior, com salários iniciais que variam de R$ 4 mil a R$ 16,4 mil. A seleção terá duas fases: a prova objetiva será aplicada em 5 de outubro, e a discursiva, apenas para os aprovados na primeira etapa, em 7 de dezembro. (veja como vai funcionar) 📚 O Perfil da banca A primeira edição do CNU foi organizada pela Fundação Cesgranrio. De modo geral, professores avaliam que as provas apresentaram nível de dificuldade médio e cobraram os conteúdos de forma direta. (relembre como foi) A FGV tem um estilo de prova mais exigente. Segundo o professor Eduardo Cambuy, do Gran Concursos, a banca varia entre nível médio e difícil, sendo conhecida pelo perfil “acadêmico” e por elaborar questões mais longas, interpretativas e cansativas. “É uma banca diferente, até mesmo peculiar, no mundo dos concursos. As provas tendem a ser mais cansativas por exigirem raciocínio, interpretação e atenção a textos longos e detalhados, o que torna a leitura e análise mais trabalhosa”, explica o professor. Cambuy observa que textos longos, gráficos e situações-problema são comuns nas provas da FGV. Por isso, recomenda que o candidato se prepare para avaliações mais densas do que as da Cesgranrio. Além de elaborar as questões, a FGV é responsável por todo o processo do concurso: administra o sistema de inscrições, imprime e distribui os cadernos de prova, realiza a correção e divulga os resultados. A banca também publica o edital, aplica as provas e, ao final, entrega ao órgão contratante a lista oficial de aprovados. Após a homologação do resultado, a gestão do concurso passa a ser de responsabilidade exclusiva do órgão contratante — neste caso, o Ministério da Gestão. 🤔 O que esperar da prova? Diferentemente da primeira edição, que teve provas aplicadas em um único dia, o CNU 2025 será dividido em duas etapas eliminatórias: Uma prova objetiva, no dia 5 de outubro; e Uma prova discursiva, marcada para 7 de dezembro, apenas para os aprovados na primeira fase. 📘 1ª FASE: PROVA OBJETIVA A prova objetiva será aplicada simultaneamente em todo o país no dia 5 de outubro e contará com questões de múltipla escolha, com cinco alternativas cada. Ela será dividida em duas partes: Conhecimentos gerais: questões comuns a todos os candidatos (como língua portuguesa, raciocínio lógico e atualidades); Conhecimentos específicos: conforme o bloco temático escolhido no momento da inscrição. O número de questões varia de acordo com o nível do cargo. Nível superior: 90 questões no total, sendo 30 de conhecimentos gerais e 60 de conhecimentos específicos; Nível intermediário (médio e técnico): 68 questões, sendo 20 de conhecimentos gerais e 48 específicas. O tempo de prova também varia: Nível superior: 5 horas de duração, das 13h às 18h; Nível intermediário: 3h30 de duração, das 13h às 16h30. ✍️ 2ª FASE: PROVA DISCURSIVA A segunda etapa será a prova discursiva, marcada para o dia 7 de dezembro, e será aplicada apenas aos candidatos aprovados na primeira fase. Nessa fase, os participantes serão avaliados de acordo com o nível de escolaridade exigido para o cargo pretendido. Nível superior: os candidatos deverão responder a duas questões discursivas, com duração de três horas (das 13h às 16h); Nível intermediário: os candidatos farão uma redação dissertativa-argumentativa, com duração de duas horas (das 13h às 15h). Além de medir a capacidade de argumentação e o domínio do conteúdo, essa etapa será determinante para a classificação final dos candidatos. Serão aplicadas nove provas diferentes, uma para cada bloco temático (área de atuação) em que os candidatos puderam se inscrever. Nas provas da FGV, cada questão de múltipla escolha apresenta cinco alternativas. Outras bancas tradicionais costumam adotar formatos distintos, como questões com quatro alternativas ou enunciados para o candidato julgar como certos ou errados, muitas vezes com penalização em caso de erro. No CNU, as questões terão pesos distintos, variando de um a cinco pontos. Eduardo Cambuy destaca que as provas da FGV têm forte ênfase na interpretação de texto, inclusive em disciplinas técnicas como Direito. A banca costuma explorar a literalidade da lei — alterando palavras para confundir — e criar situações hipotéticas para contextualizar o conteúdo. “A FGV tem uma pegada muito forte em português e um perfil interpretativo maior do que outras bancas. Isso não se limita apenas à disciplina de Língua Portuguesa, mas se estende a toda a prova”, explica o professor. A banca frequentemente utiliza palavras ou estruturas de frases invertidas para testar a atenção do candidato. Mesmo nas provas de nível superior, que não trazem questões específicas de Português, a interpretação será decisiva. Comparando com provas anteriores, Cambuy avalia que o nível de dificuldade deve ser maior. “A FGV tende a forçar o raciocínio e exige leitura atenta. O candidato precisa estar preparado para enfrentar questões mais densas e um exame mais exaustivo”, conclui. ✍🏽 Vale a pena "chutar"? No CNU, é fundamental que o candidato responda a todas as questões, mesmo que não saiba a alternativa correta, afirma o especialista Bruno Bezerra, professor do Estratégia Concursos. Isso porque, diferentemente do que ocorre em provas de outras bancas tradicionais ou em sistemas de correção específicos, o candidato não perde pontos ao “chutar” questões neste exame. “No CNU não há penalização por erro, ao contrário de bancas como o Cebraspe. Marcar qualquer alternativa pode render pontos preciosos que fazem diferença na classificação", concluiu. O professor explica que uma das principais marcas das provas da FGV é o formato longo e denso, com enunciados extensos e grande exigência de interpretação. Segundo ele, isso pode comprometer o tempo dos candidatos. “Muitas vezes o participante não consegue sequer ler todas as questões. Se perceber no início que uma pergunta exigirá cerca de 20 minutos, deve deixá-la para o final”, alertou o professor. Segundo Bezerra, o tempo médio disponível é de apenas três minutos por questão, e insistir em apenas uma pode comprometer o desempenho no restante. Ele recomenda treinar com simulados para desenvolver estratégia e administrar a concentração. Em provas de cinco horas, é praticamente impossível manter alto rendimento do início ao fim. A mente se cansa e deixa de assimilar o conteúdo. Nesse momento, o ideal é fazer uma pausa. 📝 O que vai cair? As disciplinas cobradas nas nove provas estão detalhadas nos editais. ((veja aqui) De forma geral, o órgão responsável pelo concurso — neste caso, o Ministério da Gestão — define os temas, e a banca elabora as questões a partir deles. Cambuy destaca que a banca tende a priorizar legislação consolidada e jurisprudência, evitando temas controversos para reduzir recursos e anulações. Ano passado, a primeira edição do CNU teve oito perguntas anuladas. Para Bezerra, a FGV mescla texto literal da lei, doutrina, jurisprudência e atualidades, frequentemente em situações-problema. Em disciplinas específicas, a banca demonstra preferências claras: até 40% das questões de Português são de interpretação de texto; em Matemática, prevalecem problemas de lógica; em Contabilidade, são comuns cálculos extensos. “A FGV busca um candidato completo, por isso elabora questões em todas as frentes. Em Direito, muitas vezes a questão é apenas a reprodução de um trecho da Constituição Federal ou de uma lei prevista no edital”, explica Bruno Bezerra. A banca também valoriza a jurisprudência — os entendimentos consolidados dos tribunais superiores, como o Supremo Tribunal Federal (STF) — além de súmulas e doutrina jurídica. Segundo o professor, a FGV costuma contextualizar esses conteúdos em situações-problema ou em cenários atuais. Por isso, recomenda-se atenção às novidades legislativas e às decisões dos tribunais superiores federais. Além disso, é essencial ficar ligado aos acontecimentos políticos e sociais. “A banca exige uma preparação holística, que vai além da memorização das leis e envolve a capacidade de interpretação e aplicação do conhecimento em contextos reais”, concluiu. A professora Letícia Carneiro Bastos, do Gran Concursos, afirma que os conteúdos mais prováveis de Língua Portuguesa são cobrados de forma indireta, sem detalhar o tema nas perguntas. “Questões sobre crase, concordância, regência ou colocação pronominal aparecem dentro do contexto interpretativo, sem indicação explícita do assunto. Cabe ao candidato usar a leitura para identificar o conteúdo gramatical exigido”, explica a professora. Segundo Letícia, ao contrário do que muitos candidatos esperam, alguns enunciados são curtos: “A FGV utiliza trechos mínimos, às vezes de apenas uma linha ou um único período. Em certos casos, nem apresenta texto, e a interpretação deve ser feita diretamente pelas alternativas”, completa. A FGV também aborda gramática de forma implícita, integrando regras como crase, regência e concordância ao contexto interpretativo. Mesmo nos blocos de 1 a 7, onde em tese não há questões específicas de Português, os candidatos precisarão usar interpretação em toda a prova. ➡️ Prepare-se Segundo especialistas, os candidatos devem se preparar para um aumento no nível de dificuldade em relação a concursos anteriores da banca. Para a reta final, a professora Letícia recomenda intensificar a prática: “Eu dobraria o número de questões e simulados por dia, especialmente em Português, mas também nas demais disciplinas. Resolver perguntas de concursos anteriores é a melhor forma de revisar o conteúdo e compreender o perfil da banca”, explica. Cambuy destaca que o principal desafio é o cansaço mental e o domínio da interpretação, não apenas a memorização. Por isso, uma preparação estratégica pode fazer a diferença para um bom desempenho. Bezerra alerta que, no preparo emocional, é essencial administrar o estresse. Pequenas pausas durante a prova podem evitar queda de rendimento. “O diferencial da FGV é valorizar interpretação, aplicação prática e raciocínio crítico, tornando indispensável uma preparação focada e estratégica para alcançar bom desempenho”, afirma Bruno Bezerra. Como dicas finais, os especialistas sugerem: Simulados completos: Faça provas inteiras, cronometradas, simulando as condições reais. Isso ajuda na resistência física e mental. Estratégia de prova: Resolva primeiro as questões mais fáceis e rápidas. Marque as demoradas para o final. Resolver muitas questões da FGV: Isso ajuda a entender a linguagem e os padrões de cobrança da banca. Pausas inteligentes: Se sentir cansaço ou “branco”, pare 1-2 minutos, beba água ou coma algo leve. É melhor recuperar a concentração do que insistir sem entender. Cuide do emocional: a pressão é grande. Controle a ansiedade e mantenha o foco. Revisar conteúdos já estudados: Use resumos, mapas mentais ou fichas para relembrar rapidamente o que pode ter sido esquecido. Foque na objetiva agora: a prova discursiva será em dezembro, permitindo atenção exclusiva à primeira etapa. Se concentre na objetiva e, se classificado, use os dois meses seguintes para estudar e treinar respostas no padrão da FGV. Lembre-se: é melhor preparar-se para uma prova difícil e ser surpreendido positivamente do que o contrário. A ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, apresenta os detalhes do edital da 2ª edição do Concurso Nacional Unificado (CNU). Valter Campanato/Agência Brasil 💼 Vagas, órgãos participantes e distribuição por cidades 🔍 Diferentemente da edição anterior, que contou com oito editais, um para cada bloco temático, o processo seletivo será regido por um único edital. O documento traz informações detalhadas sobre as vagas, salários, conteúdo programático das provas, critérios de classificação e composição das notas finais. Nesta edição, os cargos estão distribuídos em nove blocos temáticos, que agrupam as vagas por áreas de atuação semelhantes. São eles: Bloco 1: Seguridade Social (Saúde, Assistência Social e Previdência Social) Bloco 2: Cultura e Educação Bloco 3: Ciências, Dados e Tecnologia Bloco 4: Engenharias e Arquitetura Bloco 5: Administração Bloco 6: Desenvolvimento Socioeconômico Bloco 7: Justiça e Defesa Bloco 8: Intermediário – Saúde Bloco 9: Intermediário – Regulação Esse formato permite que o candidato concorra a várias vagas dentro de um mesmo bloco, com apenas uma inscrição. Embora a maior parte das vagas esteja concentrada em órgãos com sede em Brasília (DF), também há postos disponíveis em diversos estados do país. 💰 Salários Os salários iniciais no CNU 2025 variam de R$ 4 mil a R$ 16 mil, dependendo do cargo e do nível de escolaridade exigido. Consulte as remunerações iniciais previstas na tabela abaixo. 🧮 Política de cotas A nova edição estabelece regras mais rigorosas para assegurar a reserva de vagas destinadas a pessoas negras, indígenas, com deficiência e a candidatos quilombolas. De acordo com o governo, a iniciativa reforça o compromisso com a promoção da equidade no acesso ao serviço público federal. Com isso, a distribuição das cotas ficou definida da seguinte maneira: 25% para pessoas negras; 3% para pessoas indígenas; 2% para pessoas quilombolas; 5% para pessoas com deficiência (PcD). Nos casos em que o número de vagas é inferior ao mínimo exigido para aplicação das cotas, o MGI realizou um sorteio para definir a reserva proporcional, conforme previsto na norma. ♀️ Reserva de vagas para mulheres na 2ª fase Outro ponto de destaque é a adoção de uma ação afirmativa inédita voltada às mulheres: caso o percentual de candidatas classificadas para a segunda fase do concurso seja inferior a 50%, será feita uma equiparação para promover maior equilíbrio de gênero nessa etapa. "Não é uma reserva de vaga para mulheres, como é o caso de pessoas negras, com deficiência, indígenas e quilombolas. Mas vamos fazer uma equiparação do percentual de mulheres que passam da primeira para a segunda etapa", diz a ministra da Gestão, Esther Dweck. 🔎 Na primeira edição do CNU, aproximadamente 63% dos aprovados eram homens e 37% mulheres. Esse resultado foi o oposto da proporção entre os inscritos confirmados, composta por 56% de mulheres e 44% de homens. 📆 Confira o cronograma oficial Prova objetiva: 5/10/2025, das 13h às 18h Convocação para prova discursiva: 12/11/2025 Convocação para confirmação de cotas e PcD: 12/11/2025 Envio de títulos: de 13 a 19/11/2025 Prova discursiva (para habilitados na 1ª fase): 7/12/2025 Procedimentos de confirmação de cotas: de 8 a 17/12/2025 Divulgação da 1ª lista de classificação: 30/1/2026 Segunda edição do Concurso Nacional Unificado (CNU) Ministério da Gestão e Inovação Veja dicas de como estudar para concurso: Como estudar legislação para concurso? Veja dicas de como fazer uma boa redação para concurso



Tarifas dos EUA sobre medicamentos e caminhões entram em vigor nesta quarta


01/10/2025 03:01 - g1.globo.com


Trump anuncia novas tarifas sobre produzidos fabricados em outros países As tarifas sobre importação de produtos farmacêuticos e caminhões pesados, anunciadas na última semana pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, passam a valer nesta quarta-feira (1º). Segundo Trump, a medida busca proteger os fabricantes locais diante do que ele chamou de "concorrência externa desleal". Ele ainda citou “razões de segurança nacional”. As novas taxas são de 100% para medicamentos e de 25% para caminhões pesados. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça Na segunda-feira, o republicano também anunciou tarifas de 10% para madeira importada e de 25% para armários de cozinha, pias de banheiro e móveis estofados. As cobranças entram em vigor em 14 de outubro. 💊 Produtos farmacêuticos Entre as tarifas anunciadas na última semana, a mais alta, de 100%, é para itens farmacêuticos. Trump afirmou que a taxa vale para importação de medicamentos de marca ou patenteados, exceto nos casos em que a empresa responsável esteja construindo fábricas no território americano. "Estar construindo' será definido como 'início das obras' e/ou 'em construção'. Portanto, não haverá tarifa sobre esses produtos farmacêuticos se a construção já tiver começado", escreveu o republicano na Truth Social. A Pharmaceutical Research and Manufacturers of America (Associação de Pesquisa e Fabricantes de Produtos Farmacêuticos) se opôs às novas tarifas sobre medicamentos. A entidade informou que, no início deste ano, 53% dos US$ 85,6 bilhões em ingredientes utilizados em medicamentos consumidos nos EUA eram produzidos no país, enquanto o restante vinha da Europa e de outros aliados americanos. Trump anuncia tarifas sobre produtos farmacêuticos Reprodução/Truth Social 🚛 Caminhões pesados Para caminhões pesados, Trump anunciou tarifa de importação de 25%. O republicano afirmou que o objetivo da medida é proteger os fabricantes locais da "concorrência externa desleal". Embora tenha mencionado caminhões "grandes", Trump não especificou quais modelos seriam afetados. Segundo ele, a medida deve beneficiar fabricantes americanos como Peterbilt, Kenworth e Freightliner. “Precisamos que nossos caminhoneiros estejam financeiramente saudáveis e fortes, por vários motivos. Mas, acima de tudo, por razões de segurança nacional!”, acrescentou. O México é o principal exportador de caminhões médios e pesados para os EUA. Um estudo divulgado em janeiro mostrou que as importações desses veículos do país triplicaram desde 2019. As tarifas também podem impactar a Stellantis, controladora da Chrysler, que fabrica caminhões pesados Ram e vans comerciais no México. Além disso, o grupo sueco Volvo está construindo uma fábrica de caminhões pesados em Monterrey, no México, no valor de US$ 700 milhões, com início das operações previsto para 2026. No ano passado, os EUA importaram quase US$ 128 bilhões em peças para veículos pesados provenientes do México, o que representa cerca de 28% do total das importações do país, segundo informações oficiais. Trump anuncia tarifas sobre caminhões pesados Reprodução/Truth Social Gigantes farmacêuticas se manifestaram As novas tarifas levantaram dúvidas sobre os impactos em algumas das maiores farmacêuticas do mundo, sobretudo as sediadas na Europa. Mike Doustdar, CEO da Novo Nordisk — fabricante da popular caneta para emagrecimento, com sede na Dinamarca — afirmou que a empresa ainda analisa como a medida se encaixa no acordo comercial vigente entre União Europeia (UE) e EUA, segundo a Reuters. Em agosto, EUA e UE firmaram um acordo que estabeleceu uma tarifa de 15% sobre diversos produtos europeus, como carros, madeira, medicamentos e componentes eletrônicos. Na última sexta, a Casa Branca informou que vai manter esse limite como parte dos compromissos comerciais com os europeus e também com o Japão. Em contrapartida, a UE se comprometeu a zerar as tarifas sobre todos os produtos industriais dos EUA e a oferecer acesso preferencial a frutos do mar e itens agrícolas norte-americanos. Já a suíça Novartis afirmou hoje que a tarifa “não deve ter impacto” em suas operações. Isso porque, em abril, a companhia anunciou um investimento de US$ 23 bilhões em infraestrutura nos EUA e na construção de novas unidades no país — uma das exceções destacadas pelo presidente americano. Fachada da sede da Novartis em Basel, na Suíça. Arquivo/Arnd Wiegmann/Reuters "Estamos trabalhando para garantir que todos os principais medicamentos da Novartis para pacientes dos EUA sejam fabricados nos EUA", afirmou a empresa em comunicado. "Nesse contexto, a tarifa de 100% anunciada não deverá ter impacto sobre a Novartis ." O Reino Unido, por sua vez, decidiu pressionar os EUA sobre as novas tarifas farmacêuticas. O tema ganhou relevância para o governo britânico, já que grandes farmacêuticas do país, como AstraZeneca e GlaxoSmithKline, mantêm fábricas nos EUA e anunciaram novos investimentos recentemente. Em julho, a AstraZeneca, por exemplo, prometeu injetar US$ 50 bilhões nos EUA até 2030. "Sabemos que isso será preocupante para nós, e é por isso que estamos interagindo ativamente com os EUA e continuaremos a fazê-lo nos próximos dias", disse um porta-voz do governo britânico. Segundo a agência Reuters, ele ressaltou ainda que "setores como o farmacêutico são essenciais para nossa economia". "Então, continuaremos a pressionar os EUA por resultados que reflitam a força do nosso relacionamento e ofereçam benefícios reais para a indústria do Reino Unido". Trump chega à Assembleia na ONU em NY Kylie Cooper/Reuters O tarifaço de Trump O presidente dos EUA tem aplicado tarifas sobre vários produtos com base na Seção 232 da Lei de Expansão Comercial, que permite impor taxas sem a aprovação do Congresso quando as importações são consideradas uma ameaça à segurança nacional. Essa estratégia já foi utilizada para impor tarifas sobre importações de automóveis, cobre, aço e alumínio. Diante de várias contestações, o caso chegou à Suprema Corte dos EUA. No início deste mês, os magistrados decidiram que irão analisar a legalidade desse aumento tarifário. A Corte foi acionada após um recurso do Departamento de Justiça dos EUA contra uma decisão de instância inferior. O tribunal de apelações concluiu que Trump ultrapassou sua autoridade ao impor a maior parte das tarifas com base em uma lei federal destinada a situações de emergência. O processo terá andamento acelerado na Suprema Corte, que agendou os argumentos orais para a primeira semana de novembro. De acordo com a Bloomberg, novas tarifas sobre importações consideradas críticas, como semicondutores e minerais essenciais, devem ser anunciadas nas próximas semanas. A reportagem destaca que a gestão Trump também iniciou investigações sobre importações de robótica, máquinas industriais e dispositivos médicos, o que pode gerar impactos significativos para os fabricantes nacionais. Em abril, o Departamento de Comércio iniciou uma investigação sobre o impacto de todas as importações de medicamentos — incluindo genéricos, produtos de marca prontos e os ingredientes utilizados na fabricação — na segurança nacional dos EUA. Donald Trump comenta encontro com Lula na ONU



BC adia regulamentação do PIX parcelado e não dá novo prazo


01/10/2025 03:00 - g1.globo.com


BC adia regulamentação do PIX parcelado e não dá novo prazo Reprodução/Redes sociais O Banco Central adiou a regulamentação do PIX parcelado, que o presidente da instituição, Gabriel Galípolo, indica ser uma alternativa de empréstimo para 60 milhões de pessoas que não têm acesso ao cartão de crédito. A regulamentação estava prevista para o mês de setembro, mas o BC não divulgou as regras de padronização. Questionada pelo g1, por meio de sua assessoria de imprensa, a autoridade monetária não informou o motivo do atraso e nem mesmo o novo prazo para que as normas sejam divulgadas. ➡️O parcelamento por meio do PIX já é ofertado por várias instituições financeiras, uma linha de crédito formal, mas o BC pretende padronizar as regras — o que facilitará o uso pelo consumidor e tende a favorecer a competição entre os bancos. Parcelamento via cartão de crédito ➡️Ao comprar produtos com cartão de crédito parcelado, há casos em que são cobrados juros (valor do produto é diferente daquele com pagamento a vista, por meio do PIX, no qual é concedido um "desconto" pelos lojistas). ➡️Em outros casos não há cobrança aparente de juros, embora especialistas argumentem que eles geralmente estão "embutidos" no preço final dos produtos e serviços vendidos. ➡️Além disso, são cobradas taxas exorbitantes dos clientes bancários no cartão de crédito rotativo (acima de 15% ao mês) caso não paguem o valor total da fatura. Essa é a linha de crédito mais cara do mercado financeiro. Como vai funcionar o PIX parcelado O PIX parcelado possibilitará a tomada de crédito pelo comprador, em uma instituição financeira, preferencialmente com a qual já tenha relacionamento, para permitir o parcelamento de uma transação PIX. Quem estiver recebendo (lojista) terá acesso a todo o valor instantaneamente, mas quem estiver pagando (comprador) poderá parcelá-lo. O PIX Parcelado poderá ser usado para qualquer tipo de transação, inclusive para transferências. A instituição onde o comprador detém a conta dará o crédito e definirá o processo em caso de atraso no pagamento das parcelas ou de inadimplência (juros), considerando seus procedimentos de gerenciamento de riscos, conforme o perfil do cliente, como já acontece com outras linhas de crédito. O Banco Central já informou esperar que a modalidade de pagamento seja competitiva e permita o parcelamento com taxas vantajosas. "Quem paga juros no PIX Parcelado é o consumidor. Contudo, espera-se que os bancos ofertem linhas de crédito em que o valor final do bem no PIX Parcelado, mesmo com a cobrança de taxa de juros, seja menor ou igual ao valor final do bem no parcelado sem juros usando cartão de crédito", informou o Banco Central, em abril deste ano. Melhor para os lojistas De acordo com o BC, a novidade também é uma opção mais vantajosa para os lojistas, que receberão os valores a vista — sem precisar pagar juros aos bancos para antecipar o recebimento das parcelas mensais. "No PIX Parcelado, o lojista recebe o valor total do pagamento no momento da venda do bem ou serviço. Logo, por definição, não haverá antecipação nem cobrança de taxa de antecipação para o lojista. Ou seja, o modelo do PIX Parcelado é menos custoso do que o modelo do cartão de crédito para o lojista", informou o Banco Central. ➡️No cartão de crédito, o valor da compra é pago aos lojistas pela instituição financeira no mês da aquisição do produto ou serviço, ou de forma parcelada (se a compra for feita dessa forma). ➡️Os lojistas podem optar por antecipar as parcelas mensais, com a cobrança de juros pelos bancos, mas essa é apenas uma alternativa, não uma obrigação. ➡️No PIX parcelado, o lojista receberá os valores a vista, sem pagar juros aos bancos, mesmo que os compradores optem por parcelar mensalmente sua compra. Posição dos bancos Segundo a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), o PIX parcelado representa uma evolução, um movimento natural do produto e uma modalidade complementar no sistema de pagamentos à disposição dos clientes. "Os clientes continuarão a escolher a forma de pagamento que melhor atenda às suas necessidades no momento da transação. Hoje, o PIX já é o meio de pagamento mais utilizado e preferido da população bancarizada. Trazer a opção de parcelamento da transação durante a jornada de pagamento via PIX pode ser uma nova alavanca para o uso do produto", avaliou a Febraban, em abril deste ano. Segundo a Federação, a oferta (disponibilidade da linha de crédito) e a precificação do produto (taxas de juros cobradas) serão de responsabilidade exclusiva de cada instituição financeira. Defesa do Consumidor O Instituto de Defesa de Consumidores (Idec) informou considera acertada a decisão do Banco Central de adiar a implementação do PIX Parcelado após as falhas de segurança e desvios recentes registrados no sistema financeiro. "O adiamento, ainda que motivado pela necessidade de reforçar a infraestrutura contra fraudes, deve ser entendido também como uma oportunidade para aprofundar o debate sobre os riscos que a nova funcionalidade pode trazer aos consumidores", informou o órgão. Segundo o Instituto, o PIX nasceu como um sistema de pagamentos instantâneos, gratuito e acessível, que ampliou de forma inédita a inclusão financeira no país. "Vincular sua marca a operações de crédito parcelado — com juros, encargos e contratos nada transparentes significa descaracterizar o funcionamento desse meio de pagamento e expor milhões de pessoas ao risco de endividamento, justamente em um cenário em que o superendividamento já atinge níveis críticos entre as famílias brasileiras", acrescentou o Idec, por meio de nota. Apesar das críticas, o órgão reconheceu que, enquanto o regulamento não é publicado, os "consumidores continuam expostos a ofertas de crédito atreladas ao PIX já disponíveis no mercado". "Essa realidade reforça a urgência de fortalecer a regulação e também de manter esforços de orientação, para que a população não seja induzida a assumir dívidas em condições injustas ou abusivas. A pausa anunciada pelo Banco Central precisa, portanto, ser utilizada para discutir medidas regulatórias robustas que assegurem a proteção do consumidor", acrescentou. Para o Idec, a regulação deve priorizar a proteção contra o superendividamento, preservando a essência do PIX como política pública de democratização dos pagamentos, e não como porta de entrada para dívidas. BC anuncia nova regra para Pix Automático de despesas recorrentes



De atraso em voos a museus fechados: entenda o que é o 'shutdown' do governo dos EUA e os impactos da paralisação


01/10/2025 03:00 - g1.globo.com


Entenda o que é o 'shutdown' do governo dos EUA e os impactos da paralisação Serviços do governo dos Estados Unidos podem ser interrompidos nesta quarta-feira (1º) após o Congresso não chegar a um acordo para aprovar um projeto orçamentário para estender o financiamento federal. Com isso, ações que dependem do poder público, como o controle aéreo e o pagamento de benefícios, podem ser afetadas. ✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp AO VIVO: Acompanhe as últimas atualizações do shutdown do governo Trump A paralisação, também conhecida como "shutdown", é a 15ª desde 1981. A mais longa aconteceu durante o primeiro mandato de Donald Trump e durou 35 dias, entre 2018 e 2019. Com o governo impedido de gastar, milhares de servidores públicos serão colocados em licença, enquanto outros, que trabalham em serviços essenciais, podem ter os salários suspensos. A remuneração será paga de forma retroativa quando o orçamento for normalizado. ✈️ O "shutdown" também pode afetar turistas. Companhias aéreas alertam que atrasos em voos são prováveis nos próximos dias. A Administração Federal de Aviação (FAA, na sigla em inglês) informou que 11 mil funcionários serão enviados para casa. Durante a paralisação, 13 mil controladores de tráfego aéreo terão de continuar trabalhando sem receber salário. Atualmente, os EUA enfrentam déficit de cerca de 3.800 controladores. O shutdown de 2019 provocou filas maiores nos pontos de controle dos aeroportos. Na época, as autoridades reduziram o tráfego aéreo em Nova York. 🗽 Ainda no setor do turismo, parques nacionais, museus e zoológicos federais também podem fechar ou ter serviços internos suspensos. A Estátua da Liberdade, em Nova York, e o National Mall, em Washington, devem interromper as visitas, por exemplo. Aviões estacionados no aeroporto de LaGuardia, em Nova York Reuters Impactos internos 💸 Para os moradores, alguns serviços continuarão funcionando, como o pagamento de aposentadorias e benefícios de invalidez, além de programas de saúde. O Serviço Postal seguirá operando, já que não depende do orçamento do Congresso. Programas de assistência alimentar funcionando podem continuar enquanto houver recursos. Tribunais federais e a Receita Federal podem ter operações limitadas se a paralisação se prolongar. 🚨 Em relação à segurança, agentes do FBI, da Guarda Nacional e de outras forças federais continuarão trabalhando, assim como patrulhas de fronteira e fiscalização de imigração. No Pentágono, mais da metade dos 742 mil funcionários civis será afastada. Visitas de chefes de Estado ou autoridades estrangeiras previstas durante a paralisação devem ser canceladas. Cerca de 2 milhões de militares americanos permanecerão em seus postos. Contratos fechados antes do início do shutdown seguem válidos, e o Departamento de Guerra poderá solicitar suprimentos para garantir a segurança nacional. A paralisação também pode atrasar a divulgação de dados econômicos importantes, afetando políticas públicas e investidores, além de limitar empréstimos e serviços para pequenas empresas. Trump durante encontro com Netanyahu na Casa Branca Kevin Lamarque/Reuters Batalha política O último shutdown do governo dos Estados Unidos ocorreu entre 2018 e 2019. O centro da disputa foi um pedido de Trump para financiar a construção de um muro na fronteira com o México. Na ocasião, a paralisação custou US$ 3 bilhões à economia americana, o equivalente a 0,02% do PIB. Desta vez, o ponto de atrito é a saúde. Os democratas dizem que só aprovarão o orçamento caso programas de assistência médica que estão prestes a expirar sejam prolongados. Já os republicanos de Trump insistem que saúde e orçamento devem ser tratados como questões separadas. “Isso não faz nada, absolutamente nada para resolver a maior crise de saúde da América”, disse o líder democrata no Senado, Chuck Schumer, ao pedir que colegas rejeitem o projeto de orçamento de Trump. Enquanto isso, republicanos acusam os democratas de usar o orçamento como moeda de troca para atender demandas de sua base antes das eleições legislativas de 2026, que definirão o controle do Congresso. “A determinação da extrema esquerda de se opor a tudo o que o presidente Trump disse ou fez não é um bom motivo para submeter o povo americano à dor de uma paralisação do governo”, disse o senador John Thune. O Capitólio dos EUA em 30 de setembro de 2025 Alex Wroblewski/AFP VÍDEOS: mais assistidos do g1



'Shutdown': Congresso não aprova orçamento, e governo dos EUA deve ser paralisado


01/10/2025 00:54 - g1.globo.com


O Capitólio dos EUA em 30 de setembro de 2025 Alex Wroblewski/AFP O governo dos Estados Unidos entrou em paralisação nesta quarta-feira (1º) após o Congresso não conseguir aprovar um projeto orçamentário para estender o financiamento federal. Com isso, uma série de serviços públicos poderá ser suspensa. A medida também é conhecida como "shutdown". ✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp Na noite desta terça-feira (30), senadores tentaram aprovar o orçamento, mas a última proposta discutida recebeu apenas 55 dos 60 votos necessários. Em seguida, o Senado encerrou a sessão, indicando que retomará os trabalhos apenas na quarta-feira. O Congresso tem até as 23h59 desta terça-feira para aprovar o texto (0h59 de quarta-feira, em Brasília). Mesmo que o Senado reabra os trabalhos e tente votar uma nova proposta de orçamento, o texto ainda teria que passar pela Câmara, que não está em sessão. No centro do impasse que deve resultar na paralisação está a saúde. Os democratas afirmam que só aprovarão o orçamento se programas de assistência médica prestes a expirar forem prolongados. Já os republicanos de Trump defendem que saúde e financiamento federal sejam tratados separadamente. Eles acusam os democratas de usar o orçamento como moeda de troca para atender demandas próprias antes das eleições legislativas de 2026, que definirão o controle do Congresso. Na segunda-feira (29), lideranças democratas e republicanas se reuniram com o presidente Donald Trump na Casa Branca para tentar negociar uma saída. As conversas não avançaram, e ambos passaram a se acusar de forçar a paralisação do governo. A crise ganhou novos contornos nesta terça-feira com as ameaças do presidente. Trump afirmou que poderia demitir servidores e encerrar programas ligados aos democratas caso o governo fosse paralisado. “Vamos demitir muita gente. E eles serão democratas”, disse. Com a paralisação, apenas serviços considerados essenciais continuarão funcionando, como segurança pública, fiscalização de fronteiras e parte do controle aéreo. Veja os impactos mais abaixo. A última paralisação ocorreu entre 2018 e 2019, no primeiro mandato de Trump, quando ele exigiu que o Congresso aprovasse gastos para a construção de um muro na fronteira entre os EUA e o México. O presidente recuou 35 dias depois. O custo estimado da crise foi de US$ 3 bilhões. LEIA TAMBÉM Juiz decide que governo Trump agiu de forma inconstitucional ao prender estudantes estrangeiros pró-Palestina Trump e Milei vão se encontrar na Casa Branca para tratar de apoio de US$ 20 bilhões à Argentina Pressionado internamente, Netanyahu diz que não concordou com Estado palestino em reunião com Trump Impactos Aviões estacionados no aeroporto de LaGuardia, em Nova York Reuters Com o governo impedido de gastar, milhares de servidores públicos serão colocados em licença, enquanto outros, que trabalham em serviços essenciais, podem ter os salários suspensos. A remuneração será paga de forma retroativa quando o orçamento for normalizado. ✈️ O "shutdown" também pode afetar turistas. Companhias aéreas alertam que atrasos em voos são prováveis nos próximos dias. A Administração Federal de Aviação (FAA, na sigla em inglês) informou que 11 mil funcionários serão enviados para casa. Durante a paralisação, 13 mil controladores de tráfego aéreo terão de continuar trabalhando sem receber salário. Atualmente, os EUA enfrentam déficit de cerca de 3.800 controladores. O shutdown de 2019 provocou filas maiores nos pontos de controle dos aeroportos. Na época, as autoridades reduziram o tráfego aéreo em Nova York. Ainda no setor do turismo, parques nacionais, museus e zoológicos federais também podem fechar ou ter serviços internos suspensos. 💸 Para os moradores, alguns serviços continuarão funcionando, como o pagamento de aposentadorias e benefícios de invalidez, além de programas de saúde. O Serviço Postal seguirá operando, já que não depende do orçamento do Congresso. Programas de assistência alimentar funcionando podem continuar enquanto houver recursos. Tribunais federais e a Receita Federal podem ter operações limitadas se a paralisação se prolongar. 🚨 Em relação à segurança, agentes do FBI, da Guarda Nacional e de outras forças federais continuarão trabalhando, assim como patrulhas de fronteira e fiscalização de imigração. No Pentágono, mais da metade dos 742 mil funcionários civis será afastada. Visitas de chefes de Estado ou autoridades estrangeiras previstas durante a paralisação devem ser canceladas. Cerca de 2 milhões de militares americanos permanecerão em seus postos. Contratos fechados antes do início do shutdown seguem válidos, e o Departamento de Guerra poderá solicitar suprimentos para garantir a segurança nacional. A paralisação também pode atrasar a divulgação de dados econômicos importantes, afetando políticas públicas e investidores, além de limitar empréstimos e serviços para pequenas empresas. VÍDEOS: mais assistidos do g1



Mega-Sena, concurso 2921: prêmio acumula e vai a R$ 7,5 milhões


30/09/2025 23:06 - g1.globo.com


G1 | Loterias - Mega-Sena 2921 O sorteio do concurso 2.921 da Mega-Sena foi realizado na noite desta terça-feira (30), em São Paulo. Nenhuma aposta acertou as seis dezenas, e o prêmio para o próximo sorteio acumulou em R$ 7,5 milhões. Clique aqui para seguir o canal de Loterias do g1 no WhatsApp Veja os números sorteados: 09 - 12 -14 - 16 - 26 - 36. 5 acertos - 32 apostas ganhadoras, R$ 32.378,25 4 acertos - 2.240 apostas ganhadoras, R$ 762,43 O próximo sorteio da Mega será na quinta-feira (2). concurso 2.921 da Mega-Sena Caixa / Reprodução Entenda como funciona a Mega-Sena e qual a probabilidade de ganhar o prêmio Para apostar na Mega-Sena As apostas podem ser realizadas até as 19h (horário de Brasília) em qualquer lotérica do país ou por meio do site e aplicativo Loterias Caixa, disponíveis em smartphones, computadores e outros dispositivos. O pagamento da aposta online pode ser realizado via PIX, cartão de crédito ou pelo internet banking, para correntistas da Caixa. É preciso ter 18 anos ou mais para participar. Probabilidades A probabilidade de vencer em cada concurso varia de acordo com o número de dezenas jogadas e do tipo de aposta realizada. Para um jogo simples, com apenas seis dezenas, que custa R$ 6, a probabilidade de ganhar o prêmio milionário é de 1 em 50.063.860, segundo a Caixa. Já para uma aposta com 20 dezenas (limite máximo), com o preço de R$ 232.560,00, a probabilidade de acertar o prêmio é de 1 em 1.292, ainda de acordo com a instituição. Bilhetes da Mega-Sena, em imagem de arquivo Marcelo Brandt/G1



Senado aprova segunda etapa da regulamentação da reforma tributária


30/09/2025 21:11 - g1.globo.com


Câmara já havia aprovado o projeto que estabelece regras para comitê gestor da reforma tributária O Senado Federal aprovou nesta terça-feira (30) a segunda etapa de regulamentação da reforma tributária. O texto, antes de virar lei, ainda terá de passar por nova rodada de votação na Câmara dos Deputados. Em linhas gerais, o projeto: dita como será dividida entre estados e municípios a arrecadação do novo Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), que une os atuais ICMS (estadual) e ISS (municipal). Um comitê gestor com 54 conselheiros vai administrar o novo tributo, que passará a ser cobrado integralmente a partir de 2033; estende para caminhoneiros, taxistas e fretistas o benefício tributário em relação à cobrança do IBS e de um outro imposto, a nível federal, criado na reforma, a Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS). Todas essas categorias não terão de pagar os dois impostos se tiverem faturamento anual de até R$ 162 mil. O benefício para esses trabalhadores é maior por conta dos gastos com gasolina e manutenção do veículo. Para outros tipos de nanoempreendedores, como artesãos, fica fixado o limite de receita de R$ 40 mil por ano; estabelece também para bebidas açucaradas a transição de 2029 a 2033 da cobrança do chamado "imposto do pecado". Cigarros e bebidas alcoólicas já estavam contemplados nesse período de adaptação. O Senado ainda determinou um teto de 2% para cobrança desse tributo sobre as bebidas açucaradas; dá às empresas créditos pelo pagamento do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), que será extinto com a criação do IBS. Saldos reunidos até o fim de 2032 poderão ser devolvidos ao contribuinte, por transferência, ou servirão para abater cobranças do novo imposto. diz que o imposto que incide sobre herança e doações não será cobrado sobre valores herdados de previdência privada complementar, seguro e pecúlio; reduz para 1% cada a alíquota do IBS e da CBS para as Sociedades Anônimas do Futebol (SAFs), O relator, senador Eduardo Braga (MDB-AM), acatou uma mudança no período de referência para cálculo do valor da alíquota do novo IBS. Será considerada agora a janela entre 2024 e 2026 de arrecadação de ICMS e ISS. Inicialmente Braga tinha fixado como base a receita média entre 2012 e 2021. Mas ele recuou após reclamação dos municípios de que poderiam sofrer perda de R$ 40 bilhões anuais. Reforma tributária vai mudar a forma como os impostos são arrecadados no Brasil Reprodução/TV Globo O Senado aprovou versão do texto que restringe, apenas para a indústria petroquímica, a isenção do IBS e da CBS sobre matérias-primas derivadas do petróleo, como a nafta. O objetivo é ajudar no combate à sonegação dos tributos pois alguns importares compram a nafta fingindo que irão produzir químicos quando, na verdade, a utilizam para produzir gasolina. Desta forma, o projeto exige que haja cobrança do ICMS, na importação, da nafta que vai para a gasolina. "Inicialmente, a cobrança só ocorreria em 2033. Com a mudança, o ICMS será cobrado já na importação da nafta destinada à gasolina, evitando desvios, fechando uma porta importante para fraudes, e ajudando os estados a aumentar a arrecadação no curto prazo", explicou o relator. Outro é a isenção (alíquota zero) dos novos impostos da reforma para Pessoas com Deficiência (PCDs) na compra de carros de até R$ 100 mil. Reforma Tributária O cerne da reforma tributária já virou lei: a transformação de cinco tributos (ICMS, ISS, IPI, PIS e Confins) em dois (IBS e CBS), com aplicação de forma gradativa entre 2026 e 2033. De acordo com o Ministério da Fazenda, a transição funcionará da seguinte forma: 2026 será o ano teste do IBS e da CBS- os impostos não serão cobrados, mas os valores dos descontos vão aparecer nas notas fiscais, para que o contribuinte tenha familiaridade com a mudança; em 2027, começa a cobrança dos dois impostos. PIS e Cofins serão extintos e IPI terá alíquota zero, menos para produtos industrializados na Zona Franca de Manaus; em 2027 e 2028, IBS e CBS serão cobrados com alíquota simbólica de 0,1%; de 2029 a 2032, as alíquotas do ICMS e do ISS serão reduzidas em 10% ao ano, sendo a alíquota do IBS elevada progressivamente. Em 2033, o ICMS e o ISS serão extintos, e o IBS passará a ser cobrado integralmente, completando a transição para o novo sistema tributário. Imposto Seletivo O Poder Executivo ainda precisa enviar ao Congresso projeto para definir as alíquotas do Imposto Seletivo (IS), o "imposto do pecado". O tributo é aplicado sobre produtos considerados prejudiciais à saúde ou ao meio ambiente. Na prática, essa categoria terá uma tributação maior do que a alíquota padrão. O texto aprovado nesta terça pelos senadores impôs o teto de 2% da cobrança do IS sobre todas as bebidas com alto teor de açúcar, como refrigerantes e sucos industrializados. Uma parte dos senadores criticou a medida. "A gente pode estabelecer um teto, mas 2%, levando em consideração que faz mal, que já é comprovado, que está acontecendo isso, as crianças e adolescentes estão consumindo e estão virando pessoas obesas e desnutridas", disse Mara Gabrilli (PSD-SP). O relator, Eduardo Braga, rebateu as críticas sob o argumento de que pessoas de baixa renda consomem esse tipo de produto. "A obesidade é um problema? É, mas a fome é mais do que um problema. A fome mata, a fome humilha, a fome tira a oportunidade das pessoas. Quem é obeso pode, por decisão própria, perder peso, pode, por decisão própria, emagrecer; mas quem passa fome não tem essa opção", afirmou Braga.



Gleisi cobra 'bom senso' e rebate TCU sobre meta fiscal: 'Decisão ilegal'


30/09/2025 20:43 - g1.globo.com


Haddad: Brasil tem legislação frouxa contra sonegadores A ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, afirmou nesta terça-feira (30) que o governo vai recorrer da decisão do Tribunal de Contas da União (TCU), que viu conduta irregular do governo ao adotar o limite inferior do intervalo de tolerância, em substituição ao centro da meta de resultado primário, nas contas públicas. Segundo a ministra, a decisão do TCU é considerada ilegal pelo governo. Gleisi afirmou ainda que, se o TCU não reverter, ela acredita que o Judiciário vá rever a decisão. "Nós consideramos ilegal a decisão do TCU porque a Lei do Arcabouço fala da meta na sua centralidade das bandas. Então, ela permite, sim, que a gente faça a execução desse modo em relação ao resultado fiscal. O TCU não pode mudar o entendimento da lei", disse a ministra. Gleisi afirmou que o assunto foi pauta de um almoço entre o presidente Lula e os presidentes do Senado, Davi Alcolumbre, e da Câmara, Hugo Motta, nesta terça-feira (30), no Palácio da Alvorada. "Nós estamos entrando com recurso, conversamos hoje com os presidentes da Câmara e do Senado, até porque o TCU é um órgão auxiliar do Poder Legislativo para que também os presidentes conversem com o TCU e tomem as medidas cabíveis para reverter essa decisão", disse. "Espero que eles tenham um bom senso de rever a posição. E ela é ilegal. Se o TCU não rever, com certeza o Judiciário vai rever." A ministra-chefe da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República, Gleisi Hoffmann. Gil Ferreira/SRI-PR A meta fiscal de 2025 é de déficit zero – equilíbrio entre gastos e despesas, desconsiderando os precatórios. No entanto, o governo tem uma margem que flexibiliza o centro da meta, permitindo até um déficit de 0,25% do Produto Interno Bruto (PIB), o que equivale a R$ 31 bilhões. Na segunda-feira (23), o governo reviu a projeção para 2025 e prevê fechar o ano com um déficit de e R$ 73,5 bilhões. Mas, pelas regras de cumprimento da meta fiscal, é possível retirar do cálculo R$ 43,3 bilhões de gastos com precatórios. Com esse abatimento e o congelamento de despesas, o governo fecharia o ano com R$ 30,2 bilhões, ou seja, estima que o objetivo fiscal será atingido. Ainda que o objetivo fiscal seja atingido pelo governo, a análise do TCU diz que as contas públicas devem mirar o centro da meta fiscal. "(A adoção do limite inferior do intervalo de tolerância, em substituição ao centro da meta de resultado primário, como parâmetro para a limitação de empenho e movimentação financeira, revela-se incompatível com o regime jurídico-fiscal vigente", diz o TCU, em relatório sobre acompanhamento dos resultados fiscais e da execução orçamentária e financeira da União no segundo bimestre de 2025.



Prêmio Profissionais do Ano anuncia finalistas da 47ª edição


30/09/2025 19:54 - g1.globo.com

Os finalistas da 47ª edição do Prêmio Profissionais do Ano (PPA 2025), maior prêmio da publicidade brasileira, foram anunciados nesta terça-feira (30). Ao todo, foram selecionados 58 trabalhos, distribuídos em 16 categorias (veja a lista completa mais abaixo). A seleção foi conduzida por um júri formado por 70 profissionais de comunicação e marketing de diferentes regiões do país. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça Os vencedores serão revelados no dia 27 de novembro, em cerimônia em São Paulo. O processo de seleção ocorreu em duas etapas: primeiro de forma online e, em seguida, em encontro presencial na sede da Globo, em São Paulo. Na classe regional, concorrem campanhas exibidas localmente, premiando produções das regiões Sul, Sudeste Capital, Sudeste Interior, Norte-Nordeste e Leste-Oeste, nas categorias Filme e Campanha. Já na classe nacional, participam filmes veiculados em todo o país, com disputas em Filme 30”, Filme 30”+, Campanha, Ações em Conteúdo, Integrada e Valor Social. Cada categoria apresenta números distintos de indicados, reflexo da atualização nos critérios de avaliação, que desde o ano passado passou a privilegiar um olhar mais qualitativo do júri, com definição a partir de nota de corte. Neste ano, o PPA teve mais de 850 peças inscritas. Foram quase 12 horas de campanhas avaliadas, com destaque para as categorias regionais, em especial as da região Norte-Nordeste, que alcançou recorde de trabalhos submetidos. Os números também mostram diversidade de participantes, ao reunir 269 agências e 129 produtoras, representando 481 anunciantes de todo o país. Ao longo de deus 47 anos, o prêmio já analisou mais de 46 mil trabalhos e entregou mais de 3.200 troféus, consolidando-se como uma das maiores celebrações do talento criativo brasileiro. Confira a lista completa dos finalistas: Nacional Filme 30" Título: CAIU? DOEU? CATAFLAMPRO! Anunciante: HALEON Agência: WMCCANN Título: FORTE SÃO ELAS Anunciante: DIAGEO Agência: ALMAPBBDO Título: MONSTRO VS ROBÔ Anunciante: TELLANTIS / CITROËN Agência: BETC HAVAS Título: O BRINDE Anunciante: Heineken Agência: LePub Título: TEMPO DE MUDAR Anunciante: VIVO - TELEFONICA BRASIL Agência: AFRICA CREATIVE DDB Filme 30"+ Título: CASA DE VIDRO Anunciante: O BOTICÁRIO Agência: ALMAPBBDO Título: CHEGADAS Anunciante: VOLKSWAGEN Agência: ALMAPBBDO Título: O APP DA VIDA Anunciante: VIVO - TELEFONICA BRASIL Agência: GALERIA.ag Título: PLANOS Anunciante: O BOTICÁRIO Agência: ALMAPBBDO Título: TEMPO DE MUDAR Anunciante: VIVO - TELEFONICA BRASIL Agência: AFRICA CREATIVE DDB Campanha Título: É POR ISSO QUE EU CHAMO O MÉQUI DE MÉQUI Anunciante: MCDONALD'S Agência: GALERIA.ag Título: FÁCIL ASSIM Anunciante: SAMSUNG BRASIL Agência: SUNO UNITED CREATORS Título: NO PULLMAN, HISTÓRIAS ACONTECEM Anunciante: PULLMAN Agência: ALMAPBBDO Título: NOVA FASE Anunciante: VIVO - TELEFONICA BRASIL Agência: GALERIA.ag Título: NUBANC BY MATT LEBLANC Anunciante: NUBANK Agência: WIEDEN+KENNEDY SP Ações em conteúdo Título: APÊ DO LÍDER BBB Anunciante: MRV Agência: DM9 Título: CHEFS PLACEMENT Anunciante: AMBEV Agência: DROGA5 SÃO PAULO Título: ROUBANDO A CENA Anunciante: SHOPEE Agência: WE Integrada Título: ANTI MERCHAN Anunciante: O BOTICÁRIO Agência: GUT Título: MALBEC: UM PSICOPATA (LATINO) AMERICANO Anunciante: O BOTICÁRIO Agência: ALMAPBBDO Título: NOVELAVERSO Anunciante: BYD AUTO BRASIL Agência: WE Título: NU EXPLICA NO JN Anunciante: NUBANK Agência: WIEDEN+KENNEDY SP Título: O CORRE DAS NOVE Anunciante: PERNOD RICARD Agência: DENTSU CREATIVE BRASIL Valor social Título: A MANCHA INVISÍVEL Anunciante: RECKITT / VANISH Agência: BETC HAVAS Título: BABYTALK Anunciante: O BOTICÁRIO Agência: ALMAPBBDO Título: COMBATE ÀS ARBOVIROSES 2025 Anunciante: MUNICIPIO DO RECIFE Agência: AGÊNCIA UM Título: CORPO PRETO Anunciante: IDOMED Agência: ARTPLAN Título: TRABALHO INVISÍVEL Anunciante: INSTITUTO NÓS POR ELAS Agência: CALIA Sudeste capital Filme Título: ADVOGADOS BK® TASTE Anunciante: BURGER KING (São Paulo/SP) Agência: ALMAPBBDO (São Paulo/SP Título: GOL INTERROMPIDO Anunciante: FIAT (Betim/MG) Agência: LEO (São Paulo/SP) Título: VISTA PRO CAUÃ Anunciante: ZAP (São Paulo/SP) Agência: ALMAPBBDO (São Paulo/SP) Campanha Título: COMERCIAL QUE ULTRAPASSA Anunciante: BYD AUTO BRASIL (São Paulo/SP) Agência: WE (São Paulo/SP) Título: TELETRANSPORTE Anunciante: ALPARGATAS (São Paulo/SP) Agência: ALMAPBBDO (São Paulo/SP) Título: VAI COM TUDO Anunciante: BANCO BRADESCO (Osasco/SP) Agência: LOVELY (São Paulo/SP) Sudeste interior Filme Título: #SDDS Anunciante: DS PEÇAS AUTOMOTIVAS (São José Do Rio Preto/SP) Agência: F&MD (São José Do Rio Preto/SP) Título: SÓ QUEM É GATEIRO SABE Anunciante: MANFRIM Agência: NOMADS360 (Assis/SP) Título: WYDA EXTRATERRESTRE Anunciante: WYDA EMBALAGENS (Sorocaba/SP) Agência: CDR+ (Sorocaba/SP) Campanha Título: RECOMEÇAR Anunciante: UNIMED SOROCABA (São Paulo/SP) Agência: Atua Agência (Sorocaba/SP) Título: SAUDADE Anunciante: ECHOPE (Araraquara/SP) Agência: REBECA COME TERRA (Araraquara/SP) Título: TRAZ O DOURADO Anunciante: SANTA HELENA (Ribeirão Preto/SP) Agência: ARPEJO (Campinas/SP) Leste Oeste Filme Título: LEOZAP Anunciante: SÃO SALVADOR ALIMENTOS - 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Moratória da Soja será suspensa em janeiro de 2026, decide Cade


30/09/2025 18:52 - g1.globo.com


Agricultores colhem soja REUTERS/Enrique Marcarian O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) decidiu nesta terça-feira (30) adiar a suspensão da Moratória da Soja para janeiro de 2026. ➡️O que é a Moratória da Soja? É um pacto entre as empresas compradoras da oleaginosa, que está em vigor há quase 20 anos e proíbe a aquisição do grão cultivado de áreas desmatadas na Amazônia após julho de 2008, visando preservar a floresta. A decisão de hoje manteve a suspensão determinada pelo superintendente-geral do órgão, em agosto, mas adiou sua aplicação para o próximo ano "a fim de criar um período de diálogo entre agentes públicos e privados". Na época, o Cade argumentou que o pacto "constitui um acordo anticompetitivo entre concorrentes que prejudicam a exportação de soja". Representantes da indústria, como a Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove), entraram com recurso contra a suspensão. No final de agosto, a Justiça Federal havia derrubado a ordem de suspensão do Cade, alegando que a decisão do superintendente-geral do órgão não poderia valer até que o recurso fosse julgado, o que ocorreu hoje. CADE decide suspender a moratória da soja Reação Entidades do agronegócio comemoraram a decisão do Cade desta terça-feira. A Confederação Nacional do Agronegócio (CNA), que havia pedido a suspensão do pacto no conselho, disse que a medida é um "reconhecimento dos efeitos nocivos da Moratória da Soja para o mercado e os consumidores". Já a Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja MT), que também denunciou a moratória no Cade, disse que "o fim da moratória é um marco histórico na defesa da livre concorrência e da produção legal no campo". Segundo a entidade, a suspensão também "devolve segurança jurídica e dignidade aos milhares de produtores que sempre atuaram em conformidade com o Código Florestal e as leis ambientais brasileiras". Favorável à Moratória, a Abiove disse que o novo prazo dará tempo para trabalhar em busca de uma solução. "A Abiove continuará monitorando os desdobramentos do Cade e permanece à disposição para colaborar com as autoridades competentes para promover a segurança jurídica e a previsibilidade regulatória no setor", afirmou em comunicado. Veja mais: Saiba quais frutas não podem ser guardadas juntas



Trump e Milei vão se encontrar na Casa Branca para tratar de apoio de US$ 20 bilhões à Argentina


30/09/2025 18:43 - g1.globo.com


Donald Trump cumprimenta Javier Milei durante encontro na 80ª Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova York. Reuters O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, vai se encontrar daqui a duas semanas com o presidente argentino, Javier Milei, anunciou nesta terça-feira (30) o Ministério das Relações Exteriores da Argentina. A reunião ocorre enquanto Milei busca assegurar um apoio bilionário dos EUA. A medida gerou críticas de alguns republicanos, depois que a Argentina vendeu bilhões de dólares em soja para a China, principal rival comercial de Trump. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça Os líderes se encontrarão na Casa Branca em 14 de outubro, na mesma semana em que o Banco Mundial e o Fundo Monetário Internacional (FMI) se reúnem em Washington. O Ministério das Relações Exteriores da Argentina chamou o encontro de "nova oportunidade para continuar fortalecendo a parceria estratégica entre os dois países". O secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, anunciou na semana passada negociações para uma linha de swap de US$ 20 bilhões com o banco central argentino, que daria à Argentina acesso a dólares tão necessários. 🔎 O swap cambial funciona como uma troca temporária de moedas entre países, usada para reforçar as reservas internacionais e dar mais estabilidade à economia local. Na prática, é uma forma de obter liquidez em moeda estrangeira sem recorrer diretamente a empréstimos tradicionais. Os preços dos títulos em dólar da Argentina e o peso subiram na semana passada, após o anúncio de Bessent, mas recuaram desde então — em parte devido à falta de detalhes sobre o apoio prometido pelos EUA. Na terça-feira, os títulos se mantiveram estáveis ou caíram 2 centavos cada, enquanto o peso perdeu 1,5% de seu valor. A política de austeridade radical de Milei, de perfil libertário, ajudou a enfrentar décadas de problemas de solvência. No entanto, preocupações com falta de liquidez persistem, e analistas alertam que as eleições de meio de mandato em outubro podem colocar seus avanços em risco. O apoio dos EUA parece ter provocado reação negativa no círculo próximo a Trump. Na semana passada, a Associated Press registrou uma imagem de Bessent lendo uma mensagem de texto, aparentemente enviada pela secretária de Agricultura, Brooke Rollins, que descrevia o acordo como “infeliz”. “Resgatamos a Argentina. E, em troca, os argentinos removeram as tarifas de exportação de grãos, baixando os preços, e venderam um grande volume de soja para a China, justamente quando normalmente estaríamos vendendo para lá”, disse a mensagem de um contato identificado como “BR”. Bessent e Rollins não comentaram publicamente sobre a troca de mensagens, e seus escritórios não responderam imediatamente a um pedido de comentário da Reuters. Em nova tentativa de garantir moeda estrangeira e acalmar o mercado antes das eleições de meio de mandato, o governo argentino suspendeu temporariamente os impostos de exportação sobre grãos na semana passada. Em apenas alguns dias, os comerciantes registraram US$ 7 bilhões em vendas. Segundo comerciantes, a maior parte dessas cargas, especialmente de soja, seguirá para a China. Os acordos representam um golpe para os agricultores dos EUA, que perdem bilhões de dólares em vendas no auge de sua principal temporada. Enquanto negociações comerciais não resolvidas entre Washington e Pequim travam as exportações, fornecedores sul-americanos entram para suprir a demanda. Javier Milei perde legislativas em Buenos Aires e mercado reage



Tarifaço: Camex adia por 30 dias prazo para relatório sobre reciprocidade aos EUA


30/09/2025 18:34 - g1.globo.com

Lula diz que pretende levar Janja para conversa com Trump A Câmara de Comércio Exterior (Camex) decidiu adiar por 30 dias a entrega do relatório que analisa a aplicação da chamada lei da reciprocidade contra os Estados Unidos, em resposta ao tarifaço de 50% imposto pelo governo Donald Trump sobre produtos brasileiros. A decisão foi tomada na 4ª Reunião Extraordinária do Comitê-Executivo de Gestão (Gecex), realizada nesta segunda-feira (29). Segundo a deliberação, o prazo de apresentação do documento foi prorrogado por mais 30 dias. Na prática, o processo pode se estender por até 120 dias, já que a lei permite duas prorrogações consecutivas de 30 dias para a entrega do relatório pela Secretaria-Executiva da Camex e, depois disso, o próprio Gecex tem mais 30 dias, também prorrogáveis, para deliberar sobre a abertura do processo. Em nota divulgada na sexta-feira (26), a Camex afirmou que o relatório está em elaboração e será entregue dentro dos prazos legais. Expectativa de encontro Lula–Trump O adiamento ocorre em meio à expectativa de uma reunião entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente norte-americano Donald Trump. O tema comercial é considerado central no diálogo entre os dois países, depois de Trump afirmar em discurso na Assembleia Geral da ONU que teve “uma química excelente” com Lula. Lula diz que foi uma satisfação se encontrar com Trump na ONU Lei da reciprocidade Pela lei, o Brasil pode responder com medidas equivalentes e aplicar também tarifas adicionais a produtos importados dos EUA. O objetivo seria equilibrar os impactos do tarifaço que já atinge setores como o agronegócio brasileiro.



Trump diz que EUA caminham para paralisação do governo; democratas e republicanos trocam acusações


30/09/2025 17:16 - g1.globo.com


Donald Trump REUTERS/Ken Cedeno O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta terça-feira (30) que o país está caminhando para uma paralisação administrativa. ✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp Questionado sobre o assunto por repórteres na Casa Branca, após o vice-presidente, J.D. Vance, não obter sucesso em negociações com o Congresso, Trump disse que, caso o 'shutdown' ocorra, muitos funcionários federais podem ser demitidos e benefícios podem ser cortados. "Provavelmente teremos uma paralisação. Podemos fazer coisas durante a paralisação que são ruins e irreversíveis para eles, como cortar um grande número de pessoas, cortar coisas que eles gostam, cortar programas que eles gostam", disse Trump. A paralisação, que seria a 15ª desde 1981, irá ocorrer se o Congresso não chegar a um acordo para aprovar um financiamento extra das contas públicas. O prazo para a aprovação é meia-noite desta quarta-feira (1º). Caso isso não aconteça, vários serviços públicos terão de parar até um novo Orçamento. Troca de acusações nas redes sociais A Casa Branca usou seu perfil oficial nas redes sociais para reforçar o discurso de Trump. Na rede social X, postou o print de uma reportagem com declarações do presidente afirmando que seus adversários políticos "querem destruir o sistema de saúde da América dando milhões a imigrantes ilegais" e escreveu: "Paralisação democrata: o presidente Trump coloca os americanos em primeiro lugar. Democratas? Eles colocam os americanos em último". Initial plugin text O Partido Democrata rebateu. Em um primeiro post, compartilhou o vídeo do início de uma sessão na Câmara dos Representantes dos EUA e acusou os republicanos de impedir o funcionamento da casa para não haver negociação: "Os republicanos acabaram de colocar a Câmara em sessão por um total de 2 minutos. Os democratas tentaram apresentar uma proposta para manter o governo funcionando, manter as crianças seguradas e evitar que os custos com saúde dobrassem, mas eles impediram. O Partido Republicano terá que se responsabilizar por essa paralisação". Em um segundo post, compartilhou uma fala da deputada Katherine Clark, defendendo que o partido quer apenas "manter os cuidados de saúde acessíveis" e estava lutando "para manter o governo aberto". Initial plugin text Reunião na noite desta segunda (29) terminou sem acordo Na noite de segunda-feira (29), Trump recebeu membros do Partido Democrata em uma reunião na Casa Branca, mas o encontro terminou sem acordo. Ambos os lados saíram da reunião afirmando que o oponente será o culpado caso o Congresso não conseguir prorrogar o financiamento do governo até esta noite. "Acho que estamos caminhando para uma paralisação", disse o vice-presidente JD Vance após o encontro. Os democratas argumentam que só aprovarão o financiamento caso programas de benefícios de saúde que estão prestes a expirar sejam prolongados. Já os republicanos de Trump insistem que saúde e financiamento do governo devem ser tratados como questões separadas. Risco de paralisação nos EUA: reunião na Casa Branca termina sem acordo para aprovação do Orçamento O líder democrata no Senado, Chuck Schumer, afirmou que os dois lados "têm diferenças muito grandes". Os impasses orçamentários se tornaram relativamente rotineiros em Washington nos últimos 15 anos e são geralmente resolvidos no último minuto. Mas a disposição de Trump de anular ou ignorar as leis de gastos aprovadas pelo Congresso injetou uma nova dimensão de incerteza. Se o Congresso não agir, milhares de funcionários do governo federal poderão ser dispensados, desde a Nasa até os parques nacionais, e uma ampla gama de serviços será interrompida. Os tribunais federais podem ter de fechar, e os subsídios para pequenas empresas podem ser adiados. Foto do Senado dos EUA, no Capitólio, em Washington, na madrugada de terça-feira, 8 de novembro de 2022 J. Scott Applewhite/AP Trump se recusou a liberar bilhões de dólares já aprovados pelo Congresso e ameaça ampliar sua ofensiva contra servidores públicos federais caso os parlamentares permitam uma paralisação do governo. Até o momento, apenas algumas agências publicaram planos detalhando como procederiam no caso de uma paralisação. A Casa Branca divulgou um decreto na noite de segunda estendendo o prazo de mais de 20 comitês consultivos federais até 2027. Porém, não deixou claro como esses comitês — que assessoram o presidente em áreas como comércio e segurança nacional — serão financiados em meio à incerteza da paralisação. O que está em questão é US$1,7 trilhão (cerca de R$ 9 trilhões) em gastos discricionários que financiam as operações das agências, o que equivale a cerca de um quarto do orçamento total de US$7 trilhões (cerca de R$ 37 trilhões) do governo. O valor restante vai, principalmente, para programas de saúde e aposentadoria e pagamentos de juros sobre a crescente dívida de US$ 37,5 trilhões (cerca de R$ 199 trilhões).



UE aprova aquisição da Versace pela Prada para criar gigante italiana do luxo


30/09/2025 16:23 - g1.globo.com


Economia criativa transforma lixo em arte e moda A União Europeia aprovou, nesta terça-feira (30), a compra da grife italiana Versace pela compatriota Prada, após concluir que a operação não levanta problemas em matéria de concorrência. A Prada anunciou em abril a aquisição da Versace por 1,4 bilhão de dólares (R$ 7,7 bilhões na cotação atual) ao grupo americano Capri Holdings. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça A união entre as duas marcas lendárias dará origem a um grupo de luxo italiano com um faturamento superior a 7 bilhões de dólares (aproximadamente R$ 37,4 bilhões na cotação atual), capaz de competir melhor com gigantes do setor, como LVMH e Kering. A Versace foi fundada em 1978 pelo italiano Gianni Versace e ficou famosa pelo trabalho da diretora de criação Donatella Versace, irmã de Gianni. Ela deixou o cargo em março de 2025, depois de 30 anos na função. Em 2018, a Versace foi vendida para a Capri Holdings, que é o grupo controlador, também, de outras marcas famosas no mundo de luxo, como Michael Kors e Jimmy Choo. Na época do negócio, a Capri pagou mais pela compra da grife italiana do que vai receber com a venda para a Prada: US$ 2 bilhões. A Prada, que também é proprietária da marca jovem e transgressora Miu Miu, espera concluir a compra da Versace antes do final do ano. Gigante italiano A compra da Versace pela Prada dá forças à Itália no cenário de luxo global, dominado, principalmente, por grupos dos Estados Unidos e pela gigante francesa LVMH, dona da Louis Vuitton e Dior. Apesar de a Itália representar de 50% a 55% da produção global de bens de luxo pessoais, segundo estimativas da consultoria Bain, o país carece de um grupo com escala comparável às empresas do mesmo segmento de outros países. A capitalização de mercado da Prada é de cerca de 14 bilhões de euros (US$ 15 bilhões), o que o torna o maior grupo italiano de moda de luxo em receita. Mas, em comparação com empresas como a LVMH, o valor é bem menos relevante. O grupo francês, por exemplo, tem um valor de mercado estimado em cerca de US$ 259 bilhões. A longo prazo, os olhos estão voltados para empresas como a Armani e a Dolce & Gabbana, sediadas em Milão, entre as poucas na Itália que ainda são totalmente familiares e não listadas em bolsa. Neste mês, com a morte do estilista Giorgio Armani, aos 91 anos, o império do italiano deve tomar novos rumos. Segundo o testamento deixado por ele, a fundação que herdará a Giorgio Armani SpA terá de vender 15% da empresa para outros grupos — incluindo LVMH, EssilorLuxottica e L'Oreal. Seus destinos finais podem ser decisivos em qualquer esforço para criar uma verdadeira potência italiana na moda global. Donatella Versace no desfile de Primavera-Verão da Versace, na Semana de Moda de Milão Marco Bertorello/AFP



Electronic Arts, dona de 'The Sims' e 'Battlefield', aprova sua venda por US$ 55 bilhões em acordo histórico


30/09/2025 13:44 - g1.globo.com


Electronic Arts, dona de 'The Sims', aprova sua venda por US$ 55 bilhões A produtora de jogos Electronic Arts (EA) anunciou nesta segunda-feira (29) um acordo de US$ 55 bilhões com um grupo de investidores para fechar seu capital, em uma das maiores aquisições do setor, caso seja concluída. O acordo prevê que a produtora de franquias como "Battlefield" e "The Sims" será comprada por um consórcio formado pela empresa de investimentos de risco Silver Lake, pelo Fundo de Investimento Público da Arábia Saudita (PIF) e pela Affinity Partners. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça A transação, que deverá ser concluída no primeiro trimestre do ano fiscal de 2027, será financiada por uma combinação de dinheiro do PIF, Silver Lake e Affinity Partners, bem como por uma transferência da participação existente do PIF na EA. Fundada em 2021, a Affinity Partners pertence a Jared Kushner, genro de Donald Trump, e recebe investimentos de fundos da Arábia Saudita, Catar e Emirados Árabes Unidos. Aquisição histórica Battlefield 6 Reprodução/EA O negócio marca a maior aquisição alavancada da história, e os acionistas da EA receberão US$ 210 por ação em dinheiro, o que representa um prêmio de 25% em relação ao preço de fechamento na quinta-feira passada, antes do surgimento de rumores na mídia sobre a transação. A oferta chega em um momento crucial para a Electronic Arts, que está se preparando para lançar a nova versão do game de simulação de guerra "Battlefield 6". O portfólio de games da empresa se destacou por mais de uma década pela popularidade global e pela receita recorrente, sustentada pelos fortes gastos dentro dos jogos, considerados essenciais para a longevidade das franquias. O acordo também atrai o fundo soberano da Arábia Saudita, que busca diversificar a economia do país e tem direcionado investimentos para áreas como infraestrutura, turismo, esportes e jogos. LEIA TAMBÉM: ChatGPT agora permite controlar o uso por menores e avisa pais sobre conversas sensíveis; saiba como ativar IA da China pode detectar submarinos camuflados? Especialistas contestam declaração Projeto Stargate: como serão novos data centers bilionários da OpenAI nos EUA Electronic Arts REUTERS/Dado Ruvic/Ilustração/Foto de arquivo Mãe processa Roblox e Discord após filho de 15 anos sofrer abuso online Tocanna: quem é a cantora feita por IA do hit proibidão 'São Paulo' iPhone Air: primeiras impressões do celular fininho e quais são seus rivais



Gabriel Galípolo, presidente do BC, é destaque brasileiro na lista da 'Time' de novas lideranças


30/09/2025 12:45 - g1.globo.com


Lula assina nomeação de Gabriel Galípolo como novo presidente do BC A revista norte-americana "Time" divulgou a nova edição da lista TIME100 Next, que reconhece personalidades de várias áreas com potencial para influenciar o futuro da liderança global. Entre os nomes deste ano está Gabriel Galípolo, presidente do Banco Central do Brasil. A lista reúne pessoas que, segundo a publicação, estão redefinindo os conceitos de progresso, influência e impacto em um cenário de rápidas transformações. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça Para a "Time", a inclusão de Galípolo reforça o reconhecimento internacional ao trabalho que ele exerce no comando do Banco Central — especialmente no desafio de conter a inflação e garantir a independência da instituição em meio a forte pressão fiscal. O perfil assinado por Gita Gopinath, professora de economia em Harvard e ex-diretora-gerente adjunta do Fundo Monetário Internacional (FMI), destaca que Galípolo tem conciliado firmeza com visão de longo prazo. Para ela, o economista brasileiro representa a importância de uma “liderança equilibrada e guiada por princípios”, capaz de adotar medidas técnicas que beneficiem sobretudo a população mais vulnerável, a mais atingida pela alta de preços. "O mundo precisa de mais bons exemplos, e Gabriel nos mostra que um formulador de políticas progressista não precisa ser populista. Ele é um trunfo valioso para o mundo da política econômica", escreveu Gita Gopinath. A "Time" ressalta ainda que a lista TIME100 Next busca dar visibilidade a lideranças em ascensão, mas que já exercem influência relevante em seus campos de atuação. No caso de Galípolo, a publicação destaca a versatilidade de sua trajetória, que combina experiência acadêmica com passagens por diferentes cargos no setor público. Quem é Gabriel Galípolo? Formado em Ciências Econômicas e mestre em Economia Política pela Pontifícia Universidade Católica (PUC-SP), Galípolo tem 42 anos e foi indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para assumir a Presidência do Banco Central em agosto de 2024. Ele atuou na campanha do petista à Presidência da República, na equipe de transição de governo e no Ministério da Fazenda antes de assumir a Diretoria de Política Monetária do BC. A indicação de Galípolo já era aguardada por agentes do mercado financeiro e foi anunciada pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad. O economista substituiu Roberto Campos Neto à frente do BC. Veja, em tópicos, a trajetória de Gabriel Galípolo até a indicação para a chefia do Banco Central: Professor universitário, deu aulas de 2006 a 2012 nos cursos de graduação da PUC-SP, onde se formou. Foi presidente do Banco Fator, instituição com tradição em programas de privatização e parcerias público-privadas (PPPs), de 2017 a 2021. O economista esteve à frente do banco durante os estudos para o processo de privatização da Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro (Cedae). O desenvolvimento de um modelo de parceria público-privada para a Cedae começou em 2018 pelo consórcio liderado pelo Banco Fator, junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Especialista no assunto, Gabriel Galípolo ministrou aulas sobre PPPs e concessões na Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo (Fespsp). Em sua atuação na gestão pública, foi chefe da Assessoria Econômica da Secretaria de Estado dos Transportes Metropolitanos de São Paulo, em 2007, na gestão do então governador José Serra (PSDB). No ano seguinte, ainda durante governo do tucano, assumiu o cargo de diretor de Estruturação de Projetos na Secretaria de Economia e Planejamento de São Paulo. Em 2009, fundou a Galípolo Consultoria, onde trabalhava até chegar ao Ministério da Fazenda. Gabriel Galípolo, presidente do Banco Central, durante a apresentação do Relatório de Política Monetária. Raphael Ribeiro/BC



Desemprego fica em 5,6% em agosto e repete mínima histórica, diz IBGE


30/09/2025 12:01 - g1.globo.com


Desemprego fica estável no trimestre fechado em agosto e repete mínima histórica A taxa de desemprego no Brasil ficou em 5,6% no trimestre móvel encerrado em agosto, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada nesta terça-feira (30) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O percentual se manteve em relação ao trimestre encerrado em julho, quando a taxa de desocupação atingiu o menor nível da série histórica do IBGE, iniciada em 2012. No trimestre encerrado em maio, a taxa era de 6,2%, enquanto no mesmo período de 2024 havia sido de 6,6%. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça Ao todo, 6,084 milhões de pessoas estavam sem emprego no país — o menor número já registrado na série histórica. Esse resultado representa uma queda de 9% (605 mil pessoas) em relação ao trimestre anterior e de 14,6% (cerca de 1 milhão de pessoas) na comparação com o mesmo período de 2024. Emprego com carteira assinada no setor privado bate recorde A população ocupada no país atingiu um recorde de 102,4 milhões de pessoas no período. Desse total, os empregados com carteira assinada no setor privado (excluindo trabalhadores domésticos) também bateram recorde na série do instituto, chegando a 39,1 milhões. Em relação ao trimestre encerrado em maio, o número permaneceu estável, mas cresceu 3,3% no ano, o equivalente a 1,2 milhão de pessoas que assinaram a carteira em 2025. Dois setores principais analisados puxaram a ocupação no trimestre: Administração pública, saúde, educação e serviços sociais (+1,7%, ou mais 323 mil pessoas); Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura (+4,4%, ou mais 333 mil pessoas). Por outro lado, o grupo de serviços domésticos registrou queda de 3,0%, o que equivale a 174 mil pessoas a menos. Os demais setores analisados pelo IBGE permaneceram estáveis. O nível de ocupação, que mede a proporção de pessoas em idade de trabalhar que estão empregadas, alcançou 58,8%, aumento de 0,2 ponto percentual em relação ao trimestre anterior. Segundo o analista da pesquisa, William Kratochwill, embora o número de trabalhadores com carteira tenha atingido recorde, a redução da desocupação no período foi impulsionada pelos trabalhadores sem carteira no setor de educação pública. Esse grupo avançou 5,5% em relação ao trimestre encerrado em maio e permaneceu praticamente estável (0,8%) na comparação com o mesmo período de 2024. "A educação pré-escolar e fundamental fazem contratações ao longo do primeiro semestre. São trabalhadores sem carteira, com contratos de trabalho temporários", explica. A categoria de trabalhadores domésticos, estimada em 5,6 milhões de pessoas, registrou queda de 3,3% em relação ao trimestre de março a maio de 2025. Na comparação com o período de junho a agosto de 2024, o recuo foi de 197 mil pessoas. Kratochwill explica que, em períodos de maior dificuldade econômica, há migração para os serviços domésticos. Atualmente, o movimento é inverso: “Os trabalhadores encontram melhores oportunidades, com condições e rendimentos mais vantajosos, e deixam os serviços domésticos”, avalia. Veja os destaques da pesquisa Taxa de desocupação: 5,6% Taxa de subutilização: 14,1% População desocupada: 6,084 milhões População ocupada: 102,4 milhões População fora da força de trabalho: 65,8 milhões População desalentada: 2,7 milhões Empregados com carteira assinada: 39,1 milhões Empregados sem carteira assinada: 13,5 milhões Trabalhadores por conta própria: 25,9 milhões Trabalhadores informais: 38,6 milhões Menor subutilização desde 2012; desalentados registram recuo De acordo com a pesquisa do IBGE, a taxa composta de subutilização atingiu 14,1%, repetindo o menor patamar da série. Esse índice representa queda de 0,8 ponto percentual em relação ao trimestre anterior (14,9%) e de 1,9 ponto percentual ante o mesmo período de 2024 (16,0%). Atualmente, 16 milhões de pessoas estão nessa situação. O IBGE classifica como força de trabalho subutilizada aqueles que estão desocupados, subocupados por insuficiência de horas, ou que não procuraram trabalho apesar de estarem disponíveis, assim como aqueles que buscaram emprego, mas não estavam disponíveis para assumir a vaga. O percentual de desalentados, que são aqueles que desejam trabalhar, mas desistiram de buscar emprego, ficou em 2,4%, apresentando queda de 0,2 ponto percentual no trimestre e 0,4 ponto percentual em relação ao ano anterior. Segundo o analista da PNAD Contínua, a melhora no mercado de trabalho tem incentivado esse grupo a retomar a busca por emprego e reintegrar-se à força de trabalho. "A queda na quantidade de desalentados indica que o mercado de trabalho está conseguindo absorver rapidamente esse contingente, uma vez que a taxa de desocupação segue caindo", diz. Informalidade aumenta A taxa de informalidade atingiu 38% da população ocupada, equivalente a 38,9 milhões de pessoas, contra 37,8% (38,6 milhões) no trimestre anterior e 38,9% (39,1 milhões) no trimestre encerrado em agosto de 2024. O crescimento foi impulsionado pelos trabalhadores por conta própria sem CNPJ, que chegaram a 19,1 milhões, alta de 1,9% em relação ao trimestre anterior e de 2,9% em comparação com 2024. Segundo o IBGE, esse movimento reflete a preferência de muitos brasileiros pelo trabalho autônomo. São, em geral, pessoas com menor escolaridade, atuando principalmente em comércio e alimentação. Parte dos desalentados, por exemplo, pode ter migrado para a informalidade. Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS) Divulgação/Agência Brasil Entenda como o desemprego é calculado no Brasil



Dólar fecha estável a R$ 5,32 com temor de paralisação nos EUA; Ibovespa recua


30/09/2025 12:00 - g1.globo.com


Risco de paralisação nos EUA: reunião na Casa Branca termina sem acordo para aprovação do Orçamento O dólar fechou em leve alta de 0,02% nesta terça-feira (30), cotado a R$ 5,3225. Já o Ibovespa , principal índice da bolsa brasileira, encerrou em baixa de 0,07%, aos 146.237 pontos. Os investidores acompanharam uma série de indicadores no Brasil e no exterior. Nos Estados Unidos, a possível paralisação do governo e os números do mercado de trabalho ficaram no centro das atenções, enquanto, por aqui, os dados fiscais e de emprego completaram a agenda. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça ▶️ Nos EUA, cresce a expectativa em torno de um possível “shutdown” já a partir de amanhã (1º), diante da falta de acordo entre democratas e republicanos. Analistas avaliam que, desta vez, o impacto pode ser maior, dado o cenário de fragilidade econômica. ▶️ Ainda na agenda americana, o número de vagas de emprego disponíveis (Jolts) permaneceu estável em agosto, totalizando cerca de 7,2 milhões. O resultado veio dentro do esperado, já que o mercado previa algo próximo de 7,1 milhões. Agora, os investidores estão atentos à divulgação do relatório de empregos, conhecido como “payroll”, prevista para sexta-feira — isso, claro, se o governo americano não entrar em paralisação. ▶️ No Brasil, após o Caged ter apontado na véspera a criação de 147.358 vagas em agosto — o menor número para o mês desde 2020 —, o IBGE mostrou que a taxa de desemprego ficou em 5,6% no trimestre móvel encerrado em agosto, em linha com as previsões dos economistas. ▶️ Também mais cedo, o Banco Central divulgou que o setor público brasileiro teve um déficit primário de R$ 17,3 bilhões em agosto. Apesar do resultado negativo, o valor foi menor do que o registrado no mesmo mês do ano anterior, quando o rombo passou de R$ 21 bilhões. ▶️ No Ibovespa, as ações da Petrobras operam em baixa, influenciadas pela queda no preço do petróleo no mercado internacional, o que acaba puxando o índice da bolsa para baixo. Veja a seguir como esses fatores influenciam o mercado. Entenda o que faz o preço do dólar subir ou cair 💲Dólar a Acumulado da semana: -0,29%; Acumulado do mês: -1,83%; Acumulado do ano: -13,87%. 📈Ibovespa Acumulado da semana: +0,54%; Acumulado do mês: +3,40%; Acumulado do ano: +21,58%. Desemprego em agosto repete mínima histórica A taxa de desemprego no Brasil ficou 5,6% no trimestre móvel encerrado em agosto, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad Contínua), divulgada nesta terça-feira (30) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado repetiu o percentual do trimestre encerrado em julho, quando a taxa de desocupação atingiu o menor nível da série histórica do instituto, iniciada em 2012. No trimestre encerrado em maio, a taxa de desemprego estava em 6,2%. Um ano antes, no mesmo período, havia sido de 6,6%. A desocupação atingiu 6,084 milhões de pessoas no trimestre — o menor já registrado na série histórica. O resultado representa uma queda de 9% (605 mil pessoas) em relação ao trimestre até maio contra o trimestre anterior e de 14,6% (menos 1 milhão) em relação ao mesmo trimestre de 2024. A população ocupada no país chegou ao recorde de 102,4 milhões de pessoas no período. Dessa parcela, o número de empregados com carteira assinada no setor privado (exceto trabalhadores domésticos) também alcançou novo recorde da série do instituto, com 39,1 milhões. Na comparação com o trimestre móvel encerrado em maio, o número ficou estável, mas cresceu 3,3%, ou seja, mais 1,2 milhão de pessoas assinaram a carteira no ano de 2025. Batalha orçamentária nos EUA Com o orçamento do governo dos Estados Unidos prestes a expirar à meia-noite desta terça-feira (30), republicanos e democratas no Congresso não dão sinais de chegar a um acordo sobre uma solução provisória que evite a paralisação. O presidente Donald Trump marcou uma reunião com líderes do Congresso na Casa Branca nesta segunda-feira (29), em uma última tentativa de superar o impasse. Os democratas, porém, indicaram que não pretendem aprovar o plano de curto prazo defendido pelos republicanos sem alterações. Caso não haja consenso sobre uma nova lei orçamentária, a paralisação — que já ocorreu outras vezes no país — deve começar em 1º de outubro, e tudo aponta para esse cenário. 🔎 Se o Congresso não agir, milhares de funcionários do governo federal poderão ser dispensados, desde a Nasa até os parques nacionais, e uma ampla gama de serviços será interrompida. Os tribunais federais podem ter que fechar e os subsídios para pequenas empresas podem sofrer atrasos. No entanto, essa disputa vai além do financiamento temporário. Trata-se da continuidade de um embate que começou quando Trump assumiu o cargo, em janeiro, e se recusou a liberar bilhões de dólares já aprovados pelo Congresso. Os democratas querem usar a ameaça de paralisação para recuperar parte desses recursos e manter os subsídios de saúde que expiram no fim do ano. Estão em jogo US$ 1,7 trilhão (cerca de R$ 9 trilhões) em gastos discricionários que mantêm as operações das agências e expiram no fim do ano fiscal, na próxima terça-feira, caso o Congresso não aprove a prorrogação. Mercado de trabalho nos EUA Em agosto, os EUA registraram um leve aumento nas vagas de emprego abertas, chegando a 7,2 milhões, mas as contratações caíram para pouco mais de 5,1 milhões. Isso mostra que o mercado de trabalho está perdendo força. Com menos contratações e mais dificuldade para preencher vagas, o banco central americano (Federal Reserve) pode cortar novamente os juros para estimular a economia. Além disso, uma possível paralisação do governo pode atrasar a divulgação de novos dados econômicos, como o relatório de empregos previsto para esta semana. A expectativa é que o número de novos empregos criados em setembro seja de 50 mil, um pouco melhor que os 22 mil registrados em agosto. A taxa de desemprego deve continuar em 4,3%. Bolsas globais Em Wall Street, os mercados americanos fecharam em alta, apesar da preocupação com a possibilidade de paralisação do governo. O Dow Jones avançou 0,18%, o S&P 500 teve ganhos de 0,39% e o Nasdaq subiu 0,31%. As bolsas europeias operam sem direção definida, refletindo a tensão causada por decisões políticas nos EUA, como as tarifas comerciais e o impasse sobre o orçamento do governo. Entre os principais índices, o STOXX 600 recuava 0,06%. O DAX, da Alemanha, subia 0,10%, enquanto o FTSE 100, do Reino Unido, avançava 0,01%. O CAC 40, da França, caía 0,35%, e o FTSE MIB, da Itália, tinha leve alta de 0,01%. Na Ásia, as bolsas fecharam com resultados mistos. Na China e em Hong Kong, os índices subiram, impulsionados pela expectativa de medidas de apoio à economia antes dos feriados. Esse otimismo ajudou a manter a sequência positiva dos últimos meses. No fechamento, Xangai subiu 0,52%, o CSI300 avançou 0,45% e Hong Kong teve alta de 0,87%. Em Tóquio, o índice Nikkei caiu 0,25%. Seul recuou 0,19%, enquanto Taiwan subiu 0,94%. Cingapura teve alta de 0,46% e Sydney fechou com queda de 0,16%. Dólar Reuters/Lee Jae-Won/Foto de arquivo



Governo publica norma que exige eficiência energética mínima em novas construções


30/09/2025 11:46 - g1.globo.com


O Ministério de Minas e Energia (MME) publicou uma resolução que torna obrigatória a adoção do Índice Mínimo de Eficiência Energética em novos projetos da construção civil. Na prática, isso significa que tanto empreendimentos da iniciativa privada quanto os da administração pública deverão atender a padrões mínimos de eficiência energética. A norma, publicada na edição desta terça-feira (30) do Diário Oficial da União(DOU), será implementada de forma gradual. Construção Civil tem patamar alto de emprego e já faltam profissionais 🔎O Índice Mínimo de Eficiência Energética, implementado pela Lei de Eficiência Energética (2001), visa estabelecer níveis mínimos de desempenho energético em diversos segmentos, que contempla desde equipamentos até edificações. A ideia é que os produtos ou espaços construídos sejam mais eficientes e consumam menos energia. A nova regra começará exigindo dos prédios de órgãos públicos federais, depois estaduais e municipais, o desempenho equivalente ao nível "A" da Etiqueta Nacional de Conservação de Energia (Ence), que vai de "A" (mais eficiente) a "E" (menos eficiente) — o sistema de etiquetagem já existe, mas a aderência até então era voluntária. As demais edificações devem apresentar, no mínimo, desempenho equivalente ao nível C, o que significa, basicamente, comprovar o atendimento de normas técnicas já vigentes. Quem alcançar o nível "A" geral da Ence poderá receber o Selo Procel Edificações. As exigências atenderão ao seguinte cronograma: 2027: construções de edifícios públicos federais; 2030: construções comerciais, residenciais em cidades com mais de 100 mil habitantes e de habitação de interesse social construída no âmbito dos programas habitacionais públicos ou financiada com recursos públicos; 2032: construções de edificações públicas estaduais; 2035: construções de edificações públicas municipais em cidades com mais de 100 mil habitantes; 2040: todas as novas edificações públicas, comerciais e residenciais em municípios com mais de 50 mil habitantes Concessionária seleciona projetos de eficiência energética Energisa/Divulgação Até 2040, projeta-se que cerca de 17 milhões megawatt-hora (MWh) sejam economizados, segundo estimativas do MME. Isso daria para suprir o consumo de uma cidade de 1 milhão de habitantes durante 7 anos ou o consumo de 7 cidades de 1 milhão de habitantes durante 1 ano. Além disso, espere-se que a implementação dessas regras leve a um menor consumo de energia elétrica, mais conforto térmico para as edificações e mais segurança. Empreendimentos habitacionais de programas sociais também serão contemplados pela medida.