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Trump diz que está disposto a permitir que trabalhadores imigrantes permaneçam em fazendas nos EUA


04/07/2025 01:26 - g1.globo.com


Medida estaria sujeita a cooperação dos empregadores fazendeiros. Os agricultores dos EUA têm relatado uma baixa nos trabalhadores no campo como resultado das ações da ICE. Batidas contra imigrantes esvaziam fazendas nos EUA, e safra apodrece O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta quinta-feira (3) que está disposto a permitir que trabalhadores imigrantes de fazendas permaneçam no país, caso os fazendeiros para quem trabalham respondam por eles. Durante um discurso em um evento na feira estadual de Iowa, o republicano afirmou que está trabalhando com o Departamento de Segurança Interna para ajudar os fazendeiros que dependem de mão de obra imigrante para suas necessidades sazonais. Os agricultores dos EUA têm relatado uma baixa nos trabalhadores no campo como resultado das ações do Serviço de Imigração e Alfândega dos Estados Unidos (ICE, na sigla em inglês), realizadas como parte da política migratória do presidente Donald Trump. De acordo com a Reuters, economistas e políticos do país reconhecem que muitos dos trabalhadores agrícolas dos Estados Unidos estão no país ilegalmente. Segundo eles, uma queda brusca nesse número pode causar prejuízos graves à cadeia de abastecimento de alimentos e à economia das regiões agrícolas. Douglas Holtz-Eakin, ex-diretor do Escritório de Orçamento do Congresso e integrante do Partido Republicano, estima que 80% dos trabalhadores do campo nos EUA são estrangeiros, e quase metade está em situação irregular. Segundo ele, a perda dessa mão de obra pode encarecer os alimentos para os consumidores. Lisa Tate, de uma família de fazendeiros no condado de Ventura, afirmou as batidas assustaram os trabalhadores rurais que são, em boa parte, imigrantes que estão ilegalmente nos EUA. Ela foi ouvida pela Reuters. "Nos campos, eu diria que 70% dos trabalhadores foram embora. Se 70% da sua força de trabalho não aparecer, 70% da sua safra não será colhida e pode estragar em um dia." Tate disse que a maioria dos norte-americanos não quer fazer o trabalho de colheita, e acrescenta que os produtores podem ir à falência por falta de mão de obra. "A maioria dos fazendeiros daqui mal está conseguindo sobreviver". Leia também: LGBTs no campo: a luta de uma mulher trans quilombola contra o preconceito 'Não conhecia rúcula, salsa, couve': como a agricultura mudou vidas no Brasil Em outra regiões, fazendeiros disseram à Reuters que as batidas do ICE levaram a maioria dos trabalhadores a parar de comparecer. Isso significa que as plantações não estão sendo colhidas e as frutas e verduras estão apodrecendo na época de pico da colheita, disseram eles. Em outra fazenda, a equipe habitual de 80 pessoas foi reduzida a apenas 17. Presidente dos EUA, Trump, em Iowa REUTERS/Nathan Howard Imigrante trabalha em colheita em fazenda em Oxnard, Califórnia REUTERS/Pilar Olivares Imigrante e observador legal estão deitados no chão durante detenção por agentes federais no tribunal de imigração dos EUA em Manhattan, na cidade de Nova York, EUA, em 6 de junho de 2025. Reuters/David 'Dee' Delgado/Foto de arquivo Mais de 150 pessoas são presas na Califórnia em quatro dias de protestos contra prisões de imigrantes



Mega-Sena, concurso 2.883: prêmio acumula e vai a R$ 6,5 milhões


03/07/2025 23:01 - g1.globo.com


Veja os números sorteados: 01 - 40 - 43 - 56 - 57 - 60. Quina teve 27 apostas ganhadoras; cada uma vai levar R$ 57.548,57. G1 | Loterias - Mega-Sena 2883 O sorteio do concurso 2.883 da Mega-Sena foi realizado na noite desta quinta-feira (3), em São Paulo. Nenhuma aposta acertou as seis dezenas, e o prêmio para o próximo sorteio acumulou em R$ 6,5 milhões. Clique aqui para seguir o canal de Loterias do g1 no WhatsApp Veja os números sorteados: 01 - 40 - 43 - 56 - 57 - 60 5 acertos - 27 apostas ganhadoras: R$ 57.548,57 4 acertos - 1.559 apostas ganhadoras: R$ 1.423,81 O próximo sorteio da Mega será no sábado (5). Mega-Sena, concurso 2.883. Reprodução/Caixa Entenda como funciona a Mega-Sena e qual a probabilidade de ganhar o prêmio Para apostar na Mega-Sena As apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília), em qualquer lotérica do país ou pela internet, no site da Caixa Econômica Federal – acessível por celular, computador ou outros dispositivos. É necessário fazer um cadastro, ser maior de idade (18 anos ou mais) e preencher o número do cartão de crédito. Probabilidades A probabilidade de vencer em cada concurso varia de acordo com o número de dezenas jogadas e do tipo de aposta realizada. Para a aposta simples, com apenas seis dezenas, que custa R$ 5, a probabilidade de ganhar o prêmio milionário é de 1 em 50.063.860, segundo a Caixa. Já para uma aposta com 15 dezenas (limite máximo), com o preço de R$ 22.522,50, a probabilidade de acertar o prêmio é de 1 em 10.003, ainda segundo a Caixa. Bilhetes da Mega-Sena, em imagem de arquivo Marcelo Brandt/G1



Aneel defende proposta para restringir subsídios que encarecem a conta de luz; entenda


03/07/2025 20:22 - g1.globo.com

Proposta prevê mecanismos de controle e maior transparência na concessão desses benefícios, que hoje são incorporados às tarifas pagas pela população. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) tem defendido a criação de um Marco de Responsabilidade Tarifária, com o objetivo de limitar o crescimento dos subsídios que impactam diretamente o valor da conta de luz dos consumidores. A proposta prevê mecanismos de controle e maior transparência na concessão desses benefícios, que hoje são incorporados às tarifas pagas pela população. 🔍Subsídios na tarifa de energia elétrica são valores cobrados dos consumidores para financiar benefícios dados a determinados grupos, como produtores de energia renovável, moradores da zona rural, consumidores de baixa renda e indústrias da Amazônia Legal. Esses custos são repassados nas contas de luz de todos os brasileiros por meio de encargos tarifários, como a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE). Na prática, isso significa que parte da conta de luz que os consumidores pagam não se refere apenas ao consumo de energia, mas também ao custeio de políticas públicas do setor. Nos últimos anos, o volume de subsídios tem crescido, o que preocupa especialistas e autoridades por pressionar as tarifas e tornar a energia mais cara para a maioria da população. Conta de luz mais cara em julho O que prevê a proposta? O Marco de Responsabilidade Tarifária tem os seguintes principais pontos: Limites aos subsídios: Estabelece tetos claros para os valores repassados por meio de subsídios, para impedir que eles aumentem de forma descontrolada. Revisões periódicas: Prevê a avaliação constante dos subsídios concedidos, a fim de verificar se ainda são necessários ou se podem ser ajustados. Transparência e controle social: A proposta busca dar mais visibilidade à gestão dos recursos, permitindo o acompanhamento por órgãos reguladores e pela sociedade. Sustentabilidade do setor: Um dos principais objetivos do marco é garantir a viabilidade financeira do setor elétrico sem onerar excessivamente os consumidores. A fala do diretor-geral Nesta quinta-feira (3), durante evento em Lisboa, o diretor-geral da Aneel, Sandoval Feitosa, voltou a defender a proposta. O marco regulatório vem sendo apresentado por ele desde 2024, em meio a uma crescente preocupação com o peso dos subsídios na composição das tarifas. Segundo Feitosa, o projeto busca aprimorar a legislação existente, criando critérios objetivos para a concessão de benefícios e mecanismos de monitoramento contínuo.



'Grande lei' de Trump é aprovada no Congresso: qual o impacto para os EUA?


03/07/2025 20:16 - g1.globo.com


Projeto de gastos e impostos é extenso e afeta desde o Medicaid — programa de saúde para pessoas de baixa renda — e a Previdência Social até subsídios para alimentos e energia limpa. O presidente da Câmara, Mike Johnson, anunciou a aprovação do projeto de Trump Reuters/BBC O "grande e belo" projeto de lei de Donald Trump foi aprovado pelo Congresso americano ao passar pela Câmara dos Representantes por 218 votos a 214 nesta quinta-feira (3). ✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp Apenas dois dos votos contrários foram dados por membros do Partido Republicano, o mesmo de Trump. Eles faziam parte de um grupo de correligionários de Trump que havia prometido fazer frente ao projeto, mas a maioria foi convencida a aderir. Todos os democratas votaram contra. O projeto de lei de gastos e impostos de Trump havia sido aprovado pelo Senado na terça-feira (1º) e já havia passado pela Câmara no final de maio, mas, como foi alterado pelos senadores, teve de voltar à Câmara. Agora, ele será enviado para Trump para sanção, o que ele indicou que fará nesta sexta-feira (4), quando os Estados Unidos comemoram sua Independência. O projeto é extenso e aborda desde o Medicaid, programa de saúde para pessoas de baixa renda, e a Previdência Social até subsídios para alimentos e energia limpa. O Escritório de Orçamento do Congresso (CBO, na sigla em inglês) estima que o projeto de lei pode adicionar US$ 3,3 trilhões aos déficits federais nos próximos dez anos e deixar milhões sem cobertura de saúde. A Casa Branca contesta essa informação. Entre as medidas, estão: Torna permanentes os cortes de impostos do primeiro governo Trump. Em 2017, Trump aprovou uma legislação que reduziu os impostos para empresas e pessoas físicas na maioria das faixas de renda. Essas medidas deveriam expirar em dezembro; Cria novos requisitos de trabalho para quem se inscrever em planos de saúde subsidiados pelo Medicaid e torna os critérios de elegibilidade mais rigorosos. O CBO afirma que essas medidas podem fazer com que quase 12 milhões de americanos fiquem sem assistência de saúde até o final da próxima década; Faz grandes cortes em programas de energia limpa. Empresas de energia eólica e solar terão isenções fiscais gradualmente reduzidas, e serão eliminadas isenções fiscais para painéis solares residenciais; Acaba com impostos sobre gorjetas. Cumprindo uma das principais promessas de campanha de Trump, o projeto permite que os trabalhadores deixem de pagar impostos sobre um determinado valor das gorjetas e horas extras que recebem. Senado aprova projeto fiscal do governo Trump Aprovação 'coroa grande fase' de Trump Com a aprovação deste projeto de lei, Trump demonstra mais uma vez que seu governo está em um ótimo momento, avalia Gary O'Donoghue, correspondente-chefe da BBC News na América do Norte. "A aprovação deste projeto de lei vai muito além da soma de suas partes para Donald Trump", diz O'Donoghue. "Sim, ele consolida alguns de seus principais objetivos em relação aos cortes de impostos e à política de imigração, mas também representa a coroação de seu controle total do Partido Republicano no Congresso e do país." Apesar das objeções de alguns republicanos, Trump os convenceu alguns a irem contra seus princípios de conservadorismo fiscal de longa data e levou outros a colocar sua própria sobrevivência política em risco ao apoiar a medida, pontua O'Donoghue. "Acrescente a isso uma série de outras vitórias nos últimos dias na Otan, no Oriente Médio e na economia, é difícil não reconhecer que o presidente está em uma grande fase."



Câmara dos EUA aprova megapacote de Trump que reduz impostos, aumenta verba contra imigrantes e corta programas sociais


03/07/2025 18:27 - g1.globo.com


Escritório de Orçamento do Congresso dos EUA estima que projeto adicionará cerca de US$ 3,3 trilhões (R$ 18 trilhões) à dívida pública do país até 2034. Agora, lei segue para sanção de Trump. Congresso dos EUA debate 'Grande e Belo Projeto' de Donald Trump AP Photo/Rod Lamkey, Jr. A Câmara dos Representantes dos Estados Unidos aprovou nesta quinta-feira (3) o megapacote tributário e orçamentário proposto pelo governo. Agora, a lei segue para sanção do presidente Donald Trump. O texto prevê reduzir impostos, cortar programas sociais, retirar incentivos à energia limpa e aumentar verba para políticas anti-imigração e gasto militar (entenda o projeto, ponto a ponto). ✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp A medida adiciona US$ 3,3 trilhões (aproximadamente R$ 18 trilhões) à dívida nacional do país até 2034, segundo o Escritório de Orçamento do Congresso dos Estados Unidos (CBO, na sigla em inglês). O déficit atual dos EUA é de US$ 36,2 trilhões (R$ 197,3 trilhões). Especialistas alertam para o aumento da dívida pública e para o risco de desequilíbrio fiscal a médio e longo prazos. Também há críticas a cortes em incentivos à energia limpa e programas sociais, como o Medicaid (saúde para famílias de baixa renda), para compensar a queda na arrecadação. A votação ocorre dois dias após o projeto ser aprovado pelo Senado em votação apertada. Na Câmara, a proposta foi aprovada com o placar de 218 a 214, com dois deputados do partido de Trump votando contra o pacote. 📋Confira alguns pontos do texto chamado "One Big Beautiful Bill" (Um grande e belo projeto): aumento de recursos voltados ao controle da imigração; ampliação dos gastos com Forças Armadas; cortes em programas sociais — em especial, em saúde (Medicaid) e alimentação; criação de novas isenções fiscais para gorjetas e horas extras; a revogação de incentivos à energia limpa promovidos pelo democrata Joe Biden. Houve uma intensa articulação dos republicanos para a aprovação do megapacote. Na quarta-feira, (2) Trump esvaziou sua agenda para receber na Casa Branca deputados mais moderados e tentar convencê-los. Durante a madrugada, o projeto esteve sob ameaça após cinco deputados republicanos indicarem que votariam contra o governo. No entanto, os parlamentares mudaram de opinião após pressão do partido e do próprio presidente. Os líderes republicanos da Câmara buscaram acelerar os procedimentos da sessão para conseguir realizar a votação. O objetivo era cumprir um prazo dado por Trump, que deseja sancionar a lei nesta sexta-feira (4) — quando se comemora o Dia da Independência dos EUA. Como a votação entre os senadores foi acirrada, havia o temor de que o projeto pudesse ser rejeitado pelos deputados diante da articulação de democratas para tentar virar votos de republicanos. A deputada Nancy Pelosi, forte voz no Partido Democrata, liderava as tentativas. Senado aprova projeto fiscal do governo Trump Entenda o projeto, ponto a ponto Críticos da proposta afirmam que as medidas de redução de impostos, nos moldes do projeto, favoreceriam sobretudo os mais ricos. Entre os principais pontos questionados, está a previsão de cortes em programas voltados à saúde, nutrição, educação e energia limpa. No caso do Medicaid e da assistência alimentar a pessoas de baixa renda, estima-se uma redução de cerca de US$ 930 bilhões. 💸 Mudanças nos impostos O projeto prevê redução de impostos de aproximadamente US$ 4 trilhões, enquanto mantém muitos dos cortes aplicados por Trump em 2017. Entre os pontos de redução, estão: alíquotas menores de Imposto de Renda (IR); isenção temporária de impostos sobre gorjetas e horas extras; isenção sobre benefícios da Previdência Social para americanos acima de 65 anos; redução de impostos para empresas, incluindo deduções para pesquisa e investimento. Do lado da arrecadação, o texto propõe: elevar impostos sobre rendimentos de fundos universitários; impedir que imigrantes sem green card recebam créditos para planos de saúde; que o crédito infantil passe a ter regras mais rígidas — o que pode impactar 2 milhões de crianças. 🧑🏽‍⚕️ Cortes na saúde O projeto propõe regras mais rigorosas para o acesso ao Medicaid, programa destinado a pessoas de baixa renda. O objetivo é reduzir os custos da saúde pública. O destaque é a exigência de 80 horas de trabalho por mês para adultos sem filhos e sem deficiência terem direito ao benefício, informou o The New York Times. O projeto também facilita que estados cancelem a cobertura de beneficiários, exigindo mais documentação e eliminando quem não responder, segundo o jornal norte-americano. Além disso, o texto altera regras do Obamacare, lei federal que ampliou o acesso a planos de saúde no país. As mudanças preveem novas exigências aos beneficiários, o que resultaria em uma economia de mais US$ 100 bilhões ao governo. A estimativa é que milhares de pessoas possam perder o seguro. 🔋 Programas de energia limpa O projeto prevê o fim dos principais créditos fiscais da Lei de Redução da Inflação para energia limpa, aprovada durante o governo do democrata Joe Biden, que levaram a US$ 841 bilhões em investimentos nos EUA. Além disso, conforme o texto, o crédito de US$ 7,5 mil para carros elétricos acabaria até o fim de 2025. O jornal The New York Times afirma que, com o projeto, incentivos gerais para fontes como vento, solar, baterias e geotérmica seriam encerrados, com poucas exceções. 🥩 Cortes em programa de alimentação A proposta também modifica o Programa de Assistência Nutricional Suplementar (SNAP), com o objetivo de reduzir custos. O benefício, que atende cerca de 42 milhões de pessoas de baixa renda, passará a ter critérios de acesso mais rígidos. O Escritório de Orçamento do Congresso dos EUA estima que aproximadamente 3 milhões de pessoas perderiam o acesso ao benefício devido às novas exigências. 🪖 Gastos militares e anti-imigração O projeto reserva US$ 150 bilhões para a área de defesa, incluindo investimentos em construção naval e no sistema de defesa espacial “Golden Dome” proposto por Trump, segundo o New York Times. Além disso, propõe investimentos de US$ 175 bilhões na agenda anti-imigração de Trump. Os recursos seriam direcionados ao fortalecimento da fronteira no sul do país, à ampliação de patrulha e à construção de novas instalações. 🎓 Cortes na educação O pacote prevê uma redução de US$ 330 bilhões em empréstimos estudantis ao longo dos próximos 10 anos. Além de cortar programas de pagamento vinculados à renda dos estudantes, o texto também impõe um limite anual aos empréstimos para cursos de pós-graduação. Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em evento na Casa Branca REUTERS/Leah Millis Os impactos do projeto O megapacote visa tornar permanentes os cortes nos impostos sobre a renda individual e heranças, aprovados durante o primeiro mandato de Trump, em 2017. Também incorpora promessas de campanha feitas em 2024, como a isenção de tributos sobre gorjetas, horas extras e juros de determinados financiamentos de veículo, além de uma dedução de US$ 6 mil (R$ 32,7 mil) para idosos que ganham até US$ 75 mil (R$ 408,8 mil) por ano. Segundo a estimativa mais recente do Escritório de Orçamento do Congresso norte-americano (CBO, na sigla em inglês), a lei adicionaria US$ 3,3 trilhões à dívida de US$ 36,2 trilhões (R$ 197,3 trilhões) do país. De acordo com analistas consultados pela Reuters, esse aumento da dívida serviria efetivamente como uma transferência de riqueza dos mais jovens para os mais velhos, uma vez que tende a desacelerar o crescimento econômico, aumentar os custos de empréstimos e eliminar outros gastos do governo nas próximas décadas. Outra projeção do CBO é que o projeto também aumentaria o limite de endividamento dos EUA em US$ 5 trilhões (R$ 27,3 trilhões), adiando a perspectiva de um calote da dívida neste verão — o que afetaria não apenas os mercados financeiros norte-americanos, mas do mundo inteiro.



Por que o ataque hacker a instituições financeiras é um dos mais graves já registrados no Brasil, segundo especialistas


03/07/2025 17:51 - g1.globo.com


Até o momento, não há confirmação oficial sobre os valores envolvidos, mas fontes da TV Globo estimam que a quantia pode chegar a R$ 800 milhões. 'É muito preocupante', diz especialista sobre ataque hacker contra empresa que liga bancos com sistema pix do BC Especialistas em segurança digital ouvidos pelo g1 consideram o ataque cibernético que atingiu ao menos seis instituições financeiras, na quarta-feira (2), um dos mais graves já registrados no Brasil. O que aconteceu? Segundo o Banco Central do Brasil (BC), a C&M Software (CMSW) — uma empresa de tecnologia que conecta bancos menores aos sistemas PIX do BC — reportou um ataque às suas infraestruturas. De acordo com a companhia, criminosos usaram credenciais, como senhas, de seus clientes para tentar acessar sistemas e serviços de forma fraudulenta. Isso permitiu o acesso indevido a informações e contas de reserva das instituições financeiras. A dimensão do ataque O BC ainda não informou o nome de todas as instituições afetadas. Também não há confirmação oficial sobre os valores envolvidos no ataque, mas fontes da TV Globo estimam que a quantia pode chegar a R$ 800 milhões. "Tudo indica que esse foi o maior ataque do tipo já registrado no Brasil, embora ainda falte a divulgação do valor final", diz Micaella Ribeiro, especialista em identidades e acessos da IAM Brasil. Para Thiago Bordini, gerente de cibersegurança da Logical IT, as informações até agora apontam que este é o maior ataque do tipo no país, mas ainda faltam informações mais claras por parte das empresas sobre como o incidente ocorreu. "É, de longe, o maior", afirma Hiago Kin, presidente do Instituto Brasileiro de Resposta a Incidentes Cibernéticos (IBRINC). Hiago diz que ataques desse tipo acontecem com frequência, mas muitos não chegam ao conhecimento do público (entenda o motivo). Banco Central do Brasil (BC). Adriano Machado/ Reuters Apesar de as instituições indicarem que não houve nenhum dano às contas e informações de seus clientes, especialistas alertam que o próprio sistema financeiro sofreu impactos significativos. Além do prejuízo estimado em R$ 800 milhões, a especialista em identidades Micaella Ribeiro destaca outros três impactos: Reputacional, com a exposição das empresas que utilizam os sistemas da C&M Software (CMSW); Sistêmico, que acendeu um alerta para falhas na gestão de acessos privilegiados e na segurança da cadeia de suprimentos; Operacional, que evidenciou necessidade urgente de revisão dos acessos. Entenda o ataque hacker que afetou instituições financeiras Arte g1 Esse tipo de ataque é comum no Brasil? Segundo Hiago Kin, esse tipo de crime, em grande escala, ocorrem duas ou três vezes por ano no Brasil. "Geralmente, os casos são abafados pelas instituições porque elas decidem absorver os prejuízos e deter as informações em investigação", diz. Segundo ele, a repercussão foi maior agora porque mais de uma instituição foi afetada. De acordo com Kin, as instituições normalmente têm seguros cibernéticos milionários que cobrem esse tipo de dano. Micaella Ribeiro acredita que o incidente deve atrair atenção de reguladores, como o BC e o Conselho Monetário Nacional, que vêm acompanhando o risco sistêmico associado à transformação digital do setor. "A principal lição do caso é que o controle de acessos se tornou um dos maiores pontos de força — e também de vulnerabilidade — da segurança financeira", afirma a especialista. "Este tipo de ataque mostra a importância de adotar controles de segurança em profundidade, já que mesmo bancos com políticas rígidas podem ser expostos indiretamente por meio de seus fornecedores", completa Hiago Kin. Brasileiro imita vídeos gerados por inteligência artificial e viraliza nas redes Windows decreta fim da temida 'tela azul'; veja como será nova versão Como criar uma senha forte, difícil de ser violada, e proteger suas contas



Governo pede abertura de investigação sobre preços de combustíveis


03/07/2025 16:39 - g1.globo.com


Para Advocacia-Geral da União, há indícios de que distribuidoras e revendedores não estão repassando redução de preços fixada por refinarias. Pedido foi enviado ao Cade e à PF. A Advocacia-Geral da União (AGU) pediu nesta quinta-feira (3) a abertura de investigação sobre preços nos combustíveis após identificar indícios de que distribuidoras e revendedores não estão repassando ao consumidor as reduções de preços definidas pelas refinarias. Segundo a AGU, a análise de informações da Secretaria Especial de Análise Governamental, da Casa Civil e a Secretaria Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis, do Ministério de Minas e Energia, aponta indícios de "práticas anticoncorrenciais" na formação dos preços da gasolina, de óleo diesel e de GLP ao longo da cadeia de abastecimento de combustíveis, principalmente na distribuição e revenda de combustíveis. O documento elaborado pela AGU a partir das informações prestadas identifica problemas na formação dos preços nos mercados de GLP, diesel e gasolina especialmente na Região Norte, relacionados à Refinaria do Amazonas, de acordo com a AGU. Além disso, a formação de preços nos mercados de distribuição de gás liquefeito de petróleo (GLP) também não estaria adequada. Posto de Fortaleza é autuado pelo Decon por fornecer quantidade de combustível menor que o indicado na bomba. MPCE/ Divulgação "Os elos de distribuição e de revenda de gasolina, óleo diesel e GLP, considerado todo o território nacional, não reajustam seus preços de forma proporcional aos reajustes realizados pelas refinarias, em detrimento dos consumidores", cita a AGU em nota. De acordo com o Ministério de Minas e Energia, "apenas na hipótese em que o reajuste da refinaria representa aumento de preços, os distribuidores e revendedores repassaram integralmente o valor reajustado e, em geral, em uma proporção maior do que o valor reajustado pela refinaria, em detrimento dos consumidores". A AGU destaca que, nos casos em que o reajuste da refinaria representou redução dos preços, os distribuidores e revenderes reduziram seus preços em "valores inferiores à redução praticada pela refinaria, dando aos distribuidores e revendedores uma 'renda adicional, absorvida em suas margens, em prejuízo aos consumidores". O pedido de apuração dos fatos foi encaminhado ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), à Polícia Federal, à Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), do Ministério da Justiça e Segurança Pública, e ainda à Procuradoria Nacional da União de Patrimônio Público e Probidade, unidade da AGU vinculada à Procuradoria-Geral da União (PGU). Postos são multados por cartel de combustíveis no DF e no entorno



Volkswagen T-Cross é o SUV mais vendido do 1º semestre de 2025; veja o ranking


03/07/2025 16:35 - g1.globo.com


Segundo os dados da Fenabrave, foram 44.529 unidades do SUV da Volks comercializadas até junho. Os utilitários são os carros mais vendidos do Brasil desde 2020, com mais da metade dos emplacamentos. Volkswagen T‑Cross Comfortline 2025 divulgação/Volkswagen O Volkswagen T-Cross figura como o SUV zero km mais vendido do Brasil durante o primeiro semestre de 2026, segundo dados da Federação Nacional Distribuição Veículos Automotores (Fenabrave) publicados nesta quinta-feira (3). O utilitário da Volkswagen marcou 44.529 emplacamentos em todo país, durante os seis primeiros meses de 2025. O vice-líder é o Honda, HR-V, acumula 32.002 unidades no período. Veja a lista de SUVs mais vendidos até junho de 2025. Volkswagen T-Cross: 44.529 unidades; Honda HR-V: 32.002 unidades; Hyundai Creta: 31.177 unidades; Toyota Corolla Cross: 30.090 unidades; Jeep Compass: 27.531 unidades; Chevrolet Tracker: 27.238 unidades; Fiat Fastback: 25.160 unidades; Nissan Kicks: 23.191 unidades; Volkswagen Nivus: 22.598 unidades; Jeep Renegade: 20.668 unidades. A partir do ranking acima, além da mudança na segunda posição entre Honda HR-V e Hyundai Creta, há também mudanças de colocação entre o Chevrolet Tracker, que passou de quinto para sexto e deixou o quinto lugar para o Jeep Compass. O Chevrolet Tracker, assim como acontece com o hatch Onix, ganhará uma nova versão reestilizada nas próximas semanas. O modelo camuflado já foi visto circulando pelas cidades brasileiras. O Fiat Fastback também foi outro SUV que conseguiu ultrapassar um de seus rivais, o Kicks, e abocanhou a sétima colocação. Fechando os 10 primeiros colocados está o Jeep Renegade, que caiu uma posição com relação a abril. Mesmo sem 30 dias de vendas, o Volkswagen Tera mostra força ao aparecer na lista dos SUVs mais vendidos, ocupando o 26º lugar do ranking, com 2.750 emplacamentos. Acima de nomes de peso como Ford Territory (29º lugar, com 2.315 unidades) e Honda ZR-V (33º lugar, com 1.230 unidades). Fiat Strada é o veículo mais vendido do Brasil no 1º semestre de 2025; LISTA Volkswagen Tera: veja os 5 pontos positivos e negativos do novo SUV da marca alemã LEIA MAIS Novo Nissan Kicks chega a partir de R$ 164.990, com novo visual e motor turbo; veja o teste Volkswagen Tera recebe cinco estrelas em teste de segurança do Latin NCAP Carro elétrico pode ser carregado no poste? Especialistas alertam para os perigos dessa prática Vendas de junho Em junho, o Volkswagen T-Cross seguiu a tendência registrada nos últimos meses e continua em primeiro lugar como o SUV mais emplacado do país. Destaque para o Volkswagen Tera, que emplacou 2.555 unidades no mês, mais que outros SUVs, como Citroën Basalt (1.565 unidades), Renault Duster (1.426 unidades) e Renault Kardian (1.240 unidades). Veja abaixo a lista de junho. Volkswagen T-Cross: 8.629 unidades; Hyundai Creta: 6.415 unidades; Honda HR-V: 6.179 unidades; Toyota Corolla Cross: 5.335 unidades; Chevrolet Tracker: 4.993 unidades; Fiat Fastback: 4.930 unidades; Volkswagen Nivus: 4.731 unidades; Jeep Compass: 4.546 unidades; Fiat Pulse: 3.823 unidades; Jeep Renegade: 3.411 unidades. Brasil emplaca quase 1,2 milhão de veículos novos Os brasileiros compraram 1.198.805 veículos novos no primeiro semestre de 2025. O número inclui automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus. O g1 contabiliza motos à parte e desconsidera implementos rodoviários. Houve uma ligeira alta de 4,82% em relação ao mesmo período de 2024, quando foram emplacados 1,1 milhão de veículos novos. O número representa um crescimento de 20,09% em relação a 2023, quando foram emplacados 998.270 veículos novos. “Mesmo com taxa alta de juros, os automóveis estão crescendo e isso também afeta, de maneira diferente, todos os setores. O mercado ainda tem demanda, mesmo com alguma pequena desaceleração”, diz Marcelo Ciardi Franciulli, diretor executivo da Fenabrave. Mesmo otimista, o executivo aponta que "os juros em 15% limitam um pouco o apetite de compra e de investimento". Veja abaixo os resultados por segmento. AUTOMÓVEIS 878.604 emplacamentos durante o primeiro semestre de 2025, aumento de 3,52% contra 2024. 159.128 emplacamentos em junho, queda de 5,02% contra maio; Comparado a junho de 2024, houve queda de 2,84% (163.786 unidades) COMERCIAIS LEVES 252.665 emplacamentos durante o primeiro semestre de 2025, aumento de 10,74% contra 2024. 43.036 emplacamentos em junho, queda de 8,08% contra maio; Comparado a junho de 2024, houve alta de 11,32% (38.658 unidades) CAMINHÕES E ÔNIBUS 67.536 emplacamentos durante o primeiro semestre de 2025, aumento de 1,16% contra 2024. 10.733 emplacamentos em junho, queda de 5,03% contra maio; Comparado a junho de 2024, houve queda de 9,14% (11.813 unidades) Juntando automóveis e comerciais leves, os principais segmentos em vendas, a alta foi de 5,05% no primeiro semestre de 2024. Projeções para 2025 A projeção da Fenabrave é de um crescimento menor para 2025, marcado em 5%. Alcançando um total de 2.765.906 veículos vendidos. Automóveis e comerciais leves: alta de 5% (de 2.484.740 para 2.608.977); Caminhões: redução de 7% (de 127.593 para 113.552); Ônibus: alta de 6% (de 27.675 para 29.336). A redução na projeção de crescimento para 2025 está relacionada a preocupações com os cenários internacional e nacional, além da queda nas vendas de caminhões. Franciulli acredita que a economia gerada pelas novas normas de controle de emissões para motores a diesel, com o Euro 6, tem retardado o processo de renovação da frota Segundo a economista Tereza Fernandez, responsável pelas projeções macroeconômicas da Fenabrave, o retorno de Donald Trump à presidência dos Estados Unidos é o principal fator de preocupação. “Até o momento seguem as incertezas de que alíquotas de Donald Trump serão aplicadas efetivamente. Ele já está atrapalhando o mercado internacional e vai provocar uma diminuição no comércio internacional”, disse Fernandez. No cenário nacional, Tereza avalia que a estabilidade nas projeções para 2025 está relacionada ao encarecimento do crédito, resultado da elevação dos juros e dos desequilíbrios nas contas públicas. "A inflação continuará pressionada, mesmo com a desaceleração observada nos últimos dois meses. Os juros estão muito altos — todos que atuam com crédito no setor percebem isso. Mas o grande problema do Brasil é o déficit fiscal", aponta a consultora. No entanto, a Federação voltou a destacar o Marco Legal de Garantias como um instrumento que ajuda a evitar que o crédito seja totalmente comprometido pela elevação dos juros.



Fiat Strada é o veículo novo mais vendido do Brasil no 1º semestre de 2025; veja a lista


03/07/2025 16:15 - g1.globo.com


Segundo dados da Fenabrave, a picape da Fiat emplacou 62.697 mil unidades no primeiro semestre de 2025 e está no primeiro lugar do pódio desde 2021. Fiat Strada divulgação/Fiat A Fiat Strada fechou o primeiro semestre de 2025 como o carro novo mais emplacado do Brasil em 2025, com o Volkswagen Polo logo atrás e reduzindo a distância entre os dois veículos a cada mês. Foram emplacadas 62.697 unidades da picape em todo o país durante os seis primeiros meses do ano. O vice-líder emplacou 57.216 unidades, reduzindo a diferença entre a dupla para 5.481 veículos a mais para a picape. Veja a lista de mais vendidos de 2025 até junho. Fiat Strada: 62.697 unidades; Volkswagen Polo: 57.216 unidades; Volkswagen T-Cross: 44.529 unidades; Fiat Argo: 44.466 unidades; Hyundai HB20: 36.873 unidades; Chevrolet Onix: 34.389 unidades; Fiat Mobi: 33.230 unidades; Honda HR-V: 32.002 unidades; Hyundai Creta: 31.177 unidades; Toyota Corolla Cross: 30.090 unidades. No geral, o Chevrolet Onix perdeu uma posição, caindo da quinta para a sexta colocação. O hatch da GM será atualizado em breve, com versões camufladas do novo veículo já em circulação. Nos SUVs, o Volkswagen Tera ainda não tem número para que apareça no top 10 dos carros mais vendidos do semestre, mas já emplacou 2.750 unidades e isso coloca o novato na 48ª posição dentro da lista dos modelos mais vendidos de 2025. LEIA MAIS Governo eleva imposto de importação para carros elétricos e híbridos CNH Social: veja 10 perguntas e respostas sobre a carteira de motorista gratuita VÍDEO: Novo Fiat Fastback 2026 continua o mesmo — para o bem e para o mal; veja o teste Vendas de junho Em maio, o Volkswagen Polo foi o líder entre os carros mais vendidos. A liderança foi do hatch continua pelo terceiro mês seguido, mas em junho a diferença entre ele e a picape Fiat Strada foi menor. O hatch emplacou 11.492 unidades. A Strada, na cola, conseguiu marcar 11.474 unidades vendidas no mês, diferença de apenas 18 emplacamentos. Veja abaixo a lista de junho. Volkswagen Polo: 11.492 unidades; Fiat Strada: 11.474 unidades; Volkswagen T-Cross: 8.629 unidades; Fiat Argo: 7.235 unidades; Hyundai HB20: 6.917 unidades; Chevrolet Onix: 6.782 unidades; Hyundai Creta: 6.415 unidades; Fiat Mobi: 6.347 unidades; Honda HR-V: 6.179 unidades; Toyota Corolla Cross: 5.335 unidades. Brasil emplaca quase 1,2 milhão de veículos novos Os brasileiros compraram 1.198.805 veículos novos no primeiro semestre de 2025. O número inclui automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus. O g1 contabiliza motos à parte e desconsidera implementos rodoviários. Houve uma ligeira alta de 4,82% em relação ao mesmo período de 2024, quando foram emplacados 1,1 milhão de veículos novos. O número representa um crescimento de 20,09% em relação a 2023, quando foram emplacados 998.270 veículos novos. “Mesmo com taxa alta de juros, os automóveis estão crescendo e isso também afeta, de maneira diferente, todos os setores. O mercado ainda tem demanda, mesmo com alguma pequena desaceleração”, diz Marcelo Ciardi Franciulli, diretor executivo da Fenabrave. Mesmo otimista, o executivo aponta que "os juros em 15% limitam um pouco o apetite de compra e de investimento". Veja abaixo os resultados por segmento. AUTOMÓVEIS 878.604 emplacamentos durante o primeiro semestre de 2025, aumento de 3,52% contra 2024. 159.128 emplacamentos em junho, queda de 5,02% contra maio; Comparado a junho de 2024, houve queda de 2,84% (163.786 unidades) COMERCIAIS LEVES 252.665 emplacamentos durante o primeiro semestre de 2025, aumento de 10,74% contra 2024. 43.036 emplacamentos em junho, queda de 8,08% contra maio; Comparado a junho de 2024, houve alta de 11,32% (38.658 unidades) CAMINHÕES E ÔNIBUS 67.536 emplacamentos durante o primeiro semestre de 2025, aumento de 1,16% contra 2024. 10.733 emplacamentos em junho, queda de 5,03% contra maio; Comparado a junho de 2024, houve queda de 9,14% (11.813 unidades) Juntando automóveis e comerciais leves, os principais segmentos em vendas, a alta foi de 5,05% no primeiro semestre de 2024. Projeções para 2025 A projeção da Fenabrave é de um crescimento menor para 2025, marcado em 5%. Alcançando um total de 2.765.906 veículos vendidos. Automóveis e comerciais leves: alta de 5% (de 2.484.740 para 2.608.977); Caminhões: redução de 7% (de 127.593 para 113.552); Ônibus: alta de 6% (de 27.675 para 29.336). A redução na projeção de crescimento para 2025 está relacionada a preocupações com os cenários internacional e nacional, além da queda nas vendas de caminhões. Franciulli acredita que a economia gerada pelas novas normas de controle de emissões para motores a diesel, com o Euro 6, tem retardado o processo de renovação da frota. Segundo a economista Tereza Fernandez, responsável pelas projeções macroeconômicas da Fenabrave, o retorno de Donald Trump à presidência dos Estados Unidos é o principal fator de preocupação. “Até o momento seguem as incertezas de que alíquotas de Donald Trump serão aplicadas efetivamente. Ele já está atrapalhando o mercado internacional e vai provocar uma diminuição no comércio internacional”, disse Fernandez. No cenário nacional, Tereza avalia que a estabilidade nas projeções para 2025 está relacionada ao encarecimento do crédito, resultado da elevação dos juros e dos desequilíbrios nas contas públicas. "A inflação continuará pressionada, mesmo com a desaceleração observada nos últimos dois meses. Os juros estão muito altos — todos que atuam com crédito no setor percebem isso. Mas o grande problema do Brasil é o déficit fiscal", aponta a consultora. No entanto, a Federação voltou a destacar o Marco Legal de Garantias como um instrumento que ajuda a evitar que o crédito seja totalmente comprometido pela elevação dos juros. Volkswagen Tera: veja os 5 pontos positivos e negativos do novo SUV da marca alemã



Nvidia alcança US$ 3,9 trilhões em valor de mercado e caminha para se tornar empresa mais valiosa na história


03/07/2025 16:04 - g1.globo.com


Empresa atingiu um valor de mercado de US$ 3,92 trilhões nesta quinta-feira. Pessoa passa por painel com logomarca da Nvidia na Computex em Taiwan em junho de 2024 Ann Wang/Reuters A Nvidia atingiu um valor de mercado de US$ 3,92 trilhões (R$ 21,4 trilhões) nesta quinta-feira (3), a caminho de se tornar a empresa mais valiosa da história. O avanço vem em meio ao maior otimismo dos investidores sobre inteligência artificial — o que também tem ajudado a impulsionar os índices de Wall Street a máximas recordes. Durante a manhã, as ações da principal projetista de chips de inteligência artificial de ponta chegaram a subir até 2,4%, para US$ 160,98 (R$ 877,53), dando à empresa uma capitalização de mercado maior do que o valor de fechamento recorde da Apple de US$ 3,915 trilhões em 26 de dezembro de 2024. Os mais novos chips da Nvidia obtiveram ganhos no treinamento dos maiores modelos de inteligência artificial, alimentando a demanda por produtos da empresa de Santa Clara, Califórnia. Com o avanço da empresa, o fundador e presidente da Nvidia, Jensen Huang, voltou à lista das 10 pessoas mais ricas do mundo, segundo a revista Forbes. Nesta quinta-feira, sua fortuna estava estimada em mais de US$ 138 bilhões (R$ 752,3 bilhões). A Microsoft é atualmente a segunda empresa mais valiosa de Wall Street, com uma capitalização de mercado de US$ 3,7 trilhões (R$ 20,2 trilhões), já que suas ações subiram 1,7%, para US$ 499,56 (R$ 2.723,20). A Apple subiu 0,8%, o que lhe deu um valor de mercado de US$ 3,19 trilhões (R$ 17,4 trilhões), em terceiro lugar. Uma corrida entre Microsoft, Amazon.com, Meta Platforms, Alphabet e Tesla para construir centros de dados de IA e dominar a tecnologia emergente alimentou uma demanda insaciável pelos processadores de ponta da Nvidia. "Quando a primeira empresa ultrapassou um trilhão de dólares, foi incrível. E agora estamos falando de quatro trilhões, o que é simplesmente incrível. Isso nos diz que há uma grande corrida com os gastos em IA e que todos estão correndo atrás disso no momento", disse Joe Saluzzi, cogerente de negociação da Themis Trading, à Reuters. O valor de mercado das ações da Nvidia, cuja tecnologia principal foi desenvolvida para alimentar videogames, aumentou quase oito vezes nos últimos quatro anos, passando de US$ 500 bilhões (R$ 2,7 trilhões) em 2021 para quase US$ 4 trilhões (R$ 21,8 trilhões) atualmente. A Nvidia agora vale mais do que o valor combinado dos mercados de ações canadense e mexicano, de acordo com dados da LSEG. A empresa de tecnologia também ultrapassa o valor total de todas as empresas de capital aberto do Reino Unido. A Nvidia foi recentemente negociada a cerca de 32 vezes o lucro esperado pelos analistas para os próximos 12 meses, abaixo de sua média de cerca de 41 vezes nos últimos cinco anos, de acordo com dados da LSEG. O lavador de pratos que criou a Nvidia, a empresa mais valiosa do mundo O que a Nvidia faz? A Nvidia fabrica chips usados para treinar modelos de inteligência artificial, como o do ChatGPT, que exigem muita capacidade computacional. Entre os clientes da empresa, estão praticamente todas as gigantes da tecnologia, como Microsoft, Google, Amazon, Meta e Spotify. Antes de dominar os chips de inteligência artificial, a empresa era completamente dedicada às placas de vídeo, que servem para melhorar a qualidade dos gráficos em jogos e vídeos. Foi nesse segmento, originalmente, que ela ganhou prestígio mundial. O diferencial da Nvidia no mercado é que a empresa trabalha e domina a produção de um tipo de processador chamado GPU (Graphics Processing Unit, ou Unidade de Processamento Gráfico), que é o processador mais utilizado para o treinamento de inteligência artificial. O boom da IA generativa iniciado com o lançamento do ChatGPT, por sua vez, impulsionou empresas a desenvolverem suas próprias inteligências artificiais, o que resultou no crescimento acelerado da Nvidia. Lucro bilionário A Nvidia registrou um lucro líquido de US$ 18,8 bilhões (R$ 107 bilhões) no primeiro trimestre de seu exercício fiscal, uma alta de 26% na comparação anual, informou a empresa na última semana. O lucro por ação ajustado foi de US$ 0,96 (R$ 5,5), acima dos US$ 0,89 previstos pelo consenso da FactSet, empresa americana de dados financeiros. A Nvidia também apresentou receita de US$ 44,1 bilhões (R$ 251 bilhões) no trimestre encerrado em abril, um aumento de 69% em um ano. Já a receita de centros de dados, principal atividade da companhia, ficou levemente abaixo das projeções dos analistas. Os resultados vieram apesar do impacto das restrições americanas – posteriormente suspensas pelo governo de Donald Trump – à exportação de chips para a China. A medida causou à Nvidia um encargo excepcional de US$ 4,5 bilhões (R$ 26 bilhões), abaixo dos US$ 5,5 bilhões esperados. A empresa também superou as expectativas para vendas em seu primeiro trimestre fiscal. Por outro lado, projetou receita inferior ao esperado para o segundo trimestre, ao prever um impacto de US$ 8 bilhões nas vendas devido às restrições dos EUA sobre exportações de chips para a China. * Com informações da agência de notícias Reuters.



Ataque hacker ao sistema financeiro: o que se sabe sobre o golpe e quais os próximos passos


03/07/2025 16:00 - g1.globo.com


BC ainda não informou o nome das instituições afetadas. Não há confirmação oficial sobre os valores envolvidos, mas fontes da TV Globo estimam que a quantia pode chegar a R$ 800 milhões. O que se sabe sobre ataque hacker contra empresa que interliga bancos ao PIX Um ataque cibernético que afetou pelo menos seis instituições financeiras causou alvoroço no mercado financeiro na última quarta-feira (2). Segundo o Banco Central do Brasil (BC), a C&M Software (CMSW) — uma empresa de tecnologia que conecta bancos menores aos sistemas PIX do BC — reportou um ataque às suas infraestruturas. Ataque hacker é um dos mais graves já registrados no Brasil De acordo com a companhia, criminosos usaram credenciais, como senhas, de seus clientes para tentar acessar seus sistemas e serviços de forma fraudulenta. Isso permitiu o acesso indevido a informações e contas de reserva de pelo menos seis instituições financeiras. O BC ainda não informou o nome de todas as instituições afetadas. Também não há confirmação oficial sobre os valores envolvidos no ataque, mas fontes da TV Globo estimam que a quantia pode chegar a R$ 800 milhões. Entenda nesta reportagem o que se sabe e o que ainda falta saber sobre o ataque hacker. O que faz a C&M Software? O que aconteceu? Quem foi afetado? Como esse ataque aconteceu? Como os criminosos atuam? Qual foi o impacto do ataque? Esse tipo de ataque é comum no Brasil? O que deve acontecer agora? O que faz a C&M Software? A C&M Software é uma empresa brasileira de tecnologia da informação (TI) voltada para o mercado financeiro. Entre os serviços prestados pela companhia, está o de conectividade com o Banco Central e de integração com o Sistema de Pagamentos Brasileiro (SBP). Na prática, isso significa que a empresa funciona como uma ponte para que instituições financeiras menores possam se conectar aos sistemas do BC e fazer operações — como o PIX, por exemplo. A empresa tem atuação nacional e internacional e foi homologada pelo BC para essa função desde 2001. Atualmente, outras oito empresas também são homologadas no país. Volte ao índice. O que aconteceu? A C&M Software reportou para o Banco Central um ataque às suas infraestruturas digitais. O incidente permitiu o acesso indevido a contas de reserva de pelo menos seis instituições financeiras que estavam conectadas à companhia. 🔎 As contas de reservas são contas que os bancos e instituições financeiras mantêm no BC. Essas contas funcionam como uma conta corrente, e são utilizadas para processar as movimentações financeiras das instituições. Essas contas ainda servem como uma reserva de recursos que os bancos precisam manter no BC para garantir que cumpram com suas obrigações financeiras. Também funcionam para que as empresas possam participar de operações com o próprio BC — como empréstimos de liquidez, aplicações em títulos públicos e depósitos compulsórios (valores obrigatórios mantidos pelos bancos no BC). Ainda não há confirmação oficial sobre os valores envolvidos no ataque, mas fontes da TV Globo estimam que a quantia pode chegar a R$ 800 milhões. Volte ao índice. Quem foi afetado? O BC ainda não informou o nome de todas as instituições afetadas. Uma das que se sabe é a BMP, empresa que fornece infraestrutura para plataformas bancárias digitais e é cliente da C&M Software. A BMP foi quem divulgou nota sobre o incidente. “O incidente de cibersegurança comprometeu a infraestrutura da C&M e permitiu acesso indevido a contas reserva de seis instituições financeiras, entre elas a BMP”, diz a nota da empresa. O jornal “Valor Econômico” indicou que a Credsystem e o Banco Paulista também estavam entre as instituições afetadas. Volte ao índice. Como esse ataque aconteceu? A C&M Software (CMSW) informou que os criminosos usaram credenciais de clientes de forma indevida para acessar seus sistemas e serviços de forma fraudulenta. Com isso, tiveram acesso às contas de reservas das instituições financeiras e, possivelmente, a outras informações. Esse ataque é conhecido pelo mercado como “cadeia de suprimentos” (“supply chain attack”, em inglês). Nele, invasores acessam sistemas de terceiros usando credenciais (como senhas) privilegiadas para realizar operações financeiras. “Os criminosos exploraram a confiança estabelecida entre os bancos e seus prestadores para se infiltrar indiretamente no ecossistema financeiro”, explica Hiago Kin, presidente do Instituto Brasileiro de Resposta a Incidentes Cibernéticos (IBRINC). Segundo Micaella Ribeiro, especialista em identidades e acessos da IAM Brasil, o ataque aconteceu em múltiplas fases. ➡️ FASE 1: Comprometimento do Acesso Segundo Ribeiro, o comprometimento do acesso da CMSW provavelmente aconteceu via engenharia social com funcionários ou suporte técnico, em que foi induzida a instalação de softwares de acesso remoto ou entrega de credenciais. 🔎 Engenharia social é quando criminosos usam influência ou persuasão para manipular as vítimas a revelarem senhas ou instalarem aplicativos maliciosos. ➡️ FASE 2: Persistência e Reconhecimento Interno A especialista explica que os atacantes exploraram o ambiente comprometido, coletando usuários, senhas, estruturas de sistemas e testando acessos com comandos automatizados, mas ainda sem gerar alarmes. ➡️ FASE 3: Exploração de Sistemas de Produção Com os acessos certos, os criminosos teriam obtido a entrada administrativa em sistemas financeiros sensíveis, com destaque para contas de liquidação, contas reservas ou ambientes com permissões de movimentação. ➡️ FASE 4: Execução e Monetização Rápida As transações foram feitas de forma rápida e fora do horário comercial. Além disso, diz a especialista, os valores muito provavelmente foram convertidos em criptoativo (ativos digitais criptografados) e redistribuídos. “Essa movimentação foi feita por múltiplos agentes, indicando um ecossistema criminoso estruturado”, afirma Micaella Ribeiro. Volte ao índice. Como os criminosos atuam? Banco Central do Brasil (BC). Adriano Machado/ Reuters Em vez de atacar diretamente cada instituição financeira, os criminosos concentram esforços em vulnerabilidades ou falhas de segurança na infraestrutura da prestadora de serviços. Também é possível que tenham explorado falhas de segurança já conhecidas, mas ainda não corrigidas (as chamadas “vulnerabilidades não patchadas” ou zero-day), ou até mesmo conseguido acesso por métodos físicos ou por meio da chamada engenharia social, quando alguém é manipulado para entregar informações confidenciais. A obtenção dessas credenciais pode ter ocorrido por meio de “spear-phishing”, um tipo de golpe em que os criminosos enviam e-mails ou mensagens falsas, mas personalizadas, para enganar funcionários da prestadora de serviços, explica Hiago Kin. Volte ao índice. Qual foi o impacto do ataque? Apesar de as instituições indicarem que não houve nenhum dano às contas e informações de seus clientes, especialistas alertam para os impactos significativos no próprio sistema financeiro. Além da perda financeira estimada em R$ 800 milhões, a especialista em identidades Micaella Ribeiro também destaca três tipos de impacto: Reputacional, com a exposição das empresas que utilizam os sistemas da C&M Software (CMSW); Sistêmico, que acendeu um alerta para falhas na gestão de acessos privilegiados e na segurança da cadeia de suprimentos; Operacional, que evidenciou a “necessidade urgente” de revisão dos acessos. Volte ao índice. Esse tipo de ataque é comum no Brasil? Segundo Hiago Kin, esse tipo de crime, em grande escala, costuma ocorrer duas ou três vezes por ano. “Geralmente, os casos são abafados pelas instituições porque elas decidem absorver os prejuízos e deter as informações em investigação”, diz. Segundo ele, desta vez, a repercussão foi maior porque mais de uma instituição foi afetada. “Geralmente essas instituições têm seguros cibernéticos milionários que cobrem isso”, completa. Volte ao índice. O que deve acontecer agora? Após o incidente, ainda na quarta-feira, o BC afirmou que determinou o desligamento do acesso das instituições financeiras afetadas às infraestruturas operadas pela CMSW (C&M Software). Essa suspensão cautelar imposta pelo BC à empresa foi substituída por uma suspensão parcial nesta quinta-feira (3). “A decisão foi tomada após a empresa adotar medidas para mitigar a possibilidade de ocorrência de novos incidentes”, afirmou o BC. Após a divulgação do ataque, a Polícia Federal abriu um inquérito para apurar o ocorrido. A informação foi confirmada à GloboNews na quarta-feira, pelo diretor-geral da organização, Andrei Rodrigues. Procurada, a PF informou apenas que “não se manifesta sobre investigações em andamento”. A Polícia Civil de São Paulo também iniciou uma investigação por meio da 2ª Delegacia da Divisão de Crimes Cibernéticos, do Departamento Estadual de Investigações Criminais (DEIC). “A investigação está em curso e visa identificar os responsáveis pelo crime, bem como rastrear os valores subtraídos”, informou a Polícia Civil. “Diligências técnicas e operacionais estão em andamento e, devido à complexidade e à natureza do caso, mais detalhes não poderão ser divulgados neste momento. A Polícia Civil de São Paulo reforça seu compromisso com o combate aos crimes cibernéticos e atua para garantir a segurança das operações digitais no estado”. Micaella Ribeiro, da IAM Brasil, acredita que o incidente também deverá atrair atenção de reguladores, como o BC e o Conselho Monetário Nacional, que vêm acompanhando o risco sistêmico associado à transformação digital do setor. Entenda o ataque hacker que afetou instituições financeiras Arte g1 Volte ao índice. LEIA TAMBÉM: 'Já estamos tomando o trabalho da IA', ironiza brasileiro que imita vídeos doidos gerados por inteligência artificial Microsoft diz que criou IA quatro vezes melhor que médicos para descobrir casos complexos China faz primeiro campeonato de futebol de três contra três entre robôs humanoides; veja VÍDEO Conta de luz mais cara em julho Brasileiro imita vídeos gerados por inteligência artificial e viraliza nas redes



Lula e Milei participam da Cúpula do Mercosul em Buenos Aires


03/07/2025 14:52 - g1.globo.com

Ao final do encontro, Lula recebe de Milei o comando do bloco. Prioridade do Brasil será assinar acordo comercial com a União Europeia. Lula e Milei participam da Cúpula do Mercosul em Buenos Aires Ao final do encontro, Lula recebe de Milei o comando do bloco. Prioridade do Brasil será assinar acordo comercial com a União Europeia. A Cúpula do Mercosul acontece nesta quinta-feira (3) em Buenos Aires e marca a transição da presidência rotativa do bloco.. A Argentina entrega o comando ao Brasil. No formato do grupo, cada país lidera o Mercosul por seis meses.. Ontem, o governo brasileiro anunciou um acordo entre o Mercosul e os países europeus Islândia, Liechtenstein, Noruega e Suíça (que não integram a União Europeia).. Lula deve se encontrar com a ex-presidente da Argentina Cristina Kirchner, que cumpre prisão domiciliar após condenação por corrupção.. Não há previsão de encontro entre o presidente brasileiro e Javier Milei, atual presidente da Argentina.



Brasil emplaca quase 1,2 milhão de veículos novos no 1º semestre de 2025


03/07/2025 14:09 - g1.globo.com


Vendas de zero km tiveram alta de 4,8% no período. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (3) pela Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave). Carros no pátio da montadora em São José dos Campos, no interior de São Paulo Paulo Whitaker/Reuters Os brasileiros compraram 1.198.805 veículos novos no primeiro semestre de 2025. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (3) pela Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave). O número inclui automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus. O g1 contabiliza motos à parte e desconsidera implementos rodoviários. Houve uma ligeira alta de 4,82% em relação ao mesmo período de 2024, quando foram emplacados 1,1 milhão de veículos novos. O número representa um crescimento de 20,09% em relação a 2023, quando foram emplacados 998.270 veículos novos. “Mesmo com taxa alta de juros, os automóveis estão crescendo e isso também afeta, de maneira diferente, todos os setores. O mercado ainda tem demanda, mesmo com alguma pequena desaceleração”, diz Marcelo Ciardi Franciulli, diretor executivo da Fenabrave. Mesmo otimista, o executivo aponta que "os juros em 15% limitam um pouco o apetite de compra e de investimento". Veja abaixo os resultados por segmento. AUTOMÓVEIS 878.604 emplacamentos durante o primeiro semestre de 2025, aumento de 3,52% contra 2024. 159.128 emplacamentos em junho, queda de 5,02% contra maio; Comparado a junho de 2024, houve queda de 2,84% (163.786 unidades) COMERCIAIS LEVES 252.665 emplacamentos durante o primeiro semestre de 2025, aumento de 10,74% contra 2024. 43.036 emplacamentos em junho, queda de 8,08% contra maio; Comparado a junho de 2024, houve alta de 11,32% (38.658 unidades) CAMINHÕES E ÔNIBUS 67.536 emplacamentos durante o primeiro semestre de 2025, aumento de 1,16% contra 2024. 10.733 emplacamentos em junho, queda de 5,03% contra maio; Comparado a junho de 2024, houve queda de 9,14% (11.813 unidades) Juntando automóveis e comerciais leves, os principais segmentos em vendas, a alta foi de 5,05% no primeiro semestre de 2024. LEIA MAIS Fiat Strada é o veículo mais vendido do Brasil no 1º semestre; lista Volkswagen T-Cross é o SUV mais vendido de 2025; veja o ranking Projeções para 2025 A projeção da Fenabrave é de um crescimento menor para 2025, marcado em 5%. Alcançando um total de 2.765.906 veículos vendidos. Automóveis e comerciais leves: alta de 5% (de 2.484.740 para 2.608.977); Caminhões: redução de 7% (de 127.593 para 113.552); Ônibus: alta de 6% (de 27.675 para 29.336). A redução na projeção de crescimento para 2025 está relacionada a preocupações com os cenários internacional e nacional, além da queda nas vendas de caminhões. Franciulli acredita que a economia gerada pelas novas normas de controle de emissões para motores a diesel, com o Euro 6, tem retardado o processo de renovação da frota. Segundo a economista Tereza Fernandez, responsável pelas projeções macroeconômicas da Fenabrave, o retorno de Donald Trump à presidência dos Estados Unidos é o principal fator de preocupação. “Até o momento seguem as incertezas de que alíquotas de Donald Trump serão aplicadas efetivamente. Ele já está atrapalhando o mercado internacional e vai provocar uma diminuição no comércio internacional”, disse Fernandez. No cenário nacional, Tereza avalia que a estabilidade nas projeções para 2025 está relacionada ao encarecimento do crédito, resultado da elevação dos juros e dos desequilíbrios nas contas públicas. "A inflação continuará pressionada, mesmo com a desaceleração observada nos últimos dois meses. Os juros estão muito altos — todos que atuam com crédito no setor percebem isso. Mas o grande problema do Brasil é o déficit fiscal", aponta a consultora. No entanto, a Federação voltou a destacar o Marco Legal de Garantias como um instrumento que ajuda a evitar que o crédito seja totalmente comprometido pela elevação dos juros. Novo Nissan Kicks: saiba o que há de bom e ruim no lançamento



Americanos se preparam para cortes de programas sociais sob Trump: 'Nossa comida não dura um mês'


03/07/2025 13:41 - g1.globo.com


Cerca de 42 milhões de americanos contam com programa de subsídios do governo federal para comprar alimentos - uma das iniciativas que podem ser afetadas caso megapacote de redução de impostos, apelidado de "one big beautiful bill", passe no Congresso. Beneficiários do SNAP acompanham de perto a votação do pacote de corte de impostos no Congresso BBC Elizabeth Butler vai de um supermercado a outro na sua cidade natal de Martinsburg, no Estado americano da Virgínia Ocidental, à procura do melhor preço de cada item da sua lista de compras. Butler faz parte dos 42 milhões de norte-americanos que pagam pelos produtos com subsídios federais para a compra de alimentos. Mas o dinheiro não cobre todos os mantimentos necessários para manter sua família de três pessoas. "Nossa comida não chega a durar um mês", ela conta. Mas mesmo esse recurso pode acabar em breve. O Programa Suplementar de Assistência à Nutrição (SNAP, na sigla em inglês), no qual Butler está inscrita, é um dos programas sociais que entraram na mira do megapacote de corte de impostos do governo do presidente Donald Trump, apelidada de "big, beautiful bill" (grande e belo projeto de lei, em tradução literal). O texto prevê critérios de acesso mais rígidos ao programa, mudança que excluiria três milhões de seus atuais beneficiários, segundo estimativa do Escritório de Orçamento do Congresso dos EUA. O Senado votou e aprovou sua versão do projeto de lei nesta terça-feira (1/7). Ele retornou à Câmara e, caso passe na Casa, será encaminhada para sanção presidencial. Trump vem pressionando o Legislativo para que aprove o pacote até sexta-feira – 4 de julho, o dia da independência americana. LEIA TAMBÉM: Senado dos EUA aprova projeto de Trump que reduz impostos, aumenta verba contra imigrantes e corta programas sociais Corte de impostos, verba menor para saúde e gasto maior contra imigrante: o que está no novo pacote de Trump aprovado no Senado A política por trás dos cortes no SNAP Similar ao Bolsa Família oferecido no Brasil, o SNAP é um programa de subsídios que provê recursos às pessoas de baixa renda, incluindo americanos idosos, famílias com filhos e pessoas com deficiência, para compra de mantimentos todos os meses. A Virgínia Ocidental é um dos Estados americanos com maior índice de pobreza do país – e 16% da sua população depende do benefício do governo federal. O Estado é um fiel reduto republicano, que votou massivamente em Trump nas eleições de novembro passado. O então candidato prometeu reduzir o custo de vida para os cidadãos americanos, incluindo o preço dos mantimentos. "Quando eu vencer, começarei imediatamente a baixar os preços, a partir do primeiro dia", declarou Trump em entrevista coletiva em agosto de 2024, rodeado de embalagens de alimentos, leite, carnes e ovos. Durante a campanha eleitoral do ano passado, Trump prometeu baixar preços de alimentos se fosse novamente eleito Getty Images via BBC Meses depois da promessa, os preços de mantimentos comuns, como suco de laranja, ovos e bacon, estão mais altos do que na mesma época do ano passado. Este fato não passou despercebido por Elizabeth Butler. "O presidente ainda não alterou os preços dos alimentos, e ele prometeu às pessoas que faria isso", relembra ela. Trump defende que o corte de gastos previsto no projeto de lei de mil páginas ajudará a reduzir os preços dos alimentos, mas não explica sobre como isso funcionaria. "O corte dará a todos muito mais comida, pois os preços irão despencar, os mantimentos irão cair", afirmou o presidente, questionado especificamente sobre os cortes ao programa SNAP. "O Projeto de Lei único, grande e belo, em última análise, irá fortalecer o SNAP com medidas de compartilhamento de custos e exigências de trabalho baseadas no bom senso", declarou uma autoridade da Casa Branca à BBC. Os republicanos se dividem há muito tempo sobre como financiar programas sociais como o SNAP e o Medicaid, voltado para saúde. Muitos acham que o governo deve priorizar o equilíbrio do orçamento, enquanto outros – especialmente os de regiões mais pobres – apoiam programas que ajudem diretamente seus eleitores. Da forma em que foi redigido o projeto de lei, os senadores republicanos propõem cortes de US$ 211 bilhões (cerca de R$ 1,15 trilhão) em Estados que são parcialmente responsáveis por compor a diferença. Teoricamente, a aprovação do projeto de lei deveria ser politicamente fácil, já que os republicanos controlam as duas câmaras do Congresso e a Casa Branca. Mas, como o projeto inclui cortes em programas como o SNAP e o Medicaid, que são populares junto aos americanos comuns, vender o texto para todas as facções do Partido Republicano não tem sido tarefa simples. 'Se não tomarmos cuidado, as pessoas vão sair prejudicadas' Surgiram nas últimas semanas relatos de frustração e dissidência sobre os possíveis cortes ao Medicaid e ao SNAP. Eles demonstram a luta interna que ocorre dentro do partido. O senador Jim Justice, da Virgínia Ocidental, declarou em junho ao site Político ter alertado colegas republicanos que o corte do SNAP poderá custar ao partido sua maioria no Congresso, quando os eleitores voltarem às urnas em 2026. "Se não tomarmos cuidado, as pessoas serão prejudicadas, as pessoas ficarão irritadas", segundo Justice. "Será a principal manchete dos noticiários noturnos em toda parte. E poderemos muito bem acordar com uma situação neste país em que a maioria rapidamente se torna minoria." Uma pesquisa recente da agência de notícias Associated Press e do Centro NORC de Pesquisas sobre Assuntos Públicos concluiu que 45% dos americanos acreditam que programas de assistência alimentar como o SNAP recebem pouco financiamento e apenas 30% acham que os níveis de financiamento são adequados. Cerca de 25% dos participantes responderam que, para eles, os programas recebem dinheiro demais. Não é a primeira vez que o Partido Republicano debate cortes do SNAP, segundo a professora Tracy Roof, da Universidade de Richmond, nos Estados Unidos. Ela está escrevendo um livro sobre a história política do programa. No governo Joe Biden (2021-2025), o Congresso americano permitiu o encerramento dos benefícios que haviam sido ampliados durante a pandemia de covid-19, mesmo com os alertas de republicanos e democratas de que a medida poderia levar cidadãos americanos a passar fome. "Um ponto sobre [o SNAP] é o seu apoio bipartidário, mais do que qualquer outro programa de combate à pobreza", destacou Roof à BBC. Mas, desta vez, tudo parece diferente, segundo ela. O senador Jim Justice, do Estado americano da Virgínia Ocidental, alertou seus colegas republicanos que os cortes ao programa SNAP podem custar a maioria do seu partido no Congresso Getty Images via BBC "Uma questão que meio que diferencia este período das tentativas anteriores de cortar programas de assistência social é a disposição dos congressistas republicanos de votar em coisas que aparentemente preocupam muitos deles longe das câmeras", segundo ela. "Antes, sempre havia republicanos moderados nas duas Casas, particularmente no Senado, que promoviam concessões." Roof atribui a submissão atual a dois motivos: medo de ficar contra Trump e falta de preocupação com a reação do público aos legisladores, que podem ser facilmente reeleitos às suas cadeiras no Congresso. A BBC questionou o deputado Riley Moore, representante de Martinsburg, na Virgínia Ocidental, sobre os impactos dos cortes sobre os seus eleitores, mas não houve resposta até a publicação desta reportagem. Moore votou a favor do projeto inicial da Câmara dos Representantes, que incluía os cortes do programa SNAP. O senador Josh Hawley, do Estado do Missouri, foi um dos mais vigorosos críticos dos cortes. Mas, desde então, ele suavizou sua posição. Hawley declarou ao portal jornalístico NOTUS que "sempre apoiou" a maior parte dos cortes do Medicaid e que "aceitaria" a maior parte do projeto de lei. 'A única coisa que mantém vivos a mim e à minha família' Jordan é pai de dois filhos e sobrevive há três anos graças aos benefícios do programa SNAP. Ele pediu à reportagem que seu sobrenome não fosse divulgado. Ele e a esposa recebem mensalmente cerca de US$ 700 (cerca de R$ 3,8 mil) para alimentar sua família de quatro pessoas. Mas, ainda assim, enfrentam dificuldades. O jovem de 26 anos de idade afirma que sua esposa tem lutado para conseguir trabalho e cuidar dos dois filhos ao mesmo tempo. Por isso, se as mudanças do SNAP atingirem sua família, ele conta que está pronto para entrar em ação e conseguir um segundo emprego. Jordan é beneficiário do programa de apoio alimentar americano SNAP BBC "Vou certamente fazer tudo o que puder para alimentar minha família", afirma ele. Jordan e outros cidadãos da Virgínia Ocidental estão acompanhando qual será o desfecho do projeto de lei no Congresso. Cameron Whetzel tem 25 anos. Ele cresceu em uma família que dependia do SNAP. Mas, quando ele e sua esposa tentaram entrar no programa, ele foi informado que, por ganhar US$ 15 (R$ 81,50) por hora, ele estaria acima do limite para receber o benefício. "Não importa o fato de que preciso dobrar meu salário para conseguir comprar mantimentos", afirma Whetzel. "Não compramos ovos há quatro meses, simplesmente porque eles estão caros demais." Ele diz que está frustrado porque as autoridades em Washington não compreendem os impactos dos cortes que estão apoiando no Congresso. "Fazer um corte federal que recai sobre um Estado que já está em dificuldades parece meio que chutar um cavalo que está caído", explica Whetzel. "Quer você acredite em um governo pequeno ou grande, o governo precisa cuidar das pessoas, de alguma forma." Com colaboração de Meiying Wu e Bernd Debusmann Jr. Câmara dos EUA vota resolução para encaminhar 'pacotaço' de Donald Trump Entenda as críticas ao 'pacotaço' fiscal de Donald Trump



Energia cara ajuda a explicar inflação acima da meta nos últimos 25 anos, diz associação


03/07/2025 13:16 - g1.globo.com


Estudo feito a pedido da Abrace Energia foi divulgado nesta quinta. Segundo o levantamento, custo da energia elétrica explica até 90% do aumento de preços de produtos essenciais. O custo da energia elétrica explica até 90% do aumento de preços em produtos essenciais e pressionou a inflação de forma estrutural nos últimos 25 anos. Isso é o que diz um estudo divulgado nesta quinta-feira (3) pela Ex Ante Consultoria Econômica, a pedido da Abrace Energia. 🥖Segundo o estudo, o pão francês, por exemplo, subiu 509% de 2000 a 2024 — sendo 85% do aumento explicado pela energia. 🥛🧀O mesmo ocorre com o leite longa vida (86%) e o queijo (92%). Entre os materiais de construção, o cimento teve 218% de alta ligada diretamente ao custo energético. Estudo divulgado pela Abrace Energia mostra o impacto do aumento da energia elétrica nos preços de produtos e serviços Reprodução 🔌Segundo o presidente da Abrace Energia, Paulo Pedrosa, a "pressão silenciosa da energia nos preços tem sido um dos principais obstáculos à estabilidade econômica do país". Entre 2000 e 2024, enquanto o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acumulado foi de 326%, o custo unitário da energia elétrica cresceu 1.299% e o do gás natural 2.251% — ou seja, quase quatro e cerca de sete vezes mais que a inflação oficial respectivamente, diz o estudo. O estudo destaca que, ao se elevar a tarifa de energia elétrica cobrada das empresas, o reflexo recai diretamente nos custos de produção da indústria, do comércio e dos serviços. "O repasse dessa elevação de custos para os preços acaba onerando as despesas das famílias. O carro, a casa, o sabão e a carne mais caros provocam a redução do consumo e a perda de bem-estar", afirma o documento da Abrace. "O mesmo ocorre com os aumentos do gás natural que são repassados aos preços das mercadorias", complementa o estudo. Entre 2000 e 2024, os preços industriais cresceram em média 8,4% ao ano ante uma inflação de 6,2% ano. O encarecimento dos bens industriais produzidos no país se deve ao aumento dos custos unitários com energia elétrica e gás natural, observa a pesquisa. Julho terá bandeira tarifária vermelha nas contas de energia no país Ainda de acordo com o estudo, além da pressão direta sobre os custos de produção dos bens intensivos em energia, o aumento de energia utilizada na produção também afeta o custo de produção das empresas de maneira indireta. 💸Isso aumenta os preços dos insumos empregados nos processos produtivos. "Isso ocorre porque as empresas também empregam energia de forma direta e indireta, criando reações em cadeia dos choques dos custos com energia. Por exemplo, o aumento de tarifa da energia elétrica eleva a conta de luz de uma cervejaria ao mesmo tempo em que encarece o preço das embalagens utilizados na fabricação", afirma o levantamento da entidade. MP do setor elétrico Para Abrace, a medida provisória do setor elétrico tem pontos positivos, provoca discussões importantes que o setor precisa enfrentar, como a melhora na gestão de contratos do mercado livre. Mas, por outro lado, acende um alerta para o repasse que os custos da isenção ou desconto na energia elétrica para as pessoas de baixa renda pode acarretar para a indústria. "O estudo mostra que, apesar de parecer justo e tentador diminuir a conta ou zerar a conta do consumidor pobre deslocando o custo para a indústria, isso não resolve o problema porque a conta de luz vai cair, mas o preço do pão vai subir", diz Paulo Pedrosa. "Então você vai tirar com uma mão e tirar com a outra, não vai funcionar e tem um efeito na inflação, no emprego, que é ruim. Não é um contra o outro, mas para ser bom para o país tem que ser bom para os dois", acrescenta o presidente da Abrace. Em sua avaliação, o mais correto seria que os custos da isenção da conta de energia elétrica para os mais pobres fosse tratado via orçamento da União ou imposto, como PIS e Cofins que, neste caso, seria possível compensar. Segundo ele, quando os custos da Conta do Desenvolvimento Enérgico vão diretamente para a indústria, não é possível compensar e, por consequência, os custos voltam para os consumidores.



Ibovespa bate 140 mil pontos e renova recorde; dólar tem menor valor em mais de 1 ano


03/07/2025 12:00 - g1.globo.com


A bolsa avançou 1,35% nesta quinta-feira, aos 140.928 pontos. A moeda americana recuou 0,29%, cotada a R$ 5,4049. EUA: Senado vota proposta de orçamento do governo Trump O Ibovespa avançou 1,35% nesta quinta-feira (3) e encerrou o dia aos 140.928 pontos, atingindo um novo recorde. Até então, o maior nível havia sido registrado em 20 de maio, quando bateu 140.110 pontos. O resultado foi impulsionado pela alta das ações dos bancos e pela maior disposição dos investidores para correr riscos. O índice brasileiro acompanhou as bolsas americanas, que também renovaram as máximas após dados indicarem um mercado de trabalho ainda aquecido nos EUA. O Ibovespa passou a maior parte da sessão desta quinta acima dos 141 mil pontos — marca inédita. Na reta final do pregão, porém, perdeu fôlego. O dólar apresentou volatilidade ao longo do dia, mas fechou em queda de 0,29%, cotado a R$ 5,4049 — menor nível desde 11 junho de 2024 (R$ 5,3605). O fluxo de investimentos na bolsa e em títulos brasileiros beneficiou o real em relação à moeda norte-americana. ▶️ O mercado está de olho nos possíveis efeitos do megapacote de cortes de impostos do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. O texto, aprovado hoje pelo Congresso após intensa articulação política, prevê uma ampla redução de tributos e aumento nos gastos públicos. A estimativa é que o pacote aumente a dívida pública dos EUA em US$ 3,3 trilhões na próxima década, o que agrava a situação fiscal e eleva a desconfiança sobre a economia americana. ▶️ Outro ponto de atenção é o fim do prazo de suspensão do tarifaço. Os EUA tentam negociar com parceiros comerciais, mas só três acordos foram fechados até agora — o mais recente, com o Vietnã, foi anunciado na quarta-feira. A possível volta das tarifas preocupa o mercado. A avaliação é que elas podem elevar os preços ao consumidor e os custos de produção, o que tende a aumentar a inflação e forçar o Fed (o banco central dos EUA) a manter os juros altos por mais tempo. ▶️ Em meio às preocupações com a inflação e os juros norte-americanos, investidores avaliam novos dados da economia americana. O destaque é o payroll, relatório sobre o mercado de trabalho dos EUA que funciona como um termômetro da atividade econômica. (saiba mais abaixo) ▶️ No Brasil, segue em destaque a derrubada do projeto que previa aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). O presidente Lula defendeu a judicialização da medida e negou atrito com o Congresso. (leia mais abaixo) A equipe econômica ainda insiste na necessidade da taxação ao IOF para fechar as contas de 2025. Como mostrou o g1, a queda na arrecadação e a resistência do Congresso podem levar a novos cortes no Orçamento. Veja abaixo como esses fatores impactam o mercado. 💲Dólar a Acumulado da semana: -1,43%; Acumulado do mês: -0,53%; Acumulado do ano: -12,54%. 📈Ibovespa Acumulado da semana: -0,58%; Acumulado da semana: +2,97%; Acumulado do mês: +1,49%; Acumulado do ano: +17,16%. O 'grande e belo' pacote orçamentário de Trump Com a aprovação pelo Congresso na tarde desta quinta-feira, o mercado passa a analisar os possíveis impactos do megapacote orçamentário de Trump. O projeto, que agora deverá ser sancionado pelo republicano, reduz impostos, aumenta a verba contra imigrantes e corta programas sociais. Intitulado de One Big Beautiful Bill ("Um grande e belo projeto”, em tradução livre), o texto prevê, entre outros pontos: aumento de recursos destinados ao controle da imigração; ampliação dos gastos com as Forças Armadas; cortes em programas sociais — especialmente na área da saúde; criação de novas isenções fiscais para gorjetas e horas extras; revogação de incentivos à energia limpa implementados pelo democrata Joe Biden. A proposta prorroga os cortes de impostos implementados em 2017, durante o primeiro mandato de Trump. Em contrapartida, reduz os recursos destinados a programas como o Medicaid — que garante acesso à saúde para famílias de baixa renda. Além disso, o projeto pode aumentar significativamente a dívida pública dos EUA. O Escritório de Orçamento do Congresso dos Estados Unidos (CBO, na sigla em inglês) estima que o pacote orçamentário adicionará cerca de US$ 3,3 trilhões (aproximadamente R$ 18 trilhões) à dívida pública do país. A expectativa é que Donald Trump sancione a lei até esta sexta-feira (4), feriado da Independência nos EUA. LEIA MAIS AQUI. Tarifaço: contagem regressiva para o fim da trégua O tarifaço de Trump voltou a ganhar destaque após a estabilização da situação no Oriente Médio. A suspensão de 90 dias das tarifas impostas pelo republicano está prestes a expirar, e o baixo número de acordos firmados até o momento continua gerando preocupação. Trump e o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, afirmaram na última terça-feira que o prazo não será estendido e as tarifas poderão ser restabelecidas após 9 de julho. Na segunda-feira, o Canadá cancelou o imposto sobre serviços digitais direcionado a empresas de tecnologia dos EUA, poucas horas antes de sua entrada em vigor. A decisão foi interpretada como uma tentativa de destravar as negociações comerciais, que haviam sido interrompidas por Trump. Além disso, a União Europeia busca um alívio imediato nas tarifas comerciais para setores estratégicos do bloco como condição para qualquer acordo com os EUA, segundo diplomatas ouvidos pela Reuters. 🔎 O mercado avalia que o aumento das tarifas sobre importações pode elevar os preços ao consumidor e os custos de produção, pressionando a inflação e reduzindo o consumo. Esse cenário pode levar à desaceleração da economia dos EUA e até a uma recessão global. Diante das preocupações com as contas públicas e pelo tarifaço, a política de juros do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) também fica no radar. Nesta semana, o presidente da instituição, Jerome Powell, voltou a afirmar que a instituição pretende “esperar e obter mais informações” sobre os impactos das tarifas na inflação antes de reduzir as taxas de juros, ignorando mais uma vez as pressões de Trump por cortes imediatos. Dados da economia americana Diante das preocupações com a inflação e as taxas de juros nos EUA, os investidores permaneceram atentos aos novos dados da economia americana. Nesta quinta-feira (3), o Departamento do Trabalho dos EUA informou que a taxa de desemprego caiu inesperadamente em junho, para 4,1%, indicando que o mercado de trabalho segue estável. A economia dos EUA gerou 147 mil empregos fora do setor agrícola em junho, após a criação de 144 mil vagas em maio, número revisado para cima. O resultado de junho superou com folga a estimativa mediana dos economistas consultados pela Reuters, que previam a geração de 110 mil postos. Apesar de o resultado ter superado as expectativas, o ritmo de crescimento do emprego está diminuindo, principalmente por causa da redução nas contratações. As demissões permanecem em níveis baixos, pois os empregadores têm mantido seus funcionários diante das dificuldades para contratar mão de obra durante e após a pandemia da Covid-19. Diversos indicadores, como o número de solicitações de auxílio-desemprego, indicam uma certa fadiga no mercado de trabalho, depois de um desempenho robusto que ajudou a evitar a recessão, especialmente enquanto o Fed endureceu a política monetária para conter a alta da inflação. A maioria dos economistas prevê que a taxa de desemprego suba até o segundo semestre deste ano, o que pode levar o Fed a reiniciar o afrouxamento da política monetária em setembro. De acordo com o Departamento de Comércio dos EUA, o déficit comercial do país cresceu 18,7% em maio, atingindo US$ 71,5 bilhões. O aumento refletiu a queda nas exportações, mas especialistas afirmam que o baixo volume das importações indica que o comércio pode impulsionar a recuperação econômica no segundo trimestre. Entre os setores econômicos, o de serviços nos EUA voltou a crescer em junho, impulsionado pela recuperação dos pedidos. As encomendas à indústria americana também aumentaram, principalmente devido à forte demanda por aeronaves. De olho no IOF As contas públicas também continuam no centro das atenções nesta quinta-feira, conforme investidores seguem atentos aos desdobramentos da derrubada do IOF pelo Congresso Nacional, na semana passada. Segundo a equipe econômica, a revogação do decreto do IOF deve resultar em uma perda de arrecadação de R$ 10 bilhões ainda neste ano. Especialistas ouvidos pelo g1 alertam que a medida pode levar o governo a adotar novos bloqueios e contingenciamentos no Orçamento de 2025. ▶️ Na terça-feira, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou novamente que o governo precisa do aumento do IOF para equilibrar as contas em 2026. O ministro também declarou que, para equilibrar as contas públicas, será necessário aprovar a Medida Provisória que aumenta a tributação sobre apostas eletrônicas (bets), criptoativos, fintechs e outros setores, além de cortar aproximadamente R$ 15 bilhões em benefícios fiscais. Nesta quarta, Haddad minimizou a crise do governo com o Congresso e voltou a refutar o termo "traição" na relação do Executivo com o Legislativo, mas afirmou que não foi o governo que deixou a mesa de negociação sobre o IOF. O presidente Lula defendeu nesta quarta a decisão do governo de recorrer no STF contra a derrubada do aumento do IOF pelo Congresso. "Se eu não for à Suprema Corte, eu não governo mais o país. Esse é o problema. Cada macaco no seu galho. Ele legisla, e eu governo", disse o presidente. Na terça-feira (1º), o advogado-geral da União, Jorge Messias, afirmou que o governo federal decidiu levar a questão ao Supremo. Segundo ele, a derrubada do decreto pelo Congresso violou a separação de Poderes. Dólar Freepik *Com informações da agência de notícias Reuters.



Exame Nacional da Magistratura: publicado edital de prova obrigatória para quem quer ser juiz


03/07/2025 11:47 - g1.globo.com


Candidatos terão que passar no ENAM antes de disputarem concursos para cargos de juiz na Justiça Federal, Estadual, Trabalhista e Militar. Inscritos para o Exame Nacional da Magistratura (ENAM) se encaminham para local de prova, no DF TV Globo/Reprodução Foi publicado nesta quinta-feira (3) o edital do Exame Nacional da Magistratura (ENAM) – prova que os candidatos precisam ser aprovados antes de prestarem concursos para cargos de juiz no país. Neste ano, o exame será realizado no dia 26 de outubro em todas as capitais brasileiras. As inscrições começam na próxima qquinta-feira (10), às 16h, e vão até 14 de agosto, pelo site. ➡️VEJA O EDITAL COMPLETO 📆 ACESSE O CRONOGRAMA COMPLETO ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 Concursos no WhatsApp O valor da taxa é de R$ 120, mas candidatos com renda igual ou inferior ao limite de isenção do imposto de renda, inscritos no CadÚnico ou doadores de medula óssea podem pedir a isenção do pagamento. A prova terá 80 questões sobre direito constitucional, direito administrativo, noções gerais do direito e formação humanística, direitos humanos, direito processual civil, direito civil, direito empresarial e direito penal. O edital foi regulamentado e organizado pela Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados (Enfam). A banca responsável é a Fundação Getúlio Vargas (FGV). A aprovação no exame é obrigatória para todos que pretendem concorrer a concursos para magistratura promovidos por tribunais regionais federais, tribunais do trabalho, tribunais militares e tribunais dos estados, bem como o do Distrito Federal e dos Territórios. A medida foi aprovada em novembro de 2023, pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ). A intenção é uniformizar o nível de conhecimento dos juízes, sem retirar a competência dos tribunais de realizarem seus próprios concursos, segundo o ministro Luís Roberto Barroso, presidente do CNJ. Atualmente, a Constituição estabelece que a carreira no Poder Judiciário começa no cargo de juiz substituto, na primeira instância da Justiça. O cargo é preenchido por concurso público de provas e títulos, com a participação da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) em todas as fases. Para concorrer, o candidato deve ser bacharel em direito com, no mínimo, três anos de atividade jurídica. Agora, também terá que ter sido aprovado no exame nacional. A prova será realizada pelo menos uma vez por ano, de forma simultânea. 'Acho que nós vamos conseguir selecionar uma quantidade relevante de pessoas muito qualificadas para se tornarem juízes', diz Barroso Como vai funcionar Para ser aprovado no ENAM, o candidato terá que acertar 56 questões da prova, ou 70%. No caso de pessoas autodeclaradas negras ou indígenas, são necessários ao menos 50% de acertos (40 questões). São requisitos para participar: ter nacionalidade brasileira (nata ou naturalizada), ou naturalidade portuguesa amparada pelo Decreto n. 70.391/1972; ter concluído o curso de graduação em Direito, em instituição pública ou particular reconhecida pelo Ministério da Educação (MEC), até o início das inscrições; estar quite com o serviço militar, no caso de pessoa do sexo masculino; estar quite com as obrigações eleitorais. A prova terá duração de cinco horas, das 13h às 18h no horário de Brasília (DF). O gabarito oficial preliminar será divulgado dois dias depois no site do exame. Haverá a possibilidade de interpor recursos contra o gabarito e a aplicação da prova. O resultado definitivo deve ser publicado no dia 23 de dezembro e o certificado de habilitação poderá ser emitido a partir de 29 de dezembro. O prazo de validade do certificado é de dois anos, prorrogável uma única vez, por igual período, contado da data da emissão. 📆 Confira o cronograma oficial Inscrições e envio de documentação: 10/07 a 14/08 Solicitação de isenção da taxa: 10/07 a 24/07 Pagamento da taxa de inscrição: até 15/08/2025 Aplicação da prova: 26/10 Gabarito preliminar: 28/10 Recursos contra gabarito e aplicação da prova: 29 e 30/10 Resultado definitivo da prova objetiva: 19/12 Homologação do resultado final: 23/12 Certificação de habilitação pela ENFAM: a partir de 29/12 CNU 2025 abre inscrições para 3 mil vagas e salários iniciais de até R$ 16 mil; veja como participar Veja como estudar legislação para concurso: Como estudar legislação para concurso?



BC autoriza C&M Software a restabelecer operações do PIX após ataque hacker


03/07/2025 10:58 - g1.globo.com


Empresa foi alvo de um ataque hacker que afetou pelo menos seis instituições financeiras que estavam conectadas aos seus sistemas. Ainda não há confirmação oficial sobre os valores envolvidos no ataque, mas fontes da TV Globo estimam que a quantia pode chegar a R$ 800 milhões. PF investiga ataque hacker contra empresa que liga bancos pequenos com o sistema do pix do Banco Central Os serviços da C&M Software foram restabelecidos nesta quinta-feira (3), após autorização do Banco Central do Brasil (BC), informou a empresa. Os serviços da companhia haviam sido suspensos pelo BC após um ataque hacker afetar suas infraestruturas e prejudicar pelo menos seis instituições financeiras. A C&M é uma empresa de tecnologia que conecta instituições financeiras aos sistemas do BC. "A CMSW informa que, após atuação conjunta com o Banco Central do Brasil, obteve autorização para restabelecer as operações do PIX, sob regime de produção controlada", informou o diretor da companhia, Kamal Zogheib, em nota oficial. Em nota, o BC afirmou que a suspensão cautelar da C&M foi substituída por uma suspensão parcial — o que significa que as operações da companhia ainda são controladas. "A decisão foi tomada após a empresa adotar medidas para mitigar a possibilidade de ocorrência de novos incidentes", disse a instituição. Veja a nota do BC na íntegra ao final da reportagem. O ataque às infraestruturas da companhia foram confirmados pelo BC na última quarta-feira (2). Segundo informado pela empresa, criminosos fizeram uso indevido de credenciais de seus clientes para tentar acessar seus sistemas e serviços de forma fraudulenta. Uma das empresas afetadas, a BMP, que fornece infraestrutura para plataformas bancárias digitais, informou que o incidente permitiu o acesso indevido a contas de reserva de pelo menos seis instituições financeiras. O BC ainda não informou o nome das instituições afetadas. Também não há confirmação oficial sobre os valores envolvidos no ataque, mas fontes da TV Globo estimam que a quantia pode chegar a R$ 800 milhões. 🔎 As contas de reserva são mantidas diretamente no BC e utilizadas exclusivamente para liquidação interbancária — processo pelo qual instituições financeiras realizam transferências de recursos entre si. "Todas as medidas previstas em nossos protocolos de segurança foram imediatamente adotadas, incluindo o reforço de controles internos, auditorias independentes e comunicação direta com os clientes afetados", afirmou Zogheib, da C&M, em nota. "A CMSW segue colaborando ativamente com o Banco Central e com a Polícia Civil de São Paulo, e continuará respeitando o sigilo das investigações em curso", completou. A Polícia Federal (PF) informou que deve abrir um inquérito para investigar o incidente. Segundo a BMP, o ataque não teve relação com as contas de clientes finais nem com os saldos mantidos dentro da instituição. Banco Central do Brasil (BC) Marcello Casal/Agência Brasil Veja as notas na íntegra Banco Central do Brasil (BC) A suspensão cautelar da C&M foi substituída por uma suspensão parcial. A decisão foi tomada após a empresa adotar medidas para mitigar a possibilidade de ocorrência de novos incidentes. As operações da C&M poderão ser restabelecidas em dias úteis, das 6h30 às 18h30, desde que haja anuência expressa da instituição participante do Pix e o robustecimento do monitoramento de fraudes e limites transacionais CMSW (C&M Software) Serviços da CMSW são restabelecidos com autorização do Banco Central. A CMSW informa que, após atuação conjunta com o Banco Central do Brasil, obteve autorização para restabelecer as operações do Pix, sob regime de produção controlada. A empresa foi vítima de uma ação criminosa, que envolveu o uso indevido de credenciais de clientes em tentativas de acesso fraudulento. Todas as medidas previstas em nossos protocolos de segurança foram imediatamente adotadas, incluindo o reforço de controles internos, auditorias independentes e comunicação direta com os clientes afetados. A CMSW segue colaborando ativamente com o Banco Central e com a Polícia Civil de São Paulo, e continuará respeitando o sigilo das investigações em curso. Atenciosamente, Kamal Zogheib Diretor Comercial da CMSW



BYD oferece mais de 500 vagas de emprego em nova fábrica na Bahia


03/07/2025 09:08 - g1.globo.com


Interessados devem procurar o SineBahia para participar de seleção. Oportunidades estão divididas em 25 especialidades. BYD oferece mais de 500 vagas de emprego para nova fábrica Divulgação A montadora de carros chinesa BYD está com 508 vagas de emprego na nova fábrica da empresa, localizada na cidade de Camaçari, na Região Metropolitana de Salvador (RMS). A informação foi divulgada durante a cerimônia de inauguração da unidade, que é a primeira do Brasil em produção de carros elétricos e híbridos, na terça-feira (1º). A partir desta quinta (2), interessados devem se candidatar às oportunidades no SineBahia, órgão estadual de intermediação para o trabalho. O atendimento é gratuito. As vagas estão divididas em 25 especialidades, como operador de produção (100 vagas), operador logístico (50), soldador (50) e operador de empilhadeira. Atendimento no SineBahia: Não é preciso agendar. As senhas são distribuídas conforme disponibilidade e por ordem de chegada. É necessário levar carteira de trabalho física ou digital, RG, CPF, comprovante de residência, escolaridade e de vacinação contra Covid-19, além dos documentos específicos exigidos para cada vaga. BYD oferece mais de 500 vagas de emprego em nova fábrica na Bahia Augusto Vasconcelos, titular da Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre), responsável pelo SineBahia, afirmou que a expectativa é de gerar ainda mais empregos, com o pleno funcionamento da instalação. “Quando todas as fases estiverem concluídas, teremos a maior fábrica de carros elétricos da América, impulsionando o desenvolvimento econômico e tecnológico do nosso estado, gerando cerca de 20 mil postos de trabalho, diretos e indiretos”, declarou. 📲 Clique aqui e siga o perfil do g1 Bahia no Instagram Segundo a Setre, além de promover a intermediação da mão de obra, a pasta desenvolveu um programa de qualificação profissional e formação técnica voltado especialmente à indústria automobilística. O objetivo foi preparar profissionais para a chegada da BYD e garantir que as vagas sejam preenchidas por baianos e baianas. LEIA MAIS: CCR Metrô abre vagas para aprendiz administrativo e técnico de manutenção em rede aérea e sinalização em Salvador Rede de supermercados anuncia 800 vagas de emprego em Salvador; veja como se candidatar Prefeitura de cidade no interior da BA oferece 250 vagas para cursos técnicos; saiba onde se inscrever Primeiros carros da BYD montados em Camaçari são apresentados Veja mais notícias do g1 Bahia. Assista aos vídeos do g1 e TV Bahia 💻



Minha Casa, Minha Vida: compra de usados dispara e preocupa setor de construção; entenda


03/07/2025 07:01 - g1.globo.com


Em 2024, programa habitacional atingiu maior número de contratos para imóveis usados na história. Embora modalidade amplie opções a compradores, construtoras defendem que regras priorizem projetos novos — para manter o setor aquecido. Minha Casa, Minha Vida: compra de imóveis usados dispara e acende alerta O programa habitacional Minha Casa, Minha Vida (MCMV) se tornou o principal motor do mercado imobiliário brasileiro e o grande responsável por impulsionar projetos de moradia no setor de construção civil. Números recentes escancaram a importância dos financiamentos pelo MCMV para a atividade. No primeiro trimestre deste ano, praticamente metade dos empreendimentos lançados e de venda de imóveis novos contaram com os incentivos do programa. Essa dependência, no entanto, acende um alerta no setor de construção civil — especialmente diante do aumento nos financiamentos de imóveis usados dentro do MCMV. Em geral, construtoras defendem regras que priorizem os novos, com o intuito de aquecer o setor. (entenda abaixo) Dados do Ministério das Cidades compilados por Ana Maria Castelo, coordenadora de Projetos de Construção do FGV Ibre, mostram que o ano de 2024 teve o maior número de contratos para imóveis usados na história do programa. No ano, foram contratadas um total de 583 mil unidades, sendo 427,9 mil novas e 155,1 mil usadas. Os dados revelam que esses imóveis chegaram a uma parcela de 27% do total de financiamentos — também uma proporção recorde na modalidade. Contratações no Minha Casa, Minha Vida Arte/g1 Formalmente, é possível utilizar os juros mais atrativos do Minha Casa, Minha Vida para adquirir casa ou apartamento usado desde fevereiro de 2023. Os dados acima consideram contratos feitos com base em recursos do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) — principal fonte do MCMV. Portanto, compõem o histórico do programa desde 2011, conforme disponibilização de números pelo Ministério das Cidades. "O forte aumento na contratação de usados entre 2023 e 2024 levou a uma pressão pelo setor de construção", diz Ana Maria Castelo, do FGV Ibre. "Com isso, o governo fez alterações olhando, principalmente, para a faixa 3 do programa." Ela se refere à publicação de uma instrução normativa pelo governo federal, em agosto de 2024, com alterações nas condições de financiamento de imóveis usados com recursos do FGTS. O texto estabeleceu uma redução no valor máximo permitido para financiamento de imóveis usados na faixa 3, de R$ 350 mil para os atuais R$ 270 mil. Além disso, exigiu um valor de entrada maior de compradores. (leia mais abaixo) Ana Maria lembra que um dos principais argumentos das construtoras contra os usados é de que imóveis novos impulsionam a atividade econômica e geram empregos, fomentando também o FGTS. A pressão do setor, acrescenta ela, vem justamente em meio ao "cobertor curto" do fundo, cujo recurso é "escasso e disputado". As mudanças, portanto, foram no sentido de diminuir os valores dos imóveis usados e aumentar o percentual de entrada que a pessoa precisa pagar", diz. Procurada pelo g1, a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) diz que compreende que os usados são uma alternativa válida em locais com carência de oferta de novos empreendimentos ou onde a capacidade instalada da construção civil ainda é limitada. Afirma, no entanto, que a prioridade estrutural do MCMV deve permanecer na produção de moradias novas, responsáveis por "ativar diretamente a cadeia produtiva da construção civil", com mão de obra "essencial para a retroalimentação do FGTS". "Já a aquisição de imóveis usados, embora relevante em determinados nichos, não gera postos de trabalho diretos, nem contribui para a sustentabilidade do fundo", argumenta. Unidades habitacionais do Residencial Parque da Lagoa, do Minha Casa, Minha Vida, em Maceió (AL). Ricardo Stuckert/PR Veja as regras em vigor O comprador deve atender a determinados critérios para se qualificar ao financiamento. Nesse sentido, uma norma publicada pelo governo em 2024 limitou o acesso de parte da classe média à compra de imóveis usados por meio do programa. Alterações recentes, porém, voltaram a dar certo fôlego ao mercado de usados dentro do MCMV. Em 5 de maio, o governo criou a faixa 4, com possibilidade de compra de usados para famílias com salários até R$ 12 mil. Além disso, facilitou o acesso para a faixa 3 do programa. (entenda abaixo) Para financiar imóveis usados no programa habitacional, a Caixa Econômica Federal — responsável pela operação do MCMV — segue o mesmo modelo de faixas de renda aplicado aos imóveis novos. Há, no entanto, algumas diferenças. Veja quais são as principais normas em vigor: Raio-x do programa Minha Casa, Minha Vida para imóveis usados Arte/g1 Conforme as normas do programa, são consideradas casas ou apartamentos novos aqueles com o documento "habite-se" (expedido pela prefeitura local) de até 180 dias. Após esse prazo, portanto, o imóvel é considerado usado. As exigências para ter acesso ao financiamento de imóveis usados são as mesmas aplicadas aos imóveis novos, segundo a Caixa. Entre os critérios, estão: Não possuir outro imóvel no município onde deseja comprar; Não ter sido beneficiado anteriormente por programas habitacionais; Comprovar renda dentro dos limites estabelecidos; e ter capacidade de pagamento. Taxas mais baixas O MCMV oferece subsídios e juros que variam de 4% a 8,16% ao ano nas três primeiras faixas do programa, a depender da região do país. Em maio deste ano, também foi criada a faixa 4, com juros a 10% para pessoas com salários de até R$ 12 mil. Ao oferecer taxas mais baixas do que as praticadas pelo mercado, o programa habitacional se tornou uma importante alternativa em meio ao encarecimento do crédito, conforme já mostrou o g1. Hoje, o financiamento imobiliário tradicional está em torno de 12%. O custo é puxado pela Selic, a taxa básica de juros do país, atualmente em 15% ao ano — maior patamar em 20 anos — e sem previsão de queda. Mudanças em 2025 As restrições de 2024, porém, foram suavizadas neste ano. Apesar de o valor limite para a compra de usados seguir abaixo dos novos — o que, na prática, reduz opções a esse público —, as novas regras diminuíram o valor mínimo necessário para a entrada do imóvel para a faixa 3, que passaram: de 50% para 35% nas regiões Sul e Sudeste; e de 30% para 20% nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Veja exemplos, tomando como base um imóvel de R$ 270 mil (limite para os usados): Regiões Sul e Sudeste: ANTES, era exigida uma entrada de, ao menos, R$ 135 mil (50% do valor do imóvel). AGORA, é exigida uma entrada de, ao menos, R$ 94,5 mil (35% do valor do imóvel). Regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste: ANTES, era exigida uma entrada de, ao menos, R$ 81 mil (30% do valor do imóvel). AGORA, é exigida uma entrada de, ao menos, R$ 54 mil (20% do valor do imóvel). Para o presidente da Associação Brasileira do Mercado Imobiliário (ABMI), Alfredo Freitas, as mudanças vão dar "algum impulso" ao mercado de usados. "Não é uma mudança tão expressiva, mas toda melhoria no mercado de crédito é vista com bons olhos", diz. "É complexo para o comprador equacionar a questão da renda, prestações e valor de entrada a ser pago. (...) De qualquer maneira, já é um sinal de alento." As outras faixas não tiveram alterações. Segundo a Caixa, a principal diferença entre usados e novos está justamente na faixa 3, que tem o valor máximo do imóvel mais baixo. "Para as demais faixas, os critérios de valor de imóvel seguem os mesmos parâmetros, com variações conforme o município. Já os valores de cota de financiamento de imóveis usados variam", informou o banco. Otimismo do setor De maneira geral, o mercado recebeu com ânimo as novidades no programa. A CBIC disse estar otimista de que o setor imobiliário irá se manter em um "patamar elevado ao longo de 2025, especialmente com a consolidação da faixa 4" do programa. O ânimo vem mesmo diante da retração de 5,5% na oferta geral de imóveis no primeiro trimestre deste ano em comparação com os três últimos meses de 2024. Segundo a CBIC, o dado reflete uma combinação entre aumento nas vendas e redução no ritmo de lançamentos fora do MCMV. “Mesmo assim, o setor opera com estoque equilibrado, suficiente para atender à demanda pelos próximos oito meses, caso não haja novos lançamentos”, diz o vice-presidente de Indústria Imobiliária da CBIC e presidente da Comissão de Indústria Imobiliária da entidade, Ely Wertheim. Alfredo Freitas, da ABMI, reconhece que as restrições para a faixa 3 no ano passado dificultaram o acesso a usados por uma parcela da classe média da população. Ele reforça, por outro lado, que o mercado está "muito otimista" com as novas mudanças no programa, especialmente com a criação da faixa 4, para famílias com renda de até R$ 12 mil. "Os juros a 10% para imóveis de até R$ 500 mil criaram boas perspectivas para o mercado, que está vendo a medida como muito importante", diz, ao reforçar que as taxas praticadas pelo mercado já chegam a superar os 12%. "O efeito multiplicador que representa a ingestão de recursos na economia também deve gerar mais atratividade para os imóveis usados", conclui.



Acordo entre Mercosul e EFTA amplia exportações agrícolas e pode baratear medicamentos importados, diz governo


03/07/2025 07:00 - g1.globo.com


Governo brasileiro estima aumento de US$ 7,2 bilhões de trocas internacionais do Brasil amparadas por acordos comerciais.EFTA é formada por Suíça, Noruega, Islândia e Liechtenstein Cúpula do Mercosul tem primeira viagem de Lula a Buenos Aires após posse de Milei O acordo de livre comércio firmado entre o Mercosul e a Associação Europeia de Livre Comércio (EFTA) deve impulsionar as exportações brasileiras, especialmente de commodities agrícolas, e reduzir o custo de produtos importados como medicamentos. A previsão é de que as trocas internacionais do Brasil — amparadas por acordos comerciais — cresçam 10%, com impacto estimado de US$ 7,2 bilhões em relação ao total de trocas atuais. A conclusão definitiva das negociações sobre o tratado ocorreu nesta terça-feira (2), em meio à celebração dos três anos da implementação do 5G no Brasil. O acordo, porém, ainda não está em vigor. A expectativa é que ele seja formalmente assinado ainda neste ano, após após a conclusão da revisão legal e, em seguida, aprovações internas. No caso do Brasil, precisa passar pelo Congresso. 🌍O Mercosul reúne Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai — a Bolívia está na fase final do processo de adesão. 🌍Já a EFTA é formada por Suíça, Noruega, Islândia e Liechtenstein – países que não fazem parte da União Europeia (UE). 🔎Vale lembrar que há outro tratado em negociação, desta vez com a UE. Este, que promete criar a maior zona de livre comércio do mundo, ainda precisa passar pelo processo de ratificação para passar a valer (relembre mais abaixo). Mercosul e EFTA anunciam acordo de livre comércio Países estratégicos Embora os países da EFTA não estejam entre os principais parceiros comerciais do Brasil, o acordo é considerado relevante por incluir nações com peso específico em áreas estratégicas. 💊A Suíça, por exemplo, é grande fornecedora de medicamentos. Entre janeiro e maio de 2025, o Brasil importou US$ 354 milhões em remédios e produtos farmacêuticos do país europeu — o equivalente a 43% do total importado em 2024 (US$ 817 milhões), segundo o Ministério do Desenvolvimento. A Noruega, por sua vez, é um dos principais doadores internacionais do Fundo Amazônia. Lula fala sobre expectativa para acordo comercial entre Mercosul e União Europeia Produtos agropecuários brasileiros ganham acesso preferencial O tratado garante acesso preferencial dos países do Mercosul aos mercados da EFTA para produtos como: carnes bovina, suína e de frango milho farelo de soja melaço de cana mel arroz café torrado frutas (banana, melão, uva) sucos (laranja e maçã) fumo não manufaturado álcool etílico As regras estabelecem cotas específicas e reconhecimento prévio do sistema de inspeção sanitária do Brasil, o que deve agilizar a liberação de produtos nos países europeus. Remédios podem ficar mais baratos para brasileiros O acordo prevê que o Brasil elimine tarifas de importação para 97% dos produtos da EFTA. Outros 1,2% terão redução gradual em até 15 anos. Em contrapartida, os países europeus vão zerar 100% das tarifas para produtos industriais e pesqueiros. Especialistas apontam que medicamentos podem ficar mais acessíveis ao consumidor brasileiro, já que os países do EFTA são produtores desse tipo de item. "A possibilidade é significativa, especialmente considerando o peso dos remédios no orçamento das famílias e os aumentos recentes", afirma Carolina Silva Pedrosa, professora de Relações Internacionais da Unifesp. O governo brasileiro ressalta que manteve a autonomia para formular políticas públicas de saúde — e que o SUS, por exemplo, não será obrigado a abrir espaço à concorrência internacional. Remédios gripe e resfriado, dor e febreara Reprodução EPTV Acordo com União Europeia está travado O acordo entre Mercosul e EFTA soma-se a outras negociações comerciais em curso. Há dois tratados já firmados, mas ainda não plenamente implementados: com a União Europeia e com Singapura. No caso da União Europeia, o tratado foi fechado em dezembro de 2024, mas ainda não foi assinado por todos os países europeus. A França tem resistido à aprovação, em defesa de seus produtores rurais. Em junho, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu pessoalmente ao presidente Emmanuel Macron que a França apoie o acordo. O impasse continua. Já o acordo com Singapura foi assinado em novembro de 2023. Ele abre espaço para mais investimentos, especialmente em infraestrutura e saneamento — setores em que o país asiático já atua no Brasil por meio de fundos soberanos. Comércio exterior brasileiro pode ter superávit recorde Segundo a secretária-adjunta de Comércio Exterior, Daniela Matos, a expectativa é que o novo acordo com a EFTA amplie em até 2,5 vezes o acesso das exportações brasileiras no mundo. Hoje, US$ 73,1 bilhões das exportações brasileiras para o mundo estão cobertas por acordos de livre comércio (acesso preferencial). Com os três acordos, esse número passaria para US$ 184,5 bilhões.



Galinhas podem ficar viciadas em beber ovo; entenda a causa e como tratar


03/07/2025 06:00 - g1.globo.com


Após iniciar o consumo de clara e gema, a ave precisa ser separada do galinheiro, pois as outras podem imitá-la. Entenda porque a galinha come o próprio ovo Você já viu uma galinha quebrar a casca do ovo para beber a clara e a gema? Isso pode acontecer, principalmente, quando a ave está estressada. "Ela acaba ficando viciada, descobre as maravilhas desse ovo e consome cada vez mais. Isso se torna um comportamento indesejável muito frequente", diz o zootecnista da Universidade Estadual Paulista (Unesp) Marcone Ítalo. Quando a casca está fina, a ave tende a bicar o ovo, descobrindo a clara e a gema. Depois que uma galinha inicia o consumo, as outras tendem a imitá-la. A capacidade delas aprenderem se chama "facilitação social". Por isso, assim que a ave começa a beber os ovos, ela precisa ser separada das demais. Galinha bebe ovo Reprodução / Globo Rural Para evitar que a galinha fique estressada e continue com o consumo, o produtor deve: fornecer uma dieta balanceada que dê conta da formação do ovo como um todo, ou seja, clara, gema e casca; manter um ambiente confortável, com temperatura de cerca de 21°C e 60% de umidade; manter cerca de 5 a 6 galinhas por metro quadrado; fazer o enriquecimento do ambiente, para distrair a ave; aumentar a coleta de ovos para 3 a 4 vezes por dia, para ela não ter chances de bicar os ovos. Leia também: Descubra o que é o fio branco no ovo cru; spoiler: não é um cordão umbilical Pode lavar o ovo? Frango tem hormônio? Faça o teste e descubra mitos e verdades sobre os alimentos Veja também: Cozinhar ovo com vinagre ajuda a descascar? g1 testou



Mega-Sena pode pagar R$ 3,5 milhões nesta quinta-feira


03/07/2025 03:00 - g1.globo.com


Apostas podem ser feitas até as 19h em lotéricas ou pela internet. Mega-Sena Marcelo Brandt/G1 O concurso 2.883 da Mega-Sena pode pagar um prêmio de R$ 3,5 milhões para os acertadores das seis dezenas. O sorteio ocorre às 20h desta quinta-feira (3), em São Paulo. No concurso da última terça (1º), uma aposta de Goiânia (GO) levou sozinha o prêmio de R$ 50,7 milhões. A aposta mínima para a Mega-Sena custa R$ 5 e pode ser realizada também pela internet, até as 19h – saiba como fazer a sua aposta online. A Mega-Sena tem três sorteios semanais: às terças, quintas e sábados. Entenda como funciona a Mega-Sena e qual a probabilidade de ganhar o prêmio Para apostar na Mega-Sena As apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília), em qualquer lotérica do país ou pela internet, no site da Caixa Econômica Federal – acessível por celular, computador ou outros dispositivos. É necessário fazer um cadastro, ser maior de idade (18 anos ou mais) e preencher o número do cartão de crédito. Probabilidades A probabilidade de vencer em cada concurso varia de acordo com o número de dezenas jogadas e do tipo de aposta realizada. Para a aposta simples, com apenas seis dezenas, que custa R$ 5, a probabilidade de ganhar o prêmio milionário é de 1 em 50.063.860, segundo a Caixa. Já para uma aposta com 15 dezenas (limite máximo), com o preço de R$ 22.522,50, a probabilidade de acertar o prêmio é de 1 em 10.003, ainda segundo a Caixa.



CNU 2025: quais os requisitos e as funções dos 3 cargos com maior salário do concurso


03/07/2025 03:00 - g1.globo.com


Processo seletivo oferece 3.652 vagas em órgãos federais, mas apenas 60 têm salários acima de R$ 16 mil. Algumas posições exigem formação específica, enquanto outras aceitam qualquer tipo de graduação. CNU 2025 tem edital publicado: veja datas, vagas e como se inscrever As inscrições para a segunda edição do Concurso Nacional Unificado (CNU) já estão abertas com milhares de oportunidades em órgãos federais. Entre os cargos mais cobiçados estão aqueles com os maiores salários da seleção, cuja remuneração inicial é de R$ 16.413,35 💸. Essas vagas, no entanto, são as mais raras da seleção: são apenas 60 oportunidades entre o total de 3.652, distribuídas em 36 órgãos públicos. (confira o cronograma abaixo) ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 Concursos no WhatsApp Os cargos com essa remuneração são: Especialista em regulação da atividade cinematográfica e audiovisual, Especialista em geologia e geofísica do petróleo e gás natural, e Especialista em regulação de petróleo e derivados, álcool combustível e gás natural. Todas as funções exigem nível superior, mas algumas têm requisitos específicos de formação, conforme o bloco temático ao qual pertencem. ➡️ Na tabela abaixo, confira um resumo com as principais informações dessas vagas. Em seguida, veja os detalhes sobre as atribuições de cada cargo. Resumo das características dos cargos com maior salário do CNU 2025 Especialista em Geologia e Geofísica do Petróleo e Gás Natural O cargo de especialista em Geologia e Geofísica é oferecido pela Agência Nacional do Petróleo (ANP) e tem como foco a atuação técnica na análise de formações geológicas relacionadas à produção de petróleo e gás. O profissional aprovado será responsável por: Estudar e analisar o solo e o subsolo para encontrar petróleo e gás, acompanhando as perfurações e avaliando os impactos ambientais. Criar regras, fiscalizar empresas que exploram petróleo e gás, e orientar quem atua no mercado para garantir que tudo seja feito dentro da lei. Organizar equipes e planejar ações para ajudar a ANP a garantir que a exploração seja segura, eficiente e sustentável. Além das atividades principais, o profissional também atua na gestão de informações sigilosas do mercado de petróleo e gás, participa da elaboração e avaliação de projetos relacionados à regulação do setor, e executa outras tarefas compatíveis com sua formação para apoiar as competências da ANP. 📍 Os aprovados atuarão na sede da ANP, no Rio de Janeiro (RJ), com carga horária de 40 horas semanais. 🎓 Para concorrer, é necessário ter diploma de nível superior geologia, engenharia geológica, geofísica ou áreas afins, com curso reconhecido pelo Ministério da Educação (MEC). Especialista em Regulação de Petróleo e Derivados, Álcool Combustível e Gás Natural Também ofertado pela ANP, esse cargo faz o acompanhamento da cadeia produtiva de combustíveis no Brasil. O especialista em regulação atua: Na análise técnica dos processos de produção; No transporte e comercialização de petróleo, etanol, biodiesel e gás natural; e Na formulação de normas e fiscalização do cumprimento da legislação por parte das empresas do setor. Os profissionais aprovados serão responsáveis por conduzir estudos regulatórios, acompanhar indicadores de mercado e propor ações que garantam o abastecimento nacional, a qualidade dos combustíveis e a segurança energética do país. Esse cargo exige habilidades analíticas e domínio técnico para interagir com concessionárias, distribuidoras, refinarias e outras entidades do setor energético. 📍 A lotação também será na sede da ANP, no Rio de Janeiro (RJ), com jornada de 40 horas semanais. 🎓 O candidato deve ter curso superior completo, sendo aceitas formações como engenharia, administração, economia, direito e outras áreas correlatas, conforme critérios do edital. Especialista em Regulação da Atividade Cinematográfica e Audiovisual Na Ancine, o cargo de especialista em regulação da atividade cinematográfica e audiovisual é voltado à formulação, análise e execução de políticas públicas para o setor cultural. Esse profissional atua: No fomento à produção nacional de conteúdos audiovisuais; Na fiscalização de aplicação de recursos públicos em projetos culturais; No acompanhamento de projetos financiados por leis de incentivo; Na análise técnica de editais de financiamento; No monitoramento de indicadores do mercado audiovisual; e Na regulação de serviços de exibição, distribuição e produção de conteúdo no Brasil. 📍Os aprovados serão lotados na sede da Ancine, no Rio de Janeiro (RJ), e também terão carga horária de 40 horas semanais. 🎓 Para concorrer à vaga, é preciso ter nível superior completo em qualquer área de formação reconhecida pelo MEC, desde que o candidato atenda aos demais requisitos técnicos do cargo. 2ª edição do CNU A seleção deste ano oferece 3.652 vagas para cargos de níveis médio, técnico e superior. Os salários iniciais variam de R$ 4 mil a R$ 16,4 mil. As inscrições seguem até 20 de julho, exclusivamente pelo site da Fundação Getulio Vargas (FGV), banca responsável pela organização do concurso. (confira o cronograma abaixo) 🔍 Diferentemente da edição anterior, que contou com oito editais, um para cada bloco temático, o processo seletivo será regido por um único edital. O documento traz informações detalhadas sobre as vagas, salários, conteúdo programático das provas, critérios de classificação e composição das notas finais. Os cargos estão distribuídos em nove blocos temáticos, que agrupam as vagas por áreas de atuação semelhantes. ⚠️ O CNU permite que o candidato faça uma única inscrição, escolhendo os blocos e cargos de sua preferência. A disputa pelas vagas ocorre dentro do bloco temático selecionado. Nesta edição, o governo anunciou medidas para ampliar a diversidade entre os aprovados. Com isso, para os cargos com número de vagas inferior ao mínimo necessário para aplicação das cotas, o MGI realizou um sorteio para definir a reserva proporcional. Outra novidade é a política de equidade de gênero: caso menos de 50% das pessoas classificadas para a segunda fase sejam mulheres, o percentual será ajustado para garantir paridade. A regra, portanto, não assegura uma reserva de vagas para mulheres no resultado final do concurso. A taxa de inscrição é de R$ 70, com possibilidade de isenção para inscritos no CadÚnico, doadores de medula óssea reconhecidos pelo Ministério da Saúde, bolsistas do Programa Universidade para Todos (Prouni) e financiados pelo Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). 📌 Para facilitar a busca pela vaga ideal, o g1 preparou uma tabela com buscador, onde é possível conferir o número de vagas por órgão e quanto os candidatos aprovados vão ganhar ao assumirem os cargos em 2026. 📆 Confira o cronograma oficial Inscrições: de 2 a 20/7/2025 (com pagamento até 21/7) Solicitação de isenção da taxa de inscrição: de 2 a 8/7/2025 Prova objetiva: 5/10/2025, das 13h às 18h Convocação para prova discursiva: 12/11/2025 Convocação para confirmação de cotas e PcD: 12/11/2025 Envio de títulos: de 13 a 19/11/2025 Prova discursiva (para habilitados na 1ª fase): 7/12/2025 Procedimentos de confirmação de cotas: de 8 a 17/12/2025 Divulgação da 1ª lista de classificação: 30/1/2026 Veja dicas de como estudar para concurso: Como estudar legislação para concurso? Veja dicas de como fazer uma boa redação para concurso



Consignado CLT: veja regras, quem tem direito e como solicitar a linha de crédito


03/07/2025 03:00 - g1.globo.com


Senado aprovou nesta quarta (2) a medida provisória que criou a modalidade. A linha está disponível desde 21 de março, mas precisava do aval do Congresso para virar lei. Consignado CLT: contratação será feita diretamente com os bancos a partir desta sexta O Senado aprovou nesta quarta-feira (2) a medida provisória (MP) que cria o novo crédito consignado para trabalhadores formais do setor privado, conhecido como Consignado CLT. A MP foi editada pelo presidente Lula (PT) em março, e já está em vigor. Mas, para se tornar lei, precisava ser aprovada pelo Congresso Nacional. Como o Legislativo mudou alguns pontos do texto, as alterações podem ou não ser sancionadas pelo presidente da República. O texto final aprovado amplia a modalidade de empréstimo para motoristas e entregadores de aplicativo. (leia mais abaixo) 🔎 Batizado de Crédito do Trabalhador, o novo consignado permite que todos os trabalhadores com carteira assinada contratem empréstimos com descontos em folha. O programa possibilita também que sejam utilizadas como garantia dos empréstimos: até 10% do saldo do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS); ou 100% da multa rescisória na demissão sem justa causa. Antes do lançamento do programa, apenas funcionários públicos e empregados de empresas conveniadas a instituições financeiras podiam contratar empréstimos consignados. Entre março e junho, foram contratados mais de R$ 14 bilhões em empréstimos pela nova modalidade de consignado, segundo o Ministério do Trabalho. A maior parte dos contratos foi assinada por pessoas que recebem até 4 salários mínimos. Pelas regras, as parcelas do empréstimo não podem comprometer mais do que 35% do salário. Como funciona a modalidade? A linha de crédito, lançada em 12 de março pelo governo, permite que profissionais do setor privado tenham acesso a empréstimos mais baratos com garantia do FGTS. Inicialmente, a contratação era feita pelo aplicativo da Carteira de Trabalho Digital (CTPS), no qual o trabalhador solicitava a proposta direto com bancos habilitados. Desde 25 de abril, também é possível contratar pelos canais digitais das instituições. Pelo app CTPS Digital, o trabalhador autoriza o acesso a dados como nome, CPF, margem de salário disponível para consignação e tempo de empresa. Em até 24 horas, recebe ofertas, escolhe a melhor e faz a contratação pelo canal do banco. Pela oferta direta das instituições, o trabalhador pode contratar mais facilmente no banco onde já tem conta. O desconto das parcelas é feito mensalmente na folha de pagamento — o que serve como uma garantia para a instituição financeira, permitindo que os juros cobrados sejam mais baixos do que em outras modalidades. "Após a contratação, o trabalhador acompanha mês a mês as atualizações do pagamento das parcelas", informou o governo em nota oficial. PERGUNTAS E RESPOSTAS: Entenda mais detalhes sobre o Consignado CLT Como aderir ao Consignado CLT? Pelo CTPS Digital: Por meio do aplicativo do CTPS Digital, o trabalhador solicita a proposta de crédito às instituições financeiras habilitadas pelo governo. Para isso, é preciso autorizar o acesso a dados como nome, CPF, margem do salário disponível para consignação e tempo de empresa. Após solicitar o crédito, o trabalhador recebe ofertas dos bancos em até 24h, podendo comparar ofertas e escolher a opção mais vantajosa. A linha permite o comprometimento de até 35% do salário bruto. O limite inclui benefícios, abonos e comissões. Quem já tem um consignado ativo poderá migrar para a nova linha a partir desta sexta-feira (25). A portabilidade entre os bancos poderá ser realizada a partir de 6 de junho. Desconto automático: o empregador será responsável por descontar a parcela do salário e repassá-la à Caixa Econômica Federal, que fará o pagamento aos bancos credores. PASSO A PASSO: entenda como solicitar o Consignado CLT Pelos bancos: Os bancos habilitados pelo governo federal têm a opção de oferecer a modalidade dentro de seus próprios canais digitais. Assim, cada instituição tem sua própria aba de contratação dentro de sites e aplicativos. Acesse o aplicativo do seu banco; Busque a opção "Consignado do Trabalhador". Algumas instituições também permitem fazer uma simulação antes da contratação. Preencha os dados solicitados. Após ler o contrato com cuidado e atenção, bastará clicar em "Contratar" e aguardar a confirmação por parte da instituição financeira. Veja os cuidados necessários para conseguir uma boa contratação Trabalhadores de app A MP aprovada prevê a criação de modalidade de empréstimo específica para motoristas e entregadores de aplicativo. De acordo com o texto, esses trabalhadores poderão contratar empréstimos usando os repasses das plataformas como garantia. A proposta estabelece que, ao pegar dinheiro emprestado por essa modalidade, as parcelas do contrato serão debitadas diretamente na conta bancária do motorista ou do entregador — semelhante aos descontos em folha do consignado tradicional. Os contratos, ainda de acordo com o projeto, não poderão ter parcelas que comprometam mais do que 30% dos valores recebidos de plataformas. Se a proposta virar lei, o empréstimo com desconto na plataforma ainda terá de ser regulamentado pelo governo federal. Algumas regras, no entanto, já foram previamente estabelecidas. A principal delas é que a contratação de crédito pelos trabalhadores de aplicativo dependerá da existência de convênio entre a plataforma e uma instituição de crédito. A medida representa uma diferença em relação ao Crédito do Trabalhador, que não depende de pacto entre empresas e instituições financeiras. A proposta também diz que eventuais contratos de crédito com trabalhadores de app poderão estabelecer cláusulas para assegurar o pagamento das parcelas. Consignado CLT: para quem funciona melhor e como negociar com o banco Contratação do Consignado CLT poderá ser feita diretamente com os bancos a partir desta sexta-feira (25). Pixabay/Imagem ilustrativa



Embraer entrega 61 aviões no 2º trimestre, 30% a mais do que o mesmo período de 2024


02/07/2025 21:08 - g1.globo.com


Jatos executivos puxaram alta no período. No acumulado do ano, número de aviões entregues pela fabricante brasileira chega a 91. Jatos executivos puxaram alta no 2° trimestre do ano Divulgação A Embraer informou nesta quarta-feira (2) que entregou 61 aviões no segundo trimestre, o que representa 30% a mais em relação ao período em 2024, quando 47 foram entregues. A alta foi puxada por jatos executivos. No acumulado do ano, são 91 entregas - alta de 26% em comparação aos 72 do mesmo período do ano passado. Confira o balanço de entregas feitas pela Embraer no 2° trimestre deste ano: Na aviação comercial, foram 19 aviões, mesmo volume do 2° trimestre do ano passado; 38 jatos executivos foram entregues - 41% a mais em relação ao mesmo período do ano passado; Também foram entregues 4 aviões A-29 Super Tucano na divisão de defesa. No 2° trimestre de 2024, foi feita a entrega de um cargueiro KC-390. Em 2025, a Embraer projeta crescimentos de 10% e 15% em relação a 2024 nos segmentos de aviação comercial e executiva, respectivamente. As projeções para área de Defesa não foram detalhadas. Veja abaixo: ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 Vale do Paraíba e região no WhatsApp R$ 20 bilhões até 2030 No início do ano, a Embraer anunciou que pretende investir R$ 20 bilhões até 2030 para ampliar a produção de aviões e desenvolver novos produtos. A previsão de investimento está alinhada com o plano de crescimento da companhia pelos próximos cinco anos. Segundo a companhia, o plano inclui "aumento da produção de aeronaves, expansão dos negócios em mercados internacionais e desenvolvimento de tecnologias sustentáveis, com o objetivo de reduzir os níveis de emissão de carbono da indústria aeronáutica". Embraer anuncia a venda de 45 jatos E195-E2 Veja mais notícias do Vale do Paraíba e região bragantina



AGU e INSS definem como serão acordos de vítimas de fraude para evitar judicialização


02/07/2025 21:04 - g1.globo.com

Objetivo é evitar a judicialização de casos em massa, promover segurança jurídica e garantir mais agilidade na reparação de danos. Medida vale apenas para ações coletivas – processos individuais seguem fora do alcance da nova diretriz. A Advocacia-Geral da União (AGU) e o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) estabeleceram diretrizes para firmar acordos em ações coletivas que envolvam concessão, revisão ou cessação de benefícios previdenciários, incluindo situações de ressarcimento a vítimas de fraudes. O objetivo é evitar a judicialização de casos em massa, promover segurança jurídica e garantir mais agilidade na reparação de danos. Fraude no INSS: mais de 170 mil vítimas contestam as justificativas apresentadas pelas associações que retiraram o dinheiro As regras constam de uma nota técnica conjunta, que orienta as procuradorias da AGU e o INSS na análise de propostas de acordo apresentadas por associações e entidades de defesa de segurados. Segundo a AGU, os acordos só serão celebrados quando houver base legal, viabilidade orçamentária e respeito ao interesse público. A medida vale apenas para ações coletivas – processos individuais seguem fora do alcance da nova diretriz. Ficam fora da possibilidade de acordo causas em que houver indícios de má-fé, fraude, ou em que o INSS já tenha entendimento institucional contrário ao pedido feito à Justiça. A expectativa do governo é de que a iniciativa contribua para reduzir o número de processos previdenciários em tramitação e facilitar o ressarcimento de pessoas prejudicadas por erros administrativos ou fraudes.



Consignado CLT: Congresso aprova nova modalidade de empréstimo e amplia para trabalhadores de app


02/07/2025 20:22 - g1.globo.com


Proposta permite que empregados com carteira contratem crédito com desconto em folha; motoristas e entregadores poderão pegar dinheiro com débito em conta. Texto vai à sanção. O Senado aprovou nesta quarta-feira (2) a medida provisória (MP) que cria o novo crédito consignado para trabalhadores formais do setor privado, o chamado consignado CLT. Mais de 2,5 milhões de empregados recorreram ao consignado CLT O texto também amplia a modalidade de empréstimo com descontos em conta para motoristas e entregadores de aplicativo. Editada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em março, a MP já está valendo. Mas, para se tornar uma lei definitiva, precisava ser aprovada pelo Congresso. Como o parlamento mudou alguns pontos do texto, estas alterações podem ou não ser sancionadas pelo presidente da República. Batizado de "Crédito do Trabalhador", o novo consignado permite que todos os trabalhadores com carteira assinada contratem empréstimos com descontos em folha. O programa possibilita também que sejam utilizadas como garantia dos empréstimos: até 10% do saldo do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS); ou 100% da multa rescisória na demissão sem justa causa. O Banco Central publicou em sua página na internet ranking das instituições financeiras informando a taxa de juros para várias linhas de crédito, o que inclui o consignado ao setor privado. A iniciativa serve para estimular a concorrência no sistema financeiro, em um momento no qual o Ministério do Trabalho disse que está monitorando os bancos que operam esse tipo de empréstimo. Trabalhadores do setor privado podem requerer empréstimo consignado diretamente no aplicativo do banco Reprodução/TV Globo Antes do lançamento do programa, apenas funcionários públicos e empregados de empresas conveniadas a instituições financeiras podiam contratar empréstimos consignados. A iniciativa é vista como um dos trunfos eleitorais de Lula para a disputa de 2026. O governo aposta no programa para aumentar a oferta de crédito, estimular a economia e reduzir as taxas de juros. Entre março e junho, segundo o Ministério do Trabalho, foram contratados mais de R$ 14 bilhões em empréstimos pela nova modalidade de consignado. A maior parte dos contratos foi assinada por pessoas que recebem até 4 salários mínimos. Pelas regras, as parcelas do empréstimo não podem comprometer mais do que 35% do salário. Trabalhadores de app A MP aprovada prevê a criação de modalidade de empréstimo específica para motoristas e entregadores de aplicativo. Texto aprovado pelo Congresso estende consignado a motoristas por aplicativo. Freepik Pelo texto, esses trabalhadores poderão contratar empréstimos usando os repasses das plataformas como garantia. A proposta estabelece que, ao pegar dinheiro emprestado por essa modalidade, as parcelas do contrato serão debitadas diretamente na conta bancária do motorista ou do entregador — semelhante aos descontos em folha do consignado tradicional. Os contratos, ainda de acordo com o projeto, não poderão ter parcelas que comprometam mais do que 30% dos valores recebidos de plataformas. Se a proposta virar lei, o empréstimo com desconto na plataforma ainda terá de ser regulamentado pelo governo federal. Algumas regras, no entanto, já foram previamente estabelecidas. A principal delas é que a contratação de crédito pelos trabalhadores de aplicativo dependerá da existência de convênio entre a plataforma e uma instituição de crédito. A medida representa uma diferença em relação ao "Crédito do Trabalhador", que não depende de pacto entre empresas e instituições financeiras. A proposta também diz que eventuais contratos de crédito com trabalhadores de app poderão estabelecer cláusulas para assegurar o pagamento das parcelas. Relator da MP na comissão mista do Congresso e no plenário do Senado, o senador Rogério Carvalho (PT-SE), avalia que a medida dá "proteção jurídica" e permite que a categoria "consiga obter crédito mais barato com oferta de garantias dos recebíveis". O presidente do colegiado, deputado Fernando Monteiro (Republicanos-PE), afirma que a criação do crédito consignado para trabalhadores de app permitirá que esses profissionais invistam, por exemplo, na compra de carros e motos. Consignado CLT: trabalhador poderá fazer a portabilidade desta modalidade entre bancos Outras alterações A Câmara aprovou uma versão do texto que tirava do Conselho Nacional de Previdência Social (CNPS) a função de definir o teto de juros para consignados de aposentados e pensionistas. A intenção dos deputados era a de passar essa prerrogativa para o Conselho Monetário Nacional (CMN). Mas o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), anulou este ponto e manteve o CNPS como responsável, como já acontece hoje. Ele atendeu a um pedido do líder do PDT, Weverton Rocha (MA). A proposta obriga o uso de mecanismos de verificação biométrica e de identidade do trabalhador para a assinatura de contratos. O texto também estabelece que, nas portabilidades de empréstimos consignados, as taxas de juros terão de ser menores. A MP ainda prevê que: o governo federal terá de estimular ações de educação financeira para trabalhadores com carteira assinada; o Ministério do Trabalho terá de verificar se os empregadores estão descontando e repassando corretamente as parcelas de empréstimos consignados de seus empregados; se houver desconto indevido ou ausência de pagamento dos empréstimos, o empregador poderá ser penalizado.



PF abre inquérito para apurar ataque a sistemas de instituições financeiras; BC não foi afetado


02/07/2025 16:09 - g1.globo.com

Segundo o Banco Central, hackers invadiram sistemas da empresa que presta serviços tecnológicos e conecta instituições financeiras ao próprio BC. Detalhes sobre a invasão ainda estão sendo apurados. BC informa ataque hacker contra C&M Software, que interliga bancos aos seus sistemas e ao PIX A Polícia Federal (PF) abriu nesta quarta-feira (2) um inquérito para investigar um ataque hacker a sistemas de instituições financeiras que tiveram as contas invadidas por meio da C&M Software — empresa que presta serviços tecnológicos e conecta instituições financeiras ao Banco Central (BC). A informação foi confirmada à GloboNews pelo diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues. O BC informou mais cedo nesta quarta que a C&M Software comunicou um ataque à sua infraestrutura e que determinou o desligamento do acesso das instituições às infraestruturas operadas pela empresa. 🔎 A C&M, alvo do ataque, é uma empresa que presta serviços de tecnologia da informação (TI) para instituições participantes do PIX. Ela é homologada pelo BC para essa função, assim como outras oito empresas no país. 'Brasil tem expertise em fazer esse tipo de ataque', diz especialista sobre tentativa de invasão ao sistema do BC Acesso a sistemas do BC Em nota, o diretor comercial da C&M Software, Kamal Zogheib, afirmou que a empresa foi vítima direta de uma ação criminosa, que envolveu o uso indevido de credenciais de clientes para tentar acessar seus sistemas e serviços de forma fraudulenta. "A CMSW confirma que colabora ativamente com as autoridades competentes, incluindo o Banco Central e a Polícia Civil de São Paulo, nas investigações em andamento", disse. Zogheib acrescentou que a empresa não comentará detalhes do processo por orientação jurídica e em respeito ao sigilo das investigações, mas reforçou que todos os sistemas críticos da companhia permanecem “íntegros e operacionais” e destacou que todas as medidas previstas nos protocolos de segurança foram “integralmente executadas”. Uma das empresas afetadas, a BMP, que fornece infraestrutura para plataformas bancárias digitais, o incidente envolvendo a C&M permitiu o acesso indevido a contas de reserva de pelo menos seis instituições financeiras. O BC não informou quais instituições foram afetadas. 🔎 As contas reserva são mantidas diretamente no BC e utilizadas exclusivamente para liquidação interbancária — processo pelo qual instituições financeiras realizam transferências de recursos entre si. Dessa forma, segundo a BMP, o ataque não teve relação com as contas de clientes finais nem com os saldos mantidos dentro da instituição. “Reforçamos que nenhum cliente BMP foi impactado ou teve seus recursos acessados”, afirmou em nota oficial, destacando que o incidente envolveu exclusivamente recursos depositados em sua conta de reserva no BC. “A instituição já adotou todas as medidas operacionais e legais cabíveis, e conta com colaterais suficientes para cobrir integralmente o valor impactado, sem prejuízo à sua operação ou aos seus parceiros comerciais”, informou a BMP em nota, reiterando que continua a operar normalmente. Banco Central anuncia novas regras contra fraudes no PIX Veja as notas sobre o caso, na íntegra Banco Central do Brasil (BC) A C&M Software, prestadora de serviços de tecnologia para instituições provedoras de contas transacionais que não possuem meios de conexão própria, comunicou ataque à sua infraestrutura tecnológica. O Banco Central determinou à C&M o desligamento do acesso das instituições às infraestruturas por ela operadas. CMSW (C&M Software) A CMSW [C&M Software] confirma que colabora ativamente com as autoridades competentes, incluindo o Banco Central e a Polícia Civil de SP, nas investigações em andamento. A empresa é vítima direta da ação criminosa, que incluiu o uso indevido de credenciais de clientes para tentar acessar de forma fraudulenta seus sistemas e serviços. Por orientação jurídica e em respeito ao sigilo das apurações, a CMSW não comentará detalhes do processo, mas reforça que todos os seus sistemas críticos seguem íntegros e operacionais, e que as medidas previstas nos protocolos de segurança foram integralmente executadas. Grato Diretor Comercial da CMSW BMP NOTA OFICIAL — INCIDENTE DE SEGURANÇA NA INFRAESTRUTURA DA C&M SOFTWARE A BMP informa que, nesta segunda-feira, foi identificada uma ocorrência de segurança envolvendo a C&M Software — empresa autorizada e supervisionada pelo Banco Central do Brasil, responsável pela mensageria que interliga instituições financeiras ao Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB), incluindo o ambiente de liquidação do Pix. O incidente de cibersegurança comprometeu a infraestrutura da C&M e permitiu acesso indevido a contas reserva de seis instituições financeiras, entre elas a BMP. As contas reserva são mantidas diretamente no Banco Central e utilizadas exclusivamente para liquidação interbancária — sem qualquer relação com as contas de clientes finais ou com os saldos mantidos dentro da BMP. Reforçamos que nenhum cliente da BMP foi impactado ou teve seus recursos acessados. No caso da BMP, o ataque envolveu exclusivamente recursos depositados em sua conta reserva no Banco Central. A instituição já adotou todas as medidas operacionais e legais cabíveis e conta com colaterais suficientes para cobrir integralmente o valor impactado, sem prejuízo à sua operação ou aos seus parceiros comerciais. A C&M Software foi imediatamente desconectada do ambiente do Banco Central, e as autoridades competentes, incluindo o próprio BC, já estão conduzindo uma investigação detalhada sobre o ocorrido. A BMP segue operando normalmente, com total segurança, e reforça seu compromisso com a integridade do sistema financeiro, a proteção dos seus clientes e a transparência nas suas comunicações. Para mais informações, nossa equipe de comunicação institucional está à disposição. São Paulo, 2 de julho de 2025 BMP



Tarifaço de Trump: EUA anunciam acordo comercial com o Vietnã


02/07/2025 15:02 - g1.globo.com


Presidente americano indicou que o país asiático concederá acesso total aos seus mercados, de forma que os EUA não pagarão nenhuma tarifa para exportar seus produtos. Entenda como Tarifas de Trump podem afetar Brasil O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta quarta-feira (2) que o país firmou um acordo comercial com o Vietnã. A menos de 10 dias do fim do prazo de suspensão do tarifaço, este é apenas o terceiro acordo anunciado pelo republicano até o momento. Segundo Trump, o acordo foi resultado de uma negociação entre os EUA e o secretário-geral do Partido Comunista do Vietnã, To Lam. Os termos negociados foram: Os EUA aplicarão uma tarifa de 20% sobre produtos vietnamitas importados, além de uma taxa de 40% sobre qualquer transferência de produtos ou contêineres entre meios de transporte durante o trajeto até o destino final (prática conhecida como transshipping no jargão do mercado); e O Vietnã concederá aos EUA acesso total aos seus mercados comerciais. A tarifa acordada é inferior à taxa de 46% inicialmente anunciada por Trump em abril. "Em outras palavras, eles abrirão seu mercado para os EUA, o que significa que poderemos vender nossos produtos para o Vietnã com tarifa zero", afirmou Trump, em uma publicação no Truth Social. O Vietnã é um importante polo global de manufatura para exportação, com mão de obra qualificada e custos competitivos. Entre as empresas com fábricas no Vietnã que exportam seus produtos para os EUA estão: Nike Apple Samsung Intel, entre outras. Poucos acordos foram firmados até agora Faltando uma semana para o fim da pausa de 90 dias nas tarifas recíprocas instituídas pelo presidente americano, Donald Trump, os EUA firmaram apenas mais dois acordos comerciais — e o Brasil não está nessa lista. O primeiro acordo comercial firmado pelos EUA foi com o Reino Unido. Anunciado no início de maio, o tratado realinhou cotas e reduziu as tarifas aplicadas por ambos os países sobre produtos importados. Os EUA mantiveram uma tarifa de 10% sobre os produtos britânicos importados. O Reino Unido reduziu as taxas sobre os produtos americanos de 5,1% para 1,8%, além de ampliar o acesso dos EUA aos seus mercados. Já no início deste mês, os EUA chegaram a um consenso com a China após meses de impasse. No entanto, o acordo ainda depende da aprovação oficial dos líderes de ambos os países — o que ainda não aconteceu formalmente. O tratado determinou uma taxa de 10% da China sobre os produtos americanos; e Uma tarifa de 55% ao que os EUA importam dos chineses. Embora representem um avanço na nova política tarifária de Trump, os acordos não abrangem a maior parte dos mais de 180 países afetados pelas tarifas anunciadas pelo republicano no início de abril. "Há uma certa dificuldade diplomática dos EUA em fechar acordos amplos e com múltiplos parceiros. Seja por questões relacionadas à própria política comercial, seja pela geopolítica", afirma Frederico Nobre, gestor de investimentos da Warren. No último mês, parte dos esforços voltados à negociação de novos acordos comerciais foi redirecionada para o conflito entre Israel e Irã. Primeiro, houve intervenção militar dos EUA — que atacaram instalações nucleares iranianas — e, posteriormente, uma mediação de Trump para um cessar-fogo. Diante do atraso nas negociações e da proximidade do fim do prazo, especialistas ouvidos pelo g1, afirmam que a expectativa agora é de uma prorrogação da suspensão por parte dos EUA, permitindo a conclusão das tratativas em andamento. "Eles não tiveram tempo suficiente para negociar", afirma Welber Barral, ex-secretário de Comércio Exterior e sócio-fundador da BMJ Consultores Associados. Ele destaca que diversos países ainda estão em tratativas com os EUA, como Coreia do Sul, União Europeia (UE) e Japão. "Então provavelmente eles vão precisar manter essa suspensão por mais um tempo, e essas negociações vão dar mais trabalho do que eles imaginavam", diz Barral. Donald Trump se irritou ao ouvir questão sobre expressão 'Trump Sempre Arrega', em 28 de maio de 2025 REUTERS/Leah Millis Negociações ainda em andamento Desde o anúncio das tarifas, em abril, diversos países afirmaram que estão tentando negociar com os EUA. Na última cúpula do G7, realizada em junho, líderes das principais economias tentaram avançar com seus próprios acordos. No entanto, Trump deixou a reunião mais cedo, alegando a necessidade de lidar com a escalada das tensões no Oriente Médio. Líderes da União Europeia se reuniram na quinta-feira (26) para discutir se optam por um acordo comercial rápido ou se continuam buscando condições mais vantajosas. Recentemente, a UE — que passou meses tentando negociar uma taxa inferior aos 10% mínimos impostos por Trump — declarou estar preparando uma série de tarifas retaliatórias como estratégia para garantir um acordo mais favorável à região. Entre os países que já indicaram estar em negociações com os EUA estão: Índia; Canadá; Taiwan; Austrália; Paquistão; México; União Europeia; Suíça; Itália; Alemanha; Tailândia, entre outros. E o Brasil? Embora o Brasil não tenha sido um dos mais impactados pelas tarifas, com alíquota de 10%, especialistas destacam que o país continua sujeito às tarifas sobre aço e alumínio, em vigor desde o início de junho. Antes fixadas em 25%, as tarifas foram elevadas para 50% por meio de um decreto assinado por Trump. Tanto o aço quanto o alumínio são produtos estratégicos para as exportações brasileiras, e o Brasil é um dos principais fornecedores de aço para os EUA. Como mostrou o g1, além de uma possível redução nas exportações brasileiras por conta das tarifas, especialistas já haviam destacado que as medidas também afetam fortemente o setor siderúrgico — sobretudo as empresas com forte presença no mercado externo. "O país precisará, sim, avançar nas negociações bilaterais com os Estados Unidos, especialmente do lado do Itamaraty e do MDIC [Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços], para garantir que cotas preferenciais ou isenções tarifárias sejam aplicadas para o aço brasileiro", afirma Nobre, da Warren. O ministro do Desenvolvimento e vice-presidente, Geraldo Alckmin, chegou a se pronunciar algumas vezes nos últimos meses sobre os impactos das tarifas de Trump para o Brasil e o mundo, mas sem detalhar o andamento das negociações. No início de junho, Alckmin afirmou que a melhor forma de mitigar os efeitos seria aprofundar o diálogo com os americanos, destacando a criação de um grupo de trabalho bilateral com o secretário do Comércio dos EUA, Howard Lutnick, e o USTR (representante do comércio dos EUA). Pelo lado do Brasil, o grupo conta com a participação do Ministério da Indústria e do Ministério das Relações Exteriores. Procurado, o MDIC afirmou ao g1 que as negociações foram iniciadas em março e que, desde então, "uma série de reuniões presenciais e virtuais" tem sido realizada para dar continuidade às tratativas. "Neste momento, enquanto as negociações seguem em curso, não é possível divulgar detalhes sobre o conteúdo das discussões, sob pena de impactar o andamento e a efetividade do processo negociador", informa o ministério. O MDIC acrescentou que segue comprometido com a defesa dos interesses dos exportadores brasileiros, "tanto em relação às tarifas recíprocas quanto no enfrentamento de medidas adotadas sob o argumento de segurança nacional". "A relação comercial entre Brasil e Estados Unidos é sólida, histórica e de relevância estratégica para ambos os países. Os EUA mantêm superávit comercial com o Brasil, e o intercâmbio entre as duas economias é complementar, trazendo benefícios mútuos", completa o ministério.



IOF: Haddad rechaça palavra 'traição', mas diz que não foi o Executivo que deixou mesa de negociação


02/07/2025 14:47 - g1.globo.com


Ministro da Fazenda minimizou crise com o Congresso após governo recorrer ao STF para retomar decretos de Lula que elevam o imposto. Haddad diz que não foi o Executivo que deixou mesa de negociação sobre o IOF O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, minimizou nesta quarta-feira (2) a crise do governo com o Congresso em relação aos decretos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) que elevam o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Durante entrevista a jornalistas em Buenos Aires, na Argentina, onde cumpre compromissos relacionados ao Mercosul, o ministro voltou a refutar o termo "traição" na relação do Executivo com o Legislativo, mas afirmou que não foi o governo que deixou a mesa de negociação sobre o IOF. Ele foi questionado por jornalistas sobre como fica a situação do governo no Congresso após a Advocacia-Geral da União (AGU) entrar com uma ação no Supremo Tribunal Federal para retomar os decretos do presidente Lula que tratam da elevação de alíquotas do IOF. "Quem saiu da mesa de negociação não foi o Executivo. Não fomos reconvocados para a mesa. Saímos da mesa achando que o encaminhamento estava 'ok', e não fomos reconvocados", disse Haddad, na Argentina. Editados pelo presidente Lula para aumentar a arrecadação federal, os decretos foram derrubados pela Câmara e pelo Senado, em um movimento que pegou o governo de surpresa e impôs ao Palácio do Planalto uma derrota. O ministro disse que o governo fez apenas um questionamento ao STF e avalia que isso não representa crise, ou seja, que não trará prejuízos ao Executivo no relacionamento com deputados e senadores. "É uma questão eminentemente jurídica. O que a AGU fez, pelo que li, estamos discutindo uma questão jurídica sobre a constitucionalidade do decreto do presidente da República. Se está discutindo a constitucionalidade, qual o ponto de discordância? O Supremo tem de dizer se o decreto é constitucional ou não. Tem nenhuma questão nem econômica nem política", declarou Haddad. O ministro também afirmou que a equipe econômica tem tido apoio em projetos prioritários no Legislativo e que não tem reclamações a fazer sobre as lideranças da Câmara, presidida por Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, comandado por Davi Alcolumbre (União Brasil-AP). Interpelado por jornalistas se o questionamento à derrubada da alta do IOF no STF não pode gerar prejuízo a outras pautas do governo, como a ampliação da faixa de isenção do Imposto de Renda para até R$ 5 mil, Haddad avaliou que não. "Está sugerindo que o Congresso vai prejudicar uma parcela mais pobre do país, por conta de uma pergunta que está sendo feita ao STF. Está insinuando que isso possa acontecer, por quê? Não recebi de líder nenhum essa manifestação. Eu não recebi ameaça nesse sentido, de que resposta do STF dizendo que o presidente agiu dentro da legalidade ensejaria prejuízo para a população de baixa renda", concluiu ele. Lula e Haddad durante lançamento do Plano Safra no Planalto, em 1º de julho de 2025 Reuters/Adriano Machado



Número 2 da Fazenda se reúne com Alcolumbre em meio a disputa do governo com o Congresso sobre alta do IOF


02/07/2025 14:40 - g1.globo.com


Dario Durigan também se reuniu com deputados federais para debater cortes em benefícios fiscais. Governo vive cruzada para aumentar a arrecadação, mas não quer cortar gastos. O secretário executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan, se reuniu nesta quarta-feira (2) com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), em meio à disputa entre o governo e o Congresso sobre os decretos que aumentavam as alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). A reunião ocorreu um dia após o governo acionar o Supremo Tribunal Federal (STF) para tentar reverter a derrubada dos decretos. O aumento do IOF havia sido uma das apostas da equipe econômica para elevar a arrecadação e cumprir a meta fiscal. O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e o próprio Alcolumbre foram apontados por aliados como fiadores do revés, o que gerou tensão com o Palácio do Planalto. Nos bastidores, há também o desconforto com o fato de Fernando Haddad, ministro da Fazenda, não ter conseguido retorno de ligações feitas a Motta antes da votação dos decretos. Mais cedo, Durigan também participou de uma reunião com deputados na Comissão de Finanças e Tributação da Câmara, onde defendeu a revisão de isenções e benefícios fiscais como alternativa à alta de impostos. “É um debate que interessa ao governo, interessa ao país e interessa também aos líderes que participaram aqui, inclusive da oposição”, disse o secretário. Lula defende judicialização do IOF e nega rivalidade com Congresso Conversa com deputados sobre isenções fiscais Segundo Durigan, parlamentares demonstram interesse em avançar com projetos de revisão do chamado gasto tributário. "É um debate que interessa ao governo, interessa ao país e interessa também aos líderes que participaram aqui, líderes inclusive da oposição", disse o secretário. O encontro foi organizado pela Comissão de Finanças e Tributação da Câmara. Parlamentares de diferentes partidos participaram da reunião. "A gente teve uma excelente conversa com alguns líderes em que a gente discutiu as propostas já em tramitação sobre revisão de benefício tributário. E o que me compete aqui é trazer tanto as informações técnicas quanto os riscos e desafios que estão colocados. Acho que ficou muito claro um compromisso a ser encaminhado pelo presidente [da comissão], Rogério Correia (PT-MG), tratar com o presidente [da Câmara], Hugo Motta, de quais serão os próximos passos na Casa", declarou. Aos deputados, Durigan defendeu que o Congresso não pode aprovar um texto "genérico" que determine apenas um corte linear nos benefícios. "Não dá para aprovar alguma coisa muito genérica do ponto de vista técnico, simplesmente dizer em um único dispositivo de texto: 'Fica revisto 10%'. Isso não funciona, porque não é operacional. Então, é preciso dar alguma operacionalidade. E eu expliquei aqui as técnicas de como fazer isso", disse o secretário. No encontro, Dario Durigan também foi cobrado por parlamentares a explicar quais são os números reais da arrecadação perdida pelo governo com isenções e benefícios fiscais. Secretário executivo da Fazenda, Dario Durigan. Diogo Zacarias/Ministério da Fazenda Arrecadação Segundo ele, estimativas feitas pela Fazenda apontam que, em uma avaliação conservadora, se forem aprovadas mudanças nos subsídios existentes, o governo poderá arrecadar R$ 20 bilhões em 2026. "O meu papel é contribuir e trazer quais são os pontos para que a gente não aprove alguma coisa na expectativa de que vá dar um resultado e, por uma questão de técnica legislativa, não dê esse resultado. Então, é preciso fechar as arestas, aperfeiçoar o texto para que a gente cumpra com esse objetivo, que é de todo mundo, aprovando um texto e ter um resultado do ponto de vista fiscal." Debate na Câmara O deputado Rogério Correia afirmou que uma das saídas possíveis para avançar com o assunto na Casa é aproveitar um projeto aprovado pelo Senado em 2023, que trata de mecanismos para revisão de benefícios fiscais. Segundo ele, Hugo Motta sinalizou que concorda com esse encaminhamento, ao defender a análise de um requerimento para levar a proposta à votação direta no plenário. "Eles [Fazenda] vão nos apresentar um estudo. Nós vamos apresentar um substitutivo [novo texto] em relação a isso. A gente espera conseguir com o governo algo que seja o mais consensual possível. Temos que fazer justiça tributária", afirmou.



BC informa ataque hacker contra C&M Software, que interliga bancos aos seus sistemas e ao PIX


02/07/2025 14:30 - g1.globo.com


Incidente permitiu acesso indevido a contas de reserva de pelo menos seis instituições financeiras. A Polícia Federal (PF) deve abrir um inquérito para investigar o caso. 'Brasil tem expertise em fazer esse tipo de ataque', diz especialista sobre tentativa de invasão ao sistema do BC O Banco Central do Brasil (BC) informou nesta quarta-feira (2) que a C&M Software — empresa que presta serviços tecnológicos e conecta instituições financeiras ao BC — comunicou ter sido alvo de um ataque à sua infraestrutura. "A C&M Software, prestadora de serviços de tecnologia para instituições provedoras de contas transacionais que não possuem meios de conexão própria, comunicou ataque à sua infraestrutura tecnológica", afirmou o BC em nota. O BC também informou que determinou o desligamento do acesso das instituições às infraestruturas operadas pela C&M. 🔎 A C&M, alvo do ataque, é uma empresa que presta serviços de tecnologia da informação (TI) para instituições participantes do PIX. Ela é homologada pelo BC para essa função, assim como outras oito empresas no país. Ainda não há informações oficiais sobre os valores envolvidos no ataque. A Polícia Federal (PF) deve abrir um inquérito para investigar o ataque hacker. A informação foi confirmada à GloboNews pelo diretor-geral da corporação, Andrei Rodrigues. Em nota, o diretor comercial da C&M Software, Kamal Zogheib, afirmou que a empresa foi vítima direta de uma ação criminosa, que envolveu o uso indevido de credenciais de clientes para tentar acessar seus sistemas e serviços de forma fraudulenta. "A CMSW confirma que colabora ativamente com as autoridades competentes, incluindo o Banco Central e a Polícia Civil de São Paulo, nas investigações em andamento", disse. Zogheib acrescentou que a empresa não comentará detalhes do processo por orientação jurídica e em respeito ao sigilo das investigações, mas reforçou que todos os sistemas críticos da companhia permanecem “íntegros e operacionais” e destacou que todas as medidas previstas nos protocolos de segurança foram “integralmente executadas”. Uma das empresas afetadas, a BMP, que fornece infraestrutura para plataformas bancárias digitais, o incidente envolvendo a C&M permitiu o acesso indevido a contas de reserva de pelo menos seis instituições financeiras. O BC não informou quais instituições foram afetadas. 🔎 As contas de reserva são mantidas diretamente no BC e utilizadas exclusivamente para liquidação interbancária — processo pelo qual instituições financeiras realizam transferências de recursos entre si. Dessa forma, segundo a BMP, o ataque não teve relação com as contas de clientes finais nem com os saldos mantidos dentro da instituição. “Reforçamos que nenhum cliente MP foi impactado ou teve seus recursos acessados”, afirmou em nota oficial, destacando que o incidente envolveu exclusivamente recursos depositados em sua conta de reserva no BC. “A instituição já adotou todas as medidas operacionais e legais cabíveis, e conta com colaterais suficientes para cobrir integralmente o valor impactado, sem prejuízo à sua operação ou aos seus parceiros comerciais”, informou a BMP em nota, reiterando que continua a operar normalmente. Ainda segundo a empresa, as autoridades competentes, incluindo o próprio BC, já estão conduzindo uma investigação detalhada sobre o ocorrido. Banco Central do Brasil (BC) Marcello Casal/Agência Brasil Veja as notas sobre o caso, na íntegra Banco Central do Brasil (BC) A C&M Software, prestadora de serviços de tecnologia para instituições provedoras de contas transacionais que não possuem meios de conexão própria, comunicou ataque à sua infraestrutura tecnológica. O Banco Central determinou à C&M o desligamento do acesso das instituições às infraestruturas por ela operadas. CMSW (C&M Software) A CMSW confirma que colabora ativamente com as autoridades competentes, incluindo o Banco Central e a Polícia Civil de SP, nas investigações em andamento. A empresa é vítima direta da ação criminosa, que incluiu o uso indevido de credenciais de clientes para tentar acessar de forma fraudulenta seus sistemas e serviços. Por orientação jurídica e em respeito ao sigilo das apurações, a CMSW não comentará detalhes do processo, mas reforça que todos os seus sistemas críticos seguem íntegros e operacionais, e que as medidas previstas nos protocolos de segurança foram integralmente executadas. Grato Diretor Comercial da CMSW BMP NOTA OFICIAL — INCIDENTE DE SEGURANÇA NA INFRAESTRUTURA DA C&M SOFTWARE A BMP informa que, nesta segunda-feira, foi identificada uma ocorrência de segurança envolvendo a C&M Software — empresa autorizada e supervisionada pelo Banco Central do Brasil, responsável pela mensageria que interliga instituições financeiras ao Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB), incluindo o ambiente de liquidação do Pix. O incidente de cibersegurança comprometeu a infraestrutura da C&M e permitiu acesso indevido a contas reserva de seis instituições financeiras, entre elas a BMP. As contas reserva são mantidas diretamente no Banco Central e utilizadas exclusivamente para liquidação interbancária — sem qualquer relação com as contas de clientes finais ou com os saldos mantidos dentro da BMP. Reforçamos que nenhum cliente da BMP foi impactado ou teve seus recursos acessados. No caso da BMP, o ataque envolveu exclusivamente recursos depositados em sua conta reserva no Banco Central. A instituição já adotou todas as medidas operacionais e legais cabíveis e conta com colaterais suficientes para cobrir integralmente o valor impactado, sem prejuízo à sua operação ou aos seus parceiros comerciais. A C&M Software foi imediatamente desconectada do ambiente do Banco Central, e as autoridades competentes, incluindo o próprio BC, já estão conduzindo uma investigação detalhada sobre o ocorrido. A BMP segue operando normalmente, com total segurança, e reforça seu compromisso com a integridade do sistema financeiro, a proteção dos seus clientes e a transparência nas suas comunicações. Para mais informações, nossa equipe de comunicação institucional está à disposição. São Paulo, 2 de julho de 2025 BMP Golpe do Pix: falsos aplicativos de banco geram comprovantes de transferências inexistentes *Com informações da agência de notícias Reuters



Dólar cai e fecha a R$ 5,42, menor valor em quase um ano; Ibovespa recua


02/07/2025 12:00 - g1.globo.com


A moeda americana caiu 0,74%, cotada a R$ 5,4206. A bolsa recuou 0,36%, aos 139.051 pontos. EUA: Senado vota proposta de orçamento do governo Trump O dólar fechou em queda de 0,74% nesta quarta-feira (2), cotado a R$ 5,4206 — menor patamar desde 19 de agosto de 2024 (R$ 5,4114). O Ibovespa recuou 0,36%, aos 139.051 pontos. ▶️ Os investidores aguardam a votação do megapacote de cortes de impostos do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pela Câmara dos Deputados. Entre muitos pontos, o texto prevê uma ampla redução de tributos e um expressivo aumento nos gastos públicos. Com ele, a dívida pública dos EUA deve aumentar em US$ 3,3 trilhões na próxima década, agravando a situação fiscal do país e elevando a desconfiança em relação à maior economia do mundo. ▶️ Além disso, o mercado avalia a proximidade do fim do prazo de suspensão do tarifaço. Os EUA têm buscado negociar com seus parceiros econômicos, mas apenas três acordos foram firmados. O terceiro, inclusive, foi anunciado nesta quarta: um acordo com o Vietnã. ▶️ No Brasil, a derrubada do projeto que aumentava o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) segue em foco. O presidente Lula defendeu nesta quarta a judicialização do IOF e negou rivalidade com Congresso. (leia mais abaixo) A equipe econômica ainda insiste na necessidade da taxação ao IOF para fechar as contas de 2025. Como mostrou o g1, a queda na arrecadação e a resistência do Congresso podem levar a novos cortes no Orçamento. ▶️ Por fim, o mercado também acompanha a divulgação de uma série de indicadores econômicos nacionais e internacionais. Por aqui, o foco ficou com a produção industrial de maio, que recuou pelo segundo mês consecutivo. No exterior, o relatório ADP, com dados de emprego dos EUA, mostrou fechamento de 33 mil vagas no mês passado, contra expectativa de abertura de 95 mil empregos no setor privado. Isso reforça a perspectiva de que o Federal Reserve possa começar a cortar os juros nos EUA. Veja abaixo como esses fatores impactam o mercado. 💲Dólar a Acumulado da semana: -1,15%; Acumulado do mês: -0,24%; Acumulado do ano: -12,28%. 📈Ibovespa Acumulado da semana: -0,58%; Acumulado da semana: +1,60%; Acumulado do mês: +0,14% Acumulado do ano: +15,60%. O 'grande e belo' pacote orçamentário de Trump O megapacote orçamentário de Trump, que reduz impostos, aumenta a verba contra imigrantes e corta programas sociais, pode ser votado pela Câmara dos Deputados dos EUA nesta quarta-feira (2), após ter sido aprovado pelo Senado do país na véspera. Até o fechamento dos mercados, a votação ainda não havia acontecido. Intitulado de One Big Beautiful Bill ("Um grande e belo projeto”, em tradução livre), o texto prevê, entre outros pontos: aumento de recursos destinados ao controle da imigração; ampliação dos gastos com as Forças Armadas; cortes em programas sociais — especialmente na área da saúde; criação de novas isenções fiscais para gorjetas e horas extras; revogação de incentivos à energia limpa implementados pelo democrata Joe Biden. A proposta prorroga os cortes de impostos implementados em 2017, durante o primeiro mandato de Trump. Em contrapartida, reduz os recursos destinados a programas como o Medicaid — que garante acesso à saúde para famílias de baixa renda. Além disso, o projeto pode aumentar significativamente a dívida pública dos EUA. O Escritório de Orçamento do Congresso dos Estados Unidos (CBO, na sigla em inglês) estima que o pacote orçamentário adicionará cerca de US$ 3,3 trilhões (aproximadamente R$ 18 trilhões) à dívida pública do país. Após a aprovação no Senado, o projeto retornará à Câmara dos Deputados. Se for novamente aprovado, seguirá para sanção presidencial. A expectativa é que a votação ocorra já na próxima quarta-feira (2). Trump deseja sancionar a lei até o feriado da Independência, em 4 de julho. O presidente da Câmara, Mike Johnson, afirmou em comunicado que pretende cumprir esse prazo. SAIBA MAIS AQUI. Tarifaço: contagem regressiva para o fim da trégua O tarifaço de Trump voltou a ganhar destaque após a estabilização da situação no Oriente Médio. A suspensão de 90 dias das tarifas impostas pelo republicano está prestes a expirar, e o baixo número de acordos firmados até o momento continua gerando preocupação. Trump e o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, afirmaram nesta terça que o prazo não será estendido e as tarifas poderão ser restabelecidas após 9 de julho. Nesta segunda-feira, o Canadá cancelou o imposto sobre serviços digitais direcionado a empresas de tecnologia dos EUA, poucas horas antes de sua entrada em vigor. A decisão foi interpretada como uma tentativa de destravar as negociações comerciais, que haviam sido interrompidas por Trump. Além disso, a União Europeia busca um alívio imediato nas tarifas comerciais para setores estratégicos do bloco como condição para qualquer acordo com os EUA, segundo diplomatas ouvidos pela Reuters. 🔎 O mercado avalia que o aumento das tarifas sobre importações pode elevar os preços ao consumidor e os custos de produção, pressionando a inflação e reduzindo o consumo. Esse cenário pode levar à desaceleração da economia dos EUA e até a uma recessão global. Diante das preocupações com as contas públicas e pelo tarifaço, a política de juros do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) também fica no radar. Nesta semana, o presidente da instituição, Jerome Powell, voltou a afirmar que a instituição pretende “esperar e obter mais informações” sobre os impactos das tarifas na inflação antes de reduzir as taxas de juros, ignorando mais uma vez as pressões de Trump por cortes imediatos. De olho no IOF O mercado continua com suas atenções voltadas para as contas públicas, especialmente após o Congresso Nacional ter derrubado, na semana passada, o decreto presidencial que alterava as regras e aumentava a cobrança do IOF. Segundo a equipe econômica, a revogação do decreto do IOF deve resultar em uma perda de arrecadação de R$ 10 bilhões ainda neste ano. Especialistas ouvidos pelo g1 alertam que a medida pode levar o governo a adotar novos bloqueios e contingenciamentos no Orçamento de 2025. ▶️ Na terça-feira, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou novamente que o governo precisa do aumento do IOF para equilibrar as contas em 2026. O ministro também declarou que, para equilibrar as contas públicas, será necessário aprovar a Medida Provisória que aumenta a tributação sobre apostas eletrônicas (bets), criptoativos, fintechs e outros setores, além de cortar aproximadamente R$ 15 bilhões em benefícios fiscais. Nesta quarta, Haddad minimizou a crise do governo com o Congresso e voltou a refutar o termo "traição" na relação do Executivo com o Legislativo, mas afirmou que não foi o governo que deixou a mesa de negociação sobre o IOF. O presidente Lula defendeu nesta quarta a decisão do governo de recorrer no STF contra a derrubada do aumento do IOF pelo Congresso. "Se eu não for à Suprema Corte, eu não governo mais o país. Esse é o problema. Cada macaco no seu galho. Ele legisla, e eu governo", disse o presidente. Na terça-feira (1º), o advogado-geral da União, Jorge Messias, afirmou que o governo federal decidiu levar a questão ao Supremo. Segundo ele, a derrubada do decreto pelo Congresso violou a separação de Poderes. Agenda econômica Por fim, investidores também acompanharam a divulgação de uma série de indicadores econômicos no Brasil e no exterior. Por aqui, a produção industrial de maio registrou a segunda queda consecutiva, intensificando o ritmo de perda de força em meio aos juros elevados. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o setor contraiu 0,5% no mês passado em relação a abril. Em comparação a maio do ano passado, houve uma alta de 3,3%. Já nos Estados Unidos, o setor privado registrou um fechamento de vagas de trabalho em junho, de forma inesperada. Segundo o Relatório Nacional de Emprego da ADP, divulgado nesta quarta-feira, o país perdeu 33 mil postos no mês passado, após um aumento de 29 mil vagas em maio. Notas de dólar. Dado Ruvic/ Reuters *Com informações da agência de notícias Reuters.



ES vira nova alternativa para moradores de grandes centros e é um dos estados que mais ganhou população de outros lugares


02/07/2025 07:01 - g1.globo.com


Estabilidade de negócios e geração de empregos são fatores apontados por especialistas que colocam o Espírito Santo como 7º estado do país que mais recebeu migrantes entre 2017 e 2022, segundo o IBGE. Cidade de Vitória, capital do Espírito Santo Reprodução/TV Gazeta O Espírito Santo ganhou força no mapa migratório e apareceu como o sétimo estado que mais recebeu migrantes entre 2017 e 2022, ou seja, pessoas de outros estados que chegam para viver em território capixaba. Com isso, o estado teve ganho populacional de 27,8 mil pessoas durante o período. Os dados são do Censo 2022, divulgados pelo IBGE na última sexta-feira (27). 📲 Clique aqui para seguir o canal do g1 ES no WhatsApp Economistas e geógrafos destacam que o Espírito Santo já despontava como uma opção de moradia desde o último Censo de 2010 e se consolidou principalmente para aqueles que saem dos grandes centros, como Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais. Especialistas apontaram também alguns fatores que foram essenciais para que o Espírito Santo aparecesse na lista dos nove estados do país que tiveram aumento populacional: 🏭 Investimentos na indústria; 📈 Ambiente fortalecido para estabilidade nos negócios; 👩🏻‍💻 Oportunidades de emprego. Estado das oportunidades ES vira nova alternativa de moradia para pessoas de grandes centros O Espírito Santo recebeu aproximadamente 102,4 mil migrantes, enquanto cerca de 74,5 mil pessoas deixaram o estado nos cinco anos anteriores ao Censo Demográfico de 2022, resultando em um saldo migratório positivo de 27,9 mil pessoas. Mas quando comparado o número de pessoas que o Espírito Santo recebeu em relação ao número de habitantes, houve um aumento de 0,73% da população total geral, o que coloca o estado como sexta maior taxa líquida de migração. O professor de Geografia da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) e da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Ednelson Dota, explicou que o aumento de pessoas que deixaram o Rio de Janeiro e São Paulo acabou interferindo no aumento populacional no Espírito Santo. "Em 2010, o estado já tinha aparecido como uma área de saldo migratório positivo e agora essa tendência continua. Nós observamos alterações importantes em nível nacional, com a maioria dos estados apresentando saldos migratórios negativos, principalmente o Rio de Janeiro. O que acontece com Rio e São Paulo é que eles não oferecem mais isenção produtiva que ofereciam há 30, 40 anos atrás", destacou o professor. O Rio de Janeiro apareceu como o estado com o pior resultado de fluxo migratório durante o período: foram 332.574 saídas e apenas 167.214 entradas, o que totaliza uma perda de 165,3 mil habitantes. A reversão acentuada também marca uma mudança significativa na dinâmica migratória fluminense. O novo padrão indica que, mesmo mantendo certa capacidade de atração, o Rio passou a registrar uma evasão populacional expressiva, com destaque para fluxos de saída rumo a São Paulo (21,4%), Minas Gerais (17,7%) e Espírito Santo (7,3%), segundo o IBGE. Quem ganhou e quem perdeu população entre os estados Artes/g1 Com isso, São Paulo e Rio de Janeiro encerraram o período com populações de 44,4 milhões e 16 milhões de pessoas, respectivamente. Até o Censo anterior, em 2010, os dois estados apresentavam saldos positivos, sendo São Paulo o principal destino da migração brasileira. É como se, em média, São Paulo tivesse perdido 49 moradores por dia para outros estados entre 2017 e 2022 e 91 pessoas por dia tivessem deixado o Rio no mesmo período. O economista Wallace Milis pontuou que principalmente a estabilidade do mercado capixaba é o que mais atrai mão de obra vinda dos grandes centros. E, no estado, algumas cidades se destacam com a geração de novas vagas nas indústrias como Serra, Aracruz e Linhares. "O Espírito Santo tem um mercado de trabalho organizado em empregos formais que dão mais estabilidade às famílias: No 1º trimestre deste ano, foram 151 mil novas admissões com a criação de quase 9 mil novos empregos com carteira de trabalho assinada. Além disso, o estado tem renda per capta acima da média nacional. Isso cria oportunidades para o empreendedorismo, para o fornecimento de bens e serviços de consumo das famílias, dada a capacidade de pagamento dos locais, que acabam atraindo novos negócios, multiplicando renda e oportunidades", disse. Fachada do Aeroporto de Vitória Divulgação A faixa etária da migração interna no país também demonstra que a oportunidade de vagas de emprego é o maior chamariz para as migrações internas. LEIA TAMBÉM: Número de filhos por mulher no Brasil é o menor da história, diz IBGE Empresário do ES leva 200 pessoas para doar sangue em comemoração ao seu aniversário Das praias às montanhas em minutos: ES é um dos cinco estados mais acolhedores do país; veja roteiros De acordo com o Censo 2022, 1 em cada 5 migrantes tinha entre 25 e 29 anos. O movimento jovem reforça que a mobilidade pode estar diretamente associada ao ciclo de entrada na vida adulta, com busca por trabalho, estudo, moradia e formação de família. "O Espírito Santo consegue oferecer inserções produtivas, que são o que os migrantes que vem de fora estão buscando. São jovens que estão buscando emprego e quando eles encontram há uma forte tendência deles permanecerem", completou o professor. Mudança de vida Thiago Cass, engenheiro de software, e a mulher Denize Moraes, saíram de São Paulo em 2022 e foram morar no Espírito Santo Acervo pessoal O engenheiro de software Thiago Cass, de 39 anos, saiu de São Paulo para o Espírito Santo em 2022, a partir de uma proposta de emprego da empresa em que trabalha. O profissional percebeu que várias pessoas também fizeram o mesmo movimento migratório que ele impulsionados por oportunidades de emprego. "Eu acho que o Espírito Santo tem uma carência não de emprego em si, mas de mão de obra qualificada em um todo. Sinto que há oportunidades, mas dependendo do grau da necessidade ou área de atuação é preciso buscar profissionais de outros estados para preencher tal área", contou. Para Cass, que se mudou com a esposa, o estado se transformou em uma boa opção para traçar novas metas familiares. "Aprendi a amar o Espírito Santo, é um lugar convidativo, bonito e que te leva a viver uma vida mais 'tranquila', por assim dizer. É diferente de São Paulo, que é uma megalópole, foi difícil um pouco a transição, ter que desconstruir isso é um pouco difícil. No entanto, esse lugar é lindo, eu me surpreendo cada vez que ando por aqui, porque sempre há algo novo para se notar. De verdade, eu gosto muito. Falando por mim, posso dizer que, quando penso em ter filhos e viver uma vida menos transitória e 'calma', é aqui que penso em ficar. Já não me vejo tão longe daqui. O mar e o verde têm nos convidados a ficar. Minha esposa e eu falamos sobre isso algumas vezes, aqui é um lugar fácil de se gostar", comentou. Pela 1ª vez, SP tem mais gente saindo do que chegando VÍDEOS: tudo sobre o Espírito Santo Veja o plantão de últimas notícias do g1 Espírito Santo



O impacto da mineração de bitcoins em comunidades rurais dos EUA


02/07/2025 07:00 - g1.globo.com


Enquanto Trump flexibiliza regras para criptomoedas, um vilarejo no interior de Nova York reclama do zumbido e teme poluição de uma usina elétrica e fazenda de mineração de bitcoins. A mineração de bitcoin requer muita energia, que a Greenidge gera nesta usina em Dresden, no estado de Nova York Ted Shaffrey/AP/picture alliance via DW No pacato vilarejo de Dresden, na margem ocidental do Lago Seneca, no estado de Nova York (EUA), o apito de incêndio soa todos os dias, ao meio-dia. Os cerca de 300 moradores não ligam: é um som familiar que já faz parte do cotidiano do lugar. Mas há um barulho que alguns deles não conseguem mais aguentar: o zumbido constante da usina Greenidge Generation, uma antiga usina a carvão que hoje é uma usina de energia de pico movida a gás natural e que fornece eletricidade para Nova York durante os períodos de pico, ou seja, de alta demanda. Desde 2019, ela também alimenta uma fazenda de mineração de bitcoins que consome muita energia. Os moradores dizem que, em alguns dias, o som se parece com o de uma geladeira zumbindo ao fundo, mas, quando o vento muda de direção, lembra mais um rugido. Winton Buddington, que tem uma casa em Dresden, disse que a vila era uma comunidade agradável e tranquila até 2017, quando a empresa Atlas Holdings comprou a propriedade. A enfermeira aposentada Beth Cain afirma que pesquisas já mostraram que um ruído constante afeta as pessoas e cria estresse. "É como ter zumbido no ouvido [tinnitus]." E o som desagradável nem é a única preocupação dos moradores em relação à usina, que também despeja água quente no lago e emite dióxido de carbono e outros gases de efeito estufa. Muitos na comunidade, incluindo Yvonne Taylor, vice-presidente do grupo de defesa ambiental Guardiões do Lago Seneca, temem que a usina Greenidge represente uma ameaça à região, onde vinícolas e fazendas menonitas são grandes atrações turísticas. "A produção de vinho e o turismo são nosso motor econômico, e todos esses empregos dependem muito de ar e água limpos", diz Taylor. LEIA TAMBÉM De crítico a entusiasta: por que Donald Trump está obcecado por criptomoedas? Trump cria sua 'memecoin' e valor dispara. Presidente dos EUA pode criar uma criptomoeda? Bitcoin salta mais de 20% após Trump anunciar estoque estratégico de criptomoedas Entenda por que bitcoin e outras criptomoedas dispararam com vitória de Trump Perspectivas sob Trump A mineração de criptomoedas em larga escala, como em Dresden, usa milhares de computadores e consome enormes quantidades de energia. Em 2021, a planta de Greenidge gerava cerca de 44 megawatts para a mineração de bitcoins, o que, dependendo do nível de consumo, é suficiente para abastecer até 40 mil residências. Muita energia também gera muitas emissões. Com os dados da própria Greenidge, o grupo de direito ambiental Earthjustice calculou que a planta emitiu quase 800 mil toneladas de dióxido de carbono e equivalentes de CO2 em 2023, o que equivale às emissões de mais de 170 mil automóveis. De acordo com a agência Energy Information Administration (EIA), que coleta dados do setor de energia, 137 plantas de criptomineração estavam em operação nos Estados Unidos no início de 2024. Não há números mais atuais disponíveis, mas é de se esperar que, sob o governo de um autoproclamado "presidente das criptomoedas", as empresas de bitcoins enfrentem menos barreiras na busca por novos locais de mineração. "Trump facilitará a vida das grandes mineradoras de bitcoins nos EUA, especialmente no oeste do Texas", diz o professor de filosofia Troy Cross, do think-tank Bitcoin Policy Institute. O Texas é um dos principais produtores de carvão e gás natural e também está entre os principais estados em geração de energia solar e eólica nos EUA. O presidente já formou um grupo de trabalho para elaborar regulamentações a favor das criptomoedas e anunciou uma reserva nacional de ativos digitais. Numa reversão drástica de sua posição anterior de que bitcoin "não é dinheiro", mas "fraude", ele até lançou sua própria moeda meme. Taylor diz que as fazendas de mineração de bitcoin estão "se espalhando pelo país como um câncer" e que "corporações de criptomoedas espertas" estão aparecendo em comunidades rurais carentes com promessas de geração de empregos e lucros. Em Dresden, porém, a fazenda de mineração de bitcoins de Greenidge empregava 48 pessoas em tempo integral em 2022, ou quase o mesmo número de um restaurante do McDonald's, o que mostra que essas promessas estão longe da realidade, argumenta Taylor. Impacto ambiental da mineração de bitcoins A especialista Margot Paez, do Bitcoin Policy Institute, afirma que a decisão da Greenidge de colocar sua fazenda de mineração de bitcoins junto com uma usina de gás natural é uma ideia "terrível". Mas ela acrescenta que a planta é "só uma maçã podre", sugerindo que os mineradores de bitcoin deveriam recorrer a energias renováveis ou apoiar o balanço energético da rede elétrica. O estado de Nova York, numa avaliação preliminar de impacto ambiental das 11 instalações de criptomoedas dentro de suas fronteiras, afirmou que o consumo de energia dessas plantas pode dificultar o cumprimento de suas metas de transição para energias renováveis. Outra preocupação de moradores e ambientalistas é consumo de água pela usina da Greenidge. Evitar o superaquecimento dos computadores de mineração de criptomoedas requer enormes quantidades de água. A instalação tem permissão para extrair até 525 milhões de litros por dia do Lago Seneca e despejar até 507 milhões de litros. No entanto, como é usada para resfriamento, a água devolvida ao lago é muito mais quente do que a retirada. A temperatura varia entre 30 graus Celsius no inverno e 42 graus no verão, o que, segundo moradores, torna o lago quente demais para a diversão dos banhistas. Os moradores também temem que a água quente possa afetar a vida aquática e desencadear florações de algas nocivas. Em 2024, as autoridades ambientais estaduais registraram 377 florações de algas no lago. Em 2023 haviam sido apenas 50. A exposição a essas florações pode causar erupções cutâneas, tosse, dor de garganta, dor de estômago e vômitos. Os moradores têm participado de ações judiciais. Até o momento, elas não deram em nada. Eles também fazem parte de uma rede de especialistas e ativistas de comunidades afetadas em 17 estados que entrou em contato com o grupo de trabalho de criptomoedas de Trump para explicar os impactos das políticas de criptomoedas em áreas rurais. Eles não receberam nenhuma resposta. Ilustração mostra representação de bitcoin. Dado Ruvic/ Reuters Ruim para o turismo Entre os moradores de Dresden que alugam suas propriedades para visitantes que vêm conhecer o lago, há temores de que a proximidade com a usina de Greenidge prejudique os aluguéis para turistas. E também na cidade vizinha de Geneva, a 16 quilômetros de Dresden, os moradores estão preocupados com os potenciais impacto da mineração de bitcoin. O proprietário da vinícola Billsboro, Vinny Aliperti, diz que a usina ainda não afetou seus negócios – mas ele acredita que afetará. "Lagos limpos são uma parte importante do agroturismo. Eles são a razão pela qual as pessoas visitam a área e as vinícolas", comenta. A Greenidge, que no seu site se descreve como "líder ambiental em geração de energia e mineração de bitcoins", não respondeu aos contatos da DW. A administração da cidade de Torrey, que governa a vila de Dresden, disse que a usina cumpriu todos os requisitos, incluindo um estudo independente de ruído. "A usina de Greenidge tem sido uma parte importante da cidade de Torrey desde a década de 1930, permanecendo assim até hoje como uma valiosa empregadora e parceira da comunidade." A empresa fez doações ao corpo de bombeiros voluntários de Dresden e ao parque infantil da vila, além de apoiar empresas da região durante a pandemia de covid-19. "Eles fizeram essas coisas, mas não é algo que consideramos que valha a pena, considerando a poluição e o impacto que estão causando no meio ambiente", diz Buddington.



Conta de luz fica mais cara em julho; veja dicas de como economizar com a bandeira vermelha


02/07/2025 06:00 - g1.globo.com


O chuveiro elétrico é o maior vilão da conta de luz, mas outros cuidados também podem ajudar na hora de conter o peso sobre o bolso do consumidor. A conta de luz vai ficar mais cara em junho A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) manteve a bandeira tarifária vermelha para as contas de luz do mês de julho, por conta da queda no volume de chuvas e da diminuição da geração de energia por hidrelétricas, conforme projeções do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). Segundo a Aneel, o cenário justifica a manutenção na bandeira — que ficou vermelha em junho — e serve também como alerta para o uso consciente da energia elétrica. A bandeira vermelha, no patamar 1, significa que as contas de energia elétrica terão cobrança adicional de R$ 4,46 (quatro reais e quarenta e seis centavos) a cada 100 kW/h (quilowatt-hora) consumidos. Para não pesar no bolso, o g1 reuniu alternativas para reduzir o consumo de energia, que podem ser uma boa saída para que as despesas da família não disparem. Veja a seguir dicas para economizar. Chuveiro é o maior vilão da conta de luz O chuveiro elétrico é o equipamento que mais consome energia e, consequentemente, também é o que mais pesa na conta de luz do consumidor. Por isso, um uso inteligente durante os banhos pode ser a chave para uma redução significativa dos gastos com energia. O engenheiro de Eficiência Energética da Cemig, Thiago Batista, explica que o tempo de calorão traz uma "grande oportunidade de economia", porque os chuveiros podem ser colocados numa temperatura menor — o que gasta menos energia. "Ao colocar a chave do chuveiro na posição verão, as pessoas podem ter economia de, aproximadamente, 30% do consumo do aparelho ligado em sua potência máxima", diz o especialista. Batista destaca ainda que é importante manter o mesmo tempo de uso do equipamento, ou até reduzir. "Não adianta diminuir a potência do equipamento e aumentar o tempo de banho". A Cemig também aconselha que, se possível, o consumidor evite usar o chuveiro entre 17h e 22h, horários de pico. Além destas, outra dica mais drástica já bem conhecida: fechar o chuveiro para ensaboar o corpo ou os cabelos. Geladeira também consome bastante Segundo a Cemig, a geladeira é o segundo equipamento que mais consome energia dentro de casa, por conta de seu tempo de uso e o "abre e fecha". Isso porque a entrada de ar quente na geladeira faz com o que o equipamento precise trabalhar mais para refrigerar os alimentos, consumindo mais. No mesmo sentido, o engenheiro destaca que alimentos ainda quentes não devem ser armazenados no eletrodoméstico, porque isso faz com que o motor do tenha que funcionar por mais tempo, aumentando os gastos. Utilizar a parte de trás das geladeiras, que são mais quentes, como forma de secar roupa, também é contraindicado porque eleva o consumo. Por fim, Thiago Batista também orienta que o consumidor tenha atenção ao estado da borracha de vedação do equipamento, porque se as portas não se fecharem totalmente, o consumo será maior. "Para saber se a borracha de vedação está em bom estado, faça o seguinte teste: coloque uma folha de papel entre a porta e a geladeira, feche a porta e tente retirar a folha, se ela sair com facilidade, está na hora de trocar a borracha. Repita o teste em vários pontos da porta da geladeira", diz Batista. Medida provisória sobre conta de luz gratuita para baixa renda vai ser enviada ao Congresso Nacional Ar-condicionado ou ventilador? O ventilador sempre é a opção mais barata para lidar com as altas temperaturas. Além do aparelho ser mais barato, o consumo de energia também é menor que o de um ar-condicionado. Ainda assim, o engenheiro da Cemig afirma que é importante ter atenção ao tempo de uso do equipamento, evitando deixá-lo ligado se a pessoa deixar o ambiente ou quando as temperaturas já estiverem agradáveis. "O consumo de energia depende de duas variáveis: potência dos equipamentos, em watts (W), e tempo de utilização, em horas. Para utilizar corretamente a energia, deve-se atuar nessas duas variáveis. Por isso, mesmo que o ventilador tenha uma potência menor, se o aparelho ficar por longo período ligado, o cliente poderá ter um aumento significativo na conta de energia", explica Batista. Ainda em relação ao uso do ventilador, o indicado é manter os ambientes abertos e ventilados durante sua utilização, para reduzir a necessidade de manter o equipamento em uma alta frequência. O ar-condicionado é também um aparelho com alto consumo de energia: a cada 1ºC mais baixo, existe um gasto cerca de 10% mais elevado do consumo de energia, explica Thiago Godoy, especialista em educação financeira e fundador da Papai Financeiro. Para quem pensa em comprar um ar-condicionado, o educador comenta que é necessário levar em conta exatamente quais são as necessidades do espaço, para não comprar um que utilize mais energia que o necessário. Devem entrar na conta: O tamanho do ambiente a ser climatizado; A eficiência energética do aparelho; As características do clima local. Em caso de dúvidas sobre qual o equipamento é o mais apropriado para o espaço, vale falar com profissionais para tomar uma decisão mais acertada. No entanto, Batista, da Cemig, comenta que há uma forma prática de entender qual a melhor opção de aparelho para cada consumidor. “Para as residências, existem dois modelos: o do tipo janela, menos eficiente, e o split, que tem tecnologia inverter e é mais eficiente", pontua o especialista. "Na aquisição de qualquer um deles deve-se dar preferência para aqueles cuja etiqueta indique o consumo anual provável e multiplicar pela tarifa de energia encontrada na conta de luz. Dessa forma, o consumidor terá uma boa ideia do quanto cada equipamento 'gastará' no ano, pois esse consumo foi padronizado para uma utilização típica no país", explica Batista. Sobre a escolha do aparelho, os modelos com selo Procel de eficiência energética podem trazer uma economia no longo prazo. Consumo inteligente do ar-condicionado Para economizar energia, Thiago Godoy comenta que é importante utilizar o ar-condicionado com sabedoria. "Ajuste a temperatura para um nível confortável, evite variações bruscas e desligue o aparelho quando o ambiente estiver desocupado. O uso de dispositivos de programação, como timers, pode ser uma opção eficaz para automatizar esses ajustes", comenta Godoy. Gustavo Sozzi, presidente da fornecedora Lux Energia, compartilha do ponto de vista e aconselha o consumidor a optar por uma temperatura moderada, evitando excesso de frio. Para que o ar-condicionado não precise ficar em uma temperatura tão baixa, Sozzi pontua que é importante bloquear o calor solar com cortinas ou persianas, mantendo a casa naturalmente mais fresca. Manter vidros ou janelas fechados também ajudam, já que impedem a entrada de ar mais quente e seguram a temperatura mais fria no ambiente. Com janelas e cortinas fechadas, o especialista da Lux Energia comenta que "ventiladores de teto ou portáteis também podem ser eficazes para refrescar ambientes, consumindo menos energia que o ar-condicionado". Godoy ainda traz outra dica: é possível deixar o ar numa temperatura mais amena e combinar com o uso de ventiladores, um combo que gasta menos energia do que deixar o aparelho numa temperatura muito mais fria. Lâmpadas e paredes claras Gustavo Sozzi afirma que, além da otimização do uso dos aparelhos que utilizam energia elétrica, outras opções podem fazer a diferença na conta de luz no longo prazo. A primeira e mais simples é a escolha da lâmpada. Trocar lâmpadas incandescentes pelas de LED reduz os custos da casa com energia porque a lâmpada de LED é mais eficiente que a incandescente. Além disso, se a família tiver a possibilidade de priorizar o uso de cores claras nas paredes da residência, isso favorece a iluminação natural e reduz a necessidade de uso das lâmpadas durante boa parte do dia. Energia elétrica pesou sobre a inflação do começo do ano fanjianhua no Freepik



Fruta mais exportada do Brasil não é brasileira; veja qual é a 'queridinha dos gringos'


02/07/2025 05:00 - g1.globo.com


Apesar do sabor doce, ela não é hipercalórica e, embora seja tropical, é cultivada no sertão nordestino; confira. De onde vem a manga A presença dela é certa na feira, na salada de frutas e no suco do café da manhã. Mas poucos sabem que, além de saborosa, a manga é a fruta mais exportada pelo Brasil e carrega uma história de mais de 5 mil anos. Até maio de 2025, foram exportados mais de US$ 80 milhões em 73,6 mil toneladas de manga, segundo o Ministério da Agricultura. Em 2024, o valor total da venda da fruta para o exterior ultrapassou US$ 350 milhões, com a União Europeia na liderança dos destinos, seguida por Estados Unidos e Reino Unido. Confira curiosidades sobre essa fruta que conquista o Brasil — e o mundo: Batidas contra imigrantes esvaziam fazendas nos EUA; colheitas estão apodrecendo, dizem produtores Apesar de ser símbolo nacional, a manga não é brasileira Produção sustentável da manga foi o fio condutor da Expo Manga, que reuniu cerca de 1 mil pessoas em Petrolina Aline Oliveira/Vereda Comunica Ela é originária do sul da Ásia, especialmente da região da Índia, onde é cultivada há mais de 5.000 anos em áreas de clima tropical. Apesar disso, a manga foi completamente incorporada à cultura brasileira — tanto no paladar quanto na memória afetiva. Hoje, ela é presença constante em quintais, feiras e receitas, e traz lembranças afetivas para muitas famílias brasileiras. Além disso, a manga é da mesma família de outros frutos queridos do Nordeste, como o umbu, cajá e caju. Manga usa 'protetor solar' Manga com caulim g1 Sabia que produtores colocam um pó branco nas mangas nos pés? Esse pó é o caulim, um mineral conhecido como o “protetor solar” dos vegetais. Ele protege a casca da manga contra queimaduras do sol e ajuda a manter a aparência “vermelhinha” que atrai os consumidores. O produto não é tóxico e pode ser removido com a lavagem da fruta. É doce, mas não hipercalórica Manga para comer de colher é doce e saborosa, além de rica em polpa Reprodução/TV Bahia Apesar de saborosa e doce, a manga não é hipercalórica. Uma porção de 100g tem cerca de 65 calorias, segundo a nutricionista Tarcila Campos contou no episódio sobre a fruta no podcast "De Onde Vem", do g1 (escute abaixo). A manga também é rica em vitaminas C e D, minerais, fibras e antioxidantes — nutrientes que ajudam na digestão, memória, visão e fortalecem o sistema imunológico. E sobre o velho mito: manga com leite não faz mal! A nutricionista esclarece que a combinação está liberada e pode, inclusive, fazer parte de um café da manhã nutritivo. “O segredo é sempre a moderação. Nada em excesso faz bem”, reforça Tarcila. Apesar de tropical, é cultivada no sertão Mangas cultivadas no Vale do São Francisco. Aline Oliveira/Vereda Comunica A manga é uma fruta tropical, mas ela é cultivada no Brasil em pleno sertão nordestino. Regiões como o Vale do Rio São Francisco, entre Pernambuco e Bahia, são referências na produção graças à irrigação com as águas do rio. O clima quente do semiárido faz a manga “se sentir em casa”, mas o cultivo só é possível graças à irrigação com as águas do Rio São Francisco. Além disso, os solos férteis e profundos, drenados pelo “Velho Chico”, contribuem para a alta produtividade das plantações — um verdadeiro oásis no coração do sertão. Veja mais: Governo lança programa para reduzir o uso de agrotóxicos na agricultura O golpe milionário da 'vaca virtual' que está abalando o Uruguai, um dos maiores produtores de gado do mundo Preço do café deve cair até o fim do ano, mas em ritmo lento; entenda



CNU 2025 abre inscrições para 3 mil vagas e salários iniciais de até R$ 16 mil; veja como participar


02/07/2025 03:03 - g1.globo.com


Interessados devem acessar o site da FGV, banca organizadora do concurso. Inscrições vão até as 23h59 do dia 20 de julho. A taxa é de R$ 70. CNU 2025 tem edital publicado: veja datas, vagas e como se inscrever As inscrições para a segunda edição do Concurso Nacional Unificado (CNU) começam nesta quarta-feira (2), às 10h. A seleção deste ano reúne 3.652 vagas para cargos de níveis médio, técnico e superior. Os salários iniciais que variam entre R$ 4 mil e R$ 16 mil. Os interessados devem acessar o endereço inscricao-cpnu.conhecimento.fgv.br. O link vai para uma página do site da banca responsável pelo concurso, a Fundação Getúlio Vargas (FGV). Para realizar a inscrição, é necessário ter uma conta ativa no GOV.BR, em qualquer nível (ouro, prata ou bronze). Caso ainda não tenha, é preciso criar uma conta gratuitamente antes de iniciar o processo de inscrição. Os participantes terão até as 23h59min do dia 20 de julho para se inscrever. A taxa de inscrição é de R$ 70. ➡️ CLIQUE PARA VER O EDITAL COMPLETO ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 Concursos no WhatsApp 🔍 Diferente da edição anterior, que teve oito editais — um para cada bloco temático —, desta vez o processo seletivo contou com um único edital. Nele constam informações detalhadas sobre as vagas, salários, conteúdo programático das provas, critérios de classificação e composição das notas finais. Os cargos estão distribuídos entre nove blocos temáticos, que agrupam as vagas por áreas de atuação semelhantes. São eles: Bloco 1: Seguridade Social (Saúde, Assistência Social e Previdência Social) Bloco 2: Cultura e Educação Bloco 3: Ciências, Dados e Tecnologia Bloco 4: Engenharias e Arquitetura Bloco 5: Administração Bloco 6: Desenvolvimento Socioeconômico Bloco 7: Justiça e Defesa Bloco 8: Intermediário – Saúde Bloco 9: Intermediário – Regulação ⚠️ O CNU permite que o candidato faça uma única inscrição, escolhendo os blocos e cargos de sua preferência. A disputa pelas vagas ocorre dentro do bloco temático selecionado. Segunda edição do Concurso Nacional Unificado (CNU) Ministério da Gestão e Inovação 💼 Vagas, órgãos participantes e distribuição por cidades O CNU 2025 vai oferecer 3.652 vagas para cargos de nível médio, técnico e superior, distribuídas entre diversos órgãos públicos. As oportunidades estão organizadas em nove blocos temáticos, que agrupam cargos por áreas de atuação semelhantes. (veja a lista completa mais abaixo) Esse formato permite que o candidato concorra a várias vagas dentro de um mesmo bloco, com apenas uma inscrição. Embora a maior parte das vagas esteja concentrada em órgãos com sede em Brasília (DF), também há postos disponíveis em diversos estados do país. 💰 Salários Os salários iniciais no CNU 2025 variam de R$ 4 mil a R$ 16 mil, dependendo do cargo e do nível de escolaridade exigido. Consulte as remunerações iniciais previstas na tabela abaixo. 🖱️ Como vai funcionar a inscrição? O candidato fará uma única inscrição e poderá escolher os blocos e cargos de sua preferência. A disputa pelas vagas ocorre dentro do bloco temático selecionado. As inscrições começam no dia 2 de julho e vão até 20 de julho, e devem ser feitas por meio da página do candidato. A taxa de inscrição é de R$ 70. Candidatos doadores de medula óssea em entidades reconhecidas pelo Ministério da Saúde, inscritos no CadÚnico, além de beneficiários do PROUNI e FIES, podem solicitar isenção da taxa. O prazo para solicitar a isenção da taxa de inscrição vai de 2 a 8 de julho. 🧮 Política de cotas A nova edição estabelece regras mais rigorosas para assegurar a reserva de vagas destinadas a pessoas negras, indígenas, com deficiência e a candidatos quilombolas. De acordo com o governo, a iniciativa reforça o compromisso com a promoção da equidade no acesso ao serviço público federal. Com isso, a distribuição das cotas ficou definida da seguinte maneira: 25% para pessoas negras; 3% para pessoas indígenas; 2% para pessoas quilombolas; 5% para pessoas com deficiência (PcD). Nos casos em que o número de vagas é inferior ao mínimo exigido para aplicação das cotas, o MGI realizou um sorteio para definir a reserva proporcional, conforme previsto na norma. A ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, apresenta os detalhes do edital da 2ª edição do Concurso Nacional Unificado (CNU). Valter Campanato/Agência Brasil ♀️ Reserva de vagas para mulheres na 2ª fase Outro ponto de destaque é a adoção de uma ação afirmativa inédita voltada às mulheres: caso o percentual de candidatas classificadas para a segunda fase do concurso seja inferior a 50%, será feita uma equiparação para promover maior equilíbrio de gênero nessa etapa. "Não é uma reserva de vaga para mulheres, como é o caso de pessoas negras, com deficiência, indígenas e quilombolas. Mas vamos fazer uma equiparação do percentual de mulheres que passam da primeira para a segunda etapa", diz a ministra da Gestão, Esther Dweck. 🔎 Na primeira edição do CNU, aproximadamente 63% dos aprovados eram homens e 37% mulheres. Esse resultado foi o oposto da proporção entre os inscritos confirmados, composta por 56% de mulheres e 44% de homens. 📝 Como serão as provas? A prova objetiva será aplicada em 5 de outubro de 2025. Ela será composta por uma parte com questões comuns a todos os candidatos (como língua portuguesa, raciocínio lógico e atualidades) e outra com perguntas específicas, conforme o bloco temático escolhido. A prova discursiva será aplicada em 7 de dezembro de 2025, exclusivamente para os candidatos aprovados na primeira fase. O conteúdo e o formato da redação variarão de acordo com a área de atuação. ▶️ PROVA OBJETIVA A prova objetiva será de múltipla escolha, com cinco alternativas e apenas uma correta. A quantidade de questões varia conforme o nível do cargo: Nível Superior: 90 questões no total, sendo 30 de conhecimentos gerais e 60 de conhecimentos específicos. Nível Intermediário: 68 questões, com 20 de conhecimentos gerais e 48 de conhecimentos específicos. ▶️ PROVA DISCURSIVA Na etapa discursiva, os candidatos deverão elaborar textos conforme o nível de escolaridade exigido para o cargo: Nível Superior: 2 questões discursivas, com aplicação das 13h às 16h. Nível Intermediário: 1 redação dissertativa-argumentativa, das 13h às 15h. O tempo de prova também é diferente: Nível Superior: das 13h às 18h (5 horas de duração). Nível Intermediário: das 13h às 16h30 (3h30 de duração). 📆 Confira o cronograma oficial Inscrições: 2 a 20/7 Solicitação de isenção da taxa: 2 a 8/7 Prova objetiva: 5/10, das 13h às 18h Convocação para prova discursiva e confirmação de cotas/PcD: 12/11 Envio de títulos: 13 a 19/11 Prova discursiva: 7/12 Procedimentos de confirmação de cotas: 8 a 17/12 Divulgação da 1ª lista de classificação: 30/1/2026 Veja dicas de como estudar para concurso: Veja dicas de como fazer uma boa redação para concurso Como estudar legislação para concurso?



CNU 2025 abre inscrições para 3 mil vagas e salários iniciais de até R$ 16 mil; veja como participar


02/07/2025 03:00 - g1.globo.com


Interessados devem acessar o site da FGV, banca organizadora do concurso. Inscrições vão até as 23h59 do dia 20 de julho. A taxa é de R$ 70. CNU 2025 tem edital publicado: veja datas, vagas e como se inscrever As inscrições para a segunda edição do Concurso Nacional Unificado (CNU) começam nesta quarta-feira (2), às 10h. A seleção deste ano oferece 3.652 vagas para cargos de níveis médio, técnico e superior. Os salários iniciais variam de R$ 4 mil a R$ 16 mil. Os interessados devem acessar o site da Fundação Getúlio Vargas (FGV), banca organizadora do concurso. Os participantes terão até as 23h59 do dia 20 de julho para se inscrever. A taxa de inscrição é de R$ 70. Para realizar a inscrição, é necessário ter uma conta ativa no GOV.BR, em qualquer nível (ouro, prata ou bronze). Caso ainda não tenha, é preciso criar uma conta gratuitamente antes de iniciar o processo de inscrição. ➡️ CLIQUE PARA VER O EDITAL COMPLETO ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 Concursos no WhatsApp 🔍 Diferentemente da edição anterior, que contou com oito editais, um para cada bloco temático, o processo seletivo será regido por um único edital. O documento traz informações detalhadas sobre as vagas, salários, conteúdo programático das provas, critérios de classificação e composição das notas finais. Os cargos estão distribuídos em nove blocos temáticos, que agrupam as vagas por áreas de atuação semelhantes. São eles: Bloco 1: Seguridade Social (Saúde, Assistência Social e Previdência Social) Bloco 2: Cultura e Educação Bloco 3: Ciências, Dados e Tecnologia Bloco 4: Engenharias e Arquitetura Bloco 5: Administração Bloco 6: Desenvolvimento Socioeconômico Bloco 7: Justiça e Defesa Bloco 8: Intermediário – Saúde Bloco 9: Intermediário – Regulação ⚠️ O CNU permite que o candidato faça uma única inscrição, escolhendo os blocos e cargos de sua preferência. A disputa pelas vagas ocorre dentro do bloco temático selecionado. A ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, apresenta os detalhes do edital da 2ª edição do Concurso Nacional Unificado (CNU). Valter Campanato/Agência Brasil 💼 Vagas, órgãos participantes e distribuição por cidades O CNU 2025 vai oferecer 3.652 vagas para cargos de nível médio, técnico e superior, distribuídas entre diversos órgãos públicos. As oportunidades estão organizadas em nove blocos temáticos, que agrupam cargos por áreas de atuação semelhantes. (veja a lista completa mais abaixo) Esse formato permite que o candidato concorra a várias vagas dentro de um mesmo bloco, com apenas uma inscrição. Embora a maior parte das vagas esteja concentrada em órgãos com sede em Brasília (DF), também há postos disponíveis em diversos estados do país. 💰 Salários Os salários iniciais no CNU 2025 variam de R$ 4 mil a R$ 16 mil, dependendo do cargo e do nível de escolaridade exigido. Consulte as remunerações iniciais previstas na tabela abaixo. 🖱️ Como vai funcionar a inscrição? O candidato fará uma única inscrição e poderá escolher os blocos e cargos de sua preferência. A disputa pelas vagas ocorre dentro do bloco temático selecionado. As inscrições começam no dia 2 de julho e vão até 20 de julho, e devem ser feitas por meio da página do candidato. A taxa de inscrição é de R$ 70. Candidatos doadores de medula óssea em entidades reconhecidas pelo Ministério da Saúde, inscritos no CadÚnico, além de beneficiários do PROUNI e FIES, podem solicitar isenção da taxa. O prazo para solicitar a isenção da taxa de inscrição vai de 2 a 8 de julho. 🧮 Política de cotas A nova edição estabelece regras mais rigorosas para assegurar a reserva de vagas destinadas a pessoas negras, indígenas, com deficiência e a candidatos quilombolas. De acordo com o governo, a iniciativa reforça o compromisso com a promoção da equidade no acesso ao serviço público federal. Com isso, a distribuição das cotas ficou definida da seguinte maneira: 25% para pessoas negras; 3% para pessoas indígenas; 2% para pessoas quilombolas; 5% para pessoas com deficiência (PcD). Nos casos em que o número de vagas é inferior ao mínimo exigido para aplicação das cotas, o MGI realizou um sorteio para definir a reserva proporcional, conforme previsto na norma. ♀️ Reserva de vagas para mulheres na 2ª fase Outro ponto de destaque é a adoção de uma ação afirmativa inédita voltada às mulheres: caso o percentual de candidatas classificadas para a segunda fase do concurso seja inferior a 50%, será feita uma equiparação para promover maior equilíbrio de gênero nessa etapa. "Não é uma reserva de vaga para mulheres, como é o caso de pessoas negras, com deficiência, indígenas e quilombolas. Mas vamos fazer uma equiparação do percentual de mulheres que passam da primeira para a segunda etapa", diz a ministra da Gestão, Esther Dweck. 🔎 Na primeira edição do CNU, aproximadamente 63% dos aprovados eram homens e 37% mulheres. Esse resultado foi o oposto da proporção entre os inscritos confirmados, composta por 56% de mulheres e 44% de homens. 📝 Como serão as provas? A prova objetiva será aplicada em 5 de outubro de 2025. Ela será composta por uma parte com questões comuns a todos os candidatos (como língua portuguesa, raciocínio lógico e atualidades) e outra com perguntas específicas, conforme o bloco temático escolhido. A prova discursiva será aplicada em 7 de dezembro de 2025, exclusivamente para os candidatos aprovados na primeira fase. O conteúdo e o formato da redação variarão de acordo com a área de atuação. ▶️ PROVA OBJETIVA A prova objetiva será de múltipla escolha, com cinco alternativas e apenas uma correta. A quantidade de questões varia conforme o nível do cargo: Nível Superior: 90 questões no total, sendo 30 de conhecimentos gerais e 60 de conhecimentos específicos. Nível Intermediário: 68 questões, com 20 de conhecimentos gerais e 48 de conhecimentos específicos. ▶️ PROVA DISCURSIVA Na etapa discursiva, os candidatos deverão elaborar textos conforme o nível de escolaridade exigido para o cargo: Nível Superior: 2 questões discursivas, com aplicação das 13h às 16h. Nível Intermediário: 1 redação dissertativa-argumentativa, das 13h às 15h. O tempo de prova também é diferente: Nível Superior: das 13h às 18h (5 horas de duração). Nível Intermediário: das 13h às 16h30 (3h30 de duração). 📆 Confira o cronograma oficial Inscrições: de 2 a 20/7/2025 (com pagamento até 21/7) Solicitação de isenção da taxa de inscrição: de 2 a 8/7/2025 Prova objetiva: 5/10/2025, das 13h às 18h Convocação para prova discursiva: 12/11/2025 Convocação para confirmação de cotas e PcD: 12/11/2025 Envio de títulos: de 13 a 19/11/2025 Prova discursiva (para habilitados na 1ª fase): 7/12/2025 Procedimentos de confirmação de cotas: de 8 a 17/12/2025 Divulgação da 1ª lista de classificação: 30/1/2026 Segunda edição do Concurso Nacional Unificado (CNU) Ministério da Gestão e Inovação Veja dicas de como estudar para concurso: Como estudar legislação para concurso? Veja dicas de como fazer uma boa redação para concurso



Câmara dos EUA deve votar nesta 4ª projeto de Trump que reduz impostos, aumenta verba contra imigrantes e corta programas sociais


02/07/2025 03:00 - g1.globo.com


O Escritório de Orçamento do Congresso dos Estados Unidos (CBO, na sigla em inglês) estima que o pacote orçamentário adicionará cerca de US$ 3,3 trilhões (aproximadamente R$ 18 trilhões) à dívida pública do país. Senado aprova projeto fiscal do governo Trump A Câmara dos Deputados dos EUA deve votar nesta quarta-feira (2) o megapacote tributário e orçamentário proposto pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, aprovado pelo Senado em votação na terça (1º). Intitulado "One Big Beautiful Bill" (Um grande e belo projeto, na tradução livre), o texto prevê, entre outros pontos: o aumento de recursos voltados ao controle da imigração; a ampliação dos gastos com Forças Armadas; cortes em programas sociais — em especial, em saúde e alimentação; a criação de novas isenções fiscais para gorjetas e horas extras; a revogação de incentivos à energia limpa promovidos pelo democrata Joe Biden. A proposta estende os cortes de impostos feitos por Trump em 2017, em seu primeiro mandato. Por outro lado, reduz os recursos destinados a programas como o Medicaid — que oferece acesso à saúde para famílias de baixa renda. Ainda assim, o projeto pode elevar os gastos dos EUA. O Escritório de Orçamento do Congresso dos Estados Unidos (CBO, na sigla em inglês) estima que o pacote orçamentário adicionará cerca de US$ 3,3 trilhões (aproximadamente R$ 18 trilhões) à dívida pública do país. Caso seja novamente aprovado, o texto seguirá para a sanção presidencial. Trump quer sancionar a lei até o feriado da Independência, na sexta-feira (4). O presidente da Câmara, Mike Johnson, afirmou em comunicado que pretende cumprir esse prazo. Entenda o projeto, ponto a ponto Críticos da proposta afirmam que as medidas de redução de impostos, nos moldes do projeto, favoreceriam sobretudo os mais ricos. Entre os principais pontos questionados, está a previsão de cortes em programas voltados à saúde, nutrição, educação e energia limpa. No caso do Medicaid e da assistência alimentar a pessoas de baixa renda, estima-se uma redução de cerca de US$ 930 bilhões. 💸 Mudanças nos impostos O projeto prevê redução de impostos de aproximadamente US$ 4 trilhões, enquanto mantém muitos dos cortes aplicados por Trump em 2017. Entre os pontos de redução, estão: alíquotas menores de Imposto de Renda (IR); isenção temporária de impostos sobre gorjetas e horas extras; isenção sobre benefícios da Previdência Social para americanos acima de 65 anos; redução de impostos para empresas, incluindo deduções para pesquisa e investimento. Do lado da arrecadação, o texto propõe: elevar impostos sobre rendimentos de fundos universitários; impedir que imigrantes sem green card recebam créditos para planos de saúde; que o crédito infantil passe a ter regras mais rígidas — o que pode impactar 2 milhões de crianças. 🧑🏽‍⚕️ Cortes na saúde O projeto propõe regras mais rigorosas para o acesso ao Medicaid, programa destinado a pessoas de baixa renda. O objetivo é reduzir os custos da saúde pública. O destaque é a exigência de 80 horas de trabalho por mês para adultos sem filhos e sem deficiência terem direito ao benefício, informou o The New York Times. O projeto também facilita que estados cancelem a cobertura de beneficiários, exigindo mais documentação e eliminando quem não responder, segundo o jornal norte-americano. Além disso, o texto altera regras do Obamacare, lei federal que ampliou o acesso a planos de saúde no país. As mudanças preveem novas exigências aos beneficiários, o que resultaria em uma economia de mais US$ 100 bilhões ao governo. A estimativa é que milhares de pessoas possam perder o seguro. 🔋 Programas de energia limpa O projeto prevê o fim dos principais créditos fiscais da Lei de Redução da Inflação para energia limpa, aprovada durante o governo do democrata Joe Biden, que levaram a US$ 841 bilhões em investimentos nos EUA. Além disso, conforme o texto, o crédito de US$ 7,5 mil para carros elétricos acabaria até o fim de 2025. O jornal The New York Times afirma que, com o projeto, incentivos gerais para fontes como vento, solar, baterias e geotérmica seriam encerrados, com poucas exceções. 🥩 Cortes em programa de alimentação A proposta também modifica o Programa de Assistência Nutricional Suplementar (SNAP), com o objetivo de reduzir custos. O benefício, que atende cerca de 42 milhões de pessoas de baixa renda, passará a ter critérios de acesso mais rígidos. O Escritório de Orçamento do Congresso dos EUA estima que aproximadamente 3 milhões de pessoas perderiam o acesso ao benefício devido às novas exigências. 🪖 Gastos militares e anti-imigração O projeto reserva US$ 150 bilhões para a área de defesa, incluindo investimentos em construção naval e no sistema de defesa espacial “Golden Dome” proposto por Trump, segundo o New York Times. Além disso, propõe investimentos de US$ 175 bilhões na agenda anti-imigração de Trump. Os recursos seriam direcionados ao fortalecimento da fronteira no sul do país, à ampliação de patrulha e à construção de novas instalações. 🎓 Cortes na educação O pacote prevê uma redução de US$ 330 bilhões em empréstimos estudantis ao longo dos próximos 10 anos. Além de cortar programas de pagamento vinculados à renda dos estudantes, o texto também impõe um limite anual aos empréstimos para cursos de pós-graduação. Votação apertada Apesar do controle republicano no Senado, a votação desta terça foi apertada, com 51 votos a 50. Após uma longa sessão que se estendeu pela madrugada, o voto de desempate ficou a cargo do vice-presidente J.D. Vance. Os três republicanos que se posicionaram contra o projeto foram Thom Tillis (Carolina do Norte), Susan Collins (Maine) e Rand Paul (Kentucky). Aliados de Trump enfrentaram um caminho difícil para aprovar o projeto de 940 páginas, em meio a divergências sobre benefícios fiscais e mudanças nas políticas de saúde que podem transformar setores inteiros e deixar milhões de pessoas sem cobertura médica. Desde o início, os democratas manifestaram forte oposição ao pacote, argumentando que os cortes de impostos favorecem desproporcionalmente os mais ricos, comprometendo programas sociais essenciais para os norte-americanos de baixa renda. Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em evento na Casa Branca REUTERS/Leah Millis Os impactos do projeto O megapacote visa tornar permanentes os cortes nos impostos sobre a renda individual e heranças, aprovados durante o primeiro mandato de Trump, em 2017. Também incorpora promessas de campanha feitas em 2024, como a isenção de tributos sobre gorjetas, horas extras e juros de determinados financiamentos de veículo, além de uma dedução de US$ 6 mil (R$ 32,7 mil) para idosos que ganham até US$ 75 mil (R$ 408,8 mil) por ano. Segundo a estimativa mais recente do Escritório de Orçamento do Congresso norte-americano (CBO, na sigla em inglês), a lei adicionaria US$ 3,3 trilhões à dívida de US$ 36,2 trilhões (R$ 197,3 trilhões) do país. De acordo com analistas consultados pela Reuters, esse aumento da dívida serviria efetivamente como uma transferência de riqueza dos mais jovens para os mais velhos, uma vez que tende a desacelerar o crescimento econômico, aumentar os custos de empréstimos e eliminar outros gastos do governo nas próximas décadas. Outra projeção do CBO é que o projeto também aumentaria o limite de endividamento dos EUA em US$ 5 trilhões (R$ 27,3 trilhões), adiando a perspectiva de um calote da dívida neste verão — o que afetaria não apenas os mercados financeiros norte-americanos, mas do mundo inteiro. *Com informações das agências de notícias Reuters e AP.



Corte de impostos, verba menor para saúde e gasto maior contra imigrante: o que está no novo pacote de Trump aprovado no Senado


01/07/2025 23:22 - g1.globo.com


Projeto pode adicionar US$ 3,3 trilhões à dívida pública dos EUA e ainda precisa ser aprovado na Câmara. Texto revoga incentivos à energia limpa, criados na gestão de Joe Biden. Senado dos EUA aprova projeto de lei orçamentária de Trump o dos Estados Unidos aprovou, em votação apertada, um projeto de lei proposto pelo presidente Donald Trump que reduz impostos, corta programas sociais (saúde e alimentação), retira incentivos à energia limpa e aumenta verba para políticas anti-imigração e gasto militar. O voto de desempate ficou a cargo do vice-presidente J.D. Vance. O Senado dos Estados Unidos aprovou, em votação apertada, um projeto de lei proposto pelo presidente Donald Trump que reduz impostos, corta programas sociais (saúde e alimentação), retira incentivos à economia verde e aumenta verba para políticas anti-imigração e gasto militar. A medida adiciona US$ 3,3 trilhões (aproximadamente R$ 18 trilhões) à dívida nacional, segundo o Escritório Orçamentário do Congresso (CBO). O déficit atual dos EUA é de US$ 36,2 trilhões (R$ 197,3 trilhões). Especialistas alertam para o aumento da dívida pública e para o risco de desequilíbrio fiscal a médio e longo prazos. Críticos da proposta afirmam que as medidas de redução de impostos, nos moldes do projeto, favoreceriam sobretudo os mais ricos. E os cortes em programas sociais, usados para compensar a perda de arrecadação, serviriam para manter benefícios fiscais a empresas e contribuintes de alta renda. No caso do Medicaid (saúde) e da assistência alimentar a pessoas de baixa renda, estima-se uma redução de cerca de US$ 930 bilhões. Outro ponto de atenção é a retirada de incentivos voltados à energia limpa, tema de discórdia entre Trump e o dono da Tesla, Elon Musk, que deixou o governo em maio. Estima-se que a medida represente o aumento de emissões e a perda de competitividade do país em setores de energia limpa. O megapacote, chamado de One Big Beautifull Bill ("Um grande e belo projeto", em tradução livre), ainda precisa passar pela Câmara dos Deputados e, se novamente aprovado, vai para a sanção presidencial. A votação deve acontecer nesta quarta-feira (2). A seguir, entenda os principais pontos da proposta: O que foi aprovado no Senado dos EUA? O que são os cortes de impostos de 2017 que foram prorrogados? O que mudaria nos impostos? Quais são os novos benefícios fiscais? O que muda na defesa e nas políticas anti-imigração? E os programas de saúde e alimentação para os mais pobres? O que acontece com os incentivos à energia limpa? Haverá cortes na educação? 1. O que foi aprovado no Senado dos EUA? Extensão dos cortes de impostos iniciados em 2017, no primeiro mandato de Trump; Cortes em programas sociais como Medicaid (saúde) e auxílio à alimentação; Aumento de gastos com defesa e com políticas anti-imigração; Isenção de impostos sobre gorjetas e horas-extras; Reversão de incentivos para energias renováveis em favor de combustíveis fósseis. 2. O que são os cortes de impostos de 2017 que foram prorrogados? Durante o primeiro mandato de Trump, em 2017, ele aprovou uma série de cortes de impostos para empresas e trabalhadores. A medida que reduzia a arrecadação do governo tinha prazo para acabar, mas agora, com o novo projeto, devem continuar por tempo indeterminado. Ou seja, quem já pagava menos imposto vai continuar pagando menos. O objetivo, segundo os defensores da medida, é estimular a economia e gerar mais empregos. 3. O que mudaria nos impostos? O projeto prevê redução de impostos de aproximadamente US$ 4 trilhões, enquanto mantém muitos dos cortes aplicados por Trump em 2017. 💸Entre os pontos de redução, estão: alíquotas menores de Imposto de Renda (IR); isenção temporária de impostos sobre gorjetas e horas extras; isenção sobre benefícios da Previdência Social para americanos acima de 65 anos; redução de impostos para empresas, incluindo deduções para pesquisa e investimento. 💰Do lado da arrecadação, o texto propõe: elevar impostos sobre rendimentos de fundos universitários; impedir que imigrantes sem green card recebam créditos para planos de saúde; que o crédito infantil passe a ter regras mais rígidas — o que pode impactar 2 milhões de crianças. 4. Quais são os novos benefícios fiscais? O projeto cria novos benefícios fiscais para quem recebe gorjetas (como garçons e entregadores) e para quem faz horas extras no trabalho. A senadora republicana Lisa Murkowski, que votou a favor do projeto, destacou especificamente seu apoio à "ideia de nenhum imposto sobre gorjetas ou horas extras". Também incorpora outras promessas de campanha feitas em 2024, como a isenção de juros de determinados financiamentos de veículo, além de uma dedução de US$ 6 mil (R$ 32,7 mil) para idosos que ganham até US$ 75 mil (R$ 408,8 mil) por ano. O megapacote de cortes de impostos proposto por Trump foi aprovado nesta terça-feira (1º) pelo Senado dos EUA. Ken Cedeno/Reuters 5. O que muda na defesa e nas políticas anti-imigração? O governo Trump quer aumentar os gastos com segurança nacional, incluindo o setor militar e o controle da imigração. Isso significa, por exemplo, mais investimentos em centros de detenção para imigrantes irregulares e em ações de vigilância nas fronteiras. Os investimentos na agenda anti-imigração de Trump estão estimados em US$ 175 bilhões. Um novo centro de detenção na Flórida, apelidado de "Alligator Alcatraz", foi mostrado como exemplo do que pode ser feito com essa verba. O projeto reserva US$ 150 bilhões para a área de defesa, incluindo investimentos em construção naval e no sistema de defesa espacial “Golden Dome” proposto por Trump, segundo o New York Times. 6. E os programas de saúde e alimentação para os mais pobres? Para compensar a queda na arrecadação, o projeto reduz o dinheiro destinado ao Medicaid, que é um programa de saúde pública para pessoas de baixa renda, e o valor de ajuda para compra de alimentos. Além de cortar dinheiro, o projeto endurece as regras para conseguir ajuda. Isso quer dizer que as pessoas terão mais exigências e burocracia para acessar esses programas. O destaque é a exigência de 80 horas de trabalho por mês para adultos sem filhos e sem deficiência terem direito ao Medicaid, informou o The New York Times. Analistas dizem que isso pode reduzir a renda de quem já tem pouco e aumentar os gastos dessas famílias com saúde e comida. O líder democrata no Senado, Chuck Schumer, criticou duramente a lei, afirmando que ela "arranca o acesso à saúde de milhões e tira comida da boca de crianças com fome". A senadora republicana Susan Collins votou contra justamente porque considerou os cortes no Medicaid "muito profundos". 7. O que acontece com os incentivos à energia limpa? Durante o governo do democrata Joe Biden, foram criados incentivos para o uso de energia limpa, como solar, eólica e veículos elétricos. Agora, o novo projeto de Trump revoga muitos desses benefícios. A mudança mostra uma prioridade diferente do atual governo, que quer voltar a investir mais em fontes tradicionais, como petróleo e gás. Elon Musk, dono da Tesla e, portanto, defensor de veículos elétricos, criticava o fim de incentivos ao setor, parte importante do projeto de Trump. A proposta foi responsável por acelerar o "divórcio" entre o presidente americano e o bilionário, que deixou o governo em maio. Além disso, conforme o texto, o crédito de US$ 7,5 mil para carros elétricos acabaria até o fim de 2025. O jornal The New York Times afirma que, com o projeto, incentivos gerais para fontes como vento, solar, baterias e geotérmica seriam encerrados, com poucas exceções. Especialistas estimam aumento de emissões e perda de competitividade em setores de energia limpa. 8. Haverá cortes na educação? O pacote prevê uma redução de US$ 330 bilhões em empréstimos estudantis ao longo dos próximos 10 anos. Além de cortar programas de pagamento vinculados à renda dos estudantes, o texto também impõe um limite anual aos empréstimos para cursos de pós-graduação. *Com informações das agências de notícias Reuters e AP.



Mega-Sena, concurso 2.882: aposta única leva prêmio de R$ 50,7 milhões


01/07/2025 23:02 - g1.globo.com


Veja os números sorteados: 11 - 15 - 19 - 23 - 49 - 51. Ganhador é de Goiânia (GO). G1 | Loterias - Mega-Sena 2882 O sorteio do concurso 2.882 da Mega-Sena foi realizado na noite desta terça-feira (1º), em São Paulo. Uma aposta de Goiânia (GO) acertou as seis dezenas e vai levar sozinha o prêmio de R$ 50.722.168,24. De acordo com a Caixa Econômica Federal, o ganhador fez um jogo simples, de 6 números. A aposta foi feita presencialmente, em uma lotérica da capital goiana. Clique aqui para seguir o canal de Loterias do g1 no WhatsApp Veja os números sorteados: 11 - 15 - 19 - 23 - 49 - 51 A quina teve 97 apostas ganhadoras. Cada uma vai levar R$ 33.594,47. A quadra teve 5.365 vencedores. O valor pago a cada um será de R$ 867,70. O próximo sorteio da Mega será na quinta-feira (3), com prêmio estimado de R$ 3,5 milhões. Mega-Sena, concurso 2.882 Reprodução/Caixa Entenda como funciona a Mega-Sena e qual a probabilidade de ganhar o prêmio Para apostar na Mega-Sena As apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília), em qualquer lotérica do país ou pela internet, no site da Caixa Econômica Federal – acessível por celular, computador ou outros dispositivos. É necessário fazer um cadastro, ser maior de idade (18 anos ou mais) e preencher o número do cartão de crédito. Probabilidades A probabilidade de vencer em cada concurso varia de acordo com o número de dezenas jogadas e do tipo de aposta realizada. Para a aposta simples, com apenas seis dezenas, que custa R$ 5, a probabilidade de ganhar o prêmio milionário é de 1 em 50.063.860, segundo a Caixa. Já para uma aposta com 15 dezenas (limite máximo), com o preço de R$ 22.522,50, a probabilidade de acertar o prêmio é de 1 em 10.003, ainda segundo a Caixa. Bilhetes da Mega-Sena, em imagem de arquivo Marcelo Brandt/G1



Governo confirma o Curupira como mascote da COP 30, em Belém; veja o desenho


01/07/2025 21:05 - g1.globo.com


Símbolo do folclore indígena, Curupira será usado para divulgar a COP 30 e reforçar a centralidade das florestas na agenda climática liderada pelo Brasil. O desenho oficial do Curupira para a COP 30 Reprodução O governo federal confirmou que o Curupira será o mascote oficial da COP 30, a Conferência do Clima das Nações Unidas, que será realizada em novembro deste ano, em Belém (PA). A escolha do personagem do folclore brasileiro já havia sido antecipada pelo blog em janeiro. Figura mítica da cultura nacional, o Curupira é conhecido por ser o "guardião das florestas e dos animais". Segundo a lenda, ele tem os pés virados para trás, o que lhe permite despistar caçadores e proteger a mata contra a ação de invasores e destruidores da natureza. A origem do mito está nas tradições indígenas, especialmente da região Norte do país. Comandante do Exército realiza vistoria em Belém para preparativos da COP 30 A ideia do governo é usar o mascote tanto para divulgação internacional do evento, quanto em materiais institucionais da conferência, sob presidência brasileira. Em carta enviada à comunidade internacional, o embaixador André Corrêa do Lago, que preside a COP 30, afirmou que as florestas serão um “tópico central” do encontro e reforçou a importância de dar visibilidade aos símbolos da biodiversidade e da cultura amazônica.



Governo não quer 'peitar' o Congresso, diz líder sobre ação no STF para retomar elevação do IOF


01/07/2025 19:40 - g1.globo.com


José Guimarães afirmou que o objetivo do governo é preservar prerrogativas do presidente Lula. Planalto acionou Supremo após Congresso derrubar decretos de Lula. Deputado José Guimarães (PT-CE), líder do governo na Câmara Vinicius Loures/Câmara dos Deputados O líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), disse nesta terça-feira (1º) que conversou com o presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), para comunicá-lo da decisão do governo de acionar o Supremo Tribunal Federal (STF) para retomar a elevação das alíquotas do Imposto sobre Operações Financeira (IOF). Nesta terça, mais cedo, a Advocacia-Geral da União (AGU) apresentou ao STF uma ação declaratória de constitucionalidade dos decretos do presidente Lula. A medida foi tomada depois que Câmara e Senado derrubaram a elevação do IOF proposta pela equipe econômica do governo. "Não é enfrentamento, não é ação do governo para peitar o Congresso. É mais para preservar as atribuições privativas do Executivo", disse Guimarães durante declaração para a imprensa ao lado de líderes da base do governo na Câmara. AGU: Governo vai recorrer na Justiça contra derruba do IOF "Conversei com o presidente Motta ontem e comuniquei ele antecipadamente que o governo iria recorrer ao STF. Comuniquei tudo antes de ser oficializado pelo governo, porque é assim que tem que ser a relação: mesmo quando a gente briga, precisamos ser transparentes", completou o líder. Segundo ele, Motta recebeu a informação de forma "tranquila" e não expôs críticas durante a ligação. Guimarães disse que a intenção do governo é de superar a crise com o Congresso para que os projetos de interesse do Planalto possam voltar a ser votados por deputados e senadores. "Nossa intenção é dialogar com os dois presidentes", afirmou. "Não tem nada que não se resolva na política, paciência, diálogo e espírito público. claro que teve tensionamento, teve a crise, a imprensa está cansada de falar isso, mas nosso papel como líderes que somos é buscar uma concertação", acrescentou. Ele negou que o governo esteja buscando jogar o país contra o Congresso, conforme criticou Motta por meio de suas redes sociais. "O esforço que estamos fazendo não é chamar o país contra o Congresso, não vamos fazer nenhum movimento contra o Congresso", declarou.



Em revés para Milei, juíza dos EUA manda Argentina entregar 51% das ações de petroleira estatal YPF


01/07/2025 18:41 - g1.globo.com


País terá de transferir papéis para quitar parte de uma dívida de US$ 16,1 bilhões com investidores prejudicados pela nacionalização da companhia em 2012. O presidente argentino informou que irá recorrer. Apoiadores do projeto de lei de nacionalização do petróleo acenam com bandeiras que dizem: 'Lutar e devolver a YPF', em frente ao Congresso em Buenos Aires, na Argentina, em 25 de abril de 2012. AP/Natacha Pisarenko Uma juíza dos Estados Unidos determinou que a Argentina transfira 51% das ações da estatal petroleira YPF como forma de quitar parte de uma dívida de US$ 16,1 bilhões (cerca de R$ 88 bilhões), em favor de Petersen Energía e Eton Park, duas empresas prejudicadas pela nacionalização da companhia em 2012. O Estado argentino tem 14 dias para transferir o pacote de ações a uma conta global de custódia no Bank of New York Mellon (BNYM). Após esse prazo, será iniciada a transferência de titularidade para os beneficiários da decisão, conforme informou a juíza. “Vamos apelar dessa decisão em todas as instâncias cabíveis, para defender os interesses nacionais”, publicou no X o presidente Javier Milei, que atribuiu a responsabilidade pela sentença a Axel Kicillof, ministro da Economia no segundo mandato de Cristina Kirchner (2011–2015) e atual governador da província de Buenos Aires. Fundada em 1922 pelo Estado argentino, a YPF foi privatizada na década de 1990. Em 2012, o governo expropriou 51% das ações da companhia, que na época era parcialmente controlada pela petroleira espanhola Repsol. Dois anos depois, a Repsol recebeu uma indenização de US$ 5 bilhões (cerca de R$ 27 bilhões) para encerrar a disputa. No entanto, o mesmo acordo não foi estendido às acionistas minoritárias Petersen Energía e Eton Park Capital, que juntas detinham 25,4% do capital da YPF. Em 2015, as duas empresas ingressaram com uma ação judicial alegando que a Argentina não realizou a oferta pública de aquisição (OPA) exigida por lei. Em setembro de 2023, a juíza Loretta Preska condenou o país a pagar US$ 14,4 bilhões (cerca de R$ 78,5 bilhões) à Petersen e US$ 1,7 bilhão (R$ 9 bilhões) à Eton Park. A Argentina já apresentou dois recursos no caso YPF. No ano passado, descumpriu uma ordem judicial que exigia o depósito de uma garantia enquanto o processo ainda estava em fase de apelação. Amparadas pela legislação americana, as empresas beneficiárias solicitaram o bloqueio das ações da YPF. Diante do descumprimento por parte da Argentina, a juíza determinou a transferência dessas ações aos beneficiários da sentença. O caso de expropriação foi levado à Justiça americana porque as ações da YPF são negociadas em bolsas dos EUA. Em outra decisão proferida na segunda-feira, a juíza Loretta determinou que a Argentina entregue ações da YPF ao fundo especulativo Bainbridge como pagamento de US$ 95 milhões, acrescidos de juros, referentes a uma sentença relacionada a uma dívida em default — ou seja, uma dívida vencida e não paga no prazo acordado. 'Guerra das empanadas': por que o ator Ricardo Darín virou alvo de Milei



Senado dos EUA aprova projeto de Trump que reduz impostos, aumenta verba contra imigrantes e corta programas sociais


01/07/2025 16:12 - g1.globo.com


Pacote pode adicionar US$ 3,3 trilhões à dívida pública dos EUA e ainda precisa ser aprovado na Câmara. Texto revoga incentivos à energia limpa, criados na gestão de Joe Biden. Senado dos EUA faz maratona para votar pacote de medidas de Trump O megapacote tributário e orçamentário proposto pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, foi aprovado nesta terça-feira (1º) pelo Senado norte-americano. Intitulado "One Big Beautiful Bill" (Um grande e belo projeto, na tradução livre), o texto prevê, entre outros pontos: o aumento de recursos voltados ao controle da imigração; a ampliação dos gastos com Forças Armadas; cortes em programas sociais — em especial, em saúde e alimentação; a criação de novas isenções fiscais para gorjetas e horas extras; a revogação de incentivos à energia limpa promovidos pelo democrata Joe Biden. A proposta estende os cortes de impostos feitos por Trump em 2017, em seu primeiro mandato. Por outro lado, reduz os recursos destinados a programas como o Medicaid — que oferece acesso à saúde para famílias de baixa renda. Ainda assim, o projeto pode elevar os gastos dos EUA. O Escritório de Orçamento do Congresso dos Estados Unidos (CBO, na sigla em inglês) estima que o pacote orçamentário adicionará cerca de US$ 3,3 trilhões (aproximadamente R$ 18 trilhões) à dívida pública do país. Após aprovação apertada no Senado (leia mais abaixo), o projeto irá retornar à Câmara dos Deputados. Caso seja novamente aprovado, seguirá para a sanção presidencial. A previsão é que a votação ocorra já nesta quarta-feira (2). Trump quer sancionar a lei até o feriado da Independência, na sexta-feira (4). O presidente da Câmara, Mike Johnson, afirmou em comunicado que pretende cumprir esse prazo. Entenda o projeto, ponto a ponto Críticos da proposta afirmam que as medidas de redução de impostos, nos moldes do projeto, favoreceriam sobretudo os mais ricos. Entre os principais pontos questionados, está a previsão de cortes em programas voltados à saúde, nutrição, educação e energia limpa. No caso do Medicaid e da assistência alimentar a pessoas de baixa renda, estima-se uma redução de cerca de US$ 930 bilhões. 💸 Mudanças nos impostos O projeto prevê redução de impostos de aproximadamente US$ 4 trilhões, enquanto mantém muitos dos cortes aplicados por Trump em 2017. Entre os pontos de redução, estão: alíquotas menores de Imposto de Renda (IR); isenção temporária de impostos sobre gorjetas e horas extras; isenção sobre benefícios da Previdência Social para americanos acima de 65 anos; redução de impostos para empresas, incluindo deduções para pesquisa e investimento. Do lado da arrecadação, o texto propõe: elevar impostos sobre rendimentos de fundos universitários; impedir que imigrantes sem green card recebam créditos para planos de saúde; que o crédito infantil passe a ter regras mais rígidas — o que pode impactar 2 milhões de crianças. 🧑🏽‍⚕️ Cortes na saúde O projeto propõe regras mais rigorosas para o acesso ao Medicaid, programa destinado a pessoas de baixa renda. O objetivo é reduzir os custos da saúde pública. O destaque é a exigência de 80 horas de trabalho por mês para adultos sem filhos e sem deficiência terem direito ao benefício, informou o The New York Times. O projeto também facilita que estados cancelem a cobertura de beneficiários, exigindo mais documentação e eliminando quem não responder, segundo o jornal norte-americano. Além disso, o texto altera regras do Obamacare, lei federal que ampliou o acesso a planos de saúde no país. As mudanças preveem novas exigências aos beneficiários, o que resultaria em uma economia de mais US$ 100 bilhões ao governo. A estimativa é que milhares de pessoas possam perder o seguro. 🔋 Programas de energia limpa O projeto prevê o fim dos principais créditos fiscais da Lei de Redução da Inflação para energia limpa, aprovada durante o governo do democrata Joe Biden, que levaram a US$ 841 bilhões em investimentos nos EUA. Além disso, conforme o texto, o crédito de US$ 7,5 mil para carros elétricos acabaria até o fim de 2025. O jornal The New York Times afirma que, com o projeto, incentivos gerais para fontes como vento, solar, baterias e geotérmica seriam encerrados, com poucas exceções. 🥩 Cortes em programa de alimentação A proposta também modifica o Programa de Assistência Nutricional Suplementar (SNAP), com o objetivo de reduzir custos. O benefício, que atende cerca de 42 milhões de pessoas de baixa renda, passará a ter critérios de acesso mais rígidos. O Escritório de Orçamento do Congresso dos EUA estima que aproximadamente 3 milhões de pessoas perderiam o acesso ao benefício devido às novas exigências. 🪖 Gastos militares e anti-imigração O projeto reserva US$ 150 bilhões para a área de defesa, incluindo investimentos em construção naval e no sistema de defesa espacial “Golden Dome” proposto por Trump, segundo o New York Times. Além disso, propõe investimentos de US$ 175 bilhões na agenda anti-imigração de Trump. Os recursos seriam direcionados ao fortalecimento da fronteira no sul do país, à ampliação de patrulha e à construção de novas instalações. 🎓 Cortes na educação O pacote prevê uma redução de US$ 330 bilhões em empréstimos estudantis ao longo dos próximos 10 anos. Além de cortar programas de pagamento vinculados à renda dos estudantes, o texto também impõe um limite anual aos empréstimos para cursos de pós-graduação. Votação apertada Apesar do controle republicano no Senado, a votação desta terça foi apertada, com 51 votos a 50. Após uma longa sessão que se estendeu pela madrugada, o voto de desempate ficou a cargo do vice-presidente J.D. Vance. Os três republicanos que se posicionaram contra o projeto foram Thom Tillis (Carolina do Norte), Susan Collins (Maine) e Rand Paul (Kentucky). Aliados de Trump enfrentaram um caminho difícil para aprovar o projeto de 940 páginas, em meio a divergências sobre benefícios fiscais e mudanças nas políticas de saúde que podem transformar setores inteiros e deixar milhões de pessoas sem cobertura médica. Desde o início, os democratas manifestaram forte oposição ao pacote, argumentando que os cortes de impostos favorecem desproporcionalmente os mais ricos, comprometendo programas sociais essenciais para os norte-americanos de baixa renda. Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em evento na Casa Branca REUTERS/Leah Millis Os impactos do projeto O megapacote visa tornar permanentes os cortes nos impostos sobre a renda individual e heranças, aprovados durante o primeiro mandato de Trump, em 2017. Também incorpora promessas de campanha feitas em 2024, como a isenção de tributos sobre gorjetas, horas extras e juros de determinados financiamentos de veículo, além de uma dedução de US$ 6 mil (R$ 32,7 mil) para idosos que ganham até US$ 75 mil (R$ 408,8 mil) por ano. Segundo a estimativa mais recente do Escritório de Orçamento do Congresso norte-americano (CBO, na sigla em inglês), a lei adicionaria US$ 3,3 trilhões à dívida de US$ 36,2 trilhões (R$ 197,3 trilhões) do país. De acordo com analistas consultados pela Reuters, esse aumento da dívida serviria efetivamente como uma transferência de riqueza dos mais jovens para os mais velhos, uma vez que tende a desacelerar o crescimento econômico, aumentar os custos de empréstimos e eliminar outros gastos do governo nas próximas décadas. Outra projeção do CBO é que o projeto também aumentaria o limite de endividamento dos EUA em US$ 5 trilhões (R$ 27,3 trilhões), adiando a perspectiva de um calote da dívida neste verão — o que afetaria não apenas os mercados financeiros norte-americanos, mas do mundo inteiro. *Com informações das agências de notícias Reuters e AP.



Governo lança programa para reduzir o uso de agrotóxicos na agricultura


01/07/2025 15:03 - g1.globo.com


Medida tem como objetivo diminuir o uso dos agroquímicos considerados altamente perigosos ao meio ambiente ou à saúde humana. Entenda como é a aprovação de agrotóxicos no Brasil O governo lançou nesta segunda-feira (30) o Programa Nacional de Redução de Agrotóxicos (Pronara). A medida tem o objetivo de diminuir o uso de agrotóxicos, principalmente os considerados altamente perigosos ao meio ambiente ou à saúde humana. O programa também estabelece uma transição para a agroecologia, onde os produtores plantam com foco em sustentabilidade. Nele, o governo irá oferecer: apoio técnico e financeiro aos produtores; monitoramento de resíduos dos agrotóxicos em alimentos, na água e no solo; promoção de bioinsumos e alternativas sustentáveis; incentivo a pesquisa e inovação tecnológica. O lançamento, com presença do presidente Lula, aconteceu durante a cerimônia de anuncio do Plano Safra da Agricultura Familiar 2025/2026, na segunda-feira. Nesta terça-feira (1º), foi a vez de o governo apresentar o Plano Safra voltado à agricultura empresarial. Além do Ministério da Agricultura, o do Meio Ambiente ajudou na construção do Pronara, que está vinculado à Política Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica (Pnapo), de 2012, e do do 3º Plano Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica (Planapo). "O programa demonstra que é possível produzir alimentos em harmonia com o meio ambiente e impulsionar o desenvolvimento agrícola rumo a um novo ciclo de prosperidade em que ninguém fique para trás”, afirmou a ministra Marina Silva, do Meio Ambiente. Leia também: Veja como o Plano Safra da Agricultura Familiar vai funcionar Veja os detalhes do Plano Safra voltado à agricultura empresarial Imagem de uma aplicação mecanizada de agrotóxicos para o controle de pragas e doenças. Christiane Congro Comas/Embrapa Plano Safra O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) lançou na segunda a versão do Plano Safra para agricultura familiar com a oferta de R$ 78,2 bilhões para financiamentos na temporada 2025-2026. Segundo o governo, os juros variam de 0,5% a 8% ao ano no Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf). Ao todo, o plano promete movimentar R$ 89 bilhões entre crédito rural, compras públicas, seguro agrícola, assistência técnica, garantia de preço mínimo e outras ações. O governo federal lança anualmente o Plana Safra para incentivar a produção de alimentos em território brasileiro por meio de empréstimos concedidos com juros mais baixos do que os praticados pelo mercado financeiro. Nesta terça, houve o lançamento do o Plano Safra voltado à agricultura empresarial, com oferta de R$ 516,2 bilhões em crédito rural para médios e grandes produtores na temporada de 2025-2026. O valor deste ano representa um aumento de R$ 8 bilhões em relação à safra anterior, que contou com R$ 508,59 bilhões. O governo considera nesse valor os recursos emitidos em cédulas de produtos rurais. Seguindo a tendência dos últimos anos, produtores que adotarem práticas sustentáveis terão acesso a condições diferenciadas, como taxas de juros mais baixas. 🌳O programa também oferece crédito para reflorestamento e cultivo de culturas de cobertura que ajudam a conservar o solo entre as safras. Saiba também: Batidas contra imigrantes esvaziam fazendas nos EUA; colheitas estão apodrecendo, dizem produtores LGBTs no campo: a luta de uma mulher trans quilombola contra o preconceito Veja também: Lula lança Plano Safra da agricultura familiar para incentivar produção de alimentos Preço do café deve cair até o fim do ano, mas em ritmo lento; entenda Os prejuízos das chuvas para os produtores do RS



Lula lança Plano Safra com previsão de R$ 516 bilhões para produtores rurais de médio e grande porte


01/07/2025 14:37 - g1.globo.com

Valor representa amento de R$ 8 bilhões em relação ao que foi disponibilizado para o programa no ano passado. Plano também tem versão focada em agricultura familiar. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) lançou nesta terça-feira (1º) o Plano Safra voltado à agricultura empresarial com oferta de R$ 516,2 bilhões em crédito rural para médios e grandes produtores na temporada de 2025-2026. O valor deste ano representa um aumento de R$ 8 bilhões em relação à safra anterior, que contou com R$ 508,59 bilhões. O governo considera nesse valor os recursos emitidos em cédulas de produtos rurais. Seguindo a tendência dos últimos anos, produtores que adotarem práticas sustentáveis terão acesso a condições diferenciadas, como taxas de juros mais baixas. 🌳O programa também oferece crédito para reflorestamento e cultivo de culturas de cobertura que ajudam a conservar o solo entre as safras. Lula lança Plano Safra da agricultura familiar para incentivar produção de alimentos Novas regras e incentivos sustentáveis Entre as novidades deste ano está a exigência de aderência ao Zoneamento Agrícola de Risco Climático (Zarc) como condição para acesso ao crédito. Antes, essa exigência era exclusiva para agricultores familiares vinculados ao Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) com o Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro) (entenda mais sobre o programa abaixo). ➡️Agora, a regra se estende a outros tipos de financiamento, exceto nos casos em que o zoneamento não estiver disponível para o município ou para o produto agrícola cultivado. O objetivo é evitar financiamentos em áreas ou períodos inadequados, garantindo mais segurança climática e sustentabilidade à produção. O governo federal autorizou também o financiamento de rações, suplementos e medicamentos adquiridos até 180 dias antes da formalização do crédito. O crédito de custeio também poderá ser usado para produção de sementes e mudas de essências florestais, além de insumos para cultivo de plantas que protegem o solo no período de entressafra. O acesso ao Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé) também foi ampliado. Agora, agricultores do Pronaf e do Pronamp poderão utilizar os recursos do fundo mesmo que já tenham contratos ativos pelo Plano Safra. RenovAgro e ampliação da armazenagem O RenovAgro Ambiental, programa voltado à sustentabilidade, passa a incluir ações de prevenção e combate a incêndios e recuperação de áreas protegidas. Será possível, por exemplo, financiar caminhões-pipa e mudas de espécies nativas para reposição de vegetação em áreas de preservação permanente e reservas legais. Já o Programa para Construção e Ampliação de Armazéns (PCA) teve o limite de capacidade por projeto ampliado de 6 mil para 12 mil toneladas, reforçando a infraestrutura de estocagem e escoamento da produção rural. Ampliação do acesso ao Pronamp O governo também anunciou a elevação do limite de renda anual para enquadramento no Pronamp, que passou de R$ 3 milhões para R$ 3,5 milhões. Plano Safra O Plano Safra é coordenado pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e contempla operações de custeio, comercialização e investimento, com condições que variam conforme o perfil do produtor e o programa acessado.



IOF: advogado-geral da União diz ter avisado a Alcolumbre e Motta antes de acionar STF


01/07/2025 14:00 - g1.globo.com


Jorge Messias apresentou ao Supremo uma ação para que sejam declarados constitucionais os decretos de Lula que elevam o IOF e que foram derrubados pelo Congresso. Jorge Messias, advogado-geral da União. Daniel Estevão / AscomAGU O advogado-geral da União, Jorge Messias, disse nesta terça-feira (1º) que avisou aos presidentes do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), e da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), antes de acionar o Supremo Tribunal Federal (STF) para que sejam declarados constitucionais os decretos de Lula que elevaram o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Na semana passada, deputados e senadores derrubaram os decretos editados por Lula que previam um aumento da arrecadação federal. Com isso, o Congresso impôs uma derrota ao petista e à equipe econômica do governo. Nesta terça, a Advocacia-Geral da União apresentou ao Supremo uma ação declaratória de constitucionalidade, para retomar a vigência dos decretos de Lula. O tema será analisado pelo ministro Alexandre de Moraes, que já foi designado relator de uma ação do PSOL contra a decisão do Congresso que derrubou os decretos de Lula. "Medida adotada pelo Congresso acabou por violar o princípio da separação de poderes", diz Jorge Messias Em entrevista nesta terça, Messias acrescentou que o presidente Lula tem “relação profícua” com ambos parlamentares e que defende uma “relação respeitosa e harmônica entre os poderes". De acordo com o advogado-geral da União, Lula está agindo em defesa do presidencialismo e que ele “não abrirá mão” em defender o atual sistema de governo. “Há espaço da política e há espaço do direito. Nesse momento, falará o direito. A política poderá chegar a arranjos próprios.”, disse. Messias declarou que o governo está tranquilo, e que busca fazer uma discussão jurídica “respeitosa” ouvindo os atores envolvidos. Repetiu, ainda, que a motivação do presidente Lula foi exclusivamente “jurídica”, pois a jurisprudência atual, em sua visão, é pacífica em definir sua competência para editar decretos sobre alíquotas do IOF. “Toda questão política, o presidente Lula considera. Ele tem se dedicado muito a dialogar com os presidentes das duas casas, e vamos continuar fazendo. São linhas que caminham em paralelo, mas que podem no futuro se encontrar em benefício para a coletividade”, disse ele.



BYD apresenta primeiros carros montados no complexo fabril da Bahia


01/07/2025 13:59 - g1.globo.com


Unidade foi visitada por executivos da empresa, autoridades e jornalistas nesta terça-feira (1º), em Camaçari, na Região Metropolitana de Salvador. Perspectiva é que, até 2030, 80% dos componentes dos veículos sejam nacionais. Primeiros carros elétricos da BYD montados no Brasil são apresentados na Bahia A montadora chinesa Build Your Dreams (BYD) apresentou, nesta terça-feira (1°), os primeiros carros montados no complexo fabril localizado em Camaçari, na Região Metropolitana de Salvador. De acordo com Alexandre Baldy, vice-presidente sênior da BYD Brasil, o Dolphin Mini custa atualmente R$ 122 mil e quando todos os modelos passarem a serem montados na fábrica de Camaçari, passará a ser vendido por R$ 119 mil. Além do Dolphin Mini, a BYD apresentou seu primeiro carro híbrido produzido no local, o Song Pro. Segundo a montadora, a produção dos primeiros três modelos nacionais começa nas próximas semanas: BYD Dolphin Mini, Song Pro (GL/GS) e King (GL/GS). As datas não foram especificadas. A nova unidade está localizada no Polo Petroquímico de Camaçari e foi construída do zero em uma área que faz parte do terreno antes utilizado pela também empresa automobilística Ford, que encerrou as atividades no Brasil em 2021. O espaço foi vendido para o governo estadual em 2023. Ao g1, Augusto Vasconcelos, secretário estadual da Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre), falou que 508 vagas de emprego são oferecidas de imediato pela empresa. "As vagas já estão sendo anunciadas pelo SineBahia e os profissionais vão passar por um processo seletivo. A previsão é de produção de veículos nos modelos SKD e CKD neste ano. A perspectiva é que, até 2030, 80% dos componentes dos veículos sejam nacionais, o que vai ampliar ainda mais o valor agregado da fábrica e dinamizar a economia brasileira e baiana", afirmou o secretário. Nesta terça, a BYD ainda anunciou a abertura de mais 3 mil oportunidades profissionais, que serão preenchidas até o fim do ano. Vice-presidente sênior da BYD fala sobre trabalhadores chineses resgatados na fábrica Em coletiva de imprensa, Alexandre Baldy falou sobre os trabalhadores chineses que foram resgatados de situação análoga à escravidão na obra de construção da BYD. Ele definiu a situação como "um triste episódio" e afirmou que a montadora chinesa "tem compromisso com a legislação brasileira, trabalhista e dignidade humana". "Nós acompanhamos toda a tramitação, inclusive, extinguimos fornecedores, com todos esses aspectos", comentou o vice-presidente sênior da BYD Brasil. RELEMBRE CASO... Trabalhadores chineses são resgatados de situação análoga à escravidão em obra de construção de montadora de carros na Bahia MPT processa montadora chinesa BYD por trabalho escravo e tráfico de pessoas na Bahia; órgão pede pagamento de R$ 257 milhões COMIDA EM COOLER, OPERÁRIOS DESCALÇOS, PIAS ENTUPIDAS: imagens mostram condições de trabalho em obra da BYD na Bahia Questionado sobre a situação, o governador Jerônimo Rodrigues (PT) disse que "é uma questão direta entre a BYD e o Ministério Público do Trabalho (MPT), mas o Governo do Estado segue acompanhando os desdobramentos". Além de Jerônimo Rodrigues, a cerimônia de apresentação da fábrica contou com a presença de outras autoridades políticas, como a ministra da Cultura, Margareth Menezes, o prefeito de Camaçari, Luiz Caetano (PT), deputados estaduais e federais, além da vice-presidente executiva global da BYD, Stella Li. Cerimônia de apresentação da BYD foi realizada nesta terça-feira (1°) Rafaela Paixão/g1 Outros negócios Durante o evento, a BYD anunciou a qualificação de 106 empresas instaladas no Brasil para fornecer peças para a fábrica na Bahia. A Continental Pneus de Camaçari, vizinha da montadora, é a primeira companhia oficialmente homologada A fábrica da BYD na Bahia é fruto de R$ 5,5 bilhões em investimentos anunciados pela companhia em 2023. O polo industrial envolve três unidades em Camaçari. Além dos carros elétricos e híbridos, a marca também vai produzir caminhões e chassis para ônibus, processamento de insumos para as baterias, como lítio e ferro fosfato. A unidade começa com capacidade anual de 150 mil veículos, com expansão planejada para 300 mil na segunda fase. Inicialmente operando no sistema SKD (Semi Knocked-Down), a planta evoluirá gradualmente para produção nacional completa — incluindo estampagem, soldagem, pintura e aumento do conteúdo local. O projeto ainda inclui o desenvolvimento de um motor híbrido flex, o 1.5 DM-i, programado e construído numa cooperação entre cientistas chineses e brasileiros. Desenvolvido para rodar com gasolina e etanol, o motor combina tecnologia elétrica com desempenho de última geração. Apresentação da fábrica da BYD em Camaçari, na Região Metropolitana de Salvador Rafaela Paixão/ g1 Veja mais notícias do estado no g1 Bahia. Assista aos vídeos do g1 e TV Bahia 💻



Governo vai recorrer na Justiça contra derrubada do IOF, diz AGU


01/07/2025 13:35 - g1.globo.com


Congresso aprovou derrubada do aumento do IOF, imposto sobre empréstimos e operações de câmbio. Sem alta do imposto, governo terá de anunciar novo bloqueio, ou aumento de arrecadação, para equilibrar as contas públicas e buscar a meta fiscal deste ano. 'Medida adotada pelo Congresso acabou por violar o princípio da separação de poderes', diz Jorge Messias O advogado-geral da União, Jorge Messias, afirmou nesta terça-feira (1º) que o governo federal vai recorrer no Supremo Tribunal Federal (STF) contra a derrubada do aumento do Imposto Sobre Operações Financeiras (IOF) pelo Congresso Nacional. "Eu gostaria de lembrar aqui que essa decisão do presidente da República foi precedida de um amplo estudo técnico e jurídico solicitado a mim na semana passada", afirmou Messias. RELEMBRE: Em derrota para o governo, Senado segue a Câmara e derruba decreto de Lula sobre alta do IOF Messias frisou ainda que a derrubada do decreto pelo Congresso violou a separação de Poderes (entenda mais abaixo). Ainda segundo o advogado-geral da União, foram solicitados dados pelo Ministério da Fazenda para amparar a decisão do governo. “A medida adotada pelo Congresso Nacional acabou por violar o princípio da separação de Poderes. Qual a medida que adotamos? A AGU apresentou uma ação declaratória de constitucionalidade para que o STF possa apreciar a correção, a adequação, do ato do chefe do poder Executivo”, disse o ministro Jorge Messias, da AGU. De acordo com a AGU, o decreto editado pelo presidente Lula, que elevou o IOF, respeita a competência prevista na Constituição e não extrapola os limites previstos em lei, pois foi observada a alíquota máxima de 1,5% ao dia. 🔎Na prática, o instrumento jurídico usado pelo governo quer, junto ao Supremo, o reconhecimento para retomada da vigência dos decretos de Lula (veja vídeo abaixo). IOF: Governo optou por Ação Declaratória de Constitucionalidade para não atacar o Congresso 'Riscos fiscais graves' Na ação, a AGU também avaliou que a derrubada do aumento do IOF pelo Congresso Nacional provocará “riscos fiscais graves ao Estado brasileiro”, pois reduzirá “consideravelmente” as estimativas de receita para o exercício de 2025 e para os anos subsequentes. A AGU informa que, para este ano, a perda de arrecadação prevista, sem a alta do IOF, é de R$ 12 bilhões. “Diante de tal cenário, o Executivo será obrigado a contingenciar [bloquear] despesas da mesma ordem de grandeza das receitas estimadas no decreto presidencial para atender as metas [fiscais]”, acrescentou o órgão. LEIA MAIS: Derrubada do IOF e resistência do Congresso devem levar a novos cortes no Orçamento; entenda De acordo com Jorge Messias, o governo e o Legislativo estão diante de uma “questão eminentemente técnica” que precisa ser resolvida pelo Supremo Tribunal Federal. “O conflito aqui é de entendimento, nesse caso o órgão responsável é o STF”, declarou. Segundo ele, o governo preza pelo diálogo saudável, republicano e transparente com o Congresso Nacional em benefício da sociedade. “Não nos restou outra alternativa senão a proposição de uma ação direta de constitucionalidade”, acrescentou Messias. Messias informou que a decisão de recorrer ao STF foi comunicada, de antemão, aos presidentes da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, e do Senado Federal, Davi Alcolumbre. Acrescentou que o presidente Lula tem “relação profícua” com ambos e que defende uma “relação respeitosa e harmônica entre os poderes. De acordo com o advogado-geral da União, Lula está agindo em defesa do presidencialismo e que ele “não abrirá mão” em defender o atual sistema de governo. “Há espaço da política e há espaço do direito. Nesse momento, falará o direito. A política poderá chegar a arranjos próprios.”, disse. Chefe da Advocacia-Geral da União (AGU), Jorge Messias, em entrevista Marcelo Camargo/Agência Brasil Cronologia da disputa A equipe econômica anunciou no fim de maio um decreto presidencial que elevou o IOF incidente sobre operações de crédito, principalmente para empresas. Na semana passada, o Legislativo aprovou a derrubada de decretos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) que aumentavam o imposto. Com a derrubada dos decretos, o Congresso impôs uma perda de arrecadação aos cofres públicos de cerca de R$ 10 bilhões neste ano e de mais de R$ 20 bilhões 2026, apontam estimativas do Ministério da Fazenda. Considerada necessária pela equipe econômica para equilibrar o orçamento e buscar o atingimento da meta fiscal deste ano, a proposta sofreu com forte resistência do Legislativo por envolver aumento de tributos. E acabou barrada pelo Parlamento. ➡️Sem o decreto do IOF, as regras das contas públicas estipulam a necessidade de um bloqueio adicional de R$ 10 bilhões que terá de ser anunciado pela área econômica para compensar a perda de arrecadação. O objetivo é buscar a meta de zerar o déficit nas contas do governo neste ano, com um intervalo de tolerância (de até R$ 31 bilhões) e exclusão de parte dos precatórios previstos. A alternativa para o governo para evitar bloqueio no orçamento será elevar outros tributos em igual intensidade, ou seja, em R$ 10 bilhões. O Congresso Nacional, entretanto, não tem mostrado receptividade a propostas que elevem impostos. ➡️Nesta terça, o ministro Haddad confirmou que, para 2026, o governo precisa não somente do aumento do IOF para fechar as contas, mas também da Medida Provisória que eleva uma série de tributos, como para bets, fintechs e criptoativos, além de cortar cerca de R$ 15 bilhões em benefícios fiscais. Questionado por jornalistas, ele não respondeu se o governo pode alterar a meta fiscal de 2026, que prevê superávit de 0,25% do PIB, algo como R$ 31 bilhões, para as contas do governo. "Mais do que falar do futuro, eu estou falando do que eu já fiz como ministro da Fazenda em 2024. Nossas medidas não foram aprovadas e, ainda assim, buscamos o melhor resultado fiscal para o país", declarou Haddad, ao ser perguntado sobre a possibilidade de mudar a meta fiscal do próximo ano. Ação do PSOL O PSOL também entrou com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) no Supremo, na última sexta-feira (27), solicitando que o projeto legislativo que previu a derrubada de atos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) seja suspenso. Nesta semana, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, definiu que o ministro Alexandre de Moraes será o relator da ação do PSOL que questiona a decisão do Congresso de derrubar decretos presidenciais acerca do imposto. No pedido, o PSOL afirma que o Congresso, ao editar o decreto legislativo para derrubar as novas regras do IOF, extrapolou a competência constitucional e violou o princípio da separação dos Poderes. Para Mary Elbe Queiroz, presidente do Cenapret e fundadora do Queiroz Advogados, a judicialização da derrubada dos decretos do IOF escancara um ponto-chave do sistema tributário brasileiro: os limites entre o poder de regulação do Executivo e o controle do Congresso sobre temas fiscais. "Embora o IOF tenha caráter extrafiscal, ou seja, não sirva apenas para arrecadar, mas também para ajustar a economia, a reversão legislativa imediata gera insegurança sobre a estabilidade desses mecanismos. O Supremo Tribunal Federal, ao julgar a constitucionalidade da medida, não estará apenas decidindo sobre um tributo específico, mas sobre os próprios instrumentos de política econômica em um ambiente democrático", disse Mary Queiroz, da Cenapret. Haddad diz que aguarda ligação de Hugo Motta para explicar derrubada do IOF Entenda o aumento do IOF Com a derrubada dos decretos de Lula sobre aumento do IOF na semana passada, deixa de valer: Aumento do IOF para compras internacionais de pessoas físicas em cartões de crédito e débito internacional, de 3,38% para 3,5%; Alta do IOF para compra de moeda estrangeira em espécie e em remessas para o exterior, que havia subido de 1,1% para 3,5%; Aumento na alíquota diária do imposto para empresas, de 0,0041% para 0,0082%; Elevação da alíquota diária do imposto, de 0,0041% para 0,0082%, para o chamado "risco sacado" - operação em que um banco antecipa o pagamento de uma fatura que é cobrada depois de seu cliente. Alta no IOF de zero para 5% sobre seguros do tipo VGBL, uma forma de previdência privadas, para investidores de renda mais alta; Elevação de zero para 0,38% para fundos de investimento em direito creditório na aquisição de cotas. ➡️Se a Justiça derrubar a decisão do Congresso Nacional, essas elevações do imposto voltarão a ser implementadas.



Os músicos e influencers que ganham da indústria para 'limpar' imagem do agronegócio


01/07/2025 13:30 - g1.globo.com


O orgulho rural se tornou viral no Brasil, mas alguns advertem que está mascarando questões ambientais mais profundas. Us Agroboy: 'O nosso Brasil é do rodeio, é da bota, do chapéu, é das pequenas cidades' GBLLS/Us Agroboy via BBC A agricultura brasileira está prosperando, e as redes sociais estão repletas de conteúdo que celebra o orgulho rural. Mas por que alguns críticos veem isso como uma campanha calculada de relações públicas? Ao se apresentar em um celeiro pouco iluminado, cercado por fardos de feno e rodas de carroça de madeira, a dupla musical Us Agroboy causa uma primeira impressão marcante. Gabriel está de macacão jeans, com nada além de um crucifixo no peito. Jotinha se inspira no hip hop, optando por uma camisa esportiva adornada com um colar grosso e brilhante. Ambos usam chapéu de caubói e bota de couro — escolhas adequadas, já que animam o público com uma música sobre um fazendeiro que alcançou o sucesso apesar de ser ridicularizado pela chamada "playboyzada". "Hoje quem ri sou eu de quem desacreditou", eles cantam. "A roça venceu, o agro estourou. E os nossos produtos vão até pro exterior" Este videoclipe tem mais de oito milhões de visualizações no YouTube, e os comentários abaixo sugerem que a paixão da dupla pelo setor agrícola é compartilhada por muitos. "Vocês são o real Brasil", escreveu um usuário, enquanto outro acrescentou: "Que Deus ilumine cada pessoa que ama a sua terra, seu agro!" "O mundo critica o agro, mas nós vivemos do que é produzido no campo." O Us Agroboy se tornou um dos principais nomes do "agronejo", um gênero que combina o sertanejo tradicional com influências mais modernas, como a música pop e o funk. Leia também: Agroplay: escritório nasceu para agenciar Ana Castela e mira hits misturando agronejo e pop latino O "agronejo" existe há menos de uma década, mas as músicas que enaltecem os fazendeiros e o setor agrícola provaram ser um sucesso nas redes sociais e nas plataformas de streaming, onde foram reproduzidas milhões de vezes. Esta ascensão meteórica foi notada por empresas do setor agrícola, que patrocinam feiras em que as estrelas do "agronejo" se apresentam e videoclipes que elas exibem no YouTube. "O agro está profundamente ligado à cultura brasileira", diz a Associação Brasileira do Agronegócio (Abag) à BBC. "Apoiar manifestações culturais vinculadas a esse universo é uma forma legítima de reconhecer e fortalecer essa identidade." A dupla Us Agroboy diz que sua música ajudou a 'quebrar esse preconceito' contra o produtor rural GBLLS/Us Agroboy via BBC No passado, o Us Agroboy fez parcerias com empresas de maquinário agrícola, e afirma que o retrato positivo do setor em suas músicas é "fiel à realidade". "O que move o país é o agro, né? É o trabalhador rural que levanta cedo, e planta soja e colhe o café", diz Gabriel Vittor, integrante da dupla Us Agroboy. "E, sem dúvida, é uma das maiores potências do Produto Interno Bruto aqui do Brasil também." Mas os críticos dizem que as músicas do "agronejo" não conseguem capturar a imagem completa da agricultura brasileira — e, em vez disso, oferecem uma "visão altamente idealizada, com curadoria ideológica e unilateral" do setor. "Esta visão minimiza as consequências ambientais e sociais do setor, ao mesmo tempo em que o protege como a espinha dorsal da identidade e da força econômica brasileira", observa Debora Salles, do NetLab, laboratório de pesquisa em internet e redes sociais da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Enquanto o Brasil se prepara para sediar a conferência climática COP30 em novembro, pesquisadores como Salles dizem que é mais importante do que nunca entender como produções culturais como o "agronejo" "moldam a percepção pública em prol de interesses econômicos poderosos". Quando você está vendendo ideologia para as pessoas, precisamos ser um pouco mais cautelosos', diz Debora Salles Thiago Dezan via BBC O Brasil é um dos maiores exportadores agrícolas do mundo, com a soja e o café entre seus produtos mais comercializados. De acordo com o Banco Mundial, cerca de 22% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro pode ser vinculado à agricultura, à produção de alimentos e aos serviços relacionados. A importância econômica deste setor também é evidente na política: a chamada "bancada ruralista", que declara entre seus objetivos a "defesa dos interesses do setor", continua sendo uma das forças mais influentes no Congresso. Embora as músicas do "agronejo" se refiram com frequência à agricultura como "o que move" a economia brasileira, a BBC não encontrou nenhuma faixa que faça referência ao impacto que a produção agrícola está tendo sobre o meio ambiente. A associação comercial Abag diz que "nenhuma narrativa isolada consegue, por si só, refletir toda a complexidade do setor", e que é "natural" que as músicas apresentem "visões mais inspiradoras ou simbólicas", já que têm o objetivo de se conectar com o público em geral. Levando a batalha para as redes sociais Aqueles que seguem Camila Telles sabem que a fazendeira que se tornou influenciadora não é de medir as palavras. "A 'lacrosfera' ataca novamente", diz ela em um vídeo do TikTok, assistido mais de 470 mil vezes, respondendo a postagens de rede social que denunciavam o "agronejo" como um retrato "cruel" do Brasil. "Agora a culpa é do sertanejo, né? Que diz que idolatra o agro..." Com formação em relações públicas, Telles ficou conhecida nas redes sociais como uma defensora ferrenha do setor de agronegócios — que, segundo ela, "é a potência do Brasil". Ela é uma fazendeira de terceira geração, mas, diferentemente de outros influenciadores agrícolas, cujos perfis são dominados por fotos de suas vidas rurais, Telles publica regularmente vídeos abordando o que ela descreve como "desinformação" sobre o setor. Camila Telles diz que sua fazenda é 'meu cantinho no mundo, né?' Camila Telles via BBC "Quando eu falo de informação, é muito achismo, não é uma questão que as pessoas realmente conheçam", diz ela à BBC. "Quando alguém que nunca plantou um pezinho de soja, de feijão, de qualquer coisa, quer dar opinião sobre o nosso setor, é algo muito complexo." Em um vídeo do TikTok, ela protesta contra os "discursos vazios e desesperados" daqueles que criticam o impacto ambiental da produção de soja no Brasil. Em seguida, sugere que as pessoas que retratam a soja como "inimiga do Brasil" estão, na verdade, se opondo ao desenvolvimento do país. A soja continua sendo uma das principais exportações do Brasil, responsável pela geração de milhões de empregos, segundo algumas estimativas. Mas as evidências também mostram que, em algumas partes do Brasil, centenas de milhares de hectares de áreas florestais foram desmatadas para dar lugar a plantações de soja. Em um relatório de 2022, o NetLab citou esta e outras postagens de rede social para justificar a inclusão de Camila Telles na lista dos principais influenciadores brasileiros que espalham desinformação sobre questões ambientais. "Ela se tornou um caso emblemático de uso eficaz da mídia social para apoiar o agronegócio", diz Salles, que contribuiu para o relatório. Mas Telles nega espalhar qualquer tipo de desinformação. "Eu não distorço os fatos", diz ela à BBC. "Se as pessoas analisarem meus vídeos, eu dificilmente coloco o agro como algo perfeito ou que não tenha erros." Além de administrar seu negócio agrícola, Telles fez carreira como palestrante, aparecendo com frequência em eventos do setor. Em seu site, ela lista produtores brasileiros de carne entre seus clientes recentes. Seus críticos dizem que isso põe em dúvida a autenticidade de suas opiniões, mas Telles insiste que nunca foi patrocinada para promover qualquer ponto de vista específico em seu conteúdo. "Eu abracei esta causa para mim, mas sempre pensando na minha origem, na minha família", ela afirma. Em protesto contra a reunião de líderes mundiais na COP30 no fim deste ano, um grupo de produtores rurais anunciou em novembro que iria organizar em paralelo, a "COP do Agro", destinada a "defender quem produz". A COP 30, cúpula climática da ONU, será realizada em Belém de 10 a 21 de novembro Getty Images via BBC Assim como Telles, eles também falam de um setor que foi erroneamente "culpado" pelas mudanças climáticas — pergunto, então, se ela participaria do evento. "Eu acho que não precisa ter a COP do agro", diz ela. "Nós temos que estar lá [na COP30] como protagonistas." E com a mesma intensidade que demonstra em suas postagens nas redes sociais, ela acrescenta: "Eu espero uma COP com mais escuta e menos julgamento, né?" O custo climático da agricultura O Brasil é atualmente o sexto maior emissor mundial de gases de efeito estufa — como dióxido de carbono e metano — que causam mudanças climáticas. Os dados mostram que cerca de dois terços destas emissões poem estar vinculadas à agricultura e às mudanças na forma como a terra é usada — principalmente por meio do desmatamento. Os cientistas do projeto MapBiomas estimam que, entre 1985 e 2000, a conversão de terras para pastagens e plantações foi o principal fator por trás da perda de áreas florestais no Brasil. Quando as florestas são destruídas, elas liberam todo o dióxido de carbono que absorveram ao longo do tempo de volta à atmosfera, contribuindo ainda mais para o aquecimento do planeta. "Globalmente, a maior parte das emissões vem da queima de combustíveis fósseis", diz David Lapola, pesquisador da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). "No Brasil, a maior parte das emissões vem da mudança no uso da terra e da agricultura." "De uma perspectiva global, a agricultura não é a vilã, mas de uma perspectiva nacional, no Brasil, há muitas emissões a serem reduzidas." No entanto, alguns agricultores brasileiros dizem que seu setor foi injustamente responsabilizado pelas mudanças climáticas — e estão usando as redes sociais para reagir contra o que consideram ser os críticos do setor. Em 2024, a região do Cerrado testemunhou um dos desmatamentos mais severos do Brasil Getty Images via BBC "Acho que a mídia social é uma arena central para essa batalha ideológica", diz Salles, do NetLab. E o setor agrícola parece estar percebendo isso. Uma pesquisa com 4.215 residentes urbanos, realizada pelo movimento Todos a Uma só Voz — que visa melhorar a percepção pública do setor — sugeriu que três em cada dez brasileiros não têm uma visão positiva do agronegócio, sendo que cerca de metade deles são jovens. "Os jovens são os que são o público dos influenciadores", diz Ricardo Nicodemos, que preside a Associação Brasileira de Marketing Rural e Agronegócio. "Influenciadores são importantes? Redes sociais são importantes? Sim, são muito importantes."



Embraer fecha contrato avaliado em R$ 21,7 bilhões para venda de 45 aviões comerciais


01/07/2025 13:16 - g1.globo.com


Primeiras entregas estão previstas para o final de 2027. Acordo ainda prevê direito de compra para mais 10 jatos. Embraer anuncia a venda de 45 jatos E195-E2 A Embraer anunciou nesta terça-feira (1º) a venda de 45 jatos comerciais do modelo E195-E2 para a Scandinavian Airlines, em um contrato avaliado em US$ 4 bilhões — cerca de R$ 21,7 bilhões na cotação atual. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 Vale do Paraíba e região no WhatsApp As entregas serão feitas ao longo de quatro anos, com início previsto para o fim de 2027. O contrato também inclui a opção de compra de mais 10 aeronaves. Segundo a Embraer, essa é a maior encomenda feita pela Scandinavian Airlines desde 1996 e faz parte da renovação da frota da empresa. O E195-E2 é o maior avião comercial já produzido pela Embraer. Ele pertence à nova geração de jatos E-Jets, lançada em 2016, e pode ser configurado com até 120 assentos em duas classes ou 146 em classe única. Em junho, durante o Paris Air Show — uma das maiores feiras do setor aeronáutico — a Embraer já havia fechado acordos para vender ao menos 70 jatos comerciais. Um deles, com a empresa americana SkyWest, prevê a entrega de 60 aeronaves por US$ 3,6 bilhões, o equivalente a R$ 19,5 bilhões. Embraer fecha contrato avaliado em R$ 21,7 bilhões para venda de 45 aviões comerciais Embraer/Divulgação Veja mais notícias do Vale do Paraíba e região



Dólar e Ibovespa fecham em alta, com pacote orçamentário de Trump e IOF no Brasil


01/07/2025 12:00 - g1.globo.com


A moeda americana subiu 0,51%, cotada a R$ 5,4610. A bolsa fechou em alta de 0,50%, aos 139.549 pontos. EUA: Senado vota proposta de orçamento do governo Trump O dólar fechou em alta de 0,51% nesta terça-feira (1º), cotado a R$ 5,4610. O Ibovespa teve alta de 0,50%, aos 139.549 pontos. ▶️ O principal destaque é a aprovação, no Senado dos Estados Unidos, do megapacote de cortes de impostos proposto pelo presidente Donald Trump. Entre outros pontos, o projeto prevê a redução de tributos e um expressivo aumento nos gastos públicos do país. Com ele, a dívida pública dos EUA deve aumentar em US$ 3,3 trilhões na próxima década, agravando a situação fiscal do país e elevando a desconfiança em relação à maior economia do mundo. ▶️ Além disso, os investidores acompanham a proximidade do fim do prazo de suspensão do tarifaço. Os EUA têm buscado negociar com seus parceiros econômicos. Até mesmo o Canadá retomou as conversas após recuar da cobrança de uma taxa sobre serviços digitais prestados no país. ▶️ No Brasil, o mercado espera desdobramentos da derrubada do projeto que aumentava o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Como mostrou o g1, a queda na arrecadação e a resistência do Congresso devem levar a novos cortes no Orçamento, e os investidores esperam uma resposta do governo. Veja abaixo como esses fatores impactam o mercado. 💲Dólar a Acumulado da semana: -0,41%; Acumulado do mês: +0,51%; Acumulado do ano: -11,63%. 📈Ibovespa Acumulado da semana: -0,58%; Acumulado da semana: +1,96%; Acumulado do mês: +0,50% Acumulado do ano: +16,02%. O 'grande e belo' pacote orçamentário de Trump O megapacote de cortes de impostos proposto por Donald Trump foi aprovado pelo Senado dos EUA nesta terça. Intitulado One Big Beautiful Bill (“Um grande e belo projeto”, em tradução livre), o texto prevê, entre outros pontos: aumento de recursos destinados ao controle da imigração; ampliação dos gastos com as Forças Armadas; cortes em programas sociais — especialmente na área da saúde; criação de novas isenções fiscais para gorjetas e horas extras; revogação de incentivos à energia limpa implementados pelo democrata Joe Biden. A proposta prorroga os cortes de impostos implementados em 2017, durante o primeiro mandato de Trump. Em contrapartida, reduz os recursos destinados a programas como o Medicaid — que garante acesso à saúde para famílias de baixa renda. Além disso, o projeto pode aumentar significativamente a dívida pública dos EUA. O Escritório de Orçamento do Congresso dos Estados Unidos (CBO, na sigla em inglês) estima que o pacote orçamentário adicionará cerca de US$ 3,3 trilhões (aproximadamente R$ 18 trilhões) à dívida pública do país. Após a aprovação no Senado, o projeto retornará à Câmara dos Deputados. Se for novamente aprovado, seguirá para sanção presidencial. A expectativa é que a votação ocorra já na próxima quarta-feira (2). Trump deseja sancionar a lei até o feriado da Independência, em 4 de julho. O presidente da Câmara, Mike Johnson, afirmou em comunicado que pretende cumprir esse prazo. SAIBA MAIS AQUI. Tarifaço: contagem regressiva para o fim da trégua O tarifaço de Trump voltou a ganhar destaque após a estabilização da situação no Oriente Médio. A suspensão de 90 dias das tarifas impostas pelo republicano está prestes a expirar, e o baixo número de acordos firmados até o momento continua gerando preocupação. Trump e o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, afirmaram nesta terça que o prazo não será estendido e as tarifas poderão ser restabelecidas após 9 de julho. Nesta segunda-feira, o Canadá cancelou o imposto sobre serviços digitais direcionado a empresas de tecnologia dos EUA, poucas horas antes de sua entrada em vigor. A decisão foi interpretada como uma tentativa de destravar as negociações comerciais, que haviam sido interrompidas por Trump. Além disso, a União Europeia busca um alívio imediato nas tarifas comerciais para setores estratégicos do bloco como condição para qualquer acordo com os EUA, segundo diplomatas ouvidos pela Reuters. 🔎 O mercado avalia que o aumento das tarifas sobre importações pode elevar os preços ao consumidor e os custos de produção, pressionando a inflação e reduzindo o consumo. Esse cenário pode levar à desaceleração da economia dos EUA e até a uma recessão global. Powell sob os holofotes Diante das preocupações com as contas públicas e pelo tarifaço, os investidores avaliaram as declarações do presidente do Fed, Jerome Powell, em um evento no Banco Central Europeu (BCE) nesta terça. Powell reforçou que a instituição pretende “esperar e obter mais informações” sobre os impactos das tarifas na inflação antes de reduzir as taxas de juros, ignorando mais uma vez as pressões de Trump por cortes imediatos. “Estamos simplesmente dando um tempo”, afirmou. “Enquanto a economia dos EUA estiver sólida, acreditamos que a atitude mais prudente é esperar, entender melhor e observar quais serão os efeitos.” Na semana passada, Powell já havia feito declarações semelhantes e foi duramente criticado por Trump, que tem pressionado o Fed a iniciar o ciclo de cortes de juros. O presidente chegou a indicar que pretende substituir Powell antes do fim do mandato, em maio de 2026. Questionado sobre as críticas de Trump, Powell afirmou que o Fed está “100% focado” em suas metas de controle da inflação e de geração de empregos — declaração que foi aplaudida pelo público presente na conferência do BCE. A próxima reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC, na sigla em inglês) está marcada para os dias 29 e 30 de julho. De olho no IOF Por fim, a agenda brasileira fraca nesta terça-feira volta as atenções do mercado para as contas públicas, especialmente após o Congresso Nacional ter derrubado, na semana passada, o decreto presidencial que alterava as regras e aumentava a cobrança do IOF. Com a agenda brasileira esvaziada nesta terça-feira, as atenções do mercado se voltam para as contas públicas. Segundo a equipe econômica, a revogação do decreto do IOF deve resultar em uma perda de arrecadação de R$ 10 bilhões ainda neste ano. Especialistas ouvidos pelo g1 alertam que a medida pode levar o governo a adotar novos bloqueios e contingenciamentos no Orçamento de 2025. ▶️ Nesta terça-feira, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou novamente que o governo precisa do aumento do IOF para equilibrar as contas em 2026. Ele evitou confirmar se a medida será contestada no Supremo Tribunal Federal (STF) pela Advocacia-Geral da União (AGU), mas argumentou que o reajuste do imposto apenas “fecha uma brecha” para a sonegação de tributos. O ministro também declarou que, para equilibrar as contas públicas, será necessário aprovar a Medida Provisória que aumenta a tributação sobre apostas eletrônicas (bets), criptoativos, fintechs e outros setores, além de cortar aproximadamente R$ 15 bilhões em benefícios fiscais. Haddad indicou que pretende manter o diálogo com o Congresso e afirmou que aguarda um contato do presidente da Câmara, Hugo Motta, para esclarecer a decisão. Ele também ressaltou que o Executivo nunca mencionou qualquer tipo de traição por parte do Legislativo em relação ao tema. *Com informações da agência de notícias Reuters. Cédulas de dólar bearfotos/Freepik



Haddad diz que aguarda ligação de Motta para esclarecer derrubada do IOF


01/07/2025 11:59 - g1.globo.com

Ministro da Fazenda afirmou que manterá relação com o Congresso e que governo nunca falou sobre 'traição'. Haddad diz que aguarda ligação de Hugo Motta para explicar derrubada do IOF O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta terça-feira (1), que o governo manterá o diálogo com Congresso após a derrubada do decreto do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). E que o Executivo nunca falou sobre traição do Legislativo com relação ao tema. Haddad, no entanto, afirmou que aguarda uma ligação do presidente da Câmara, Hugo Motta, para esclarecer a decisão. "Estou aguardando o retorno de uma ligação que fiz para ele na semana passada", disse Haddad. "Eu fiz uma ligação e estou aguardando o retorno. [Ele] tem que ficar à vontade também. O presidente Hugo Motta frequentou o Ministério da Fazenda como poucos parlamentares. É uma pessoa que é considerada amiga do Ministério da Fazenda. [De] todos aqui, não é só de mim. E sabe que tem livre trânsito comigo. Não tem nenhuma dificuldade, da minha parte nenhuma", prosseguiu. O assunto causou mal estar desde que Motta anunciou, na noite de 24 de junho, que a Câmara votaria a proposta no dia seguinte. A decisão pegou o Planalto e lideranças parlamentares de surpresa. Mas, em uma fina articulação entre as Casas, o Senado também decidiu votar a proposta no mesmo dia. O resultado foi uma derrota histórica para o governo Lula no Congresso. Em um intervalo pequeno, as duas Casas aprovaram a derrubada de três decretos editados por Lula para aumentar o IOF. Na Câmara, a derrota foi consolidada com 383 votos a favor da derrubada dos decretos e apenas 98 contrários. Do total de votos, 242 vieram de partidos com ministérios no governo. Do lado do Senado, a articulação política do Planalto evitou o registro nominal de votos e a derrubada dos decretos foi aprovada de forma simbólica. Agora, o governo deve entrar na Justiça para tentar reverter o quadro. Na semana passada, o governo Lula acionou a Advocacia-Geral da União (AGU) para analisar se a decisão da Câmara dos Deputados de derrubar o IOF. O objetivo é saber se a decisão fere ou não a autonomia entre os poderes. A informação foi confirmada pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em entrevista para a GloboNews na última sexta (27) . Motta chegou a dizer nesta segunda (30) que não traiu o Planalto e que já tinha avisado ao governo que o decreto teria muita dificuldade no Congresso.



Governo precisa de alta do IOF, MP que eleva tributos e corte de benefícios para atingir meta fiscal de 2026, diz Haddad


01/07/2025 11:58 - g1.globo.com


Questionado por jornalistas, ele não respondeu se o governo pode alterar a meta fiscal de 2026, que prevê superávit de 0,25% do PIB, algo como R$ 31 bilhões, para as contas do governo. Haddad diz que aguarda ligação de Hugo Motta para explicar derrubada do IOF O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), afirmou nesta terça-feira (1º) que o governo federal precisa do aumento do Imposto Sobre Operações Financeiras (IOF), barrado pelo Legislativo, para fechar as contas em 2026. Com a derrubada dos decretos do presidente Lula sobre a alta do IOF, o Congresso impõe uma perda de arrecadação aos cofres públicos de cerca de R$ 10 bilhões neste ano e de mais de R$ 20 bilhões em 2026, apontam estimativas do Ministério da Fazenda. Ele evitou confirmar que a medida será contestada no Supremo Tribunal Federal (STF) pela Advocacia Geral da União (AGU), mas argumentou que o aumento do imposto apenas "fecha uma brecha" à sonegação de tributos. Posteriormente, o advogado-geral da União, Jorge Messias, confirmou que o governo contestará a derrubada do IOF no Supremo Tribunal Federal (STF). O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em entrevista ao Estúdio i, da Globonews Fabio Tito/g1 ➡️Segundo Haddad, para equilibrar as contas públicas do próximo ano, será necessário, também, passar a Medida Provisória que eleva uma série de tributos sobre bets, criptoativos e fintechs, entre outros, em um momento em que o Congresso se mostra refratário ao aumento de impostos. ➡️Além disso, confirmou ele, também será preciso cortar cerca de R$ 15 bilhões em benefícios fiscais. ➡️Questionado por jornalistas, ele não respondeu se o governo pode alterar a meta fiscal de 2026, que prevê superávit de 0,25% do PIB, algo como R$ 31 bilhões, para as contas do governo. "Mais do que falar do futuro, eu estou falando do que eu já fiz como ministro da Fazenda em 2024. Nossas medidas não foram aprovadas e, ainda assim, buscamos o melhor resultado fiscal para o país", declarou Haddad, ao ser perguntado sobre a possibilidade de mudar a meta fiscal do próximo ano. Benefícios fiscais Segundo o ministro da Fazenda, o governo pretende apresentar, após o recesso Legislativo, uma nova proposta atendendo a pedidos do Congresso Nacional sobre o corte de benefícios fiscais. Na semana passada, o Legislativo aprovou a derrubada de três decretos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) que aumentavam o IOF, imposto sobre empréstimos e operações de câmbio, entre outros. Considerada necessária pela equipe econômica para equilibrar o orçamento e buscar o atingimento da meta fiscal deste ano, a proposta sofreu com forte resistência do Legislativo por envolver aumento de tributos. E acabou barrada pelo Parlamento. "Nós vamos fazer uma proposta para o Congresso depois do recesso, com base nas conversas que foram mantidas com os líderes naquele domingo. Como, provavelmente, não vai ser uma emenda constitucional, nós estamos elaborando uma peça preservando esses setores — os que tem proteção constitucional", afirmou o ministro a jornalistas.



Metade dos trabalhadores aponta o dinheiro como maior causa de preocupação, diz pesquisa


01/07/2025 06:00 - g1.globo.com


Estudo mostra que 72% dos entrevistados dizem que a saúde financeira afeta a saúde mental e emocional. Outros 51% confidenciaram que a renda não cobre todos os gastos mensais. Notas, moeda, Real, dinheiro, notas de dinheiro Reprodução/Pixabay Uma pesquisa da fintech Onze em parceria com a Icatu, cedida com exclusividade ao g1, mostra que 49% dos entrevistados apontam o dinheiro como a principal fonte de preocupação. O número é maior que temas como saúde (19%), família (15%), trabalho (7%), violência (7%) e política (3%). O estudo ouviu 8.701 pessoas, que são trabalhadores de carteira assinada (CLT), autônomos (MEI), desempregados, aposentados e funcionário público. Os dados revelaram um cenário crítico de falta de planejamento financeiro e sobrecarga emocional. Dos entrevistados que assinalaram a preocupação com as finanças em primeiro lugar, 61% disseram não ter dinheiro para emergências com saúde, como acidentes ou para ajudar amigos e familiares. A pesquisa também revela um agravamento na situação financeira das famílias brasileiras no último ano. Atualmente, 51% dos entrevistados afirmam que a renda mensal não é suficiente para cobrir os gastos. Isso significa um aumento de 10 pontos percentuais em comparação com a edição anterior da pesquisa, realizada em 2023. (veja comparativo abaixo). Além disso, 63% não possuem nenhuma reserva de emergência, e 15% estão endividados e sem qualquer tipo de poupança. Brasileiros se preocupam mais com dinheiro do que com saúde e família Arte g1 Estresse financeiro Essa instabilidade financeira também tem impacto direto na saúde emocional dos trabalhadores: 72% relatam que suas finanças afetam negativamente o bem-estar mental. Entre os sintomas mais comuns estão ansiedade (65%), insônia (50%) e depressão (21%). O levantamento também aponta um crescimento preocupante nos casos de ansiedade provocada por estresse financeiro, com um aumento de 12 pontos percentuais em relação ao ano anterior. (veja comparativo abaixo) “Historicamente, o déficit na educação financeira dos brasileiros impacta diretamente na saúde financeira. Este estudo é um exemplo – há mais de quatro anos, vemos o dinheiro despontando como a maior preocupação na vida das pessoas e o impacto do estresse financeiro está cada vez maior”, destaca Antonio Rocha, CEO e cofundador da Onze. Segundo o executivo, “esse vilão silencioso gera problemas emocionais e não pode mais ser ignorado”. Para Henrique Diniz, diretor de produtos de previdência da seguradora Icatu, a pesquisa reforça a urgência de um olhar mais estruturado sobre o planejamento financeiro no Brasil. Todo esse sentimento de pressão causado pelo dinheiro é chamado de "estresse financeiro". Os impactos se espalham tanto pela saúde física como pela produtividade no trabalho e nas relações pessoais. Cerca de 62% dos entrevistados chegaram a afirmar que a vida seria melhor caso conseguisse atingir estabilidade financeira com planejamento e melhor organização das dívidas. Um exemplo de trabalhador nessa situação é a Daniela da Silva Freitas, de 47 anos. Moradora de São Bernardo do Campo, no ABC paulista, ela atua como encarregada de portaria e ganha cerca de R$ 2,3 mil por mês. Mãe solo de dois filhos, ela recebe R$ 1.160 de pensão dos filhos, porém precisa pagar R$ 1,2 mil só de aluguel, fora os gastos com água, luz, internet, alimentação e estudos. A trabalhadora não tem uma poupança para emergência e afirma estar “sobrevivendo”. “Todo mês é a mesma coisa. Uma semana antes de receber, eu já começo a ficar ansiosa, pego o papel, faço a planilha, anoto tudo o que tenho que pagar, o que dá pra segurar, o que não dá. Isso me deixa perturbada, fico uma semana mal só pensando no que vai sobrar ou faltar”, explica. Daniela costuma fazer planilhas mensais, revisando o que poderá ou não pagar. A trabalhadora relata um sentimento de frustração por trabalhar e não conseguir ter pequenos prazeres e mesmo empregada, ela sente que vive em constante aperto. “Eu não me conformo de trabalhar tanto e não conseguir pagar uma pizza no fim de semana. Isso me deixa muito para baixo. Sempre preciso cortar de um lado para cobrir o outro”, completa. Mais da metade dos brasileiros têm a saúde mental afetada pelas finanças Arte g1 Brasileiro mais comprometido com o ‘básico’ Um estudo realizado pela economista Isabela Tavares, da Tendências Consultoria, mostra que a renda disponível para o brasileiro depois de todos os gastos com itens essenciais diminuiu nos últimos anos. O percentual foi de 42,45% em dezembro de 2023 para 41,87% no mesmo período do ano passado, na média de toda a população. (veja pesquisa completa) Dez anos antes, os brasileiros ainda podiam contar com 45,5% do seu orçamento depois dos gastos essenciais, o que demonstra que houve uma perda do poder de compra das famílias desde então. Esse é o caso da autônoma Letícia Guedes, de 29 anos, mãe solo de três filhos – duas meninas com deficiência (uma delas já falecida) e um menino pequeno. Ambas as filhas nasceram com a síndrome de Dandy-Walker, uma condição neurológica rara. Letícia recebe um salário mínimo mensal através Benefício de Prestação Continuada (BPC), além de uma pensão alimenticia de R$ 500. Porém, o benefício exige que ela não tenha nenhuma outra fonte de renda formal. Isso a impede de ter um emprego registrado, ou atuar como Microempreendedor individual (MEI). A filha que sobreviveu, Manuela, precisa de cuidados especiais e se alimenta através de sonda com um leite especial, que custa cerca de R$ 150 por lata. Além dos gastos com a alimentação especial da filha, Letícia precisa desembolsar todos os meses R$ 1.350 para o aluguel e isso a força a viver em situação de extrema limitação financeira. Para complementar a renda, ela vende brigadeiros, bolos e lanches na rua. "Eu recebo um salário mínimo e a pensão da minha filha, mas só o leite que ela precisa já custa R$ 150 e dura um dia. Pago aluguel, contas, alimentação... e ainda tento vender lanche na rua, fazer freelancer, parceria em rede social. Mesmo fazendo tudo isso, não consigo suprir. A conta nunca fecha”, explica. Leticia Guedes e os dois filhos, Manuela e Anthony. Reprodução/Redes sociais Outra situação parecida é Kaline Costa, de 25 anos, que chegou a ter crises de pânico e ficou internada por cinco dias na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), por conta da instabilidade financeira e está vivendo em um esquema de “sobrevivência”. Formada em logística, Kaline é mãe solo de uma menina de 5 anos. Apesar de atuar na área que estudou, a jovem enfrenta dificuldades financeiras por conta do salário não suprir todas as demandas. Isso porque, a renda de R$ 5 mil está comprometida com empréstimo consignado, convênio médico, financiamento do apartamento que ela mora e outras despesas fixas, o que faz sobrar valores mínimos no fim do mês — em uma ocasião, chegou a ter apenas R$ 150. Ela comprou um apartamento com apoio da avó, que prometeu ajudá-la financeiramente, mas que a deixou sozinha com as dívidas. Desde então, Kaline teve as contas bancárias bloqueadas pela construtora por falta de pagamento de um boleto inesperado de R$ 3 mil. O pai da filha contribui com apenas R$ 300 de pensão e, desse total, R$ 190 é para a perua escolar da criança. Desde 2022, ela faz acompanhamento psicológico e toma medicamentos controlados para ansiedade, controle de humor e insônia. "Estou num nível, pra você ter ideia, que todas as minhas contas estão bloqueadas. Meu salário cai e eu tenho que tirar ele imediatamente. Estou vivendo igual bandido que tem laranja, sabe? Não posso usar nada no meu nome. E, às vezes, na última semana do mês, a gente come pão com ovo todo dia, às vezes nem dinheiro pra comprar o pão tem”, conta. "Eu estudei, eu trabalhei, eu fiz o que eu precisava fazer igual todo mundo falou. Deixei a arte de lado, porque sempre fui artista, mas nunca levei como primeira opção. E no final das contas, eu estou bloqueada tanto quanto um bandido. O sistema está me tratando igual. Então, o que que me adiantou? Nada”, completa. Kaline Costa e a filha, Tayná Maria Santos, de 5 anos. Arquivo Pessoal Como superar o estresse financeiro? Em entrevista ao podcast Educação Financeira, Ana Paula Netto, consultora financeira da Onze, afirma que o principal gatilho de estresse financeiro é a falta de organização. "Com base em outras pesquisas que fizemos, o que te leva a ter saúde financeira é a disciplina. Mas as pessoas relutam em se organizar porque, em geral, associam dinheiro a sentimentos negativos", diz. Segundo a planejadora financeira Paula Bazzo, a quebra dessa inércia pode vir de um estudo de si mesmo sobre estilo de organização. "Tem pessoas que não funcionam ao tentar 'planilhar' esses números. É preciso tirar esse peso de que tudo tem que ser planilhado. Tem pessoas que desistem antes mesmo de começarem", afirma. Bazzo diz que separar uma ou duas horas por semana para pensar nas obrigações financeiras em cada área da vida já pode ser um bom início. Assim, já se pode ter um norte para avaliar se a pessoa está dentro ou ultrapassou os limites. "Para aquela pessoa que é completamente desorganizada e não se reconhece no processo de organização financeira, ter um orçamento um pouco mais simples é mais funcional do que tentar fazer uma planilha super complexa e cheia de gráficos", diz a especialista. Fortuna do 1% mais rico poderia acabar com a pobreza 22 vezes, aponta estudo Inflação do ‘básico’ compromete cada vez mais o orçamento das famílias no Brasil, mostra estudo Por que a percepção da economia está ruim?



ANÁLISE: energia dos campos, o superpoder brasileiro subestimado


01/07/2025 05:00 - g1.globo.com


País é um modelo de soberania energética sustentável, porém o Ocidente só se concentra na devastação amazônica. Cabe aos brasileiros cuidar para que seu papel pioneiro seja reconhecido – e até faça escola. Safra de cana-de-açúcar pode perder produtividade onda de calor e falta de chuvas se prolongarem, afirma o vice-presidente da Coplacana de Piracicaba Claudia Assencio/g1 Diante das guerras no Oriente Médio, nos últimos dias cresce o temor de que o preço do petróleo volte a atingir picos históricos. Isso seria ruim para a conjuntura mundial, pois combustível mais caro impulsiona a inflação, os bancos centrais seriam obrigados a aumentar seus juros. A consequência seria a estagnação da economia mundial, com inflação alta. No Brasil tais cenários são vistos com menos dramaticidade do que na Europa ou na Ásia, as quais dependem de importações de petróleo. Por um lado, por o país ser, ele mesmo, um grande produtor do combustível fóssil. Por outro, pelo fato de a agricultura cobrir grande parte da demanda energética nacional: 30% da eletricidade e combustíveis do país provém das fazendas. Trata-se de uma situação única, em todo o mundo. Nações como Índia, Tailândia ou China, que investem igualmente em bioenergia, apresentam percentagens muito mais baixas. Na Alemanha, que por longos anos subvencionou projetos de biogás com dinheiro dos contribuintes, apenas de 7% a 8% da energia provém dos campos. Como mostra uma análise recém-publicada do Observatório de Bioeconomia da Fundação Getúlio Vargas (FGV), nas fazendas a energia é produzida de diversas formas, todas substituindo o petróleo. Cana-de-açúcar fornece etanol. Milho e soja são utilizados como combustível em forma de biodiesel puro ou combinado com outras fontes. Além disso, os conglomerados de cana alimentam a rede elétrica com a incineração de biomassa; em outras instalações, resíduos orgânicos são transformados em biogás. Reportagem do Globo Rural de 2023 mostra que, com crescimento da produção de etanol de milho, MT investia em novas usinas Potencial de modelo para outras economias agrárias A parcela da energia dos campos vai crescer no Brasil. A segunda geração da produção de etanol está apenas engatinhando, com a utilização de enzimas para extrair a substância das fibras de cana-de-açúcar. Também cresce vertiginosamente o bioetanol a partir do milho, já tendo sido dada a partida para os primeiros projetos de combustível de aviação sustentável (SAF, sustainable aviation fuel). Cada vez mais empresas agrícolas injetam sua energia diretamente na rede elétrica, ou se tornam autônomas através de painéis solares. Assim, também participarão do desenvolvimento do hidrogênio combustível verde. A Europa quase não registra essa autonomia energética sustentável brasileira. Mas também no país ela é subestimada – um dado surpreendente, pois, perante as atuais reviravoltas geopolíticas, a autonomia energética se torna, para as empresas, um fator cada vez mais importante na escolha de sua locação. A Europa volta a vivenciar mais uma vez como é dependente de energia importada, seja gás natural russo, seja petróleo do Oriente Médio. Desde as "crises do petróleo" de meio século atrás, o continente não conseguiu reduzir essa dependência. Por sua vez, o Brasil é basicamente independente, além de ostentar uma das produções de energia mais sustentáveis do mundo, cobrindo mais da metade do consumo nacional. Sua matriz energética é decentralizada, de cunho agrário e independente de combustíveis fósseis. Nas negociações com os parceiros globais, o país deveria apostar mais fortemente em sua soberania energética, e seu modelo poderia servir de base para outros países agrários emergentes. Infelizmente, o Brasil se apresenta antes na defensiva, no âmbito internacional. Com o argumento da devastação da Amazônia, seu papel pioneiro na sustentabilidade é obliterado. Sobretudo por nós, europeus, pois a China vê a situação de modo bem diferente, mostrando-se muito interessada em adaptar para si partes do sistema brasileiro de energia agrária. Porém é também verdade que o boom agrário do Brasil transcorre em parte à custa do meio ambiente – ou seja, da floresta tropical e de outros biomas. Enquanto o país não reconhecer claramente a corresponsabilidade do agronegócio nos desmatamentos e não se opuser a ela com eficácia, nos grêmios internacionais ocidentais ele será classificado antes como pecador ecológico, não como pioneiro ambiental. Cabe exclusivamente ao próprio Brasil mudar essa situação. Há mais de 30 anos o jornalista Alexander Busch é correspondente de América do Sul. Ele trabalha para o Handelsblatt e o jornal Neue Zürcher Zeitung. Nascido em 1963, cresceu na Venezuela e estudou economia e política em Colônia e em Buenos Aires. Busch vive e trabalha em Salvador. É autor de vários livros sobre o Brasil. O texto reflete a opinião pessoal do autor, não necessariamente da DW. Preço do café deve cair até o fim do ano, mas em ritmo lento; entenda Prato do Futuro: Quintais mudam vidas no sertão



Batidas contra imigrantes esvaziam fazendas nos EUA; colheitas estão apodrecendo, dizem produtores


01/07/2025 05:00 - g1.globo.com


Fazendeiros relatam perdas após operações da Imigração norte-americana afastarem trabalhadores imigrantes. Frutas e verduras estão apodrecendo nos campos, segundo produtores e funcionários. Batidas contra imigrantes esvaziam fazendas nos EUA, e safra apodrece Lisa Tate representa a sexta geração de uma família de fazendeiros no condado de Ventura, região na Califórnia que produz bilhões de dólares em frutas e verduras todos os anos. Grande parte desses produtos é colhida manualmente por imigrantes que estão ilegalmente nos EUA. Tate conta que viu de perto os impactos das ações do Serviço de Imigração e Alfândega dos Estados Unidos (ICE, na sigla em inglês), realizadas neste mês como parte da política migratória do presidente Donald Trump. Segundo ela, as batidas assustaram os trabalhadores rurais. "Nos campos, eu diria que 70% dos trabalhadores foram embora. Se 70% da sua força de trabalho não aparecer, 70% da sua safra não será colhida e pode estragar em um dia." Leia também: LGBTs no campo: a luta de uma mulher trans quilombola contra o preconceito 'Não conhecia rúcula, salsa, couve': como a agricultura mudou vidas no Brasil Tate diz que a maioria dos norte-americanos não quer fazer o trabalho de colheita, e acrescenta que os produtores podem ir à falência por falta de mão de obra. "A maioria dos fazendeiros daqui mal está conseguindo sobreviver." Nas terras agrícolas ao norte de Los Angeles, dois fazendeiros, dois supervisores e quatro funcionários imigrantes do campo disseram à Reuters que as batidas do ICE levaram a maioria dos trabalhadores a parar de comparecer. Isso significa que as plantações não estão sendo colhidas e as frutas e verduras estão apodrecendo na época de pico da colheita, disseram eles. Um mexicano que trabalha como supervisor de fazenda e preferiu não se identificar contou que costuma coordenar 300 trabalhadores na preparação de um campo de morangos. No dia da entrevista, tinha apenas 80. Em outra fazenda, um colega relatou que a equipe habitual de 80 pessoas foi reduzida a apenas 17. A ofensiva dos agentes de imigração nos EUA Quebra no abastecimento de alimentos Economistas e políticos reconhecem que muitos dos trabalhadores agrícolas dos Estados Unidos estão no país ilegalmente. Segundo eles, uma queda brusca nesse número pode causar prejuízos graves à cadeia de abastecimento de alimentos e à economia das regiões agrícolas. Douglas Holtz-Eakin, ex-diretor do Escritório de Orçamento do Congresso e integrante do Partido Republicano, estima que 80% dos trabalhadores do campo nos EUA são estrangeiros, e quase metade está em situação irregular. Segundo ele, a perda dessa mão de obra pode encarecer os alimentos para os consumidores. "Isso é ruim para as cadeias de suprimentos, ruim para o setor agrícola", disse Holtz-Eakin. Brasil é um grande produtor de alimentos, mas convive com a insegurança alimentar Imigrantes da Guatemala trabalham em uma fazenda no condado de Kern, na Califórnia REUTERS/Pilar Olivares Mais de um terço dos vegetais dos EUA e mais de três quartos das frutas e nozes do país são cultivados na Califórnia, de acordo com o Departamento de Alimentos e Agricultura do estado. As fazendas e ranchos da região movimentaram quase US$ 60 bilhões em 2023. Entre quatro trabalhadores imigrantes ouvidos pela Reuters, dois estão em situação irregular e aceitaram falar sob anonimato, com medo de serem detidos pelo ICE. Um deles, de 54 anos, trabalha nos campos agrícolas dos EUA há 30 anos e tem esposa e filhos no país. Ele disse que a maioria de seus colegas deixou os campos. "Se eles aparecem para trabalhar, não sabem se voltarão a ver sua família", disse ele. Imigrante trabalha em colheita em fazenda em Oxnard, Califórnia REUTERS/Pilar Olivares O outro trabalhador que está em situação irregular disse que os trabalhadores já acordam com medo. "Nos preocupamos com o sol, o calor e, agora, com um problema muito maior: muitos não voltam para casa. Eu tento não me meter em problemas. Agora, quem for preso por qualquer motivo será deportado." Segundo cinco grupos comunitários que apoiam os trabalhadores rurais, muitos imigrantes voltam aos campos, dias depois das operações, por não terem outra fonte de renda. Os trabalhadores também estão adotando outras medidas para reduzir a exposição, como pegar carona com pessoas com status legal para trabalhar ou enviar filhos de cidadãos norte-americanos para fazer compras no supermercado, disseram os grupos. Trump admitiu em uma postagem nas redes sociais, neste mês, que as batidas contra imigrantes rurais e funcionários de hotéis estavam "tirando trabalhadores muito bons e de longa data" desses setores, "sendo quase impossível substituir esses empregos" Depois, Trump disse a repórteres: "Nossos fazendeiros estão sendo muito prejudicados. Eles têm trabalhadores muito bons." E acrescentou: "Eles não são cidadãos, mas acabaram se tornando ótimos." Trump se comprometeu a emitir uma ordem para lidar com o impacto das ações, mas nenhuma mudança na política foi anunciada até o momento. Imigrante e observador legal estão deitados no chão durante detenção por agentes federais no tribunal de imigração dos EUA em Manhattan, na cidade de Nova York, EUA, em 6 de junho de 2025. Reuters/David 'Dee' Delgado/Foto de arquivo Mais de 150 pessoas são presas na Califórnia em quatro dias de protestos contra prisões de imigrantes



Nova nota fiscal entra em teste nesta terça-feira; formato foi criado pela reforma tributária


01/07/2025 03:01 - g1.globo.com


Novo modelo promete simplificar e padronizar a emissão de notas. Obrigatoriedade das novas regras só entra em vigor em janeiro de 2026. Nota fiscal Thiago Gadelha/SVM As notas fiscais eletrônicas emitidas no Brasil passarão por uma transformação significativa. Com a Reforma Tributária, o sistema atual será unificado e adotará um layout padronizado em todo o território nacional. A padronização abrangerá tanto a Nota Fiscal Eletrônica (NF-e) quanto a Nota Fiscal de Consumidor Eletrônica (NFC-e), impactando diretamente empresas, prestadores de serviços e o comércio varejista. A atualização dos layouts dessas notas tem como objetivo alinhar o sistema fiscal brasileiro à nova estrutura tributária definida pela Emenda Constitucional 132/2023 e pela Lei Complementar 214/2025. A nova legislação instituiu três tributos: o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), a Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS) e o Imposto Seletivo (IS), que substituirão gradualmente os tributos federais, estaduais e municipais atualmente em vigor até 2033. Atualmente, cada estado opera com seu próprio sistema de autorização de notas fiscais, o que dificulta a integração de dados e torna as obrigações fiscais mais complexas para as empresas. Segundo a Fenacon, o preenchimento das notas será mais intuitivo com o novo modelo, automatizado e compatível com a nova lógica tributária nacional. A fase de testes do novo sistema começa nesta terça-feira (1º), mas a obrigatoriedade das novas regras só entra em vigor em janeiro de 2026. A partir dessa data, empresas que não estiverem adequadas poderão ter suas notas rejeitadas, o que pode impactar diretamente o funcionamento do negócio e o fluxo de caixa. Veja a seguir perguntas e respostas sobre o tema. O que vai mudar na Nota Fiscal Eletrônica? Por que essa mudança está acontecendo? Quando a nova nota fiscal começa a valer? O que acontece se a empresa não se adequar a tempo? Quando as notas podem ser rejeitas? A nota fiscal atual vai acabar? MEIs: entenda as novas regras para emissão de notas fiscais 1. O que vai mudar na Nota Fiscal Eletrônica? O layout da NF-e e da NFC-e será ampliado para incluir informações detalhadas sobre os tributos IBS, CBS e IS. Entre as principais mudanças estão a criação de campos específicos por item vendido, dados sobre alíquotas (percentuais de imposto), devoluções e regimes especiais, como o monofásico e o crédito presumido. Volte ao índice. 2. Por que essa mudança está acontecendo? Essa mudança faz parte da reforma tributária aprovada em 2023. O objetivo é unificar o sistema de notas fiscais em todo o país, adotando um modelo único e padronizado. A ideia é simplificar o processo de prestação de contas pelas empresas e aprimorar o controle da arrecadação de tributos. Volte ao índice. 3. Quando a nova nota fiscal começa a valer? A nova nota fiscal será obrigatória a partir de janeiro de 2026. Antes disso, haverá um período de testes a partir desta terça, permitindo que empresas e sistemas se preparem. A partir de outubro de 2025, o novo sistema poderá ser utilizado em ambiente de produção por empresas que desejarem se antecipar. Volte ao índice. 4. O que acontece se a empresa não se adequar a tempo? Se a empresa continuar emitindo notas no formato antigo após o início da obrigatoriedade, esses documentos poderão ser rejeitados. Isso pode comprometer o registro das vendas, causar prejuízos, atrasos nas entregas, perda de faturamento e até sanções legais. Volte ao índice. 5. Quando as notas podem ser rejeitas? Além do uso do sistema antigo, notas fiscais podem ser rejeitadas se contiverem informações incorretas ou se campos obrigatórios estiverem em branco. Exemplos de rejeição incluem: IBS estadual abaixo do mínimo permitido; IBS municipal zerado, o que não é aceito; Ausência de informações obrigatórias sobre IBS ou CBS. Volte ao índice. 6. A nota fiscal atual vai acabar? O sistema atual de nota fiscal continuará coexistindo com o novo durante um período de transição. Segundo a cartilha da Fenacon e a Nota Técnica da Receita Federal, as informações sobre os novos tributos serão opcionais ao longo de 2025, mesmo após a liberação do novo modelo em ambiente de produção, prevista para outubro. A obrigatoriedade começa apenas em janeiro de 2026, e será implementada de forma gradual. Esse período de convivência tem como objetivo permitir que as empresas ajustem seus sistemas, testem integrações e capacitem suas equipes sem comprometer as operações. Além disso, como a regulamentação completa da reforma tributária ainda está em andamento, alterações nos layouts e nas regras técnicas ainda podem ocorrer. Volte ao índice.



Bolsa Família 2025: veja o calendário de pagamentos de julho


01/07/2025 03:00 - g1.globo.com


Primeiros a receber serão os beneficiários com Número de Identificação Social (NIS) com final 1. Pagamento previsto é de R$ 600 por família, com possíveis adicionais; valores serão pagos de forma escalonada até o fim do mês. A Caixa Econômica Federal inicia os pagamentos de julho do Bolsa Família 2025 no próximo dia 18, uma sexta-feira. Os primeiros a receber serão os beneficiários com Número de Identificação Social (NIS) com final 1. O dinheiro vai ser disponibilizado nos últimos 10 dias úteis de cada mês, de forma escalonada. A exceção é o mês de dezembro, quando os pagamentos são antecipados. Confira o calendário do Bolsa Família para julho de 2025: Final do NIS: 1 - pagamento em 18/7 Final do NIS: 2 - pagamento em 21/7 Final do NIS: 3 - pagamento em 22/7 Final do NIS: 4 - pagamento em 23/7 Final do NIS: 5 - pagamento em 24/7 Final do NIS: 6 - pagamento em 25/7 Final do NIS: 7 - pagamento em 28/7 Final do NIS: 8 - pagamento em 29/7 Final do NIS: 9 - pagamento em 30/7 Final do NIS: 0 - pagamento em 31/7 Ao longo do ano, a previsão de pagamentos é: Agosto: de 18/8 a 29/8; Setembro: de 17/9 a 30/9; Outubro: de 20/10 a 31/10; Novembro: de 14/11 a 28/11; Dezembro: de 10/12 a 23/12. Bolsa Família Luis Lima Jr/FotoArena/Estadão Conteúdo Veja abaixo perguntas e respostas sobre o Bolsa Família. Quem pode receber o Bolsa Família? A principal regra para receber o benefício é ter renda mensal familiar de até R$ 218 por pessoa. Para se enquadrar do programa, é preciso somar a renda total e dividir pelo número de pessoas. Caso o valor fique abaixo dos R$ 218, a família está elegível ao Bolsa Família. Os beneficiários também precisam arcar com contrapartidas, como: manter crianças e adolescentes na escola; fazer o acompanhamento pré-natal (no caso de gestantes); manter as carteiras de vacinação atualizadas. Onde se cadastrar? Os beneficiários precisam se inscrever no Cadastro Único (CadÚnico) — principal instrumento do governo federal para a inclusão de famílias de baixa renda em programas sociais — e aguardar uma análise de enquadramento. Estar no Cadastro Único não significa a entrada automática nos programas sociais do governo, uma vez que cada um deles tem regras específicas. Mas o cadastro é pré-requisito para que a inscrição seja avaliada. VEJA COMO FAZER O CADASTRO ÚNICO DO GOVERNO FEDERAL Como sacar o Bolsa Família? Os beneficiários recebem e podem movimentar os valores pelo aplicativo Caixa TEM e internet banking. Assim, não é necessário ir até uma agência da Caixa Econômica Federal — que é responsável pelo pagamento do Bolsa Família — para realizar o saque. Segundo a Caixa, os beneficiários também podem utilizar o cartão do programa para realizar compras nos estabelecimentos comerciais, por meio da função de débito. Bolsa Família 2025: veja as regras e o calendário de pagamentos de junho Além disso, há a opção de realizar saques nos terminais de autoatendimento, casas lotéricas e correspondentes Caixa Aqui, além das agências da Caixa.



Governo eleva imposto de importação para carros elétricos e híbridos a partir desta terça


01/07/2025 03:00 - g1.globo.com


Aumento faz parte de um cronograma para reconstituição gradual do imposto para tornar os modelos produzidos em solo nacional mais atrativos. Alíquotas vão de 25% a 30%. BYD Explorer pode trazer 7.000 veículos importados de uma só vez BYD/divulgação O governo federal elevou novamente o imposto de importação para carros elétricos e híbridos a partir desta terça-feira (1º), com alíquotas que vão de 25% a 30%. O aumento faz parte de um cronograma de aumento gradual aprovado em novembro de 2023 pelo Comitê Executivo de Gestão (Gecex) da Câmara de Comércio Exterior (Camex) e divulgado pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic). A nova alíquota se aplica aos modelos da seguinte forma: A elevação do imposto sobre veículos importados tem a intenção de tornar os modelos produzidos em solo nacional mais atrativos. As alíquotas que vigoraram antes do aumento eram as seguintes: ⚡ Elétricos: 18%; 🚗 Híbridos: 25%; 🚙 Híbridos plug-in: 20%. Agora, passam a ser de: ⚡ Elétricos: 25%; 🚗 Híbridos: 30%; 🚙 Híbridos plug-in: 28%. 🔎 EXEMPLO: Um híbrido plug-in que custasse R$ 240.000 antes da alteração deveria passar a custar R$ 256.000, já que o Imposto de Importação passou de 20% para 28%. ➡️ Acontece que os aumentos de preços podem não acontecer, a depender da política de preços de cada fabricante e de seus revendedores. Eles podem optar por não repassar o imposto para segurar o valor atual do automóvel. A última etapa do cronograma de aumento está prevista para julho de 2026, quando a alíquota chegará a 35% para todos os tipos de veículos eletrificados. Governo aumenta imposto de importação para carros elétricos e híbridos Importações De acordo com a Associação Brasileira das Empresas Importadoras e Fabricantes de Veículos Automotores (Abeifa), os emplacamentos de veículos importados no período de janeiro a maio de 2025 chegam a 186.181 unidades. Deste montante, 92.743 veículos são eletrificados, ou seja, 49,81% dos carros trazidos para o Brasil são elétricos, híbridos ou híbridos plug-in. Entre janeiro e maio de 2025, foram emplacados 186.181 veículos importados, frente a 156 mil no mesmo período de 2024 — alta de 19,3% no ano. De acordo com a Federação Nacional dos Distribuidores de Veículos Automotores, foram vendidos 929.144 veículos leves e comerciais leves no Brasil no período de janeiro a maio de 2025. Assim, os pouco mais de 92 mil veículos eletrificados importados correspondem a 9,98% do total. Existe, porém, pressão das montadoras com fábrica no Brasil, para que essa última etapa -- na qual todos os veículos eletrificados importados serão taxados em 35% -- seja antecipada. A Abeifa solicita que o prazo aprovado seja cumprido. “O aumento escalonado da alíquota de importação de veículos eletrificados, iniciado em janeiro de 2024, foi assimilado por empresas importadoras. Desde então todas se programaram. Houve e há previsibilidade. Refutamos quaisquer mudanças radicais, como a antecipação da alíquota de 35%, prevista para julho de 2026”, afirma Marcelo Godoy, presidente da Abeifa A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) vem demonstrando preocupação com o aumento das importações, especialmente de modelos eletrificados. "Estamos recebendo um fluxo de importações muito acima de um nível saudável, o que se reflete na queda de vendas de produtos nacionais, sobretudo no varejo", apontou Igor Calvet, presidente da Anfavea, em maio deste ano. "Marcas estrangeiras com altos estoques continuam destinando navios abarrotados para nossos portos, adiando seus planos de produção local e ainda solicitando inaceitáveis reduções de tarifas para importação de veículos desmontados, o que afronta nosso governo, nossa indústria e nossos trabalhadores”, conclui Calvet. LEIA MAIS Xiaomi lança o YU7, SUV elétrico mais barato que Tesla Model Y Motos elétricas: novo crédito para motoboys pode alavancar o mercado no Brasil? VÍDEO: Novo Fiat Fastback 2026 continua o mesmo — para o bem e para o mal; veja o teste Produção nacional Uma das alternativas das montadoras estrangeiras para driblar a nova alíquota é o investimento em produção nacional. Muitas marcas, em especial chinesas, já anunciaram fábricas no Brasil ou já até inauguraram suas unidades. A BYD e GWM já possuem fábricas no país. Juntas, elas representam 55,9% do mercado de carros eletrificados no Brasil, segundo dados da Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE). A BYD comprou a antiga fábrica da Ford em Camaçari (BA). Procurada, a BYD não comentou qual é a previsão para o início da fabricação nacional. A promessa inicial da marca era de começar a atender o mercado nacional no último trimestre do ano passado. A notícia sobre a situação dos trabalhadores chineses em condições análogas à escravidão, somada à contratação de uma nova empresa para finalizar as obras, contribuíram com o atraso. A GWM está instalada em Iracemápolis, interior de SP, onde a Mercedes-Benz já produziu modelos como o Classe C e o GLA. A empresa afirmou que espera a inauguração e início da pré-produção “ainda em julho”. A Caoa Chery monta alguns SUVs da linha Tiggo em Anápolis (GO), e deve utilizar também uma unidade em Jacareí (SP) ainda neste ano para produzir outros modelos do grupo, como as marcas Omoda e Jaecoo. Outras montadoras também planejam instalar fábricas no país. A GAC Motors negocia a construção de uma unidade em Catalão (GO). Já a Geely, que utilizou o porto de Paranaguá (PR) para trazer o primeiro lote do SUV elétrico EX5, estuda abrir uma planta em São José dos Pinhais (PR), em parceria com a Renault. GWM Ora 03 GT: veja o teste do g1, com pontos positivos e negativos do carro



Mega-Sena pode pagar R$ 52 milhões nesta terça-feira


01/07/2025 03:00 - g1.globo.com


Apostas podem ser feitas até as 19h em lotéricas ou pela internet. Mega-Sena Marcelo Brandt/G1 O concurso 2.882 da Mega-Sena pode pagar um prêmio de R$ 52 milhões para os acertadores das seis dezenas. O sorteio ocorre às 20h desta terça-feira (1º), em São Paulo. No concurso do último sábado (28), ninguém levou o prêmio máximo. A aposta mínima para a Mega-Sena custa R$ 5 e pode ser realizada também pela internet, até as 19h – saiba como fazer a sua aposta online. A Mega-Sena tem três sorteios semanais: às terças, quintas e sábados. Entenda como funciona a Mega-Sena e qual a probabilidade de ganhar o prêmio Para apostar na Mega-Sena As apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília), em qualquer lotérica do país ou pela internet, no site da Caixa Econômica Federal – acessível por celular, computador ou outros dispositivos. É necessário fazer um cadastro, ser maior de idade (18 anos ou mais) e preencher o número do cartão de crédito. Probabilidades A probabilidade de vencer em cada concurso varia de acordo com o número de dezenas jogadas e do tipo de aposta realizada. Para a aposta simples, com apenas seis dezenas, que custa R$ 5, a probabilidade de ganhar o prêmio milionário é de 1 em 50.063.860, segundo a Caixa. Já para uma aposta com 15 dezenas (limite máximo), com o preço de R$ 22.522,50, a probabilidade de acertar o prêmio é de 1 em 10.003, ainda segundo a Caixa.



Lula determina que assessores separem enfrentamento jurídico da política


01/07/2025 02:08 - g1.globo.com

Lula não deve procurar os presidentes da Câmara e do Senado, segundo outro assessor, mas estará aberto ao diálogo. Governo quer batlaha jurídica, e não política, sobre o IOF Ao optar pela ação para manter o decreto do IOF, o presidente Lula determinou aos seus assessores que separem o enfrentamento jurídico do embate político e pediu para seus ministros que cuidam da articulação política e líderes no Congresso que mantenham “todas as portas abertas” para construir uma solução menos traumática para a relação do Executivo com o Legislativo, afirmaram ao blog assessores próximos de Lula. “O presidente não vai abrir mão de sua autoridade, mas ele pediu que a ala política do governo busque formas de restaurar um bom ambiente institucional”, disse um ministro ao blog. Lula não deve procurar os presidentes da Câmara e do Senado, segundo outro assessor, mas estará aberto ao diálogo. O governo tem noção de que ir ao STF para derrubar uma decisão do Congresso é um momento divisor de águas, mas a ideia é defender as prerrogativas presidenciais e pôr fim ao que alguns governistas avaliam como um processo de interdição política do Congresso sobre o Executivo. Segundo assessores, Lula pediu um exame exaustivo da constituição para só buscar o STF se houvesse grande margem de segurança na vitória do Executivo. “A mesma Constituição que vale para os presidentes da Câmara e Senado, vale para o presidente da República”, disse outro interlocutor de Lula. Um embate entre os dois poderes é visto pelo governo como um movimento de “perde-perde”, já que há o tema das emendas parlamentares já em discussão no STF e que o governo, em diversos momentos, se colocou a favor do Congresso.



CNU 2025 tem edital publicado: veja datas, vagas e como se inscrever


01/07/2025 01:31 - g1.globo.com


Concurso vai oferecer 3.652 vagas, com salários iniciais que variam entre R$ 4 mil e R$ 16,4 mil. Inscrições começam nesta quarta-feira (2). CNU 2025 tem edital publicado: veja datas, vagas e como se inscrever O edital da segunda edição do Concurso Nacional Unificado (CNU) foi publicado nesta segunda-feira (30), em edição extra do Diário Oficial da União (DOU). A seleção deste ano oferece 3.652 vagas para cargos de níveis médio, técnico e superior. Os salários iniciais variam de R$ 4 mil a R$ 16.413,35. As inscrições começam nesta quarta-feira (2) e vão até 20 de julho, exclusivamente pelo site da Fundação Getulio Vargas (FGV), banca responsável pela organização do concurso. (confira o cronograma abaixo) ➡️ CLIQUE PARA VER O EDITAL COMPLETO ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 Concursos no WhatsApp 🔍 Diferentemente da edição anterior, que contou com oito editais, um para cada bloco temático, o processo seletivo será regido por um único edital. O documento traz informações detalhadas sobre as vagas, salários, conteúdo programático das provas, critérios de classificação e composição das notas finais. Os cargos estão distribuídos em nove blocos temáticos, que agrupam as vagas por áreas de atuação semelhantes. São eles: Bloco 1: Seguridade Social (Saúde, Assistência Social e Previdência Social) Bloco 2: Cultura e Educação Bloco 3: Ciências, Dados e Tecnologia Bloco 4: Engenharias e Arquitetura Bloco 5: Administração Bloco 6: Desenvolvimento Socioeconômico Bloco 7: Justiça e Defesa Bloco 8: Intermediário – Saúde Bloco 9: Intermediário – Regulação ⚠️ O CNU permite que o candidato faça uma única inscrição, escolhendo os blocos e cargos de sua preferência. A disputa pelas vagas ocorre dentro do bloco temático selecionado. 💼 Vagas, órgãos participantes e distribuição por cidades O CNU 2025 vai oferecer 3.652 vagas para cargos de nível médio, técnico e superior, distribuídas entre diversos órgãos públicos. As oportunidades estão organizadas em nove blocos temáticos, que agrupam cargos por áreas de atuação semelhantes. (veja a lista completa mais abaixo) Esse formato permite que o candidato concorra a várias vagas dentro de um mesmo bloco, com apenas uma inscrição. Embora a maior parte das vagas esteja concentrada em órgãos com sede em Brasília (DF), também há postos disponíveis em diversos estados do país. 💰 Salários Os salários iniciais no CNU 2025 variam de R$ 4 mil a R$ 16.413,35 dependendo do cargo e do nível de escolaridade exigido. Consulte as remunerações iniciais previstas na tabela abaixo. 🖱️ Como vai funcionar a inscrição? O candidato fará uma única inscrição e poderá escolher os blocos e cargos de sua preferência. A disputa pelas vagas ocorre dentro do bloco temático selecionado. As inscrições começam no dia 2 de julho e vão até 20 de julho, e devem ser feitas por meio da página do candidato. A taxa de inscrição é de R$ 70. Candidatos doadores de medula óssea em entidades reconhecidas pelo Ministério da Saúde, inscritos no CadÚnico, além de beneficiários do PROUNI e FIES, podem solicitar isenção da taxa. O prazo para solicitar a isenção da taxa de inscrição vai de 2 a 8 de julho. 🧮 Política de cotas A nova edição estabelece regras mais rigorosas para assegurar a reserva de vagas destinadas a pessoas negras, indígenas, com deficiência e a candidatos quilombolas. De acordo com o governo, a iniciativa reforça o compromisso com a promoção da equidade no acesso ao serviço público federal. Com isso, a distribuição das cotas ficou definida da seguinte maneira: 25% para pessoas negras; 3% para pessoas indígenas; 2% para pessoas quilombolas; 5% para pessoas com deficiência (PcD). Nos casos em que o número de vagas é inferior ao mínimo exigido para aplicação das cotas, o MGI realizou um sorteio para definir a reserva proporcional, conforme previsto na norma. ♀️ Reserva de vagas para mulheres na 2ª fase Outro ponto de destaque é a adoção de uma ação afirmativa inédita voltada às mulheres: caso o percentual de candidatas classificadas para a segunda fase do concurso seja inferior a 50%, será feita uma equiparação para promover maior equilíbrio de gênero nessa etapa. "Não é uma reserva de vaga para mulheres, como é o caso de pessoas negras, com deficiência, indígenas e quilombolas. Mas vamos fazer uma equiparação do percentual de mulheres que passam da primeira para a segunda etapa", diz a ministra da Gestão, Esther Dweck. 🔎 Na primeira edição do CNU, aproximadamente 63% dos aprovados eram homens e 37% mulheres. Esse resultado foi o oposto da proporção entre os inscritos confirmados, composta por 56% de mulheres e 44% de homens. 📝 Como serão as provas? A prova objetiva será aplicada em 5 de outubro de 2025. Ela será composta por uma parte com questões comuns a todos os candidatos (como língua portuguesa, raciocínio lógico e atualidades) e outra com perguntas específicas, conforme o bloco temático escolhido. A prova discursiva será aplicada em 7 de dezembro de 2025, exclusivamente para os candidatos aprovados na primeira fase. O conteúdo e o formato da redação variarão de acordo com a área de atuação. ▶️ PROVA OBJETIVA A prova objetiva será de múltipla escolha, com cinco alternativas e apenas uma correta. A quantidade de questões varia conforme o nível do cargo: Nível Superior: 90 questões no total, sendo 30 de conhecimentos gerais e 60 de conhecimentos específicos. Nível Intermediário: 68 questões, com 20 de conhecimentos gerais e 48 de conhecimentos específicos. ▶️ PROVA DISCURSIVA Na etapa discursiva, os candidatos deverão elaborar textos conforme o nível de escolaridade exigido para o cargo: Nível Superior: 2 questões discursivas, com aplicação das 13h às 16h. Nível Intermediário: 1 redação dissertativa-argumentativa, das 13h às 15h. O tempo de prova também é diferente: Nível Superior: das 13h às 18h (5 horas de duração). Nível Intermediário: das 13h às 16h30 (3h30 de duração). 📆 Confira o cronograma oficial Inscrições: de 2 a 20/7/2025 (com pagamento até 21/7) Solicitação de isenção da taxa de inscrição: de 2 a 8/7/2025 Prova objetiva: 5/10/2025, das 13h às 18h Convocação para prova discursiva: 12/11/2025 Convocação para confirmação de cotas e PcD: 12/11/2025 Envio de títulos: de 13 a 19/11/2025 Prova discursiva (para habilitados na 1ª fase): 7/12/2025 Procedimentos de confirmação de cotas: de 8 a 17/12/2025 Divulgação da 1ª lista de classificação: 30/1/2026 Segunda edição do Concurso Nacional Unificado (CNU) Ministério da Gestão e Inovação Veja dicas de como estudar para concurso: Como estudar legislação para concurso? Veja dicas de como fazer uma boa redação para concurso



Bolsas americanas batem recorde e registram melhor trimestre em mais de um ano


01/07/2025 00:04 - g1.globo.com


Índices encerraram o segundo trimestre com ganhos de dois dígitos. O S&P 500 ganhou 10,57% no período, enquanto o Nasdaq subiu 17,75% e o Dow Jones avançou 4,98%. Entrada da Bolsa de Valores de Nova York (NYSE) em Wall Street, em 7 de abril de 2025 REUTERS/Kylie Cooper/Foto de arquivo/Foto de arquivo Os índices S&P 500 e Nasdaq fecharam em níveis recordes nesta segunda-feira (30), concluindo o melhor trimestre em mais de um ano. Os resultados foram impulsionados pelas expectativas de avanços nas negociações comerciais e de eventuais cortes nos juros nos Estados Unidos, fatores que reduziram a incerteza entre os investidores. Os índices encerraram o segundo trimestre com ganhos de dois dígitos. O S&P 500 ganhou 10,57% no período, chegando aos 6.204,95 pontos. O índice de tecnologia Nasdaq subiu 17,75%, 20.369,73 pontos. e o Dow Jones avançou 4,98%, aos 44.094,77 pontos. Ainda assim, os três principais índices tiveram seu pior desempenho para um primeiro semestre desde 2022, diante da persistente incerteza sobre a política comercial, que manteve os investidores cautelosos ao longo do ano. As tensões se intensificaram especialmente após o presidente dos EUA, Donald Trump, anunciar tarifas amplas em 2 de abril. Os acordos comerciais com a China e o Reino Unido alimentaram o otimismo de que uma guerra comercial global pode ser minimizada, com esperanças de que mais acordos sejam alcançados antes do prazo comercial de 9 de julho de Trump. O final do trimestre também foi influenciado por gerentes que ajustaram seus portfólios para que pareçam mais atraentes no final do período. No domingo, o Canadá cancelou seu imposto sobre serviços digitais voltado para empresas de tecnologia dos EUA, poucas horas antes de sua entrada em vigor, em uma tentativa de avançar nas negociações comerciais paralisadas com os EUA. No entanto, o Secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, alertou nesta segunda-feira que os países ainda poderão enfrentar tarifas muito mais altas em 9 de julho, mesmo que estejam negociando de boa fé. Ele também disse que qualquer possível extensão dependerá de Trump. Uma sequência de indicadores econômicos fracos, somada às expectativas de que Trump possa substituir o presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, por alguém mais moderado, elevou as apostas de que o banco central reduzirá os juros ainda neste ano. EUA e China avançam em acordo sobre tarifaço



CNU 2025: governo anuncia que mulheres terão no mínimo 50% das vagas na 2ª fase


30/06/2025 20:08 - g1.globo.com


Ministra da Gestão, Esther Dweck, classificou a mudança como 'a grande novidade' da segunda edição do concurso. Medida iguala homens e mulheres para a 2ª fase, mas não significa reserva de vagas, como o caso de cotas para pessoas negras, com deficiência, indígenas e quilombolas. CNU 2025 tem edital publicado: veja datas, vagas e como se inscrever A ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, afirmou nesta segunda-feira (30) que as mulheres terão, no mínimo, 50% das vagas garantidas na segunda fase do Concurso Nacional Unificado (CNU), conhecido como o “Enem dos Concursos”. Segundo a ministra, essa equiparação entre homens e mulheres será aplicada exclusivamente na transição da primeira para a segunda fase — ou seja, da prova objetiva para a discursiva. A medida, portanto, não garante reserva de vagas para mulheres no resultado final do concurso. "Não é uma reserva de vaga para mulheres, como é o caso de pessoas negras, com deficiência, indígenas e quilombolas. Mas vamos fazer uma equiparação do percentual de mulheres que passam da primeira para a segunda etapa", diz Dweck. A ministra destacou a mudança como “a grande novidade” da segunda edição do CNU. A decisão foi tomada após o governo constatar que, tanto na primeira edição do concurso quanto em outras seleções anteriores, o percentual de mulheres aprovadas foi inferior ao de inscritas. 🔎 Na primeira edição do CNU, aproximadamente 63% dos aprovados eram homens e 37% mulheres. Esse resultado foi o oposto da proporção entre os inscritos confirmados, composta por 56% de mulheres e 44% de homens. "Há duas coisas importantes na literatura: uma é a dupla ou tripla jornada [das mulheres]", o que as prejudica nos estudos e gera desigualdade, diz Dweck. "Outra questão é o tipo de prova: a discursiva exige mais a bagagem da pessoa, anos de estudo, e não só o treino específico para a prova." CNU: clique aqui para saber como estão distribuídas as vagas A ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, apresenta os detalhes do edital da 2ª edição do Concurso Nacional Unificado (CNU). Valter Campanato/Agência Brasil Como vai funcionar a equiparação? O governo apresentou um exemplo para ilustrar como será feita a seleção para a segunda fase, conforme a nova regra. Para isso, foi considerado um cargo hipotético com 20 vagas. Nesse cenário, serão convocados para a prova discursiva candidatos em número equivalente a nove vezes o total de vagas, totalizando, no exemplo, 180 pessoas. Segundo as regras, dessas 180 pessoas, 117 seriam da ampla concorrência (65%) e as demais 63 seriam candidatos cotistas (35%). Caso as 117 pessoas da ampla concorrência sejam 65 homens e 52 mulheres, serão convocadas mais 13 mulheres, igualando o número de homens e mulheres em 65 cada. Isso significa que todos os homens classificados serão convocados para a prova discursiva. Ou seja, não haverá exclusão de candidatos, mas sim a inclusão de mais mulheres para assegurar a equiparação. De acordo com o governo, um cálculo semelhante será aplicado a cada cota, cargo e especialidade. A nota final do concurso continuará sendo composta pela soma das pontuações das provas objetiva, discursiva e de títulos (quando houver), válida para todos os candidatos. 📝 Sobre o CNU O CNU 2025 vai oferecer 3.652 vagas para cargos de nível médio, técnico e superior, distribuídas entre diversos órgãos públicos. As inscrições começam no dia 2 de julho e vão até 20 de julho, e devem ser feitas por meio da página do candidato. As vagas estão divididas em nove blocos temáticos, que agrupam cargos por área de atuação: Bloco 1: Seguridade Social (Saúde, Assistência Social e Previdência Social) Bloco 2: Cultura e Educação Bloco 3: Ciências, Dados e Tecnologia Bloco 4: Engenharias e Arquitetura Bloco 5: Administração Bloco 6: Desenvolvimento Socioeconômico Bloco 7: Justiça e Defesa Bloco 8: Intermediário – Saúde Bloco 9: Intermediário – Regulação Esse formato permite que o candidato concorra a várias vagas dentro de um mesmo bloco, com apenas uma inscrição. Embora a maior parte das vagas esteja concentrada em órgãos com sede em Brasília (DF), também há postos disponíveis em diversos estados do país. 💰 Salários Os salários iniciais no CNU 2025 variam de R$ 4 mil a R$ 16,4 mil, dependendo do cargo e do nível de escolaridade exigido. Consulte as remunerações iniciais previstas na tabela abaixo. 🖱️ Como vai funcionar a inscrição? O candidato fará uma única inscrição e poderá escolher os blocos e cargos de sua preferência. A disputa pelas vagas ocorre dentro do bloco temático selecionado. As inscrições começam no dia 2 de julho e vão até 20 de julho, e devem ser feitas por meio da página do candidato. A taxa de inscrição é de R$ 70. Candidatos doadores de medula óssea em entidades reconhecidas pelo Ministério da Saúde e inscritos no CadÚnico podem solicitar isenção da taxa. O prazo para solicitar a isenção da taxa de inscrição vai de 2 a 8 de julho. 🧮 Política de cotas A nova edição estabelece regras mais rigorosas para assegurar a reserva de vagas destinadas a pessoas negras, indígenas, com deficiência e a candidatos quilombolas. De acordo com o governo, a iniciativa reforça o compromisso com a promoção da equidade no acesso ao serviço público federal. Com isso, a distribuição das cotas ficou definida da seguinte maneira: 25% para pessoas negras; 3% para pessoas indígenas; 2% para pessoas quilombolas; 5% para pessoas com deficiência (PcD). Nos casos em que o número de vagas é inferior ao mínimo exigido para aplicação das cotas, o MGI realizou um sorteio para definir a reserva proporcional, conforme previsto na norma. CNU 2025: governo autoriza 2 mil vagas para INSS, ministérios, agências e Forças Armadas 🖊️ Como serão as provas? A prova objetiva será aplicada em 5 de outubro de 2025. Ela será composta por uma parte com questões comuns a todos os candidatos (como língua portuguesa, raciocínio lógico e atualidades) e outra com perguntas específicas, conforme o bloco temático escolhido. A prova discursiva será aplicada em 7 de dezembro de 2025, exclusivamente para os candidatos aprovados na primeira fase. O conteúdo e o formato da redação variarão de acordo com a área de atuação. ▶️ PROVA OBJETIVA A prova objetiva será de múltipla escolha, com cinco alternativas e apenas uma correta. A quantidade de questões varia conforme o nível do cargo: Nível Superior: 90 questões no total, sendo 30 de conhecimentos gerais e 60 de conhecimentos específicos. Nível Intermediário: 68 questões, com 20 de conhecimentos gerais e 48 de conhecimentos específicos. ▶️ PROVA DISCURSIVA Na etapa discursiva, os candidatos deverão elaborar textos conforme o nível de escolaridade exigido para o cargo: Nível Superior: 2 questões discursivas, com aplicação das 13h às 16h. Nível Intermediário: 1 redação dissertativa-argumentativa, das 13h às 15h. O tempo de prova também é diferente: Nível Superior: das 13h às 18h (5 horas de duração). Nível Intermediário: das 13h às 16h30 (3h30 de duração).



CNU 2025: cronograma, política de cotas e reserva de vagas para mulheres na 2ª fase; veja novidades


30/06/2025 20:02 - g1.globo.com


Detalhes sobre a nova edição do 'Enem dos Concursos' foram anunciados pela ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, nesta segunda (30). CNU 2025 tem edital publicado: veja datas, vagas e como se inscrever O Ministério da Gestão anunciou, nesta segunda-feira (30), novidades sobre o edital da 2ª edição do Concurso Nacional Unificado (CNU). Ao todo, serão ofertadas 3.652 vagas distribuídas entre 36 órgãos federais. As inscrições começam no dia 2 de julho e vão até 20 de julho. As provas objetivas serão aplicadas em 5 de outubro. A ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, apresentou o cronograma oficial do concurso e anunciou novidades, como a política de cotas e a garantia de que mulheres ocuparão, no mínimo, 50% das vagas na segunda fase. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 Concursos no WhatsApp Assim como na primeira edição, o candidato poderá realizar uma única inscrição e concorrer a mais de um cargo, selecionando suas preferências dentro de um dos nove blocos temáticos, que agrupam áreas de atuação semelhantes. A Fundação Getulio Vargas (FGV) foi confirmada como a banca organizadora do concurso. Segunda edição do Concurso Nacional Unificado (CNU Ministério da Gestão e Inovação Abaixo, veja tudo o que já se sabe sobre o CNU 2025. 💼 Vagas, órgãos participantes e distribuição por cidades 💰 Salários 📋Separação por blocos 🖱️ Como vai funcionar a inscrição? 🧮 Política de cotas ♀️ Reserva de vagas para mulheres na 2ª fase 📝 Como serão as provas? 🧾 Como surgiu o CNU? 📆 Cronograma 💼 Vagas, órgãos participantes e distribuição por cidades O CNU 2025 vai oferecer 3.652 vagas para cargos de nível médio, técnico e superior, distribuídas entre diversos órgãos públicos. As oportunidades estão organizadas em nove blocos temáticos, que agrupam cargos por áreas de atuação semelhantes. (veja a lista completa mais abaixo) Esse formato permite que o candidato concorra a várias vagas dentro de um mesmo bloco, com apenas uma inscrição. Embora a maior parte das vagas esteja concentrada em órgãos com sede em Brasília (DF), também há postos disponíveis em diversos estados do país. CNU: clique aqui para saber como estão distribuídas as vagas 💰 Salários Os salários iniciais no CNU 2025 variam de R$ 4 mil a R$ 16,4 mil, dependendo do cargo e do nível de escolaridade exigido. Consulte as remunerações iniciais previstas na tabela abaixo. 📋Separação por blocos As vagas estão divididas em nove blocos temáticos, que agrupam cargos por área de atuação: Bloco 1: Seguridade Social (Saúde, Assistência Social e Previdência Social) Bloco 2: Cultura e Educação Bloco 3: Ciências, Dados e Tecnologia Bloco 4: Engenharias e Arquitetura Bloco 5: Administração Bloco 6: Desenvolvimento Socioeconômico Bloco 7: Justiça e Defesa Bloco 8: Intermediário – Saúde Bloco 9: Intermediário – Regulação 🖱️ Como vai funcionar a inscrição? O candidato fará uma única inscrição e poderá escolher os blocos e cargos de sua preferência. A disputa pelas vagas ocorre dentro do bloco temático selecionado. As inscrições começam no dia 2 de julho e vão até 20 de julho, e devem ser feitas por meio da página do candidato. A taxa de inscrição é de R$ 70. Candidatos doadores de medula óssea em entidades reconhecidas pelo Ministério da Saúde e inscritos no CadÚnico podem solicitar isenção da taxa. O prazo para solicitar a isenção da taxa de inscrição vai de 2 a 8 de julho. 🧮 Política de cotas A nova edição estabelece regras mais rigorosas para assegurar a reserva de vagas destinadas a pessoas negras, indígenas, com deficiência e a candidatos quilombolas. De acordo com o governo, a iniciativa reforça o compromisso com a promoção da equidade no acesso ao serviço público federal. Com isso, a distribuição das cotas ficou definida da seguinte maneira: 25% para pessoas negras; 3% para pessoas indígenas; 2% para pessoas quilombolas. Além disso, permanece assegurada a cota de 5% para pessoas com deficiência (PcD), conforme previsto na legislação vigente. Nos casos em que o número de vagas é inferior ao mínimo exigido para aplicação das cotas, o MGI realizou um sorteio para definir a reserva proporcional, conforme previsto na norma. ♀️ Reserva de vagas para mulheres na 2ª fase Outro ponto de destaque é a adoção de uma ação afirmativa inédita voltada às mulheres: caso o percentual de candidatas classificadas para a segunda fase do concurso seja inferior a 50%, será feita uma equiparação para promover maior equilíbrio de gênero nessa etapa. "Não é uma reserva de vaga para mulheres, como é o caso de pessoas negras, com deficiência, indígenas e quilombolas. Mas vamos fazer uma equiparação do percentual de mulheres que passam da primeira para a segunda etapa", diz Dweck. 🔎 Na primeira edição do CNU, aproximadamente 63% dos aprovados eram homens e 37% mulheres. Esse resultado foi o oposto da proporção entre os inscritos confirmados, composta por 56% de mulheres e 44% de homens. 📝 Como serão as provas? A prova objetiva será aplicada em 5 de outubro de 2025. Ela será composta por uma parte com questões comuns a todos os candidatos (como língua portuguesa, raciocínio lógico e atualidades) e outra com perguntas específicas, conforme o bloco temático escolhido. A prova discursiva será aplicada em 7 de dezembro de 2025, exclusivamente para os candidatos aprovados na primeira fase. O conteúdo e o formato da redação variarão de acordo com a área de atuação. ▶️ PROVA OBJETIVA A prova objetiva será de múltipla escolha, com cinco alternativas e apenas uma correta. A quantidade de questões varia conforme o nível do cargo: Nível Superior: 90 questões no total, sendo 30 de conhecimentos gerais e 60 de conhecimentos específicos. Nível Intermediário: 68 questões, com 20 de conhecimentos gerais e 48 de conhecimentos específicos. ▶️ PROVA DISCURSIVA Na etapa discursiva, os candidatos deverão elaborar textos conforme o nível de escolaridade exigido para o cargo: Nível Superior: 2 questões discursivas, com aplicação das 13h às 16h. Nível Intermediário: 1 redação dissertativa-argumentativa, das 13h às 15h. O tempo de prova também é diferente: Nível Superior: das 13h às 18h (5 horas de duração). Nível Intermediário: das 13h às 16h30 (3h30 de duração). 🧾 Como surgiu o CNU? Na primeira edição do CNU, realizada em 2024, quase 1 milhão de candidatos participaram do processo seletivo, considerado um sucesso pelo governo. A proposta de unificar os concursos federais em uma prova nacional visa reduzir custos, aumentar a transparência e promover maior equidade no acesso ao serviço público. 📆 Cronograma Inscrições: de 2 a 20/7/2025 (com pagamento até 21/7) Solicitação de isenção da taxa de inscrição: de 2 a 8/7/2025 Prova objetiva: 5/10/2025, das 13h às 18h Convocação para prova discursiva: 12/11/2025 Convocação para confirmação de cotas e PcD: 12/11/2025 Envio de títulos: de 13 a 19/11/2025 Prova discursiva (para habilitados na 1ª fase): 7/12/2025 Procedimentos de confirmação de cotas: de 8 a 17/12/2025 Divulgação da 1ª lista de classificação: 30/1/2026 Veja dicas de como estudar para concurso: Veja dicas de como fazer uma boa redação para concurso Como estudar legislação para concurso?



Brasil tem alta no emprego formal em maio, com criação de 149 mil vagas; parcial do ano supera 1 milhão de empregos formais


30/06/2025 17:30 - g1.globo.com


Resultado de maio é o melhor para este mês desde 2023. Nos cinco primeiros meses do ano, país criou 1,05 milhão de vagas com carteira assinada — com queda de 4,9% frente ao mesmo período do ano passado. A economia brasileira gerou 148,99 mil empregos formais em maio deste ano, informou nesta segunda-feira (30) o Ministério do Trabalho e do Emprego. Ao todo, segundo o governo federal, foram registradas em maio: ➡️2,256 milhões de contratações; ➡️2,107 milhões de demissões. Na comparação com o mesmo mês do ano passado, que teve geração de 139,55 mil empregos formais, houve uma alta 6,7%, conforme dados oficiais. Veja os resultados para os meses de maio de anos anteriores: 2020: 398,24 mil vagas fechadas; 2021: 266,6 mil empregos criados; 2022: 277,8 mil vagas abertas; 2023: 156,2 mil empregos criados. A comparação dos números com anos anteriores a 2020, segundo analistas, não é mais adequada, porque o governo mudou a metodologia. Parcial do ano De acordo com o Ministério do Trabalho, 1,05 milhão de empregos formais foram criados no país nos cinco primeiros meses deste ano. O número representa queda de 4,9% na comparação com o mesmo período de 2024, quando foram criadas 1,1 milhão de vagas com carteira assinada. Essa foi a menor geração de empregos para os cinco primeiros meses de um ano desde 2023, quando foram criadas 875,7 mil vagas formais. Ao fim de maio de 2025, ainda conforme os dados oficiais, o Brasil tinha saldo de 48,25 milhões de empregos com carteira assinada. O resultado representa aumento na comparação com abril deste ano (48,1 milhões) e com relação a maio de 2024 (46,62 milhões). Carteira de trabalho Marcello Casal Jr/Agência Brasil O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, disse que o mercado formal de trabalho tem crescido menos neste ano por causa dos efeitos da elevada taxa de juros no Brasil. "Quem sabe isso deixa o pessoal do BC feliz e possa começar a reduzir os juros", afirmou, em entrevista coletiva após a apresentação dos dados do Caged. Questionado sobre a possibilidade de os juros permanecerem acima de 10% até o fim do governo, como espera o mercado financeiro, o ministro disse não acreditar nisso. "Não é juros que define o preço do alimento. É se tem chuva ou não. Não é o juro. Precisamos de mais produção para conter a inflação, não é menos produção para conter a inflação", defendeu Marinho. Empregos por setor Os números do Caged de maio de 2025 mostram que foram criados empregos formais nos cinco setores da economia. O maior número absoluto foi no setor de serviços. A construção foi o setor que menos gerou vagas no mês passado. Regiões do país Os dados também revelam que foram abertas vagas em quatro das cinco regiões do país no mês passado. Salário médio de admissão O governo também informou que o salário médio de admissão foi de R$ 2.248,71 em maio deste ano, o que representa queda real (descontada a inflação) em relação a abril de 2025 (R$ 2.259,69). Na comparação com maio do ano passado também houve recuo no salário médio de admissão. Naquele mês, o valor foi de R$ 2.249,86. Vagas de emprego ligadas à Inteligência Artificial cresceram 4 vezes nos últimos anos Caged x Pnad Os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados consideram os trabalhadores com carteira assinada, ou seja, não incluem os informais. Com isso, os resultados não são comparáveis com os números do desemprego divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), coletados por meio da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Continua (Pnad). Segundo dados oficiais, a taxa de desemprego no Brasil foi de 6,2% no trimestre terminado em maio. De acordo com o analista da pesquisa do IBGE, William Kratochwill, o resultado da Pnad indica que o mercado de trabalho está no melhor patamar dos últimos dez anos.



Lula defende seriedade de Galípolo e diz que cenário de juros será corrigido com o tempo


30/06/2025 16:30 - g1.globo.com


Presidente também destacou independência do Banco Central. Em 18 de junho, o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC subiu mais uma vez a taxa básica de juros, a Selic, que atingiu 15% ao ano — maior nível em 20 anos. Lula durante lançamento do Plano Safra 2025 Reprodução/ CanalGov O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta segunda-feira (30) que o presidente do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo, é um presidente "muito sério" e que as coisas "vão ser corrigidas com o passar do tempo". A fala de Lula faz referência à taxa básica de juros, a Selic, que atingiu 15% ao ano — o maior nível em 20 anos. Em 18 de maio, o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC decidiu manter o ciclo de alta da taxa básica de juros (leia mais abaixo). "Eu gostaria que todos os juros fossem zero, mas ainda não depende da nossa política econômica que não tem muito a ver com a taxação de juros", afirmou Lula. "O Banco Central é independente, o [Gabriel] Galípolo é um presidente muito sério, e eu tenho certeza de que as coisas vão ser corrigidas com o passar do tempo. Nós sabemos o que nós herdamos e nós não queremos ficar chorando o que nós herdamos", prosseguiu. O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, em sessão solene da Câmara dos Deputados. Wilton Junior/Estadão Conteúdo Sete altas O Comitê de Política Monetária (Copom) do BC subiu a taxa básica da economia por sete vezes seguidas, mas analistas de instituições financeiras acreditam que, a partir de janeiro do ano que vem, esse processo deve se inverter, inaugurando um ciclo de cortes. 🔎A taxa Selic é a taxa básica de juros da economia. Serve de referência para calcular as taxas de empréstimos bancários e financiamentos, por exemplo. Ou seja, com a Selic alta, o crédito também fica mais custoso. 💰 Uma taxa de juros mais alta costuma ser eficiente para controlar a inflação, porque "esfria" a economia. O efeito colateral, no entanto, é reduzir o ritmo de crescimento do país. Nos últimos dois anos, quando o Banco Central era presidido por Roberto Campos Neto, Lula fez uma série de ataques à política monetária – que, segundo ele, era feita contra os interesses do país. Campos Neto foi indicado para o cargo pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e apoiou a campanha de reeleição do antigo chefe, em 2022. Banco Central divulga ata da reunião do Copom que decidiu aumentar a Selic para 15% ao ano Plano Safra A declaração do presidente desta segunda foi dada durante cerimônia de lançamento do Plano Safra para agricultura familiar no Palácio do Planalto. O programa vai ofertar R$ 78,2 bilhões para financiamentos na temporada 2025-2026. Segundo o governo, os juros variam de 0,5% a 8% ao ano no Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf). Ao todo, o plano promete movimentar R$ 89 bilhões entre crédito rural, compras públicas, seguro agrícola, assistência técnica, garantia de preço mínimo e outras ações.



Honda lança sua primeira moto elétrica na China, que pode chegar a 120 km/h


30/06/2025 16:00 - g1.globo.com


Modelo E-VO combina design retrô com tecnologia moderna, tem até 170 km de autonomia e pode chegar ao Brasil futuramente. O preço por lá, sem impostos, é de R$ 22.800. Honda E-VO Divulgação | Honda A Honda lançou sua primeira motocicleta elétrica na semana passada, na China. A E-VO é um modelo desenvolvido em parceria com a empresa chinesa Wuyang e faz parte do plano de eletrificação da montadora japonesa. No mercado chinês, a moto já é vendida por 29.999 yuans (equivalente a R$ 22.800, sem impostos) na versão de entrada, equipada com apenas uma bateria. A versão topo de linha custa 36.999 yuans (cerca de R$ 29.200). Esta é a primeira motocicleta elétrica da Honda, já que os modelos anteriores eram do tipo CUB (como a Biz) ou scooters (como a Elite). O design da E-VO combina elementos retrô com um toque futurista, lembrando uma café racer moderna. A carenagem frontal é claramente inspirada nas motos clássicas de competição, enquanto a traseira mistura formas semicirculares com linhas retas, remetendo ao estilo das scramblers da Triumph. Pensando na praticidade, a moto conta com um compartimento para celular localizado à frente do assento do passageiro, no espaço onde normalmente estaria o tanque de combustível em motos convencionais. LEIA MAIS: Missão impossível? Bajaj Pulsar chega ao Brasil para roubar uma fatia do reino da Honda CG VÍDEO: Novo Fiat Fastback 2026 continua o mesmo — para o bem e para o mal; veja o teste Motos elétricas: novo crédito para motoboys pode alavancar o mercado no Brasil? Honda E-VO terá duas versões: uma com 15 cv e outra, com 21 cv Divulgação | Honda Motorização O motor da E-VO entrega 15 ou 21 cv de potência, dependendo da versão. Essa variação está relacionada à quantidade de baterias: a versão de entrada possui dois módulos, enquanto a topo de linha conta com três. A força é transmitida à roda traseira por meio de uma correia, e o câmbio é automático, como é comum em veículos elétricos. Em termos de porte, a E-VO se assemelha a modelos naked, como a Yamaha FZ25 e a Honda CB 300F Twister. Confira a ficha técnica das duas versões: Potência: 15 ou 21 cv; Autonomia: 120 ou 170 km; Comprimento: 1,99 m; Largura: 0,75 m; Altura: 1,05 m; Entre-eixos: 1,38 m; Altura do assento: 76 cm; Peso: 143 kg ou 156 kg; Freios dianteiro e traseiro: com ABS; Velocidade máxima: 120 km/h Tempo de recarga doméstica (20% a 80%) com duas baterias: 1h30; Tempo de recarga doméstica (20% a 80%) com três baterias: 2h30. Botão no punho esquerdo permite controlar a câmera DJI Action para gravação de conteúdo Divulgação | Honda Equipamentos Além do compartimento para celular, a E-VO vem equipada com iluminação totalmente em LED, controle de tração, monitoramento da pressão dos pneus e entradas USB dos tipos A e C para recarga de dispositivos. No quesito tecnologia, a moto conta com um painel digital TFT de sete polegadas. A tela exibe informações como navegação, música e pressão dos pneus, além de ser personalizável, permitindo ao condutor criar atalhos para os recursos mais utilizados. Porta objetos para encaixar o celular na Honda E-VO Divulgação | Honda A E-VO também se destaca por ser ideal para quem gosta de registrar seus trajetos ou criar conteúdo. Ela possui câmeras frontal e traseira com resolução 1080p (HD), e ainda permite a conexão com a câmera DJI Action (vendida separadamente). O motociclista pode gravar vídeos ou tirar fotos com um simples toque em um botão localizado no punho esquerdo, próximo aos comandos de buzina e setas. Virá para o Brasil? Atualmente, a Honda ainda não comercializa motocicletas elétricas no Brasil, ao contrário de sua principal concorrente, a Yamaha, que já oferece a scooter Neo’s por R$ 33.990. Questionada pelo g1 sobre a possibilidade de trazer a E-VO ao país, a montadora respondeu que “não há confirmação, mas não descarta realizar um estudo de mercado para avaliar a aceitação do modelo no Brasil”. Lanterna da Honda E-VO mescla linhas retas e curvas Divulgação | Honda Haojue DL 160 chega para competir com Honda Bros e Yamaha Crosser



'The Economist' diz que Lula perdeu influência no exterior e está cada vez menos popular no Brasil


30/06/2025 15:10 - g1.globo.com


Segundo a revista britânica, presidente brasileiro tem se afastado da linha de pensamento dos EUA e outros países ocidentais. 'The Economist': Lula perdeu influência no exterior e é cada vez menos popular no Brasil A revista britânica “The Economist” afirmou neste domingo (29) que o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não só tem perdido popularidade no Brasil, como também vem perdendo influência no exterior. De acordo com a reportagem, Lula tem adotado uma postura “cada vez mais hostil ao Ocidente”, ao se distanciar das posições defendidas pelos Estados Unidos e por grande parte dos países ocidentais, ao mesmo tempo em que se aproxima de nações como China e Irã. Um dos exemplos mencionados pela revista foi o ataque dos EUA a complexos nucleares iranianos durante o conflito no Oriente Médio, com o objetivo de impedir o desenvolvimento de armas nucleares pelo Irã. Na ocasião, Donald Trump classificou os ataques como uma “ação defensiva” para proteger os EUA e seus aliados. Antes disso, os EUA e alguns países europeus já haviam defendido a redução das tensões na região, ainda que com certo apoio a Israel, afirmando que o país “tinha o direito de se defender e garantir sua segurança”. O Brasil, por outro lado, seguiu na direção oposta. Pouco depois do ataque dos EUA, o Ministério das Relações Exteriores divulgou uma nota condenando “com veemência” a ação norte-americana, alegando que esse tipo de ofensiva colocava em risco a vida e a saúde de civis. “O governo brasileiro expressa grave preocupação com a escalada militar no Oriente Médio e condena com veemência, nesse contexto, ataques militares de Israel e, mais recentemente, dos Estados Unidos, contra instalações nucleares, em violação da soberania do Irã e do direito internacional”, afirmou a nota. Segundo a revista, esse posicionamento do Itamaraty colocou o Brasil em “desacordo com todas as outras democracias ocidentais, que ou apoiaram os ataques, ou apenas expressaram preocupação”. A reportagem aponta que esse cenário tende a se agravar, já que a aproximação entre Brasil e Irã deve se tornar ainda mais evidente durante a Cúpula dos Brics (grupo que reúne 11 países emergentes), marcada para a próxima semana no Rio de Janeiro. Isso porque, além de o Brasil ocupar atualmente a presidência do grupo, o Irã passou a integrar os Brics em 2024, o que tende a fortalecer os laços entre os dois países. “Quanto mais a China transforma o Brics em um instrumento de sua política externa, e quanto mais a Rússia usa o Brics para legitimar sua guerra na Ucrânia, mais difícil será para o Brasil continuar dizendo que não é alinhado”, afirmou Matias Spektor, da FGV, à revista. A revista também destaca a tentativa dos diplomatas brasileiros de direcionar os temas da Cúpula para assuntos menos controversos, a fim de evitar novos desgastes para o país. Segundo a reportagem, a intenção é evitar debates que Trump já demonstrou rejeitar, como o uso de uma moeda alternativa ao dólar nas negociações entre os países do grupo. “O papel do Brasil no centro de um BRICS expandido e dominado por um regime mais autoritário faz parte da política externa cada vez mais incoerente de Lula”, afirma a revista, reiterando que o presidente brasileiro não fez nenhum esforço aparente para estreitar a relação com os EUA desde que Trump assumiu o cargo. “Não há registro de que os dois tenham se encontrado pessoalmente, tornando o Brasil a maior economia cujo líder não apertou a mão do presidente norte-americano. Em vez disso, Lula corteja a China”, afirmou a reportagem, indicando que Lula também se dedicou a expandir os laços comerciais do Brasil com outros países desde que Trump anunciou as chamadas tarifas recíprocas. A revista também observou que Lula tentou — sem sucesso — mediar o fim da guerra entre Rússia e Ucrânia, criticou a ausência de posicionamento em relação à crise no Haiti e apontou a falta de pragmatismo político do presidente brasileiro, inclusive nas relações com a Argentina. Lula tem divergências ideológicas com o presidente argentino, Javier Milei, e o diálogo entre os dois é escasso. “A fraqueza no cenário mundial é agravada pela queda na popularidade de Lula em casa”, disse a reportagem, destacando que a política brasileira tem se inclinado para a direita e que muitos cidadãos ainda associam o PT à corrupção. Com isso, segundo a revista, os índices de aprovação pessoal de Lula atingiram o nível mais baixo de seus três mandatos, com tendência de piora, especialmente após a derrota do governo ao tentar aprovar um decreto que aumentaria o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). A “The Economist” também menciona a afinidade entre o movimento “Make America Great Again”, liderado por Trump, e a ideologia do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). “Bolsonaro provavelmente será preso em breve por supostamente planejar um golpe para permanecer no poder após perder uma eleição em 2022. Ele ainda não escolheu um sucessor para liderar a direita. Mas se o fizer e a direita se unir a essa pessoa antes das eleições de 2026, a presidência será deles”, afirmou a revista. Por fim, a reportagem observa que, apesar dos recentes posicionamentos de Lula, Trump mal mencionou o presidente brasileiro ou o país desde que assumiu o cargo — o que pode estar relacionado ao déficit comercial do Brasil com os Estados Unidos (ou seja, o Brasil importa mais do que exporta para os americanos). “Mas seu silêncio também pode ser porque o Brasil, relativamente distante e geopoliticamente inerte, simplesmente não importa tanto quando se trata de questões de guerra na Ucrânia ou no Oriente Médio. Lula deveria parar de fingir que importa e se concentrar em questões mais próximas”, conclui a revista. Lula durante entrevista a jornalistas no Planalto Evaristo Sa/AFP



Lula lança Plano Safra da agricultura familiar para incentivar produção de alimentos; entenda


30/06/2025 13:45 - g1.globo.com


Pronaf terá R$ 78,2 bilhões para safra 2025-2026. Governo lança anualmente programa que oferece financiamento a produtor rural com juros abaixo dos patamares praticados no mercado financeiro. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) lançou nesta segunda-feira (30), no Palácio do Planalto, a versão do Plano Safra para agricultura familiar com a oferta de R$ 78,2 bilhões para financiamentos na temporada 2025-2026. Segundo o governo, os juros variam de 0,5% a 8% ao ano no Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf). Ao todo, o plano promete movimentar R$ 89 bilhões entre crédito rural, compras públicas, seguro agrícola, assistência técnica, garantia de preço mínimo e outras ações. Neste montante, a garantia da safra terá R$ 1,1 bilhão. Outros R$ 3,7 bilhões serão destinados para compras públicas. Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante o lançamento do Plano Safra em 2024. Ricardo Stuckert / PR O ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, afirmou que os recursos destinados ao Plano Safra demonstram o compromisso do governo com a "soberania alimentar" do país. Teixeira explicou que um dos objetivos do governo é incentivar a produção ecológica, a fim de reduzir o uso de produtos químicos no cultivo de alimentos. "Queremos acelerar essa transição" afirmou o ministro, que destacou o Programa Nacional de Redução de Agrotóxicos (Pronara), cujo decreto foi assinado por Lula na cerimônia. O governo federal lança anualmente o Plana Safra para incentivar a produção de alimentos em território brasileiro por meio de empréstimos concedidos com juros mais baixos do que os praticados pelo mercado financeiro. ➡️A política pública tem uma versão para agricultura familiar e outra para médio e grandes produtores, que será apresentada nesta terça-feira (1º). Safra de milho anima agricultores de Goiás Investimentos no setor Na comparação com o plano anterior da agricultura familiar, que reservou R$ 76 bilhões no Pronaf, o governo amplia em cerca de 3% o valor ofertado no ciclo de produção que se inicia. Para incentivar o cultivo de alimentos da cesta básica, o governo manteve a taxa de 3% para financiamento da produção convencional arroz, feijão, mandioca, frutas, verduras, ovos e leite. A taxa cai a 2% caso o cultivo seja orgânico ou agroecológico. O governo ampliou de R$ 50 mil para R$ 100 mil o limite para compra de máquinas e equipamentos menores com taxa de juros de 2,5% ao ano. Para máquinas maiores, de até R$ 250 mil, a taxa de juros ficou em 5%. O Plano Safra da agricultura familiar também prevê linhas de créditos para agroecologia, irrigação sustentável, adaptação às mudanças climáticas, quintais produtivos rurais, conectividade e acessibilidade no campo.



Quinto dia útil de julho: saiba quando é o dia do pagamento e como ficam os salários


30/06/2025 13:25 - g1.globo.com


Os dias úteis são contados de segunda-feira a sábado, que também é considerado dia útil. Veja como ficam os salários dos trabalhadores. Quinto dia útil de julho: quando seu salário tem que cair na conta? Os trabalhadores com carteira assinada devem receber os salários referentes ao mês de junho até o próximo sábado, 5 de julho. Conforme o artigo 459 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), o pagamento deve ser realizado até o quinto dia útil de cada mês. Os dias úteis são contados de segunda-feira a sábado, que também é considerado dia útil. A regra também está prevista na Constituição Federal de 1988 e na Instrução Normativa nº 02/2021 do Ministério do Trabalho e Emprego. Ambas confirmam que o sábado é considerado dia útil, independentemente de ser um dia de trabalho efetivo. Embora o sábado seja considerado dia útil, os bancos operam apenas de segunda a sexta-feira. Então, o correto é que o empregador antecipe o pagamento para o dia anterior, a sexta-feira. A mesma regra se aplica a operações financeiras, como o pagamento de contas e boletos. "A norma obriga que o pagamento seja feito até o 5º dia útil do mês subsequente ao trabalhado. Então, mesmo que a empresa estabeleça que sábado é dia não trabalhado, é importante que ela cumpra a norma. O recomendado é que o pagamento seja feito na sexta-feira", explica a advogada trabalhista Fernanda Garcez. "Em qualquer caso, inclusive quando o pagamento se dá através de depósitos em conta corrente, o dinheiro precisa estar disponível para o trabalhador até o 5º dia útil. Se isto não puder ocorrer por qualquer motivo, deve haver antecipação do pagamento", completa o advogado trabalhista Roberto Fiorencio. Neste mês de julho, os primeiros cinco dias úteis são: Primeiro dia útil: 1 de julho (terça-feira); Segundo dia útil: 2 de julho (quarta-feira); Terceiro dia útil: 3 de julho (quinta-feira); Quarto dia útil: 4 de julho (sexta-feira); Quinto dia útil: 5 de julho (sábado). Saiba quais são os feriados de abril de 2025 13º salário Foto/Reprodução Foto: Marcello Casal Jr. / Agência Brasil



Queijo artesanal produzido no Sul de Minas vence principal prêmio em concurso internacional


30/06/2025 13:14 - g1.globo.com


Brasil conquistou pela 1ª vez prêmio máximo da ExpoQueijo com produto de Alagoa (MG), que alcançou a maior pontuação em Araxá (MG). Queijo do Sul de Minas vence prêmio em um dos maiores concursos do mundo em Araxá O queijo "Pedra do Segredo", produzido em Alagoa, no Sul de Minas, conquistou o prêmio Super Ouro na 5ª edição da ExpoQueijo Brasil – um dos maiores concursos de queijos do mundo. O evento foi realizado neste fim de semana em Araxá (MG) e reuniu mais de mil queijos de 17 países, incluindo representantes de 18 estados brasileiros e do Distrito Federal. 📲 Participe do canal do g1 Sul de Minas no WhatsApp Nas quatro primeiras edições do concurso, o título principal ficou duas vezes com a Itália e, nas duas últimas, com um produtor da Argentina. Em 2025, o prêmio veio para o Brasil, com um queijo artesanal do Sul de Minas. O produto concorreu na categoria queijo de leite cru, casca lisa e/ou lavada, com ou sem aquecimento, acima de 180 dias de maturação, e obteve a maior pontuação entre as mil amostras inscritas. Queijo artesanal produzido no Sul de Minas vence principal prêmio em concurso internacional Reprodução / Redes sociais O produtor Jaime Porfírio de Barros foi representado na cerimônia por sua prima, Tatiany Barros Siqueira. Com massa consistente, pele amarelada e centro cremoso, o queijo apresenta cristais de tirosina, que é um sinal de maturação avançada, formados naturalmente durante a decomposição das proteínas em aminoácidos. "Os nossos queijos são maturados em temperatura ambiente. A gente não tem a câmera de resfriamento, com controle de temperatura e umidade. Então, nosso controle é a nossa natureza. É um queijo 100 % artesanal, até mesmo na cura", destacou Tatiany Barros Siqueira. Essa foi apenas a segunda participação da queijaria na ExpoQueijo, suficiente para superar concorrentes da Europa e da América Latina. Tatiany comemorou o reconhecimento para a pequena cidade de Alagoa. "É muito grandioso, né? É um prêmio que acho que levou para a Alagoa um reconhecimento muito grande, depois de duas vezes, italianos e argentinos, e agora trazer esse prêmio para o Brasil, para Minas Gerais e para uma cidadezinha tão pequenininha que é Alagoa, eu acho que é, assim, grandioso demais", afirmou. Queijo de Alagoa (MG) conquista Prêmio Super Ouro na 5ª ExpoQueijo Brasil Reprodução / EPTV Jair Martins de Barros, queijeiro mais antigo em atividade na cidade, com 64 anos de experiência, também celebrou a conquista. "A terra do queijo é Alagoa. Um leite de primeira, dou tratamento orgânico. Estou muito feliz", disse. Além do Prêmio Super Ouro, outros queijos da região foram premiados com medalhas de bronze, prata e ouro. A lista completa dos vencedores está disponível no site www.expoqueijobrasil.com.br. Premiações A ExpoQueijo Brasil 2025 distribuiu troféus em 42 categorias e premiou produtores de quatro países. O Brasil liderou o ranking com 39 conquistas “Ouro”, seguido por Itália, Argentina e Peru. Minas Gerais foi o estado com maior número de premiações. O concurso avaliou mil queijos artesanais julgados por cerca de 200 especialistas de sete nacionalidades. Queijo de Alagoa (MG) conquista Prêmio Super Ouro na 5ª ExpoQueijo Brasil Reprodução / EPTV Veja mais notícias da região no g1 Sul de Minas



Jensen Huang, CEO da Nvidia, volta ao top 10 dos bilionários mais ricos do mundo


30/06/2025 13:12 - g1.globo.com


Fortuna do executivo é estimada em mais de US$ 137 bilhões, segundo a Forbes. O lavador de pratos que criou a Nvidia, a empresa mais valiosa do mundo O presidente e fundador da Nvidia, Jensen Huang, voltou à lista das 10 pessoas mais ricas do mundo, segundo a revista Forbes. Sua fortuna estava estimada em mais de US$ 137 bilhões (R$ 750,2 bilhões). Huang, que começou a vida profissional aos 15 anos como lavador de pratos em uma lanchonete, engenharia elétrica na Universidade Estadual de Oregon e se formou engenheiro em 1984. (conheça a história do bilionário abaixo) O avanço para o top 10 bilionários veio após as ações da empresa terem registrado uma forte alta na última semana, alcançando um novo recorde. Os ganhos vêm em meio ao crescente volume de investimentos em inteligência artificial e após a notícia divulgada pelo jornal britânico "Financial Times" de que os executivos da empresa venderam mais de US$ 1 bilhão em ações no último ano. Bons resultados As ações da Nvidia ganharam destaque nos últimos anos, em meio à onda de investimentos em inteligência artificial. A disparada dos papéis na última semana, inclusive, fez a companhia se aproximar ainda mais dos US$ 4 trilhões (R$ 21,9 trilhões) em valor de mercado. O forte desempenho das ações também se reflete os bons resultados da companhia. No primeiro trimestre, a Nvidia registrou um lucro líquido de US$ 18,8 bilhões (R$ 102,9 bilhões) no primeiro trimestre de seu exercício fiscal, uma alta de 26% na comparação anual. O lucro por ação ajustado foi de US$ 0,96 (R$ 5,50), acima dos US$ 0,89 previstos pelo consenso da FactSet, empresa americana de dados financeiros. A Nvidia também apresentou receita de US$ 44,1 bilhões (R$ 241,5 bilhões) no trimestre encerrado em abril, um aumento de 69% em um ano. Já a receita de centros de dados, principal atividade da companhia, ficou levemente abaixo das projeções dos analistas. Jensen Huang Ann Wang/Reuters O imigrante ex-lavador de pratos que fundou a Nvidia Quem é Jensen Huang? O imigrante taiwanês Jen-Hsun Huang, que hoje é conhecido pelo nome Jensen Huang, fundou a Nvidia em 1993, junto com dois sócios. Hoje, ele detém cerca de 3% da companhia, que entrou para a bolsa de valores de Nova York em 1999. Ele passou parte da infância no próprio país e na Tailândia, até que seus pais decidiram enviá-lo com seu irmão para os EUA. Os dois estudaram em um instituto que funcionava como um reformatório, e Jensen tinha que lavar os banheiros do local, conforme uma reportagem da BBC de 2024. Aos 15 anos, Huang conseguiu um emprego em uma lanchonete, lavando pratos e servindo mesas. Segundo ele, esta foi uma "excelente" escolha trabalhista. "Recomendo encarecidamente a todos que tenham seu primeiro emprego no setor de restaurantes, que ensina a ser humilde e trabalhar duro", disse o fundador da Nvidia. Huang estudou engenharia elétrica na Universidade Estadual de Oregon e se formou engenheiro em 1984. Ali ele também conheceu a esposa, Lori. Depois, fez mestrado em Stanford, na Califórnia, e trabalhou em empresas de tecnologia. Em 1993, fundou a Nvidia ao lado de Chris Malachowsky e Curtis Priem. A ideia surgiu durante um papo deles em uma lanchonete da mesma rede em que Jensen trabalhava lavando pratos. O que faz a Nvidia? A Nvidia fabrica chips usados para treinar modelos de inteligência artificial, como o do ChatGPT, que exigem muita capacidade computacional. Entre os clientes da empresa, estão praticamente todas as gigantes da tecnologia, como Microsoft, Google, Amazon, Meta e Spotify. A companhia controla cerca de 80% do mercado de chips de inteligência artificial de ponta, segundo a Reuters.



Dólar cai a R$ 5,43, no menor valor desde setembro; Ibovespa sobe


30/06/2025 12:00 - g1.globo.com


A moeda americana caiu 0,91%, cotada a R$ 5,4335. Queda no semestre é de 12,08%. Já a bolsa fechou em alta de 1,45%, aos 138.855 pontos. No semestre, alta foi de 15,44%. Não vejo omissão do presidente Lula, diz Haddad O dólar encerrou esta segunda-feira (30) em queda de 0,91%, cotado a R$ 5,4335. É o menor valor desde setembro (R$ 5,4241). No último pregão do primeiro semestre, a moeda americana acumulou queda de 12,08% em 2025. Já o Ibovespa fechou em alta de 1,45%, alcançando 138.855 pontos. A bolsa acumulou alta de 15,44% no primeiro semestre. A agenda econômica da semana está movimentada, com a expectativa de divulgação de novos dados de atividade tanto no Brasil quanto no exterior. ▶️ Nesta segunda-feira, foi divulgado o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), que apontou a criação de mais de 148 mil vagas formais em maio, elevando o saldo acumulado do ano para 1 milhão de postos de trabalho. ▶️ No exterior, investidores acompanham indicadores econômicos dos Estados Unidos e da Europa, além de monitorarem a tramitação do projeto de lei orçamentário do presidente Donald Trump, que avançou no Senado no final de semana. ▶️A proximidade do fim do prazo de suspensão do tarifaço de Donald Trump também segue no radar do mercado. ▶️ O mercado também acompanha os desdobramentos da derrubada do projeto que previa o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) na semana passada. Como mostrou o g1, a queda na arrecadação e a resistência do Congresso devem resultar em novos cortes no Orçamento, e os investidores aguardam a resposta do governo diante desse cenário. Em entrevista à GloboNews na sexta-feira, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o presidente Lula (PT) acionou a Advocacia-Geral da União (AGU) para avaliar se a decisão da Câmara dos Deputados de revogar o aumento do IOF fere a autonomia entre os poderes. Veja abaixo como esses fatores impactam o mercado. 💲Dólar a Acumulado da semana: -0,91%; Acumulado do mês: -4,98%; Acumulado do ano: -12,08%. 📈Ibovespa Acumulado da semana: -0,58%; Acumulado da semana: +1,45%; Acumulado do mês: +1,33% Acumulado do ano: +15,44%. Dados econômicos no foco O último pregão de junho trouxe uma agenda carregada de indicadores previstos para a semana. Nesta segunda-feira (30), diversos dados sobre mercado de trabalho e atividade econômica estavam no radar. ▶️No Brasil: O Boletim Focus, que reúne projeções do mercado financeiro para os principais indicadores econômicos, apontou que os economistas reduziram suas estimativas para a inflação brasileira pela quinta semana seguida. Além disso, investidores repercutem os dados de emprego do Caged, divulgados pelo Ministério do Trabalho. Em maio, a economia brasileira criou 148,99 mil vagas formais, um aumento de 6,7% em relação ao mesmo mês do ano passado, quando foram geradas 139,55 mil vagas. ▶️Nos EUA: O foco dos mercados está voltado para a política monetária, com a divulgação de novos dados de atividade e declarações de dirigentes do Fed. Na semana passada, o índice de preços PCE subiu 0,1% em maio, repetindo a taxa de abril. No acumulado de 12 meses, a inflação medida pelo PCE foi de 2,3%, ante 2,2% no mês anterior, segundo o Departamento de Comércio dos EUA. O órgão também apontou uma queda inesperada nos gastos dos consumidores em maio, devido à redução nas compras antecipadas de bens, como veículos, antes da imposição de tarifas. O recuo foi de 0,1%, após uma alta revisada de 0,2% em abril. O resultado animou os mercados, pois reforça a expectativa de que o Fed poderá reduzir os juros em breve. Por fim, os desdobramentos do projeto de lei orçamentária dos EUA também estão no radar. A votação final da proposta, chamada de One Big Beautiful Bill (“Um grande e belo projeto”, em tradução livre), está prevista para hoje no Senado. Se aprovado, o texto retorna à Câmara dos Deputados e, em seguida, segue para sanção presidencial. ▶️Na Europa: Nesta segunda-feira (30), o Banco Central Europeu (BCE) anunciou que irá revisar sua estratégia de juros, após ter sido surpreendido por aumentos de preços nos últimos anos. A nova estratégia de cinco anos do BCE surge após um período turbulento, em que o banco passou da preocupação com a deflação durante a pandemia para uma crise de custo de vida agravada pela invasão da Rússia à Ucrânia e, mais recentemente, pelas interrupções da guerra comercial. O índice de preços ao consumidor (CPI) da zona do euro, previsto para os próximos dias, também está no foco dos mercados. De olho no IOF O mercado também acompanha de perto as contas públicas, especialmente após o Congresso Nacional ter derrubado, na semana passada, o decreto presidencial que alterava as regras e aumentava a cobrança do IOF. Segundo a equipe econômica, a derrubada dos decretos deve causar uma redução de R$ 10 bilhões na arrecadação neste ano. Especialistas consultados pelo g1 alertam que a decisão deve levar o governo a aplicar novos bloqueios e contingenciamentos no Orçamento 2025. ▶️ Diante desse cenário, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou na última sexta-feira que o presidente Lula acionou a Advocacia-Geral da União (AGU) para avaliar se a decisão da Câmara dos Deputados de revogar o aumento do IOF fere a autonomia entre os poderes. "Em relação ao decisão do presidente, ele pediu à AGU, perguntou à AGU se o decreto legislativo usurpa uma prerrogativa do Executivo. Se a resposta for positiva, ele deve recorrer (à Justiça)", disse, em entrevista ao Estúdio I, da GloboNews. Segundo Haddad, se a AGU concluir que houve usurpação, Lula terá que acionar a Justiça, pois “jurou cumprir a Constituição Federal” e não pode “abrir mão” de prerrogativas do Executivo. O ministro também afirmou que não vê omissão do presidente Lula na condução do tema. Haddad avaliou os impactos da decisão, as chances de o governo Lula (PT) recorrer à Justiça e os efeitos sobre a meta fiscal sem a alteração no IOF. Ao defender o decreto que elevava a alíquota para 3,5% em determinadas operações de crédito, o ministro rebateu críticas de que a medida teria caráter meramente arrecadatório. Segundo o ministro, o percentual anterior era superior a 6% até o fim de 2022 e não foi alvo de questionamentos. "Tem operações de crédito que eram maquiadas para driblar o imposto. Nós fechamos essa brecha", declarou. Guerra comercial e pressão no Fed Com a situação no Oriente Médio mais estável, o foco agora se volta para a guerra comercial iniciada por Donald Trump. A suspensão de 90 dias do tarifaço está prestes a expirar, e os investidores aguardam possíveis novos acordos por parte dos EUA. Nesta segunda, o Canadá cancelou seu imposto sobre serviços digitais voltado a empresas de tecnologia dos EUA, poucas horas antes de o tributo entrar em vigor. A decisão foi vista como uma tentativa de destravar as negociações comerciais com os norte-americanos. 🔎 O mercado avalia que o aumento das tarifas sobre importações pode elevar os preços ao consumidor e os custos de produção, pressionando a inflação e reduzindo o consumo. Esse cenário pode levar à desaceleração da economia dos EUA e até a uma recessão global. Diante desse contexto, as declarações do presidente do Fed, Jerome Powell, seguem no centro das atenções. Na terça-feira, ele reiterou que aguardará novos estudos sobre os possíveis impactos do tarifaço de Trump na inflação dos EUA antes de decidir sobre os próximos passos da política de juros. "Os aumentos de tarifas neste ano provavelmente elevarão os preços e pesarão sobre a atividade econômica", afirmou Powell durante depoimento perante o Comitê de Serviços Financeiros da Câmara dos EUA. Nesta quarta-feira, ele reiterou o discurso ao Senado norte-americano. A postura de Powell tem sido alvo de duras críticas por parte do presidente Donald Trump. Na semana passada, ele o chamou de “burro” e “teimoso” em postagens nas redes sociais. *Com informações da agência de notícias Reuters. Funcionário de banco em Jacarta, na Indonésia, conta notas de dólar, em 10 de abril de 2025. Tatan Syuflana/ AP



Entenda por que o preço do leite ao produtor recua pelo 2º mês nos centros produtores do Brasil


30/06/2025 11:45 - g1.globo.com


Cotações tiveram recuos de quase 4% em maio deste ano, na comparação com abril de 2025, aponta pesquisa do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, da Esalq/USP, em Piracicaba (SP). Produção de leite Reprodução/TV Gazeta O preço do leite ao produtor caiu quase 4% em maio deste ano, na comparação com abril de 2025, quando os valores já demonstravam movimento de queda, conforme aponta pesquisa do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, da Esalq/USP, em Piracicaba (SP). 📝Entenda, abaixo na reportagem, os principais fatores listados pela instituição para explicar o cenário nos últimos dois meses: 📈Na média entre os maiores centros produtores nacionais, o preço do litro de leite captado fechou a R$ 2,6431o litro, com quedas de 3,9% frente ao de abril/25 e de 7,4% em relação ao de maio/24 nos estados de Minas Gerais, Bahia, Goiás, São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina, que integram a Média Brasil. Após quatro altas seguidas nos preços, o Custo Operacional Efetivo (COE) caiu 0,72% em maio na “média Brasil”. A maior disputa entre indústrias de laticínios pela aquisição de leite cru impulsionou os valores pagos pela matéria-prima no primeiro bimestre de 2025. O principal motivo para o recuo, segundo o Cepea, foi a desvalorização de insumos voltados à nutrição do rebanho. "Esse cenário favorece investimentos na atividade, assegurando oferta mais consistente. Apesar de atípica para o período, a baixa nos valores pagos ao produtor era esperada pelos agentes do setor e ocorre em função do aumento da oferta e do enfraquecimento na demanda por lácteos na ponta final da cadeia", explica os pesquisadores do Cepea. Levantamento da USP aponta aumento de 18% no valor do leite em 2025 Ainda segundo o Cepea, o Índice de Captação do Leite subiu 1,13% de abril para maio na “Média Brasil”, superando o crescimento registrado em anos anteriores em muitas bacias leiteiras. Entre os fatores que explicam o avanço no índice, o Cepea destaca os investimentos dos produtores na atividade. "Se, de um lado, os preços no campo vêm em queda por conta do aumento da oferta, de outro, a demanda por lácteos não tem crescido pari passu a ponto de sustentar as cotações. Com isso, as indústrias tiveram maior dificuldade em escoar seus estoques e enfrentar a pressão dos canais de distribuição em maio", pontua. 🧀Derivados Levantamentos do Cepea realizados com o apoio da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) apontam quedas nos preços do UHT, muçarela e leite em pó negociados no atacado paulista – indicando o estreitamento das margens dos laticínios. Apesar de as exportações também terem crescido. O aumento foi de expressivos 59% de abril para maio –, o déficit em volume da balança comercial cresceu 7,1% de abril para maio, chegando a 169,4 milhões de litros em equivalente leite. Produção de leite em propriedade no RS Reprodução/RBS TV Altas nos preços no início do ano O preço do leite ao produtor iniciou 2025 com altas nos preços. O alimento subiu 3,3% na comparação em janeiro e fevereiro. A valorização do leite cru foi motivada pela maior competição das indústrias pela matéria-prima. 📈Na média entre os cinco maiores centros produtores nacionais, o preço do litro de leite captado fechou a R$ 2,77. Na comparação com o mês de fevereiro do ano passado, valorização era ainda maior em termos reais, equivalendo a alta de 18,1%, quando os valores são deflacionados pelo IPCA do período. ☀️O clima adverso, com seca e calor intenso, em várias bacias leiteiras explicam a diminuição da oferta no campo e, por consequência, a concorrência entre os compradores. VÍDEOS: Tudo sobre Piracicaba e região Veja mais notícias da região no g1 Piracicaba



Contas públicas têm déficit de R$ 33,7 bilhões em maio; dívida avança para 76,1% do PIB


30/06/2025 11:38 - g1.globo.com


Recorde na arrecadação federal e redução de gastos ajudou no resultado das contas públicas em maio. Na parcial do ano, menor pagamento de despesas judiciais contribuiu. Mesmo assim, dívida pública subiu mês passado. As contas do setor público consolidado apresentaram um déficit primário de R$ 33,7 bilhões em maio deste ano, informou o Banco Central nesta segunda-feira (30). 🔎 O déficit primário ocorre quando as receitas com tributos e impostos ficam abaixo das despesas do governo. Se o contrário acontece, o resultado é de superávit primário. 🔎O resultado não leva em conta o pagamento dos juros da dívida pública, e abrange o governo federal, os estados, municípios e as empresas estatais. Segundo o Banco Central (BC), houve melhora na comparação com o mesmo mês do ano passado, quando foi registrado um saldo negativo de R$ 63,9 bilhões. Esse também foi o melhor resultado, para maio, desde 2022, mês em que houve um déficit de R$ 33 bilhões. Os valores não foram ajustados pela inflação. Estimativas apontam déficit maior nas contas públicas; Em Ponto entrevista Armínio Fraga Veja abaixo o desempenho que levou ao déficit das contas em maio deste ano: governo federal registrou saldo negativo de R$ 37,4 bilhões; estados e municípios tiveram saldo superavitário de R$ 4,5 bilhões; empresas estatais apresentaram déficit de R$ 926 milhões. O que influenciou o resultado 📈De acordo com informações do Tesouro Nacional, o resultado de maio deste ano foi influenciado pelo aumento na arrecadação — que avançou em termos reais (acima da inflação) e bateu recorde para o período. A receita líquida do governo (após transferências a estados e municípios) cresceu 2,8% em termos reais em maio, atingindo R$ 178,8 bilhões. 📈 Ao mesmo tempo, também foi registrado recuo de gastos no mês passado, na comparação com o mesmo período de 2024, o que também contribuiu para a melhora das contas do governo. As despesas totais somaram R$ 219,4 bilhões em maio, com uma queda real de 7,6%. Parcial do ano No acumulado dos cinco primeiros meses deste ano, ainda segundo dados oficiais, as contas do governo registraram um superávit primário de R$ 69,12 bilhões — o equivalente a 1,35% do Produto Interno Bruto (PIB). Com isso, houve uma melhora na comparação com o mesmo período do ano passado, quando foi registrado um saldo negativo de R$ 2,6 bilhões (0,05% do PIB). No caso somente do governo federal, o resultado ficou positivo em R$ 31,2 bilhões na parcial deste ano, informou o BC, contra um déficit de R$ 30,4 bilhões nos cinco primeiros meses de 2024. A melhora no resultado das contas do governo está relacionada, também, à redução no pagamento de precatórios (sentenças judiciais), que somaram R$ 30,8 bilhões pelo governo federal. Em 2024, os valores de precatórios se concentraram em fevereiro. Neste ano, ainda não houve concentração desses pagamentos. O Tesouro Nacional informou que a melhora nas contas do governo refletia a "diferença no cronograma de pagamentos dos precatórios entre os exercícios de 2024 e 2025". Para este ano, a meta fiscal do governo federal é de zerar o rombo das contas públicas. Mas, pelas regras do arcabouço fiscal, que reúne as regras de equilíbrio para as contas públicas, o governo pode ter um déficit de até 0,25% do PIB sem que o objetivo seja formalmente descumprido, o equivalente a cerca de R$ 31 bilhões. Para fins de cumprimento da meta fiscal, também são excluídos outros R$ 44,1 bilhões em precatórios, ou seja, decisões judiciais. Contas públicas têm déficit de R$ 33,7 bilhões em maio Getty Images por BBC Após despesas com juros Quando se incorporam os juros da dívida pública na conta – no conceito conhecido no mercado como resultado nominal, utilizado para comparação internacional –, houve déficit de R$ 125,9 bilhões nas contas do setor público em maio. ➡️No acumulado em doze meses até maio, foi registrado um resultado negativo (déficit) de R$ 922 bilhões, ou 7,58% do PIB. 🔎Esse número é acompanhado com atenção pelas agências de classificação de risco para a definição da nota de crédito dos países, indicador levado em consideração por investidores. O resultado nominal das contas do setor público sofre impacto do resultado mensal das contas, das atuações do BC no câmbio, e dos juros básicos da economia (Selic) fixados pela instituição para conter a inflação. Segundo o BC, as despesas com juros nominais somaram R$ 946 bilhões (7,8% do PIB) em doze meses até maio deste ano. Dívida pública A dívida do setor público consolidado registrou alta de 0,2 ponto percentual em abril, atingindo 76,1% do Produto Interno Bruto (PIB) — o equivalente a R$ 9,26 trilhões. A dívida atingiu esse conceito no formato de cálculo do governo brasileiro. Para o Fundo Monetário Internacional (FMI), que considera os títulos públicos na carteira do BC, o endividamento brasileiro foi bem maior em abril: 88,4% do PIB. A proporção com o PIB é considerada por especialistas como o conceito mais apropriado para medir e comparar a dívida das nações. E o formato de cálculo do FMI é o mais adotado internacionalmente. Para tentar conter o crescimento da dívida, em 2023 o governo aprovou o chamado "arcabouço fiscal", ou seja, novas regras para as contas públicas em substituição ao teto de gastos. Por estas regras: a despesa não pode registrar crescimento maior do que 70% do aumento da arrecadação; a alta de gastos fica limitada, em termos reais, a 2,5% por ano; o arcabouço busca justamente conter o crescimento da dívida pública no futuro. Sem um corte robusto de despesas, necessário para manter de pé o arcabouço fiscal, especialistas em contas públicas estimam que a regra terá de ser abandonada nos próximos anos. 🔎Eles argumentam que, no atual formato, as regras ficarão insustentáveis. Por conta disso, preveem uma expansão maior da dívida pública no futuro, o que pode resultar em aumento das taxas de juros cobradas pelas instituições financeiras ao setor real da economia. Analistas do mercado financeiro estimaram, na semana passada, que a dívida pública brasileira deve atingir 93,5% do PIB em 2034 — patamar distante dos países emergentes e mais próximo da Europa.



Boletim Focus: mercado reduz estimativa de inflação em 2025 pela 5ª semana seguida, para 5,20%


30/06/2025 11:29 - g1.globo.com


Números foram divulgados pelo Banco Central nesta segunda-feira (30). Projeção dos analistas dos bancos para o crescimento do PIB em 2026 continuou em 2,21%. Os economistas do mercado financeiro reduziram sua estimativa de inflação deste ano, ao mesmo tempo em que mantiveram a projeção para o crescimento da economia brasileira. As expectativas, fruto de pesquisa com mais de 100 instituições financeiras na última semana, constam no relatório "Focus", divulgado nesta segunda-feira (30) pelo Banco Central (BC). IPCA-15: Prévia da inflação fica em 0,26% em junho ➡️ Para a inflação de 2025, a estimativa do mercado recuou de 5,24% para 5,20%. Mesmo assim, continua bem acima do teto da meta, que é de 4,5%. Foi a quinta queda seguida do indicador. ➡️ Para 2026, a expectativa de inflação ficou estável em 4,50%. ➡️ Para 2027, a expectativa continuou em 4%. ➡️ Para 2028, a expectativa de inflação permaneceu em 3,83%. Desde o início de 2025, quando entrou em vigor o sistema de meta contínua, o objetivo é 3% – e será considerado cumprido se a inflação variar entre 1,5% e 4,5%. Pelo sistema de metas, o BC tem de calibrar os juros para tentar manter a inflação dentro do intervalo existente. Para isso, a instituição olha para frente, pois a Selic demora de seis a 18 meses para ter impacto pleno na economia. Neste momento, por exemplo, o BC já está mirando na expectativa de inflação calculada em 12 meses até meados de 2026. Desde janeiro, a inflação acumulada em 12 meses é comparada com a meta e com o intervalo de tolerância. Se a inflação ficar fora do intervalo de tolerância por seis meses consecutivos, a meta é considerada descumprida. Caso a meta de inflação não seja atingida, o BC terá de escrever e enviar uma carta pública ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, explicando os motivos. Com o estouro da meta de inflação de 2024, o presidente do BC, Gabriel Galípolo, enviou carta ao ministro Haddad no início de janeiro – creditando o resultado a fatores como a forte atividade econômica, a queda do real e os extremos climáticos. O BC também admitiu recentemente que a meta de inflação pode ser novamente descumprida em junho deste ano, ao completar seis meses seguidos acima do teto de 4,5%. 🔎 Por que isso importa? Quanto maior a inflação, menor é o poder de compra das pessoas, principalmente das que recebem salários menores. Isso porque os preços dos produtos aumentam, sem que o salário acompanhe esse crescimento. Inflação x vida real: por que os preços do dia a dia podem subir muito mais do que o IPCA No Brasil, projeções indicam um inflação de 5,64% em 2022, uma das menores taxas do mundo. BBC Produto Interno Bruto Para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2025, a projeção do mercado continuou em 2,21%. ➡️ O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país. O indicador serve para medir a evolução da economia. Já para 2026, a previsão de alta do PIB do mercado financeiro subiu de 1,85% para 1,87%. Taxa de juros Os economistas do mercado financeiro mantiveram a projeção para a taxa básica de juros neste ano. Para o fechamento de 2025, a projeção do mercado para o juro básico da economia continuou em 15% ao ano — atual patamar do juro básico. Para o fim de 2026, o mercado financeiro manteve a projeção em 12,50% ao ano. Para o fechamento de 2027, a projeção do mercado continuou em 10,50% ao ano. Outras estimativas Veja abaixo outras estimativas do mercado financeiro, segundo o BC: Dólar: a projeção da taxa de câmbio para o fim de 2025 recuou de R$ 5,72 para R$ 5,70. Para o fim de 2026, a estimativa caiu de R$ 5,80 para R$ 5,79. Balança comercial: para o saldo da balança comercial (resultado do total de exportações menos as importações) em 2025, a projeção recuou de US$ 74 bilhões para US$ 73 bilhões de superávit. Para 2026, a expectativa para o saldo positivo permaneceu em US$ 78 bilhões de superávit. Investimento estrangeiro: a previsão do relatório para a entrada de investimentos estrangeiros diretos no Brasil neste ano continuou em US$ 70 bilhões. Para 2026, a estimativa de ingresso permaneceu inalterada também em US$ 70 bilhões.



Mulher fatura R$ 15 mil por mês ao vender rapadura de sabor diferenciado; saiba mais


30/06/2025 07:00 - g1.globo.com


Receita criada por empreendedora de Rondônia leva cacau e já conquistou até mercado internacional. Mulher transforma cacau do quintal em rapadura e fatura R$ 15 mil por mês Foi no quintal de casa, no interior de Rondônia, que Melissa Almeida transformou uma tradição brasileira em inovação: a rapadura ganhou sabor de cacau e caiu no gosto do público. A receita, ensinada pela avó, virou o carro-chefe de um negócio que hoje fatura R$ 15 mil por mês. (Assista à reportagem no vídeo acima) Criada entre plantações e panelas, Melissa uniu memória afetiva, criatividade e técnicas de gastronomia para desenvolver o doce, feito com ingredientes regionais e muito cuidado. O que começou com panelas queimadas na infância virou uma fábrica artesanal, que também produz chocolates veganos, compotas e gelatos sem glúten nem lactose. A empreendedora cresceu em Ouro Preto do Oeste, cidade com cerca de 37 mil habitantes. Filha de agricultores, sempre teve o cacau por perto. Melissa até pensou em seguir carreira na saúde, mas foi a paixão pela cozinha que falou mais alto. Ao conhecer o curso de gastronomia no interior de São Paulo, decidiu mudar os planos. "Quando vi o pessoal de jaleco de chef, falei: é isso que eu quero pra minha vida”, conta. A volta para casa trouxe a chance de criar pratos com a cara da região. Um dos primeiros foi o "Piracau": filé de pirarucu com mousse de chocolate e farofa de castanha. Mas Melissa queria mais. Começou a testar receitas de sobremesa e teve a ideia de fazer uma rapadura com sabor de cacau. O processo foi difícil. O ponto do doce não dava certo. Até que sua avó, mineira de Belo Horizonte, decidiu viajar até Rondônia para ensinar o segredo. "Ela pegou o tacho, bateu e me mostrou o ponto certo. E aí nasceu a rapadura de cacau." O cacau usado na produção vem, em boa parte, do quintal da própria família. Depois de colhido, o fruto é aberto à mão; a amêndoa, fermentada, seca e moída. Só então vira chocolate. Misturada ao açúcar mascavo, dá origem ao doce que conquistou os clientes. Melissa começou o negócio com R$ 20 mil. Aprendeu a torrar, processar, formular. Produzia, embalava e vendia sozinha. Também buscou capacitação em um curso na Bahia para dominar a arte do chocolate. Hoje, a produção é feita com o apoio de duas funcionárias e uma rede de fornecedoras. Entre elas, mulheres como Selma, que cultiva 1.200 pés de cacau sem agrotóxicos. "Ter essa parceria com outra mulher que valoriza o nosso trabalho é muito importante", diz Selma. Rapadura ganhou sabor de cacau e caiu no gosto do público Cacau Raiz/ Divulgação O cuidado vai além do produto. A fábrica de Melissa usa embalagens biodegradáveis que podem ser reaproveitadas para mudas de reflorestamento. A produção é agroecológica, e a preocupação com o solo, a água e a floresta está no centro de tudo. Hoje, a estrutura conta com cerca de R$ 150 mil em equipamentos e capacidade para produzir até 300 quilos de rapadura por mês. Os produtos são vendidos em um trailer montado na beira da rodovia, a mesma onde os pais da empreendedora já mantiveram um restaurante. Além das vendas locais, Melissa aposta nas redes sociais e em feiras para divulgar o negócio. Em breve, pretende levar seus produtos para o Chile e o Peru. “Eu amo o que eu faço. Levo amor para as pessoas através do alimento e da nossa história. E quero que minha rapadura e meus chocolates cheguem ao mundo inteiro”, diz. Cacau Raiz 🏢 BR 364, km 05, lote 15, gleba 19 – Ouro Preto do Oeste/RO 📞 (69) 99208-7843 🌐 cacauraiz.com 📷 instagram.com/cacauraiz Targa Chocolates 🏢 Assentamento Palmares, gleba 02, lote 09 – Nova União/RO 📞 (69) 99324-1174 📧 selmatargafreitas@gmail.com 📷 instagram.com/targachocolate



Imposto de Renda 2025: 2º lote de restituição começa a ser pago nesta segunda; veja se vai receber


30/06/2025 03:00 - g1.globo.com


Serão contemplados mais de 6,5 milhões de contribuintes, com um crédito bancário total de R$ 11 bilhões. Receita Federal paga 2º lote de restituição do Imposto de Renda 2025 Os pagamentos do 2º lote de restituições do Imposto de Renda 2025 começam nesta segunda-feira (30). As informações foram divulgadas pela Receita Federal. Ao todo, mais de 6,5 milhões de contribuintes serão contemplados, com um valor total de crédito de R$ 11 bilhões. O lote também inclui restituições residuais de exercícios anteriores. Do total, aproximadamente R$ 1,8 bilhões serão destinados aos contribuintes prioritários. São eles: 148.090 idosos acima de 80 anos 1.044.585 contribuintes entre 60 e 79 anos 91.363 contribuintes com alguma deficiência física ou mental, ou moléstia grave 496.650 contribuintes cuja maior fonte de renda seja o magistério 4.764.634 contribuintes que receberam prioridade por utilizarem a declaração pré-preenchida e optarem por receber a restituição via PIX. LEIA MAIS IRPF 2025: Veja perguntas e respostas Errou ou entregou declaração incompleta? Saiba como fazer a retificadora MEI: perdeu o prazo da declaração anual? Descubra o que fazer O que acontece se não declarar imposto de renda? Veja o calendário da restituição do IR 2025 Os pagamentos das restituições do IRPF 2025 serão feitos em cinco lotes, segundo informações da Receita. O prazo para entrega das declarações começou em 17 de março. Veja as datas dos pagamentos: 1º lote: 30 de maio 2º lote: 30 de junho 3º lote: 31 de julho 4º lote: 29 de agosto 5º lote: 30 de setembro Como fazer a consulta? Assim que a consulta estiver disponível, o contribuinte deve acessar a página da Receita na internet e clicar na opção "Meu Imposto de Renda". Em seguida, basta clicar em "Consultar a Restituição". A página oferece orientações e os canais de prestação do serviço, permitindo uma consulta simplificada ou completa da situação da declaração, por meio do extrato de processamento, acessado no e-CAC. Caso identifique alguma pendência na declaração, o contribuinte pode retificá-la, corrigindo as informações. A Receita Federal disponibiliza, também, aplicativo para tablets e smartphones que permite consultar diretamente nas bases da Receita Federal informações sobre liberação das restituições do IRPF e a situação cadastral de uma inscrição no CPF. Em nota oficial, o Fisco afirma que "assume o compromisso de realizar pagamento de restituições apenas em conta bancária de titularidade do contribuinte". Assim, vale destacar que as rotinas de segurança da Receita impedem o pagamento caso ocorra erro nos dados bancários informados ou algum problema na conta de destino. "Para não haver prejuízo ao contribuinte, a Receita oferece o serviço de reagendamento disponibilizado pelo Banco do Brasil pelo prazo de até um ano da primeira tentativa de crédito. Assim, o contribuinte poderá corrigir os dados bancários para uma conta de sua titularidade", afirma a nota. Neste caso, o cidadão poderá reagendar o crédito dos valores pelo Portal BB, ou ligando para a Central de Relacionamento BB por meio dos telefones: 4004-0001 (capitais) 0800-729-0001 (demais localidades) 0800-729-0088 (telefone especial exclusivo para deficientes auditivos) Ao utilizar esse serviço o contribuinte deve informar o valor da restituição e o número do recibo da declaração. Depois, é só aguardar a nova tentativa de crédito. Caso o contribuinte não resgate sua restituição dentro do prazo, precisará fazer um requerimento pelo Portal e-CAC. Malha fina Ao realizar a consulta, o contribuinte também poderá saber se há alguma pendência em sua declaração que impeça o pagamento da restituição, ou seja, se ele caiu na chamada "malha fina". Para saber se está na malha fina, os contribuintes também podem acessar o "extrato" do Imposto de Renda no site da Receita Federal no e-CAC (Centro Virtual de Atendimento). Ao fazer o login, selecione a opção “Meu Imposto de Renda (Extrato da DIRPF)”. Na aba “Processamento”, escolha o item “Pendências de Malha”. Lá, você poderá verificar se sua declaração está na malha fina e verificar qual o motivo pelo qual ela foi retida. Para acessar o extrato do IR, é necessário utilizar o código de acesso gerado na própria página da Receita Federal ou certificado digital emitido por autoridade habilitada. As restituições de declarações que apresentam inconsistência (em situação de malha) são liberadas apenas após corrigidas pelo cidadão, ou após o contribuinte apresentar comprovação de que sua declaração está correta. Quem é obrigado a declarar o Imposto de Renda em 2025 quem recebeu rendimentos tributáveis acima de R$ 33.888,00 em 2024. O valor é um pouco maior do que o da declaração do IR do ano passado (R$ 30.639,90) por conta da ampliação da faixa de isenção; contribuintes que receberam rendimentos isentos, não-tributáveis ou tributados exclusivamente na fonte, cuja soma tenha sido superior a R$ 200 mil no ano passado; quem obteve, em qualquer mês de 2024, ganho de capital na alienação de bens ou direitos, sujeito à incidência do imposto, ou realizou operações em bolsas de valores, de mercadorias, de futuros e assemelhadas cuja soma foi superior a R$ 40 mil, ou com apuração de ganhos líquidos sujeitas à incidência do imposto; quem teve isenção de imposto sobre o ganho de capital na venda de imóveis residenciais, seguido de aquisição de outro imóvel residencial no prazo de 180 dias; quem teve, em 2024, receita bruta em valor superior a R$ 169.440,00 em atividade rural; quem tinha, até 31 de dezembro de 2024, a posse ou a propriedade de bens ou direitos, inclusive terra nua, de valor total superior a R$ 800 mil; quem passou para a condição de residente no Brasil em qualquer mês e se encontrava nessa condição até 31 de dezembro de 2024; quem optou por declarar os bens, direitos e obrigações detidos pela entidade controlada, direta ou indireta, no exterior como se fossem detidos diretamente pela pessoa física; Possui trust no exterior; quem atualizou bens imóveis pagando ganho de capital diferenciado em dezembro/2024 (Lei n.º 14.973/2024); quem auferiu rendimentos no exterior de aplicações financeiras e de lucros e dividendos; Deseja atualizar bens no exterior. imposto de renda 2025 Divulgação



CNPJ terá letras e números: quem será afetado? O que muda? Veja 10 perguntas e respostas


30/06/2025 03:00 - g1.globo.com


Novo modelo entra em vigor em julho de 2026 e valerá para novas inscrições, incluindo profissionais liberais; atuais CNPJs continuam válidos. CNPJ passará a ter letras e números; veja quem será afetado e o que muda O Brasil passará a emitir CNPJs em um novo formato: além de números, a identificação das empresas também incluirá letras. A mudança, anunciada pela Receita Federal, faz parte do processo de modernização do sistema tributário nacional. A intenção é ampliar a quantidade de combinações possíveis, evitando o esgotamento do formato atual (exclusivamente numérico) que já identifica cerca de 60 milhões de estabelecimentos. A estrutura com 14 caracteres será mantida, mas passará a permitir a inclusão de letras entre os dígitos. O novo modelo começará a ser adotado gradualmente a partir de julho de 2026, e será aplicado apenas a novas inscrições. Ou seja, empresas já existentes manterão seus CNPJs atuais, sem necessidade de substituição. A seguir, o g1 esclarece as principais dúvidas sobre essa mudança. O que é o CNPJ alfanumérico? Por que isso está sendo feito? Quando começa? Quem vai receber CNPJ com letras? O procedimento de inscrição do CNPJ vai mudar? O que as empresas precisam fazer? Empresas e profissionais já inscritos precisam fazer algo? O que muda no cálculo do Dígito Verificador? Qual a ligação com a reforma tributária? Haverá algum custo para as empresas com essa mudança? Receita começa a cancelar CNPJ de empresas que vendem cigarros eletrônicos 1. O que é o CNPJ alfanumérico? É o novo modelo de identificação das pessoas jurídicas no Brasil. Em vez de utilizar apenas números, o novo CNPJ combinará letras (de A a Z) e números (de 0 a 9), mantendo o total de 14 caracteres. A estrutura visual será semelhante à atual, mas com a inclusão de caracteres alfanuméricos. (confira no exemplo abaixo) Sistema atual vs. nova tipologia Receita Federal Volte ao índice. 2. Por que isso está sendo feito? De acordo com a Receita Federal, o número de combinações possíveis no modelo atual está próximo do limite. Com o aumento no número de empresas e filiais, o órgão decidiu expandir o sistema para garantir sua viabilidade a longo prazo. A inclusão de letras amplia significativamente a quantidade de combinações possíveis. Volte ao índice. 3. Quando começa? A emissão de CNPJs com letras começará em julho de 2026, de forma gradual. Segundo a Receita, será elaborado um calendário para definir quais tipos de empresas ou atividades econômicas adotarão primeiro o novo formato. Volte ao índice. 4. Quem vai receber CNPJ com letras? Apenas novas inscrições a partir da data de início — como empresas recém-criadas, filiais, produtores rurais, condomínios e profissionais liberais — receberão o CNPJ com letras. O formato atual, composto exclusivamente por números, continuará válido. Não será necessário nenhum procedimento adicional por parte dos contribuintes junto à Receita Federal ou aos órgãos estaduais e municipais. Volte ao índice. 5. O procedimento de inscrição do CNPJ vai mudar? Não. O processo para abertura de empresas e solicitação de CNPJ continuará o mesmo. A única diferença é que o número gerado poderá conter letras. Segundo a Receita, a partir de julho do próximo ano, todos os sistemas estarão preparados e integrados à Rede Nacional para a Simplificação do Registro e da Legalização de Empresas e Negócios (REDESIM). Volte ao índice. 6. O que as empresas precisam fazer? Empresas e sistemas que lidam com emissão de notas fiscais ou controle tributário precisarão adaptar seus softwares, bancos de dados e rotinas internas. Podem ocorrer falhas na emissão de documentos fiscais, dificuldades com fornecedores ou atrasos no cumprimento de obrigações tributárias. A recomendação é que as empresas se preparem com antecedência. A Receita informou que disponibilizará ferramentas para facilitar essa atualização técnica. Volte ao índice. 7. Empresas e profissionais já inscritos precisam fazer algo? Não. Nenhuma ação será necessária junto a órgãos federais, estaduais ou municipais. Os sistemas públicos serão atualizados para aceitar tanto o formato atual quanto o novo. A expectativa, segundo a Receita, é que essa adaptação ocorra de forma automática e transparente para as empresas. Volte ao índice. 8. O que muda no cálculo do Dígito Verificador? O Dígito Verificador (DV), número que aparece no final do CNPJ e serve para validar sua autenticidade, continuará sendo calculado pelo método do Módulo 11 — um tipo de verificação matemática —, agora adaptado para incluir letras no cálculo. Cada caractere será convertido em um valor numérico com base na tabela ASCII, que atribui um número específico a cada símbolo, e dele será subtraído o valor 48. Por exemplo: a letra A corresponde ao número 65 na tabela ASCII e, para o cálculo, será utilizado o valor 17 (que é o resultado de 65 menos 48). A Receita Federal disponibilizará rotinas de cálculo em linguagens de programação populares para facilitar essa adaptação técnica. Volte ao índice. 9. Qual a ligação com a reforma tributária? O novo CNPJ faz parte do processo de modernização do sistema tributário. A mudança prepara o caminho para a implementação de dois novos tributos: a CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços) e o IBS (Imposto sobre Bens e Serviços), que visam unificar e simplificar diversos impostos atualmente em vigor. Para isso, será necessário contar com sistemas mais modernos e integrados. O novo CNPJ alfanumérico contribui nesse processo ao ampliar a capacidade do sistema, facilitar a separação entre despesas pessoais e profissionais e automatizar processos como a recuperação de créditos tributários. Volte ao índice. 10. Haverá algum custo para as empresas com essa mudança? Sim. As empresas precisarão atualizar seus sistemas para reconhecer o novo CNPJ com letras e calcular corretamente o Dígito Verificador. Essas adaptações podem gerar custos técnicos, especialmente em softwares de emissão de notas fiscais e bancos de dados. Volte ao índice. Receita federal Crédito editorial: SERGIO V S RANGEL / Shutterstock Entenda o que são nanoempreendedores



Milionários por engano? Erro técnico em loteria ilude milhares na Noruega


29/06/2025 20:55 - g1.globo.com


Falha na conversão da moeda fez com que apostadores recebessem mensagens com prêmios muito acima do real. CEO da loteria estatal Norsk Tipping renunciou após o caso. eurojackpot Wikimedia/Domínio Público Milhares de noruegueses acreditaram, por engano, terem se tornado milionários na última sexta-feira (27). A confusão aconteceu após eles receberem notificações da loteria estatal Norsk Tipping dizendo que ganharam prêmios superelevados. Os envios, porém, foram resultado de um erro técnico grave da Norsk Tipping. Segundo a estatal, "milhares" de pessoas que ganharam prêmios na loteria europeia Eurojackpot foram notificadas com valores incorretos. O jornal norueguês Verdens Gang informou que 19 mil pessoas receberam notificações por push e 13 mil por SMS com prêmios alterados — e que algumas delas podem ter recebido pelos dois canais. De acordo com a loteria estatal, o erro ocorreu na conversão de centavos de euros para coroas norueguesas, o que fez com que os valores dos prêmios aparecessem "excessivamente altos". De acordo com reportagem da BBC, a quantia foi multiplicada por 100, em vez de dividida por 100. O erro resultou na demissão da CEO da Norsk Tipping, Tonje Sagstuen, que pediu desculpas e renunciou ao cargo no dia seguinte. Para o pagamento dos prêmios no país, a empresa estatal costuma receber os valores da Alemanha em euros. Em seguida, faz a conversão para a moeda local. Os valores corretos foram atualizados na noite de sábado e a empresa assegurou que nenhum pagamento incorreto foi realizado. "Estou profundamente arrependida por termos decepcionado tantas pessoas e entendo que estejam com raiva de nós", disse Sagstuen em nota oficial, acrescentando que "a crítica é justificada" diante da "quebra de confiança". Ela afirmou ter recebido várias mensagens de pessoas que já estavam fazendo planos para viajar, reformar a casa ou comprar um apartamento, diz reportagem da BBC. "A essas pessoas só posso dizer: me desculpem! Mas entendo que isso seja um consolo muito pequeno", declarou. Uma mulher, que estava no meio de uma reforma, relatou à emissora pública NRK ter recebido uma notificação dizendo que havia ganhado 1,2 milhão de coroas (aproximadamente US$ 119 mil ou £ 87 mil). Mas, no final, recebeu uma fração bem menor desse valor. 🔎 Para efeito de comparação, 1 milhão de coroas norueguesas equivale a cerca de R$ 543 mil, segundo o conversor de moedas do Banco Central do Brasil (BC). O conselho da Norsk Tipping se reuniu no sábado com o Ministério da Cultura — órgão responsável pela administração da empresa — em uma reunião de emergência. A norueguesa Marianne Myren Midtlyng, de 42 anos, relatou ao jornal Verdens Gang uma "montanha-russa" de emoções. Ela pensou ter ganhado 980 mil coroas norueguesas após apostar — e vencer —com dos grupos. "Nós dançamos, choramos e pensamos que finalmente poderíamos pagar nossos empréstimos. Liguei para o meu pai e contei que havia ganhado na loteria. As lágrimas escorriam", disse. Poucos minutos depois, no entanto, o texto no aplicativo foi atualizado, mostrando que ela havia ganhado apenas 97 coroas — duas vezes. "Passei de milionária a ter ganhado menos de 200 coroas. Foi como uma montanha-russa", desabafou. A Ministra da Cultura e Igualdade da Noruega, Lubna Jaffery, declarou à emissora NRK que "erros como esse não deveriam acontecer", especialmente porque a Norsk Tipping detém o direito exclusivo de oferecer jogos no país. "Esperamos que o conselho atue ativamente para melhorar os controles internos", concluiu. Copom vê necessidade de juros mais altos por tempo maior do que o previsto



Bolsonaro mira relevância eleitoral em ato na Paulista


29/06/2025 20:41 - g1.globo.com


Inelegível, ex-presidente pediu maioria no Congresso e indicou que pretende manter influência sobre candidaturas e decisões estratégicas do PL nas eleições de 2026. Ato de Bolsonaro na Paulista busca manter militância aquecida O ex-presidente Jair Bolsonaro utilizou o ato deste domingo (29) na avenida Paulista para mandar o recado de que ainda tem relevância eleitoral, em especial às vésperas da fase final do inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF) do qual é réu por tentativa de golpe de Estado. Em seu discurso, Bolsonaro não se colocou como candidato à presidência da República — ele está inelegível por decisão do TSE — mas pediu votos para seus deputados e senadores. Por duas vezes, pediu que dessem a ele "50% da Câmara e 50% do Senado ". Falando das cadeiras do Congresso, Bolsonaro afirmou que "quem assumir a liderança, vai mandar mais que o presidente do país". Citou que, dessa forma, seria possível escolher "nosso" presidente da Câmara e do Senado, presidentes de comissões, diretores de agências reguladoras e até presidente e diretores do Banco a Central. Bolsonaro estava ladeado por quatro governadores e parlamentares, todos de olho nas eleições de 2026. Foto usada na contagem de pessoas no convocado por Jair Bolsonaro na Avenida Paulista neste domingo (29) Reprodução/Monitor do Debate Político no Meio Digital & More in Common Indefinição na disputa eleitoral A fala de Bolsonaro se insere no contexto de uma possível condenação do STF por golpe de Estado que o afaste ainda mais da política eleitoral, em que ele é considerado uma carta fora do baralho para cargos eletivos. Há ainda pressões de partidos aliados para que Bolsonaro escolha um nome para apoiar à presidência em 2026, o que significa reconhecer que seu nome não estará nas urnas. O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, preferido de aliados do ex-presidente, participou do evento com um discurso em defesa do governo Bolsonaro, de quem foi ministro. Tarcísio também recheou sua fala de ataques à gestão Lula. Bolsonaro resiste a passar o bastão, além de querer conduzir o processo de escolha de candidatos do PL nos Estados. Mas o ex-presidente deixou claro que sua prioridade segue sendo a força do nome Bolsonaro. Ele encerrou sua participação no evento abraçando seus três filhos políticos presentes ao evento — Jair Renan, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e o vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ). Para o ex-presidente, os únicos apoios garantidos são aos filhos.



Centro nacional de bioenergia celebra aprovação do aumento de etanol nos combustíveis: 'Conquista'


29/06/2025 16:13 - g1.globo.com


Decisão do CNPE, que eleva mistura de etanol na gasolina para 30% e de biodiesel no diesel para 15%, é comemorada por entidades sediadas em Sertãozinho (SP) e com impacto na economia regional. Com aumento da mistura de etanol, usinas projetam queda de R$ 0,11 no preço da gasolina O Centro Nacional das Indústrias do Setor Sucroenergético e Biocombustíveis (Ceise Br) e a CPL Bioenergia Ceise Br (Cadeia Produtiva Local da Bioenergia), ambas com sede em Sertãozinho (SP)— cidade que se destaca como um polo estratégico da bioenergia no Brasil — celebraram a aprovação de elevar o percentual de etanol na gasolina para 30% (E30) e de biodiesel no diesel para 15% (B15). A medida foi anunciada pelo Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) na quarta-feira (25) e representa um marco para a cadeia de biocombustíveis. Para a região de Ribeirão Preto (SP), com forte presença de usinas sucroenergéticas, a decisão é vista como um passo fundamental para o avanço do setor. Siga o canal g1 Ribeirão e Franca no WhatsApp Na prática, a partir de 1º de agosto, o percentual de mistura do etanol na gasolina de 27% vai para 30% e, no caso do biodiesel, a elevação será de 14% para 15%. "Essa decisão histórica reforça o posicionamento do Brasil na transição energética global e representa uma conquista importante para toda a cadeia produtiva de biocombustíveis, do produtor rural à indústria de base", destacam em nota conjunta Ceise Br e CPL Bioenergia. O objetivo do CNPE com a aprovação da nova mistura é elevar o Brasil até a autossuficiência em petróleo e não depender da oscilação do mercado internacional, ainda mais agora com a escalada dos conflitos no Oriente Médio. “O petróleo, com essas incertezas, fica toda hora variando o preço na bomba para o consumidor, então, mesmo que hoje a Petrobras consiga controlar isso, porque tem um ‘colchão’, a medida será muito importante para ela, para o Brasil e para o consumidor também”, afima Antônio Eduardo Tonielo Filho, diretor do Ceise Br. Impacto na economia local e nacional Neste caso, a região de Ribeirão Preto, com forte concentração de usinas sucroenergéticas e indústrias de base que fornecem equipamentos e tecnologia, tem muito a ganhar com a aprovação do E30 e B15. A expectativa também é de retomada de investimentos e geração de novos empregos. Segundo as entidades, a medida impulsiona a autossuficiência energética do país, reduzindo a dependência de combustíveis fósseis e fortalecendo a economia nacional. LEIA TAMBÉM Redução no litro da gasolina: quando consumidor deve perceber queda nos preços? Com o aumento da demanda por etanol e biodiesel, as usinas devem ser estimuladas a ampliar e modernizar a capacidade instalada, investindo em tecnologias de refino e processamento. Isso pode gerar mais oportunidades para a indústria metalúrgica e de equipamentos de Sertãozinho e cidades vizinhas, que já são referências neste segmento. Bomba de combustível em posto de Ribeirão Preto, SP gasolina etanol combustíveis Reprodução/EPTV Compromisso ambiental e benefícios ao consumidor Além dos benefícios econômicos, a decisão é considerada um passo estratégico para a descarbonização da matriz de transporte brasileira, alinhada aos compromissos climáticos do Brasil para a COP30. A priorização de combustíveis renováveis valoriza o potencial produtivo do setor e, de acordo com o Ceise Br, pode trazer ganhos ao consumidor, com a expectativa de redução de preços na bomba e a criação de novos postos de trabalho. Veja mais notícias da região no g1 Ribeirão Preto e Franca VÍDEOS: Tudo sobre Ribeirão Preto, Franca e região



Morango atrai produtores por ser resistente, graúdo e doce


29/06/2025 10:30 - g1.globo.com


Morangos Fênix têm conquistado cada vez mais produtores em cidades do estado de São Paulo, tendo como características doçura, adaptabilidade, resistência e cor. Morango Fênix tem conquistado os produtores do interior de SP Reprodução/TV TEM A cidade de Jarinu (SP) encanta pela sua beleza natural e agora também pelo sabor. O município está entre as melhores do estado para o cultivo de morangos, graças ao clima ameno e por estar a uma altitude de quase 800 metros. Os agricultores locais estão apostando tanto nos morangos tradicionais quanto em uma novidade, a Fênix, criada pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). Um dos produtores que tem investido é Rafael Maziero, que testou em uma parte da sua propriedade e percebeu a resistência da planta a pragas e, ainda, a atratividade pela sua cor avermelhada e sabor adocicado. De acordo com Rafael, o morango tem conquistado o paladar dos visitantes e virou aposta entre os produtores da região, que contaram com o apoio do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) durante a fase de testes. A técnica Geisla da Veiga Porfírio explica que o desenvolvimento ainda está sendo acompanhado de perto para avaliar o desempenho da planta em diferentes tipos de solo. Em Jundiaí (SP), o produtor Ricardo Paulino, que tem quase 50 anos de experiência no cultivo de morangos tradicionais, passou a investir em uma nova ideia, com o sistema "colha e pague". Ele explica que o ponto ideal da colheita não é só visual, mas também com o processo de amadurecimento completo, no qual ele mede pelo nível de açúcar (os chamados graus Brix). Veja a reportagem exibida no programa em 29/06/2025: Morango atrai produtores por ser resistente, graúdo e doce VÍDEOS: veja as reportagens do Nosso Campo Acesse + TV TEM | Programação | Vídeos | Redes sociais Confira as últimas notícias do Nosso Campo



Quermesses misturam religiosidade e cultura caipira


29/06/2025 10:30 - g1.globo.com


Fazenda separa tomates para compor a farofa da maior festa junina do Distrito de Pirajuí (SP). Produtor de tomate separa fruta para compor farofa de tradicional festa junina de Sarapuí (SP) Reprodução/TV TEM Em uma fazenda localizada em Bauru (SP), o tomate é uma fruta bastante cultivada e protegida por estufas, que ajudam a combater pragas e a enfrentar as variações do clima. Quando o meio do ano se aproxima, boa parte do plantio é separada para abastecer a maior quermesse rural do distrito de Pirajuí (SP). A família separa mais de 40 quilos de tomate para compor um prato extremamente importante: uma farofa de frango assado, que é destaque da comemoração. A festa existe há mais de 90 anos, e já são nove décadas de uma receita que conquistou o paladar de toda a região, chegando a vender 150 frangos acompanhados pela iguaria. Enquanto os preparos são realizados na cozinha do salão paroquial, os fiéis participam da missa em homenagem ao Santo Padroeiro. Em um movimento de manifestação da fé e momento de agradecimento pelas conquistas, os fiéis pedem proteção e renovam a esperança em dias melhores, uma celebração que vai além da comida e da festa. Veja a reportagem exibida no programa em 29/06/2025: Quermesses misturam religiosidade e cultura caipira VÍDEOS: veja as reportagens do Nosso Campo Acesse + TV TEM | Programação | Vídeos | Redes sociais Confira as últimas notícias do Nosso Campo



Artesãos produzem peças que valorizam estilo sertanejo


29/06/2025 10:30 - g1.globo.com


Entre as tradições que a cultura caipira ainda mantém viva, está o costume de fazer do couro de boi acessórios simples e elegantes. Artesãos produzem peças que valorizam estilo sertanejo Reprodução/TV TEM Em frente ao espelho, a jornalista Hévelin Munhoz se prepara para mais um dia de trabalho. Apaixonada pelo universo sertanejo, ela coleciona chapéus e botas. Já são quase 50 itens, e todos personalizados. Toda a coleção passou por um processo delicado para que os detalhes não fossem perdidos. Grande parte das botas que a jornalista tem foi feita sob medida pela loja de Domingos, em Palestina (SP), sendo referência em acessórios sertanejos há quatro décadas. Ao lado do filho, ele recebe encomendas de até 50 pares por mês. Um trabalho todo artesanal e tradicional. Um outro artista da confecção de acessórios à base de couro é Rafael de Oliveira, que, no quintal de casa, em Catanduva (SP), mantém uma selaria, onde cria cintos, cinturões, arreios e chapéus de couro cru. Tudo sob encomenda, com valores que podem variar entre R$ 150 e R$ 3,5 mil. Além da arte com couro, Rafael ainda consegue encontrar uma outra paixão: a de tocar e cantar moda caipira de viola, mantendo uma tradição que atravessa gerações e que ele busca manter viva. Veja a reportagem exibida no programa em 29/06/2025: Artesãos produzem peças que valorizam estilo sertanejo VÍDEOS: veja as reportagens do Nosso Campo Acesse + TV TEM | Programação | Vídeos | Redes sociais Confira as últimas notícias do Nosso Campo



Vitrine do governo, obras do PAC têm restrições de recursos e paralisações


29/06/2025 07:01 - g1.globo.com


Cenário de restrições fiscais crescentes está relacionado com o arcabouço fiscal — regra que fixa um limite para as despesas públicas. Sem cortes de gastos obrigatórios, valores autorizados para investimentos estão cada vez mais comprimidas. As obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) 2, vitrine do governo federal para infraestrutura no país, sofrem com restrições de recursos e paralisações. Os valores autorizados para serem gastos (dotações orçamentárias); o dinheiro reservado para as obras (empenhado); e os valores efetivamente pagos constam no Painel do Orçamento, do Ministério do Planejamento. Obra do Canal do Fragoso, em Olinda, em novembro de 2024, integrante do PAC. Reprodução/TV Globo Para cumprir o arcabouço fiscal — que são as regras que fixa limite para as contas públicas — e as metas, a equipe econômica anunciou um bloqueio de R$ 31,3 bilhões no orçamento deste ano, envolvendo também emendas parlamentares. 🔎Essa foi a maior limitação inicial em cinco anos. Ao todo, os ministérios tiveram uma restrição de R$ 24,2 bilhões e isso inclui bloqueio e contingenciamento e atinge verba direta do PAC. O restante (R$ 7,1 bilhões) foi cortados de emendas parlamentares. De acordo com Mauricio Muniz Barretto, secretário especial do PAC da Casa Civil, os bloqueios não estão impedindo desembolsos ao PAC. Ele admitiu, porém, que os investimentos são menores do que os valores aprovados pelo Congresso Nacional por conta das restrições orçamentárias. "Está bloqueando e está cortando, mas não está prejudicando nada. Estou dizendo que não estamos deixando de pagar ninguém. Provavelmente algumas obras eu vou ter que ir em um ritmo menor. Eu estou empenhando dentro do limite que eu tenho, que é menor do que saiu do Congresso", disse Mauricio Muniz Barretto, da Casa Civil. Pontos de atenção ➡️Se o governo já está encontrando dificuldades para realizar gastos neste ano, o cenário de restrições para os gastos públicos vai piorar em 2026 — marcado por eleições para deputados, senadores e presidente da República. A opinião é de economistas ouvidos pelo g1. ➡️E, em 2027, pode haver uma paralisia do Estado, sem espaço para investimentos, ações importantes do governo e até mesmo dinheiro para pagar despesas básicas, como água e luz dos ministérios, levando à uma mudança do arcabouço fiscal, a regra para as contas públicas. 🔎Além das restrições orçamentárias, o Tesouro Nacional tem informado que os valores pagos neste ano estão em ritmo mais lento por conta da demora na aprovação do orçamento de 2025, que aconteceu somente em março. A peça orçamentária foi sancionada em abril. Restrições orçamentárias A explicação para o cenário de restrições orçamentárias é que os investimentos do PAC estão dentro dos chamados gastos "discricionários" dos Ministérios, ou seja, das despesas livres (aquelas que o governo pode manejar). 🔎Ao mesmo tempo, os gastos obrigatórios, que têm regras específicas fixadas em leis, continuarão crescendo nos próximos anos — mesmo considerando o alívio trazido pelo pacote de cortes de gastos do fim de 2024. 🔎Como os gastos totais do governo não podem crescer acima de 2,5% ao ano (acima da inflação), norma do arcabouço fiscal, a previsão é que as despesas obrigatórias ocupem todo espaço dos gastos livres nos próximos anos. Entre os gastos livres, cujo espaço cairá ano a ano, estão: investimentos em infraestrutura (PAC), alguns tipos de emendas parlamentares, verbas para a defesa agropecuária, bolsas do CNPq e da Capes, emissão de passaportes, fiscalização ambiental e do trabalho escravo, e o Farmácia Popular. Obras paralisadas Dados do governo federal e do Tribunal de Contas da União (TCU) mostram que o Programa de Aceleração do Crescimento também sofre com paralisações. Os números nas duas esferas, entretanto, diferem. ➡️Para o TCU: o PAC conta com 6.754 obras, das quais 4.234 estariam paralisadas, ou seja, 63%. ➡️Para a Casa Civil do governo federal: o PAC tem 21.649 obras, das quais 1.225 estariam paralisadas, ou seja, 6%. Segundo o secretário especial do PAC da Casa Civil, Mauricio Muniz Barretto, o número de obras incluídas no PAC é maior, na contabilidade do governo, pelo fato de que também são consideradas obras em "ação preparatória" e "licitação" por exemplo, enquanto o TCU considera somente empreendimentos já em andamento. "Ele não pega todas as áreas do PAC, e ele pega de execução em diante. Ele não considera a partir de um determinado momento [...]. O recorte dele é menor, e só considera aquilo que tem ou que teve contrato. Se eu incluir uma obra, e ela nunca teve contrato, ele não leva ela em consideração. A obra pode ter um termo de compromisso, mas pode não ter contrato de licitação. É outro instrumento", afirmou Mauricio Muniz, da Casa Civil. Ao mesmo tempo, disse o secretário, o TCU considera como "paralisadas" obras que foram interrompidas durante o governo Jair Bolsonaro, de 2019 a 2022, quando o PAC foi extinto, gerando divergência com os números do governo federal. Barretto afirmou que esses empreendimentos foram considerados encerrados, pois não tinham mais contratos, mesmo pertencendo inicialmente ao PAC. "Legalmente, na hora que encerrou o contrato no governo Bolsonaro e ele não prorrogou, não tem mais. O gestor não pode legalmente falar que vai aditivar o contrato. Terminou o contrato, ele não pode legalmente fazer. Tem de fazer outro", declarou Mauricio Muniz, da Casa Civil. O secretário lembra que o governo Lula lançou em 2023 uma iniciativa, aprovada pelo Congresso Nacional, para retomar obras paralisadas em Saúde e Educação. Mas explicou que novos contratos de licitação cabem aos estados e municípios, local onde estão os empreendimentos nesta situação. O TCU, por sua vez, informou que as diferenças entre os números apresentados pelo órgão e os dados divulgados pela Casa Civil não se tratam de inconsistências, mas sim de diferenças metodológicas e de critérios adotados para a análise e classificação das obras. O painel de obras paralisadas do TCU considera todas as obras que, em algum momento, fizeram parte do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), conforme as informações disponíveis nas bases de dados consultadas. No entanto, é importante destacar que essas bases de dados não possuem indicação específica sobre quais obras pertencem ao Novo PAC, lançado recentemente pelo governo federal. Além disso, o site oficial do Novo PAC não permite estabelecer uma correlação direta entre as obras selecionadas para o programa e as informações disponíveis nas bases de dados dos órgãos federais, o que contribui para as diferenças observadas. "Independentemente do programa ao qual pertence, o TCU adota como critério considerar como paralisadas todas as obras que não foram entregues à sociedade. O monitoramento realizado pelo TCU abrange as obras a partir do início de sua execução, ou seja, quando há movimentação concreta no empreendimento. Esse critério difere da abordagem da Casa Civil, que, para fins de planejamento, considera diversas etapas para a execução de uma obra, incluindo ações preparatórias, licitações e outros processos preliminares", informou o TCU, por meio de nota. Segundo o auditor-chefe da Unidade de Auditoria Especializada em Infraestrutura Urbana e Hídrica (AudUrbana) do Tribunal de Contas da União (TCU), a paralisação de obras representa um desperdício de recursos públicos. Quanto às principais causas para esse volume expressivo de obras paralisadas, Amorim conta que o TCU ainda não tem um diagnóstico preciso, mas identifica que dificuldades orçamentárias e financeiras, além de problemas com planejamento e questões relacionadas às empresas que conduzem as obras, são alguns dos fatores que atrapalham o andamento das obras. “Algumas (dificuldades) que acabam se destacando, na nossa percepção, seria as orçamentárias-financeiras, que é algo que acaba resultando invariavelmente na paralisação da obra, então você muitas vezes inicia a obra sem a garantia de ter os recursos e, diante de uma restrição fiscal ou contingenciamento, aquela obra deixa de receber o recurso e invariavelmente acaba paralisada”, disse Augusto de Amorim, do TCU. As áreas em que mais há paralisação são saúde (4.141) e educação básica (3.912), de acordo com o painel Obras Paralisadas do TCU. Obras paradas no PAC Arte/ g1 Analistas opinam De acordo com o economista Claudio Frischtak, presidente da Inter.B Consultoria, as possíveis causas dos atrasos e paralisações é a "falta de governança dos investimentos", o que demanda processos não só planejamento como também programação e fiscalização dos projetos. "A governança é uma estrutura que vai do planejamento, com base no qual você deveria estabelecer prioridades, aí você vai programar o que você vai fazer, depois você vai elaborar projetos, tem que assegurar a boa fiscalização e tem que fiscalizar isso tudo. O resultado é que as obras são falhas muitas vezes em todas essas fases", diz diz Claudio Frischtak. Felipe Salto, economista-chefe da Warren Investimentos, destaca que saúde e educação são essenciais e onde os orçamentos são mais robustos. "Isso mostra, de certo modo, que não faltam recursos para essas áreas, mas, sim, boa execução, avaliação e monitoramento das políticas públicas e prioridades adotadas em termos de obras e investimentos também", pondera Felipe Salto, da Warren Investimentos. A presidente da Comissão Externa de Obras Inacabadas da Câmara dos Deputados, deputada Flávia Morais (PDT-GO), disse que em 2024 e 2025 foram feitas audiências públicas para entender o porquê da paralisação das obras. Ela reconhece que a situação é "impactante". "Acredito que cabe uma avaliação criteriosa do Poder Executivo, com todos os órgãos envolvidos para reverter o quadro. Nós, como Parlamento, estamos fazendo nossa parte, aprovamos o Pacto rapidamente, que deu origem a Lei Federal n.º 14.719/23, e continuamos fiscalizando por meio de audiências públicas ou visitas técnicas nas obras, sempre ouvindo o TCU", afirmou a deputada. Obra da Ferrovia Oeste-Leste, primeira anunciada no Novo PAC, é suspensa na Bahia Padrão mínimo de transparência Divulgado em dezembro do ano passado, um relatório da Transparência Internacional, organização sem fins lucrativos anticorrupção, e da CoST (Infrastructure Transparency Initiative) aponta que também pode ser observada falta de transparência nos gastos do PAC. Para as entidades, as informações sobre obras e contratos do Novo PAC disponibilizadas pelo governo federal revelam que o programa não alcança padrões mínimos de transparência. "A transparência atual dos investimentos do Novo PAC ficou com a nota 8,15 (de um total de 100 pontos) na avaliação seguindo critérios do guia Infraestrutura Aberta da Transparência Internacional – Brasil, elaborado justamente para analisar a disponibilização de informações sobre grandes obras de infraestrutura. Esta é a primeira rodada de avaliação do Novo PAC seguindo tais critérios, estabelecidos em 2023", informaram a Transparência Internacional e a CoST (Infrastructure Transparency Initiative). ➡️Segundo o documento, não foram disponibilizadas informações sobre as fases de planejamento, preliminar e riscos socioambientais, e a fase interna da licitação; sobre consultas prévias livres e informadas à população atingida; e sobre elementos específicos para concessões. ➡️Déficits significativos também foram encontrados na disponibilização de informações e documentos sobre a fase externa de licitação (nota 6,25, de 0 a 100) e sobre os contratos das obras (nota 11,11). A maior nota (50) foi sobre o cumprimento de diretrizes para publicação das informações. ➡️O estudo também concluiu que o Novo PAC atende a apenas 10% dos indicadores exigidos de acordo com padrão internacional — Open Contracting for Infrastructure Data Standard — endossado pelo G20, em 2019, no Compêndio de Boas Práticas para Promoção de Transparência e Integridade em Infraestrutura. "Baixos níveis de transparência podem agravar os riscos à integridade e à eficiência do Novo PAC, em especial em um setor reconhecido pelos altos índices de fraude e corrupção. A transparência não apenas minimiza esses riscos, como também permite que a sociedade civil e comunidades impactadas pelas obras acompanhem e monitorem a execução do programa, promovendo uma gestão mais responsável e inclusiva do Novo PAC", avaliou Maria da Graça Prado, consultora em CoST International.



O que são terras raras e como a China as usa como arma estratégica


29/06/2025 06:00 - g1.globo.com


Domínio chinês sobre terras raras, essenciais para smartphones, carros elétricos e tecnologia militar, coloca país em situação de vantagem e expõe vulnerabilidades dos EUA e da União Europeia. China suspende exportação de terras raras para os Estados Unidos O domínio da China sobre as chamadas terras raras (minerais essenciais para sistemas eletrônicos, automotivos e de defesa) colocou o país em posição de vantagem nas recentes negociações comerciais e tarifárias com os Estados Unidos, realizadas em Londres. Responsável por mais de 60% da produção global e quase 90% do refino desses elementos, a China reforçou seu controle em abril ao limitar as exportações de sete tipos de terras raras e de ímãs permanentes. As restrições, em parte uma resposta às elevadas tarifas impostas pelo presidente dos EUA, Donald Trump, expuseram a vulnerabilidade americana, já que o país possui capacidade limitada de refino. A interrupção nas cadeias de fornecimento afetou diretamente fábricas americanas. A montadora Ford, por exemplo, anunciou a redução da produção de SUVs em Chicago. Já as fornecedoras de autopeças Aptiv e BorgWarner informaram que estão desenvolvendo motores com menor ou nenhuma dependência de terras raras, como forma de contornar as restrições. O consultor automotivo Michael Dunne afirmou ao jornal "The New York Times" que as medidas da China podem até paralisar completamente a produção de veículos nos EUA. China quer manter sua posição de vantagem Uma pesquisa da Câmara de Comércio dos EUA na China revelou que 75% das empresas americanas estimam que seus estoques de terras raras se esgotarão em até três meses. Empresários pressionaram Washington a negociar o fim das restrições. Em Londres, a China concordou em acelerar a aprovação de licenças de exportação, embora ainda haja um grande acúmulo de pedidos pendentes. Não está claro, no entanto, se o acordo inclui o fornecimento para o setor militar dos EUA, que depende desses minerais para a produção de caças e sistemas de mísseis. O uso estratégico das terras raras pela China como ferramenta geopolítica não é novidade. Em 2010, o país suspendeu as exportações para o Japão durante uma disputa territorial, provocando alta nos preços e ameaçando cadeias de suprimentos globais. Gabriel Wildau, consultor da Teneo, alertou que o regime de licenciamento de exportações da China é permanente — não apenas uma resposta às tarifas de Trump — e que os cortes no fornecimento continuarão sendo uma ameaça constante. Decisão da China também afeta a UE Os EUA não são os únicos a enfrentar escassez de terras raras. A União Europeia depende da China para 98% de seus ímãs de terras raras, essenciais para a fabricação de componentes automotivos, aeronaves militares e equipamentos médicos de imagem. A Associação Europeia de Fornecedores de Autopeças (Clepa) alertou, no início deste mês, que o setor enfrenta interrupções significativas devido às restrições impostas por Pequim, incluindo a paralisação de linhas de produção e fábricas em diversos países europeus. A entidade também prevê novos impactos nas próximas semanas. O analista Alberto Prina Cerai, do Instituto de Estudos Políticos Internacionais (ISPI), na Itália, avalia que a União Europeia precisa “ganhar tempo” para reagir. "Em termos de escala, não temos como alcançar a China", alerta Prina Cerai. "Eles têm uma cadeia de suprimentos integrada, da mina ao ímã, que é muito difícil de replicar." Renunciar completamente à China é, portanto, impensável no curto prazo, e a UE deveria "administrar essa interdependência com uma estratégia industrial coerente", opina. Como parte da sua Lei de Matérias-Primas Críticas, a Comissão Europeia estabeleceu a meta de produzir 7 mil toneladas de ímãs dentro do bloco até 2030. Diversos projetos de mineração, refino e reciclagem estão em andamento. Uma grande planta de processamento de terras raras deve ser inaugurada na Estônia no final de 2025, e outra instalação de grande porte está prevista para entrar em operação no sudoeste da França em 2026. Após se reunir com seu colega de pasta chinês no início deste mês, o comissário de Comércio da UE, Maros Sefcovic, classificou as restrições chinesas como “extremamente disruptivas” para os setores automotivo e industrial europeus. Embora a China tenha proposto um canal para acelerar a aprovação de licenças de exportação para empresas da UE, especialistas alertam que o processo pode levar até 45 dias — tempo suficiente para causar gargalos críticos na produção. Diante da dificuldade de contestar o domínio chinês no curto prazo, os líderes do G7, reunidos no Canadá em 15 de junho, definiram uma estratégia conjunta para mitigar riscos de escassez. O grupo prometeu responder coletivamente a perturbações deliberadas no mercado e adotar medidas para diversificar a produção e o fornecimento global de terras raras. Para Prina Cerai, do ISPI, o acesso a esses minerais será cada vez mais estratégico para o Ocidente, à medida que tecnologias avançadas se tornem mais difundidas e passem a ocupar um papel central na economia global. Terras raras: os minerais cobiçados por Trump e tema da reunião com Zelensky Quais seriam as outras opções? Oito países concentram 98% das reservas conhecidas de terras raras no mundo. A China lidera com 44 milhões de toneladas, seguida por Brasil, Índia e Austrália, que juntos somam pouco mais de 31 milhões de toneladas, segundo o Serviço Geológico dos EUA. Recentemente, cerca de 20 milhões de toneladas foram descobertas no Cazaquistão. Alguns países, como EUA e Austrália, estão mais avançados na expansão de suas capacidades de produção e refino. Outros, como Brasil e Índia, ainda estão em estágios iniciais ou intermediários, com projetos que exigem de cinco a 10 anos, além de grandes investimentos. 🔎 O Brasil, com 21 milhões de toneladas, possui a segunda maior reserva mundial, mas sua produção ainda é incipiente, representando apenas 1% da produção global. Especialistas apontam que o país tem potencial para ampliar essa participação, com universidades e centros de pesquisa capacitados para formar profissionais e desenvolver tecnologias ao longo da cadeia produtiva. A Índia, apesar de deter a quinta maior reserva mundial (6,9 milhões de toneladas), também responde por menos de 1% da produção global. A principal limitação é a falta de capacidade de refino para preparar os minerais para aplicações de alta tecnologia. O país, assim como outros, depende das exportações chinesas e foi diretamente afetado pelas restrições. Segundo a agência Reuters, o governo indiano ordenou que a mineradora estatal IREL interrompesse as exportações para priorizar o abastecimento interno. Em 2023, a empresa destinou um terço das 2.900 toneladas extraídas ao Japão, por meio de uma parceria com uma empresa japonesa de processamento. Outra possível fonte futura é a Groenlândia, apesar das condições climáticas adversas. EUA e União Europeia já assinaram acordos de cooperação com o território. Em 2023, o Projeto Tanbreez, no sul da ilha, foi classificado como o principal projeto de terras raras, com estimativa de 28,2 milhões de toneladas, segundo um serviço de dados da indústria de mineração. A Reuters informou que o Exim Bank, agência de crédito à exportação dos EUA, está prestes a aprovar um empréstimo de até US$ 120 milhões para a empresa responsável pelo Tanbreez. Esse seria o primeiro investimento estrangeiro do governo Trump em um projeto de mineração. O ex-presidente chegou a sugerir a compra da Groenlândia por razões estratégicas, proposta rejeitada pela Dinamarca, à qual o território pertence. Já a União Europeia identificou que 25 dos 34 minerais listados como críticos em sua política de matérias-primas estão presentes na Groenlândia. Mas, até que cadeias de fornecimento alternativas de terras raras sejam significativamente ampliadas, a China continuará a usar esse recurso crítico como uma poderosa arma geopolítica, mantendo as indústrias e nações globais sob seu controle. As terras raras são minerais compõem um grupo de 17 elementos químicos encontrados na natureza, Reprodução/Jornal Nacional



Motos elétricas: novo crédito para motoboys pode alavancar o mercado no Brasil?


29/06/2025 06:00 - g1.globo.com


Lula prometeu um novo programa focado em entregadores. Em 2025, foram emplacadas apenas 4.803 unidades, o equivalente a 0,5% das 849.946 motocicletas zero quilômetro vendidas. Motos elétricas são vendidas no Brasil, mas número ainda é baixo. Arte/g1 No último final de semana, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) prometeu um programa de crédito voltado à compra de motocicletas elétricas. O foco está no entregador de aplicativo. "Vou abrir uma linha de crédito para financiar moto elétrica para os entregadores de alimentos neste país", comentou o presidente. Antes, Lula havia mencionado a criação de uma linha de crédito para os entregadores, mas sem esclarecer se o benefício seria destinado a modelos a combustão, elétricos ou híbridos. O projeto ainda não saiu da promessa. "Estamos trabalhando com muito afinco um programa de crédito para financiar motocicletas para os entregadores de comida deste país. Temos que cuidar não apenas da questão do crédito, pra ele comprar uma moto, mas também de garantir que ele tenha um lugar pra que possa fazer as necessidades básicas dele," disse Lula no começo de junho. Um programa para motos elétricas pode acelerar um mercado que anda em marcha lenta, quase parando. Em volume, foram emplacadas 4.803 unidades em 2025. Elas representam apenas 0,5% das 849.946 motocicletas zero quilômetro vendidas entre janeiro e maio deste ano, segundo a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave). No mesmo período, o mercado de carros totalmente elétricos registrou 24.495 emplacamentos, correspondendo a 3,4% de todas as vendas de automóveis de passeio no Brasil. O número é seis vezes maior que a participação das motos movidas a bateria. São muitos fatores que explicam essa deficiência do mercado de motos elétricas. Milad Kalume Neto, especialista do setor e consultor automotivo independente, destaca que a ausência de grandes marcas é um deles. “As 15 motos elétricas listadas pela Fenabrave não possuem nenhuma representante das duas principais marcas tradicionais, Honda e Yamaha, que juntas possuem mais de 80% da participação do mercado”, diz Kalume Neto. Carlos Augusto Serra Roma, membro do conselho diretor da Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE) e CEO da Riba Brasil, destaca que a presença de modelos exclusivamente elétricos ainda é insignificante em uma frota de mais de 35 milhões de motos no país. “Umas 10 mil, no máximo, são 100% elétricas”, comenta. Moto elétrica anda menos e é cara Outros dois fatores ajudam a explicar a baixa adesão: o preço e a autonomia. A Watts W160S é uma moto elétrica equipada com motor de 10.000 watts, correspondendo a 13,5 cavalos de potência em um motor a combustão. A Honda CG 160, por exemplo, entrega 14,4 cavalos de potência e tem preço inicial de R$ 16.440. Já a Watts W160S parte de R$ 19.311, o que a torna 17,4% mais cara do que sua equivalente à combustão. Em autonomia, o tanque da CG 160 comporta 14 litros e, segundo o Instituto Mauá, seu consumo médio é de 45,9 km/l, permitindo percorrer até 642,6 quilômetros. Em comparação, a Watts W160S oferece autonomia de até 100 km por carga, desde que a velocidade não ultrapasse os 60 km/h. Enquanto a moto a combustão precisa ser abastecida uma vez, a versão elétrica teria que ser recarregada mais de seis vezes para percorrer a mesma distância. Além disso, a recarga da Watts W160S pode levar até quatro horas na tomada. Para a Watts, existem outros problemas que dificultam a adoção maior das motos elétricas. Falta de conhecimento do consumidor e carga tributária estão na lista apontada pela fabricante. "Ainda existem desafios importantes a serem superados, como os altos custos logísticos e a morosidade operacionais na produção nacional, falta de infraestrutura de recarga da moto em todo país, uma carga tributária desfavorável aos veículos elétricos e a necessidade de ampliar o conhecimento do consumidor sobre essa tecnologia", comentou Rodrigo Gomes, diretor comercial da Watts. Para driblar os problemas de baixa autonomia e alto custo de aquisição, algumas empresas optaram por não vender as motocicletas, mas sim oferecê-las por meio de aluguel, incluindo um serviço de troca de baterias em estações distribuídas pela cidade. As baterias desses modelos são menores, com autonomia de aproximadamente 65 km. No entanto, essa capacidade reduzida visa permitir recargas mais rápidas nas estações de troca. Duas marcas se destacam nesse modelo de negócio: Riba e Vammo. A Riba possui 100 estações distribuídas pela região metropolitana de São Paulo (SP), Belém (PA) e outras cidades menores. Já a Vammo opera cerca de 140 pontos, concentrados em São Paulo (SP) e municípios vizinhos, como Barueri (SP), Guarulhos (SP), Mauá (SP), Ribeirão Pires (SP). LEIA MAIS Honda Hornet volta ao Brasil após mais de uma década; veja preço e ficha técnica VÍDEO: chinesa Yadea mostra moto que anda sozinha em evento em SP CFMoto e Shineray com SBM: chinesas inéditas chegam ao Brasil; veja as motos e fichas técnicas Brasil só monta as motos elétricas Toda a frota de motos elétricas no Brasil é composta por modelos importados ou montados localmente por meio do sistema CKD. Nesse modelo, todas as peças do veículo chegam prontas do exterior, são montadas no país e, em seguida, comercializadas — seja para venda ou aluguel. Kalume Neto acredita que a baixa demanda ainda inviabiliza a produção local além da montagem básica, especialmente no caso das baterias. “Observe que todo o mercado de motos elétricas tem uma projeção inferior a 12 mil unidades para o Brasil em 2025. É muito pouco para se pensar em ter produção local”, aponta. “Para este fim deveríamos ter no mínimo uma produção de 50 mil unidades de uma mesma bateria e ainda sim correríamos riscos pelo baixo volume.” Entre as empresas que atuam nesse segmento, destacam-se Amazon Motors, DVS, Watts e Shineray. Duas que apostaram na fabricação local, Voltz e Origem, acabaram fechando as portas. Não é difícil escalonar a fabricação das elétricas Em entrevista ao g1, Shineray e Watts informaram que todas as motocicletas elétricas vendidas por ambas são produzidas no Brasil — a primeira em Suape (PE) e a segunda em Manaus (AM) — seguindo o modelo CKD. Wendel Lazko, gerente-geral de negócios da Shineray, destaca que atualmente a unidade produz 128 mil motocicletas e que já existem planos em andamento para ampliar essa capacidade. “Vamos quadruplicar a capacidade fabril e esse incremento já estava planejado mesmo antes do anúncio do presidente. O aumento na capacidade envolve não somente os modelos a combustão, mas também os 100% elétricos”, comenta Wendel. O plano de expansão foi anunciado em 2024, com um investimento de R$ 75 milhões, que permitirá aumentar a área da fábrica em Suape de 50 mil para 77 mil metros quadrados. A Watts também destacou a facilidade para ampliar a produção de motocicletas em Manaus (AM), indicando que pode haver expansão do espaço físico e até a inclusão de um novo turno de trabalho. "A Watts possui infraestrutura e flexibilidade para expandir rapidamente sua capacidade produtiva. A fábrica em Manaus é modular e pode operar em vários turnos, o que nos permite acompanhar com agilidade o aumento da demanda", comenta Gomes, diretor comercial da Watts. O prazo estimado para essa ampliação na linha de montagem é de seis meses. As empresas Vammo e Riba importam o mesmo modelo chinês, que é adaptado com características exclusivas por cada marca. “São mudanças como outras controladoras, outros materiais mais nobres para suportar maior potência do motor, que esquenta mais e você precisa refrigerar. A gente recalibra, como colocando o torque máximo de forma instantânea, ou garantindo mais força assim que a moto detecta certa inclinação”, comenta Carlos Augusto Serra Roma, da Riba. A Riba pretende iniciar a produção nacional em CKD até o fim deste ano. Segundo o executivo, como o setor já monta motocicletas no Brasil ou importa os veículos prontos para venda, será fácil aumentar a produção caso a demanda cresça com a implementação do programa de crédito anunciado por Lula. “Se eu falo que quero passar de uma produção de 200 para 2 mil unidades, o exportador na China produz meus kits CKD em 45 dias. Se tiver a demanda, podemos aumentar ainda mais", diz o executivo. Serra Roma acrescenta que essa situação não é exclusiva da marca que representa, mas reflete a realidade de todo o setor de motocicletas elétricas. “Isso não é um problema, porque há espaço de sobra. Todos conseguirão atender à demanda”, afirma. Riba e Vammo também não estão restritas apenas ao modelo de aluguel de motos elétricas. “Não descartamos outras linhas de negócio, como a possibilidade de um programa de rent to own”, afirma Billy Blaustein, cofundador e diretor de operações da Vammo. Nesse modelo, o cliente continua pagando o aluguel, mas tem a opção de adquirir o veículo durante o período de uso. "Se essa iniciativa do governo decolar mesmo, vou rever meus planos. De abrir lojas para o consumidor final e até fabricar para terceiros", revela Serra Roma, da Riba. A Watts também se mostrou otimista com a proposta do governo, considerando a iniciativa fundamental para o desenvolvimento do setor. "Uma linha de crédito específica para profissionais como entregadores e mototaxistas pode ser o impulso necessário para acelerar de forma significativa a adoção das motos elétricas no país", diz Gomes, da Watts. "Porém, entendo que a linha de crédito deveria se estender a todos os usuários de motocicletas que desejam optar por motos elétricas. Os benefícios com a ampliação a todos seriam ainda mais expressivos e ajudaria a acelerar a eletrificação da frota", complementa. Comparativo de scooters: Shineray Urban encara a Honda ADV



Megapacote de cortes de impostos de Trump avança no Senado dos EUA


29/06/2025 05:00 - g1.globo.com


O megaprojeto estenderia os cortes de impostos de 2017, reduziria outros tributos e aumentaria os gastos com defesa e segurança nas fronteiras. Donald Trump em pronunciamento na Casa Branca Carlos Barria/Reuters O Senado dos Estados Unidos, controlado pelos republicanos, avançou no sábado à noite com o amplo projeto de lei de cortes de impostos e gastos do presidente Donald Trump, em uma votação processual crucial — aumentando as chances de que os parlamentares consigam aprovar seu “grande e belo projeto de lei” nos próximos dias. A medida, principal prioridade legislativa de Trump, superou seu primeiro obstáculo processual por 51 votos a 49, com dois senadores republicanos votando contra. Trump comemorou nas redes sociais a "grande vitória" por seu "grande, lindo e maravilhoso projeto de lei." O resultado veio após várias horas de negociações, enquanto líderes republicanos e o vice-presidente JD Vance tentavam convencer os últimos indecisos em uma série de reuniões a portas fechadas. A votação processual — que abre o debate sobre o megaprojeto de 940 páginas, focado nas principais prioridades de Trump em imigração, fronteiras, cortes de impostos e defesa militar — começou após horas de atraso. Ela permaneceu aberta por mais de três horas de impasse, enquanto três senadores republicanos — Thom Tillis, Ron Johnson e Rand Paul — se juntaram aos democratas para se opor à legislação. Outros três — Rick Scott, Mike Lee e Cynthia Lummis — negociaram com a liderança republicana até tarde da noite em busca de cortes de gastos mais profundos. No fim, o senador de Wisconsin, Ron Johnson, mudou seu voto de “não” para “sim”, restando apenas Rand Paul e Thom Tillis como votos republicanos contrários. Segundo um alto funcionário da Casa Branca, Trump acompanhava a votação do Salão Oval até tarde da noite. O megaprojeto estenderia os cortes de impostos de 2017 — principal conquista legislativa do primeiro mandato de Trump —, reduziria outros tributos e aumentaria os gastos com defesa e segurança nas fronteiras. Analistas independentes estimam que uma versão do projeto de Trump acrescentaria trilhões à dívida pública dos EUA, atualmente em US$ 36,2 trilhões. Os democratas se opõem fortemente ao projeto, alegando que os cortes de impostos beneficiariam desproporcionalmente os mais ricos, em detrimento de programas sociais dos quais os americanos de baixa renda dependem. O líder democrata no Senado, Chuck Schumer, exigiu que o projeto fosse lido em voz alta antes que o debate começasse, acusando os republicanos de tentar aprovar um projeto radical às pressas: “Se os republicanos do Senado não querem dizer ao povo americano o que está nesse projeto, então os democratas vão obrigar esta casa a lê-lo do começo ao fim”, declarou o senador por Nova York. LEIA MAIS: Trump diz que 9 de julho não é data fixa e que pode encurtar prazo final para negociação de tarifas Tarifaço de Trump: a dias do fim da trégua, EUA só firmaram dois acordos comerciais; Brasil não é um deles Donald Trump obtém vitória na Suprema Corte dos Estados Unidos



Mega-Sena, concurso 2881: prêmio acumula e vai a R$ 52 milhões


28/06/2025 23:40 - g1.globo.com


Sorteio foi realizado neste sábado (28) e 61 apostas ganharam R$ 53 mil cada. Prêmio estimado para o próximo concurso, em 1º de julho, é de R$ 52 milhões. G1 | Loterias - Mega-Sena 2881 O sorteio do concurso 2.881 da Mega-Sena foi realizado na noite deste sábado (28), em São Paulo. O prêmio para a aposta que acertasse as seis dezenas era de aproximadamente R$ 44,7 milhões. Ninguém acertou as seis dezenas e o prêmio estimado para o próximo concurso, em 1º de julho, foi para R$ 52 milhões. Clique aqui para seguir o canal de Loterias do g1 no WhatsApp Veja os números sorteados: 11 - 16 - 35 - 39 - 13 - 34 Resultado da Mega-Sena de sábado (28) Reprodução Entre os ganhadores do concurso da Mega-Sena deste sábado (28), 61 apostas acertaram cinco dezenas e levaram, cada uma, o prêmio de R$ 53.142,41. A maioria das apostas foi simples, e apenas duas foram feitas por meio de bolões. As apostas vencedoras foram registradas em diversas cidades do país, incluindo Maceió (AL); Salvador (BA); Brasília (DF); Iúna, Serra e Vila Velha (ES); Piracanjuba (GO); Belo Horizonte, Itabira, Santana do Paraíso e Taquaraçu de Minas (MG); Ananindeua, Belém e Marabá (PA); Campina Grande (PB); Gravatá e Recife (PE); União (PI); Colombo, Francisco Beltrão, Mallet, Maringá e Pitanga (PR); Resende, Rio de Janeiro, São Gonçalo e São João de Meriti (RJ); Caçador, Canoinhas, Florianópolis e Rio do Sul (SC); Cajamar, Campinas, Carapicuíba, Chavantes, Guarulhos — bolão —, Jandira, Matão, Monte Mor, Osasco, Pereira Barreto, Poá, São Caetano do Sul, São Paulo — bolão —, e Sertãozinho (SP); e Santa Fé do Araguaia (TO). Bilhetes da Mega-Sena, em imagem de arquivo Marcelo Brandt/G1 O próximo sorteio da Mega será na terça-feira (1º). Entenda como funciona a Mega-Sena e qual a probabilidade de ganhar o prêmio Para apostar na Mega-Sena As apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília), em qualquer lotérica do país ou pela internet, no site da Caixa Econômica Federal – acessível por celular, computador ou outros dispositivos. É necessário fazer um cadastro, ser maior de idade (18 anos ou mais) e preencher o número do cartão de crédito. Probabilidades A probabilidade de vencer em cada concurso varia de acordo com o número de dezenas jogadas e do tipo de aposta realizada. Para a aposta simples, com apenas seis dezenas, que custa R$ 5, a probabilidade de ganhar o prêmio milionário é de 1 em 50.063.860, segundo a Caixa. Já para uma aposta com 15 dezenas (limite máximo), com o preço de R$ 22.522,50, a probabilidade de acertar o prêmio é de 1 em 10.003, ainda segundo a Caixa.



O golpe milionário da 'vaca virtual' que está abalando o Uruguai, um dos maiores produtores de gado do mundo


28/06/2025 17:37 - g1.globo.com


Milhares de investidores apostaram suas economias no que acreditavam ser uma operação de engorda de gado no Uruguai. Mas a realidade era bem diferente. O Uruguai tem 11,3 milhões de vacas e 3,4 milhões de habitantes, o que faz dele o país com mais cabeças de gado per capita do mundo AFP/Getty Images Um empresário importante comete suicídio, centenas de milhões de dólares desaparecem, e milhares de supostas vacas nunca existiram — este é um dos maiores golpes que o Uruguai já teve. "Vamos engordar suas economias. Invista no negócio mais seguro da história", proclamava a Conexión Ganadera, empresa pioneira em fundos de investimento pecuário no país sul-americano, onde há dez vacas para cada três pessoas. Mas o que prometia ser um negócio tranquilo acabou se revelando um esquema Ponzi, um esquema de pirâmide que está sendo investigado por suposta lavagem de dinheiro em grande escala. O escândalo aconteceu no país com mais cabeças de gado per capita do mundo, e expôs as deficiências de um sistema de identificação de animais que o Uruguai se gabava de ser único no planeta. Como a situação chegou a esse ponto? A seguir, contamos o que aconteceu. A gênese da fraude A Conexión Ganadera nasceu em 1999. A empresa captava fundos de investidores — sobretudo locais e argentinos — com a promessa de servir de elo com os produtores rurais. O investidor entrava com o dinheiro, a Conexión Ganadera comprava o equivalente em vacas, e as emprestava temporariamente a um produtor para engordá-las. Em troca, o investidor — que não precisava ter nenhum conhecimento agropecuário — recebia uma porcentagem fixa de rendimento. No início, eles ofereciam mais de 20% ao ano em dólares. Mais recentemente, as taxas variavam de 7% a 11% ao ano em moeda americana, dependendo do valor do investimento e do prazo. A produção pecuária no Uruguai é parte da essência do país desde antes de se tornar um Estado independente Reuters Após um certo tempo, o animal crescia o suficiente para ser vendido — por um preço muito superior ao que havia sido pago —, de modo que o produtor agropecuário obtinha uma margem substancial para pagar o aluguel da terra, insumos, custos de mão de obra e outras despesas, e manter seu lucro. Ou pelo menos era isso que diziam. "A vaca sempre teve a nobreza de produzir o suficiente para que o investidor não perdesse com esse sistema", afirmou Pablo Carrasco, um dos proprietários da empresa, em uma apresentação para clientes em 2023. "É uma situação em que todos saem ganhando, e 24 anos é tempo suficiente para ter certeza disso." Até então, a empresa sempre havia efetuado seus pagamentos. Mas não demorou muito para que o desfalque fosse exposto, e se descobrisse que não havia a quantidade de gado que eles supostamente deveriam ter. Eles chegaram a comprar os gados? Se compraram, onde foram parar? A Justiça uruguaia está investigando. Um esquema Ponzi No início de 2025, a Conexión Ganadera anunciou que não seria capaz de arcar com o pagamento de seus 4,3 mil clientes com investimentos da ordem de 400 milhões de dólares (mais de R$ 2 bilhões), pois tinha apenas 150 milhões de dólares (R$ 820 milhões) em ativos. Um contador contratado pela empresa para estudar sua situação financeira disse publicamente que "sem ter começado como um esquema Ponzi, terminou como um esquema Ponzi". Ou seja, na visão dele, a empresa começou como um negócio legítimo que depois sustentou suas perdas captando novos fundos para pagar os investidores mais antigos. "A única maneira de manter isso era fazer com que mais gente desse dinheiro para pagar os juros, para que o esquema não entrasse em colapso", explica o advogado Leonardo Costa, um dos litigantes, à BBC News Mundo, serviço de notícias em espanhol da BBC. Isso aconteceu poucos meses depois que duas outras empresas do mesmo setor anunciaram a interrupção dos pagamentos, e deixaram milhares de pequenos investidores sem seu dinheiro, totalizando cerca de 100 milhões de dólares. A maior parte do gado no Uruguai é criado ao ar livre e alimentado em pastagens AFP/Getty Images Após o colapso destas empresas, um dos proprietários da Conexión Ganadera, Gustavo Basso, decidiu acelerar a 211 quilômetros por hora enquanto dirigia seu Tesla em uma rodovia uruguaia, e colidiu com máquinas rodoviárias no acostamento. Ele morreu na hora. Os computadores e as câmeras do carro foram analisados, e um promotor determinou que foi um "ato voluntário". Quando seu sócio, Pablo Carrasco, teve que explicar aos investidores por que não havia devolvido o dinheiro deles, ele disse que não sabia o que estava acontecendo na empresa, que só cuidava da parte de pecuária, e que o homem por trás do esquema era Basso. Basso não podia mais se defender. 'Um encantador de serpentes' Martín Fablet, de 62 anos, começou a investir parte de suas economias na Conexión Ganadera em 2011. Além de empresário, Fablet é uma personalidade do rádio e da televisão no Uruguai. Um colega jornalista agropecuário da AM Sarandí apresentou a ele o investimento, e o levou até Basso. "Ele era um encantador de serpentes", diz ele agora, sem muita esperança de recuperar os 270 mil dólares (R$ 1,5 milhão) que investiu no que ele pensava serem vacas. Ao longo destes anos, Fablet teve dúvidas sobre o negócio. Os valores de rentabilidade que ele estava recebendo não batiam. "Não pode ser que dê tanto dinheiro, porque tenho amigos que têm terras, e não recebem essa quantia", ele dizia ao cofundador da Conexión Ganadera. Embora a atividade pecuária esteja bem consolidada no Uruguai, os produtores locais afirmam que a rentabilidade do setor não ultrapassa 3,5% ao ano em dólares AFP/Getty Images Fontes do setor diziam que não chegavam nem à metade da rentabilidade oferecida pela sociedade Basso-Carrasco. Fablet teve vários encontros com Basso, e manifestou sua desconfiança, chegando a se reunir com ele e com os contadores que levou para explicar como conseguiam obter margens de lucro tão altas, mas o empresário do setor agropecuário sempre dava um jeito de convencê-lo de que, com seu modelo de negócios, era possível. O sistema de rastreamento Um dos pilares sobre os quais o golpe foi construído foi o sistema de rastreamento do gado uruguaio. O país sul-americano se orgulha há anos de ter implementado um método que permite rastrear o paradeiro de cada uma de suas vacas, desde o nascimento até o prato onde é servida na forma de bife. Uma das orelhas da vaca é marcada com uma tag analógica, e a outra com uma tag digital, ambas codificadas para identificar de qual vaca se trata. Todas as vacas no Uruguai devem ser identificadas com tags nas orelhas AFP/Getty Images Isso complementa a identificação com a marcação a fogo e documentos de propriedade. Para os investidores desses fundos pecuários, esse código era a certeza de que uma vaca estava registrada em seu nome no Ministério da Pecuária. No entanto, a investigação judicial constatou que, em muitos casos, essas vacas não existiam. "Era gado virtual, não existia", diz Felipe Caorsi, consultor financeiro uruguaio que investigou esses fundos. O país sul-americano se vangloriou durante anos de ter um sistema que permitia até mesmo que os consumidores escaneassem um QR Code e descobrissem onde o animal havia sido criado até chegar ao frigorífico AFP/Getty Images Talvez nunca tenham sido comprados, talvez tenham existido, mas já tenham sido abatidos, ou talvez tenham acabado em um dos muitos carregamentos de gado vivo que Basso enviou para a Turquia, disseram à BBC News Mundo fontes ligadas ao caso. A investigação judicial encontrou dispositivos de identificação — que deveriam estar nas orelhas do gado — armazenados em caixas. E o sistema de rastreamento milimétrico do gado acabou se baseando em declarações juramentadas que podiam ser falsificadas para fazer com que as pessoas acreditassem que havia vacas onde não havia. "Quando você ia ao Ministério da Pecuária para ver onde estava seu gado, dos 500 animais que você tinha, aparecia que você tinha 200. 'Ei, Gustavo, eu tenho 200 animais, e os 500? Ah, não, houve uma mudança, deixa eu ver". E no dia seguinte você acessava o site do Ministério da Pecuária, e os 500 animais estavam lá. Não sei que jogada ele estava fazendo", contou Fablet à BBC News Mundo. O método Conexión Ganadera A Conexión Ganadera havia conquistado uma grande reputação no mercado uruguaio. Pablo Carrasco era o rosto mais conhecido. Durante anos, ele participou de um prestigiado programa jornalístico de rádio no qual debatia política e sociedade, ao mesmo tempo em que se apresentava como um empresário bem-sucedido com projetos ambiciosos. "Os papéis eram bem separados. Carrasco era a imagem, o personagem que tornava o produto vendável. Gustavo Basso captava dinheiro", diz Caorsi. Políticos conhecidos, profissionais e até sacerdotes acreditaram neles, e investiram suas economias no esquema. Além das tags e dos documentos de propriedade, uma marcação a fogo com um desenho exclusivo para cada proprietário mostra quem é o dono de cada vaca AFP/Getty Images "As pessoas confiavam neles como se estivessem dando dinheiro a um banco. Elas diziam: 'Depositei meu dinheiro'", explica Nicolás Ghizzo, advogado de um grupo de vítimas. E o negócio cresceu tanto que outros imitaram o modelo, embora não fosse possível pagar o que era prometido. Isso apesar de a pecuária tradicional no país ter sido financiada com capital próprio, sistema bancário e fornecedores, e não com fundos pecuários, explica Rafael Ferber, presidente da Associação Rural do Uruguai, à BBC News Mundo. Tanto a Conexión Ganadera quanto os demais fundos de investimento do setor não eram controlados pelo Banco Central do Uruguai porque, após uma advertência do órgão regulador, eles modificaram os contratos para que parecesse não um investimento financeiro — mas, sim, produtivo. Onde está o dinheiro? Dos investimentos recebidos, uma alta porcentagem não era destinada à compra de gado, conforme estipulado nos contratos, mas desviada para outros fins, de acordo com a investigação do Ministério Público. "A maioria dos investidores, de 70% a 75%, não possui um único animal", afirma Juan Pablo Decia, outro advogado que representa um grupo de vítimas. De acordo com Caorsi, Basso desviou fundos da Conexión Ganadera para investimentos pessoais, como um frigorífico, empréstimos para outro frigorífico, compra de terras, carros de luxo, investimentos imobiliários e contas bancárias no exterior. "Há dinheiro aparentemente no exterior que também pertenceria aos investidores, e que não teria sido contemplado no valor inicial (de ativos)", afirma o advogado autor da denúncia, Ignacio Durán. "Quando protocolamos a extensão da denúncia, fornecemos informações sobre uma conta em um paraíso fiscal, em Andorra", acrescenta. Uma alta porcentagem das vacas que a Conexión Ganadera tinha não eram marcadas AFP/Getty Images "Existem cerca de 30 empresas satélite. Foi o que o Ministério Público informou aos advogados das vítimas", diz Santiago Alonso, outro advogado que apresentou acusações contra os empresários. Caorsi alega que existiam contratos de investimento apócrifos. "Fomos procurar as pessoas e descobrimos que algumas sabiam e haviam dado seus nomes para o contrato; em outros casos, eram pessoas que não sabiam que seus nomes estavam lá", diz ele. Ele acrescenta, portanto, que o número de vítimas não seria de 4,3 mil, como a Conexión Ganadera havia comunicado inicialmente — mas, sim, metade, totalizando 220 milhões de dólares. Será que as vítimas vão conseguir recuperar parte do dinheiro? No momento, isso é incerto. "Conversando com outras pessoas, vejo que estão devastadas. E sei que, quando falam com os advogados, elas dizem: 'Se vocês não conseguirem meu dinheiro, vou ter que me suicidar'. Me dá medo", diz Fablet. Restaurante em Moscou lança Labubu comestível



O que está por trás dos carros elétricos 'baratos' da China, que estão tomando o mercado global


28/06/2025 17:21 - g1.globo.com


O futuro dos veículos elétricos vai inevitavelmente envolver a China. Mas como ficam os mercados do Reino Unido e da Europa — e as questões relacionadas à segurança nacional? Carros da China estão dominando mercado Getty Images/via BBC Na China, ele é chamado de Seagull (gaivota), e tem uma aparência à altura. É elegante e angular, com faróis oblíquos brilhantes, que conferem a ele uma espécie de olhar maroto. É, obviamente, um carro. Um carro muito pequeno, projetado para ser um veículo urbano barato, mas que pode ter um significado enorme. Disponível na China desde 2023, onde se mostrou extremamente popular, ele acaba de ser lançado na Europa com o nome Dolphin Surf (uma referência aos golfinhos, porque os europeus aparentemente não gostam tanto de gaivotas quanto os chineses). ➡️Quando for colocado à venda no Reino Unido nesta semana, a expectativa é de que seu preço seja de cerca de £18 mil (R$ 135 mil). Isso ainda faz dele um carro elétrico muito barato para os mercados ocidentais. Não será o modelo com o menor preço disponível: o Dacia Spring, fabricado em Wuhan em conjunto pela Renault e a Dongfeng, e o Leapmotor T03, que está sendo produzido por uma joint venture entre a start-up chinesa Leapmotor e a Stellantis, custam menos. Mas o Dolphin Surf é a novidade que mais preocupa marcas tradicionais. Isso porque a empresa por trás dele vem causando um impacto cada vez maior nos mercados internacionais. A BYD já é o maior player na China. Ela ultrapassou a Tesla em 2024 para se tornar a fabricante de veículos elétricos mais vendida do mundo e, desde que entrou nos mercados europeus há dois anos, tem se expandido agressivamente. "Queremos ser o número um no mercado britânico dentro de 10 anos", diz Steve Beattie, diretor de vendas e marketing da BYD UK. A BYD faz parte de uma expansão mais ampla de empresas e marcas chinesas que, segundo alguns, pode mudar a face do setor automotivo global — e que já provocou ações radicais do governo dos EUA e da União Europeia. Isso significa que marcas outrora desconhecidas, como Nio, Xpeng, Zeekr ou Omoda, podem se tornar tão conhecidas quanto a Ford ou a Volkswagen. Elas vão se juntar a marcas clássicas como MG, Volvo e Lotus, que estão sob controle chinês há anos. Os produtos disponíveis já abrangem uma grande variedade, desde veículos compactos, como o minúsculo Dolphin Surf, até supercarros exóticos, como o U9, capaz de saltar buracos, da submarca de luxo da BYD, Yangwang. "As marcas chinesas estão fazendo grandes incursões no mercado europeu", afirma David Bailey, professor de negócios e economia da Birmingham Business School. Em 2024, 17 milhões de carros movidos a bateria e híbridos plug-in foram vendidos em todo o mundo, sendo 11 milhões na China. As marcas chinesas, por sua vez, representam 10% das vendas globais de veículos elétricos e híbridos plug-in fora do seu país de origem, de acordo com a consultoria Rho Motion. A expectativa é de que esse número só aumente. Para os consumidores, isso deve ser uma boa notícia — à medida que carros elétricos de alta qualidade e a preços acessíveis são disponibilizados. Porém, como a rivalidade entre Pequim e as potências ocidentais não mostra sinais de arrefecimento, alguns especialistas temem que os veículos chineses possam representar um risco à segurança por parte de hackers e terceiros. E para players estabelecidos na Europa, isso representa um grande desafio ao seu domínio histórico. "[A China tem] uma enorme vantagem de custo por meio de economias de escala e tecnologia de bateria. Os fabricantes europeus ficaram muito para trás", adverte Bailey. "A menos que acordem muito rápido e se atualizem, podem ser eliminados." Concorrência acirrada na China O BYD Dolphin Surf vai custar cerca de £ 18 mil no Reino Unido — o que é barato para um veículo elétrico Getty Images/via BBC O setor automotivo da China vem se desenvolvendo rapidamente desde que o país entrou para a Organização Mundial do Comércio (OMC) em 2001. Mas esse processo se acelerou rapidamente em 2015, quando o Partido Comunista apresentou a iniciativa "Made in China 2025". O plano de 10 anos para tornar o país um líder em vários setores de tecnologia de ponta, incluindo veículos elétricos, atraiu fortes críticas a nível internacional, especialmente dos EUA, em meio a alegações de transferências forçadas de tecnologia e roubo de propriedade intelectual — tudo isso negado pelo governo chinês. Impulsionado por um generoso financiamento estatal, o plano ajudou a estabelecer as bases para o crescimento vertiginoso de empresas como a BYD — originalmente fabricante de baterias para celulares —, e permitiu que as empresas controladoras chinesas da MG e da Volvo, a SAIC e a Geely, se tornassem grandes players no mercado de veículos elétricos. "O padrão geral dos carros chineses é, de fato, muito alto", diz Dan Caesar, CEO da Electric Vehicles UK. "A China aprendeu muito rápido a fabricar carros." No entanto, a concorrência na China tem se tornado cada vez mais acirrada, com as marcas disputando espaço em um mercado cada vez mais saturado. Isso as levou a buscar vendas em outros lugares. Embora as empresas chinesas tenham se expandido para o Leste Asiático e para a América do Sul, durante anos o mercado europeu se mostrou osso duro de roer — até que os governos locais decidiram eliminar gradualmente a venda de novos modelos a gasolina e diesel. A transição para os carros elétricos abriu as portas para novos players. "[As marcas chinesas] viram uma oportunidade de se firmar", observa Oliver Lowe, gerente de produtos do Reino Unido da Omoda e da Jaecoo, duas submarcas da gigante chinesa Chery. Os baixos custos da mão de obra na China, aliado aos subsídios do governo e uma cadeia de suprimentos muito bem estabelecida, deram vantagem às empresas chinesas, afirmam seus concorrentes. Um relatório do banco suíço UBS, publicado no fim de 2023, sugeriu que a BYD sozinha era capaz de fabricar carros 25% mais baratos do que os concorrentes ocidentais. As empresas chinesas negam que a concorrência seja desigual. O vice-presidente da Xpeng, Brian Gu, disse à BBC no Salão do Automóvel de Paris em 2024 que sua empresa é competitiva "porque lutamos com unhas e dentes no mercado mais competitivo do mundo". 'Protecionismo descarado' dos EUA? As preocupações de que as importações de veículos elétricos chineses poderiam inundar os mercados internacionais às custas dos fabricantes estabelecidos atingiram o auge em 2024. Nos EUA, a Alliance for American Manufacturing alertou que isso poderia representar um "evento de extinção" para a indústria americana, enquanto a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, sugeriu que "enormes subsídios estatais" para empresas chinesas estavam distorcendo o mercado europeu. O governo Biden tomou medidas drásticas, aumentando as tarifas de importação sobre veículos elétricos fabricados na China de 25% para 100%, tornando efetivamente sem sentido vendê-los nos EUA. Esta medida foi condenada por Pequim como "protecionismo descarado". Enquanto isso, em outubro de 2024, a União Europeia impôs tarifas extras de até 35,3% sobre os veículos elétricos fabricados na China. O Reino Unido, no entanto, não tomou nenhuma medida. Matthias Schmidt, fundador da Schmidt Automotive Research, diz que as tarifas do bloco europeu tornaram mais difícil para as empresas chinesas ganharem participação no mercado. "As portas estavam abertas em 2024... mas os chineses não aproveitaram a chance. Com as tarifas em vigor, os fabricantes chineses agora não conseguem levar sua vantagem em termos de custo para os consumidores europeus." Polo ultramoderno da Renault Os fabricantes europeus estão correndo para desenvolver seus próprios carros elétricos a preços acessíveis. A montadora francesa Renault está entre eles. Em sua fábrica em Douai, no nordeste da França, um exército de robôs que cospem faíscas solda seções de aço para formar carrocerias de carros, enquanto na linha de montagem principal, sistemas automatizados acoplam carrocerias, portas, baterias, motores e outras peças, antes de os trabalhadores humanos darem os toques finais. A fábrica produz carros para a Renault desde 1974, mas há quatro anos as linhas de produção antigas foram substituídas por novos sistemas altamente automatizados e controlados digitalmente. Parte do local também foi ocupado pela empresa de baterias de propriedade chinesa AESC, que construiu sua própria "gigafábrica" ao lado. Isso faz parte do plano mais amplo da Renault de estabelecer um "polo" ultramoderno de veículos elétricos no norte da França. Espelhando as técnicas de produção eficientes dos fabricantes chineses, o polo reduz os custos maximizando a eficiência e garantindo que os fornecedores estejam localizados o mais próximo possível. "Nossa meta era conseguir produzir carros elétricos a preços acessíveis aqui para vender na Europa", explica Pierre Andrieux, diretor da fábrica de Douai, argumentando que os processos automatizados "vão nos permitir fazer isso de forma lucrativa". Mas a companhia também está explorando algo que as marcas chinesas não têm: o legado. Seu modelo mais recente, o Renault 5 E-tech, fabricado em Douai, tem o nome de um dos produtos mais famosos da empresa. O Renault 5 original, lançado em 1972, era um carro peculiar para todos, com visual quadradão e baixo custo de operação, que se tornou um clássico cult. O novo design, apesar de ser um veículo elétrico de última geração, presta uma homenagem ao seu antecessor no nome e na aparência, em uma tentativa de pegar carona no seu apelo popular. Preocupações com segurança, spyware e hackers Mas, independentemente de quão desejáveis sejam os carros chineses em comparação com os rivais europeus, alguns especialistas acreditam que devemos ser cautelosos com eles — por motivos de segurança. A maioria dos veículos modernos é habilitada para a internet de alguma forma — para permitir a navegação por satélite, por exemplo —, e os telefones dos motoristas geralmente estão conectados aos sistemas dos carros. As chamadas "atualizações over-the-air", lançadas pela Tesla, podem atualizar o software de um carro remotamente. Tudo isso levou a preocupações, em alguns setores, de que os carros poderiam ser hackeados e usados para abrigar spyware, monitorar indivíduos ou até mesmo ser paralisados com o toque de um teclado. No início deste ano, um jornal britânico informou que chefes militares e de inteligência receberam ordens de não discutir assuntos oficiais enquanto andavam em veículos elétricos; também foi alegado que carros com componentes chineses haviam sido banidos de instalações militares sensíveis. Em maio, um ex-chefe do serviço de inteligência do MI6 afirmou que a tecnologia fabricada na China em uma série de produtos, incluindo carros, poderia ser controlada e programada remotamente. Richard Dearlove alertou os parlamentares sobre o potencial de "paralisar Londres". Pequim sempre negou todas as acusações de espionagem. Um porta-voz da embaixada chinesa em Londres disse que as alegações recentes são "totalmente infundadas e absurdas". "A China sempre defendeu o desenvolvimento seguro, aberto e baseado em regras das cadeias de suprimentos globais", afirmou o porta-voz à BBC. "As empresas chinesas que operam em todo o mundo são obrigadas a cumprir as leis e regulamentações locais." "Até o momento, não há nenhuma evidência confiável para apoiar a alegação de que os veículos elétricos chineses representam uma ameaça à segurança do Reino Unido ou de qualquer outro país." O governo chinês 'não está empenhado apenas em vigilância' Joseph Jarnecki, pesquisador do think-tank de defesa e segurança Royal United Services Institute (Rusi), argumenta que os riscos potenciais podem ser mitigados. "As montadoras chinesas existem neste mercado altamente competitivo. Embora estejam sujeitas às leis chinesas, o que pode exigir conformidade com as agências de segurança nacional, nenhuma delas quer prejudicar sua capacidade de crescimento e de exportação por ser vista como um risco à segurança", diz ele. "O governo chinês também está ciente da necessidade de crescimento econômico. Eles não estão empenhados apenas em realizar vigilância." Mas o setor automotivo é apenas uma das áreas em que a tecnologia chinesa está se tornando cada vez mais presente na economia do Reino Unido. Para atingir as metas climáticas do governo, por exemplo, "será necessário usar tecnologia fornecida pela China", acrescenta Jarnecki. Ele acredita que os órgãos reguladores das principais indústrias devem receber recursos suficientes para monitorar a segurança cibernética e avisar as empresas que usam produtos chineses sobre qualquer problema em potencial. Quanto aos carros elétricos movidos por tecnologia chinesa, não há dúvida de que eles vieram para ficar. "Mesmo que você tenha um carro fabricado na Alemanha, ou em outro lugar, ele provavelmente contém alguns componentes chineses", diz Dan Caesar. "A realidade é que a maioria de nós tem smartphones e outros produtos da China, dos EUA, da Coreia, sem sequer pensar duas vezes. Portanto, acho que há um certo alarmismo em relação ao que os chineses são capazes de fazer." "Acho que temos que encarar a realidade de que a China vai ser uma grande parte do futuro." Carros chineses dominam o mercado de elétricos e híbridos no Brasil



Débitos indevidos: queixas de clientes dispararam após 2020, e bancos atribuem a mudança de norma do BC


28/06/2025 16:38 - g1.globo.com


Dados de plataformas de proteção ao consumidor registraram aumento no número de reclamações por cobranças indevidas. Segundo a Febraban, a regra que autorizou uma instituição financeira a fazer descontos na conta de um cliente de outro banco 'gerou essa externalidade'. Banco Central do Brasil (BC). Adriano Machado/ Reuters Serviços de proteção ao consumidor registraram uma disparada nas queixas de clientes de bancos sobre débitos indevidos em suas contas após 2020. Segundo o diretor executivo da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Amaury Oliva, uma mudança em uma norma do Banco Central (BC) pode estar por trás do aumento das reclamações. A resolução 4.790/2020 permitiu que uma instituição financeira solicitasse inclusão de débito automático na conta de um cliente de outro banco. Antes dessa regra, cada banco só podia incluir débitos automáticos nas contas de seus próprios clientes e era obrigado a ter a autorização deles para isso. Tem uma sugestão de reportagem? Fale com o g1 Após a norma, se tornou possível fazer a compensação entre bancos. Já a obrigação de ter autorização do cliente para o desconto passou a ser da outra instituição financeira, chamada de destinatária, e não do banco no qual a pessoa tem a conta. “O banco, que apenas executa o débito, não pode pedir uma nova autorização. Pela regra [do Banco Central], ele nem deveria”, justifica Oliva. A instituição também não pode se negar a cadastrar um débito automático na conta do seu cliente, quando isso é solicitado por outra instituição regulada pelo Banco Central, segundo Oliva. Dados de duas plataformas da Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) -- Consumidor.gov.br e ProConsumidor -- confirmam que, depois 2020, aumentou o número de reclamações por cobrança de serviço ou produto não reconhecido, não contratado ou não solicitado. As empresas reclamadas são bancos, financeiras e administradoras de cartão. 'Desgaste fica com o banco' Conforme o diretor executivo da Febraban, a regra do Banco Central facilitou transações e melhorou a integração entre os bancos, mas acabou gerando o que ele classificou como uma “externalidade”, ou seja, um efeito colateral que afeta os bancos, sem que estes sejam diretamente responsáveis pelo problema. Um desses efeitos, na avaliação de Oliva, é o aumento da demanda judicial para as instituições financeiras representadas pela Febraban. “O desgaste fica com o banco que lançou o débito, que é a instituição que a pessoa tem a relação”, disse o diretor. O g1 mostrou casos em que a autorização para fazer o débito automático não é comprovada pelas instituições financeiras. Algumas delas chegam a apresentar à Justiça contratos sem assinatura ou com dados de homônimos. Ao g1, o Banco Central respondeu que os detentores das contas a serem debitadas e as instituições que vão receber o valor debitado são clientes do mesmo banco. Portanto, este deve adotar procedimentos para verificar e compreender a identidade, o perfil e as atividades de ambos, como forma de prevenir crimes financeiros. Reclamações aumentaram 376% Na plataforma Consumidor.gov.br, usada diretamente pelos consumidores para registrar queixas, o número de reclamações saltou de quase 12 mil, em 2019, para cerca de 56 mil, em 2021, ano com mais registros. É um aumento de 376%. A partir de 2022, os números começaram a cair, mas ainda se mantiveram cerca de 180% maiores que em 2019, quando não havia a resolução do Banco Central. Dados da Secretaria Nacional do Consumidor mostram que as reclamações aumentaram depois 2020 Arte g1 Já os dados do ProConsumidor, um sistema de uso interno dos Procons, mostram um aumento crescente de reclamações desde 2020, quando houve 82 registros. No ano seguinte, esse número saltou para 1.553 e chegou a 110 mil em 2024. De acordo com o Ministério da Justiça, órgão responsável pela Senacon, é possível atribuir o crescimento a diversos fatores, entre eles a ampliação do uso da plataforma pelos Procons de diferentes estados, mas também ao aumento das demandas dos consumidores nesse período. As reclamações de débitos automáticos sem autorização não são a mesma coisa da fraude do INSS, que está sendo investigada pela Polícia Federal (PF). No caso dos débitos automáticos, quando feitos nas contas dos aposentados: os descontos não acontecem na folha de pagamento; são feitos depois que a aposentadoria cai na conta bancária; os valores não estão descritos como "taxa de contribuição associativa"; as empresas, cujos nomes aparecem no extrato, não foram alvos da operação recente da PF. Bancos dizem que alertam clientes sobre débitos Segundo Oliva, os bancos têm adotado medidas para reduzir a demanda judicial por conta de débitos automáticos não-autorizados. Uma delas é confirmar com seu cliente se ele reconhece a cobrança e cancelar o débito, se for o caso. A confirmação é feita por meio de push -- um alerta pelo aplicativo do banco -- ou pelo cadastro do débito futuro na conta, segundo o diretor-executivo da Febraban, com tempo hábil para que o cliente possa contestar a cobrança, antes de o desconto ser efetivamente realizado. O aposentado Armando Boechat teve mais de R$ 1 mil debitados da sua conta bancária. Arquivo Pessoal Beneficiários do INSS ouvidos pelo g1, no entanto, negam que tenham recebido qualquer alerta de débitos automáticos em suas contas bancárias. Em alguns casos, os descontos das parcelas mensais só foram percebidos vários meses depois. Foi o que aconteceu com o aposentado Armando Quintanilha Boechat, como o g1 mostrou em outra reportagem. Em 2024, ele notou descontos estranhos na sua aposentadoria, depois que já tinha perdido mais de R$ 1 mil desde julho de 2023. As empresas que apareciam no extrato da conta do aposentado eram a Paulista Serviços e a Aspecir, que são autorizadas pelo Banco Central e podem fazer pedido de compensação financeira para outros bancos. Aposentados descobrem débitos automáticos sem autorização Elas estão entre as 200 empresas com mais processos em andamento no Brasil, de um universo de mais de 1 milhão de corporações, segundo dados do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). As empresas admitem que a principal queixa é de débitos automáticos em conta-corrente, mas afirmam que os descontos são autorizados pelos clientes, mediante documentos assinados ou gravações telefônicas. Como funciona a compensação entre bancos Atualmente, há duas formas principais de inclusão de débitos automáticos. A primeira — mais tradicional — ocorre quando o próprio banco tem um convênio direto com determinada empresa. Um exemplo são as companhias de água e energia. Mediante autorização do cliente, os descontos mensais dos boletos são agendados. Nesses casos, o banco no qual a pessoa tem conta é diretamente responsável pela cobrança. A segunda forma foi regulada pelo Banco Central em 2020, com a resolução 4.790. Segundo a norma, uma instituição financeira envia uma cobrança a outra, que não tem relação direta com o contrato original. Essa compensação interbancária pressupõe que o banco que vai receber o valor debitado já tenha obtido a anuência do cliente para que a cobrança seja feita pelo banco no qual ele tem uma conta.



Ovos: importação de produtos avícolas não retoma patamar e baixa demanda faz preços caírem no Brasil, aponta USP


28/06/2025 11:15 - g1.globo.com


Segundo o Cepea da Esalq de Piracicaba (SP), cotações da caixa de ovos comercias vermelhos com 30 dúzias caíram quase 12% entre os dias 1º e 30 de abril. Preços dos ovos registram queda após onda de calor Claudia Assencio/g1 Preços dos ovos registram alta no fim de janeiro de 2025 Claudia Assencio/g1 Os preços do ovos caíram e atingiram o menor patamar diário nas principais regiões produtoras no Brasil em junho, segundo levantamento parcial do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) do campus da Universidade de São Paulo (USP), em Piracicaba (SP), publicado nesta sexta-feira (2) . 📝Entenda cenário, abaixo. 🐔Gripe aviária na Europa: As restrições às importações de produtos avícolas do país, incluindo os ovos, também afetou o mercado, com a interrupção da compra de carne de frango pela China, Europa e Argentina, após o 1º registro de gripe aviária no país em granja comercial. Embora o Brasil já tenha recuperado o status de livre da gripe aviária, pesquisadores do Cepea ressaltam que a retomada das importações dos produtos avícolas, incluindo ovos, ainda não foi totalmente reestabelecida até o momento. 📉Movimento de queda nos preços: O movimento de queda já tinha começado em abril de 2025, quando o ovo alcançou o menor preço do ano após recordes de 40% de alta nas cotações. Em maio, o recuo nas cotações fez o mercado de ovos encerrar o mês com baixa liquidez em todas as praças acompanhadas pelo Cepea. Os preços dos ovos já registram queda de mais de 10% em maio, com as médias mensais nos menores patamares desde janeiro de 2025 em todas as praças acompanhadas. "Essa desvalorização esteve relacionada à retração da demanda e ao aumento da oferta em algumas áreas, e não ao registro de Influenza Aviária de Alta Patogenecidade (IAAP) em granja comercial de Montenegro (RS)", apontava boletim do Cepea. 🫰População com menos dinheiro: o feriado de Corpus Christi no dia 19, somado ao período de fim de mês, quando a população tende a estar menos capitalizada, reduziu o ritmo das vendas. A expectativa dos colaboradores do Cepea era que, com a virada do mês de maio para junho, e o típico aquecimento na demanda, o fluxo de vendas se elevasse. 📲 Receba no WhatsApp notícias da região de Piracicaba 💰Cotações Agentes do setor consultados pelo Centro de Pesquisas nas regiões de Bastos (SP), Belo Horizonte (MG), Recife (PE), Grande São Paulo (SP), Santa Maria do Jequitibá (ES) explicaram que ritmo mais lento das vendas aumentou os estoques nas granjas em diversas praças em maio deste ano. "Esse cenário levou à desvalorização da proteína, diante da dificuldade de escoamento da produção. Além disso, há relatos de descarte de poedeiras mais velhas em algumas regiões, medida que pode influenciar no controle da oferta no mercado interno e ajudar a sustentar os valores da proteína", observam os produtores. 📈Preços: Entre os dias 16 e 26 de junho, a cotação dos ovos vermelhos caiu mais de 10,6% no atacado na região produtora de de Santa Maria de Jetibá (ES), passando de R$ 207 para R$ 185 a caixa com 30 dúzias. No início do ano, em fevereiro, o produto custava R$ 276. 🥚Na região de Bastos (SP), o preço da caixa de ovos brancos passou de R$169,52 para R$ 159 entre os dias 16 e 26 de junho. As cotações dos ovos vermelhos na praça do interior paulista caíram de R$ 191 para R$ 177 no mesmo período. Na Grande São Paulo, a valor dos ovos brancos diminuiu de R$ 179 para R$ 164 em dez dias, queda de 7,3. Já os vermelhos, recuaram de 199,95 para R$ 182 entre os dias 16 e 26 de junho. Na praça produtora de Recife, os preços da caixa dos ovos vermelhos passaram de R$ 185 para R$ 161, uma queda de quase 13% em dez dias. Em Minas Gerais, o preços ovos vermelho cai de R$ 213 para R$ 188 a caixa. 📈Veja, abaixo, valores nas regiões consultadas pelo Cepea: Preço Ovos comercias/ Caixa com 30 dúzias Custos de produção Segundo a pesquisadora, em 2024, os custos dos principais insumos da atividade, como milho e farelo de soja, aumentaram, enquanto a queda nos preços dos ovos comprometeu a rentabilidade dos produtores. Sem falar da necessidade de investir em espaços climatizados. "Além disso, outros custos, como embalagens, também pressionaram a cadeia produtiva. Diante desse cenário desafiador no ano passado, os produtores enfrentaram margens reduzidas. Agora, em 2025, com uma menor disponibilidade de ovos, foi possível repassar esses reajustes de forma mais intensa para as cotações", analisou. Ovos ficam mais caros em fevereiro Reprodução/EPTV Preço dos ovos dispara: entenda a crise que atinge o Brasil e os EUA Getty Images via BBC 📝LEIA MAIS 'Crise dos ovos' nos EUA tem relatos de roubo de carga e dúzia a R$ 60 Preço dos ovos dispara: entenda a crise que atinge o Brasil e os EUA Alta de mais de 40%: por que o preço do ovo disparou no Brasil? Granja em Bastos produz 20% de todos os ovos consumidos no Brasil TV TEM/Reprodução VÍDEOS: tudo sobre Piracicaba e região Veja mais notícias da região no g1 Piracicaba



Indígena lésbica percorre o Brasil e enfrenta ameaças em busca de visibilidade LGBT nas aldeias


28/06/2025 10:00 - g1.globo.com


Religiosidade cristã dentro das comunidade é uma das principais razões para o preconceito entre os povos originários, aponta Yakecan Potyguara. Indígena lésbica percorre o Brasil e enfrenta ameaças em busca de visibilidade LGBT “Não basta ser índia, ainda tem que ser sapatão?”. Essa é uma das frases que Jéssica Yakecan Potyguara, de 27 anos, ouviu só por ser quem é — e que nunca esqueceu. Yakecan é membro da aldeia São José, na pequena Crateús (CE), com pouco mais 76 mil habitantes (saiba mais ao fim da reportagem). Ela relata que o preconceito está presente em vários âmbitos da sua vida, por ser: indígena no Nordeste. Segundo Yakecan, existe um o mito de que não restaram mais povos originários na região, um argumento usado para invalidar a luta por território; mulher. Portanto, dentro dos movimentos sociais, precisa se impor mais para ter voz; lésbica. Se assumir a fez ter que reconquistar toda a credibilidade perante seus iguais. “Eu tive um tipo de apagamento quando eu me assumi. Muitas coisas ficaram difíceis para mim”, afirma a ativista. Ela explica que um dos desafios que teve ao se descobrir lésbica, aos 15 anos, foi conseguir a aceitação da família. Existe LGBT no campo: as histórias de quem busca deixar de ser 'invisível' A luta de uma mulher trans quilombola contra o preconceito 'Agrogays' enfrentam exclusão e preconceito para encontrar lugar no campo Perda da voz Filha de pajé e descendente de lideranças do movimento social, Yakecan precisou se afastar do ativismo, por causa do preconceito da própria comunidade. Isso porque seu momento de fala nunca chegava nos debates: se assumir a fez "perder" sua voz. Nos grupos LGBTs, também sofreu exclusão — dessa vez, por ser indígena. Essa realidade começou a mudar quando Yakecan buscou por outros LGBTs em sua aldeia. Para sua surpresa, descobriu que existiam sim; contudo, ninguém falava sobre isso. Existe LGBT no campo: as histórias de quem enfrenta o preconceito Em 2019, ela criou um coletivo de indígenas LGBTs com atuação em todo o estado. Com ele, Yakecan e outros membros passaram a visitar aldeias pelo Brasil. O objetivo é levar conscientização sobre a pauta LGBT e apoiar quem passa pelos mesmos desafios. Entretanto, essa missão não é fácil. Nem todas as comunidades são receptivas. Com frequência o grupo é expulso e até mesmo ameaçado de morte. Segundo Yakecan, a religiosidade cristã dentro das aldeias é um dos principais motivos dessa rejeição. “A maioria das famílias dos parentes [outros indígenas] que são LGBTs não aceita porque isso é um pecado. O certo é casar a mulher com o homem. Isso que a gente aprende durante o nosso crescimento. E muitas famílias são violentas”, afirma. Yakecan relata que a estratégia para tentar entrar nas aldeias é chegar “com calma” e tentar conversar com as lideranças, “para ver se a gente consegue, porque é muita violência mesmo”, diz. Atualmente, Yakecan é professora na primeira escola indígena de Crateús e diz que reconquistou o apoio da comunidade. “E hoje eu vejo muito as lideranças e os mais velhos ficarem mais atentos. Eles dizem que têm muito orgulho por eu ser quem eu sou”, diz. Saiba mais sobre a cidade de Yakecan Arte g1 Odorico foi agredido pela família por ser gay. Hoje, luta contra o preconceito Influenciador volta ao campo após sair por preconceito: 'Hoje sou quem eu sou' ‘Resistir para existir’: a luta de uma mulher trans quilombola contra o preconceito